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Art.

208 da Constituição Federal de 1988


O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de
2009)
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 14, de 1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas
suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a
chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Fonte: Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988 - Artigo 208.


Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650040/artigo-208-da-constituicao-federal-de-1988

LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.


Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:
Título I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da
criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.

Título II
Dos Direitos Fundamentais

Capítulo I
Do Direito à Vida e à Saúde

Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação
de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso,
em condições dignas de existência.
Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e
perinatal.
§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios
médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema.
§ 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na
fase pré-natal.
§ 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele
necessitem.
§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no
período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado
puerperal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser também prestada a gestantes ou
mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao
aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e
particulares, são obrigados a:
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo
de dezoito anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da
impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade
administrativa competente;
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo
do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do
parto e do desenvolvimento do neonato;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
Art. 11. É assegurado atendimento médico à criança e ao adolescente, através do Sistema
Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção,
proteção e recuperação da saúde.
Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio
do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para
promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 11.185, de 2005)
§ 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado.
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os
medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança
ou adolescente.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente
serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de
outras providências legais.
Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para
adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica
para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de
educação sanitária para pais, educadores e alunos.
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas
autoridades sanitárias.

Capítulo IV
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento
de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-
lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem
como participar da definição das propostas educacionais.
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na
idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente
na rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a
chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho
Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a
calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças
e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos
próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação
e o acesso às fontes de cultura.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a
destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a
infância e a juventude.

Capítulo V
Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição
de aprendiz. (Vide Constituição Federal)
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem
prejuízo do disposto nesta Lei.
Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as
diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;
II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
III - horário especial para o exercício das atividades.
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos
trabalhistas e previdenciários.
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola
técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico,
moral e social;
IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.
Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de
entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente
que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada.
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas
relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo.
§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na
venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.
Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os
seguintes aspectos, entre outros:
I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;
II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

Fonte: Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069 de 13 de julho 1990 - Título I e Título II: Capítulo I;
Capítulo IV: artigos 53 a 59; Capítulo V: artigos 60 a 69.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO de 1989

TÍTULO VII
Da Ordem Social

CAPÍTULO III
Da Educação, da Cultura e dos Esportes e Lazer

SEÇÃO I
Da Educação

Artigo 237 - A educação, ministrada com base nos princípios estabelecidos no artigo 205 e
seguintes da Constituição Federal e inspirada nos princípios de liberdade e solidariedade humana,
tem por fim:
I - a compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado, da família e dos
demais grupos que compõem a comunidade;
II - o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais da pessoa humana;
III - o fortalecimento da unidade nacional e da solidariedade internacional;
IV - o desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação na obra do bem
comum;
V - o preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos conhecimentos científicos e
tecnológicos que lhes permitam utilizar as possibilidades e vencer as dificuldades do meio,
preservando-o;
VI - a preservação, difusão e expansão do patrimônio cultural;
VII - a condenação a qualquer tratamento desigual por motivo de convicção filosófica, política ou
religiosa, bem como a quaisquer preconceitos de classe, raça ou sexo;
VIII - o desenvolvimento da capacidade de elaboração e reflexão crítica da realidade.
Artigo 238 - A lei organizará o Sistema de Ensino do Estado de São Paulo, levando em conta o
princípio da descentralização.
Artigo 239 - O Poder Público organizará o Sistema Estadual de Ensino, abrangendo todos os níveis
e modalidades, incluindo a especial, estabelecendo normas gerais de funcionamento para as escolas
públicas estaduais e municipais, bem como para as particulares.
§ 1º - Os Municípios organizarão, igualmente, seus sistemas de ensino.
§ 2º - O Poder Público oferecerá atendimento especializado aos portadores de deficiências,
preferencialmente na rede regular de ensino.
§ 3º - As escolas particulares estarão sujeitas à fiscalização, controle e avaliação, na forma da lei.
Artigo 240 - Os Municípios responsabilizar-se-ão prioritariamente pelo ensino fundamental,
inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, e pré-escolar, só podendo atuar nos
níveis mais elevados quando a demanda naqueles níveis estiver plena e satisfatoriamente atendida,
do ponto de vista qualitativo e quantitativo.
Artigo 241 - O Plano Estadual de Educação, estabelecido em lei, é de responsabilidade do Poder
Público Estadual, tendo sua elaboração coordenada pelo Executivo, consultados os órgãos
descentralizados do Sistema Estadual de Ensino, a comunidade educacional, e considerados os
diagnósticos e necessidades apontados nos Planos Municipais de Educação.
Artigo 242 - O Conselho Estadual de Educação é órgão normativo, consultivo e deliberativo do
sistema de ensino do Estado de São Paulo, com suas atribuições, organização e composição
definidas em lei.
Artigo 243 - Os critérios para criação de Conselhos Regionais e Municipais de Educação, sua
composição e atribuições, bem como as normas para seu funcionamento, serão estabelecidos e
regulamentados por lei.
Artigo 244 - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais
das escolas públicas de ensino fundamental.
Artigo 245 - Nos três níveis de ensino será estimulada a prática de esportes individuais e coletivos,
como complemento à formação integral do indivíduo.
Parágrafo único - A prática referida no caput, sempre que possível, será levada em conta em face
das necessidades dos portadores de deficiências.
Artigo 246 - É vedada a cessão de uso de próprios públicos estaduais, para o funcionamento de
estabelecimentos de ensino privado de qualquer natureza.
Artigo 247 - A educação da criança de zero a seis anos, integrada ao sistema de ensino, respeitará as
características próprias dessa faixa etária.
Artigo 248 - O órgão próprio de educação do Estado será responsável pela definição de normas,
autorização de funcionamento, supervisão e fiscalização das creches e pré-escolas públicas e
privadas no Estado.
Parágrafo único - Aos Municípios, cujos sistemas de ensino estejam organizados, será delegada
competência para autorizar o funcionamento e supervisionar as instituições de educação das
crianças de zero a seis anos de idade.
Artigo 249 - O ensino fundamental, com oito anos de duração, é obrigatório para todas as crianças,
a partir dos sete anos de idade, visando a propiciar formação básica e comum indispensável a todos.
§ 1º - É dever do Poder Público o provimento, em todo o território paulista, de vagas em número
suficiente para atender à demanda do ensino fundamental obrigatório e gratuito.
§ 2º - A atuação da administração pública estadual no ensino público fundamental dar-se-á por meio
de rede própria ou em cooperação técnica e financeira com os Municípios, nos termos do inciso VI
artigo 30, da Constituição Federal, assegurando a existência de escolas com corpo técnico
qualificado e elevado padrão de qualidade.
§ 3º - O ensino fundamental público e gratuito será também garantido aos jovens e adultos que, na
idade própria, a ele não tiveram acesso, e terá organização adequada às características dos alunos.
§ 4º - Caberá ao Poder Público prover o ensino fundamental diurno e noturno, regular e supletivo,
adequado às condições de vida do educando que já tenha ingressado no mercado de trabalho.
§ 5º - É permitida a matrícula no ensino fundamental, a partir dos seis anos de idade, desde que
plenamente atendida a demanda das crianças de sete anos de idade.
Artigo 250 - O Poder Público responsabilizar-se-á pela manutenção e expansão do ensino médio,
público e gratuito, inclusive para os jovens e adultos que, na idade própria, a ele não tiveram acesso,
tomando providências para universalizá-lo.
§ 1º - O Estado proverá o atendimento do ensino médio em curso diurno e noturno, regular e
supletivo, aos jovens e adultos especialmente trabalhadores, de forma compatível com suas
condições de vida.
§ 2º - Além de outras modalidades que a lei vier a estabelecer no ensino médio, fica assegurada a
especificidade do curso de formação do magistério para a
pré-escola e das quatro primeiras séries do ensino fundamental, inclusive com formação de docentes
para atuarem na educação de portadores de deficiências.
Artigo 251 - A lei assegurará a valorização dos profissionais de ensino, mediante a fixação de
planos de carreira para o Magistério Público, com piso salarial profissional, carga horária
compatível com o exercício das funções e ingresso exclusivamente por concurso público de provas
e títulos.
Artigo 252 - O Estado manterá seu próprio sistema de ensino superior, articulado com os demais
níveis.
Parágrafo único - O sistema de ensino superior do Estado de São Paulo incluirá universidades e
outros estabelecimentos.
Artigo 253 - A organização do sistema de ensino superior do Estado será orientada para a ampliação
do número de vagas oferecidas no ensino público diurno e noturno, respeitadas as condições para a
manutenção da qualidade de ensino e do desenvolvimento da pesquisa.
Parágrafo único - As universidades públicas estaduais deverão manter cursos noturnos que, no
conjunto de suas unidades, correspondam a um terço pelo menos do total das vagas por elas
oferecidas.
Artigo 254 - A autonomia da universidade será exercida respeitando, nos termos do seu estatuto, a
necessária democratização do ensino e a responsabilidade pública da instituição, observados os
seguintes princípios:
I - utilização dos recursos de forma a ampliar o atendimento à demanda social, tanto mediante
cursos regulares quanto atividades de extensão;
II - representação e participação de todos os segmentos da comunidade interna nos órgãos
decisórios e na escolha de dirigentes, na forma de seus estatutos.
Parágrafo único - A lei criará formas de participação da sociedade, por meio de instâncias públicas
externas à universidade, na avaliação do desempenho da gestão dos recursos.
Artigo 255 - O Estado aplicará, anualmente, na manutenção e no desenvolvimento do ensino
público, no mínimo, trinta por cento da receita resultante de impostos, incluindo recursos
provenientes de transferências.
Parágrafo único - A lei definirá as despesas que se caracterizem como manutenção e
desenvolvimento do ensino.
Artigo 256 - O Estado e os Municípios publicarão, até trinta dias após o encerramento de cada
trimestre, informações completas sobre receitas arrecadadas e transferências de recursos destinados
à educação nesse período e discriminadas por nível de ensino.
Artigo 257 - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino fundamental.
Parágrafo único - Parcela dos recursos públicos destinados à educação deverá ser utilizada em
programas integrados de aperfeiçoamento e atualização para os educadores em exercício no ensino
público.
Artigo 258 - A eventual assistência financeira do Estado às instituições de ensino filantrópicas,
comunitárias ou confessionais, conforme definidas em lei, não poderá incidir sobre a aplicação
mínima prevista no artigo 255.

