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Incerteza

na
Medição Analítica
III Encontro REBLAS
dos Centros de Equivalência
Farmacêutica

Pierre Morel
Ministério da Saúde
ANVISA / GGLAS

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Índice

z Confiabilidade metrológica de z Identificação das fontes de


um laboratório Incerteza : Diagrama de
z Por quê calcular a incerteza ? Ishikawa
z Contexto atual z Quantificação dos
z Referências componentes
z Desmistificação do Cálculo de
Incertezas z Cálculo da Incerteza
z Vocabulário Internacional de combinada
Metrologia z Cálculo da Incerteza
z Bases de um Cálculo de expandida
Incertezas z Análise das contribuições
z Roteiro de um Cálculo de z Apresentação dos resultado
Incertezas z Incertezas em microbiologia
z Especificação do mensurando

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Confiabilidade Metrológica
de um Laboratório

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Qualidade de um Laboratório

Qualidade
Prazo
Científica

Custo
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• do produto
Qualidade ESPECIFICAÇÕES

Científica NECESSIDADES • qual grandeza ?


Processo DE MEDIÇÃO • qual incerteza ?
de
medição • escolha método
DISPONIBILIZAÇÃO • escolha eqtos
analítica RECURSOS • recursos humanos

• manutenção eqtos
VIGILÂNCIA • rastreabilidade
DO PROCESSO (calibração/ padrão)

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3 últimos passos para
completar o ciclo
metrológico...

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• do produto
Qualidade ESPECIFICAÇÕES

Científica NECESSIDADES • qual grandeza ?


Processo DE MEDIÇÃO • qual incerteza ?
de
medição • escolha método
DISPONIBILIZAÇÃO • escolha eqtos
analítica RECURSOS • recursos humanos

• manutenção eqtos
VIGILÂNCIA • rastreabilidade
DO PROCESSO (calibração/ padrão)

1
VALIDAÇÃO

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Passo 1 • Estabilidade
• Especificidade
• Seletividade
• Limite de detecção
• Limite de quantificação
• Linearidade
• Sensibilidade
• Faixa de trabalho
• Precisão
VALIDAÇÃO • Exatidão
• Robustez
Sendo exigido, há tempo, no contexto de
todos os sistemas da qualidade
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• do produto
Qualidade ESPECIFICAÇÕES

Científica NECESSIDADES • qual grandeza ?


Processo DE MEDIÇÃO • qual incerteza ?
de
medição • escolha método
DISPONIBILIZAÇÃO • escolha eqtos
analítica RECURSOS • recursos humanos

• manutenção eqtos
VIGILÂNCIA • rastreabilidade
DO PROCESSO (calibração/ padrão)

1
VALIDAÇÃO
2
INCERTEZA DA MEDIÇÃO ANALÍTICA

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Passo 2 • Especificação do mensurando
• Identificação das fontes de
Incerteza da incerteza
• Quantificação dos componentes
Medição • Cálculo da incerteza combinada
• Cálculo da incerteza expandida
Analítica • Análise das contribuições

Cálculo obrigatório no contexto da


ISO 17025; a REBLAS começou a dar
treinamento e vai em breve exigir estes cálculos.

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Referências principais para o Cálculo de
Incertezas
9 GUM – Guide to the Expression of
Uncertainty in Measurement (Guia para a
Expressão da Incerteza de Medição).

9 Quantifying Uncertainty in Analytical


Measurement (Eurachem /
CITAC).(divulgado em português pela
REBLAS)

9 Para esclarecer dúvidas :


www.qualincert.com.br

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• do produto
Qualidade ESPECIFICAÇÕES

Científica NECESSIDADES • qual grandeza ?


Processo DE MEDIÇÃO • qual incerteza ?
de
medição • escolha método
DISPONIBILIZAÇÃO • escolha eqtos
analítica RECURSOS • recursos humanos

• manutenção eqtos
VIGILÂNCIA • rastreabilidade
DO PROCESSO (calibração/ padrão)

1
VALIDAÇÃO
3 2
INCERTEZA DA MEDIÇÃO ANALÍTICA

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Passo 3 : INCERTEZA vs TOLERÂNCIA
2 X Incerteza 2 X Incerteza

LIE LSE

Não ? ? OK ? ? Não

Outras situações possíveis :

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• O Cliente
• e/ou o Órgão Fiscalizador
Passo 3 • e o Laboratório de análises
definem a aceitabilidade
do produto ou da situação em função
da posição do resultado da análise

Definição da frente a :

aceitabilidade • tolerância
• nível de incerteza

Último passo para fechar o ciclo da confiabilidade


metrológica : o laboratório fornece um serviço
compatível com as necessidades do Cliente.
Após esta etapa, ciclo PDCA de melhorias
contínuas consideradas pertinentes.
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• do produto
Qualidade ESPECIFICAÇÕES

Científica NECESSIDADES • qual grandeza ?


Processo DE MEDIÇÃO • qual incerteza ?
de
medição • escolha método
DISPONIBILIZAÇÃO • escolha eqtos
analítica RECURSOS • recursos humanos

• manutenção eqtos
VIGILÂNCIA • rastreabilidade
Fechamento
DO PROCESSO (calibração/ padrão)
do Ciclo
Metrológico
1
VALIDAÇÃO
3 2
INCERTEZA DA MEDIÇÃO ANALÍTICA

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Incerteza de
Medição

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Por quê calcular a incerteza ?
z Os resultados analíticos não são perfeitos.

“INCERTEZA DE MEDIÇÃO”
z Possibilitar a tomada de decisão (aceitabilidade
por um Cliente ou um Órgão Fiscalizador).
z Adaptar o Custo analítico à Necessidade.
z Assegurar a comparabilidade de resultados.
z Conhecer melhor o processo analítico.

