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jila caliban

em colaboração com Luiz Coelho

se aqui

há um inferno
duvido

só fui o que criei

acesso de todas
as portas

sou de todas
as cruzes

a passagem

que importa se
é verdade?

caminho qualquer caminho

um de muitos

também me chamam
guardião

acordam pra que coma


o que nunca dorme

se aceita a devoração
dos devotos não deixa

que o cariá
vos foda

o diabo prometeu
mas sou
quem recebe a oferta

e divide o dízimo

a cara
grande não

é maior
a máscara

do boca que tudo engole

os dentes duram
no osso largo que mastiga

nessa rua
cheia

algum deus

míngua
o ualuá cheiroso

o beijo
de nenhum deles

não
vale o mijo

da mula que cavalga


a noite

cada caveira que lamba


a própria caceta

a passear os cães
na clavícula da madrugada

10

eu vim
naquela vez
não deu

11

voltei

mas dessa vez


deu ruim

12

virei
novamente

e não vai
ter volta

: vou comer
vocês tudinho

13

que batismo quê


ó dai-me um nome

o balanço dos dias


aqui não faz cadeira

ó boca que tudo engole


há pelo meio um certo?

inventei trabalho
correndo uns cafundós

dos cu de judas
nesses mundos de deus quem

em depois ideei salário


que pelo reto deu um desvio

a quê me serviu?

acorda cadáver
e dê logo paga à feira

essa que serve a qualquer um


gusa

ó gusa,
meu senhor
ó gusa,
meu marido

és do ferro o divino

a mão que alimenta


violenta a pata que pune

a pia da casa tem água


prefere banhar-se com sangue

cancela não deixe o inimigo passar

ó gusa,
meu senhor
seja um amigo esta noite

diurna é a poda da grama


diária é a paga do dano

ó gusa,
senhor do machete bígamo

mesmo tendo roupa em casa


tua cintura prefere a ráfia

a ira seu corpo encapa

quando sua é o seu uniforme


uma camisa de sangue

senhor gusa desceu


mas tem guarda a caserna no céu

todos sabem que lá


é o dono da casa assombrada

ó senhor cheira a suor


suas mãos tremem as moedas

ó gusa, seja abundante


a conta do ferro é sete

ó senhor da plenitude
mina o caminho de casa

ó gusa, seja bondoso


traga fortuna à morada

a seiva que cai do tronco


é o que oferta o carpinteiro

assim o gusa tatua


a oferta do caracol

10

o gusa gosta comer


o sacrifício do bode

se o cará está cozido


o gusa também aprecia

11

arrojado

toma a coroa e não usa


sabe o córneo dos carneiros

se te amam, ai gusa
fazem do cortejo dos cães

o apelo que salva os pescoços

12

se o que se diz é verdade


quando gusa veio ao mundo
pediu primeiro o vinho da palmeira

se o que se diz é verdade

vende um malê e vende o próprio amigo


depois toma e fica com tudo

se o que se diz é verdade

13

ê! não use espadas se for brincar


com o deus do ferro

digo, não brinque nem brigue com ele


o corpo do gusa não sabe sorrir

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