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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

UFRB
Engenharia Mecânica
Disciplina: CET260 – Vibrações Mecânicas

Turma: T01

Trabalho N° 1.

Análise de Viga Bi-pinada.

Professor:
Eng. Dr. Abdon Tapia Tadeo.

Alunos:
1. – Fernanda Gonçalves Santos
2. - Lucas da Rocha de Melo
3. - Jonathan
4. - Neílton

Cruz das Almas


Março de 2018.
CET260: Vibrações Mecânicas.

Atividade avaliativa correspondente à disciplina CET260


– Vibrações Mecânicas, ministrada pelo professor
Dr .Abdon Tapia Tadeo na Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia no semestre de 2017.2.

Cruz das Almas – Bahia


Março de 2018

Prof. Eng. Dr. Abdon Tapia Tadeo – Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas - CETEC - UFRB
CET260: Vibrações Mecânicas.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4

2. OBJETIVOS .............................................................................................................................. 5

2.1 Objetivo Geral ......................................................................................................................................... 5


2.2 Objetivos Específicos .............................................................................................................................. 5
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................. 6

4. ANÁLISES E DISCUSSÕES ................................................................................................... 9

5. APLICAÇÃO PRÁTICA ................................................................................................................ 19

5.1. Equações e gráficos dos modos de vibrar: Primeiro ao quinto modo.................................................. 25


5.2. Equações de vibração livre relacionadas ao tempo: Primeiro ao quinto modo .................................. 27
6. CONCLUSÕES ....................................................................................................................... 32

7. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 33

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1. INTRODUÇÃO

As vigas são elementos muito importantes nos projetos estruturais, sendo


alguns deles formados totalmente por elementos do tipo viga. Uma viga pode ser
definida como um elemento cujo comprimento é muito maior que a seção transversal,
e são projetadas para suportar tração, flexão, compressão, cisalhamento e torção.
(BONATTO et. al, 2007).

As vigas podem ser classificadas de acordo com o modo pelo qual estão
ligadas, podendo ser: em balanço, bi-engastada, simplesmente apoiada (pinada) ou bi-
apoiada (pinada-pinada). (BEER, 1994).

Além de serem submetidos aos carregamentos estáticos os elementos do tipo


viga ainda são sujeitos aos esforços dinâmicos e excitações originadas por fatores
externos, tais como: o vento e desbalanceamento de eixos rotativos. Esses fatores
provocam vibrações nos elementos do sistema, essas vibrações devem ser
consideradas nos projetos de vigas, pois encurtam a vida do elemento ao longo do
tempo. (BONATTO et. al, 2007).

Vigas bi-apoiadas estão entre as estruturas mais simples e comuns nas


aplicações de problemas na engenharia, já que seu comportamento dinâmico não-
linear é adequadamente conhecido, apresentando soluções lineares e não-lineares
mais simples que outros tipos de vigas.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O presente trabalho possui como objetivo o projeto, a análise de um sistema de


vibração lateral em uma viga bi-pinada para elucidação de conteúdo dos alunos da
disciplina CET260 – Vibrações Mecânicas, ministrada pelo professor Dr. Abdon
Tapia Tadeo.

2.2 Objetivos Específicos

 Analisar o DCL da viga e demonstrar suas equações a partir da equação


de movimento;
 Encontrar as frequências naturais do sistema e seus respectivos modos
de vibração;
 Exibir animação no tempo que evidencie a mudança dos modos de vibrar
de forma mais clara.

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Vigas

Elementos comuns em estruturas de construções, torres e pontes, as vigas


apresentam comumente como característica seu formato reto e longo. Em boa parte
dos casos, as vigas apresentam as forças atuantes de forma perpendicular ao seu eixo,
onde somente flexão e cisalhamento são provocadas, porém, para o caso onde estas
forças não estejam em um ângulo reto com o seu eixo, podem ser produzidas também
esforços axiais.

Em relação aos carregamentos das vigas, eles podem variar sendo forças
externas concentradas, cargas externas distribuídas, momentos ou uma junção das
três variações citadas (CRAIG, 2003). Em relação aos suportes das vigas, também
chamados de vínculos, pode-se destacar três dos seus principais tipos, apoio simples,
articulação e engaste. No caso do apoio simples, o deslocamento perpendicular ao
plano de apoio é impedido, onde uma força é introduzida nesta direção, neste tipo de
vínculo a rotação é permitida. Diferente do apoio simples, na articulação o
deslocamento é impedido em qualquer direção do plano, então uma força é iniciada
em uma direção qualquer, neste tipo também é permitida a rotação. No caso do
vínculo do tipo engaste, diferente dos dois casos citados, o deslocamento e a rotação
serão nulos (CAMPANARI, 1985).

As vigas também podem ser nomeadas de acordo com as variações da


localização e disposição dos seus apoios. Um dos tipos mais populares são as vigas
bi-apoiadas, onde existe apenas uma barra com a presença de duas extremidades
vinculadas. Outro tipo comum são as bi-engastadas, como o nome já sugere, neste
sistema existe uma barra retilínea com engastes em suas extremidades. Também
existe um tipo que une um apoio e um engaste, cada um em uma extremidade da
barra retilínea, que recebe o nome de viga engastada e apoiada. Outro sistema
conhecido é um modelo onde uma das extremidades da barra é livre e a outra

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apresenta um engaste, neste caso recebe o nome de viga em balanço ou engastada


(BEER et al., 2003) (CAMPANARI, 1985).

