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O termo diagnóstico tem origem em duas palavras gregas: diá, que significa “por meio
de, durante”, e gnosis, “referente ao conhecimento de”. Dessa forma, entende-se que
diagnóstico é o conhecimento ou determinação de uma característica pela observação das
suas manifestações. Já o termo psicopedagógico remete ao conhecimento que articula a
Psicologia e Pedagogia.
O objeto de estudo da Psicopedagogia, a saber, os processos de aprendizagem, deve
ser compreendido a partir de duas perspectivas: preventiva e terapêutica. A perspectiva
preventiva contempla o ser humano em desenvolvimento na qualidade de educável, ou seja,
o sujeito a ser educado, bem como seus processos de desenvolvimento e alterações
nestes processos, enfatizando as competências do aprender num sentido global. A
perspectiva terapêutica contempla a identificação e o estudo de uma metodologia de
diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizagem.
O diagnóstico na perspectiva da Psicopedagogia possui especificidades, que o
diferencia dos demais psicodiagnósticos, em razão das particularidades do seu objeto de
estudo, que é a matriz do pensamento e processos diagnósticos.
O diagnóstico psicopedagógico é um processo, por meio do qual se apura, identifica,
levanta hipóteses, ainda que provisórias, sobre que leva o aprendente a apresentar
dificuldades ou a não aprender, isto é, quais os obstáculos que impedem o seu
desenvolvimento dentro do esperado.
A proposta do diagnóstico psicopedagógico está apoiada em pressupostos científicos
que descrevem a compreensão de um fenômeno, no qual a situação real é
caracterizada/compreendida a partir da utilização de teorias científicas, noções e conceitos.
Nesse contexto, encontra-se Epistemologia Convergente 2 que, apoiada nas teorias
interacionistas, estruturalistas e construtivistas, estrutura a teoria e a prática sobre o
diagnóstico e intervenção psicopedagógicos, etapas fundamentais na busca pela superação
das dificuldades na aprendizagem, compreendendo que todo o processo diagnóstico deve
ser estruturado de forma a possibilitar a observação da interação entre o cognitivo e o
afetivo do aprendente.
A Epistemologia Convergente entende que a aprendizagem possui duas dimensões
distintas: normal e patológica. Para identifica-las, é necessário recorrer aos conhecimentos
teóricos e práticos sobre a matriz do pensamento diagnóstico, ou seja, recorrer ao instrumento
conceitual que fundamenta a ação, de maneira a apresentar os estados do objeto
(dimensão normal e/ou patológica da aprendizagem), mantendo sua unicidade.
A matriz do pensamento diagnóstico está organizada como a maior parte dos esquemas
diagnósticos: o diagnóstico, propriamente dito, prognóstico e indicações. Baseia-se nos
princípios interacionistas, construtivistas e estruturalistas e prevê3:
Análise do contexto e leitura do sintoma.
Explicação das causas que coexistem temporalmente com o sintoma.
Explicação da origem do sintoma e das causas “a-históricas”.
Análise do distanciamento do fenômeno em relação aos parâmetros
considerados aceitáveis.
Levantamento das hipóteses sobre a configuração futura do
fenômeno atual.
Indicações e encaminhamentos.
- Diagnóstico remete à caracterização do sujeito e do meio no qual se manifesta o sintoma
no momento do diagnóstico. Baseia-se no pressuposto que o sintoma é resultado da
interação do subsistema, a personalidade como o sistema social, e seus mediadores. É
constituído por:
a) análise do contexto em que se desenvolve o processo de aprendizagem;
b) leitura de sintomas que emergem na interação social voltada para o aprendente;
c) explicação de causas que coexistem temporalmente com o sistema;
d) Explicação da origem desta causa;
e) Análise do distanciamento do fenômeno em relação aos parâmetros considerados
aceitáveis.
Podem ser observados aspectos tais como: as características da instituição educacional
(aprendizagem sistemática), comunidade (aprendizagem assistemática), como as condutas
exigidas que ajudam na manifestação ou não das dificuldades em um outro campo. Dentro da
caracterização interessa: sexo, idade, meio cultural e etc., que permitem a compreensão se
a conduta é ou não sintomática. O diagnóstico começa com a consulta inicial e termina com
a devolutiva.
- Prognóstico consiste no levantamento de hipóteses sobre a configuração futura do
fenômeno atual, pode ser formulado das seguintes formas: a) sem agentes corretores que
intervenham em sua modificação; b) com agentes corretores ideais que coadjuvem
positivamente; c) com agentes corretores possíveis de acordo com a realidade do sujeito e
seu meio.
- Indicações, referem-se à análise das causas internas do aprendente simultâneas aos
sintomas e suas interações. Essa análise é de extrema importância para a orientação,
recomendações e, claro, para as indicações.
Há três causas internas que podem desencadear o aparecimento de sintomas:
1. A afetividade.
2. As funcionais.
3. O estágio de pensamento (cognitivo).
Alguns caminhos
Entrevista de devolução e
encaminhamento
Devolutiva e encaminhamento
(Edith Rubstein)
QUEIXA PSICOPEDAGÓGICA
O termo “queixa” pode ter vários sentidos, dependendo do momento vivido pelo sujeito.
No dicionário, é possível encontrar os seguintes significados “ato ou efeito de queixar-se”,
“expressão de dor ou sofrimento, lamento”, “expressão de ressentimento ou desagrado”,
“quaisquer sintomas relatados pelo doente”.
Na perspectiva psicopedagógica, a queixa é a primeira etapa para o diagnóstico, por
meio da qual compreende-se o que esteja dificultando os processos de aprendizagem do
aprendente, estabelecendo as hipóteses sobre aspectos importantes para o diagnóstico de
aprendizagem. Dessa forma, deve-se observar:
Nome:
Data de nascimento: _/ /_ Idade:
Escola Atual:
Série/ano: Período:
Nome do Professor:
Gostaria de fazer um trabalho comigo para verificarmos onde posso lhe ajudar?
ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA
DADOS DO ALUNO
Nome:
Sexo: ( )F( )M
Naturalidade: Nacionalidade:
Nome da mãe:
Nome do pai:
Descreva os pais:
Sistema de avaliação:
Qual a queixa?
A criança é reprimida ou tem liberdade para expressar suas ideias e opiniões? Explique.
HISTÓRICO DE VIDA DO ALUNO
A gravidez foi desejada? Sim ( ) Não ( )
Como foi a gestação e o parto?
Amamentação? Peito ( )
(assimilação/acomodação, afetividade) Mamadeira ( )
Tem hora para comer? Sim ( ) Não ( )
Com que idade deixou as fraldas?
Como lidou com essa mudança?
ASPECTOS DE RELACIONAMENTO
A criança gosta de chamar a atenção para si? Sim ( ) Não ( )
Tem dificuldade de dividir brinquedos? Sim ( ) Não ( )
Apresenta mudança de comportamento variando o humor Sim ( ) Não ( )
sem motivo aparente?
Aceita ser disciplinado? Sim ( ) Não ( )
Respeita as regras impostas? Sim ( ) Não ( )
ASPECTO DE RACIOCÍNIO
A criança reconhece quando erra? Sim ( ) Não ( )
Tenta justificar os erros? Sim ( ) Não ( )
Presta atenção quando é solicitada? Sim ( ) Não ( )
Compreende o que é solicitado? Sim ( ) Não ( )
Acompanha o curricular escolar proposto? Sim ( ) Não ( )
ASPECTO DA LINGUAGEM ORAL
Presta atenção a detalhes quando faz a leitura? Sim ( ) Não ( )
Expressa seu pensamento com sequência lógica? Sim ( ) Não ( )
Apresenta inibição ao falar? Sim ( ) Não ( )
Troca letras ou fonemas ao falar? Sim ( ) Não ( )
Expressa suas ideias com segurança? Sim ( ) Não ( )
DADOS DA FAMÍLIA
Os pais brigam na frente da criança? Sim ( ) Não ( )
Corrigem a criança na frente dos outros? Sim ( ) Não ( )
Como é o critério de disciplina na família?
1. Consignas e Intervenções
Consigna fechada: “Gostaria que você me mostrasse outra coisa que não
seja (...)” ou “Gostaria que você me mostrasse algo diferente do que já
me mostrou”.
Consigna direta: “Gostaria que me mostrasse algo de... (matemática,
escrita, leitura)”.
Consignas para pesquisa: “Para que serve isto, o que você fez, que
horas são, que cor você está utilizando?”.
As respostas geralmente após a consigna de abertura são:
b) Pede que lhe indique o que precisa fazer, ao que se responde: “O que você
quiser”.
c) Fica totalmente paralisado sem poder reagir. Mesmo diante do modelo múltiplo
não realiza nada. Qualquer uma das respostas já são dados significativos para
a avaliação.
