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Algumas notas
↘ Técnica Delphi
Técnica Delphi
A técnica delphi foi usada pela primeira vez pela Instituição RAND (projetos de defesa
militar da força aérea dos EUA) nos anos 50 para ajudar identificar a capacidade que os
soviéticos tinham para destruir alvos estratégicos americanos.
A técnica Delphi foi desenvolvida no início dos anos 60, por Olaf Helmer e Norman
Dalker, investigadores da Rand Corporation, na Califórnia, com o objetivo de
desenvolver uma técnica para refinar a opinião especializada no âmbito da investigação
tecnológica.
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A técnica Delphi é considerada como uma forma eficaz para medir e obter o consenso
do grupo, consultas de especialistas relativamente a eventos futuros através de um
questionário.
(Wright, 2000)
A Técnica Delphi consiste num conjunto de procedimentos interativos aplicados a um
grupo, constituído por especialistas cuidadosamente selecionados pela sua experiência,
não presencial com o objetivo de obter a opinião consensual sobre uma matéria ou um
conjunto de matérias para as quais se dispõe de dados insuficientes ou contraditórios.
(Justo, 1995)
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c) painel é o conjunto de especialistas que farão parte do Delphi;
Número de participantes
A dimensão do painel e a sua heterogeneidade dependem do objetivo do projeto, do
desenho selecionado e do período de tempo para a recolha de dados.
(Keeney et al., 2001
Técnica de Delphi
É uma técnica não interativa, na qual o grupo não se reúne, e que funciona da seguinte
forma:
1.º - São enviados questionários a cada especialista selecionado, normalmente sobre
um cenário (por exemplo, o tipo de competências para um enfermeiro especialista
em…).
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2.º - Depois de respondidos os questionários são analisados e são resumidas as
principais conclusões por parte da equipa que lidera a técnica.
3.º - Os questionários voltam aos especialistas, que têm oportunidade de rever as
respostas e alterá-las, se for necessário. Se uma resposta varia muito em relação às do
resto do grupo, o seu autor terá que justificar a sua divergência de opinião.
4.º - O processo de resumo e revisão repete-se até se atingir o consenso entre todos os
especialistas.
Nota: O número de rondas varia em função dos objetivos, do número de retornos
necessários e da obtenção de consenso absoluto ou por maioria.
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Etapas do método Delphi
Fonte: Munaretto, L.F., Corrêa, H.L. e Cunha, J.A.C. (2013). Um estudo sobre as características
do método Delphi e de grupo focal, como técnicas na obtenção de dados em pesquisas
exploratórias. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, 6(1) p. 09-24.
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As respostas individuais às questões apresentadas em diferentes questionários permitem uma
“resposta estatística de grupo”, que garante um resultado final do grupo de participantes para
análise sobre consenso obtido.
Critérios de Consenso
Consenso Definição
(Goossen, 2000)
Níveis de Consenso
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Todos os participantes concordam ou discordam
Consenso perfeito
completamente com a questão
Keeney (2006) refere que não há diretrizes reconhecidas para um nível adequado de consenso.
O ponto de vista de alguns dos autores, como Loughlin e Moore (1979) sugeriu que o consenso
deve ser equiparado a 51%, em contraste, com Green et al. (1999) que empregou um nível de
consenso de 80%. Sugere, ainda, que a boa prática para pesquisa é o investigador estabelecer
uma definição de consenso antes de começar a colheita de dados, considerando a exigência de
75% de consenso parecer o mais robusto.
Algumas Limitações
Complexidade na aplicação
Demorado (rondas)
Trabalhoso (feedback)
Técnica delphi
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Fonte: Carter e Beaulieu (1992, p.5)
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por outras técnicas, combinando as vantagens da entrevista não diretiva e da
observação.
A técnica dos Grupos Focais pode ser utilizada como técnica de pesquisa exploratória
para o levantamento de dados preliminares sobre determinado objeto de pesquisa.
O Focus group em conjunto com outros métodos pode ser utilizado como:
Uma pesquisa preliminar para preparar questões específicas num grande
projeto;
Uma pesquisa para esclarecer resultados de outros dados.
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→ Seleção da equipa de colaboradores, do local de realização, da forma de
recrutamento e incentivos à participação.
۩ Sessões (onde se inclui o recrutamento e a moderação)
۩ Análise de dados.
Mediador
A função-chave da técnica
A qualidade dos dados e das informações no Focus Group (FG) está intimamente ligada
ao desempenho do mediador (moderador), que se expressa :
(a) no favorecimento da integração dos participantes;
(b) na garantia de oportunidades idênticas para todos;
(c) no controlo do tempo de fala de cada participante e de duração do FG;
(d) no incentivo e/ou arrefecimento dos debates;
(e) na valorização da diversidade de opiniões;
(f) no respeito à forma de falar dos participantes; e
(g) na abstenção de posturas influenciadoras e formadoras de opinião.
Relator
Anotar as falas, nominando-as, associando-as aos motivos que as incitaram
Registar a linguagem não-verbal dos participantes, como, por exemplo, tom de
voz, expressões faciais e gestos
Observador
A sua função tem como objetivo analisar e avaliar o processo de condução do FG,
atendo-se aos participantes isoladamente e nas suas relações com o Mediador, Relator
e Operador de Gravação.
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Na análise dos dados:
(i) o moderador é o principal responsável pela análise dos dados, na medida em
que ele possui informação privilegiada sobre as expressões faciais, o tom de voz
usado pelos participantes, o contexto das falas e o clima da discussão;
(ii) na transcrição das discussões gravadas deve ser elaborado um plano descritivo
das falas, que consiste na apresentação das ideias expressas, bem como nos
apoios e destaques para diferenças entre as opiniões e discursos do focus group;
(iii) a análise deve ser realizada tão cedo quanto possível, para se extrair tudo o que
parecer mais relevante e associado com o tema ou com a categoria pré-
estabelecida.
(Galego e Gomes, 2005)
O número de grupos varia em função das reuniões estarem ou não a produzir novas
idéias.
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Quando o moderador pode antecipar com clareza o que será dito no próximo grupo,
então, a pesquisa está encerrada, o que normalmente ocorre após o terceiro ou quarto
grupo ou sessão.
(Krueger, 1994; Greenbaum, 1993)
A escolha dos participantes deve ser feita de acordo com o propósito da pesquisa.
Os fatores discriminantes mais utilizados na formação dos grupos (entre 6 e 12
participantes) são:
⌘ Classificação sócio-económica
⌘ Sexo
⌘ Faixa etária
⌘ Escolaridade
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۞ A forma de interpretação dos grupos focais. O que está em causa é o problema
da relação entre factos e valores (Smith, 1994).
۞ Limitações de se comparar resultados dos grupos focais com os gerados por
outras técnicas de investigação.
(Gondim, 2003, p.158-160)
⇛ Flexibilidade do formato
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ALGUMA BIBLIOGRAFIA
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