CAPÍTULO VII
Da Proteção Especial

SEÇÃO I
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Idoso e dos Portadores de Deficiências

Artigo 277 - Cabe ao Poder Público, bem como à família, assegurar à criança, ao adolescente, ao
idoso e aos portadores de deficiências, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e agressão.
Parágrafo único - O direito à proteção especial, conforme a lei, abrangerá, entre outros, os seguintes
aspectos:
1 - Garantia à criança e ao adolescente de conhecimento formal do ato infracional que lhe seja
atribuído, de igualdade na relação processual, representação legal, acompanhamento psicológico e
social e defesa técnica por profissionais habilitados;
2 - obrigação de empresas e instituições, que recebam do Estado recursos financeiros para a
realização de programas, projetos e atividades culturais, educacionais, de lazer e outros afins, de
preverem o acesso e a participação de portadores de defi-ciências.
Artigo 278 - O Poder Público promoverá programas especiais, admitindo a participação de
entidades não governamentais e tendo como propósito:
I - assistência social e material às famílias de baixa renda dos egressos de hospitais psiquiátricos do
Estado, até sua reintegração na sociedade;
II - concessão de incentivo às empresas para adequação de seus equipamentos, instalações e rotinas
de trabalho aos portadores de deficiências;
III - garantia às pessoas idosas de condições de vida apropriadas, freqüência e participação em todos
os equipamentos, serviços e programas culturais, educacionais, esportivos, recreativos e de lazer,
defendendo sua dignidade e visando à sua integração à sociedade;
IV - integração social de portadores de deficiências, mediante treinamento para o trabalho,
convivência e facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos;
V - criação e manutenção de serviços de prevenção, orientação, recebimento e encaminhamento de
denúncias referentes à violência;
VI - instalação e manutenção de núcleos de atendimento especial e casas destinadas ao acolhimento
provisório de crianças, adolescentes, idosos, portadores de deficiências e vítimas de violência,
incluindo a criação de serviços jurídicos de apoio às vítimas, integrados a atendimento psicológico e
social;
VII - nos internamentos de crianças com até doze anos nos hospitais vinculados aos órgãos da
administração direta ou indireta, é assegurada a permanência da mãe, também nas enfermarias, na
forma da lei.
VIII - prestação de orientação e informação sobre a sexualidade humana e conceitos básicos da
instituição da família, sempre que possível, de forma integrada aos conteúdos curriculares do ensino
fundamental e médio;
IX - criação e manutenção de serviços e programas de prevenção e orientação contra entorpecentes,
álcool e drogas afins, bem como de encaminhamento de denúncias e atendimento especializado,
referentes à criança, ao adolescente, ao adulto e ao idoso dependentes.
Artigo 279 - Os Poderes Públicos estadual e municipal assegurarão condições de prevenção de
deficiências, com prioridade para a assistência pré-natal e à infância, bem como integração social de
portadores de deficiências, mediante treinamento para o trabalho e para a convivência, mediante:
I - criação de centros profissionalizantes para treinamento, habilitação e reabilitação profissional de
portadores de deficiências, oferecendo os meios adequados para esse fim aos que não tenham
condições de freqüentar a rede regular de ensino;
II - implantação de sistema "Braille" em estabelecimentos da rede oficial de ensino, em cidade pólo
regional, de forma a atender às necessidades educacionais e sociais dos portadores de deficiências.
Parágrafo único - As empresas que adaptarem seus equipamentos para o trabalho de portadores de
deficiências poderão receber incentivos, na forma da lei.
Artigo 280 - É assegurado, na forma da lei, aos portadores de deficiências e aos idosos, acesso
adequado aos logradouros e edifícios de uso público, bem como aos veículos de transporte coletivo
urbano.
Artigo 281 - O Estado propiciará, por meio de financiamentos, aos portadores de deficiências, a
aquisição dos equipamentos que se destinam a uso pessoal e que permitam a correção, diminuição e
superação de suas limitações, segundo condições a serem estabelecidas em lei.

