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REFLEXÃO CRÍTICA DO LIVRO EU NUNCA LHE PROMETI UM JARDIM DE


ROSAS

O livro “Eu nunca lhe prometi um jardim de rosas” traz o relato de uma
Adolescente Deborah, de 16 anos, que vai ser internada em um hospital
psiquiátrico, com o diagnóstico de esquizofrenia.
Esquizofrenia é um transtorno mental que tem como característica a
desintegração dos processos de pensamento e a capacidade de resposta emocional. É
a cisão do mundo interno e externo, causa muito sofrimento, uma extrema dificuldade
em lidar com a realidade.
Tem como características, alterações na percepção ou expressão da realidade
e pensamentos negativos, geralmente as crises são acompanhadas de delírios,
alucinações e até mesmo a perda da consciência, altera toda a estrutura vivencial do
indivíduo que, muitas vezes, age como alguém que fica preso as suas fantasias e
desconsidera a razão.
Percebe-se que a família da adolescente teve forte participação no
desenvolvimento da doença desencadeada pela adolescente, um avô autoritário e
orgulhoso que não a permitia expressar seus sentimentos, o ambiente escolar e os
amigos que a hostilizavam por ser de origem judia, levando-se em conta as mudanças
típicas da fase de adolescência.
A leitura do livro me fez compreender o quanto o ser humano é frágil, se faz
necessário um comprometimento do profissional com o paciente, como um ser
biopsicossocial, um envolvimento profundo com o ser humano em sofrimento, levando
em conta toda sua historicidade, entre nós e o paciente apenas uma linha tênue separa
o normal do patológico.
Nosso compromisso enquanto profissionais é o de recuperar seus aspectos
humanos, acolher, fortalecer o ego trabalho este realizado pela psiquiatra
proporcionando a adolescente demonstrar afeto e carinho pela mesma.
Esclareceu-me as fases da doença até então para mim desconhecidos, e a
possibilidade de um acompanhamento fora de hospital psiquiátrico, a formação,
conhecimento, do psicólogo é de fundamental importância, para que seu trabalho
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alcance o momento esperando por ele e de certa forma do paciente que até então não
se dá conta de seu estado sendo que voltado para seu mundo interior.
Senti uma grande emoção quando a adolescente foi levada para ser
internada e na primeira entrevista quis parecer “normal” e em seguida demonstrou toda
sua fragilidade diante de uma crise, sua permanência no hospital e os enlaces que este
fato representou para a mesma, seu envolvimento com o trabalho realizado pela
psiquiatra, e o seu retorno ao mundo externo, fato este que ocorreu quando a
adolescente pediu para voltar para seu lar, a sensação é de liberdade, vitória,
reciprocidade.
Refleti sobre as internações que eram feitas em manicômios para segregar os
“doentes” da sociedade. Não havia controle de saúde mental. A loucura era uma questão
particular onde a as famílias eram responsáveis pelos membros portadores de doença
mental.
Graças ao movimento de luta antimanicomial, acontecido em 18 de maio de 1987,
a Reforma Sanitária Brasileira que deu origem ao SUS e a Reforma Psiquiátrica, definida
pela lei 10216 de 2001(Lei Paulo Delgado), foram abolidos os “depósitos de loucos” e os
procedimentos agressivos como o eletrochoque.
Conclui que é muito importante a escuta do ser humano que é estigmatizado e
rotulado pela sociedade, que está em constante sofrimento psíquico esperando por
ajuda. O paciente possui uma história singular, fato este ignorados pela sociedade por
falta de conhecimentos, nós como profissionais temos a obrigação de saber.
Nosso objetivo é ir além do diagnóstico, escutando, caminhando e resgatando
junto ao paciente seus aspectos humanos em situação patológica e quebrar ideias
cristalizadas, preconceitos e ideologias impostas pela sociedade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos


Mentais, 2° ed., 2008, Ed. Artmed, Porto Alegre, p. 327-332.

DANI,B.MOTIVACIONAL,ANTIMANICOMIAL,http://resumostgo.blogspot.com.br/
2013/05/o-movimento-antimanicomial-tem-o-dia-18.html

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