Quando o entrevistado apresenta alguma produção, é aconselhável que se incida sobre ela,
perguntando, argumentando, investigando, apresentando um problema, pedindo que relate o
que leu, escreveu ou desenhou.
Observa-se o grau de mobilidade e de modificabilidade do entrevistado.
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AVALIAÇÃO DO ESTILO DE APRENDIZAGEM
Temática: Consiste em tudo que o sujeito diz, o que terá, como toda conduta
humana, um aspecto manifesto e outro latente.
Dinâmica: Consiste em tudo que o sujeito faz e não é estritamente verbal:
gestos, tom de voz, postura corporal, a forma de sentar ou de pegar o lápis
etc. podem ser mais reveladoras que os comentários e até mesmo que o
produto.
Produto: É o que o sujeito deixa gravado no papel, na dobradura, na
colagem etc, incluindo a sequência em que foram feitos.
Dimensão cognitiva
Alguns indicadores:
Leitura dos objetos e situação.
Utilização adequada dos objetos.
Estratégias utilizadas na produção de tarefas.
Organização/Planejamento da atividade (antecipação).
Nível de pensamento utilizado.
Dimensão afetiva
Alguns indicadores:
Alterações no campo geográfico e o de consciência (distração, inadequação da
postura, fugas etc.)
Aparecimento de condutas defensivas (medos, resistência às tarefas, às
mudanças, às ordens etc.)
Ordem e escolha dos materiais.
Aparecimento de condutas reativas (choro, ansiedade etc.)
Postura do Examinador
Deve ser apenas um observador da conduta do avaliado, participando
com intervenções somente quando achar necessário.
Lançar mão de vários tipos de consignas para maior riqueza das observações.
Colocar limites quando achar necessário.
Quando o avaliado apresenta dificuldades para entrar na tarefa, deverá
utilizar consigna múltipla para facilitar a decisão do avaliado.
Caso o avaliado permaneça sem iniciativa, deve-se lembrar também que
esta também é uma postura a ser analisada, é uma forma de agir frente a
situações novas, deve ser avaliada em seus vários fatores.
Formas de Registro
Papel pautado dividido em duas colunas, sendo a da esquerda maior, pois
servirá para as anotações do que ocorrerá na entrevista e a coluna da
direita para anotações das hipóteses levantadas.
Deve-se anotar tudo que ocorrer, postura, ações, palavras, frases etc.
Observações gerais
Cada nível de estrutura cognitiva corresponde a uma leitura da realidade e
um nível de evolução afetiva para estabelecer um vínculo com o objeto.
Cognitivo: Operações lógicas que regulam os intercâmbios com o meio
externo, com a lógica correspondente ao estágio cognitivo a que percebe o
sujeito.
Diante de determinada situação, o sujeito passará pelos momentos de
indiscriminação objetiva parcial e total, em movimentos de ir e vir. Ao atingir
o patamar, pode passar para outro no mesmo movimento.
PRINCIPAIS OBSTÁCULOS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Obstáculos Funcionais
Assimilação
Lentidão
Domínio especial
Motor
Elaboração mental
3. Gostaria de saber o que você sabe fazer com o material que está sobre a mesa
Como é sua postura (ao sentar)?
6. O aprendiz:
Articula o pensar como fazer? Sim ( ) Não ( )
Dificuldades com planejamento e organização? Sim ( ) Não ( )
Planeja bem? Sim ( ) Não ( )
Medo/resistência em utilizar os materiais? Sim ( ) Não ( )
Prefere conversar a produzir algo? Sim ( ) Não ( )
Descontentamento com suas produções? Sim ( ) Não ( )
Perfeccionismo (auto exigência)? Sim ( ) Não ( )
Problema na visão/fala? Sim ( ) Não ( )
Necessidade em agradar? Sim ( ) Não ( )
Dificuldade com a coordenação motora? Sim ( ) Não ( )
Suspeita de dislexia? Sim ( ) Não ( )
Suspeita de TDAH? Sim ( ) Não ( )
Outras hipóteses:
Diagnóstico Operatório
Após intensas pesquisas, Jean Piaget e colaboradores, elaboraram as provas do
diagnóstico operatório que determinam o grau de aquisição de algumas noções chaves do
desenvolvimento cognitivo, tais como: noção de tempo, espaço, conservação, causalidade,
número etc.
Por meio das provas operatórias é possível detectar o nível da estrutura cognitiva
com a qual o sujeito opera diante da situação apresentada, ou seja, o nível de pensamento
alcançado pelo sujeito.
As idades cronológicas apresentadas para os diversos níveis de desenvolvimento
estão relacionadas às condições socioculturais.
Momento do Diagnóstico
1. Vínculo.
2. Clarear o que se vai fazer.
3. Apresentação do material da prova.
(Quando o sujeito manuseia deve-se ouvir o que ele diz)
4. A ordem ou consigna.
5. A pergunta propriamente dita não precisa ser translúcida que dirija ou direcione a
resposta.
6. Resposta.
7. Primeira transformação do objeto, introdução de uma variável nula, ou seja,
não transforma o aspecto considerado.
8. Pedido de argumentação.
9. Resposta argumentada por:
Identidade: Quando o sujeito percebe que não se acrescenta nada ao
material utilizado.
Provas Horizontais
1. Seriação
2. Números pequenos
3. Dicotomia
Quantidade e inclusão de classes
Interseção de classes
Transvasamento de líquidos
Massa
Peso
Comprimento
Espaço unidimensional
Superfície
Espaço bi e tridimensional
Substâncias homogêneas
4. Provas complementares e suplementares: são provas para avaliar os
patamares intermediários mais sutis, para se saber se o sujeito está longe ou
perto do nível.
Peso (complementar heterogêneo)
Ilhas
Combinações e permutações
DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO
Nível Observações
Intuitivo global Intuitivo
Pré-operatório articulado Operatório
1ª Fase) GARATUJA
Período Sensório-motor (0 a 2 anos de idade).
A figura é inexistente, a criança utiliza a imaginação, por imaturidade da
coordenação motora, o desenho é desordenado.
2ª Fase) PRÉ-ESQUEMATISMO
Período pré-operatório (2 a 7 anos de idade).
A criança consegue fazer relação entre desenho, o pensamento e a
realidade, porém, os desenhos ainda são dispersos.
As cores não possuem relação com a realidade, mas com os sentimentos.
A figura humana está relacionada com a maturação da percepção e
desenvolvimento cognitivo.
3ª Fase) ESQUEMATISMO
Período operatório-concreto (7 a 12 anos de idade).
A criança começa a expressar suas experiências, a percepção começa a
amadurecer.
Utiliza a linha como base e começa a perceber o espaço, o conceito de
figura humana, mas ainda apresenta exageros, omissões e as cores são
relacionadas ao estado de emoção.
4ª Fase) REALISMO
Corresponde também ao período operatório-concreto (7 a 12 anos de idade).
É a fase da transição das operações concretas para as formais.
Nesta fase, a criança apresenta noção de espaço, abandona as linhas como
base, a figura humana apresenta roupas e formas.
5ª Fase) PSEUDONATURALISMO
Período operatório-formal (+ de 12 anos de idade).
Nesta fase, o adolescente não utiliza o abstrato e desenho espontâneo.
O desenho segue a personalidade, utilizam formas da sua personalidade.
O visual está relacionado com a realidade e suas emoções.
O desenho assume a comunicação sem palavras, expressa sentimentos,
inteligência, nível da maturação neurológica.
FASES DO DESENHO INFANTIL SEGUNDO LOWENFELD
Apesar da criança já possuir a inteligência representativa, não é capaz de
fazer de conta no plano gráfico. Esta defasagem ocorre por conta da construção do
símbolo no bidimensional ser mais complexa do que a partir do próprio corpo.
Assim, a mesma criança que é capaz de fazer de conta que alimenta sua boneca
por meio de jogo simbólico, usando símbolos, não sabe ainda desenhar símbolos
que tomam uma coisa por outra. Quando desenha sua ação sobre o plano
gráfico é, portanto, pré- simbólica.
Rabiscação: A criança nomeia seus desenhos e traça o que imagina e o que viveu,
por meio do simbolismo. A figura humana já é perceptível, ela fecha os seus
traços para formar braços, pernas, cabeça, de forma que esses são para
abraçar, caminhar e pensar. Elas conseguem reconhecem para que servem os
desenhos. A fabulação se inicia, evidenciando a criatividade e invenção da
criança.
5ª Fase) PSEUDOREALISMO
12 anos de idade em diante.
O adolescente se preocupa com a perfeição e a profundidade do desenho, o
que torna esse mais elaborado.
Sequência do relato
em concordância
Severa desorganização temporal e, consequentemente, severas
com as sequências
dificuldades de aprendizagem
espacial e temporal
Advertências Necessárias
A interpretação de cada uma das provas projetivas deve ser feita em função do sujeito
em particular e do total de informações que se obteve.
