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Asfixiologia Forense
Conceito
Fases da anóxia
o 1ª fase
Cerebral (1 a 2 minutos)
Vertigem, zumbidos, angústia etc.
Após 1,5 min aproximadamente, perda da consciência, bradipnéia e taquisfigmia
(aumento da frequência de pulso)
o 2ª fase
Excitação cortical e medular (duração 1 a 2 min)
Convulsões no rosto, extremidades e músculos respiratórios
Aumento da secreção salivar e suor
Relaxamento dos esfíncteres
Pode haver ereção e ejaculação
A sensibilidade e os movimentos reflexos desaparecem progressivamente
Fase cianótica
Bradicardia e aumento da PA
o 3ª fase
Fase respiratória (1 a 2 min)
Bradipnéia
Insuficiência ventricular direita
o 4ª fase
Fase cardíaca (3 a 5 min)
Sofrimento miocárdico
Batimentos irregulares, tornando-se cada vez mais fracos e imperceptíveis
Aula 3 – Medicina Legal
Sinais de asfixia
o Fenômenos cadavéricos
Livores (manchas de hipóstase) mais precoces, mais escuros e mais extensos, devido à
fluidez sanguínea = acúmulo do sangue no local de maior declive (se normalmente fica em
decúbito dorsal, maior parte vai estar no dorso). Em regiões comprimidas não acumula
livor (peças íntimas).
Máscara equimótica de Morestin ou cianose ou congestão cervico-facial (mais comum na
compressão torácica) sufocação indireta.
Na face, pescoço e parte superior do tórax, uma coloração violácea uniforme (obs.:
não confundir com Livor (ex. afogado na primeira fase de afundamento, a cabeça
fica mais baixa que o resto do corpo, portanto o sangue se acumula na cabeça)).
Resfriamento do corpo mais demorado (a fluidez sanguínea mantém o corpo quente),
exceto no afogamento
Putrefação surge mais rapidamente, devido à fluidez do sangue
Rigidez cadavérica se instala lentamente, embora forma intensa e prolongada, exceto
afogamento.
o Sinais externos
Conjuntivas congestas
Equimose subconjuntival (mais comum pós RCP)
Exoftalmia (mais comum no enforcado)
Protrusão da língua (mais comum no enforcado)
Petéquias e equimoses na cabeça e pescoço
Equimoses nas mucosas (conjuntiva e lábios)
Rompimento capilar
Obs.: pode haver equimose de conjuntiva após ressuscitação cardiopulmonar
Cogumelo de espuma recobrindo narinas e boca e se continua nas vias aéreas inferiores
(obs.: aparece também nas mortes por edema agudo de pulmão e precedida de intensas
convulsões) líquido + ar vindo da porção respiratória. Mais fácil de ver no afogado.
o Sinais internos
Espuma arejada na laringe, traqueia e brônquios
Os pulmões asfíxicos são geralmente congestionados e hiperemiados
À palpação e ao corte, comprova-se um certo grau de edema
Há também um enfisema, tanto alveolar generalizado, como intersticial localizado,
que resulta dos grandes esforços respiratórios (subpleural).
No interior do parênquima se observam núcleos com derrame de sangue, que
resultam da ruptura de septos inter-alveolares machas na superfície pulmonar.
Congestão polivisceral: fígado e mesentério
Baço com pouco sangue (contrações durante a asfixia)
Aula 3 – Medicina Legal
o Sufocação posicional
Impedimento dos movimentos respiratórios por fadiga aguda dos músculos respiratórios,
seguida de apnéia e anóxia
Exemplos: crucificação, posicionamento demorado do indivíduo de cabeça para baixo
o Lesões externas
Um dos sinais mais importantes é a mascara equimótica de morestin ou cianose cervicofacial
Produzida pelo refluxo de sangue da veia cava superior
o Lesões internas
Pulmões distendidos (sinal de Valentin), congestões, com sufusões hemorrágicas
subpleurais, podendo haver rupturas
Fígado congesto
Sangue do coração escuro e fluido
Pode haver fratura dos arcos costais
o Diagnóstico
História da vítima: se estava em grande aglomeração, queda de peso sobre o corpo, em RN
causado pelas mãos ou peso de alguém.
