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Prof.: Luciano Alves – as partes em rosa, azul foram complementadas por mim.
Aulas do Verbo Jurídico para 2ª fase da DPE/PR (professor Defensor Público), pois
aborda o tema de forma mais completa!
1.1. 1ª FASE: Objeto sem proteção estatal (caso Marie Anne, 1896).
Marco da mudança de paradigma para a próxima fase: caso Marie Anne, 1896, EUA – uma
criança era maltratada pelos pais e uma associação de proteção dos animais entrou com uma
ação para protegê-la, sob o argumento de que se há proteção aos animais, com mais razão
deveriam ser protegidas as crianças.
TJ/MS 2015 - na fase da absoluta indiferença, não havia leis voltadas aos direitos e deveres de
crianças e adolescentes. Correto!
Criança passou a ser objeto de tutela, mas sob uma perspectiva assistencialista. Doutrina
da situação irregular.
Marco no Brasil: primeiro tribunal de menores (1923), conhecido como Mello Mattos.
Código de Menores (código Mello Mattos – 1927). Código de Menores de 1979.
TJ/MS 2015 - a fase da mera imputação criminal não se insere na evolução histórica do
tratamento jurídico concedido à criança e ao adolescente no ordenamento jurídico pátrio porque
extraída do direito comparado. Falso.
TJ/MS 2015 Na fase da mera imputação criminal, regida pelas Ordenações Afonsinas e Filipinas,
pelo Código Criminal do Império, de 1830, e pelo Código Penal, de 1890, as leis se limitavam à
responsabilização criminal de maiores de 16 (dezesseis) anos por prática de ato equiparado a
crime. Falso.
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b) Abrangência relativa: não visava à proteção de todas as crianças e adolescentes, mas
apenas daqueles que estivessem em situação irregular.
c) Discriminatória: o sistema não entrava em ação contra atitudes de adolescentes de
famílias abastadas, pois estes não eram considerados em situação irregular. No fim,
aplicava-se apenas aos pobres.
d) Amplos poderes do juiz “de menores”: o Juiz tinha função tutelar, judicial e até
normativa (as portarias dos juízes que determinam o toque de recolher das crianças e
adolescentes, criticadas pela DPE/SP, eram perfeitamente possíveis nessa
perspectiva).
STJ já entendeu que o juiz não pode expedir esse tipo de portaria, está fora da sua
competência. É ilegal!
Cesp/TJDFT 2015 - É vedado a juízes da infância e da juventude disciplinar, por meio
de portaria ou ato normativo similar, horário máximo de permanência de crianças e de
adolescentes desacompanhados dos pais ou responsáveis nas ruas da cidade.
e) Possibilidade de afastamento das crianças por impossibilidade financeira dos pais: era
considerado em situação irregular o menor que não tivesse seu sustento
adequadamente provido pelos pais, independentemente de tal condição ser
involuntária ou não. Não se visava preservar a convivência familiar. O ECA,
expressamente, proíbe tal comportamento.
f) Direitos menos amplos que os dos adultos (atos desviantes): sob o argumento de que
as medidas eram tomadas para proteger e não para punir, não eram respeitados os
direitos e garantias fundamentais do indivíduo. Menor não como sujeito e sim como
objeto. Não havia devido processo legal para aplicação de medida a menor pela prática
de ato desviante. Não havia também devido processo na aferição da situação irregular.
Hoje, possuem os direitos previsto para os adultos e mais os do ECA, tendo em vista
sua condição de pessoa em desenvolvimento.
g) “Superior interesse da criança” – significado normativo distinto: entidade abstrata, com
significado definido pelo juiz.
OBS: Importante saber essas características para identificar atitudes menoristas em profissionais
que foram formados segundo a doutrina da situação irregular, ainda que tais atitudes sejam
tomadas de modo camuflado.
CESPE TJDFT/2015 - No primeiro Código de Menores do Brasil (Dec. n.º 5.083/1926), adotou-se
a perspectiva de tutelar os direitos subjetivos da criança e do adolescente por meio da adoção de
medidas necessárias à sua proteção integral. Adotava a situação irregular.
TJ/MS 2015 - na fase tutelar, regida pelo Código Mello Mattos, de 1927, e Código de Menores, de
1979, as leis se limitavam à colocação de crianças e adolescentes, em situação de risco, em
família substituta, pelo instituto da tutela. Falso. O Estado tutela o menor.