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DIMENSIONAMENTO

DO PAVIMENTO
FLEXÍVEL
Prof. Heber Oliveira
Módulo: Dimensionamento do Pavimento Flexível

Sumário
1. Introdução
2. Tráfego
3. Materiais
4. Dimensionamento
- Pavimentos novos (DNIT)
- Reforço e restauração (DNIT)

1
TRÁFEGO

1. Introdução

2
1. Introdução
- Tráfego: um dos mais importantes fatores no projeto de
pavimentos.
- Avaliação e determinação: tarefa complexa e uma das
maiores dificuldades no projeto de dimensionamento
dos pavimentos:
- Heterogeneidade das configurações dos eixos dos
veículos que compõem a frota;
- Variações:
- das cargas de eixo e pressões dos pneus, e
variações destas ao longo do período de projeto;
- na velocidade das cargas de eixo (geometria da
via e volume de tráfego).

1. Introdução
- Os procedimentos de avaliação do efeito do tráfego têm
evoluído substancialmente.

- Na década de 50: dimensionamento feito com o objetivo de


evitar que uma carga de certa magnitude (carga máxima
de projeto) levasse a estrutura à falha completa.

- Procurava-se evitar os danos causados pela repetição das


cargas inferiores à máxima através da consideração de um
acréscimo à carga máxima de projeto.

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1. Introdução
- Os seguintes aspectos devem ser levados em conta quando
se considera o tráfego:
- Magnitude das cargas,
- Configuração das cargas, e;
- Número de repetições.

- Historicamente: procedimentos de dimensionamento de


pavimentos agrupados em dois grupos distintos
(consideração dos efeitos dos veículos e do tráfego):
- (1) carga máxima;
- (2) eixo padrão (número de repetições).

1. Introdução
- Carga Máxima:
- A espessura do pavimento é governada por uma única
carga máxima de projeto, e o número de repetições não
é considerado como uma variável.
- Quando o pavimento é sujeito a cargas de rodas
múltiplas, estas são transformadas numa Carga de Roda
Equivalente.
- Esta abordagem ainda é usada em alguns procedimentos
de projeto de aeroportos e de pavimentos rígidos, e
normalmente utiliza relações entre espessuras de
pavimentos e uma carga única para vários coeficientes
de suporte do subleito obtidos a partir do CBR.

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1. Introdução
- Carga Máxima:
- Contrastando com as rodovias, pavimentos em
aeroportos têm sido expostos a uma maior variedade de
cargas de aeronaves.
- A Figura a seguir ilustra o crescimento das cargas de
aeronaves com os anos. Nota-se que, para projetos de
20 a 30 anos, o projetista pode encontrar o problema de
ter que selecionar uma aeronave crítica ainda não
existente.

1. Introdução
- Carga Máxima:

5
1. Introdução
- Eixo padrão (número de repetições):

ESTUDOS DE TRÁFEGO

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2. Estudos de Tráfego
- Objetivo obter dados relativos aos cinco elementos
fundamentais do tráfego:
- Motorista;
- Pedestre;
- Veículo;
- Via;
- Meio ambiente.

2. Estudos de Tráfego
- Através dos estudos de tráfego é possível conhecer:
- Número de veículos que circula por uma via em um
determinado período e suas velocidades;
- Locais onde seus condutores desejam estacioná-los e
onde se concentram os acidentes de trânsito;
- Determinação quantitativa da capacidade das vias;
- Estabelecimento dos meios construtivos necessários à
melhoria da circulação ou das características de seu
projeto;
- Zonas de onde se originam os veículos e para onde se
destinam (origem e destino – O/D).

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2. Estudos de Tráfego
- Aspectos a serem considerados no que diz respeito aos
veículos que trafegam nas rodovias:
- Resolução CONTRAN N.º 12/98, de 6/fevereiro/1998:
“Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos
que transitem por vias terrestres no território brasileiro.”

2. Estudos de Tráfego

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2. Estudos de Tráfego
- Dimensões permitidas (resumo):

2. Estudos de Tráfego
- Em síntese, os limites de peso fixados pela Resolução:
- Peso bruto total:
- até 45 toneladas;
- Peso bruto por eixo isolado:
- até 10 toneladas (4 pneus) ou 6 toneladas (2 pneus);
- Peso bruto por conjunto de dois eixos em tandem, com
distância entre eixos superior a 1,20 m e inferior a 2,40 m:
- até 17 toneladas;
- Peso bruto por conjunto de dois eixos em tandem
distanciados entre 1,20 m e 2,40 m:
- até 25,5 toneladas.