Lesões anatomo-patológicas externas ou internas observadas durante o exame clinico ou
necropsia
Soterramento
o Sufocação indireta (compressão torácica)
o Sufocação direta (obstrução das VAS ou de seus orifícios por material granular)
o Confinamento
o Ação contundente
o Soterramento propriamente dito (obstrução por partículas na árvore respiratória)
o Desabamento: confinamento, ação traumática, choque hemorrágico, sufocação indireta
Presença de material estranho nas vias respiratórias e digestivas depende do ato vital de
respiração e deglutição
Lesões traumáticas de várias espécies
Afogamento
o Respiração em meio líquido
o A submersão não é condição única, pois basta que os orifícios aéreos estejam em contato com o
líquido e este chegue aos pulmões
o Forma freqüente de suicídio e de acidente
o Não esquecer a simulação de afogamento (imersão de cadáver) para encobrir homicídio
o Tipos
Afogamento azul, real ou submersão-asfixia
Penetração de líquidos nas VA
90% dos afogamentos
Afogamento branco ou submersão-inibição
Queda de surpresa
Temperatura da água muito baixa
Depressão dos centros nervosos (álcool)
Morte por excitação do vago e conseqüente parada cardiorrrespiratória por inibição
Não tem água na via aérea
Embora esteja em meio liquido, não morreu pela aspiração do mesmo
Aula 3 – Medicina Legal
o Fenômenos cadavéricos
Livores mais precoces, rosados e de grande extensão (como nas asfixias em geral) devido à
fluidez sanguinea
Resfriamento cadavérico mais rápido ( ao contrario das demais asfixias)
Rigidez se instala mais rapidamente (ao contrário das asfixias em geral)
Putrefação demora na água fria (contrário das demais asfixias), mas o corpo se decompõe
logo após ser retirado da água
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Tortura da água
- considera-se cobrir a cabeça com tecido que absorve água jogada em cima
- sensação de afogamento
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Enforcamento constrição do pescoço exercida por laço preso a um ponto fixo, sobre o qual exerce tração o peso
do próprio corpo.
Impedimento à livre entrada e saída de ar no aparelho respiratório por uma constrição no pescoço feita por
um laço que é acionado pelo peso da própria vítima
Causada geralmente por uma corda em forma de laço corrediço presa a um ponto fixo por uma de suas
extremidades e sobre a qual se faz a tração pelo próprio peso do corpo
Forma frequente de suicídio, mas pode ser acidental, homicida, suplício ou resultar de uma simulação de
homicídio.
Formas: completo (quando o corpo fica suspenso sem que a ponta dos pés, nem nenhuma outra parte do
mesmo toque o chão ou outro objeto), incompleto (quando o corpo encosta em algum objeto), simétrico (aquele
produzido por um nó situado na linha média, na parte anterior ou posterior do pescoço), assimétrico (quando o nó
está lateralmente situado).
Quanto menos comprimido ou quando um dos lados não está comprimido, vc comprime só as veias e as
artérias não são comprimidas, causando mais congestão;
MECANISMO DE MORTE
-Asfixia: Devido a compressão sobre o hióide, que é deslocado pra trás, causando retropulsão da língua que,
ao aplicar-se sobre a parede posterior da faringe, oclui o orifício superior da faringe, oclui o orifício superior da
laringe, impedindo a entrada de ar nos pulmões.
É rara a compressão direta da traqueia ou laringe, pois em consequência da elasticidade da pele, o peso do
corpo faz com que o laço se desloque para cima, ficando numa posição muito elevada.
Em pesquisas com animais, mesmo os traqueostomizados podem morrer por enforcamento (OBSTRUÇÃO É
TAMBÉM VASCULAR E NERVOSA).
- Mecanismo nervoso: as ações sobre o sistema nervoso que colaboram na produção da morte são, a ação
vagal por estímulo direto do laço sobre os pneumogástricos, causando transtornos respiratórios e cardíacos, ação
inibitória reflexa, com ponto de partida em uma contusão laríngea ou na estimulação do seio carotídeo, ação sobre a
porção cervical da medula e do bulbo (apenas no enforcamento-suplício), em consequência das luxações ou fraturas
cervicais.