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Rastreabilidade segundo o VIM

Propriedade do resultado de uma medição ou do


valor de um padrão estar relacionado a
referências estabelecidas, geralmente
nacionais ou internacionais, através de uma
cadeia contínua de comparações, todas tendo
incertezas estabelecidas.

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rastreabilidade ≡
comparabilidade

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Contexto atual da incerteza de medição :
Documentos de base
Documento Origem Data

Recomendação INC-1 BIPM 1981

GUM – Guide to the Expression of Uncertainty BIPM/IEC/IFCC/ 1993


in Measurement ISO/IUPAC/ 1995
IUPAP/OIML
Guia para a Expressão da Incerteza de Medição ABNT/Inmetro 08/2003
Guidelines for Evaluating and Expressing the NIST 1994
Uncertainty of NIST Measurements Results
Quantifying Uncertainty in Analytical Eurachem/CITAC 1995
Measurement 2000
NBR ISO/IEC 17025 ISO / IEC 1999
ABNT 2001
EA 4/16 – EA Guidelines on the expression of European co-operation 12/2003
uncertainty in quantitative testing for Accreditation
APLAC-TC005- Interpretation and guidance on Asia Pacific 03/2004
the estimation of uncertainty of measurement Laboratory
in testing Accreditation
Cooperation

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Referências principais

9 GUM – Guide to the Expression of Uncertainty in


Measurement (Guia para a Expressão da Incerteza
de Medição).

9 Quantifying Uncertainty in Analytical Measurement


(Eurachem / CITAC).

9 VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia.

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Desmistificação do Cálculo de
Incertezas
‰ Só se aprende a desenvolver cálculo de incertezas
de medição, calculando incerteza de medição.

‰ Não hesite ! Começa a calcular !

‰ Não é necessário conseguir um cálculo perfeito na


primeira vez. Aprimora-se depois...

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VIM - Mensurando

Objeto da medição.
Grandeza específica submetida à medição.

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VIM – Incerteza de medição

Parâmetro, associado ao resultado de uma


medição, que caracteriza a dispersão
dos valores que podem ser
fundamentalmente atribuídos a um
mensurando.

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Exatidão vs Precisão
Exato, Preciso,
porém porém inexato
impreciso

Inexato e
impreciso

Exato
e preciso

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VIM – Exatidão de medição

Grau de concordância entre o resultado de


uma medição e um valor verdadeiro do
mensurando.

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Exato, Preciso,
porém porém inexato
impreciso

Erro
aleatório

Erro
sistemático
X
Exato
e preciso

Inexato e
impreciso Slide 014

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VIM – Erro sistemático

Média que resultaria de um infinito


número de medições do mesmo
mensurando, efetuadas sob condições de
repetitividade, menos o valor verdadeiro
do mensurando.

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VIM – Erro aleatório

Resultado de uma medição menos a média


que resultaria de um infinito número de
medições do mesmo mensurando
efetuadas sob condições de
repetitividade.

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VIM – Repetitividade (1/2)

Grau de concordância entre os resultados


de medições sucessivas de um mesmo
mensurando efetuadas sob as mesmas
condições de medição.

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VIM – Repetitividade (2/2)

As condições de repetitividade incluem :

9 mesmo procedimento de medição;


9 mesmo observador;
9 mesmo instrumento de medição, utilizado nas mesmas
condições;
9 mesmo local;
9 repetição em curto período de tempo.

Slide 018

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VIM – Reprodutibilidade (1/2)

Grau de concordância entre os resultados


de medições de um mesmo mensurando,
efetuadas sob condições variadas de
medição.

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VIM – Reprodutibilidade (2/2)
As condições alteradas podem incluir :

9 princípio de medição;
9 método de medição;
9 observador;
9 instrumento de medição;
9 padrão de referência;
9 local;
9 condições de utilização;
9 tempo.

Slide 020

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Bases do Cálculo de Incertezas

z A média dos valores medidos representa o


valor mais provável;

Slide 024

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O quê é necessário e suficiente para
representar o resultado ?
Imaginemos duas medições analíticas realizadas em triplicata :

Desvios-padrão experimentais diversos


Desvio (Incertezas relativas)
Média Padrão Precisão Linearidade Variação vidraria Sol.
triplicata Recup. padrão

4,75 5,0 5,25 5,0 0,25 94,0 % 2,5 % 2,0 % 0,8 % 0,3 %

4,5 5,0 5,5 5,0 0,5 90,0 % 9,5 % 8,0 % 1,2 % 0,7 %

É necessário apresentar a incerteza


Slide 024

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Erro vs Incerteza Erro sistemático » ERRO

Valor
verdadeiro
Erro aleatório »
INCERTEZA

ERRO

INCERTEZA

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Correção

INCERTEZA
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VIM - Correção

Valor adicionado algebricamente ao


resultado não corrigido de uma medição
para compensar um erro sistemático.

Slide 026
Slide 022
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Bases do Cálculo de
Incertezas
z A média dos valores medidos representa o
valor mais provável;
z Os resultados em condições de
repetitividade apresentam uma distribuição
normal.

Slide 028

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Erro vs Incerteza

Valor
verdadeiro

Slide 027

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Distribuição normal

−( x−µ)
2

1
f (x) = 2σ2
e
σ 2Π
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Distribuição normal

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Bases do Cálculo de Incertezas
z A média dos valores medidos representa o valor mais
provável;
z Os resultados em condições de repetitividade
apresentam uma distribuição normal;
z A propagação das incertezas é realizada
considerando distribuições normais e seus
respectivos desvios-padrão.

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Propagação como distribuições
normais
s1

s2
s
s3

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Roteiro do Cálculo de Incertezas
1. Especificar o mensurando;
2. Identificar as fontes de incerteza;
3. Quantificar os componentes de
incerteza;
4. Calcular a incerteza combinada;
5. Calcular a incerteza expandida;
6. Analisar as contribuições de incerteza.