Fonte: 2.3 São Paulo. Constituição do Estado de São Paulo, 1989 - Título VII:
Capítulo III, Seção I: artigos 237 a 258;
Capítulo VII, Seção I: artigos 277 a 281.
Disponível em:
http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/dh/volume%20i/constituicao%20estadual.htm
2.4 São Paulo.

Lei Nº 10.261, de 28.10.1968

ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Título VI
Dos Deveres, das Proibições e das Responsabilidades
Capítulo I
Dos Deveres e das Proibições
Seção I
Dos Deveres

Art. 241. São deveres do funcionário:


I - ser assíduo e pontual;
II - cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
IV- guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos,
decisões ou providências;
V - representar aos superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento no
exercício de suas funções;
VI - tratar com urbanidade os companheiros de serviço e as partes;
VII - residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
VIII - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a sua
declaração de família;
IX - zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à
sua guarda ou utilização;
X - apresentar-se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado,
quando for o caso;
XI - atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições de
papéis, documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autoridades judiciárias
ou administrativas, para defesa do Estado, em Juízo;
XII - cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho;
XIII - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço
que digam respeito às suas funções; e
XIV - proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.

Seção II
Das Proibições

Art. 242. Ao funcionário é proibido:


I - referir-se depreciativamente, em informações, parecer ou despacho, ou pela imprensa,
ou qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos da Administração, podendo,
porém, em trabalho devidamente assinado, apreciá-los sob o aspecto doutrinário e da organização e
eficiência do serviço;
II - retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
existente na repartição;
III - entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras atividades
estranhas ao serviço;
IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;
V - tratar de interesses particulares na repartição;
VI - promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, ou tornar-se
solidário com elas;
VII - exercer comércio entre os companheiros de serviço, promover ou subscrever listas de
donativos dentro da repartição; e
VIII - empregar material do serviço público em serviço particular.
Art. 243. É proibido ainda, ao funcionário:
I - fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como
representante de outrem;
II - participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de
sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo do
Estado, sejam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a finalidade da
repartição ou serviço em que esteja lotado;
III - requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou outros favores
semelhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria;
IV - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas,
estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione
com a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;
V - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da
República;
VI - comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas condições mencionadas no item
II deste artigo, podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário;
VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público;
VIII - praticar a usura;
IX - constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer
repartição pública, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
X - receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no
estrangeiro, mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou fiscalização de
qualquer natureza;
XI - valer-se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividade estranha às
funções ou para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito; e
XII - fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte.
Parágrafo único. Não está compreendida na proibição dos itens II e VI deste artigo, a
participação do funcionário em sociedades em que o Estado seja acionista, bem assim na direção ou
gerência de cooperativas e associações de classe, ou como seu sócio.
Art. 244. É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até
segundo grau, salvo quando se tratar de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder a
2 (dois) o número de auxiliares nessas condições.

Capítulo II
Das Responsabilidades

Art. 245. O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à
Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Parágrafo único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
I - pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou por
não prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos,
regimentos, instruções e ordens de serviço;
II - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os
materiais sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
III - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e
outros documentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
IV - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
• V. arts. 312 ao 327 do Código Penal sobre os crimes contra a Administração Pública.
Art. 246. O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e
regulamentares, será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades
disciplinares cabíveis, podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Art. 247. Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a
repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão
ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Art. 248. Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá
ser descontada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do
valor destes.
Parágrafo único. No caso do item IV do parágrafo único do art. 245, não tendo havido
má-fé, será aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
Art. 249. Será igualmente responsabilizado o funcionário que, fora dos casos
expressamente previstos nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às
repartições, o desempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
Art. 250. A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade
civil ou criminal que no caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado, na
forma dos arts. 247 e 248, o exame da pena disciplinar em que incorrer.
• Sobre responsabilidade, ver art. 131 da Constituição Estadual, de 5.10.1989.

Fonte: São Paulo. Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, Lei nº 10.261, de 28 de outubro de
1968 - Título VI: Capítulo I, Seção I: artigo 241; Seção II: artigos 242, 243, 244; Capítulo II: artigos 245 a 250.
Disponível em: http://www.funap.sp.gov.br/legislacao/estatuto/estatuto_func_public_esp.pdf

LEI Nº 500, DE 13 DE NOVEMBRO DE 1974


(Revisada até maio de 2007)

Institui o regime jurídico dos servidores admitidos em caráter temporário e dá


providências correlatas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que, nos termos dos §§ 1º e 3º do artigo 24 da Constituição do Estado (Emenda nº 2),
promulgo a seguinte lei:
CAPÍTULO I