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2. Estudos de Tráfego
- Carga máxima
(resumo):

2. Estudos de Tráfego

- Dimensões e pesos de
veículos até 45t:

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2. Estudos de Tráfego
- Autorização Especial de Trânsito – AET:
- A Combinação de Veículos de Carga – CVC não poderá
possuir Peso Bruto Total Combinado – PBTC superior a
74 toneladas e seu comprimento não poderá ultrapassar a
30 metros, respeitados os tipos de combinações previstos;

- Os limites legais de Peso por Eixo previstos no


Decreto 2.069/96 e na Resolução CONTRAN Nº 12/98.

2. Estudos de Tráfego

- Dimensões e pesos
de veículos até 74t:

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2. Estudos de Tráfego
- Configurações das suspensões:

2. Estudos de Tráfego
- Configurações dos eixos:

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2. Estudos de Tráfego
- Tipos de eixos rodoviários:

2. Estudos de Tráfego
- Tipos de eixos rodoviários:

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VEÍCULOS DE PROJETO

3. Veículos de Projeto
- Considerações Gerais:
- Veículos-Tipo:

VEÍCULO TIPO
CARACTERÍSTICAS
(CÓDIGO)

Veículos leves, física e operacionalmente assimiláveis


VP ao automóvel, incluindo minivans, vans, utilitários,
pick-ups e similares

Veículos comerciais rígidos, não articulados. Abrangem


CO os caminhões e ônibus convencionais, normalmente
de dois eixos e quatro a seis rodas
Veículos comerciais articulados, compostos de uma
SR unidade tratora simples (cavalo mecânico) e um semi-
reboque. Seu comprimento aproxima-se do limite
máximo legal para veículos dessa categoria.

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3. Veículos de Projeto
- Considerações Gerais:
- Veículos-Tipo:
VEÍCULO TIPO
CARACTERÍSTICAS
(CÓDIGO)

Veículos comerciais rígidos de maiores dimensões.


O Entre estes incluem-se os ônibus urbanos longos,
ônibus de longo percurso e de turismo, bem como
caminhões longos, frequentemente com três eixos
(trucão), de maiores dimensões que o veículo CO
básico. Seu comprimento aproxima-se do limite
máximo legal admissível para veículos rígidos.
Veículos comerciais com reboque. Composto de um
RE caminhão trator trucado, um semi-reboque e um
reboque, e que mais se aproxima do bitrem. Seu
comprimento é o máximo permitido pela legislação.

3. Veículos de Projeto
- Considerações Gerais:
- Veículos-Tipo: Dimensões Básicas.

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3. Veículos de Projeto
- Veículos adotados na classificação do DNIT:
- Configurações básicas de cada veículo ou combinação
de veículos;
- Número de eixos,
- PBT (Peso Bruto Total) máximo
- Classe.

3. Veículos de Projeto
- Veículos adotados na classificação do DNIT:
- Configuração básica: quantidade de unidades que
compõem o veículo, os números de eixos e grupos de
eixos, independentemente da rodagem, apresentados
sob a forma de silhueta.

- Rodagem: Quantidade de pneumáticos por eixo.


- Rodagem simples: cada eixo possui apenas 1 (um)
pneumático em cada extremidade
- Rodagem dupla: cada eixo possui 2 (dois)
pneumáticos em cada extremidade.

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3. Veículos de Projeto
- Veículos adotados na classificação do DNIT:
- As diversas classes são representadas por um código
alfanumérico, por exemplo 2S3.
- No código adotado:
- primeiro algarismo: número de eixos do veículo
simples ou da unidade tratora,
- segundo algarismo (caso exista): quantidade de
eixos da(s) unidade(s) rebocada(s).

3. Veículos de Projeto
- Veículos adotados na classificação do DNIT:
- As letras significam:

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3. Veículos de Projeto
- Veículos adotados na classificação do DNIT:
- Exemplos:

3. Veículos de Projeto
- Veículos adotados na classificação do DNIT:
- Essa classificação é de grande utilidade para os
levantamentos de tráfego a serem executados, já que
permitem a estimativa de:
- intervalos de carga dos diferentes eixos utilizados no
projeto de pavimentos rígidos;
- número “N” utilizado no dimensionamento de
pavimentos flexíveis.

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3. Veículos de Projeto
- Veículos adotados na classificação do DNIT:

3. Veículos de Projeto
- Veículos adotados na classificação do DNIT:

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3. Veículos de Projeto
- Lei da Balança:

3. Veículos de Projeto
- Lei da Balança:
- Aos valores relativos aos pesos por eixo pode-se
acrescentar uma tolerância de 7,5% por eixo (Lei 7408)
possibilitando a passagem por balança sem multa, desde
que não se ultrapasse 5% do Peso Bruto Total (PBT) do
veículo.
- O PBTmáximo permitido na combinação é de 45.000 kg,
mesmo que a soma dos pesos permitidos por eixo
ultrapasse este valor. Acrescentando-se os 5% de
tolerância no PBTmáximo permitido, chega-se a um total de
47.250 kg sem multas.

