Sei sulla pagina 1di 9

Proteção de Barramento

Aplicação: Esquema de operação dos barramentos Simples,


Duplo, Disjuntor e meio
PM (4ª)
40 Aplicação: Transferência e sequência de disparo
14/12
Aplicação: proteção diferencial
Aplicação: proteção diferencial (reles com acopladores
lineares)

Atualmente a proteção diferencial de barra é uma função presente na maioria das instalações,
mas nem sempre isso ocorreu dessa forma. Nas instalações mais antigas a proteção da barra
era feita por meio dos reles de sobrecorrente que protegiam os alimentadores, ou seja,
tratava-se de uma proteção de retaguarda. Esse tipo de proteção apresentava portanto um
tempo de atuação mais longo e fazia com que os danos ao barramento fossem de maior
monta.

Atualmente, os reles de sobrecorrente localizados na extremidade remota dos alimentadores


ainda continuam atuando como proteção de retaguarda para faltas no barramento. Diversas
formas de proteção especificas para barramentos foram estudas e implantadas ao longo do
tempo. Neste texto tentaremos analisar as principais dessas técnicas de proteção de
barramentos.

Proteção por meio de reles de comparação direcional


Uma das dificuldades encontradas na proteção diferencial (conforme já vimos na proteção
diferencial de geradores e transformadores) vem a ser o casamento das correntes medidas
pelos TCs. Ou seja, os TCs precisam ser compatibilizados e sua conexão estudada
cuidadosamente. A impedância representada pelos cabos de conexão faz com que o “burden”
seja ele elevado e assim núcleos magnéticos maiores e mais caros são necessários.

Da mesma forma que foi feito na proteção de linhas com reles de sobrecorrente, reles
direcionais de sobrecorrente são ajustados para atuar a partir do dobro da corrente nominal
do alimentador correspondente.

Recordando – um rele direcional de sobrecorrente apresenta torque positivo apenas quando a


corrente circula em uma dada direção. A direção de atuação é definida a partir da escolha da
grandeza de polarização. Rever a questão sobre rele direcional apresentada na prova P1, onde
foi determinada a região de atuação e a corrente mínima de pickup.

Estando todos os reles de sobrecorrente direcionais apontando para o mesmo lado, isto é, os
contatos de atuação fecham quando as duas condições abaixo forem atendidas
simultaneamente:

· A corrente estiver entrando em direção ao barramento,

· A amplitude da corrente exceder ao valor de pickup


Ao conectar-se os contatos de atuação de todos os reles em série, tem-se que:

· Os reles só serão acionados para uma corrente acima de duas vezes a corrente
nominal do alimentador, ou seja, não serão acionados em condições de carga normal,

· Se houver corrente em pelo menos um dos alimentadores que esteja fluindo na


direção contrária à barra, o contato desse rele direcional ficará aberto e o disparo não
ocorrerá.

Esse tipo de esquema de proteção de barra requer um grande número de contatos em série, o
que pode dar origem a problemas de mal contato e falhas no funcionamento. A vantagem
reside no fato de poderem ser usados os TCs já existentes para a proteção dos alimentadores.

Outro risco de mal funcionamento decorre da necessidade de polarização dos reles direcionais
de sobrecorrente. No caso de uma falta em que não exista suficiente tensão para polarizar o
rele a operação pode falhar.

Proteção por meio de rele diferencial


O esquema de atuação de uma proteção diferencial de barra pode ser visto na figura. Caso
todas as corrente se orientem em direção à barra, não haverá outra trajetória para a corrente
secundária dos TCs, a não ser a passagem através do rele diferencial. Todos os TCs deverão
apresentar a mesma relação de transformação e conectados de forma que para uma corrente
de carga fluindo para fora da barra, não venha a existir corrente circulando pela bobina de
atuação do rele diferencial.