- Compressão vascular: a constrição do pescoço pelo laço, dá lugar a uma compressão dos vasos cervicais. É
também causa da perda brusca da consciência mesmo nas suspensões incompletas. A pressão necessária para
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obstruir as jugulares é 2kg, carótidas 5kg, traquéia 15 kg, artérias vertebrais 30kg. Ou seja, mesmo quando não atua
todo o peso do corpo, se origina uma pressão suficiente para causar transtorno respiratório-cerebral
FASE CEREBRAL Anóxia estimula SNC que se manifesta com zumbidos, visão se luz cintilante, angustia,
perda da consciência
FASE CONVULSIVA também derivada da estimulação cerebral, convulsões na face, musculos respiratórios
e extremidades, possível emissão de urina/fezes/ejaculação, lesões traumáticas externas por colisão com o meio.
FASE ASFIXICA depressão das funções cerebrais, coma profundo, cianose intensa com respiração
superficial e lenta, relaxamento muscular e perda de reflexos. Fase irreversível, a morte é aparente.
FASE DE MORTE REAL desaparecimento de sinais vitais, morte pode ser rápida (inibição) ou demorar de 5
a 10 minutos.
SINAIS INTERNOS: coração com estase, isquemia venosa, isquemia cerebral, linha argentina (ao dissecar a
pele da face anterior do pescoço na sal face interna, uma linha esbranquiçada ou pálida que aparece de forma
coincidente com a posiçaõ do sulco na sua face externa. Pela compressão), lesão vasculares (sinal de Amussat e de
Otto) rotura transversal na túnica interna da carótica (Amussat) ou da jugular (Otto), encontradas abaixo da
bifurcação das carótidas, produzidas tanto no enforcamento vital quanto no posmortal mas só no primeiro caso há
sufusões hemorrágicas (Sinal de Friedberg)(É RARO), equimoses e hematomas: nas partes moles do pescoço
afetadas pela constrição do laço encontramos equimoses de diversos tamanhos, rupturas musculares
(esternocleidomastoideo e outros da região cervical e se houver extravasamento hemorrágico é porque foi em vida),
lesões laríngeas (raras mas quando existem estão nos cornos da cartilagem tireoide e do osso hioide, geralmente são
fraturas e luxações pela compressão contra a coluna, mais comum no estrangulamento, onde a compressão se faz
um pouco mais abaixo), lesões de coluna (raras nos enforcamentos suicidas e são mais características no suplício por
causa da violência de sua execução).
Enforcados:
o Tipos:
Enforcado azul:
Não há compressão total do feixe vásculo-nervoso, deixando passar o sangue
para a cabeça, sem possibilidade de retorno;
Cianose facial, equimoses subconjuntivais e transtornos circulatórios;
O nó geralmente está na lateral do pescoço;
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Enforcado branco:
Morte por reflexo inibidor (shock inibitório);
A compressão vásculo-nervosa lateral faz-se por igual, impedindo a entrada e a
saída de sangue do tórax para a cabeça, produzindo-se uma isquemia cerebral;
No na região posterior do pescoço;
Problemas médico-legais:
o A morte foi devida ao enforcamento? Ou seja, o enforcamento foi em vida ou o cadáver foi
suspenso para simular suicídio?
o Para responder, temos que distinguir 3 grupos de sinais:
Sinais que demonstram que o sujeito esteve pendurado: o sulco e as lesões internas do
pescoço. De lembrar que estas últimas são praticamente idênticas no enforcamento e
estrangulamento;
o Estrangulamento simulado como enforcamento;
o Sinais que indicam que o sujeito estava vivo ao ser pendurado: são as equimoses e
hematomas nas partes moles do pescoço, com sangue coagulado e aderido às malhas do
tecido, as fraturas laríngeas, infiltrados da mesma ordem dos descolamentos vasculares, etc.
