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INTRODUÇÃO À TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Como o calor é transferido e as relações necessárias para calcular as taxas de transferência


de calor

Fundamentos:

 Transferência de calor
 Como é transferido
 Importância

Mecanismos físicos nos processos de transferência de calor

Relevância desses processos nos problemas industriais e ambientais

1) Transferência de calor

É a energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura.

Modos de transferência de calor:

Condução – gradiente de temperatura em um meio estacionário

Convecção – transferência entre uma superfície e um fluido em movimento

Radiação – emissão de energia em ondas eletromagnéticas

2) Mecanismos físicos nos modos da transferência de calor e equações das taxas de


transferência de calor

2.a) Condução

Atividade atômica e molecular

Partículas mais energéticas transferem energia para as de menor energia

A FIGURA 1.2 (Incropera) ilustra a transferência de calor por condução com a difusão de
energia devido a movimento molecular.
O gás ocupa o espaço entre duas superfícies mantidas a temperaturas diferentes.

Energia das moléculas está relacionada aos movimentos de translação, rotação e vibração.

Temperaturas mais altas → energias moleculares mais altas

A colisão das moléculas entre si provoca a transferência de energia. A transferência de


energia por condução ocorre no sentido da diminuição de temperatura.

Na ilustração da FIGURA 1.2 a transferência líquida de energia devido ao movimento


molecular aleatório é uma difusão de energia.

Em sólidos, de material não-condutor, a transferência de energia se dá exclusivamente


através de ondas na estrutura de retículos devido ao movimento atômico. Em material
condutor, a transferência se dá também através do movimento de translação dos elétrons
livres.

Exemplos:

 Colher de metal mergulhada numa xícara de café quente


 Uma sala quente em um dia de inverno (transferência de calor por condução através
das paredes que separam o ar da sala do ar exterior)

Equações de taxas de transferência de calor

 Lei de Fourier

A FIGURA 1.3 ilustra a transferência unidimensional de calor por condução (difusão de


energia)
- fluxo de energia, em W/m2

- gradiente de temperatura na direção x

k - constante de proporcionalidade (condutividade térmica), em W/m.K

Na distribuição da temperatura linear, tem-se

portanto

A taxa de transferência de calor por condução é:

A – área de uma parede plana, em m2.

2.b) Convecção

Este modo de transferência de calor abrange dois mecanismos:

 Movimento molecular aleatório (difusão)


 Movimento global, ou macroscópico, do fluido
Advecção – transporte de calor devido exclusivamente ao movimento global do fluido

A FIGURA 1.4 ilustra o desenvolvimento da camada limite na transferência de calor com


convecção

Velocidade do fluido: u(y) = 0 em y = 0 (contato com a superfície)

u∞ - associado ao escoamento do fluido

Camada limite hidrodinâmica - região no fluido

Temperatura do fluido: Ts em y = 0

T∞– associada à região do escoamento afastada da superfície

Camada limite térmica

 Contribuição devido ao movimento molecular aleatório (difusão)

Dominante próximo à superfície. Em y = 0 => u(y) = 0 e o calor é transferido somente


por difusão.

 Contribuição do movimento global do fluido

À medida que a espessura da camada limite aumenta com o escoamento na direção


do eixo x, o calor é conduzido para o interior desta camada é arrastado na direção do
escoamento, sendo transferido para o fluido que se encontra no exterior da camada
limite.

 Convecção forçada

Quando o escoamento do fluido é causado por meios externos: ventilador, bomba ou ventos
atmosféricos

 Convecção livre

Quando o escoamento do fluido é induzido por forças de empuxo (diferenças de densidade


causadas por variações de temperatura no fluido)

 Convecção mista

A mistura da convecção natural e forçada

A energia que está sendo transferida é uma energia sensível, ou térmica interna do fluido.

Processos de convecção em que existe troca de calor latente

Exemplos: ebulição e condensação

Equação para a taxa de transferência

q” = h ( Tsup - T∞) Lei do resfriamento de Newton

q” – fluxo de calor por convecção, em W/m2

Tsup – temperatura da superfície

T∞ - temperatura do fluido

h – constante de proporcionalidade, em W/m2∙K (coeficiente de transferência de calor por


convecção)

h depende:

 condições da camada limite


 geometria da superfície
 natureza do escoamento do fluido
 propriedades termodinâmicas e de transporte do fluido
2.c) Radiação

A radiação térmica (energia emitida por toda matéria) ocorre pelas mudanças nas
configurações eletrônicas dos átomos ou meléculas que constituem a matéria. A radiação
não requer a presença de um meio material.