Slide 033

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Passo 1 : Especificar o Mensurando
Declarar o que está sendo medido :
z passando por todas as fases intermediárias do
processo analítico;
z Mostrando :
ƒ a equação ou equações sucessivas;
ƒ As unidades utilizadas nestas equações, o que acaba
constituindo uma forma de validar estas equações.

Î Definição do mensurando
Î Diagrama de blocos
Î Equação(ões)
Slide 034

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?
Exemplo :

Determinação de ácido fólico


em farinha de trigo

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Especificar o
mensurando

Identificar as
1 – Diagrama de blocos fontes de incerteza

Quantificar os
Componentes
de incerteza

Calcular a incerteza
combinada

Calcular a incerteza
expandida

Analisar as
contribuições
de incerteza

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Preparo de Preparo de
soluçoes
soluções
ácido fólico Farinha de trigo Farinha de milho Mix Especificar o
diversas
Pesagem de # 100 mg
mensurando
Pesagem # 5g Pesagem # 5g Pesagem # 1g
Ácido ácido fólico
de amostra de amostra de amostra
fosfórico Dissolução em 100 Identificar as
mL de solução de Diluição em 15 Diluição em 15 Diluição em
TCA
bicarbonato mL de solução mL de solução 100 mL de fontes de incerteza
De TCA e 35 de NaOH, 20 solução
Retirada de alíquota mL de água mL de dolução de bicarbonato
NaOH de 1mL e dissolução de ácido Quantificar os
em 25 mL de água fosfórico e 15
Extração Extração
mL de solução Componentes
tampão fosfato
KOH Retirada de alíquota de incerteza
de 6mL e dissolução
em 25 mL de Extração
Tampão
solução NaOH
fosfato Calcular a incerteza
ÎSolução-mãe
Padrão a combinada
Bicarbonato UV/Vis
100 mg/100 mL
De sódio
Dissoluções Calcular a incerteza
sucessivas em água
Concentração HPLC expandida
1:25, 1:10, 1:10
ÎSolução padrão Solução-mãe
para farinhas
ácido fólico Analisar as
Dissoluções Concentração contribuições
sucessivas em água
em ácido fólico de incerteza
1:25, 3:25
ÎSolução padrão
na amostra
para mix

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Especificar o
mensurando
2 - Definição do mensurando

Identificar as
fontes de incerteza
Concentração de ácido fólico
em µg / 100 g de amostra
Quantificar os
de farinho de trigo
Componentes
de incerteza
Obs – Será calculada a incerteza absoluta centrada na concentração de 150
µg/100 g amostra. Calcular a incerteza
combinada

Calcular a incerteza
expandida

Analisar as
contribuições
de incerteza

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3 – Equações
Especificar o
3.1 - Equação 1 (Equação geral): mensurando

A equação de base da técnica HPLC é representada por : Identificar as


fontes de incerteza
⎛A ⎞
[ ácido fólico]mg / mL amostra = ⎜ a ⎟ × [ Solução padrão HPLC ]mg / mL
⎝ Ap ⎠ Quantificar os
Componentes
onde : de incerteza

[ ácido fólico]mg /mL amostra : concentração final em mg de


Calcular a incerteza
ácido fólico por mL de amostra injetada de farinha. combinada

⎛ Aa ⎞ : Relação entre as áreas de picos, sendo Aa a área Calcular a incerteza


⎜ ⎟
⎝ Ap ⎠ expandida
do pico de amostra e Ap a área do pico de padrão.
Analisar as
[ Solução padrão HPLC ]mg / mL : Concentração da contribuições
solução padrão de ácido fólico para injeção no HPLC em de incerteza
mg/mL

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Especificar o
mensurando
Neste caso particular, é mais adequado trabalhar com a
equação seguinte que será a nossa equação 1 : Identificar as
fontes de incerteza
⎛ Aa ⎞ 1
[ ácido fólico]µg /100 gamostra = ⎜ ⎟ ×[ Solução padrãoHPLC]mg / mL × ×105
⎝ Ap ⎠ [ amostra]gamostra / mL Quantificar os
onde : Componentes
de incerteza

[ ácido fólico]µ g /100 g amostra : concentração final em µg de Calcular a incerteza


ácido fólico por 100 g de amostra de farinha de trigo combinada

[ amostra ]g amostra / mL : concentração em g de farinha de Calcular a incerteza


expandida
trigo por mL de amostra injetada de farinha de trigo
Analisar as
contribuições
de incerteza

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Roteiro do Cálculo de Incertezas
1. Especificar o mensurando;
2. Identificar as fontes de incerteza;
3. Quantificar os componentes de
incerteza;
4. Calcular a incerteza combinada;
5. Calcular a incerteza expandida;
6. Analisar as contribuições de incerteza.

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Passo 2 : Identificar as fontes de
incerteza
z Elaborar simultaneamente o diagrama de
ISHIKAWA e a lista extensa de fontes de
incerteza, sem se preocupar por enquanto,
com a sua quantificação.

z O diagrama de ISHIKAWA inicia-se com os


termos da equação quando existe, e/ou com
os componentes mais importantes de
incerteza (dados da validação e/ou dados
principais de equipamentos), montando assim
as ramificações principais.