Da Admissão
Artigo 1º - Além dos funcionários públicos poderá haver na Administração estadual servidores
admitidos em caráter temporário: (NR)
I - para o exercício de função -atividade correspondente a função de serviço público de natureza
permanente; (NR)
II - para o desempenho de função -atividade de natureza técnica, mediante contrato bilateral, por
prazo certo e determinado; (NR)
III - para a execução de determinada obra, serviços de campo ou trabalhos rurais, todos de natureza
transitória, ou ainda, a critério da Administração, para execução de serviços decorrentes de
convênios. (NR)
Parágrafo único - Em casos excepcionais, decorrentes de calamidade pública, epidemias ou grave
comoção interna, poderão ser admitidos servidores em caráter temporário, na forma do inciso III,
para o exercício das funções -atividades de que trata o inciso I deste artigo, com o fim de dar
atendimento à emergência e pelo prazo em que esta perdurar. (NR)
- Redação do art. 1º, incisos I, II e III e parágrafo único, com redação dada pelo art. 203 da Lei
Complementar n.º 180, de 12.05.1978.
Artigo 2º - Revogado.
- Revogado pelo art. 6º da Lei n.º 900 de 18.12.1975.
Artigo 3º - Os servidores de que tratam os incisos I e II do artigo 1º reger -se -ão pelas normas
desta lei, aplicando -se aos de que trata o inciso III as normas da legislação trabalhista. (NR)
§ 1º - Poderá, também, a critério da Administração, ser admitido pessoal no regime trabalhista, para
o desempenho das funções a que se referem os incisos I e II do artigo 1º, na forma a ser disciplinada
em decreto. (NR)
§ 2º - As disposições desta lei relativas aos servidores admitidos em caráter temporário não se
aplicam ao pessoal admitido nos termos do parágrafo anterior, exceto as dos artigos 5º, 6º, 7º, 8º e
9º. (NR)
§ 3º - As autoridades que admitirem servidores nos termos da legislação trabalhista, além da
observância das normas previstas nesta mesma legislação, deverão providenciar, sob pena de
responsabilidade funcional, sua inscrição para fins previdenciários e o recolhimento das respectivas
contribuições. (NR)
- Redação do art. 3º , § 1º, § 2º e § 3º, dada pelo art. 203 da Lei Complementar n.º 180, de 12.05.1978.
Artigo 4º - Os servidores a que se refere o inciso I do artigo 1º, admitidos para funções
correspondentes a cargos em regimes especiais de trabalho, poderão ser incluídos nesses regimes na
forma da legislação em vigor.
Artigo 5º - É vedada a admissão nos termos do artigo 1º, sob quaisquer denominações: (NR)
I - para atribuições correspondentes às funções de serviço público, na área da Administração
Centralizada, referentes às atividades de representação judicial e extrajudicial, de consultoria
jurídica do Executivo e da Administração em geral, de assistência jurídica e de assessoramento
técnico -legislativo, de assistência judiciária aos necessitados, de arrecadação e fiscalização de
tributos, de manutenção da ordem e segurança pública internas, bem como de direção; (NR)
II - quando houver, na mesma Secretaria, cargo vago correspondente à função e candidatos
aprovados em concurso público com prazo de validade não extinto.(NR)
- Redação do art. 5º, incisos I e II, dada pelo art. 203 da Lei Complementar n.º 180, de 12.05.1978.
Artigo 6º - As admissões serão sempre precedidas de processo, iniciado por proposta devidamente
justificada, e serão feitas: (NR)
I - as relativas às funções de que tratam os incisos I e II do artigo 1º, pelo Secretário de Estado, com
autorização do Chefe do Executivo, sujeitas as do inciso I a seleção, nos termos da legislação em
vigor; (NR)
II - as relativas às funções de que trata o inciso III do artigo 1º, mediante portaria da autoridade
competente, com autorização do Secretário de Estado. (NR)
Parágrafo único - Constarão obrigatoriamente das propostas de admissão a função a ser
desempenhada, o salário, a dotação orçamentária própria e a demonstração da existência de
recursos.(NR)
- Redação do art. 6º , incisos I e II e parágrafo único, dada pelo art. 203 da Lei Complementar n.º 180, de
12.05.1978.
Artigo 7º - As condições para admissão dos servidores de que trata o inciso I do artigo 1º, relativas
a diplomas ou experiência de trabalho, conduta e outras exigências legais, constarão das instruções
especiais das provas de seleção.
Artigo 8º - A proposta de admissão dos servidores de trata o inciso II do artigo 1º será instruída
com os seguintes documentos:
I - prova de nacionalidade brasileira;
II - prova de estar em dia com as obrigações relativas ao serviço militar;
III - prova de estar no gozo dos direitos políticos;
IV - prova de boa conduta;
V - prova de sanidade e capacidade física;
VI - títulos científicos ou profissionais que comprovem a habilitação para o desempenho da função
técnica, reconhecidamente especializada;
VII - minuta de contrato.
Parágrafo único - Quando se tratar de contrato de estrangeiros serão dispensados os requisitos
constantes dos incisos I a III, se o estrangeiro for residente no país, e os dos incisos I a IV, se não
residente.
Artigo 9º - As provas de seleção, para a admissão dos servidores de que trata o inciso I do artigo
1º, serão realizadas, em cada caso, por comissão para esse fim especialmente constituída nas
Secretarias de Estado. (NR)
- Redação do art. 9º, dada pelo art. 1º da Lei n.º 900, de 18.12.1975.
Parágrafo único - Revogado.
- Revogado pelo art. 6º da Lei n.º 900, de 18.12.1975.
Artigo 10 - Revogado.
- Revogado pelo art. 6º da Lei n.º 900, de 18.12.1975.
Artigo 11 - Respeitado o disposto no inciso II do artigo 5º, terão preferência, para serem admitidos
nos termos desta lei, os candidatos habilitados em concurso público realizado pelos órgãos centrais,
setoriais ou subsetoriais de recursos humanos, para cargos correspondentes às funções a que se
refere o inciso I do artigo 1º, sem prejuízo do direito à nomeação, obedecida, em qualquer caso, a
ordem de classificação. (NR)
- Redação do art. 11, dada pelo art. 203 da Lei Complementar n.º 180, de 12.05.1978.CAPÍTULO IIDo
Exercício
Artigo 12 - O servidor admitido deverá assumir o exercício dentro do prazo improrrogável de 30
(trinta) dias.
§ 1º - Em caso de urgência poderá ser reduzido o prazo previsto neste artigo, devendo essa
circunstância constar das instruções especiais das provas de seleção ou, no caso de contrato, da
proposta de admissão.
§ 2º - Se o exercício não se iniciar dentro do prazo, será a admissão declarada sem efeito.
Artigo 13 - Ao assumir o exercício o servidor deverá apresentar certificado de sanidade e
capacidade física fornecido por órgão médico oficial.
Parágrafo único - O servidor de que trata o inciso I do artigo 1º deverá ainda apresentar a
documentação comprobatória do preenchimento das condições para admissão, constantes das
instruções especiais das provas de seleção.
Artigo 14 - A contagem do prazo a que se refere o artigo 12 poderá ser suspensa até o máximo de
120 (cento e vinte) dias, a partir da data em que o servidor apresentar guia ao órgão médico,
encarregado da inspeção, até a data da expedição do certificado de sanidade e capacidade física,
sempre que a inspeção médica exigir essa providência.
Parágrafo único - O prazo a que se refere este artigo recomeçará a correr sempre que o candidato,
sem motivo justificado, deixe de submeter -se aos exames médicos julgados necessários.
Artigo 15 - Os servidores regidos por esta lei poderão ser afastados, com ou sem prejuízo de seus
salários, sempre para fim determinado e por prazo certo, ouvido previamente o Titular da Pasta a
que estiverem subordinados, mediante autorização do Governador, nas seguintes hipóteses:
I - para missão ou estudo de interesse do serviço público, fora do Estado ou da respectiva sede de
exercício;
II - para participação em congressos e outros certames culturais, técnicos ou científicos;
III - para participação em provas de competições desportivas, desde que haja requisição justificada
do órgão competente.
Parágrafo único - Na hipótese do inciso III, o afastamento será concedido sem prejuízo do salário,
quando o servidor representar o Brasil ou o Estado em competições desportivas oficiais, e, com
prejuízo do salário, em quaisquer outros casos.
Artigo 16 - Serão considerados de efetivo exercício, para os efeitos desta lei, os dias em que o
servidor estiver afastado do serviço em virtude de:
I - férias;
II - casamento, até 8 (oito) dias;
III - falecimento do cônjuge, filhos, pais e irmãos até 8 (oito) dias;
IV - falecimento dos avós, netos, sogros, padrasto ou madrasta, até 2 (dois) dias; (NR)
- Redação do inciso IV, dada pelo art. 2º da Lei Complementar n.º 318, de 10.03.1983.
V - serviços obrigatórios por lei;
VI - licença quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de
doença profissional;
VII - licença à servidora gestante;
VIII - licenciamento compulsório como medida profilática;
IX - faltas abonadas nos termos do § 1º do artigo 20, observados os limites ali fixados;
X - faltas em virtude de consulta ou tratamento no Instituto de Assistência Médica ao Servidor
Público Estadual (IAMSPE) referentes a sua própria pessoa, nos termos da Lei nº 10.432, de 29 de
dezembro de 1971;
XI - afastamentos, nos termos do artigo 15 desta lei, desde que concedidos sem prejuízos de
salários;
XII - falta por 1 (um) dia, por doação de sangue, desde que comprovada a contribuição para banco
de sangue mantido por órgão estatal ou paraestatal ou entidade com a qual o Estado mantenha
convênio;
XIII - trânsito, em decorrência de mudança de sede de exercício, até 8 (oito) dias.
Parágrafo único - Os dias em que o servidor estiver afastado do serviço, em decorrência das faltas
a que se refere o inciso X, serão considerados de efetivo exercício para fins de percepção de salário
e de aposentadoria. (NR)
- Parágrafo único, acrescentado pelo art. 3º da Lei Complementar n.º 318, de 10.03.1983.
Artigo 17 - Será contado para os efeitos desta lei, salvo para a percepção de salário:
I - o período de licença por convocação para o serviço militar e outros encargos da segurança
nacional;
II - o período de licença para freqüência aos estágios prescritos pelos regulamentos militares;
III - o período de afastamento para participação em provas de competições desportivas, quando
concedido com prejuízo de salário.
Artigo 18 - Aplicam -se aos servidores regidos por esta lei as disposições vigentes para o
funcionários públicos civis do Estado relativas a horário e ponto, salvo cláusula contratual, no caso
dos servidores de que trata o inciso II do artigo 1º.