O total de técnicas aqui expostas não significa a necessidade de que se utilizem todas. É
adequado usar somente aquelas que considere necessárias em função das hipóteses
formuladas. Isso implica em:
Os critérios para interpretação sugeridos para cada prova devem somar-se aos critérios
gerais para a interpretação das provas projetivas.
PRONÚNCIA
A pronúncia correta das palavras e frases é um pré-requisito muito importante para
aprendizagem da linguagem escrita. Deve ser avaliado de acordo com a idade cronológica,
com seu estágio de desenvolvimento, levando isto em conta, se a criança apresenta
dificuldades de pronunciar corretamente as palavras poderá vir a encontrar obstáculos na
aprendizagem da leitura escrita; por outro lado, se apresenta problemas em associar sons que
ouve com movimentos articulatórios necessários para sua reprodução oral pode-se esperar
que também apresente dificuldades em associar os sons falados e ouvidos ao movimento
gráfico da linguagem escrita. É melhor percebida depois dos sete anos, no período de
alfabetização.
VOCABULÁRIO
É a capacidade de falar palavras conhecendo seu significado com base na própria
existência. Crianças que apresentam reduzido vocabulário oral poderão apresentar
problemas na compreensão dos materiais lidos por que nem tudo que vai conseguir
decodificar terá correspondência com sua experiência vivida (para compreender tem que ter
vocabulário – leitura é sua interpretação).
SINTAXE ORAL
Habilidade de formular oralmente frases com sintaxe correta. Implica na perfeita
elaboração mental das unidades básicas do pensamento, que são as frases (elaborar uma
frase corretamente). Ao elaborar a frase mentalmente e articulá-la, a criança deve respeitar a
ordem dos vocabulários, os tempos verbais, concordância nominal etc. Quando a criança
apresenta dificuldades na sintaxe oral, possivelmente, terá na linguagem escrita a mesma
dificuldade caracterizada por condições das palavras ou pronomes, mudança na ordem de
apresentação dos vocábulos e outros erros de gramática.
Postura do profissional
História da escrita
A escrita, enquanto sistema semiótico usado para representar de forma gráfica a
linguagem verbal, foi construída pela humanidade durante milhares de anos.
Para pessoas já alfabetizadas, parece fácil a compreensão de uma palavra, cada sinal
gráfico corresponde a um som na mesma. Porém, esta compreensão alfabética da escrita
não foi a primeira que surgiu na sua construção social (REGO, 1983).
Esse breve histórico permite afirmar que a linguagem escrita é fruto de uma
construção do homem, calçada nas necessidades de comunicação e perpetuação desta
linguagem.
Emilia Ferreiro, Doutora da Universidade de Genebra, onde foi orientada e
colaboradora de Jean Piaget, desenvolveu várias pesquisas sobre a comunicação da língua
escrita em crianças. Segundo a autora, a criança constrói a linguagem escrita, passando em
seu desenvolvimento pelas mesmas sequências e etapas que a humanidade passou para
chegar ao sistema de escrita alfabética. Muito embora tenha constatado na análise de
produção escrita que algumas crianças saltem etapas, observou-se também que uma etapa
posterior nunca aparece antes de outra mais primitiva.
EtapasdaHistóriaEscrita ProcessoConstruídopelaCriança
Psicogênese da linguagem
O termo psicogênese pode ser entendido como gênese, origem, história do processo
de aquisição dos conhecimentos e funções psicológicas de cada sujeito, o qual ocorre
durante o seu desenvolvimento, isto é, desde os anos iniciais, e pode ser aplicado em
qualquer objeto ou campo de conhecimento.
As pesquisas de Ferrero indicam como a criança concebe o processo de escrita, o qual
não é resultado de cópia de um modelo externo, mas é um processo de construção
pessoal. As crianças reinventam a escrita, inicialmente precisam compreender o processo
de construção e as normas de produção.
Segundo Ferrero, o processo de construção da escrita como a concebemos segue
uma longa trajetória até chegar à leitura e a escrita. Na faixa dos seis anos, a criança faz a
distinção entre texto e desenho, somente uma minoria não consegue fazer a distinção e,
estatisticamente, esse número é maior em crianças pertencentes às classes sociais baixas,
que tem menor contato com material escrito.
No processo descrito por Ferrero, as crianças percebem que para cada som, há uma
determinada forma. As fases do processo são:
– Segunda fase: A hipótese é de que para ler coisas diferentes é preciso usar
formas diferentes. A criança procura combinar as letras que é capaz de
reproduzir.
– Terceira fase: São feitas tentativas de dar valor sonoro para cada uma das letras
que compõe a palavra. Nessa fase, a criança usa formas gráficas para escrever
palavras com duas sílabas.
– Quarta fase: Ocorre a transição da hipótese silábica para a alfabética. Nessa fase,
ela concebe que escrever é representar progressivamente as partes sonoras
das palavras, embora, não a façam corretamente.
– Escrita unigráfica: Caracteriza-se por utilizar só uma grafia para cada palavra ou
frase a representar. Cada linha representa uma palavra ou frase.
A quantidade é constante
O repertório pode ser fixo (utilizado na mesma grafia)
O repertório pode ser variável
A(brigadeiro) F (suco)
L(pipoca) C(bis)
– Escrita sem controle de quantidade: Precede o ato de escrever. Para cada
palavra escreve-se uma linha com muitos símbolos, geralmente, iguais, tomando
como referência o início e o fim da linha. É determinada pela observação que é o
limite do papel que controla a quantidade de sinais a serem utilizados. Exemplos:
1. Borboleta
2. Peix
e
3. O gato
bebe leite
Escritas fixas
Estas escritas se utilizam grafias convencionais (na sua totalidade ou com
pouquíssimas exceções) e pelo controle de qualidade desta grafia (não usa uma
só letra, nem um número indeterminado). Não apresenta a exigência de
diferenciar os sinais ao representar nomes diferentes. Cada letra não possui ainda
valor sonoro por si só. Assim, a leitura permanece realizada de modo global
(Picolli; Camini, 2013). Predomina a escrita em letra de imprensa maiúscula
(Multieducação).
Escritas Diferenciadas
– Quantidade variável com repertório fixo/parcial: Como na subcategoria anterior, aparecem constantemente
algumas grafias, na mesma ordem e no mesmo lugar e outras grafias de formas diferentes, em ordens
diferentes de uma representação para outra. A diferença está na quantidade de grafias, que não é sempre a
mesma. Isso indica um elemento a mais para diferenciação. Exemplos:
S A M T (brigadeiro)
A M T (pipoca)
A M T S A (suco)
S A T (bis)
– Quantidade constante com repertório e posição variável: nestes casos a
quantidade de grafia se mantém em todas as representações, porém se
usam recursos de diferenciação qualitativa: trocam-se as letras ao passar de uma escrita
para outra, ou troca-se a ordem das letras.
Exemplos:
H R U M (brigadeiro)
A S G K (pipoca)
O N B J (suco)
C F T V(bis)
– Quantidade variável e repertório variável: estas escritas expressam a máxima
diferenciação controlada que permite o nível pré-silábico: variar a quantidade e o
repertório para diferenciar uma escrita da outra. As variações na quantidade de
grafia podem ter relação com o tamanho do objeto que se representa. Exemplos:
R A M Q N (brigadeiro)
A B E A M F(pipoca)
G E P F A (suco)
O S D L (bis)
– Escritas diferenciadas com valor sonoro inicial e/ou final: As diferenciações entre
escritas se representam plenamente desenvolvidas nesta categoria, com o
acréscimo de um dado importante, que é a presença de letra com correspondência
sonora (uma só letra, quase sempre a primeira). Esta categoria é uma zona
intermediária entre a ausência de correspondência sonora (nível pré-silábico). No
entanto, a letra que inicia a escrita não é fixa nem aleatória, mas tem relação com
o valor sonoro da primeira sílaba da palavra (prenúncio do nível silábico). Além
disso a quantidade e o repertório são variáveis. Exemplos:
I M S A B R O (brigadeiro)
I B R N S A (pipoca)
U R M T O (suco) I
N B O X I X (bis)
2. NÍVEL SILÁBICO
A S R O M T
su Co bri ga dei ro
B U D R
pi Po ca bis
I T M O P Q A R O G I
bri ga Dei ro pi po ca su co bis
B H D O P O K U O B I
bri ga dei ro pi po ca su co bis
B H D U L E (brigadeiro)
I O K E C (pipoca)
I O K U (suco)
I S I S(bis)
3. SILÁBICA - ALFABÉTICA
Nessa fase, a criança ora escreve uma letra para representar a sílaba, ora
escreve a sílaba completa. Dificuldade é mais nítida nas sílabas complexas.