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Solução padrão HPLC Especificar o
Exemplo: mensurando
Determinação de ácido
fólico em farinha de Identificar as
trigo fontes de
incerteza

Quantificar os
Componentes
de incerteza
[ácido fólico]
µg/100g de
Calcular a incerteza
amostra
combinada

Recuperação Calcular a incerteza


expandida

(Aa/Ap) Analisar as
contribuições
de incerteza
Concentração amostra
injetada em g/mL

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Passo 2 : Identificar as fontes de incerteza
(continuação)

COMPONENTES DE INCERTEZA (Lista não exaustiva)

Origem Componente Exemplo


EQUAÇÕES Termos das equações

Parâmetros que não aparecem Amostragem


explicitamente
Preparação da amostra

Materiais de referência Pureza

Incerteza

EQUIPAMENTOS Calibração Incerteza

Erro (incluir na
incerteza
criteriosamente)

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Passo 2 : Identificar as fontes de incerteza
(continuação)
COMPONENTES DE INCERTEZA (Lista não exaustiva)

Origem Componente Exemplo


EQUIPAMENTOS Dados do fabricante de Resolução
instrumento
“Exatidão” / “Precisão”

Linearidade

Compensações de
temperatura, altitude,...
Vidraria Repetitividade

Características

Calibração

Variação com
temperatura

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Passo 2 : Identificar as fontes de incerteza
(continuação)
COMPONENTES DE INCERTEZA (Lista não exaustiva)

Origem Componente Exemplo


VALIDAÇÃO Repetitividade
INTRALABORATORIAL
Reprodutibilidade

Robustez

Exatidão / recuperação
(incluir na incerteza
criteriosamente)

Curva de calibração

VALIDAÇÃO Reprodutibilidade
INTERLABORATORIAL
Exatidão (incluir na incerteza
criteriosamente)

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Passo 2 : Identificar as fontes de incerteza
(continuação)
z Diagrama de Ishikawa :
– Evoluir em direção às extremidades das
ramificações a partir dos efeitos principais.
– Para cada ramificação, acrescentar fatores
contributivos até os efeitos se tornarem
desprezíveis.
z Lista das fontes de incerteza, registrando
considerações e hipóteses.

Î Lista das fontes de incerteza;


Î Diagrama de ISHIKAWA.

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?
Exemplo :

Determinação de ácido fólico


em farinha de trigo

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Concentração soluções diversas (ácido fosfórico,
Especificar o
TCA,NaOH, KOH, tampão fosfato, bicarbonato) : mensurando
São desprezadas as incertezas correspondendo à
influência da concentração destas soluções sobre o
resultado final da determinação de ácido fólico. Identificar as
Concentração da solução padrão HPLC
fontes de
( [ Solução padrão HPLC ] ) incerteza

• Concentração da solução mãe ( [ Solução mãe padrão ] :


As incertezas sobre o preparo da solução mãe não são Quantificar os
consideradas, já que esta solução-mãe é “padronizada” por Componentes
UV/Vis antes do ser diluída para preparar a solução padrão
injetada no HPLC. de incerteza
Conseqüentemente, á única incerteza incidindo sobre a
concentração da solução mãe é referente à medição em
UV/Vis: Calcular a incerteza
UV / Vis : combinada

o São desprezadas as influências da tensão e do


comprimento de onda. Calcular a incerteza
o As incertezas sobre absorbâncias são
transformadas diretamente em incertezas sobre
expandida
concentrações de ácido fólico.
o São consideradas as incertezas referentes às
características seguintes : Analisar as
ƒ repetitividade ( uUV repe ): a realizada no próprio contribuições
laboratório com ácido fólico é mais representativa de incerteza
que aquela realizada pelo laboratório de calibração;
ƒ linearidade ( uUV lin ): constando do certificado de
calibração

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Solução-padrão HPLC Especificar o
mensurando

Identificar as
UV/Vis
fontes de
repe
incerteza

linearidade
Quantificar os
Componentes
Solução de incerteza
mãe
[ácido fólico]
µg/100g de
Calcular a incerteza
amostra
combinada

Recuperação Calcular a incerteza


expandida

(Aa/Ap) Analisar as
contribuições
de incerteza
Concentração amostra
injetada em g/mL

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Especificar o
mensurando

• vidraria utilizada para a diluição da solução mãe no Identificar as


preparo da solução padrão HPLC : fontes de
São realizadas diluições sucessivas 1:25, 1:10 e 1:10
incerteza
a partir de:

ƒ volume de 1 mL pelo pipetador EQ-CQmn 214, Quantificar os


tendo uma incerteza correspondente uv1 com os Componentes
componentes devidos a temperatura ( uv1temp ), de incerteza
repetitividade ( uv1 repe ),exatidão uv1exat e resolução
( uv1 resol ). Calcular a incerteza
Obs 1 – São escolhidos os dados de combinada
repetitividade do próprio laboratório por serem
mais significativos que os dados constando do Calcular a incerteza
“certificado de conformidade”. expandida
Obs 2 – As diluições 1:25, 1:10 e 1:10, embora
realizadas com o mesmo volume de 1 mL e o Analisar as
mesmo pipetador, são consideradas como
contribuições
operações sucessivas e independentes.
de incerteza
Conseqüentemente, a incerteza referente a esta
pipetagem é, de fato, computada 3 vezes.

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Especificar o
Obs 3 – Para estas 3 pipetagens sucessivas e
iguais, é desprezada a eventual correlação que mensurando
poderia existir por se tratar do mesmo
pipetador.
Identificar as
ƒ volume de 25 mL pelo balão de 25 mL, tendo uma fontes de
incerteza correspondente u v 25 com os incerteza
componentes devidos a temperatura ( u v 25 temp ),
repetitividade ( u v 25 repe ) e características da vidraria
Quantificar os
( u v 25 caract ).
Componentes
ƒ volume de 10 mL pelo balão de 10 mL, tendo uma de incerteza
incerteza correspondente u v 10 com os
componentes devidos a temperatura ( u v 10 temp ), Calcular a incerteza
repetitividade ( u v 10 repe ) e características da vidraria combinada
( u v 10 caract ).
Obs 1 – As diluições 1:10 e 1:10, embora Calcular a incerteza
realizadas com o mesmo volume de 10 mL e o expandida
mesmo balão, são consideradas como
operações sucessivas e independentes.
Conseqüentemente, a incerteza referente a este Analisar as
balão de 10 mL é, de fato, computada 2 vezes. contribuições
Obs 2 – Para estas 2 diluições 1:10 sucessivas e
de incerteza
iguais, é desprezada a eventual correlação que
poderia existir por se tratar do mesmo balão.