O problema com este esquema de proteção de barra decorre da componente unidirecional de


curto-circuito que provoca a saturação do núcleo dos TCs. (Isto já foi abordado no item
Modelagem de TCs (pagina 20 de aulas.pdf já distribuído). Para uma falta na barra, a corrente
que passa por cada TC vem a ser a contribuição ao urto-circuito através do alimentador
correspondente. Sendo o TC (e seu cabeamento) dimensionado para que não ocorra saturação
para correntes de até 20 vezes a corrente nominal, nenhum TC satura e a corrente é medida
adequadamente e a proteção pode atuar.
O problema ocorre quando o curto se dá fora da barra, nesse caso o TC do alimentador com
defeito irá ser atravessado não só pela corrente de contribuição circulando por esse
alimentador, mas sim pela soma da corrente de contribuição de todos os demais
alimentadores. Esse TC então pode acabar sendo percorrido por mais de 20 vezes a corrente
nominal e com isso entrar em saturação.

A impedância de magnetização irá depender da intensidade da saturação do núcleo do TC.

Se a saturação for muito intensa, o que depende essencialmente de:

· Intensidade da corrente através do TC,

· Fator X/R ou constante de tempo do circuito primário, valores típicos:

o Geradores e Motores – 200 a 300 ms,

o Transformadores – 40 a 60 ms,

o Linhas de transmissão e cabos – 10 ms.

Sendo a saturação muito intensa, a reatância do circuito de magnetização tende a zero. Nesse
caso, a corrente que passa pelo rele diferencial sofrerá uma redução, posto que parte da
corrente passará pelo circuito de magnetização. A corrente através do relé será dada por:

R2
Id = I
Rd + R2

Sendo R2 a soma da resistência do enrolamento secundário com a resistência do cabeamento


de conexão do TC.

Idealmente a corrente Id (através da bobina do rele diferencial) deveria ser nula. Conforme a
componente unidirecional se reduz e a corrente de falta se torna mais simétrica o valor de Id se
reduz. Mas nos primeiros ciclos, a amplitude dessa corrente se aproxima da amplitude da
corrente de defeito em termos do enrolamento secundário. Nesse caso o rele diferencial não
poderá ser de atuação instantânea. A adição de uma resistência em série com a bobina do rele
diferencial (isto é, aumentar o valor de Rd) permitiria minorar esse problema. Mas, o valor de
resistência a ser adicionado não pode ser muito elevado para evitar elevar em demasia a
tensão no secundário dos TCs. Apesar de ser possível a utilização de reles instantâneos com
algum cuidado, o usual é usar um rele temporizado com curva de atuação de tempo inverso.

Uma vantagem deste esquema é que os secundários dos TCs podem ser conectados em uma
caixa na SE e apenas os cabos de conexão ao rele diferencial precisam ser levados até a sala de
comando (ou seja, apenas 4 vias). Deve ser enfatizado que continua sendo necessário que os
secundários dos TCs sejam aterrados em um único ponto.

Proteção por meio de rele diferencial proporcional


A utilização de um rele diferencial proporcional tem a vantagem de a atuação depender da
relação entre duas correntes:

· Corrente de restrição – soma das correntes de todos os secundários,

· Corrente de atuação – corrente que circula na bobina de atuação, que é a diferença


entre as correntes entrando e saindo na barra.

Neste caso, o rele se torna insensível ao efeito dos erros de transformação dos TCs.

A desvantagem é a necessidade de levar todos os cabos de conexão dos TCs até a sala de
comando.

O rele Schweitzer SEL-487B é um exemplo desse tipo de rele.


O estudante deve notar no esquema indicativo das conexões dos TCs ao rele recomendado
pela Schweitzer, que:

· Duas zonas de proteção são delimitadas, sendo essas zonas definidas pelo disjuntor de
interligação (TIE),

· A localização dos TCs é sempre feita a jusante dos disjuntores que interromperão para
fazer o desligamento da zona de proteção (atentar para o detalhe dos TCs junto ao
disjuntor de interligação).

Proteção por meio de acopladores lineares


O problema da saturação dos TCs é eliminado quando se utilizam transformadores com núcleo
de ar (tipo bobina de Rogowsky). Nesse caso não há um circuito magnético e o acoplador
linear produz uma tensão da ordem de 5 V para cada 1000 A. Esse tipo de dispositivo pode
atuar com o secundário em circuito aberto sem qualquer problema.

A tensão produzida em cada acoplador é proporcional à corrente que passa pelo alimentador e
a polaridade depende da direção da corrente. Em operação normal, a soma da tensão
produzida pelo acoplamento do secundário dos acopladores lineares em série será nula (a
menos dos erros de fabricação, que são pequenos).