CAPÍTULO III

Dos Direitos e das Vantagem em Geral

SEÇÃO I

Do Salário e Vantagens de Ordem Pecuniária

Artigo 19 - O salário do servidor não poderá ultrapassar os limites fixados por lei para o
vencimento do cargo a que corresponder.
Artigo 20 - O servidor perderá o salário do dia, quando não comparecer ao serviço, salvo no caso
de faltas abonadas.
§ 1º - As faltas ao serviço, até o máximo de 6 (seis) por ano, não excedendo a uma por mês, em
razão de moléstia ou outro motivo relevante, poderão ser abonadas pelo superior imediato, a
requerimento do servidor, no primeiro dia útil subseqüente da falta. (NR)
- Redação do § 1º, dada pelo art. 2º da Lei Complementar n.º 294, de 02.09.1982.
§ 2º - No caso de faltas sucessivas, justificas ou injustificadas, os dias intercalados - domingos,
feriados e aqueles em que não haja expediente - serão computados exclusivamente para efeito de
desconto do salário.
Artigo 21 - O servidor perderá 1/3 (um terço) do salário do dia quando comparecer ao serviço
dentro da hora seguinte à marcada para o início do expediente ou quando dele retirar -se dentro da
última hora.
Artigo 22 - Aplicam -se aos servidores regidos por esta lei as disposições vigentes para os
funcionários públicos civis do Estado relativas a serviço extraordinário, representação, participação
em órgão legal de deliberação coletiva, diárias, ajuda de custo, salário -família, salário -esposa e
auxílio -funeral.
Parágrafo único - Ao servidor que pagar ou receber em moeda corrente poderá ser concedida
gratificação "pro labore", nas mesmas bases e condições da atribuída aos funcionários públicos civis
do Estado.
Artigo 23 - O Estado assegurará ao servidor o direito ao pleno ressarcimento de danos ou prejuízos,
decorrentes de acidentes no trabalho, do exercício em determinadas zonas ou locais e da execução
de trabalho especial, com risco de vida ou saúde.

SEÇÃO II

Das Férias e Licenças


Artigo 24 - Para efeito de aquisição e gozo de férias, aplicam -se aos servidores regidos por esta lei
as disposições vigentes para os funcionários públicos civis do Estado.
Artigo 25 - Poderá ser concedida licença:
I - para o servidor acidentado no exercício de suas atribuições ou acometido de doença
profissional;
II - para tratamento de saúde;
III - por motivo de doença em pessoa da família;
IV - para cumprimento de obrigações concernentes ao serviço militar;
V - compulsoriamente, como medida profilática;
VI - para a servidora gestante.
VII - para tratar de interesses particulares.(NR)
- Inciso VII, acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar n.º 814, de 23.07.1996.
Parágrafo único - A licença de que trata o inciso VII deste artigo somente poderá ser concedida
aos servidores, admitidos com fundamento nos incisos I ou II do artigo 1º desta lei, que tenham
adquirido estabilidade em decorrência do disposto no artigo 19 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal. (NR)
- Parágrafo único, acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar n.º 814, de 23.07.1996.
Artigo 26 - Aplicam -se às licenças a que se refere o artigo anterior as normas a elas pertinentes
contidas na legislação em vigor para os funcionários públicos civis do Estado.

SEÇÃO III

Da Aposentadoria
Artigo 27 - O servidor será aposentado: (NR)
I - por invalidez; (NR)
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade; (NR)
III - voluntariamente, após 35 (trinta e cinco) anos de serviço. (NR)
Parágrafo único - No caso do inciso III, o prazo é reduzido a 30 (trinta) anos para as mulheres.
(NR)
- Redação do art. 27, incisos I, II e III e parágrafo único, dada pelo art. 203 da Lei Complementar n.º 180,
de 12.05.1978.
Artigo 28 - A aposentadoria prevista no inciso I do artigo anterior só será concedida após a
comprovação da invalidez do servidor, mediante inspeção de saúde realizada em órgão médico
oficial.
Artigo 29 - A aposentadoria compulsória prevista no inciso II do artigo 27 é automática.
Parágrafo único - O servidor se afastará no dia imediato àquele em que atingir a idade -limite,
independentemente da publicação do ato declaratório da aposentadoria.
Artigo 30 - Aposentado o servidor, os proventos serão integrais, nos casos dos incisos I e III do
artigo 27, e, proporcionais ao tempo de serviço, no caso da aposentadoria compulsória. (NR)
- Redação do art. 30, dada pelo art. 12 da Lei Complementar n.º 209, de 17.01.1979.
Parágrafo único - Na aposentadoria compulsória, os proventos serão calculados nas mesmas bases
e proporções vigentes para o funcionário público civil do Estado.
Artigo 31 - Para efeito de aposentadoria compulsória será contado o tempo de licença para
tratamento de saúde.
CAPÍTULO IV

Da Reversão

Artigo 32 - A reversão do servidor aposentado por invalidez ocorrerá quando insubsistentes as


razões que determinaram a aposentadoria.
§ 1º - A reversão só poderá efetivar -se quando, em inspeção médica, ficar comprovada a
capacidade para o exercício da função.
§ 2º - Será tornada sem efeito a reversão e cassada a aposentadoria do servidor que reverter e não
entrar em exercício dentro do prazo improrrogável de 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO V

Dos Deveres, das Proibições e das Responsabilidades

Artigo 33 - Além das obrigações que decorrem normalmente da própria função, está o servidor
sujeito aos mesmos deveres e às mesmas proibições, assim como ao regime de responsabilidade e às
penas disciplinares de repreensão, suspensão e multa vigentes para o funcionário público civil do
Estado.
Artigo 34 - O servidor deverá exercer as atribuições pertinentes às funções para as quais foi
admitido, ficando proibido de desempenhar tarefas que se constituam em desvio de função,
responsabilizado o funcionário que der causa a tal irregularidade.