Exemplos:
B I H D R O (brigadeiro)
P I P O K(pipoca)
S U K O(suco)
B I Z(bis)
4. ALFABÉTICA
BRIGADEIRO
PIPOCA
SUCO
BIS
PROVA DE REALISMO NOMINAL
Diante de duas cartelas escritas MESA e CADEIRA, pergunte à criança onde está
escrito CADEIRA.
( ) Acertou ( ) Errou
Como você sabe?
Diante de três cartelas escritas COPO, COLO e ÁGUA e CADEIRA, o examinador chama
a atenção da criança para a semelhança visual entre as duas primeiras palavras e
faz a
pergunta: A palavra que se parece com COPO é COLO ou ÁGUA?
( ) Acertou ( ) Errou
Como você sabe?
Diante do par de palavras BOI e ARANHA, o examinador pergunta: Nas condições que
as palavras estão escritas, onde você acha que está escrito ARANHA?
( ) Acertou ( ) Errou
E onde você acha que está escrito BOI?
( ) Acertou ( ) Errou
Como você sabe?
Diante do par de palavras PÉ e DEDO, o examinador fala: Onde você acha que está
escrito DEDO?
( ) Acertou ( ) Errou
Por quê?
PROVA DE LEITURA COM IMAGEM
1. Leitura de Palavras
1.1 Apresente à criança 7 fichas onde existem uma figura familiar e um texto
abaixo de cada imagem. Pergunte:
Há algo para ler? ( ) Sim ( ) Não
Onde? ( ) Apontou ( ) Não apontou
O que está escrito?
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
1.3 Níveis
( ) Texto e desenhos não são diferenciados
( ) O texto é considerado como uma etiqueta do desenho: nele figura o nome
do objeto desenhado; há diferenciação entre texto e desenho
( ) As prioridades do texto fornecem indicadores que permitem sustentar
a antecipação feita a partir da imagem
Observações:
PROVA DE LEITURA SEM IMAGEM
1. Leitura de Palavras
1.1 Apresente à criança uma lista de palavras e pergunte: O que você acha que
está escrito em cada linha da ficha?
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
1.3 Níveis
( ) Não utiliza o referencial
( ) Preocupa-se com a extensão da palavra escrita em relação ao tamanho do objeto
( ) Preocupa-se com a extensão da palavra escrita e da emitida oralmente, sem a
correspondência sonora
( ) Preocupa-se com alguns sons da palavra escrita que já conhece
( ) Leitura da palavra com algumas falhas, reformula o produto em função da
compreensão da mesma
( ) Leitura correta da palavra
Observações:
PROVA DE LEITURA DE ORAÇÕES
Leitura de orações
Apresente à criança 4 fichas com imagem e texto. Pergunte:
Há algo para ler? ( ) Sim ( ) Não
1.
2.
3.
4.
Níveis
( ) Desenho e escrita não estão diferenciados
( ) Diferenciação entre escrita e desenho
( ) Inicio de consideração de algumas propriedades gráficas do texto
( ) Busca de uma correspondência termo a termo, entre fragmentos gráficos e
segmentações sonoras
Observações:
OBSERVAÇÃO DE LEITURA
Características da leitura Frequência de apresentação
Fluência Nunca Às vezes Sempre
Lê por palavra
Lê sem inflexão
Ignora a pontuação
Fraseia com deficiência
Apresenta dúvidas e vacilações
Repete palavras conhecidas
Lê devagar
Lê de forma rápida
Perde o lugar onde está lendo
Às
Reconhecimento de palavras Nunca Sempre
vezes
Tem dificuldades em reconhecer palavras comuns
à primeira vista
Comete erros em palavras comuns
Salta linhas
Substitui palavras por outras conhecidas
ou inventadas
Inverte sílabas ou palavras
Observações:
PROVA DE LEITURA COMPREENSIVA, ESCRITA E VERBALIZAÇÃO
COMPREENSÃO DE TEXTO
Reconheceu Lembrou
Compreensão
Sim Não Sim Não
Detalhes
As ideias principais
Ações em sequência
Relações de causa e efeito
Traços dos personagens do texto
LEITURA
Velocidade da leitura
( ) Rápida ( ) Lenta ( ) Média ( ) Com ritmo ( ) Sem ritmo
Característica da leitura
( ) Expressiva ( ) Sílaba por sílaba ( ) Vacilante ( ) Palavra por palavra
Atitude
( )Assinala a linha com o dedo ( )Movimenta a cabeça enquanto lê
( )Movimenta apenas os olhos, com coordenação ocular ( ) Assinala a linha com o dedo
( ) Movimenta a cabeça enquanto lê ( ) Movimenta apenas os olhos, com coordenação
ocular
Tipos de erro
( )Omite letras/palavras ( ) Troca letras/palavras ( ) Acrescenta letras ou sílabas
( )Pula linha sem percepção do fato ( ) Substitui palavras por outras ( ) Não obedece à
pontuação
Compreensão de leitura
( ) Compreende o que lê ( ) Compreende apenas parte do que lê ( ) Não compreende o que lê
HABILIDADES DA ESCRITA
Incompreensível e ilegível? ( ) Sim ( ) Não
Falta orientação espacial? ( ) Sim ( ) Não
Faltam sinais de pontuação nas palavras? ( ) Sim ( ) Não
Faltam sinais de pontuação no texto? ( ) Sim ( ) Não
Inversão de letras? ( ) Sim ( ) Não
Há omissão de letras? ( ) Sim ( ) Não
Há aglutinação? ( ) Sim ( ) Não
Confusão de letras ou fonemas parecidos? ( ) Sim ( ) Não
Tem postura ao escrever? ( ) Sim ( ) Não
VERBALIZAÇÃO
Atém-se a detalhes? ( ) Sim ( ) Não
Possui repertório vocabulário? ( ) Sim ( ) Não
Expressa pensamento com lógica? ( ) Sim ( ) Não
Apresenta inibição ao falar? ( ) Sim ( ) Não
Troca letras ou fonemas? ( ) Sim ( ) Não
Fala muito baixo? ( ) Sim ( ) Não
Expressa-se de maneira confusa? ( ) Sim ( ) Não
Conta história com começo, meio e fim? ( ) Sim ( ) Não
Fala em ritmo adequado? ( ) Sim ( ) Não
CONCLUSÃO:
__
__
__
__
__
__
__
__
Consigna: “Olhe estas figuras. Escolha a que mais gostou. Agora me conte uma história
sobre ela”.
Análise qualitativa:
Se a história tem sentido
Se existe sequência lógica temporal
Se existe relação entre fatos e gravuras
Se há fantasia ou realidade
Se há alterações fono articulatórias
Como é o vocabulário: rico, pobre, limitado, adequado a idade e ao
meio, repetitivo
Sintaxe (verificar o uso correto de advérbios, pronomes,
substantivos, concordância verbal, como a criança utiliza)
Como a criança articula as palavras
Troca de palavras
Anotar como a criança fala.
Importante! Ofertar o máximo de seis ou sete gravuras. Usar este teste no final
da avaliação.
Memória
Memória de frases: 6 frases apresentadas que a criança deverá repetir.
Consigna: “Direi algumas frases e gostaria que você os repetisse para mim. Pode repetir
só o que você lembrar. Vou dizer só uma vez, por isso preste atenção”.
Conceituação
Identificação dos absurdos: 6 frases onde os absurdos são indicados pela criança.
Consigna: “Vou dizer algumas frases e gostaria que no final de cada uma delas você me
dissesse se o que aconteceu na frase é absurdo ou não, isto é, pode ou não acontecer e
porque você achou ou não absurdo este fato”.
Definição de palavras: Palavras que a criança deverá repetir por gestos usos,
descrição etc.
Consigna: “Vou perguntar o que é tal objeto e você me responderá o que souber”.
Memória de frases
Consigna: “Eu vou dizer uma frase e gostaria que você a repetisse, pode repetir o que você
lembrar, eu direi uma vez somente, por isso preste atenção”.
1) Lúcia faz bolo para a mãe.
2)O animal feroz caiu no buraco.
3)A linda menina faz as tarefas de casa.
4) No almoço comi arroz, feijão, pão e guisadinho.
5) Um pequeno cachorrinho entrou no pátio de minha casa.
6) Pedro e seu irmão sobem no ônibus que vai para a escola.
Memória de dígitos
Conjunto de dígitos para a criança repetir. Anotar a ordem que foi dita pela criança.
Consigna: “Agora eu direi alguns números e gostaria que você, como fez com as frases, me
repetisse”.
1) 3•8•6 2) 2•7•5 3) 9•0•4 4) 7•3•2 5) 3•4•1•7 6) 6•1•5•8 7) 7•2•0•9 8) 1•5•8•6
9) 9•4•7•3•1 10) 8•4•2•3•9 11) 5•2•1•8•3 12) 7•0•4•9•6
Memória de relatos
3, 4, 5 e 6 fatos que a criança deve repetir e anotar os relatos.