A respeito da análise de vigas, Silva (2014) ressalta a importância do estudo da


sua teoria, destacando que para análise se considera os modelos de viga de Euler-
Bernoulli e de Timoshenko. A diferença mais acentuada entre os dois modelos
citados está na deformabilidade por corte, onde existe um desprezo para esta na teoria
de vigas de Euler-Bernoulli e uma consideração para esta no modelo de viga de
Timoshenko (SILVA, 2014).

Sobre a teoria de vigas de Euler-Bernoulli, pode-se considerar que esta é um


caso limite da teoria de Timoshenko à medida que a relação vão/altura apresenta
tendência para valores relativamente elevados. De forma resumida, na teórica clássica
de Euler-Bernoulli se considera vigas uniformes com comprimento longitudinal como
dimensão predominante, enquanto que o modelo de Timoshenko é mais adequado
para “vigas curtas” (SILVA, 2014).

3.2. Modelo de viga de Euler-Bernoulli

Segundo Han, Benaroya e Wei (1999) o modelo de viga de Euler-Bernoulli é


basicamente uma forma simplificada da teoria linear da elasticidade, onde através
desta é possível se obter meios para se calcular as características de deflexão de uma
viga sob carregamento.

Baseado na teórica de Euler-Bernoulli, o modelo de viga Euler-Bernoulli é um


dos mais simples para vigas retas e prismáticas, entre as principais premissas nas
quais a teoria da viga de Euller Bernoulli se baseia, Albuquerque e Kramar (2015)
destacam:

 Se considera o eixo longitudinal como reto, e a seção da viga com um


plano longitudinal de simetria, onde estará contida a resultante dos
carregamentos transversais;
 A seção transversal como constante ou com variações suaves;

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 Faces incialmente planas e perpendiculares ao eixo transversal


permanecendo planas e perpendiculares no estado deformado;
 A energia interna do elemento constituída apenas por energia devida à
flexão, onde ignorou-se energias de cisalhamento e forças axiais;
 Deslocamentos transversais, rotações e deformações com pequenas
medidas;
 O comportamento apresentando-se como elástico linear e homogêneo.

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4. ANÁLISES E DISCUSSÕES

Considerou-se, o formato da viga como na figura 01, onde mostra as vistas


frontal, superior e lateral. Ao lado das vistas, está o desenho em perspectiva da viga
pinada-pinada.

Figura 01: Vistas da viga pinada-pinada.

DADOS:

𝑘𝑔
𝜌 = 7870
𝑚3

𝐸 = 210 𝐺𝑃𝑎

𝑙 =1𝑚

𝑓 = 0,1 𝑚 (comprimento do lado da área de seção transversal quadrada da viga)


𝑎. 𝑏 3 0,14
𝐼= = = 0,0052083 𝑚4
12 12

𝐴 = 0,01 𝑚²

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Analisando uma viga bi pinada, como na figura 1, onde se percebe o diagrama


de corpo livre de uma viga onde 𝑀(𝑥, 𝑡) é o momento fletor, 𝑉(𝑥, 𝑡)é a força de
cisalhamento e 𝑓(𝑥, 𝑡) é a força externa por unidade de comprimento da viga.

Figura 1: Diagrama de Corpo Livre para um elemento dx da viga bi-pinada. (RAO, 2009).

A força de inércia (que é igual a massa x área) que age sobre o elemento da
viga é:

𝜕2 𝑤
𝜌𝐴(𝑥 )𝑑𝑥 (𝑥, 𝑡) (1)
𝜕𝑡 2

A partir da segunda Lei de Newton a equação de movimento da força na


direção z é dada por:

2
𝜕 𝑤
∑ 𝐹𝑧 = 𝜌𝐴(𝑥)𝑑𝑥 2 (𝑥, 𝑡)
𝜕𝑡
𝜕2 𝑤
−(𝑉 + 𝑑𝑉) + 𝑓(𝑥, 𝑡)𝑑𝑥 + 𝑉 = 𝜌𝐴(𝑥)𝑑𝑥 (𝑥, 𝑡) (2)
𝜕𝑡 2

Onde 𝐴(𝑥 ) é a área da seção transversal da viga e 𝜌 é a densidade da massa.

Considerando o somatório dos momentos, a equação de movimento do


momento em relação ao eixo y que passa pelo ponto O da figura tem como resultado:

𝑑𝑥
(𝑀 + 𝑑𝑀) − (𝑉 + 𝑑𝑉)𝑑𝑥 + 𝑓(𝑥, 𝑡)𝑑𝑥. −𝑀 =0 (3)
2

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Para o caso onde a viga é simplesmente apoiada, uma das condições é dinâmica,
𝑀 = 0, que diz que o momento na extremidade é nulo.

Onde:

𝜕𝑉 𝜕𝑀
𝑑𝑉 = 𝑑𝑥 (4) e 𝑑𝑀 = 𝑑𝑥 (5)
𝜕𝑥 𝜕𝑥

Então, substituindo (4) e (5) em (2):

𝜕𝑉 𝜕2𝑤
− (𝑉 + 𝑑𝑥 ) + 𝑓(𝑥, 𝑡)𝑑𝑥 + 𝑉 = 𝜌𝐴(𝑥)𝑑𝑥 2 (𝑥, 𝑡)
𝜕𝑥 𝜕𝑡

E não levando em consideração os termos que envolvem potências ao quadrado


de 𝑑𝑥, dessa maneira simplificando a equação 2, temos a equação 6.