 Lei de Stefan-Boltzmann

Radiador ideal ou corpo negro

E – poder emissivo da superfície, em W/m2

Tsup – temperatura absoluta da superfície, em K

σ - constante de Stefan-Boltzmann

σ = 5,67x10-8 W/m2∙K4

Fluxo de calor emitido por uma superfície real:

ε – propriedade radiante da superfície (emissividade)

0≤ε≤1

ε depende: - material

- acabamento da superfície

Irradiação

G – taxa em que todas as radiações incidem sobre uma área unitária da superfície

Absortividade

α - taxa pela qual a energia radiante é absorvida pela superfície

Gabs = αG

0≤α≤1

α < 1 – superfície opaca (reflete irradiações)


Superfície semitransparente – frações de irradiação podem ser transmitidas

α depende: - natureza da irradiação

- superfície

A FIGURA 1.6 (INCROPERA) ilustra a transferência de calor por radiação

Para o caso da troca térmica entre uma pequena superfície e uma superfície isotérmica de
uma grande vizinhança, com Tsup ≠ Tviz.

Emissão de um corpo negro, a Tviz

Superfície (cinza): α = ε

( )

( )

(energia térmica liberada devido à emissão de radiação e energia térmica ganha devido à
absorção de radiação)

Troca líquida ou global de calor por radiação

qrad = hrA(Tsup – Tviz)

hr – coeficiente de transferência de calor por radiação

( )( )

Obs: - hr depende fortemente da T


- h (convecção) depende fracamente da temperatura

Para as condições da FIGURA 1.6 b, a taxa total de transferência de calor a partir da


superfície seria:

( ) ( )

com transferência de calor por convecção para um gás adjacente simultânea.

2.d) Relação com a termodinâmica

Na termodinâmica não se consideram:

- os mecanismos que causam a transferência de calor

- os métodos que calculam a taxa de troca de calor

A termodinâmica trata dos estados de equilíbrio da matéria, ou seja, não considera um


gradiente de temperatura.

Usa-se a termodinâmica para determinar a quantidade de energia (calor) necessária para


que um sistema passe de um estado de equilíbrio para outro. A termodinâmica não
considera que a transferência de calor é um processo de não-equilíbrio.

Se há transferência de calor, deve existir um gradiente de temperatura (não-equilíbrio


termodinâmico)

A transferência de calor quantifica a taxa de transferência de calor que ocorre, em termos


do grau de não-equilíbrio térmico.

3) Conservação de energia

3a. Conservação de energia em um volume de controle

Volume de controle

Superfície de controle (energia e matéria podem passar)

Base de tempo

A 1ª lei da termodinâmica deve ser satisfeita a todo e qualquer instante de tempo t

 A qualquer instante deve existir um equilíbrio entre todas as taxas de transferência


de energia, em J/s
 Para todo intervalo de tempo Δt deve existir um equilíbrio entre as quantidades de
todas as variações de energia, em J.
Se alimentação

geração de energia > saída => aumento na quantidade de energia


armazenada (acumulada) no volume de controle (V.C.)

Se alimentação

geração de energia < saída => diminuição na energia armazenada

Se alimentação

geração de energia = saída => regime estacionário

A FIGURA 1.7 (INCROPERA) apresenta a aplicação, para um dado instante, da conservação de


energia para um V.C.

A linha tracejada identifica a superfície de controle (S.C.)

Para o balanço de energia (B.E.):

̇ - taxa de energias térmica e mecânica que entram no sistema

̇ - taxa de geração de energias térmica e mecânica que saem através da S.C.

̇ - taxa de geração de energia (energia térmica criada no interior do V.C. pela conversão de
outras formas de energia)

̇ - taxa de variação da energia armazenada no interior do V.C., dEac/dt

Forma geral para a exigência de conservação de energia:

̇ ̇ ̇ ̇
que pode ser utilizada em qualquer instante de tempo.

E para um intervalo de tempo Δt

Ee + Eg – Es = ΔEac

Termos relativos à entrada e saída de energia:

Fenômenos de superfície (processos que ocorrem na S.C. e são proporcionais à sua área)

Exemplos:

 Entrada e saída de energia: transferência de calor por condução, convecção e/ou


radiação
 Energia transportada pela matéria que entra e sai do V.C.: escoamento de um fluido
através da S.C. (energias interna, cinética e potencial)
 Trabalho que ocorre nas fronteiras do sistema

Termo da geração de energia:

conversão de uma outra forma de energia (química, elétrica, eletromagnética ou niuclear)


em energia térmica.