Consigna: “Eu vou contar algumas histórias bem pequenas e gostaria que você repetisse,
se possível usando as mesmas palavras”.
Relato com três fatos
1) Ontem era domingo.
2) As crianças foram jogar bola.
3) E voltaram cansadas.
Relato com quatro fatos
4)O menino estava de aniversário.
5) Convidou seus amiguinhos.
6) Todos cantaram parabéns.
7) E ele ficou feliz.
Relato com cinco fatos
8)A menina foi visitar sua vovó.
9) Que mora perto do parque.
10) Ela andou de roda gigante.
11) Comeu pipoca.
12) E voltou à noite.
Relato com seis fatos
13) Paulo levou seus brinquedos para a escola.
14) Na hora do recreio brincou com seus amigos.
15) Depois guardou tudo na sacola.
16) Ele esqueceu um carrinho.
17) E na casa chorou muito.
18) Mas no outro dia a professora entregou.
CONCEITUAÇÃO
Identificação dos absurdos: 6 frases onde os absurdos deverão ser apontados pela criança.
Consigna: “Vou dizer algumas frases e no final de cada uma delas você me dirá se o fato que
aconteceu na frase é absurdo ou não, isto é, não pode acontecer ou se pode acontecer e
porque você achou que é absurdo ou não este fato”.
1) O menino e o cachorro calçaram os seus sapatos.
2) As crianças acenderam a fogueira no rio.
3) Como chovia muito o menino jogou-se no lago para não se molhar.
4) Joãozinho tem em casa um gato, um cachorro e um leão.
5) Fui à padaria comprar leite, pão casado e manteiga.
6) Quando faltou luz, o menino foi ver televisão.
Identificação de objetos e situações: Identificar um objeto ou situação apresentada. Anotar as
respostas.
Consigna: “Vou lhe fazer algumas perguntas e você me responderá como souber”.
1) O que serve para cortar carne? 4) Quando se toma banho?
2)O que serve para escrever? 5) Quando se bebe água?
3) Onde se colocam flores?
Definição de palavra: Palavras que a criança deve definir por gestos, usos, descrições etc.
Anotar.
Consigna: “Vou apresentar o que é tal objeto e você me responderá o que souber”.
1) Tesoura. 4) Casa.
2) Chave. 5) Barco.
3) Fruta.
CRIANÇAS DE 7ANOS
Grupo Grupo Médio Grupo Médio Grupo
Inferior Inferior Superior Superior
IA Abaixo de 16 De 16 a De 19 a 22 Acima de 22
19
II Abaixo de 20 De 20 a 24 De 24 a 28 Acima de 28
III Abaixo de 27 De 27 a 32 De 32 a 37 Acima de 37
I A + II + III Abaixo de 64 De 64 a 75 De 75 a 86 Acima de 86
LEITURA E ORALIDADE
Certa vez, a tartaruga já muito cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre
para uma corrida. A lebre muito segura de si, aceitou prontamente.
Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr. Já na reta final, viu
finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada, toda sorridente.
Operatório Formal (12 anos em diante)
Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a
visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor
quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida,
de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como
acabou. Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto:
um certo modo de ver.
O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver
pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o
que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um
vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é
que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu
escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às
vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a
descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a
mínima ideia.
Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu
lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua
ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente,
coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos
atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o
que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a
própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por
aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
Otto Lara Resende
A Acuidade visual (AV) é a capacidade do olho para distinguir detalhes espaciais, isto
é, identificar o contorno e a forma dos objetos, e depende de fatores ópticos e neurais: da
nitidez que a imagem chega na retina, da saúde das células retinianas e da capacidade de
interpretação do cérebro.
Para realizar essa avaliação, deve-se posicionar a escala numa parede vazia (sem
janelas) a 1,5 metro do chão aproximadamente. O aluno se senta numa cadeira posicionada a
5 metros da parede, aproximadamente, cobre olho direito com um papel e lê em voz alta as
letras no cartaz, começando na parte superior e se movendo em direção à parte inferior. Se o
aluno usa óculos ou lentes de contato deve permanecer com eles durante o teste.
O teste é repetido com o olho esquerdo e depois com os dois olhos juntos. A menor
fileira de letras que o aluno lê com precisão determina a acuidade visual no olho descoberto.
Se o aluno distinguir bem até a 8ª linha da escala, sua visão é satisfatoriamente normal.
Entretanto, se não for além da 4ª linha, é indicado procurar avaliação médica.
Sintomas Físicos
Se existe acúmulo de secreção nos cílios Observada
Se os olhos estão inchados (conjuntivite) ( )
Se as pálpebras estão inflamadas ou vermelhas ( )
Se existe secreção ( )
Falta de coordenação na focalização dos olhos ( )
Sensibilidade anormal à luz ( )
Comportamentos e reclamações
Esfrega os olhos constantemente Observada
Tenta melhorara imagem ( )
Apresenta tontura ou náusea após ler ou escrever ( )
Nistagma ( )
Reclama que os olhos estão queimando ou coçando ( )
1. Caiu!
2. Papai chegou.
11. O trânsito estava tão violento que um automóvel bateu numa árvore.
12. Escorriam lágrimas dos olhos de Martinha enquanto ela ouvia aquela triste
melodia.
Cópia
Coloque a folha na horizontal e ofereça lápis colorido.
Peça para que a criança pegue o lápis e copie o que está vendo.
Coordenação Global
Andar – Ande pela sala livremente
Correr – Corra numa determinada direção
Pegar e arremessar a bola com as duas mãos, em seguida com uma, e
depois com a outra mão.
Equilíbrio Dinâmico
Andar em uma linha reta
Andar em uma linha curva
Andar com um pé na frente do outro
Equilíbrio Estático
Ficar parado com os pés e os braços ao longo do corpo de olhos fechados
(10 segundos).
Ficar num pé só (perna dobrada na altura do joelho para trás, permanecer
por 10 segundos). Repetir com o outro pé.
Dissociação
Abrir e fechar as mãos juntas
A criança sentada com as mãos sobre a mesa faz o movimento
com a esquerda e a direita.
Abrir e fechar as mãos alternadamente.
Dissociação entre mão direita e mão esquerda: a criança bate as duas
mãos sobre a mesa e depois só a direita, novamente as duas e depois só
a direita.
Dissociação entre mãos e pés: bater um pé e bater palmas, bater o
outro e bater palmas.
Lateralidade
Qual a sua mão direita?
Qual a sua mão esquerda?
Qual seu pé direito?
Qual seu pé esquerdo?
Qual seu olho direito?
Qual minha mão esquerda?
Qual minha mão direita?
Coloque a:
Mão ESQUERDA no olho DIREITO
Mão DIREITA no olho ESQUERDO
Mão ESQUERDA na orelha DIREITA
Mão DIREITA na orelha ESQUERDA
Mão esquerda no olho ESQUERDO
Mão DIREITA no olho ESQUERDO
Ensaio O O
1ª sequência OOO
2ª sequência OO OO
3ª sequência O OO
4ª sequência O O O
5ª sequência OOOO
6ª sequência O OOO
7ª sequência OO O O
8ª sequência O OOO
Psicomotricidade Condutas observadas Observação
Diacocinesia
Coordenação fina Pianotagem
Cópia
Andar livremente
Coordenação Pegar com as duas mãos
global
Arremessar com uma das mãos
Trocar e jogar a bola
Equilíbrio Andar em linha reta
dinâmico Andar em linha curva
Andar com um pé na frente do outro
Ficar parado empé
Equilíbrio estático Manter-se em um pé
Manter-se no outro pé
Abrir e fechar as mãos juntas
Dissociação Abrir e fechar as mãos alternadas
Dissociação entre mão DIREITA e
ESQUERDA
Dissociação entre mãos e pés
Simples em si
Lateralidade Simples em outro
Imitar gestos
Olhos
Predominânci Pés
a lateral
Mãos
Esquema Denominação em si
corporal Denominação o outro
A
B
Posição no espaço C
D
Orientação E
espacial A
B
Relação perto longe C
D
E
F
A
B
Noção de velocidade C
E
F
Orientação A
temporal B
C
Noção de tempo D
E
F
G
Próprio ritmo da criança A
Ritmo Ritmo lento e rápido B
Imitar batidas doexaminador C12345678
COORDENAÇÃO MOTORA FINA
Materiais:
Canudo ou miçangas
Barbante ou fio de nylon
Tesoura
Peça à criança que corte os canudos em pedaço e passe o fio através dos canudos.