𝜕𝑉 𝜕2 𝑤
− (𝑥, 𝑡) + 𝑓(𝑥, 𝑡) = 𝜌𝐴(𝑥) (𝑥, 𝑡) (6)
𝜕𝑥 𝜕𝑡 2

E substituindo a (4) e (5) em (3), simplificando a equação, temos a equação 7.

𝜕𝑀 𝜕𝑉 𝑑𝑥
(𝑀 + 𝑑𝑥) − (𝑉 + 𝑑𝑥) 𝑑𝑥 + 𝑓(𝑥, 𝑡)𝑑𝑥. −𝑀 =0
𝜕𝑥 𝜕𝑥 2

𝜕𝑀
(𝑥, 𝑡) − 𝑉(𝑥, 𝑡) = 0
𝜕𝑥
𝜕𝑀
𝑉= (𝑥, 𝑡) (7)
𝜕𝑥

Substituindo a Equação (7) na Equação (6), temos a equação (8).

𝜕2 𝑀 𝜕2 𝑤
− 2
(𝑥, 𝑡) + 𝑓(𝑥, 𝑡) = 𝜌𝐴(𝑥) (𝑥, 𝑡) (8)
𝜕𝑥 𝜕𝑡 2

Pela teoria de Euler-Bernoulli ou teoria de viga delgada ou final a relação entre


o momento fletor e a deflexão pode ser escrita pela Equação (9):

𝜕2 𝑤
𝑀(𝑥, 𝑡) = 𝐸𝑙(𝑥) (𝑥, 𝑡) (9)
𝜕𝑡 2

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Onde 𝑙(𝑥) é o momento de inércia de área da seção transversal da viga em


relação ao eixo 𝑦 e 𝐸 é o módulo de Young.

Substituindo a Equação 9 na Equação 8, tem-se a equação de movimento para a


vibração lateral forçada de uma viga não uniforme:

𝜕2 𝜕2 𝑤 𝜕2 𝑤
2
[𝐸𝑙(𝑥) (𝑥, 𝑡)] + 𝜌𝐴(𝑥) (𝑥, 𝑡) = 𝑓(𝑥, 𝑡) (10)
𝜕𝑥 𝜕𝑡 2 𝜕𝑡 2

Para uma viga uniforme, considerando que as propriedades geométricas e do


material são constantes na direção x, então a Equação 10 reduz-se a Equação (11):

𝜕4 𝑤 𝜕2 𝑤
𝐸𝑙(𝑥) (𝑥, 𝑡) + 𝜌𝐴(𝑥) (𝑥, 𝑡) = 𝑓(𝑥, 𝑡) (11)
𝜕𝑡 4 𝜕𝑡 2

Para vibração livre, 𝑓(𝑥, 𝑡) = 0 assim, a equação de movimento torna-se:

𝜕4 𝑤 𝜕2 𝑤
𝑐² (𝑥, 𝑡) + (𝑥, 𝑡) = 0 (12)
𝜕𝑡 4 𝜕𝑡 2

Onde:

𝐸𝐼
𝑐=√ (13)
𝜌𝐴

Isto corresponde exatamente a encontrar solução por separação de variáveis.


Isto é, vamos procurar soluções de (10) na forma

𝑤(𝑥, 𝑡) = 𝑊(𝑥)𝑇(𝑡) (14)

Substituindo a equação (14) na equação (12) e rearranjando os termos, tem-se:

𝑐 2 𝑑 4 𝑊(𝑥) 1 𝑑 2 𝑇(𝑡)
=− = 𝑎 = 𝑤2 (15)
𝑊(𝑥) 𝑑𝑥 4 𝑇(𝑡) 𝑑𝑡 2

Onde 𝑎 = 𝑤 2 é uma constante maior que zero. A Equação 15 pode ser escrita
de duas maneiras:

𝑑 4 𝑊(𝑥)
− 𝛽 4 𝑊(𝑥) = 0 (16)
𝑑𝑥 4

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𝑑 2 𝑇(𝑡)
+ 𝜔2 𝑇(𝑡) = 0 (17)
𝑑𝑡 2

Onde,

𝜔2 𝜌𝐴𝜔2
𝛽4 = = (18)
𝑐2 𝐸𝐼

Resolvendo a equação 17, tem-se:

𝑇(𝑡) = 𝐴 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡) + 𝐵 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡) (19)

Na qual A e B são valores que são determinados pelas condições iniciais, que
correspondem à configuração inicial e a velocidade inicial da viga, que são dadas
pelas equações 20, 21 e 22.

𝑇 = 0; (20)

𝑤(𝑥, 0) = 𝑊0 (𝑥) (21)


𝑤̇ (𝑥, 0) = 𝑊̇ 0 (𝑥) (22)

Substituindo o valor da Eq. 18 na Eq. 16, então temos a Equação 23.