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Solução padrão HPLC Especificar o
v1 mensurando

temp exat
resol repe Identificar as
UV/Vis
v25 fontes de
repe temp
incerteza
caract repe
linearidade v10
Quantificar os
temp Componentes
caract repe
Solução de incerteza
mãe
[ácido fólico]
µg/100g de
Calcular a incerteza
amostra
combinada

Recuperação Calcular a incerteza


expandida

(Aa/Ap) Analisar as
contribuições
de incerteza
Concentração amostra
injetada em g/mL

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Solução padrão HPLC Especificar o
v1 mensurando

temp exat
resol repe Identificar as
UV/Vis
v25 fontes de
repe temp
incerteza
caract repe
linearidade v10
Quantificar os
temp Componentes
caract repe
Solução de incerteza
mãe
[ácido fólico]
µg/100g de
Calcular a incerteza
vTCA amostra
combinada
temp vmin prec repe v20 v15
Recuperação temp temp Calcular a incerteza
vmin vmin
prec prec expandida
repe repe
vH2O
(Aa/Ap) Analisar as
calib. calib. Massa contribuições
repe repe farinha
de incerteza
resol resol
Concentração amostra
injetada em g/mL linear linear
tara (tara + farinha)

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Roteiro do Cálculo de Incertezas
1. Especificar o mensurando;
2. Identificar as fontes de incerteza;
3. Quantificar os componentes de
incerteza;
4. Calcular a incerteza combinada;
5. Calcular a incerteza expandida;
6. Analisar as contribuições de incerteza.

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Passo 3 : Quantificar os componentes de
incerteza
Tipos de componentes de incerteza :
Os componentes de incerteza são de 2 tipos:

z Tipo A : São aqueles que são avaliados


através de uma série de medições repetidas,
utilizando métodos estatísticos.

z Tipo B : São aqueles que são avaliados


através de outros meios que não a análise
estatística de séries de observações.

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Passo 3 : Quantificar os componentes de
incerteza (continuação)
Roteiro :
Estabelecer simultaneamente :

z A tabela de componentes de incerteza:

z O registro dos cálculos para cada


componente, com respectivas considerações
e hipóteses.

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Passo 3 : Quantificar os componentes de
incerteza (continuação)
Incerteza Tipo A :
Repetitividade com no mínimo, 10 medições :
z Média aritmética : 1 n
q = ∑ qj
n j =1

z Desvio-padrão experimental :
× ∑ (q j − q )
1 n 2
s (q) =
n − 1 j =1

z Incerteza Tipo A = Incerteza padrão


associada à média =Desvio-padrão experimental
da média :
s(q)
s(q ) =
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Passo 3 : Quantificar os componentes de incerteza
(continuação)
Principais distribuições Incerteza Tipo B
Desvio-padrão s u=s

x±c c/95 % de confiança u=c/2

x±c c/99 % de confiança u=c/3

u=a/(3)1/2
x±a sem especificar

2a dist e nível confiança

x±a (valores próximos u=a/(6)1/2

2a de x mais prováveis)

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?
Exemplo :

Determinação de ácido fólico


em farinha de trigo

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Grandeza Valor da Dist. Símb. u(x)/x Especificar o
de Grandeza Incerteza mensurando
Entrada Valor ∆x
Fator
antes do
Fonte fator Mult. u(x) Identificar as fontes
x Fonte de Valor x ∆x Distribuição Fator Símbolo Valor ux ux/x de incerteza
Incerteza Incerteza
[Solução Repetitividade 100 mg 0,0016 Normal 1 0,0016 mg/ 0,000016
mãe UV/Vis /100mL mg/ (k=1)
uUVrepe 100mL
padrão] 100mL Quantificar os
[Solução Linearidade 100 mg 0,0028 Normal 1 0,0028 mg/ 0,000028
mãe UV/Vis /100mL mg/ (k=1)
uUVlin 100mL Componentes
padrão] 100mL de incerteza
V1 Temperatura 1 mL 0,00147 retangular 0,000849 0,000849
mL 1 3 uv1temp mL
V1 Repetitividade 1 mL 0,00120m Normal 1 0,00120mL 0,00120
L (k=1)
uv1repe Calcular a incerteza
V1 Exatidão 1 mL 0,008 mL retangular 0,00462 mL 0,00462 combinada
1 3 uv1exat
V1 Resolução 1 mL 0,01 mL retangular 1 0,00289 mL 0,00289
uv1resol Calcular a incerteza
23 expandida
V25 Temperatura 25 mL 0,0368 retangular 0,0212 mL 0,000850
mL 1 3 uv25temp
Analisar as
V25 Repetitividade 25 mL 0,0017 Normal 1 0,0017 mL 0,000068
mL (k=1)
uv25repe contribuições
V25 Características 25 mL 0,0336 retangular 0,0194 mL 0,000776 de incerteza
mL 1 3 uv25caract

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UV/Vis
Especificar o
mensurando
Conforme já mencionado, as duas fontes de incerteza
consideradas são referentes a repetitividade e
linearidade.
Identificar as fontes
Os dados constam do certificado de calibração e ajuste e
são expressos em absorbância; estes dados devem ser de incerteza
transformados em concentrações de ácido fólico.
• Repetitividade ( uUV repe ) com filtro de Hólmio:
Interpretamos a partir do certificado que, para os 3
comprimentos de onda de trabalho (256,283 e 365), a
Quantificar os
incerteza referente a repetitividade é igual a 0,000577 Componentes
(abs).
Para facilitar a estimativa, consideramos que esta de incerteza
incerteza de 0,000577 tem uma ponderação igual
para os 3 comprimentos de onda, ou seja, conforme
o método analítico MA-CQ.042 : Calcular a incerteza
combinada