Observar:
Com qual mão a criança usa para passar o fio? _
Consegue executar a tarefa com segurança? ( ) Sim ( ) Não
É desajeitada? ( ) Sim ( ) Não
Ofereça para a criança um desenho para ligar pontos e com tracejado. Observar:
A criança consegue seguir a linha? ( ) Sim ( ) Não
Sabe ligar os pontos? ( ) Sim ( ) Não
Segura bem o lápis? ( ) Sim ( ) Não
Escreve com muita pressão? ( ) Sim ( ) Não
Senta-se corretamente? ( ) Sim ( ) Não
A criança respeita o limite do desenho? ( ) Sim ( ) Não
Total de pontos:
Conclusão:
PERCEPÇÃO VISUAL
Faça igual
Conclusão:
ESPACIAL/TEMPORAL
Hoje é ?
Se hoje fosse , quantos dias faltam para sábado?
Se agora fosse , quantos horas faltam para chegar às dez
horas? Que horas você acorda? Que horas você dorme?
Quebra-cabeças:
Consegue encaixar as peças? ( ) Sim ( ) Não
Observa detalhes da posição? ( ) Sim ( ) Não
Quantos erros?
Peça à criança que identifique posições? Frente, atrás, perto etc.
Conclusão:
ORIENTAÇÃO TEMPORAL
E depois?
Em que mês estamos?
E os outros meses, você sabe o nome?
Observações:
DEFICIT DE ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO
Depois que chove muito, o chão fica todo molhado ( ) Sim ( ) Não
Seu Nome
Você sabe seu
endereço? Como é o
nome de seu pai?
Quantos anos ele tem?
E o dia do aniversário
dele? Qual o nome da sua
mãe?
Quantos anos ela tem?
E o dia do aniversário
dela? Ela Trabalha?
O que ela faz?
Você mora com que?
Você tem irmãos?
Quantos? O nome é a
idade deles
Com qual você gosta de brincar? Por quê?
Com qual você não gosta de brincar? Por
quê? O que você mais gosta de comer e
beber?
Com o que você mais gosta de
brincar? Que esporte você mais
gosta?
Você torce por algum time? Qual?
Que programa de TV você mais gosta? Você assiste
sempre? Você tem amigos?
O nome deles?
Onde vocês brincam?
Pessoas de quem você
gosta? Porque?
Pessoas de quem você não gosta? Por quê?
DISGRAFIA
A letra pode ser “feia” por causa de um comprometimento na coordenação motora ou por ou
percepção, sendo assim, é necessário fazer observações:
Escrita lenta ( ) Sim ( ) Não
Letra ilegível ( ) Sim ( ) Não
Desorganização da escrita ( ) Sim ( ) Não
Traços fortes ( ) Sim ( ) Não
Falta de orientação espacial ( ) Sim ( ) Não
Texto desorganizado ( ) Sim ( ) Não
Omissão de letras ( ) Sim ( ) Não
Troca de letras, por exemplo: S por 5 ( ) Sim ( ) Não
Espaçamento Irregular ( ) Sim ( ) Não
Desorganização da forma, por exemplo letra grande demais ( ) Sim ( ) Não
ou pequena demais
Total de pontos:
Conclusão:
DISORTOGRAFIA
O Psicopedagogo deve pedir ao paciente para elaborar uma redação, pois por meio
dela é possível observar a escrita e os erros ortográficos.
Total de pontos:
Conclusão:
DISCALCULIA
MODELO 1
Total de pontos:
Conclusão:
DISCALCULIA
MODELO 2
Conclusão:
HABILIDADES MATEMÁTICAS
Reconhece os sinais e códigos? ( ) Sim ( ) Não
Reconhece os números? ( ) Sim ( ) Não
Estabelece igualdade dos conjuntos? ( ) Sim ( ) Não
Sabe argumentar sobre conservação superfície? ( ) Sim ( ) Não
Estabelece igualdade e argumenta sobre o líquido? ( ) Sim ( ) Não
Sabe diferenciar igualdade e argumenta sobre matéria? ( ) Sim ( ) Não
Sabe diferenciar igualdade e argumenta sobre peso? ( ) Sim ( ) Não
Sabe diferenciar igualdade e argumenta sobre volume? ( ) Sim ( ) Não
Sabe diferenciar igualdade e argumenta sobre comprimento? ( ) Sim ( ) Não
MUDANÇA DE CRITÉRIO – DICOTOMIA
INCLUSÃO DE CLASSES
Faz quantificação? ( ) Sim ( ) Não
Responde acertadamente as perguntas de subtração? ( ) Sim ( ) Não
Responde assertivamente a quantificação inclusiva? ( ) Sim ( ) Não
INTERCESSÃO DE CLASSES
Compreende as perguntas de intersecção e inclusão? ( ) Sim ( ) Não
Hesita responder? ( ) Sim ( ) Não
Responde bem todas as perguntas? ( ) Sim ( ) Não
ESPAÇO UNIDIMENSIONAL
Consegue reproduzir a torre exclusivamente pela ( ) Sim ( ) Não
apreciação visual e global?
A percepção visual diminui e começa a usar o próprio
( ) Sim ( ) Não
corpo como elemento de medida?
ESPAÇO BIDIMENSIONAL
Utiliza o material para medir o ponto? ( ) Sim ( ) Não
Utiliza apenas como medida? ( ) Sim ( ) Não
Utiliza as duas dimensões para medir? ( ) Sim ( ) Não
ESPAÇO TRIDIMENSIONAL
Somente realiza cálculos visuais? ( ) Sim ( ) Não
Utiliza várias medidas? ( ) Sim ( ) Não
Utiliza argumentos válidos com facilidade? ( ) Sim ( ) Não
COMBINAÇÃO DE FICHAS
Consegue descobrir possibilidades das diversas ( ) Sim ( ) Não
combinações?
As combinações são incompletas? ( ) Sim ( ) Não
Consegue descobrir várias combinações? ( ) Sim ( ) Não
PERMUTAÇÃO DE FICHAS
Consegue perceber as possibilidades de permutação? ( ) Sim ( ) Não
Realiza permutas incompletas? ( ) Sim ( ) Não
Consegue fazer as permutações? ( ) Sim ( ) Não
PREDIÇÃO – PENSAMENTOFORMAL
Consegue prever a probabilidade da cor verde sair já que possui ( ) Sim ( ) Não
maior quantidade?
Ora consegue prever as possibilidades, ora não consegue? ( ) Sim ( ) Não
Justifica por não conseguir? ( ) Sim ( ) Não
CONCLUSÃO:
Motivo da Observação:
Técnicas operatórias:
Adição simples de unidades
Adição simples de dezenas
Adição simples de centenas
Subtração simples
Subtração com recurso
Multiplicação com unidades
Multiplicação com dezenas ou centenas
Divisão simples
Divisão até o passo
Atividades de resolução de situações problema:
Geometria:
Provas operatórias:
Você fará um teste de com três fases. Veja o exemplo abaixo para executar a primeira
fase do teste. Há uma figura na parte superior (uma cruz) e uma sequência com várias figuras
na parte inferior (quadrados, círculos, triângulos, retângulos, estrelas e cruzes).
Observe que, na sequência de figuras, foram riscadas aquelas que são iguais à figura da
parte superior. Exemplo:
Na folha seguinte haverá uma outra figura na parte superior e uma outra sequência
na parte inferior. Como no exemplo, procure e risque as figuras que forem iguais à figura da
parte superior.
Você terá um minuto para realizar a atividade. Faça o mais rápido que você puder.
Parte 2. Instruções
Nesta segunda fase, haverá duas figuras na parte superior da folha, como no exemplo
abaixo. Observe que, na sequência de figuras, foram riscados os pares que são iguais ao da
parte superior. Exemplo:
Na folha seguinte haverá outras duas figuras na parte superior e uma outra sequência
na parte inferior. Como no exemplo, procure e risque os pares de figuras que forem iguais ao
da parte superior.
Lembre-se de que você deverá riscar somente os pares exatamente iguais ao modelo,
ou seja, que estiverem na mesma ordem. Você também terá um minuto para realizar a
atividade. Faça o mais rápido que você puder.
Parte 3. Instruções
Esta é a terceira e última fase do teste. Veja o exemplo abaixo para executá-la.
Há uma figura no início de cada linha e uma sequência com várias figuras
(quadrados, círculos, triângulos, retângulos, estrelas e cruzes). Foram riscadas, em cada
linha, as figuras que são iguais à primeira figura da linha.
Exemplo:
Abaixo haverá outras linhas, sempre com uma figura inicial e uma sequência de
figuras. Como no exemplo, procure e risque as figuras que forem iguais à primeira figura de
cada linha.
Você terá um minuto para realizar a atividade. Faça o mais rápido que você puder.
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - TDAH
O questionário SNAP-IV é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios (critério A)
para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são necessários.
A escala a seguir, embora não tenha o escopo de avaliar especificamente uma função
psíquica, é utilizada para avaliação de uma das patologias mais importantes da Psiquiatria
Infantil, o Autismo. Seu ponto de corte é de 15. Pontua-se zero se não houver a presença de
nenhum sintoma, 1 se houver apenas um sintoma e 2 se houver mais de um sintoma em cada
um dos 36 itens, realizando-se uma soma simples dos pontos obtidos.