𝜕4 𝑊(𝑥) 𝜔 2
−( ) 𝑊 =0 (23)
𝜕𝑥 4 𝑐

Para solucionar a Equação 16, considera-se:

𝑊(𝑥) = 𝐶𝑒 𝑠𝑥 (24)

Com,

𝜔 2 𝜔 2
𝑠4 = ( ) (25) 𝛽 4 = ( ) = 𝑠 4 (26)
𝑐 𝑐

C e s são constantes. Assim, a equação auxiliar se reduz a:

𝑠4 − 𝛽4 = 0 (27)

Cujas raízes são:

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𝑠1,2 = ±𝛽 𝑠3,4 = ±𝑖𝛽 (28)

Com 𝑖 2 = −1

Consequentemente, a solução da Equação 13 é dada por:

𝑊(𝑥) = 𝐶1 𝑒 𝛽𝑥 + 𝐶2 𝑒 −𝛽𝑥 + 𝐶3 𝑒 𝑖𝛽𝑥 + 𝐶4 𝑒 −𝑖𝛽𝑥 (29)

Onde 𝐶1 , 𝐶2 , 𝐶3 , 𝐶4 são constantes. Outra maneira de expressar essa equação é:

𝑊(𝑥) = 𝐶1 𝑐𝑜𝑠𝛽𝑥 + 𝐶2 𝑠𝑒𝑛𝛽𝑥 + 𝐶3 𝑐𝑜𝑠ℎ𝛽𝑥 + 𝐶4 𝑠𝑒𝑛ℎ𝛽𝑥 (30)

As funções 𝑊(𝑥) devem satisfazer as condições de contorno. Impondo essas


condições, obtemos uma equação que determina uma infinidade de soluções 𝛽:

𝛽1 ≤ 𝛽2 ≤ ⋯ ≤ 𝛽𝑛 ≤ ⋯

Em que para cada 𝛽𝑛 se determinam constantes (não todas nulas) 𝑎1𝑛 ; 𝑎2𝑛 ; 𝑎3𝑛 e
𝑎4𝑛 que define uma função não nula (autofunção).

𝑊𝑛 (𝑥) = 𝑎1𝑛 𝑐𝑜𝑠𝛽𝑥 + 𝑎2𝑛 𝑠𝑒𝑛𝛽𝑥 + 𝑎3𝑛 𝑐𝑜𝑠ℎ𝛽𝑥 + 𝑎4𝑛 𝑠𝑒𝑛ℎ𝛽𝑥 (31)

Satisfazendo as condições de ortogonalidade

𝑙
∫0 𝜌𝐴𝑊𝑚 (𝑥)𝑊𝑛 (𝑥) 𝑑𝑥 = 𝛿𝑚𝑛 (32)

Também, a cada 𝛽𝑛 , corresponde um autovalor 𝜆𝑛 = 𝛽𝑛4 que por sua vez, de


(19) fornece uma correspondente função do tempo

𝑇𝑛 (𝑡) = 𝐴𝑛 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑛 𝑡) + 𝐵𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑛 𝑡) (33)

Temos finalmente, para cada 𝑛 ≥ 1, uma solução da equação (10) na forma de


produto

𝑤𝑛 (𝑥, 𝑡) = (𝐴𝑛 cos(𝜔𝑛 𝑡) + 𝐵𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑛 𝑡))𝑊𝑛 (𝑥) (34)

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Onde as constantes 𝐴𝑛 e 𝐵𝑛 são determinadas a partir das condições iniciais,


por integração termo a termo, usando o fato de que as autofunções 𝑊𝑛 (𝑥) são
ortogonais.

Os valores dos C’s, em (30), são determinados a partir das condições de


contorno.

As frequências naturais da viga são calculadas pela equação (35):

𝐸𝐼 𝐸𝐼
𝜔 = 𝛽2√ = (𝛽𝑙)²√ (35)
𝜌𝐴 𝜌𝐴𝑙 4

𝜔 é denominada frequência natural de vibração e 𝑊(𝑥) é a função


característica da viga. Para qualquer que seja a viga, haverá infinitos valores de
modos normais para uma mesma frequência natural associada. As constantes C’s nas
equações acima, e o valor de β na Equação 𝑑 = 𝑚/𝑣 são determinados a partir das
condições de contorno da viga.

Condições de Contorno

No estabelecimento de um problema clássico típico para uma viga de


comprimento l modelada pela equação (10), são necessárias quatro condições de
contorno, duas em cada extremidade, 𝑥 = 0 e 𝑥 = 𝑙, pois ocorrem derivadas de até
quarta ordem no tempo. Considerando uma viga bi pinada, as condições de contorno
a serem aplicadas são:

𝑊(0) = 0 (36)

𝑑2𝑊
(0) = 0 (37)
𝑑𝑥 2

𝑊(𝑙) = 0 (38)

𝑑2𝑊
(𝑙) = 0 (39)
𝑑𝑥 2

Lembrando que,

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𝑒 𝑥 −𝑒 −𝑥
𝑠𝑒𝑛ℎ𝑥 = (40)
2

𝑒 𝑥 +𝑒 −𝑥
𝑐𝑜𝑠ℎ = (41)
2

As condições de contorno são características do problema. Elas são geralmente


𝜕𝑤(𝑥,𝑡)
dadas em termos da deflexão 𝑤(𝑥, 𝑡)da inclinação em relação a configuração
𝜕𝑥

de referência da viga (no repouso), do momento 𝑀(𝑥, 𝑡).