⎛ 0, 000577 0, 000577 0, 000577 ⎞


10 3 × ⎜ + + ⎟ Calcular a incerteza
uUV repe = ⎝ 590 575 206 ⎠
3 expandida

uU V =
(
1 0 3 × 9, 8 × 1 0 − 7 + 1 0, 0 3 × 1 0 − 7 + 2 8, 0 1 × 1 0 − 7 ) Analisar as
rep e
3
contribuições
10 − 4 × 47,84 de incerteza
uUV repe = = 0, 0016 mg /100 mL
3

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Roteiro do Cálculo de Incertezas
1. Especificar o mensurando;
2. Identificar as fontes de incerteza;
3. Quantificar os componentes de
incerteza;
4. Calcular a incerteza combinada;
5. Calcular a incerteza expandida;
6. Analisar as contribuições de incerteza.

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Passo 4 : Calcular a incerteza combinada
Equação geral com incertezas correlacionadas

2
⎡ ∂y ⎤ 2
n n −1 n
uc ( y ) = ∑ ⎢ ⎥ u ( xi ) + 2 ∑ ∑ ci c j u ( xi )u ( x j )r ( xi , x j )
i =1 ⎣ ∂xi ⎦ i =1 j =1+1

onde :
y = f(x1, x2, ...,xn)

∂y
= ci : coeficente de sensibilidade : descreve
∂xi como o valor de y varia com as mudanças
nos parâmetros x1, x2, etc...
r(xixj) : coeficiente de correlação (entre -1 e +1)

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Passo 4 : Calcular a incerteza combinada (continuação)
Equação geral com incertezas não correlacionadas

2
⎡ ∂y ⎤ 2
n
uc ( y ) = ∑ ⎢ ⎥ u ( xi )
i =1 ⎣ ∂xi ⎦
onde :
y = f(x1, x2, ...,xn)
∂y
= ci : coeficiente de sensibilidade : descreve
∂xi
como o valor de y varia com as mudanças
nos parâmetros x1, x2, etc...

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Passo 4 : Calcular a incerteza combinada (continuação)
Cálculos

Com ou sem equação disponível, há 3 maneiras básicas


de calcular a incerteza :

‰ Método por cálculo de derivadas;

‰ Método por combinação de incertezas absolutas e


relativas;

‰ Método por simulação.

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Passo 4 : Calcular a incerteza combinada (continuação)
Método por cálculo de derivadas

2
n ⎡ ∂y ⎤ 2 n −1 n
uc ( y ) = ∑ ⎢ ⎥ u ( xi ) + 2 ∑ ∑ ci c j u ( xi )u ( x j )r ( xi , x j )
i =1 ⎣ ∂xi ⎦ i =1 j =1+1

2
⎡ ∂y ⎤ 2
n
ou : uc ( y ) = ∑ ⎢ ⎥ u ( xi )
i =1 ⎣ ∂xi ⎦

Este método apresenta, em alguns casos, uma grande dificuldade.

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Passo 4 : Calcular a incerteza combinada (continuação)
Método por combinação de incertezas absolutas e
relativas
Freqüentemente, pode-se aplicar estas duas regras :

1. Para os modelos que incluem apenas uma soma ou


diferença de grandezas, por exemplo y=x1+x2+...:

uc ( y ) = 2
u x1 + u x 2 ... + u xn
2 2

,ou seja, uma soma quadrática de desvios-padrão absolutos.

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Passo 4 : Calcular a incerteza combinada
Método por combinação de incertezas absolutas e
relativas (continuação)

2. Para os modelos que incluem apenas um produto ou


um quociente de grandezas,
por exemplo :
x1 × x2
y=
x3 × ... × xn
2 2
⎛ u x1 ⎞ ⎛ u x 2 ⎞
2
⎛ u xn ⎞
uc ( y ) = y ⎜ ⎟ +⎜ ⎟ + ... + ⎜ ⎟
⎝ x1 ⎠ ⎝ x2 ⎠ ⎝ xn ⎠
,ou seja, uma soma quadrática de desvios-padrão relativos.

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Passo 4 : Calcular a incerteza combinada
Método por combinação de incertezas
absolutas e relativas (continuação)
3. É mais conveniente decompor o modelo matemático
original em expressões, consistindo unicamente de
operações cobertas por uma das regras acima.

( x1 + x2 )
Por exemplo, y= deve ser
( x3 + x4 )

decomposto em dois elementos :

( x1 + x2 ) e ( x3 + x4 )

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Passo 4 : Calcular a incerteza combinada
Método por combinação de incertezas
absolutas e relativas (continuação)

Este método é freqüentemente o mais


conveniente para incertezas de medições
com muitas grandezas de entrada como é o
caso na área química.

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?
Exemplo :

Determinação de ácido fólico


em farinha de trigo

Incerteza combinada

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Especificar o
mensurando

5 – Cálculo da incerteza combinada


Identificar as fontes
de incerteza

Voltamos à equação 1 (equação geral) :


Quantificar os
⎛ Aa ⎞ 1 Componentes
[ ácido fólico]µg /100 g amostra = ⎜⎜ ⎟⎟ ×[ Solução padrãoHPLC]mg / mL × ×105 de incerteza
⎝ Ap ⎠ [ amostra]g amostra / mL
Y = a X b X 1/c Calcular a
de onde tiramos :
incerteza
2 2 combinada
⎛ ⎞ ⎛ u[amostra] ⎞
2
u[ácido fólico] ⎛ uA / A ⎞ u[ Solução padrãoHPLC]
= ⎜
µg /100 gamostra

a p
+⎜ mg /mL
⎟ +⎜ ⎟
gamostra / mL

[ ácido fólico]µg /100gamostra ⎜⎝ Aa Ap ⎟⎠ ⎜[ SoluçãopadrãoHPLC]mg /mL ⎟


⎝ ⎠
⎜ [ amostra]gamostra/ mL ⎟
⎝ ⎠
Calcular a incerteza
expandida
uY/y=[(ua/a)2 + (ub/b)2+ (uc/c)2]1/2
Analisar as
contribuições
de incerteza