Infelizmente não estão sempre presentes, pelo que sua ausência não exclui este diagnóstico;
Choking game:
o Já causou a morte de muitos jovens nos USA, sendo que, em 87% dos casos, as vítimas
tinham entre 11 e 16 anos;
o A maior parte das mortes aconteceu quando os jovens tentaram estrangular a si mesmos, sem
a ajuda de amigos;
o Consiste em aplicar pressão com as mãos ou ligadura, para limitar o fluxo de sangue ao
cérebro;
o A restrição de oxigênio cria a sensação desejada de euforia;
o Quando a vítima perde os sentidos, solta-se a pressão e consegue-se a euforia secundária do
fluxo repentino de sangue ao cérebro;
o Se a vítima está só quando perde a consciência, não há quem solte a pressão e pode
acontecer a morte;
o Possíveis sinais da prática do “choking game” são:
Marcas no pescoço;
Fortes dores de cabeça e desorientação;
Cordas ou cintos atados aos móveis do quarto;
Presença injustificada de coleiras de cachorros nos armários;
Asfixia auto-erótica:
o Indução, pelo próprio individuo, de um estado de asfixia cerebral enquanto se masturba;
o É conseguido através da constricção do pescoço por um cinto, um laço ou suspensão por uma
árvore ou um toalheiro no banheiro;
o EUA 500 a 1000 mortes por ano;
o O fluxo sanguíneo cerebral é restringido parcialmente, resultando em falta de oxigênio, o que
diminui a inibição cortical normal;
o Resulta num orgasmo mais intenso;
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Estrangulamento
Impedimento da entrada do ar nas VR, feita por um instrumento apertado em volta do pescoço, por
forças atuantes em suas extremidades, em sentidos opostos;
O acidente e o suicídio nesta modalidade são raríssimos;
Asfixia erótica:
o É a pratica de asfixiar por estrangulamento ou por sufocação do parceiro durante a penetração
sexual;
o Diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro aumenta o prazer sexual;
o Parafilia: estímulo sexual pouco usual;
Mecanismo de morte:
o Asfixia:
Desempenha um papel importante que no enforcamento, já que o laço se aplica
geralmente na altura da laringe ou da traqueia, sendo que para obstruir as mesmas é
suficiente uma compressão de 15 ou 20 kg;
o Compressão dos vasos do pescoço:
Afeta habitualmente as jugulares e as carótidas e, menos frequentemente, as vertebrais,
pelo que predominam os fenômenos congestivos sobre os anêmicos;
o Reflexo inibitório mortal:
Em consequência da aplicação de força sobre a laringe, por estimulo das terminações
nervosas laríngeas do pneumogástrico;
Fases:
Resistência, perda de consciência, convulsão, morte aparente e morte real;
Sinais externos:
o Congestão conjuntival;
o Mascara equimótica;
o Otorragia;
o Rinorragia;
o Lesões resultantes da resistência da vítima:
Feridas contusas na cabeça;
Equimoses e marcas de unhas ao redor da boca (tentativa de abafar os gritos da
vítima);
Lesões de defesa nas mãos e antebraços;
Estrias ungueais no pescoço;
Vitima tentando arrancar o laço;
o Sulco cervical:
Ausente muito raramente;
Quando o estrangulamento foi produzido por laços largos, frouxos e flexíveis, mantidos
por pouco tempo, deixam uma impressão tão leve, que chega a passar despercebida;
Situado num nível bastante baixo, frequentemente na altura da laringe (abaixo da
cartilagem tireoide);
Pode ser único, duplo ou múltiplo;
Direção típica horizontal...
Profundidade uniforme, ou seja, dá toda a volta ao pescoço, faltando a interrupção do
nó dos enforcados. Mas pode haver interrupções por interposições de corpos estranhos
(roupas) ou por tratar-se de laços não homogêneos;
Quase sempre é pálido e suave, já que, pela pouca escoriação, apergaminham-se raras
vezes. Os bordos são mais violáceos que o fundo e podem apresentar...
Pode ter estrangulamento acidental;
Sinais internos:
o Hemorragia das partes moles do pescoço;
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o Lesões vasculares;
Esganadura