Uma falta fora da zona de proteção faz com que a tensão de saída de cada acoplador linear
aumente, mas ainda assim a soma tenderá a zero. Caso a falta ocorra dentro da zona de
proteção, todas as correntes fluirão para a barra e a soma das tensões não mais será nula.

Deve ser destacado que a corrente que pode ser fornecida pelo secundário dos acopladores
lineares é muito reduzida e assim o rele diferencial utilizado deve ser de impedância elevada.
Proteção por meio de reles de sobretensão
Uma variação da utilização dos acopladores lineares é feita com a utilização de um rele de
sobretensão conectado através de um retificador de onda completa. Nesse caso a impedância
do rele de sobretensão aparecerá como uma resistência no ramo diferencial do circuito e
tende a evitar o efeito da saturação. O ramo LC é ajustado de modo a que o circuito seja
sintonizado para ressonância série na frequência industrial, de modo que o rele só será
sensível à componente fundamental da corrente de falta. Para evitar que sobretensão elevada
possa ocorrer no secundário dos TCs um MOV é instalado em paralelo com o rele de
sobretensão.

O rele Schweitzer SEL-587Z é um exemplo desse tipo de rele.

Proteção por meio de reles usando transformador de casamento


Uma outra variação do uso dos acopladores lineares vem a ser a utilização de transformadores
de casamento. Essa técnica pode ser vista na linha de reles SIPROTEC 7SS60x.

O objetivo é reduzir a possibilidade de saturação nos TCs, uma preocupação sempre existente
nos esquemas de proteção diferencial. Reduzindo-se o comprimento do cabeamento, se reduz
o “burden” aplicado ao secundário do TC e com isso se reduz a possibilidade de ocorrência de
saturação.
Outra vantagem desta técnica é que diferentes TCs podem ser usados no mesmo circuito de
proteção diferencial. Assim, TCs com corrente nominal do enrolamento secundário de 1 A e 5
A podem ser usados juntos. Cada TC é conectado a um transformador de casamento que
converte a corrente nominal do secundário para 100 mA.

Em condições de falta fora da zona de proteção diferencial do barramento, a soma das


correntes entrando e saindo da barra será nula (a menos dos erros de relação e ângulo) e a
corrente medida na entrada Id do rele será também nula. A entrada Is utiliza um segundo
transformador auxiliar e converte os 100 mA dados pelo secundário de medição do
transformador de casamento em uma corrente continua de 1,9 mA, assim uma corrente de
restrição de 1,9 mA para cada alimentador é formada. Essa corrente de restrição serve para
evitar a atuação devido aos pequenos erros de relação de transformação dos TCs.

Sendo os transformadores de casamento instalados nas caixas de conexão próximas aos TCs, o
cabeamento é muito curto e por tanto o “burden” é reduzido. Apenas 4 vias (2 da corrente Id e
2 da corrente Is) precisam ser levados até a sala de reles.

Mas, o arranjo mostrado requer a utilização de 1 transformador de casamento para cada TC


(ou seja, 3 por alimentador). Foi criado um arranjo de transformador de casamento que
permite um único transformador de casamento por alimentador. As três correntes de fase são
convertidas em uma única corrente. Com isso se simplifica ainda mais o circuito de proteção.

Deve ser notado que a contribuição da corrente de cada fase para a corrente a ser injetada no
rele não é idêntica, devido à diferente relação de espiras de cada enrolamento do
transformador de casamento. A alteração do número de espiras dos enrolamentos de entrada
da corrente de fase (mantendo a relação 2:1:3) permite que se possa fazer com que a corrente
no secundário do transformador de casamento seja a mesma para diferentes relações de
transformação dos TCs.
Exercício
Para os casos de arranjos “Barra Dupla” e “Disjuntor e meio” indique em um diagrama
unifilar:

· As zonas de proteção definidas para a proteção diferencial de barra,

· A posição dos TCs e sua conexão aos reles de proteção de cada uma das zonas
definidas.

PM (2ª) –
41 Comissionamento e Verificação da Proteção
20/12

Potrebbero piacerti anche