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Especificar o
5.1 - Incerteza sobre [ S o lu çã o p a d rã o H P L C ]m g /m L
mensurando
( u [ S olu çã o p a d rã o H P L C ] ):
mg / mL

a partir da equação 3 :
Identificar as fontes
1 v v v de incerteza
[ Solução padrão HPLC ] = [ Solução mãe padrão ] × × 1 × 1 × 1
100 v25 v10 v10

Teremos : Quantificar os
⎛ u[ Solução mãe padrão]
usolução padrão HPLC ⎞
2
⎛ uv ⎞ ⎛ uv ⎞
2
⎛ uv ⎞
2 2
Componentes
= ⎜ ⎟ +3 + +2
[ Solução padrão HPLC ] ⎜⎝ [ Soluçãomãe padrão] ⎟⎠ ⎜⎝ v1 ⎟⎠ ⎜⎝ v25 ⎟⎠ ⎜⎝ v10 ⎟⎠
1 25 10

de incerteza

5.1.1 – Cálculo de u [ S o lu çã o m ã e p a drão ] : Calcular a


incerteza
u [ So lução m ã e p adrão ] = u2 + u U2 V lin = 0, 0 0 1 6 2 + 0, 0 0 2 8 2
U V rep e
combinada
u [ S o lu çã o m ã e p a d rã o ] = 1 0 − 4 × 2 5 6 + 78 4 = 0, 0 0 3 2 m g / 1 0 0 m L
Calcular a incerteza
5.1.2 – Cálculo de u v 1 : expandida

uv1 = u2 + u2 + u2 + u2
v 1 tem p v 1 exa t v 1 reso l v 1 rep e
Analisar as
contribuições
uv1 = 0, 0 0 0 8 5 2 + 0, 0 0 4 6 2 2 + 0, 0 0 2 8 9 2 + 0, 0 0 1 2 0 2
de incerteza

uv 1 = 10 −5 × 7225 + 213444 + 83521 + 14400 = 0,00564 mL

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Especificar o
5.1.3 – Cálculo de uv 25 : mensurando

uv25 = u2 +u2 +u2 = 0,02122 +0,00172 +0,01942 Identificar as fontes


de incerteza
v25temp v25repe v25caract

uv 25 = 10−4 44944 + 289 + 37636 = 0,0288 mL


Quantificar os
5.1.4 – Cálculo de uv10 : Componentes
de incerteza

uv10 = u2 + u2 + u2 = 0,008492 + 0,00542 + 0,02312 Calcular a


v10 temp v10 repe v10 caract

incerteza
uv10 = 10−5 720801 + 291600 + 5336100 = 0,02520 mL combinada

5.1.5 – Cálculo de [ Solução padrão HPLC ] : Calcular a incerteza


expandida
1 v1 v1 v1
[ SoluçãopadrãoHPLC]mg/mL =[ Soluçãomãepadrão]mg/100mL × × × × Analisar as
100 v25 v10 v10
contribuições
1 1 1 1 de incerteza
[ Solução padrãoHPLC]mg / mL = 100 × × × × = 0,0004 mg / mL
100 25 10 10

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Especificar o
mensurando

Voltamos a : Identificar as fontes


2
⎛ u[ Soluçãomãe padrão] ⎞
2 2 2
usolução padrãoHPLC ⎛ uv ⎞ ⎛ uv ⎞ ⎛ uv ⎞ de incerteza
= ⎜ ⎟ + 3× ⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ + 2 × ⎜ ⎟
1 25 10

[ Solução padrãoHPLC] ⎜⎝ [ Soluçãomãe padrão] ⎟⎠ ⎝ v1 ⎠ ⎝ v25 ⎠ ⎝ v10 ⎠


Quantificar os
2 2 2 2 Componentes
usolução padrão HPLC ⎛ 0,0032 ⎞ ⎛ 0,00564 ⎞ ⎛ 0,0288 ⎞ ⎛ 0,0252 ⎞
= ⎜ ⎟ + 3 × ⎜ +
⎟ ⎜ ⎟ + 2 × ⎜ ⎟ de incerteza
0,0004 ⎝ 100 ⎠ ⎝ 1 ⎠ ⎝ 25 ⎠ ⎝ 10 ⎠
Calcular a
usolução padrão HPLC = 0,0004 × 1,024 ×10−9 + 0,0000954 + 0,00000133 + 0,0000127 incerteza
combinada

Calcular a incerteza
usolução padrão HPLC = 0,0004 × 0,0001094 = 0,0004 × 0,0104 = 0,00000416 mg / mL
expandida

Analisar as
contribuições
de incerteza

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Passo 4 : Calcular a incerteza combinada (continuação)
Método por simulação (Método de Kragten)

Este método é muito cômodo mas apresenta limitações:


z y equacionável
¾VERIFICAR O RESULTADO
zy = f(xi) linear
z ou u(xi) pequeno em relação a xi

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Roteiro do Cálculo de Incertezas
1. Especificar o mensurando;
2. Identificar as fontes de incerteza;
3. Quantificar os componentes de
incerteza;
4. Calcular a incerteza combinada;
5. Calcular a incerteza expandida;
6. Analisar as contribuições de incerteza.