CAPÍTULO VI

Da Dispensa
Artigo 35 - Dar -se -á a dispensa do servidor:
I - a pedido;
II - no caso de criação do cargo correspondente, a partir da data do exercício de seu titular;
III - a critério da Administração, independentemente da criação do cargo correspondente, no caso
de cessação da necessidade do serviço;
IV - quando o servidor não corresponder ou incorrer em responsabilidade disciplinar.
§ 1º - Aplicar -se -á ao servidor a dispensa a bem do serviço público nos mesmos casos em que, ao
funcionário, seja aplicada a demissão agravada.
§ 2º - A dispensa de caráter disciplinar será sempre motivada.
Artigo 36 - Será aplicada a pena de dispensa:
I - por abandono da função, quando o servidor ausentar -se do serviço por mais de 15 (quinze) dias
consecutivos;
II - quando o servidor faltar sem causa justificável, por mais de 30 (trinta) dias interpolados durante
o ano.
Artigo 37 - Compete ao Secretário de Estado dispensar o servidor, podendo, no caso do inciso I do
artigo 35, delegar essa atribuição a outra autoridade.
Artigo 38 - A dispensa, nos casos previstos no inciso IV do artigo 35, será precedida ao servidor,
para que se defenda no prazo de 10 (dez) dias.
§ 1º - A competência para proceder à notificação é da autoridade responsável pelo órgão, de ofício
ou em face de proposta do chefe imediato do servidor.
§ 2º - Não sendo encontrado o servidor a notificação de que trata este artigo será feita mediante
edital publicado por 3 (três) vezes consecutivas no órgão oficial.
Artigo 39 - A defesa do servidor consistirá em alegações escritas, assegurada a juntada de
documentos.
§ 1º - Quando, em conseqüência das alegações do servidor, se fizerem necessárias novas diligências
para o esclarecimento dos fatos, a autoridade competente determinará a sua realização, fixando o
respectivo prazo e designando um funcionário para se desincumbir daquela tarefa.
§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, a autoridade competente mandará dar vista do processo ao
servidor, a fim de que, dentro do prazo de 10 (dez) dias, se manifeste sobre os novos elementos
coligidos.
§ 3º - A autoridade competente, à vista dos elementos constantes do processo, fará relatório do
ocorrido, submetendo os autos ao Secretário de Estado para julgamento.
Artigo 40 - No caso de abandono da função, a defesa cingir -se -á aos motivos de força maior ou
coação ilegal.
Artigo 41 - Quando ao servidor se imputar crime ou contravenção penal praticado na esfera
administrativa, o fato será comunicado à autoridade policial para que se instaure, simultaneamente,
o competente inquérito.
Parágrafo único - Quando se tratar de crime ou contravenção penal praticado fora da esfera
administrativa, a autoridade policial dará ciência dele à autoridade administrativa.

CAPÍTULO VII

Disposições Finais

Artigo 42 - Os admitidos para funções docentes ficam sujeitos ao regime instituído por esta lei,
aplicando -se -lhes, excepcionalmente, quanto a admissão, seleção, jornada de trabalho, retribuição,
férias e dispensa, as normas a serem expedidas por decreto, mediante proposta da Secretaria da
Educação, aplicando -se aos atuais docentes temporários o disposto no artigo 5º das Disposições
Transitórias, atendida, no que couber, a legislação federal pertinente.
Artigo 43 - Os menores reeducandos que prestem serviços à Administração, ao atingirem a idade de
18 (dezoito) anos, poderão ser admitidos nos termos do inciso I do artigo 1º, dispensada a seleção e
em continuação, mediante ato do Secretário de Estado.
§ 1º - A aplicação do disposto neste artigo fica condicionada à verificação da conduta e eficiência
demonstradas em serviço pelo reeducando.
§ 2º - Para atender às disposições do parágrafo anterior, deverá o chefe imediato do reeducando
prestar as informações cabíveis à autoridade superior.
§ 3º - Serão computado, para os efeitos legais, o tempo de serviço prestado ao Estado pelo
reeducando.
Artigo 44 - Os servidores regidos por esta lei serão contribuintes obrigatórios do Instituto de
Previdência do Estado de São Paulo (IPESP) e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor
Público Estadual (IAMSPE), nas mesmas bases e condições a que estão sujeitos os funcionários,
fazendo jus a idênticos benefícios a estes concedidos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo, a critério da Administração, poderá ser aplicado ao
pessoal que vier a ser admitido no regime trabalhista na forma prevista no artigo 3º. (NR)
- Parágrafo único, acrescentado pelo art. 204, da Lei Complementar n.º 180, de 12.05.1978.
Artigo 45 - Os requerimentos, pedidos de reconsideração e recursos formulados pelos servidores
regidos por esta lei obedecerão aos mesmos requisitos e prazos estipulados na legislação vigente
para os funcionários públicos civis do Estado.
Artigo 46 - Para os servidores abrangidos pelo inciso I do artigo 1º considerar -se -á, entre outros,
como título, quando do concurso para provimento dos cargos correspondentes, na forma que
dispuser o regulamento, a experiência ao Estado e a aprovação na seleção pública a que se
houverem submetido para o exercício das funções.
Artigo 47 - No caso de nomeação para cargo público, o tempo de serviço prestado pelos servidores
regidos por esta lei será computado de acordo com a legislação pertinente ao funcionário.
Artigo 48 - As despesas resultantes da execução desta lei correrão à conta de créditos
suplementares que o Poder Executivo está autorizada a abrir, nos termos do inciso I, do artigo 7º, da
Lei nº 183, de 10 de dezembro de 1973.
Artigo 49 - Esta lei e suas disposições transitórias entrarão em vigor na data de sua publicação.