Aplicando a condição (36) na equação (30):

0 = 𝐶1 𝑐𝑜𝑠(𝑜) + 𝐶3 𝑐𝑜𝑠ℎ(0)

Assim,

0 = 𝐶1 + 𝐶3 (42)

Aplicando a condição (37) na equação (30), temos:

A 1ª derivada da equação (30) é dada por:

𝑑𝑊
= −𝐶1 𝛽 sin 𝛽𝑥 + 𝐶2 𝛽 cos 𝛽𝑥 − 𝐶3 𝛽 sinh 𝛽𝑥 + 𝐶4 𝛽 cosh 𝛽𝑥
𝑑𝑥

E a 2ª derivada é dada por:

𝑑2𝑊
= −𝐶1 𝛽 2 cos 𝛽𝑥 − 𝐶2 𝛽 2 sin 𝛽𝑥 − 𝐶3 𝛽 2 cosh 𝛽𝑥 − 𝐶4 𝛽 2 sinh 𝛽𝑥
𝑑𝑥 2

Então,

𝑑2𝑊
2
(0) = 0 = −𝐶1 𝛽 2 − 𝐶3 𝛽 2
𝑑𝑥

0 = −𝛽 2 (𝐶1 + 𝐶3 ) (43)

Para satisfazer a equação (42) e a equação (43), assume-se que:

𝐶1 = 𝐶3 = 0 (44)

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Assim a equação (30) se reduz a:

𝑊(𝑥) = 𝐶2 𝑠𝑖𝑛𝛽𝑥 + 𝐶4 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑥 (45)

Aplicando a condição de contorno (38) na equação (45), temos:

𝑊(𝑙) = 0 = 𝐶2 𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 + 𝐶4 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙 (46)

Aplicando a condição de contorno (39) na equação (45), temos a Eq. 47:

𝑑2𝑊
(𝑙) = 0 = −𝐶2 𝛽 2 𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 − 𝐶4 𝛽 2 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙 (47)
𝑑𝑥 2

Simplificando, temos a Eq. 48.

0 = −𝛽 2 (𝐶2 𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 + 𝐶4 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙) (48)

Montando a equação (48) na forma matricial:

𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙 𝐶2 0
| | { }=( )
𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙 𝐶4 0

Montando o sistema com as equações (47) e (48):

𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙
| | (49)
𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙

Para a solução do sistema (49), fazemos 𝑑𝑒𝑡 = 0:

𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙. 𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 − 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙. 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙 = 0

𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙. 𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 = 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙. 𝑠𝑖𝑛ℎ𝛽𝑙 (50)

Para que as condições (46) e (48) sejam satisfeitas na Equação (45), então:

𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙. 𝑠𝑖𝑛ℎ(𝛽𝑙) = 0 (51)

Como 𝑠𝑖𝑛ℎ(𝛽𝑙) > 0 para qualquer valor de 𝛽𝑙 ≠ 0

Então a Equação Transcendental de vibração para uma viga bi pinada é dada


por:

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𝑠𝑒𝑛𝛽𝑙 = 0 (52)

Como 𝑠𝑖𝑛𝛽𝑙 = 0, portanto, as únicas raízes que satisfazem essa equação são:

𝛽𝑛 𝑙 = 𝑛𝜋 , 𝑛 = 1,2,3 …

Modos de vibração e Equação de frequência natural

Para 𝑛 ≥ 1, a função 𝑊𝑛 (𝑥) de (31) é denominada o n-ésimo modo de vibração


e o correspondente valor 𝜔𝑛

𝐸𝐼
𝜔𝑛 = 𝛽𝑛 2 √ (53)
𝜌𝐴

Obtido de (35) é a n-ésima frequência natural ou pulsação própria do problema.

O problema da viga pinada-pinada nesse caso consiste de resolver a equação


aplicando as condições de contorno fornecidas pelas equações (36), (37), (38) e (39),
satisfazendo as condições iniciais.

Isto é, se 𝑠𝑒𝑛𝛽 = 0, ou seja, se 𝛽 = 𝛽𝑛 = 𝑛𝜋, 𝑛 ≥ 1 e daí, o n-ésimo modo


de vibração da viga pinada-pinada é

𝑊𝑛 (𝑥) = 𝐶𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝜋𝑥) (54)

Ou seja,

𝑊𝑛 (𝑥) = 𝐶𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥) (55)

E as frequências naturais:

𝐸𝐼
𝜔𝑛 = (𝑛𝜋)2 √ (56)
𝜌𝐴

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5. APLICAÇÃO PRÁTICA
Abaixo estão às cinco primeiras frequências naturais de uma viga uniforme de
aço SAE 1045, com os dados citados no começo do relatório, que está sujeita à
vibração.