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Passo 5 : Calcular a incerteza expandida
Esta fase corresponde, conforme equação abaixo, em multiplicar
a incerteza padrão combinada pelo fator de abrangência k escolhido
a fim de obter uma incerteza expandida. A incerteza expandida fornece
um intervalo que abrange uma grande fração da distribuição de valores
que podem razoavelmente ser atribuídos ao mensurando.
Intervalos de confiança :
zU = k uc 99,73 % : 3 σ : k=3

95,45 % : 2 σ : k=2
onde :
z U : Incerteza expandida
z uc : incerteza combinada
z k : Fator de abrangência

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Passo 5 : Calcular a incerteza expandida
(continuação)
Grau de liberdade efetivo

z Ao adotar o nível de confiança de 95,45 % (≈


95%), k será igual a 2 para quase todos os fins.
z Porém, quando o número de graus de liberdade
for pequeno, este valor de k deverá ser
calculado, devido ao valor k=2, nestes casos, ser
insuficiente. Isto acontece na prática quando a
contribuição dos componentes de tipo A é
significativa em relação à incerteza combinada.

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Passo 5 : Calcular a incerteza expandida
Grau de liberdade efetivo (continuação)
z Calcula-se o grau de liberdade efetivo que é o
número de graus de liberdade associado à incerteza
padrão combinada, utilizando a equação de Welch-
Satterthwaite : onde :
z νef : número de graus
de liberdade efetivo

( uc )
4
zνi : número de graus

ν ef = de liberdade associado
a cada incerteza
n (u )
4


i z Tipo A : v = (n-1) (n:

i =1 νi número de medições)
z Tipo B : v → ∞6

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Passo 5 : Calcular a incerteza expandida (continuação)
Determinação do fator de abrangência :
Tabela de Student para 95,45 % de confiança
νef t95(u) νef t95(u) νef t95(u)

1 13,97 10 2,28 35 2,07

2 4,53 12 2,23 40 2,06

3 3,31 14 2,20 45 2,06

4 2,87 16 2,17 50 2,05

5 2,65 18 2,15 60 2,04

6 2,52 20 2,13 80 2,03

7 2,43 25 2,11 100 2,02

8 2,37 30 2,09 > 100 2,00

Slide 087

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Passo 5 : Calcular a incerteza expandida (continuação)
Expressão da incerteza expandida

No máximo com 2 dígitos significativos.

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Especificar o
mensurando

Identificar as fontes
Consideramos o fator K=2,0. de incerteza
Conseqüentemente :

U[ ácido fólico] = 2 × 5,95= 11,9 µ g /100 g amostra Quantificar os


µ g /100 g amostra
Componentes
de incerteza
Conforme já mencionado, temos que acrescentar agora o componente de
incerteza devido a recuperação :
Calcular a
U TOTAL [ácido fólico] = (11,9 + 6, 28) µ g /100 g amostra Incerteza combinada
µ g / 100 g amostra

Calcular a
UTOTAL[ ácido fólico] = 18 µ g /100 g amostra incerteza
µ g /100 g amostra expandida

Analisar as
contribuições
de incerteza

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Passo 6 : Análise das contribuições

Incertezas relativas [Fe] no mix

Amostra sem branco

Branco

Amostra + Branco

Linearidade ICP Baird


Repetitividade ICP Varian

Variação recuperação

Concentração amostra

Padrão Fe

0 0,02 0,04 0,06 0,08

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Apresentação dos resultados

R = q ±U
Acrescentar a observação de que a incerteza expandida
relatada é baseada em uma incerteza padrão combinada
multiplicada por um fator de abrangência correspondendo a
um nível de confiança de 95 % (ou 99 %).

Exemplo :

[x] = 1,2152 ± 0,12 g/mL [x] = 1,22 ± 0,12 g/mL

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Incertezas em
Microbiologia

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Incertezas em microbiologia (1/4)
z ISO 19036 : “Microbiology of food and animal feeding stuffs --
Guidelines for measurement uncertainty for quantitative determinations”
: sendo redigido.
z Primeiras bases lançadas :
– Equação básica : z
y = Fc = F
v
– Sendo que :
– Y : concentração da amostra (partículas/volume)
– F : fator de diluição
– z : número de partículas contadas
– v : volume final

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Incertezas em microbiologia (2/4)
z Equação simplificada Incerteza
relativa : 2 2 2 2
uy ⎛u ⎞ ⎛u ⎞ ⎛u ⎞ ⎛ u ⎞
= ⎜ F ⎟ +⎜ z ⎟ +⎜ v ⎟ +⎜ R ⎟
y ⎝ F ⎠ ⎝ z ⎠ ⎝ v ⎠ ⎝ 100 ⎠
z Sendo as incertezas relativas
seguintes :
– u(Y)/y : da concentração da
amostra (partículas/volume)
– u(F)/F : do fator de diluição
– u(v) : do volume final
– u(R): da repetitividade ou
reprodutibilidade
– u(z)/z : do número de
⎛ uz ⎞ 1 n − k 1 1 1
2
partículas contadas
(obedecendo à distribuição ⎜ ⎟ = + = + −
Poisson / Binomial, sendo : ⎝ z ⎠ z kn z k n
z n: Número de partículas
esperadas
z k: Número de partículas
confirmadas

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Incertezas em microbiologia (3/4)
Poderão ser levados em conta alguns componentes tais
como :

z efeito pessoal da contagem ;


z efeito matriz;
z instabilidade da amostra entre a amostragem e a
análise;

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Incertezas em microbiologia (4/4)

“Microbiological tests generally come


into the category of those that
preclude the rigorous, metrologically
and statistically valid calculation of
uncertainty of measurement.”

(Accreditation for Microbiological Laboratories – Pulblication


EA-04/10-Accreditation for Microbiological Laboratories ,
European co-operation for Accreditation, 2002)

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Quando não está em nosso
poder seguir o que é
verdadeiro, deveríamos seguir
o que é mais provável.
René Descartes
Matemático e filósofo
francês

1596-1650

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Muito Obrigado !!

Pierre Morel
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pajmorel@uol.com.br
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