Disposições Transitórias

Artigo 1º - Os atuais admitidos a título precário para funções com denominações correspondentes
às dos cargos públicos ficam enquadrados no inciso I do artigo 1º desta lei, passando a perceber
salário equivalente ao vencimento do grau inicial da classe correspondente, observado quando for o
caso, o disposto no artigo 42.
§ 1º - Dentro de 90 (noventa) dias, as Secretarias de Estado procederão ao enquadramento dos
admitidos para as funções enumeradas nos incisos I a III, do artigo 5º desta lei, observadas as
proibições neles contidas.
§ 2º - Os admitidos a título precário para funções com denominações não correspondentes às dos
cargos públicos terão seu enquadramento revisto e procedido pelo CEPS, observadas as proibições
dos incisos I a III, do artigo 5º desta lei.
Artigo 2º - Ao antigo pessoal para obras, não abrangido pelo § 2º do artigo 177 da Constituição do
Brasil, de 1967, bem como aos já admitidos no regime da legislação trabalhista, fica facultada
opção pelo enquadramento no inciso I do artigo 1º desta lei, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do
artigo anterior.
§ 1º - A opção deverá ser manifestada por escrito, perante a autoridade competente, no prazo de 60
(sessenta) dias.
§ 2º - Ao pessoal a que se refere este artigo não se aplica o disposto no inciso II do artigo desta lei.
Artigo 3º - As disposições do artigo anterior poderão ser aplicadas, mediante decreto específico, ao
pessoal para obras das autarquias que se encontre na situação nele prevista à data da publicação da
presente lei.
Artigo 4º - Dentro de 120 (cento e vinte) dias, a partir da vigência desta lei, as Secretarias de
Estado procederão ao levantamento do pessoal enquadrado no inciso I do artigo 1º desta lei,
propondo, dentro de igual prazo, a contar do término do anterior, a criação dos cargos
correspondentes, que poderão ser relotados para outras Secretarias, se excederem às necessidades
dos serviços das repartições em que foram admitidos.
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica nos casos a que se refere o parágrafo único
do artigo 31 do Estatuto do Magistério.
Artigo 5º - O provimento dos cargos que venham a ser criados na forma prevista no artigo anterior
far -se -á mediante concurso público de provas e títulos.
§ 1º - Consideram -se títulos, nos termos deste artigo, para fins de classificação, a experiência
adquirida em decorrência do tempo de serviço prestado em função idêntica àquela do cargo em
concurso e outros que vierem a ser estabelecidos em regulamento.
§ 2º - A experiência será computada à razão de 0,5 (meio) ponto por mês de serviço efetivamente
prestado até o máximo de 40 (quarenta) pontos.
Artigo 6º - Será computado, para os efeitos desta lei, o tempo de serviço prestado pelo pessoal a
que se referem os artigos 1º e 2º destas Disposições Transitórias.
Palácio dos Bandeirantes, 13 de novembro de 1974.
LAUDO NATEL71

Fonte: 4.5 São Paulo. Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974 – Institui o regime jurídico dos
servidores admitidos em caráter temporário e dá providência correlatas.
Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/documentacao/lei_500.htm

Decreto nº 58.648, de 03 de dezembro de 2012 - DOE 04/12/12, p. 01


Regulamenta a promoção dos integrantes das classes do Quadro de Apoio Escolar da Secretaria
da Educação que especifica e dá providências correlatas

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e
com fundamento no que dispõe o artigo 27 da Lei Complementar nº 1.144, de 11 de julho de 2011,
Decreta:

Artigo 1º - A promoção, de que tratam os artigos 25 a 27 da Lei Complementar nº 1.144, de 11 de


julho de 2011, e que se processará em conformidade com as normas estabelecidas neste decreto,
abrangerá os servidores integrantes das seguintes classes do Quadro de Apoio Escolar - QAE:
I - Agente de Serviços Escolares;
II - Agente de Organização Escolar;
III - Secretário de Escola.
Parágrafo único - A promoção de que trata este decreto será efetuada através do Concurso de
Promoção, composto por avaliação de competências nos termos do inciso II do artigo 26 da Lei
Complementar nº 1.144, de 11 de julho de 2011.
Artigo 2º - Considera-se promoção do servidor, a passagem da faixa em que seu cargo ou função-
atividade se encontra enquadrado, mantido o nível de enquadramento, para a faixa imediatamente
superior, em virtude de aquisição de competências adicionais às exigidas para ingresso no
respectivo cargo ou função-atividade.

Artigo 3º - São requisitos para fins de promoção:


I - contar, no mínimo, com 5 (cinco) anos de efetivo exercício na faixa em que o cargo ou função-
atividade estiver enquadrado;
II - ser aprovado em avaliação teórica ou prática para aferir a aquisição de competências adicionais
às exigidas para ingresso;
III - possuir:
a) certificado de conclusão de ensino médio ou equivalente, para os integrantes da classe de Agente
de Serviços Escolares;
b) diploma de graduação em curso de nível superior, para os integrantes da classe de Agente de
Organização Escolar, quando da promoção para a faixa 3;
c) diploma de graduação em curso de nível superior, para os integrantes da classe de Secretário de
Escola.

Artigo 4º - O período de 5 (cinco) anos de efetivo exercício, a que se refere o artigo anterior, será
apurado até o último dia do semestre imediatamente antecedente ao de abertura do processo de
promoção.
§ 1º - Na apuração do tempo de efetivo exercício de que trata o "caput" deste artigo, a contagem
deverá computar os afastamentos considerados de efetivo exercício para todos os efeitos legais.
§ 2º - Na apuração do interstício de que trata o "caput" deste artigo, a contagem de tempo será
interrompida quando o servidor contar com as seguintes ocorrências:
1. falta injustificada;
2. penas disciplinares nos termos dos incisos I a III do artigo 251 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro
de 1968.
§ 3º - O tempo de serviço cumprido pelo servidor na faixa inicial referente ao seu cargo ou função-
atividade, no período anterior à vigência da Lei Complementar nº 1.144, de 11 de julho de 2011,
poderá ser considerado para perfazimento do interstício exigido para a promoção de que trata este
decreto, desde que se encontre investido no mesmo cargo ou funçãoatividade.

Artigo 5º - Fica vedada a participação, no Concurso de Promoção de que trata este decreto, ao
servidor que:
I - estiver afastado nos termos do artigo 202 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968;
II - houver sido punido com as penas de repreensão e suspensão nos últimos 24 (vinte e quatro)
meses contados a partir da data de publicação do Edital de Abertura do Concurso de Promoção.

Artigo 6º - O processo da avaliação, de que trata o inciso II do artigo 3º deste decreto, será
promovido e implementado pela Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos, da Secretaria da
Educação, ouvida a Unidade Central de Recursos Humanos, da Secretaria de Gestão Pública.
Parágrafo único - Caberá à Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos:
1. definir critérios metodológicos da avaliação;
2. estabelecer e proporcionar infraestrutura adequada para a realização da avaliação;
3. proceder à elaboração e à publicação de editais, comunicados e normas complementares ao
processo sob sua responsabilidade.

Artigo 7º - Será considerado como de efetivo exercício, para todos os fins e efeitos, mediante
apresentação do correspondente atestado de frequência, o dia em que o servidor comparecer à
avaliação de que trata o inciso II do artigo 3º deste decreto.

