Asma: suas origens, seus Produtos granulares pré-formados.
mecanismos inflamatórios e o Histamina e triptase do mastócito.
papel do corticosteroide. Mediadores lipídicos: prostaglandinas, leucotrienos e fator ativador de plaquetas (FAP). Interação entre fatores genéticos e ambientais. Moléculas de adesão: ICAM-1, VCAM-1 e selectinas. Expressão aumentada de genes inflamatórios alterações celulares Estudos das vias aéras: e estruturais do aparelho respiratório. Infiltração de neutrófilos e de eosinófilos Meio ambiente modula os diferentes fenótipos asmáticos Mastócitos degranulados A interação entre a rede imune no Perda da integridade do epitélio pulmão e as células residentes das brônquico vias aéreas, produtoras-chave de Espessamento da membrana basal citocinas, quimiocinas e fatores de Oclusão da luz brônquica por muco crescimento, produz uma doença Hiperplasia das células caliciformes respiratória crônica chamada asma. Hipertrofia/hiperplasia da Pilar terapêutico corticosteroides musculatura lisa peribrônquica. inalatórios Inflamação vias aéreas Eventos moleculares e celulares hiperresponsivas e contraem-se envolvidos na sensibilização, no facilmente em resposta a uma desenvolvimento de células Th2, ampla gama de estímulos. elaboração de citocinas Th2 e Tosse, sibilos, dispneias e opressão ativação dos mecanismos efetores torácica. dessas citocinas resultam nas Presença de células inflamatórias características observadas nas vias aéreas, exsudação de A transcrição aumentada de genes plasma, edema, hipertrofia da inflamatórios é regulada por fatores musculatura lisa peribrônquica, de transcrição (FT) pró- tampões mucosos e desnudamento inflamatórios. do epitélio brônquico. FT: fator nuclear-kB, ativador e proteína-1 (AP-1), fator nuclear de Asma como doença inflamatória células T ativadas... Todas as células do aparelho Esses fatores vão induzir a respiratório, até as que não tem perpetuação da inflamação. potencial inflamatório participam Células epiteliais e macrófagos das alterações típicas da asma. alveolares por serem residentes, ao liberarem quimiocinas essas terão Produtos da inflamação: efeito imediato na via aérea e no IL1,2,3,4,5,6,10,12 e 13. tecido pulmonar adjacente. Fator estimulador de colônias de granulócitos-macrófagos (GM-CSF). A origem da asma Fator de necrose tumoral; Fator transformador do crescimento; Aparentemente, os genes radicais de oxigênio. relacionados à atopia e à asma não são ativados na ausência de fatore Citocinas na asma ambientais e de exposições Grande grupo de proteínas solúveis específicas a determinados que agem como reguladores alérgenos. humorais em concentrações O processo de sensibilização do pequenas. linfócito T ocorre no útero. Modulam as atividades funcionais Predisposição genética + ambiente de células e de tecidos através de particular. receptores específicos na superfície Células T indiferencias (T helper – das células alvo. Th) no neonato seriam direcionadas Algumas citocinas agem no nível para o subtipo Th2 mecanismo sistêmico, afetando, por exemplo, modulados por sinalização fenômenos biológicos como originada do microambiente local. inflamação, síndrome sistêmica de Na presença de células dendríticas, resposta inflamatória, reação IL-12,IL-18 e IFN-Y, a célula t imediata e reparação tecidual pós- helper indiferenciada se transforma agressão. em Th1. Na asma, as citocinas atuam na As respostas polarizadas Th1, nas coordenação e na persistência do quais ocorrem secreção de processo inflamatório crônico das interferon gama, interleucina-12 e vias aéreas. Tanto o linfotoxina, têm papel chave na comportamento alterado como as ativação do macrófago nas reações mudanças estruturais observadas de hipersensibilidade retardada. nas células residentes do trato A polarização Th2 estimula as respiratório são consequência da respostas mediadas por anticorpos, ação de citocinas. ativa mastócitos e promove a É possível que a célula dendrítica eosinofilia tecidual. seja responsável pelo primeiro Mesmo reconhecendo que a contato entre o sistema imune e o maioria dos asmáticos são atópicos, alérgeno externo ativação do numerosos outros fatores além da linfócito Th2. alergia parecem contribuir para a Segundo paradigma Th1/Th2, inflamação e para o remodelamento moléculas co-estimuladoras na das vias aéreas. superfície da célula apresentadora Como resultado da interação entre de antígenos devem levar a fatores genéticos, componentes estimulação e a proliferação de celulares com comportamento células Th2, tendo início as diverso do normal e modulação disfunções e as alterações teciduais ambiental, mecanismos imunes observadas na asma. Dentre as anormais, modulados por principais alterações teciduais, numerosas citocinas, resultam nas