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Universidade Federal do Paraná - Campus Reitoria

Psicologia da Educação - Profa. Valeria Luders


Karine Cristine de Souza Barboza - Diurno

Análise vygotskiana do filme “Kaspar Hauser”

O presente estudo tem como objetivo a identificação de elementos que constituem


a teoria de Vygotsky no filme “Kaspar Hauser”. Para tanto, a exposição estrutura-se de
forma a apresentar os conceitos de Vygotsky conforme os momentos do filme.
O filme inicia indicando o contexto no qual Kaspar está inserido, a saber: em um
cativeiro. Neste, Kaspar se relaciona com apenas uma pessoa: o homem que conferia
manutenção de suas necessidades básicas. De forma a analisar conforme os conceitos
fundamentais de Vygotsky, pode-se indicar que o desenvolvimento real de Kaspar se
limitava ao diálogo do homem, os quais não eram suficientes para o desenvolvimento de
conceitos sistemáticos, lógicos e racionais de Kaspar. Suas funções mentais sofrem uma
“estagnação” por não serem instigadas e provocadas pelo meio externo: não apenas seu
corpo foi limitado no espaço, mas também suas capacidades cognitivas. O confinamento de
Kaspar não significa somente a impossibilidade de se mover, mas também a privação de
capacidades que possibilitam o pensamento dinâmico.
Sua linguagem nada significa – não há raciocínio que possibilite o processo de
internalização: as palavras ensinadas pelo homem desconhecido não são compreendidas
pois não há interação com as dimensões inerentes de significação das palavras: Kaspar
aprende o que é o cavalo mediante o brinquedo em madeira que representa o animal.
Entretanto, nem mesmo se questiona sobre a origem do material e o significado do que
representa: não conhece árvores nem cavalos, desconhece completamente outras formas
de vida. Ainda sobre a linguagem, é ensinado a transpô-la no papel, sendo necessário que
desenvolva a coordenação motora suficiente para tal. Novamente, porém, ele não significa
sua atividade, uma vez que não questiona o fim último: a comunicação. Já acerca do cavalo,
destaca-se em Vygotsky a relação entre instrumento e fala, bem como o papel do brinquedo
no desenvolvimento cognitivo. O primeiro corresponde a “relação entre o uso de
instrumentos e a fala, que afeta várias funções psicológicas, em particular a percepção, as
operações sensório-motoras e a atenção, cada uma das quais é parte de um sistema
dinâmico de comportamento”. Como exemplificação o filme apresenta a passagem na qual
o homem ensina à Kasper a palavra cavalo (​Ross​) indicando o cavalo de madeira. Desse
modo, indica-se o uso do brinquedo no desenvolvimento cognitivo: conforme Vygotsky, “o
brinquedo preenche necessidades [...] entendidas em seu sentido mais amplo, que inclui
tudo aquilo que é motivo para a ação” (p. 21). Relacionando o cavalo como artefato de
significação à linguagem e como elemento cognitivo, o filme mostra o uso da necessidade
preenchida pelo brinquedo como incentivo à apreensão da palavra que o indica: o homem
diz à Kaspar que lhe dará um cavalo caso aprenda a escrever (8:24). Posto isso, Vygotsky
acrescenta que o brinquedo desenvolve as capacidades cognitivas da criança não somente
na correlação entre palavra e coisa, mas também na elaboração de uma brincadeira com as
coisas, mediante a imaginação: “no brinquedo a criança cria uma situação imaginária”(p.
63). De outro modo, o brinquedo possibilita a projeção da brincadeira prática, material, para
o plano intelectual, abstrato. No caso de Kaspar, entretanto, sua imaginação era limitada,
uma vez que não possuía elementos que a constituíssem, que preenchessem sua “caixa de
brinquedo”. Ainda neste sentido, têm-se a passagem na qual uma criança tenta ensinar a ele
uma poesia, que brinca com as palavras. Entretanto, tal como indica outra criança, Kaspar
não consegue entender e aprender a poesia porque não possui repertório suficiente para
jogar com as palavras, tal como a poesia (39:24). Isto é, o brinquedo pode ser entendido,
também, como significação de objetos materiais mediante abstração deste em linguagem.
Sem elementos para relacionar e refletir, devido à ausência de contato com o meio externo,
o pensamento, a imaginação e outras capacidades cognitivas inexistiam: nem mesmo o
raciocínio para se desprender do chão e ir até a porta. Há uma ausência de curiosidade