Artigo 8º - Para efeito de comprovação da formação acadêmica, de que tratam as alíneas "b" e "c"
do inciso III do artigo 3º deste decreto, somente serão considerados diplomas devidamente
registrados pelos órgãos competentes.

Artigo 9º - O concurso de promoção será realizado a cada 2 (dois) anos, devidamente precedido de
publicação de edital que regulamentará o concurso correspondente.

Artigo 10 - A promoção do servidor far-se-á por ato específico do Secretário da Educação e


produzirá efeitos pecuniários a partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao da data de publicação
do Edital de Abertura do Concurso de Promoção.

Artigo 11 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 3 de dezembro de 2012


GERALDO ALCKMIN

Herman Jacobus Cornelis Voorwald


Secretário da Educação

David Zaia
Secretário de Gestão Pública

Sidney Estanislau Beraldo


Secretário-Chefe da Casa Civil

PARECER CEE Nº 67/98 – CEF/CEM – Aprovado em 18.3.98


Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Capítulo I
Da Caracterização

Artigo 1º - As escolas mantidas pelo Poder Público Estadual e administradas pela Secretaria de
Estado da Educação, com base nos dispositivos constitucionais vigentes, na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente, respeitadas as normas
regimentais básicas aqui estabelecidas, reger-se-ão por regimento próprio a ser elaborado pela
unidade escolar.
§ 1º - As unidades escolares ministram ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e
adultos e educação profissional, e denominam-se Escolas Estaduais, acrescidas do nome de seu
patronímico.
§ 2º - Ficam mantidas as denominações dos Centros Estaduais de Educação Supletiva, dos Centros
Específicos de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério e dos Centros de Estudos de Línguas.
§ 3º - Os níveis, cursos e modalidades de ensino ministrados pela escola deverão ser identificados,
em local visível, para conhecimento da população. Artigo 2º - O regimento de cada unidade escolar
deverá ser submetido à apreciação do conselho de escola e aprovação da Delegacia de Ensino.
Parágrafo único - Em seu regimento, a unidade escolar dará tratamento diferenciado a aspectos
administrativos e didáticos que assegurem e preservem o atendimento às suas características e
especificidades.

TÍTULO II
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Capítulo I
Dos Princípios
Artigo 7º - A gestão democrática tem por finalidade possibilitar à escola maior grau de autonomia,
de forma a garantir o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, assegurando padrão
adequado de qualidade do ensino ministrado.
Artigo 8º - O processo de construção da gestão democrática na escola será fortalecido por meio de
medidas e ações dos órgãos centrais e locais responsáveis pela administração e supervisão da rede
estadual de ensino, mantidos os princípios de coerência, eqüidade e co-responsabilidade da
comunidade escolar na organização e prestação dos serviços educacionais.
Artigo 9º - Para melhor consecução de sua finalidade, a gestão democrática na escola far-se-á
mediante a:
I - participação dos profissionais da escola na elaboração da proposta pedagógica;
II - participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar - direção, professores, pais, alunos
e funcionários - nos processos consultivos e decisórios, através do conselho de escola e associação
de pais e mestres;
III - autonomia na gestão pedagógica, administrativa e financeira, respeitadas as diretrizes e normas
vigentes;
IV- transparência nos procedimentos pedagógicos, administrativos e financeiros, garantindo-se a
responsabilidade e o zelo comum na manutenção e otimização do uso, aplicação e distribuição
adequada dos recursos públicos;
V- valorização da escola enquanto espaço privilegiado de execução do processo educacional.
Artigo 10 - A autonomia da escola, em seus aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos,
entendidos como mecanismos de fortalecimento da gestão a serviço da comunidade, será
assegurada mediante a:
I - capacidade de cada escola, coletivamente, formular, implementar e avaliar sua proposta
pedagógica e seu plano de gestão;
II - constituição e funcionamento do conselho de escola, dos conselhos de classe e série, da
associação de pais e mestres e do grêmio estudantil;
III - participação da comunidade escolar, através do conselho de escola, nos processos de escolha ou
indicação de profissionais para o exercício de funções, respeitada a legislação vigente;
IV- administração dos recursos financeiros, através da elaboração,
execução e avaliação do respectivo plano de aplicação, devidamente aprovado pelos órgãos ou
instituições escolares competentes, obedecida a legislação específica para gastos e prestação de
contas de recursos públicos.

Capítulo IV
Das Normas de Gestão e Convivência

Artigo 24 - As normas de gestão e convivência visam orientar as relações profissionais e


interpessoais que ocorrem no âmbito da escola e se fundamentarão em princípios de solidariedade,
ética, pluralidade cultural, autonomia e gestão democrática.
Artigo 25 - As normas de gestão e convivência, elaboradas com a participação representativa dos
envolvidos no processo educativo – pais, alunos,
professores e funcionários - contemplarão, no mínimo:
I - os princípios que regem as relações profissionais e interpessoais;
II - os direitos e deveres dos participantes do processo educativo;
III - as formas de acesso e utilização coletiva dos diferentes ambientes escolares;
IV - a responsabilidade individual e coletiva na manutenção de equipamentos, materiais, salas de
aula e demais ambientes.
Parágrafo único - A escola não poderá fazer solicitações que impeçam a freqüência de alunos às
atividades escolares ou venham a sujeitá-los à discriminação ou constrangimento de qualquer
ordem.
Artigo 26 - Nos casos graves de descumprimento de normas será ouvido o conselho de escola para
aplicação de penalidade. ou para encaminhamento às autoridades competentes.
Artigo 27 - Nenhuma penalidade poderá ferir as normas que regulamentam o servidor público, no
caso de funcionário, ou o Estatuto da Criança e do Adolescente, no caso de aluno, salvaguardados:
I - o direito à ampla defesa e recurso a órgãos superiores, quando for o caso;
II - assistência dos pais ou responsável, no caso de aluno com idade inferior a 18 anos;
III - o direito do aluno à continuidade de estudos, no mesmo ou em outro estabelecimento público.
Artigo 28 - O regimento da escola explicitará as normas de gestão e convivência entre os diferentes
segmentos escolares, bem como as sanções e recursos

TÍTULO V
DA ORGANIZAÇÃO TÉCNICO-ADMINISTRATIVA

Capítulo V
Do Núcleo Operacional

Artigo 67 - O núcleo operacional terá a função de proporcionar apoio


ao conjunto de ações complementares de natureza administrativa e curricular, relativas às
atividades de:
I - zeladoria, vigilância e atendimento de alunos;
II - limpeza, manutenção e conservação da área interna e externa do prédio escolar;
III - controle, manutenção e conservação de mobiliários, equipamentos e materiais didático-
pedagógicos;
IV - controle, manutenção, conservação e preparo da merenda escola

Fonte: Parecer CEE 67/98 – Dispõe sobre Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais:
Título I, Capítulo I;
Título II, Capítulo I,
Capítulo IV: artigos 24 a 28;
Título V, Capítulo V.
Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/diretrizes_p1022-1048_c.pdf

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