Considerando a equação transcendental (52) e levando em conta as raízes que


satisfazem a equação, então para o exemplo dado, temos que:

𝛽𝑛 𝑙 = 𝑛𝜋 ; para 𝑛 = 1,2,3,4 𝑒 5

Assim, as frequências naturais como mostrada na equação (56), é:

𝐸𝐼
𝜔𝑛 = (𝑛𝜋)2 √
𝜌𝐴

𝐸𝐼
𝜔1 = (𝑛𝜋)2 (√ ) = (𝜋. 1)2 . (149,118) = 1471,741 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝜌𝐴

𝐸𝐼
𝜔2 = (𝑛𝜋)2 (√ ) = (2𝜋. 1)2 . (149,118) = 5886,964 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝜌𝐴

𝐸𝐼
𝜔3 = (𝑛𝜋)2 (√ ) = (3𝜋. 1)2 . (149,118) = 13245,669 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝜌𝐴

𝐸𝐼
𝜔4 = (𝑛𝜋)2 (√ ) = (4𝜋. 1)2 . (149,118) = 23547,856 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝜌𝐴

𝐸𝐼
𝜔5 = (𝑛𝜋)2 (√ ) = (5𝜋. 1)2 . (149,118) = 36793,525 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝜌𝐴

Para determinar os modos de vibrar, foi utilizado o software MatLab, onde compilou-
se um programa com a forma.

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O n-ésimo modo de vibração


Seja,

𝑤𝑛 (𝑥, 𝑡) = 𝑊𝑛 (𝑥) 𝑇𝑛 (𝑡) (57)

Da equação (33):

𝑇𝑛 (𝑡) = 𝐴𝑛 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑛 𝑡) + 𝐵𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑛 𝑡)

Queremos determinar os valores das constantes 𝐴𝑛 e 𝐵𝑛 .

Utilizando a primeira condição inicial:

𝑤̇ (0) = 0 (58)

Aplicamos em (57), 𝑤𝑛 (𝑥, 𝑡):


𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
𝑤𝑛 (𝑥, 𝑡) = 𝑊𝑛 (𝑥) [𝐴𝑛 cos ( ) + 𝐵𝑛 sin ( )] (59)
𝑙 𝑙

Derivando (59), temos que:


𝑛𝜋 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋 𝑛𝜋𝑥
𝑤̇𝑛 (𝑥, 𝑡) = 𝑊𝑛 (𝑥) [−𝐴𝑛 sin ( ) + 𝐵𝑛 cos ( )] (60)
𝑙 𝑙 𝑙 𝑙

Aplicando a condição inicial (58):


𝑛𝜋 𝑛𝜋
𝑤̇𝑛 (0) = 𝑊𝑛 (𝑥) [−𝐴𝑛 sin(0) + 𝐵𝑛 cos(0)] = 0 (61)
𝑙 𝑙

Como sin(0) = 0 e cos(0) = 1, então:


𝑛𝜋
𝑊𝑛 (𝑥) (𝐵𝑛 )=0 (62)
𝑙

Como 𝑊𝑛 (𝑥) ≠ 0, 𝑛 ≠ 0 e 𝑙 ≠ 0.

Então 𝑩𝒏 = 𝟎.

Agora queremos encontrar o valor de 𝑨𝒏 . Dessa forma, atribuímos uma função


inicial para uma viga, sendo esta, a mostrada na figura abaixo.

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Figura 2: Condição inicial para 𝑊0 (𝑥)

Seja a equação de 2º grau da forma:

𝑦(𝑥) = −𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 (63)

De acordo com a figura, temos três pontos: (0,0) , (1,0) e (0,5;0,5). Então, para
encontrar a função que represente esse gráfico, temos que:

Substituindo o ponto (0,0) na equação (63), então:

0 = −𝑎02 + 𝑏0 + 𝑐

Logo, indica que, 𝒄 = 𝟎.

Substituindo o ponto (1,0) na equação (63), temos que:

−𝑎 + 𝑏 = 0  𝑎=𝑏 (64)

E, utilizando o ponto (0,5;0,5) em (63), temos:

−0,25𝑎 + 0,5𝑏 = 0,5 (65)

De (64), substituindo na equação (65), assim:

−0,25𝑎 + 0,5𝑎 = 0,5

0,25𝑎 = 0,5

𝒂=𝟐

Então de (64):

𝒃=𝟐

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Sendo assim temos que a equação de 2º grau que representa o modelo da viga
é:

𝑦(𝑥) = 𝑊0 (𝑥) = −2𝑥 2 + 2𝑥 (66)

Partindo da equação 8.33 do livro Rao, para determinar o valor de 𝑨𝒏 :


2 𝑙
𝐴𝑛 = ∫0 𝑊0 (𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 (67)
𝑙

Substituindo a Equação (66) temos:

2 𝑙
𝐴𝑛 = ∫ (−2𝑥 2 + 2𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥
𝑙 0
−4 𝑙 4 𝑙
𝐴𝑛 =
𝑙
∫0 𝑥 2 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 + 𝑙 ∫0 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 (68)

Utilizando o método de integração por partes para integrar a primeira parte da


equação (68), fazendo:
1
𝑢 = 𝑥 2 , 𝑑𝑢 = 2𝑥𝑑𝑥, 𝑑𝑣 = 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 e 𝑣 = − 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥),
𝛽𝑛

Temos:
𝑙 𝑥2 𝑙 2𝑥
∫0 𝑥 2 𝑠𝑖𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 = − 𝛽 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) + ∫0 𝛽 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 (69)
𝑛 𝑛

Aplicando novamente a integração por partes em (69):


𝑙
2𝑥
∫ 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥
0 𝛽𝑛

Onde:
1
𝑢 = 𝑥, 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥, 𝑑𝑣 = 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 e 𝑣 = 𝑠𝑖𝑛(𝛽𝑛 𝑥):
𝛽𝑛