inerente à fase infantil (2001, p. 41).
Conforme Vygotsky, as características humanas resultam da relação entre o homem
e a sociedade, na medida em que“quando o homem transforma o meio na busca de atender
suas necessidades, ele transforma a si mesmo. Como indica o teórico, “o momento de maior
significado no curso do desenvolvimento intelectual, que dá origem às formas puramente
humanas de inteligência prática e abstrata, acontece quando a fala e a atividade prática
convergem”(p.20). Uma exemplificação desta frase de Vygotsky é a passagem no filme na
qual uma criança ensina para Kaspar as partes de seu corpo, indicando as partes que
constituem Kaspar: as partes a partir das quais ele transforma pensamento em
atividade(37:33). No primeiro momento, entretanto, devido a delimitação do meio externo
e da especificação de interação apenas com o homem que o alimenta, Kaspar não
desenvolve a fala nem a atividade prática. O teórico ressalta, ainda, que “antes de controlar
o próprio comportamento, a criança começa a controlar o ambiente com a ajuda da fala”(p.
20) – mais uma vez, portanto, indica-se a insuficiência da interação como limitadora, se não
exterminadora, das atividades práticas de Kaspar: incapaz de controlar o ambiente e seu
próprio comportamento. Neste ponto, portanto, vale ressaltar o importante papel da
linguagem indicada por Vygotsky: assim como os instrumentos físicos, referentes ao próprio
corpo ou a objetos, a fala é um instrumento para a transformação do meio. Conforme
Vygotsky, “A fala da criança é tão importante quanto a ação para atingir um objetivo [...]
fala e ação fazem parte de uma mesma função psicológica complexa, dirigida para a solução
do problema em questão” (p. 21). Isto é, a linguagem possibilita a transformação do meio,
indicando não só sistematização e estruturação de possíveis soluções para uma
necessidade, mas, antes, um planejamento, no qual se indica a capacidade intelectual e o
nível e complexidade desta.
O processo de Kaspar é descrito conforme a assinalação de Vygotsky: “as vezes a fala
adquire uma importância tão vital que, se não for permitido seu uso, as crianças pequenas
não são capazes de resolver a situação” (p.21) – a impotência para a ação, no caso de
Kaspar, entendeu-se até a fase adulta, impossibilitando o desenvolvimento de caráter
prático e teórico, tais como coordenação motora e abstração. Um ponto importante da
limitação motora, demonstrada no início do filme, é a permanência na postura que marca o
início do desenvolvimento motor humano: o permanecer sentado. A permanência nessa
postura indica a permanência no estado de desenvolvimento infantil no qual a criança
desenvolve o controle mínimo sobre o corpo: estabilidade da coluna, cabeça e braços.
Quanto à abstração, têm-se como exemplo a incapacidade de atribuir ao brinquedo,
relacionado ao desenvolvimento cognitivo, o que lhe é próprio: “No brinquedo, a criança
opera com significados desligados dos objetos e ações aos quais estão habitualmente
vinculados”(p 66). Kaspar não opera com o cavalo, o brinquedo, desligando-o dos objetos e
ações habitualmente vinculados, pois o único vínculo do objeto é o que está posto: a
ausência de referência a um cavalo real. O desenvolvimento da abstração e imaginação de
Kaspar, por sua vez, dar-se-á com sua inserção na comunidade, sua inserção no mundo
externo. Kaspar indica que não sonhava enquanto estivera preso, tendo sonhado depois da
experiência com o mundo exterior: pode ver toda uma cidade, a partir do conhecimento de
uma parte da cidade onde estava(1:12:18).
Considerando as relações inter e intrapessoal, observa-se que Kaspar não possui
uma noção desenvolvida de afetividade, devido à ausência de contato com a afetividade:
abandono pela mãe. Sem interação com formas de expressão de afeto, como amor, carinho,
proteção, zelo, etc. A única interação que poderia indicar essa dimensão humana seria a
alimentação. Entretanto, Kaspar até então não tinha desenvolvido o raciocínio causal, o qual
poderia fazer com que ele postulasse questões sobre a origem do alimento e da intenção do
homem em alimentá-lo – seu desenvolvimento psicológico não possuía as capacidades
necessárias para esse tipo de postulação, nem mesmo de raciocínio. Kaspar experiencia a
sensação de afeto no contato com o bebê do casal que o acolheu: mediante observação,
interação (o balançar do berço) e contato físico com o bebê(45:08). Essa interação pôde
oferecer a Kaspar o sentimento de afeto, bem como a noção de envelhecimento, processos
de desenvolvimento humano, etc. Outro ponto no qual Kaspar experiencia o afeto é na
passagem em que descreve que a música “Soa forte no meu peito”(59:53): trata-se da
interiorização, no corpo, da expressão de sentimentos, da música. Nesse sentido, também
se apresenta a passagem na qual Kaspar declara tocar Mozart, mas não acompanha as
partituras deste: trata-se da expressão da interpretação de Kaspar do sentimento expresso
por Mozart em sua obra (1:25:14).
Posto isso, enquanto no cativeiro, observa-se que Kaspar também não possui a
noção de perigo (42:04) bem como de intencionalidade, significação de certo e errado: suas
ações se orientavam pelas necessidades básicas. Não havia necessidade intelectual, pois não
havia o desenvolvimento de capacidades básicas como significação, distinção, raciocínio e
dúvida. Esta constatação evidencia a tese de Vygotsky contra o inatismo: as capacidades
psicológicas de Kaspar não se desenvolveram – o que comprova que somente as bases
genéticas não são suficientes para o desenvolvimento psicológico. Uma possível refutação
desta evidência, seria a indicação do final do filme, no qual os anatomistas observam uma
deformidade no cérebro de Kaspar. Entretanto, essa refutação é desconsiderada quando se
considera os avanços de Kaspar quando inserido em um meio social, histórico e cultural: seu
processo de aprendizagem se desenvolve de modo similar ao processo psicológico que se
inicia na infância – apenas com o retardo no desenvolvimento, isto é, um adiamento do
desenvolvimento, devido à exclusão social, histórica e cultural. Desse modo, o processo de
Kaspar evidencia a teoria de Vygotsky, na qual este define que o desenvolvimento de
aquisição do conhecimento se dá conforme o processo de mediação entre o sujeito, que é
interativo, e o meio, que possui relações intra e interpessoais.
Neste ponto, portanto, é possível relacionar a questão da afetividade com o nível de
desenvolvimento cognitivo de Kaspar enquanto estivera preso: quando questionado sobre a
posse da noção de Deus no período de confinamento, Kaspar responde que não entende o
que a pergunta significa, afirmando que “no cativeiro, eu não pensava em nada” (1:03:28).
Além dos outros papéis da experiência na construção da inteligência humana aqui
apontados, nesta passagem é possível identificar que a noção de Deus requer um nível de
abstração, bem como de noção de causalidade. Essa noção poderia ser dada à Kaspar
mediante a convivência com seus progenitores. A relação com seus pais poderia oferecer
elementos para a abstração da relação deles para o conceito de causalidade, mediante o
qual Kaspar poderia inferir que assim como ele foi criado, o todo também poderia ter sido
criado. Entretanto, não se quer dizer que a interação com os pais seja suficiente para a
postulação de uma noção de Deus. Como indicado pelo filme, esta noção requer outros
elementos: “não consigo imaginar que Deus do nada criou tudo”(1:03:35).
A inserção de Kaspar na comunidade é, por conseguinte, precedida pelo
ensinamento do caminhar - uma das características próprias dos homens: o andar ereto. O
desenvolvimento cognitivo parece retomar o processo tal como nas bases do início do
desenvolvimento cognitivo: “o indivíduo se desenvolve movido por mecanismos de
aprendizagem provocados por mediadores“(p.6). Seu comportamento e psiquismo são
mediados por outro que indica, delimita e atribui significados à realidade – apropriação de
modos de funcionamento psicológicos, comportamento e cultura. Assim, o caminhar de
Kaspar é ensinado pelo homem, em direção ao centro da cidade, que introduz Kaspar à
praça mediante uma justificativa que indica um dos pontos centrais da cultura ali presente:
a serventia ao rei. De outro modo, o homem que abandona Kaspar fornece a ele um
pretexto para ser aceito no centro da comunidade, mediante a afirmação de concordância
com um dos valores da comunidade: a estrutura social que a protege, o exército do rei –
bem como a presença do terço e da bíblia em seu bolso. Diz o homem, para que Kaspar
pronuncie como seu próprio valor: “Devo me tornar tão bom cavaleiro quanto meu pai
foi”(15:40). Isto é, no primeiro momento, o homem coloca em Kaspar as ferramentas
necessárias para a mediação dele com o mundo externo, a saber, técnicas e linguagem –
esta última especificamente ressaltada por Vygotsky, que até mesmo nomeia uma de suas
principais obras “Pensamento e Linguagem”.
Inserido no meio externo, na comunidade, o desenvolvimento psicológico e
cognitivo de Kaspar inicia um processo no qual ele adquire conhecimentos reais e
potenciais. Conforme Vyotsky, desenvolvimento real é o “que se costuma determinar
através da solução independente de problemas”(p. 58), e o potencial “determinado através
da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes”(p. 58). A inserção na cidade aproxima Kaspar de mediadores
que o ajudam a desenvolver suas capacidades cognitivas, de modo que ele se torna capaz de
identificar questões, distinguir coisas, etc. Posteriormente ao desenvolvimento potencial, ou
seja, a orientação de Kaspar pelos padres que o acolhe constitui o desenvolvimento
potencial de Kaspar, trata-se da etapa do desenvolvimento cognitivo de Kaspar no qual se
tem “funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação,
funções que amadureceram, mas que estão presentemente em estado embrionário” (p. 58).
A ação educativa possibilita a Kaspar seu desenvolvimento real, mediante o qual ele é capaz
de definir funções que já amadureceram. Esses dois tipos de desenvolvimento, por sua vez,
são construídos mediante dois tipos de conhecimento, sendo eles: o experimental e a
formação de conceitos científicos. O primeiro se refere aos conceitos cotidianos ou
espontâneos, caracterizados por observações, manipulações e vivências diretas da criança:
“este tem origem numa situação de confronto com uma situação concreta”(2001, p. 93).
Um exemplo desse tipo de conceito é a recusa de Kaspar por alguns tipos de alimento, uma
vez que não os tinha experimentado, não os reconhece como alimento. O segundo tipo de
conhecimento corresponde a formação de conceitos científicos, os quais, conforme
Vygotsky, “implicam logo de início uma atitude ‘mediada’ relativamente ao seu
objeto”(2001, P. 93). Ou seja, os conceitos científicos se relacionam àqueles não
diretamente acessíveis à observação ou ação imediata, requerendo, desse modo, maior
desenvolvimento cognitivo. Por sua vez, um exemplo apresentado pelo filme é a observação
de Kaspar sobre a torre no qual esteve preso: “Isto é muito alto. Só um homem muito
grande poderia ter construído isso” (1:01:11). Esta fala expressa um estado de
desenvolvimento cognitivo no qual se projeta as dimensões do corpo como medidas para as
coisas externas, bem como a ausência de planejamento para uma atividade complexa como
uma construção de um objeto. Em continuidade, seu tutor explica as dimensões da torre
utilizando o conhecimento espontâneo de Kaspar: a experiência de morar na torre.
Entretanto, Kaspar prossegue com o raciocínio do homem como medida para as coisas:
“Isso não é possível, pois o quarto só tem alguns passos de largura. Quando estou dentro do
quarto e olho à direita, à esquerda, à frente e para trás só enxergo o quarto. Quando eu
olho para a torre e depois me viro, a torre desaparece”(1:02:13). O mesmo ocorre na
passagem da maçã, na qual seu tutor apresenta a Kaspar a noção de temporalidade e
maturidade da maçã, bem como a de vontade humana(1:05:00). Transpondo a cognição de
mudanças evidenciadas mediante os sentidos para cognições de mudanças tautológicas, de
caráter formal e mais abstrato, observa-se que Kaspar resolve questões de caráter formal e
abstrato remetendo à evidências de caráter sensível: postulado o problema da identificação
dos homens pertencentes à aldeias que falam a verdade ou a mentira (1:14:56), Kaspar
postula outra resolução que não à formal: “Eu perguntaria ao viajante se ele era uma
rã”(1:17:13).
Finalmente, aquele que esteve presente na fase inicial de Kaspar acaba por
encerrá-lo. Aquele que, antes, oferecia a ele a manutenção das condições básicas, encerra,
agora, seu desenvolvimento cognitivo superior. Frente ao seu fim, Kaspar representa seu
processo na subida de uma montanha que tem a morte no cume, para qual todos caminham
(1:34:29). De outro modo, antes o homem deu a ele a ideia de um igual, agora, entretanto,
o homem lhe deu a noção do fim de todos os iguais: a morte. Assim, o desfecho se dá com a
expressão de Kaspar do início de uma história, a saber:

Vejo uma grande caravana, que vem pelo deserto, atravessando a areia. E este
caravana é guiada por um velho berbere. E este velho é cego. A caravana parou.
Alguns acreditam que eles se perderam, pois se depararam com montanhas. Eles
não conseguem seguir a bússola. Então o guia pega um punhado de areia e a
come, como se fosse uma comida. ‘Meus filhos’, diz o cego, vocês estão errados,
isto diante de nós não são montanhas e sim apenas sua imaginação.
Prosseguiremos para o norte. E então, sem discutirem, eles prosseguiram adiante
e chegaram na cidade. E lá a história continua. Mas a história nessa cidade eu não
sei (1:45:11).

Proponho uma interpretação da simbologia criada por Kaspar: trata-se da descrição


de seu próprio processo cognitivo, bem como o da humanidade – seu modo de significar o
mundo. A caravana representa a humanidade, enquanto que seu condutor a intuição e a
razão. Tal como no ponto inicial de seu desenvolvimento cognitivo, a caravana se orienta
pelos sentidos – certificando a razão conforme a intuição: o uso da bússola, a visão do
deserto. Após essa fase cognitiva, o desenvolvimento se dá mediante a orientação conforme
a intuição em conjunto com a razão: o que norteia o desenvolvimento é o ponto cego. Este
ponto, por sua vez, representa a evidência e superação das possíveis ilusões dos sentidos,
mediante o uso da razão: do que não é dado pelo imediato, pela percepção sensível.
Entretanto, utilizando-me de Vygotsky, a chegada na cidade representa as modificações nas
estruturas cognitivas mediante a interação direta com outra estrutura, externa as relações
determinadas pela caravana. Trata-se, de modo geral, da interação com o desconhecido: o
impulso para modificações cognitivas que constituem o desenvolvimento humano. A
história de Kaspar termina e outra se inicia.

Referências Bibliográficas
Vygotski, L. S. A formação social da mente. 4ª São Paulo - SP: Livraria Martins Fontes Editora
Ltda, 1991.
________. Pensamento e Linguagem. Edição eletrônica: Ed Ridendo Castigat Mores, 2001.
Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2477786/mod_resource/content/1/pensamentoli
nguagem.pdf​>.

O Enigma de Kaspar Hauser. Roteiro de Werner Herzog e Jacob Wassermann. Produção e


Direção de Werner Herzog. Alemanha 1974. Disponível em:
<​https://www.youtube.com/watch?v=Wplj0ITkwho​>. Acesso em maio de 2019.

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