1) Dificuldade na interação social
O desvio da sociabilidade pode oscilar entre formas leves como, por exemplo, um certo
negativismo e a evita do contato ocular, até formas mais graves, como um intenso
isolamento.
[ ] Não sorri.
[ ] Ausência de aproximações espontâneas.
[ ] Não busca companhia.
[ ] Busca constantemente seu cantinho (esconderijo).
[ ] Evita pessoas.
[ ] É incapaz de manter um intercâmbio social.
[ ] Isolamento intenso.
2) Manipulação do ambiente
O problema da manipulação do ambiente pode apresentar-se em nível mais ou menos
grave, como, por exemplo, não responder às solicitações e manter-se indiferente ao
ambiente. O fato mais comum é a manifestação brusca de crises de birra passageira, risos
incontroláveis e sem motivo, tudo isto com o fim de conseguir ser o centro da atenção.
[ ] Não responde às solicitações.
[ ] Mudança repentina de humor.
[ ] Mantém-se indiferente, sem xpressão.
[ ] Risos compulsivos.
[ ] Birra e raiva passageira.
[ ] Excitação motora ou verbal (ir de um lugar a outro, falar sem parar).
3) Utilização das pessoas a seu redor
A relação que mantém com o adulto quase nunca é interativa, dado que normalmente se
utiliza do adulto como o meio para conseguir o que deseja.
[ ] Utiliza-se do adulto como um objeto, levando-o até aquilo que deseja.
[ ] O adulto lhe serve como apoio para conseguir o que deseja (por exemplo,
utiliza o adulto como apoio para pegar biscoito).
[ ] O adulto é o meio para suprir uma necessidade que não é capaz de realizar só
(por exemplo, amarrar sapatos).
[ ] Se o adulto não responde às suas demandas, atua interferindo na conduta
desse adulto.
4) Resistência a mudanças
[ ] A resistência a mudanças pode variar da irritabilidade até franca recusa.
[ ] Insistente em manter a rotina.
[ ] Grande dificuldade em aceitar fatos que alteram sua rotina, tais como
mudanças de lugar, de vestuário e na alimentação.
Apresenta resistência a mudanças, persistindo na mesma resposta
[ ]
ou atividade.
5) Busca de uma ordem rígida
Manifesta tendência a ordenar tudo, podendo chegar a uma conduta de ordem obsessiva,
sem a qual não consegue desenvolver nenhuma atividade.
Ordenação dos objetos de acordo com critérios próprios e pré-
[ ]
estabelecidos.
[ ] Prende-se a uma ordenação espacial (cada coisa sempre em seu lugar).
[ ] Prende-se a uma sequência temporal (Cada coisa em seu tempo).
Prende-se a uma correspondência pessoa-lugar (cada pessoa sempre
[ ]
no lugar determinado)
6) Falta de contato visual (Olhar indefinido)
A falta de contato pode variar desde um olhar estranho até constante evitação dos estímulos
visuais.
[ ] Desvia os olhares diretos, não olhando nos olhos.
[ ] Volta a cabeça ou o olhar quando é chamado (olhar para fora).
[ ] Expressão do olhar vazio e sem vida.
[ ] Quando segue os estímulos com os olhos, somente o faz de maneira
intermitente.
[ ] Fixa os objetos com um olhar periférico, não central.
[ ] Dá a sensação de que não olha.
7) Mímica inexpressiva
A inexpressividade mímica revela a carência da comunicação não verbal. Pode
apresentar, desde uma certa expressividade, até uma ausência total de resposta.
[ ] Se fala, não utiliza a expressão facial, gestual ou vocal com a frequência
esperada.
[ ] Não mostra uma reação antecipatória.
[ ] Não expressa através da mímica ou olhar aquilo que quer ou o que sente.
[ ] Imobilidade facial.
8) Distúrbios de sono
Quando pequeno dorme muitas horas e, quando maior, dorme poucas horas, se
comparado ao padrão esperado para a idade. Esta conduta pode ser constante, ou
não.
[ ] Não quer ir dormir.
[ ] Levanta-se muito cedo.
[ ] Sono irregular (em intervalos).
[ ] Troca ou dia pela noite.
[ ] Dorme poucas horas.
9) Alteração na alimentação
[ ] Pode ser quantitativa e/ou qualitativa. Pode incluir situações, desde
aquela em que a criança deixa de se alimentar, até aquela em que se
opõe ativamente.
[ ] Seletividade alimentar rígida (por exemplo, come o mesmo tipo de alimento
sempre).
[ ] Come outras coisas além de alimentos (papel, insetos).
[ ] Quando pequeno não mastigava.
[ ] Apresenta uma atividade ruminante.
[ ] Vômitos.
[ ] Come grosseiramente, esparrama a comida ou a atira.
[ ] Rituais (esfarela alimentos antes da ingestão).
[ ] Ausência de paladar (falta de sensibilidade gustativa).
10) Dificuldade no controle dos esfíncteres
O controle dos esfíncteres pode existir, porém a sua utilização pode ser uma forma de
manipular ou chamar a atenção do adulto.
[ ] Medo de sentar-se no vaso sanitário.
[ ] Utiliza os esfíncteres para manipular o adulto.
[ ] Utiliza os esfíncteres como estimulação corporal, para obtenção de prazer.
[ ] Tem controle diurno, porém o noturno é tardio ou ausente.
11) Exploração dos objetos (apalpar, chupar)
Analisa os objetos sensorialmente, requisitando mais os outros órgãos dos sentidos em
detrimento da visão, porém sem uma finalidade específica.
[ ] Morde e engole objetos não alimentares.
[ ] Chupa e coloca as coisas na boca.
[ ] Cheira tudo.
[ ] Apalpa tudo.
[ ] Examina as superfícies com os dedos de uma maneira minuciosa.
12) Uso inapropriado dos objetos
Não utiliza os objetos de modo funcional, mas sim de uma forma bizarra.
[ ] Ignora os objetos ou mostra um interesse momentâneo.
[ ] Pega, golpeia ou simplesmente os atira no chão.
[ ] Conduta atípica com os objetos (segura indiferentemente nas mãos ou
gira).
[ ] Carrega insistentemente consigo determinado objeto.
[ ] Se interessa somente por uma parte do objeto ou do brinquedo.
[ ] Coleciona objetos estranhos.
[ ] Utiliza os objetos de forma particular e inadequada.
13) Falta de atenção
Dificuldades na atenção e concentração. Às vezes, fixa a atenção em suas próprias produções
sonoras ou motoras, dando a sensação de que se encontra ausente.
[ ] Quando realiza uma atividade, fixa a atenção por curto espaço de tempo ou
é incapaz de fixá-la.
[ ] Age como se fosse surdo.
[ ] Tempo de latência de resposta aumentado. Entende as instruções com
dificuldade (quando não lhe interessa, não as entende).
[ ] Resposta retardada.
[ ] Muitas vezes dá a sensação de ausência.
14) Ausência de interesse pela aprendizagem
Não tem nenhum interesse por aprender, buscando solução nos demais. Aprender representa
um esforço de atenção e de intercâmbio pessoal, é uma ruptura em sua rotina.
[ ] Não quer aprender.
[ ] Cansa-se muito depressa, ainda que de atividade que goste.
[ ] Esquece rapidamente.
[ ] Insiste em ser ajudado, ainda que saiba fazer.
[ ] Insiste constantemente em mudar de atividade.
15) Falta de iniciativa
Busca constantemente a comodidade e espera que lhe deem tudo pronto. Não realiza
nenhuma atividade funcional por iniciativa própria.
[ ] É incapaz de ter iniciativa própria.
[ ] Busca a comodidade.
[ ] Passividade, falta de interesse.
[ ] Lentidão.
[ ] Prefere que outro faça o trabalho para
ele.
16) Alteração de linguagem e comunicação
É uma característica fundamental do autismo, que pode variar desde um atraso de linguagem
até formas mais graves, com uso exclusivo de fala particular e estranha.
[ ] Mutismo.
[ ] Estereotipias vocais.
[ ] Entonação incorreta.
[ ] Ecolalia imediata e/ou retardada.
[ ] Repetição de palavras ou frases que podem (ou não) ter valor
comunicativo.
[ ] Emite sons estereotipados quando está agitado e em outras ocasiões, sem
nenhuma razão aparente.
[ ] Não se comunica por gestos.
[ ] As interações com adulto não são nunca um diálogo.
17) Não manifesta habilidades e conhecimentos
Nunca manifesta tudo aquilo que é capaz de fazer ou agir, no que diz respeito a seus
conhecimentos e habilidades, dificultando a avaliação dos profissionais.
[ ] Ainda que saiba fazer uma coisa, não a realiza, se não quiser.