destaca-se o remodelamento das alterações e disfunções obsevadas vias aéreas, supostamente na asma. responsável pela persistência e gravidade da doença. Remodelamento na asma TIMPS – inibidores teciduais de Processo dinâmico que interpõe metaloproteinaes lesão inflamatória e reparo tecidual. O equilíbrio entre as MMPs e seus Pode voltar ao normal ou fazer inibidores controla a deposição de modificações profundas. colágeno nos tecidos. Quantidade RB – remodelamento brônquico reduzidas de MMPs ou aumentadas alterações estruturais de TIMPs podem contribuir para observadas nas vias aéreas de fibrose excessiva asmáticos. Caracterizado por Estímulo mecânico é um dos lesão epitelial, deposição de fatores envolvidos no processo de proteínas da matriz extracelular, remodelamento, ex: metaplasia de células broncoconstrição. caliciformes, hipertrofia e As células epiteliais da superfície da hiperplasia da musculatura lisa, parede brônquica, que é aumento da vasculatura e da comprimida no estímulo mecânico, inervação brônquica. têm a capacidade de modular o HBR- hiper reatividade brônquica padrão inflamatório da parede da Certamente o remodelamento é um via aérea e de produzir fatores que dos determinantes da gravidade e influenciam o recrutamento, a da irreversibilidade da redução da proliferação e a atividade de luz brônquica. fibroblastos e das células O epitélio da via aérea do asmático musculares. é mais susceptível à lesão por oxidantes (fator genético) do que o As Bases moleculares da ação do não asmático, o que pode levar dos Costicosteróides (CS) a uma programação da morte celular prematura. Como resultado, “Desliga” diversos genes encontra-se um cenário de lesão inflamatórios ativados durante o continuada: o epitélio torna-se uma processo inflamatório. fonte de fatores de crescimento e , A inflamação crônica é interagindo com a bainha do caracterizada pela expressão fibroblasto, provoca secreção de aumentada de muitos genes outros fatores adicionais capazes inflamatórios, tais como o fator de promover a proliferação dos nuclear kapa-B e o ativador de demais componentes das vias proteína-1, que ao se ligarem a aéreas, incluindo músculo liso, moléculas ativadoras, promovem vasos sanguíneos e nervos, além sua ativação, causando acetilação de maior deposição de colágeno e de histonas e consequente de outras proteínas da matriz na transcrição genética. O Cs vão lâmina basal subepitelial. reverter essa acetilação das Metaloproteinases coadjuvantes histonas suprimindo a transcrição. importantes em processos Eficácia clínica capacidade de patológicos pulmonares, pois tem mimetizar os glicocorticosteróides capacidade de clivar proteínas naturais ativação de eixo estruturais como as das fibras hipotálamo-hipófise-adranal (HHA) colágenas e elásticas. cortisol aumento da glicemia + estímulo da gliconeogênese no fígado + metabolização de ácidos citocinas pelos macrófagos aminos e graxos. alveolares e pelos eosinófilos. CS potentes supressores Redução no número de eosinófilos imunológicos endógenos. de baixa densidade circulantes, Eles são bons antiinflamatórios, refletindo inibição da produção de mas a utilidade clínica desses citocinas nas vias aéreas.. fármacos é limitada. Age sobre o linfócito T, inibindo sua Receptor de glicocorticoide ativação e bloqueando a liberação medeia maior parte dos efeitos do de citocinas importantes para o CS. recrutamento e maior sobrevida das A ação dos CS na asma se dá células inflamatórias envolvidas na pela modulação das respostas inflamação asmática. imune e inflamatória através da O CS não tem efeito inibitório direto inibição dos fatores de sobre a liberação de mediadores transcrição (FT). Os efeitos pelos mastócitos, quando usado ao antiinflamatórios dos CS são longo prazo, ele diminui o número tempo e dose dependentes e sua de mastócitos na mucosa ação sobre as células é mediada brônquica. através do RG que, Inibe a expressão aumentada de transportando o CS do fatores inflamatórios no epitélio citoplasma para o núcleo da brônquico. célula, onde ele se ligará ao DNA, levará à produção de moléculas antiinflamtórias (transativação) e à inibição da produção de substâncias inflamatórias (transrepressão). O uso de CS está associado à inibição de citocinas Th2 (IL-4, IL-5 E IL-13), o que poderia promover a produção de citocinas Th1 (IFN-Y E IL-12). Os CS inalatórios suprimem a inflamação asmática predominantemente através da modulação da transcrição de genes codificadores Ouros mecanismo de ação: inibição da transcrição de genes que codificam receptores que mediam a ação de substâncias inflamatórias. Também reduz a sobrevida de certas células inflamatórias, como o eosinófilo. No nível celular: inibem a liberação de mediadores inflamatórios e de