Fenômeno volumétrico – ocorre no interior do V.C. e é proporcional à magnitude do seu


volume

Termo de armazenamento (acúmulo) de energia:

fenômeno volumétrico – mudanças nas energias interna, cinética e/ou potencial

para um instante de tempo Δt:

ΔEac = ΔU + ΔKE + ΔPE

ΔU – variação na energia interna, consiste em um

componente sensível ou térmico (movimentos de translação, rotação e/ou vibração


dos átomos/moléculas);

componente latente (forças intermoleculares que influenciam as mudanças de fase);

componente químico (ligações químicas entre os átomos

componente nuclear (forças de coesão existentes nos núcleos dos átomos)

Efeitos químicos ou nucleares – fontes de energia térmica (termo Eg da equação)

Energia latente – - mudança de fases

- Aumenta: vaporização, evaporação e ebulição


- Diminui: condensação, solidificação, congelamento

Na maioria das análises na transferência de calor, efeitos das energias cinética e potencial
são desprezados.

ΔEac = ΔU = ΔUt + ΔUlat

A FIGURA 1.8 (INCROPERA) ilustra o caso de um sistema fechado durante um dado intervalo
de tempo e um sistema aberto em estado estacionário durante um dado intervalo de tempo.

Sistema fechado

No caso a) Em um intervalo de tempo Δt, calor é transferido para o sistema e trabalho é feito
pelo sistema, portanto não existe qualquer conversão de energia ocorrendo no interir do
sistema (Eg = 0) e as mudanças nas energias cinética e potencial são desprezíveis. Então

Q – W = ΔU

Exigência da conservação de energia implica

Sistema aberto

No caso b) Um fluxo de massa é responsável polo transporte de energia interna, cinética e


potencial através de suas fronteiras.

Contribuições:

a. Trabalho de escoamento (forças de pressão movem o fluxo através das fronteiras do


sistema)

Equivalente a PV, sendo v o volume específico do fluido

b. Qualquer outro tipo de trabalho é considerado como tendo sido efetuado pelo
sistema, e é incorporado no termo W.
Não existe qualquer conversão de energia no interior do sistema ( ̇ ) e a equação da
energia para sistemas abertos em regime estacionário é:

̇ ( ) ̇ ( ) ̇

Entalpia: i = u + pv

3.b. Balanço de energia em superfícies

A FIGURA 1.9 (INCROPERA) ilustra o balanço de energia para a sua conservação na superfície
de um meio.

A S.C. não delimita massa ou volume. Os termos relativos à geração e ao acúmulo, não são
mais relevantes, levando-se em conta apenas os fenômenos de superfície.

Exigência de conservação de energia:

̇ ̇

Conforme a FIGURA 1.9, o balanço de energia admite:

3.c. Aplicação das leis da conservação

Regras básicas
 Definição do V.C. apropriado
 Identificação da base de tempo apropriada
 Identificação dos processos que envolvem energia
 Seleção da equação da conservação de energia e das taxas de transferência de calor

4) Relevância da transferência de calor (TC)

Os fenômenos da TC representam um papel importante em muitos problemas industriais e


do meio ambiente.

Problemas que envolvem processos de condução, convecção e radiação e se relacionam ao


projeto de sistemas como: caldeiras, condensadores e turbinas. Objetivo de maximizar as
taxas de TC e de manter a integridade de materiais em ambientes a altas temperaturas.

Conversão de energia solar → aquecer ambientes

→produção de energia elétrica

Afetam a performance de →motores de combustão interna

sistemas de propulsão →turbinas a gás

→foguetes

sistemas de aquecimento de arte água

Projetos incineradores, armazenamento criogênico, resfriamento

sistemas de refrigeração e condicionamento de ar

etc

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

 F. P. INCROPERA e D. P. DeWITT, “Fundamentos de Transferência de Calor e Massa”,


5ª Ed., Editora LTC, 2003.

 J. R. WELTY, R.E. WILSON e C.C. WICKS, “Fundamentals of Momentum, Heat, and


Mass Transfer”, 4ª Ed., John Wiley & Sons, 2001.

 J. H. LIENHARD IV e J. H. LIENHARD V, “A Heat Transfer Textbook”, 3ª Ed., Phlogiston


Press, 2001 (disponível em http://web.mit.edu/lienhard/www/ahtt.html).

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