Assim,
𝑙 𝑙
𝑥² 2 𝑥 1
∫ 𝑥 2 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 = − 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) + { [ 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥) − ∫ 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥]}
0 𝛽𝑛 𝛽𝑛 𝛽𝑛 0 𝛽𝑛

𝑙 𝑥² 2 𝑥 1 2
∫0 𝑥 2 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 = − 𝛽 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) + {𝛽 [𝛽 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥) + (𝛽 ) 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥)]} (70)
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛

Integrando a segunda parte da equação (68), utilizando o método da integração


por partes, fazendo:

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1
𝑢 = 𝑥, 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥, 𝑑𝑣 = 𝑠𝑖𝑛(𝛽𝑛 𝑥) e 𝑣 = − 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥)
𝛽𝑛

Então,
𝑙 𝑙
𝑥 1
∫ 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 = − 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) + ∫ 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥
0 𝛽𝑛 0 𝛽𝑛

𝑙 𝑥 1 2
∫0 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)𝑑𝑥 = − 𝛽 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) + (𝛽 ) 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥) (71)
𝑛 𝑛

Substituindo as equações (71) e (70) em (68):


4 𝑥2 2𝑥 1 3 4 𝑥 1 2
𝐴𝑛 = − [− 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥) + 2 ( ) 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥)] + [− 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) + ( ) 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)]
𝑙 𝛽𝑛 𝛽𝑛 ² 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝛽𝑛

Reescrevendo:
4𝑥 2 8𝑥 8 4𝑥 4
𝐴𝑛 = 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) − 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥) − 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) − 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 𝑥) + 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑛 𝑥)
𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛2 𝑙 𝛽𝑛 ³𝑙 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛2 𝑙
(72)

Utilizando o limite de integração: 𝑥 = 0 𝑎𝑡é 𝑥 = 𝑙:


4 8 8 4 4 8
𝐴𝑛 = 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑛 ) − 2 𝑠𝑒𝑛 (𝛽𝑛 ) − 3 𝑐𝑜𝑠 (𝛽𝑛 ) − 𝑐𝑜𝑠 (𝛽𝑛 ) + 2 𝑠𝑒𝑛 (𝛽𝑛 ) + 3 (73)
𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙

Dessa maneira, a equação (73) representa o caso geral, assim, fazendo para
n=1,2,3,4 e 5. E considerando que o comprimento da viga seja 𝑙 = 1.

Para o primeiro modo, fazemos 𝑛 = 1 e 𝑙 = 1


16
𝐴1 =
𝜋3
Para o segundo modo, fazemos 𝑛 = 2 e 𝑙 = 1

𝐴2 = 0

Para o terceiro modo, fazemos 𝑛 = 3 e 𝑙 = 1


16
𝐴3 =
27𝜋 3
Para o quarto modo, fazemos 𝑛 = 4 e 𝑙 = 1

𝐴4 = 0

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Para o quinto modo, fazemos 𝑛 = 5 e 𝑙 = 1


16
𝐴5 =
125𝜋 3
Então, para um caso geral, temos que:
4 8 8 4 4 8
𝑐𝑜𝑠(𝑛𝜋) − 2 𝑠𝑒𝑛 (𝑛𝜋) − 3 𝑐𝑜𝑠 (𝑛𝜋) − 𝑐𝑜𝑠 (𝑛𝜋) + 2 𝑠𝑒𝑛 (𝑛𝜋) + 3
𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙 𝛽𝑛 𝑙
2
𝐴𝑛 = 8𝑙
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑛 = 1,3,5, … (Í𝑚𝑝𝑎𝑟)
𝑛3 𝜋3
{ 0 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑛 = 2,4,6, … (𝑃𝑎𝑟)

Assim, para 𝑛 = 2,4,6, … (𝑃𝑎𝑟), a solução 𝑤𝑛 (𝑥, 𝑡) não é excitada, pois para
qualquer valor de 𝑛 par, o 𝐴𝑛 = 0.

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5.1. Equações e gráficos dos modos de vibrar: Primeiro ao


quinto modo

Abaixo estão as funções que serão representadas no MATLAB, do primeiro


modo até o quinto modo de vibrar.

16
𝑊1 (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝜋𝑥)
𝜋3

Figura 4: Primeiro modo

% Grafico W(x)
x = 0 : 0.01 : 1;
y=(16./(pi.^3)).*(sin(pi.*x));
plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.8 0.8]);

𝑊2 (𝑥) = 0

Figura 5: Segundo modo

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% Grafico W(x)
x = 0 : 0.01 : 1;
y=0.*(sin(pi.*x));
plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.8 0.8]);

16
𝑊3 (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(3𝜋𝑥)
27𝜋 3

Figura 6: Terceiro modo

% Grafico W(x)
x = 0 : 0.01 : 1;
y=(16./(27.*(pi.^3))).*(sin(3.*pi.*x));
plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.8 0.8]);

𝑊4 (𝑥) = 0

Figura 7: Quarto modo

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% Grafico W(x)
x = 0 : 0.01 : 1;
y=0.*(sin(pi.*x));
plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.8 0.8]);

16
𝑊5 (𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(5𝜋𝑥)
125𝜋 3

Figura 8: Quinto modo

% Grafico W(x)
x = 0 : 0.01 : 1;
y=(16./(125.*(pi.^3))).*(sin(5.*pi.*x));
plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.01 0.01]);

5.2. Equações de vibração livre relacionadas ao tempo:


Primeiro ao quinto modo

De acordo com a equação abaixo, podemos representar os modos de vibrar em


relação ao tempo.