[ ] Não demonstra o que sabe, até ter uma necessidade primária ou um
interesse eminentemente específico.
[ ] Aprende coisas, porém somente a demonstra em determinados lugares
e com determinadas pessoas.
[ ] Às vezes, surpreende por suas habilidades inesperadas.
18) Reações inapropriadas ante a frustração
Manifesta desde o aborrecimento à reação de cólera, ante a frustração.
[ ] Reações de desagrado caso seja esquecida alguma coisa.
[ ] Reações de desagrado caso seja interrompida alguma atividade que goste.
[ ] Desgostoso quando os desejos e as expectativas não se cumprem.
[ ] Reações de birra.
Pontos:
Conclusão:
TESTE PARA ALTAS HABILIDADES
JEAN-CHARLES TERRASSIER
ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA CRIANÇAS SUPERDOTADAS (ANPEIP)
A CRIANÇA:
Aprendeu a ler antes de entrar na escola?
Sozinha: 7 pontos | Com ajuda: 5 pontos
Total de pontos:
AVALIAÇÕES PARA CRIANÇAS DE 6-7 ANOS DE IDADE
Organização sequencial
Histórias em tirinhas
Completar sentenças
Avaliar as funções executivas, a atenção, a concentração, memória
Processamento auditivo
Ritmos/sons
Palavras simétricas
Memória
Processamento visual
Figuras incompletas
Figura/fundo
Reconhecimento de figuras e imagens
Processamento visuoespacial
Copiar letras e palavras
Compreensão de comando do enunciado
Organização espacial
NOME DO CLIENTE
RELATÓRIO
Profissional:
Área de atendimento:
Data: Hora:
Nome do paciente:
Endereço:
Telefone:
Queixa:
Responsável:
CPF:
ENCAMINHAMENTO:
Psiquiatra
Psicólogo
Neurologista
Neuropsicopedagogo
Psicopedagogia
Nutricionista
Psicoterapia
Clínica Médica
Outros:
INDICAÇÃO:
RELATÓRIO PSICOPEDAGÓGICO
O (NOME DO ALUNO/PACIENTE),
(IDADE), está em acompanhamento psicopedagógico na/o
(NOME DA CLÍNICA) por apresentar (QUEIXA);
Foi encaminhado pela escola por apresentar dificuldade em respeitar regras, não aceitar
ser contrariado, não se relacionar bem com os pares, não gostar de dividir brinquedos.
O paciente foi submetido a testes de Provas Cognitivas e de Projeção familiar. No
teste de provas Cognitivas não apresentou dificuldade de aprendizagem, pelo contrário,
apresentou muita facilidade para aprender, entretanto, no teste de projeção familiar, revelou
alguns traços que devem ser observados e acompanhados, pois o paciente tem idade
inferior a sete anos:
– Fuga ao meio e desajuste emocional;
– Introversão e fraco índice de socialização; tensão;
– Agressividade, insegurança e medo e sentimento de vazio.
Com base nos resultados, a família foi orientada a não brigar na frente da criança,
não usar a violência na educação e disciplina, a mudar a alimentação e o horário de
dormir da criança, precisa de no mínimo oito horas, também foi solicitado para não
permitir uso de jogos ou desenhos que apresentassem cenas de violência, para que
tenha o seu desenvolvimento emocional e psicológico num meio ambiente que não
estimule a violência, pois desde pequena idade teve contato com vários jogos que eram
impróprios para sua idade e para o bom desenvolvimento das funções executivas, bem
como para êxito da intervenção psicopedagógica. Os pais foram orientados a realizarem
uma reeducação da rotina e da conduta familiar.
Os profissionais do concluíram que o paciente tem traços das patologias CID
F.84 associado ao F.90, mas devido a pouca idade ainda é cedo para fechar o
diagnóstico, necessitando refazer após os oito anos de idade. Porém,
independentemente do laudo médico e de outros profissionais da área de saúde, o papel
da família é fundamental para o bom resultado da intervenção, por isso, os familiares
foram orientados da importância do meio ambiente para o desenvolvimento saudável e
dos estímulos sensórias, emocionais, motores, cognitivos.
Para que a criança tenha bom desenvolvimento, é necessário estímulos de
socialização, utilização de regras, hábitos saudáveis, hierarquia familiar e de atividades
diárias para habilitar as funções cerebrais ao desenvolvimento e maturação. A
socialização deve ser estimulada com brincadeiras, jogos, arte, atividade física. Deve-
se trabalhar as frustrações, a insegurança, o medo e com atividades e jogos que
favoreçam o equilíbrio emocional, além de acompanhamento psicológico.
O (NOME DA CLÍNICA) acredita que a família é a base para que em qualquer
intervenção o resultado seja positivo. O caso do Dr. Fallon, neurocientista da
Universidade da Califórnia nos EUA, é uma prova concreta de que o gene não é
determinante na conduta da pessoa, mas sim o meio ambiente onde está inserida.
O (NOME DO ALUNO/PACIENTE),
(IDADE), foi submetido à avaliação psicopedagógica pela
(NOME DA CLÍNICA) por apresentar (QUEIXA);
não consegue interpretar enunciados; foi encaminhado pela escola por apresentar
dificuldade de aprendizagem.
O paciente foi submetido às seguintes Provas Cognitivas e Projetivas:
Atenção/concentração;
Funções Executivas (autonomia, flexibilidade, controle inibitório);
Leitura e comunicação;
Raciocínio lógico e matemático;
Desenvolvimento cognitivo, psicológico e motor;
Provas Projetivas da família, escola, professor e festa de aniversário.
Com base nos resultados, os pais foram orientados a estimular o desenvolvimento
cognitivo e emocional da paciente (NOME), que se encontra no nível Pré-silabico, sendo
incompatível a idade cronológica com a idade mental e cognitiva.
Nas provas Cognitivas apresentou dificuldade na leitura, escrita, não conseguiu
fazer associações nome/objeto, número/nome e valores, não consegue distinguir
direita/esquerda, no teste de projeção escolar, não apresentou vínculo com a escola
nem com a aprendizagem. O aprendente é compatível com o nível pré-silábico, devendo
ter suas atividades escolares compatível com o nível mental e cognitivo. O reforço
Escolar ajudará a ajustar o nível cognitivo e mental.
Os profissionais do (NOME DA CLÍNICA) concluíram que o paciente tem traços das
patologias CID F.70 leve, portanto, é fundamental para o bom resultado da intervenção,
que a criança seja acompanhada por um psicopedagogo e que estimule o
desenvolvimento das funções executivas, funções cognitivas e do sistema emocional.
Os familiares foram orientados da importância do meio ambiente para o
desenvolvimento saudável e dos estímulos sensórias, emocionais, motores, cognitivos.
Para que a criança tenha bom desenvolvimento, é necessário estímulo de
socialização, utilização de regras, hábitos saudáveis, hierarquia familiar e de atividades
diárias para habilitar as funções cerebrais ao desenvolvimento e maturação. A
socialização deve ser estimulada com brincadeiras, jogos, arte, atividade física. Deve - se
trabalhar as frustrações, a insegurança, o medo e com atividades e jogos que favoreçam o
equilíbrio emocional, além de acompanhamento psicológico.
O (NOME DA CLÍNICA) acredita que a família é a base para que em qualquer intervenção
o resultado seja positivo.
DEVOLUTIVA
I. Identificação:
Nome:
Idade: anos
Data de nascimento: / /
Escolaridade:
Repetência:
Instituição:
Filiação - Pai:
Mãe:
Encaminhamento: Escola/Coordenação pedagógica Localidade:
- Testes Projetivos
Teste da Pareja Educativa
Teste Vínculo escolar
- Testes Pedagógicos
Avaliação de leitura e escrita
Análise do material escolar
Anamnese com a mãe e o pai
- Testes Operativos
Intercessão de classes; Conservação de superfície; Conservação de matéria;
Separação de palitos; Combinação de fichas; Teste de memória de curto prazo; Esquema
corporal; Lateralidade; Tamanho; Quantidade; Discriminação Visual; Discriminação Auditiva
verbalização da Palavra; Analise - Síntese Coordenação Motora Fina; Provas de
Orientação temporal; Teste de memória auditiva
DADOS ESCOLARES
Nome:
Endereço:
Data em que foi fundada:
Modalidade de ensino:
Número de funcionários especializados e atribuição:
Número de funcionários técnicos e atribuição:
Número de alunos:
Número de alunos por turma:
Proposta pedagógica: objetivos de ensino
Orientação Educacional: modelo teórico e prática
Orientação Religiosa:
Ensino Infantil
Ensino fundamental
RELATÓRIO
Descrever tudo que observou, todos os dados levantados, as hipóteses, enfim,
relatar tudo que foi feito e fechar com uma conclusão.
Nome
Psicopedagog
a CBO:
239425
ATESTADO
Nome:
Data de nascimento:
Idade: