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2º Bimestre
Nome da dupla: Bruna Vieira Gomes e Daylane Matrícula: 6-1511306
Lopes de Calais _______________________
Sexo: Feminino
Escolaridade: -
· Pai: - · Idade: -
· Mãe: - Idade: -
2. Queixa principal (QP): Registre a queixa principal, o motivo que levou o
paciente a procurar ajuda.
A queixa principal partiu dos pais de Gabrielle, após notar uma mudança de
comportamento nela. Segundo o relato dos mesmo em carta a Winnicott, a
menina apresentava preocupações que a mantêm acordada durante a noite e
que as vezes afetava seu relacionamento com os pais e sua vida em geral,
embora nem sempre ocorra. Segundo os pais, a mudança de comportamento
começou a ocorrer após o nascimento da irmã de Gabrielle, ela começou a
ficar aborrecida e deprimida com facilidade. E uma angustia e ciúme em
relação a irmã. Além de fantasias com uma mãe e pai pretos, e um bebê-car.
3. Apresentação do problema:
5. Diagnóstico:
Hipóteses: Foi o cruzamento dos dados teóricos fornecidos por Winnicott com a
evolução patológica de Piggle que o levou a formular a seguinte hipótese:
cremos que, na época em que a menina tomou consciência de sua separação
física da mãe, ela sentiu dificuldade de assumir essa separação e a viveu como
um abandono. Assim, afastou-se da mãe, a quem “tratava com arrogância”, e
se voltou para o pai, que se tornou seu principal objeto de amor. Esse pai, a
quem nos é dito que ela amava apaixonadamente quando bebê, tornou-se uma
boa mãe substituta. Mas, ao fabricar um novo bebê, sua irmã Susan, o pai a
abandonou. A chegada da irmãzinha demoliu o arranjo psíquico construído por
Piggle. Foi então impossível conservar a imagem de uma boa mãe. Ela se viu
privada de seu substituto materno benevolente, ou de um objeto que pudesse
simbolizar essa mãe boa. Foi nesse momento que criou a elaboração de uma
fantasia assustadora. Nessa fantasia, tratava-se sobretudo de uma mãe preta
e, vez por outra, de um “bebê- car”, isto é, de um continente preto, que vivia
dentro dela mesma.
6. Síntese/Relato do caso:
No caso Piggle, está-se diante do relato do tratamento psicanalítico de uma
menina composto por 17 sessões. Sua primeira comunicação a ele: “eu sou
tímida demais” anunciava suas perdas, principalmente no sentido do ambiente
que a constrangeu ao recolhimento. À noite, sofria de pânicos envolvendo
fantasias estranhas sobre uma mãe preta, o papai preto, um dito bebê-car e,
ocasionalmente, a própria Piggle preta. Em sua história pessoal, após um bom
período no qual tudo ia bem, quando tinha aproximadamente 1 ano, a mãe
ficou grávida e as atitudes de Gabrielle, carinhosamente chamada de Piggle,
mudaram após o nascimento da irmã. A partir desse momento, Piggle começou
a sofrer de ansiedades, perdendo a espontaneidade no brincar, e começou a
ter pesadelos. Winnicott através do decorrer das sessões de terapia com a
menina, percebeu que Piggle passou por uma desilusão materna, poderia ser
dito uma deprivação menor, uma vez que a mãe boa continuou parcialmente
presente ao tentar refazer a situação. A perda do ambiente e de cuidados
ocorreu no momento da gestação e nascimento da irmã. Na fase inicial de
dependência relativa, esta falha enfraqueceu o sentido de identidade recém-
conquistado no EU integrado. As fantasias persecutórias da mãe preta
apontam a disposição paranoide que se desenvolveu como provável forma
para não atacar a mãe, considerando que não pôde ter forças para odiar e nem
canalizar esse ódio para fora. A perda da vivacidade para brincar indica as
reverberações dessa perda em termos instintivos. Da mesma forma, o
nascimento da irmã a lançou precocemente sobre questões de ordem sexual, à
complexidade edipiana, sem que fosse madura emocionalmente para enfrentar
essas questões. A ambivalência e rivalidade para com a mãe não podiam ser
toleradas, desenvolvendo as ansiedades que se revelavam nos terrores
noturnos. Ao longo do processo, acompanha-se o desenvolvimento de uma
relação na qual o analista passa a ser usado como integrador desse instinto
que ficou ameaçado. Através de brincadeiras e dramatizações, o ódio no
setting terapêutico pôde ser experimentado e, por isso, integrado.
7. Síntese do tratamento/atendimento:
Por fim, assistimos ao que podemos considerar uma grande cena final, na qual
Winnicott e Gabrielle se entregaram de bom grado a uma brincadeira que
representava a resolução da transferência e da contratransferência. Acabaram
com a vida de um Dr. Winnicott e de uma Gabrielle doente. Esses assassinatos
recíprocos aconteceram sem remorso, sem culpa. No contexto da brincadeira,
os dois deram livre curso a sua destrutividade. Ambos sabiam perfeitamente
que as representações de uma Gabrielle doente e seu médico não tinham mais
razão de ser, pois estava terminado o trabalho analítico de Winnicott.