𝜔𝑛 (𝑥, 𝑡) = 𝑊𝑛 (𝑥) 𝑇𝑛 (𝑡)

Então, para o primeiro modo temos a seguinte equação representando.

16
𝜔1 (𝑥, 𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(𝜋𝑥) 𝑐𝑜𝑠(𝜔1 𝑡)
𝜋3

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Figura 9: Gráfico da equação de vibração livre para o primeiro modo de vibrar

% Animaçao 2D w(x,t)
x = 0 : 0.1 : 1;
figure (1)
for t = 1 : 0.001 : 20
y=(16./(pi.^3)).*(sin(pi.*x)).*(cos(1471.741.*t));
plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.8 0.8]);
M(t) = getframe;
end
movie(M,10,20);

Para o segundo modo temos a seguinte equação de vibração livre .

𝜔2 (𝑥, 𝑡) = 0

Figura 10: Gráfico da equação de vibração livre para o segundo modo de vibrar

% Animaçao 2D w(x,t)
x = 0 : 0.1 : 1;
figure (1)
for t = 1 : 0.001 : 20
y=0.*(sin(2.*pi.*x)).*(cos(5886.964.*t));
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plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.8 0.8]);
M(t) = getframe;
end
CET260: Vibrações Mecânicas.

Para o terceiro modo, temos a seguinte equação vibração livre.

16
𝜔3 (𝑥, 𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(3𝜋𝑥) 𝑐𝑜𝑠(𝜔3 𝑡)
27𝜋 3

Figura 11: Gráfico da equação de vibração livre para o terceiro modo de vibrar

% Animaçao 2D w(x,t)
x = 0 : 0.001 : 1;
figure (1)
for t = 1 : 1 : 20
y=(16./(27.*(pi.^3))).*(sin(3.*pi.*x)).*(cos(13245.669.*t));
plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.03 0.03]);
M(t) = getframe;
end
movie(M,10,20);

Para o quarto modo a seguinte equação representando.

𝜔4 (𝑥, 𝑡) = 0

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Figura 12: Gráfico da equação de vibração livre para o terceiro modo de vibrar

% Animaçao 2D w(x,t)
x = 0 : 0.001 : 1;
figure (1)
for t = 1 : 1 : 20
y=0.*(pi.^3).*(sin(4.*pi.*x)).*(cos(23547.856 .*t));
plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.03 0.03]);
M(t) = getframe;
end
movie(M,10,20);

Para o quinto modo a seguinte equação representando.


16
𝜔5 (𝑥, 𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(5𝜋𝑥) 𝑐𝑜𝑠(𝜔5 𝑡)
125𝜋 3

Figura 13: Gráfico da equação de vibração livre para o quinto modo de vibrar

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CET260: Vibrações Mecânicas.

% Animaçao 2D w(x,t)
x = 0 : 0.001 : 1;
figure (1)
for t = 1 : 1 : 20
y=(16./(125.*(pi.^3))).*(sin(5.*pi.*x)).*(cos(36793.525.*t));
plot(x,y,'lineWidth',1.8);
axis ([0 1 -0.03 0.03]);
M(t) = getframe;
end
movie(M,10,20);

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6. CONCLUSÕES
Neste trabalho foi apresentado um estudo da dinâmica de uma viga pinada-
pinada, sendo considerada apenas vibração livre. Onde foram determinadas a equação
modal e a equação para o cálculo das frequências naturais.

Para encontrar os modos de vibração e suas respectivas frequências naturais


utilizou-se o método de Euler-Bernoulli. Os resultados para os modos de vibração da
estrutura ao longo de seu comprimento foram estudados pela função correspondente à
variação espacial deste método.

As frequências de vibração foram determinadas a partir da função que descreve


o movimento oscilatório da viga bi-apoiada com a função do tempo.
Foi utilizado o software Matlab com o objetivo de produzir os gráficos dos
modos de vibrar e também a animação com a equação relacionada ao tempo. Sendo
possível observar que para a condição de deslocamento inicial estabelecida na parte
prática os modos de vibrar permaneceram estáticos quando n é par.

Dessa maneira, houve um melhor entendimento com relação à equação de


movimento, frequências naturais, as frequências de vibração e o modo de vibrar de
uma vida pinada-pinada.

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7. BIBLIOGRAFIA

IME, USP. Elementos de um Sistema Mecânico.


<https://www.ime.usp.br/~oda/contents/01Matem%E1tica/01Sistemas%20Din%E2m
icos/04_Elem_Sist_Mec.pdf> Acesso em: 29 de Julho de 2017.

KOMATSU. Amortecimento Viscoso.


<http://appl.komatsu.com.br/userfiles/image/Pc/10.JPG> Acesso em 29 de Julho de
2017.

RAO, Singiresu. Vibrações Mecânicas – 4ª edição. Editora Pearson Prentice Hall.


São Paulo, 2009.

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