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3. Veículos de Projeto
- Lei da Balança:

PESQUISAS DE TRÁFEGO

21
4. Pesquisas de Tráfego
- Contagens Volumétricas:
- Determinar quantidade, sentido e composição do fluxo
de veículos que passam por um ou vários pontos
selecionados do sistema viário, numa determinada
unidade de tempo.
- Existem dois locais básicos para realização das
contagens: trechos entre interseções e nas interseções.
- As contagens entre interseções têm como objetivo
identificar os fluxos de uma determinada via e as
contagens em interseções levantar fluxos das vias que se
interceptam e dos seus ramos de ligação

4. Pesquisas de Tráfego
- As informações serão usadas:
- análise de capacidade;
- avaliação das causas de congestionamento e de
elevados índices de acidentes;
- dimensionamento do pavimento;
- projetos de canalização do tráfego.

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4. Pesquisas de Tráfego
- Tipos de Contagens Volumétricas:
- Contagens Globais;
- Contagens Direcionais;
- Contagens Classificatórias.

- Métodos de Contagens Volumétricas:


- Contagens Manuais;
- Contagens Automáticas.

4. Pesquisas de Tráfego
- Tipos de Contagens Volumétricas:
- Contagens Globais:
- Aquelas em que é registrado o número de veículos
que circulam por um trecho de via,
independentemente de seu sentido, grupando-os
geralmente pelas suas diversas classes;
- Emprego: cálculo de volumes diários, preparação
de mapas de fluxo e determinação de tendências
do tráfego.

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4. Pesquisas de Tráfego
- Tipos de Contagens Volumétricas:
- Contagens Direcionais:
- Aquelas em que é registrado o número de veículos
por sentido do fluxo;
- Emprego: cálculos de capacidade, determinação de
intervalos de sinais, justificação de controles de
trânsito, estudos de acidentes, previsão de faixas
adicionais em rampas ascendentes, etc.

4. Pesquisas de Tráfego
- Tipos de Contagens Volumétricas:
- Contagens Classificatórias:
- Aquelas em que são registrados os volumes para os
vários tipos ou classes de veículos;
- Emprego: dimensionamento estrutural e projeto
geométrico de rodovias e interseções, cálculo de
capacidade, cálculo de benefícios aos usuários e
determinação dos fatores de correção para as
contagens mecânicas.

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4. Pesquisas de Tráfego
- Métodos de Contagens Volumétricas:
- Contagens Manuais:
- feitas por pesquisadores, com auxílio de fichas e
contadores manuais;
- ideais para a classificação de veículos, análise de
movimentos em interseções e contagens em rodovias
com muitas faixas;
- em vias urbanas: comum adotar critério de
grupamento de veículos com base em características
semelhantes de operação (automóveis, ônibus e
caminhões).

4. Pesquisas de Tráfego
- Métodos de Contagens Volumétricas:
- Contagens Manuais: Folha de Contagem.

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4. Pesquisas de Tráfego
- Métodos de Contagens Volumétricas:
- Contagens Manuais: Folha de Contagem.

4. Pesquisas de Tráfego
- Métodos de Contagens Volumétricas:
- Contagens Manuais: Folha de Contagem.

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4. Pesquisas de Tráfego
- Métodos de Contagens Volumétricas:
- Contagens Automáticas:
- feitas através de contadores automáticos de diversos
tipos, em que os veículos são detectados através de
dispositivos magnéticos, sonoros, radar, células
fotoelétricas, etc.;
- contadores registradores acoplados a computadores:
fornecem um registro permanente dos volumes e
podem ser programados para outros objetivos
específicos;
- desvantagens: custo elevado e de sua exposição a
roubos e vandalismo.

4. Pesquisas de Tráfego
- Para Estudos de Viabilidade e Projetos de Engenharia cada
trecho da via deverá ser dividido em segmentos
homogêneos quanto ao fluxo, ou seja, cada posto de
contagem deverá corresponder a um subtrecho em que a
composição e o volume de veículos não sofra variações
significativas.

- Os postos deverão estar afastados das extremidades do


trecho, a fim de evitar distorções.

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4. Pesquisas de Tráfego
- A duração das contagens nesses postos será função do grau
de confiabilidade desejado na determinação do Volume
Médio Diário - VMD, podendo ser de 7, 3 ou 1 dia, de 24
ou 16 horas.

- Para fins de estabelecimento do VMD anual ao longo do


subtrecho e nos acessos e interseções são feitas correções em
função das variações horárias, de dias de semana e mensais,
extraídas de contagens disponíveis nos postos de contagens
dos órgãos rodoviários (DNIT, DERs estaduais ou municipais).

DETERMINAÇÃO DO
NÚMERO N

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5. Determinação do Número N
- Para o dimensionamento de pavimentos flexíveis
rodoviários, Número N é...

Número equivalente de operações


(repetições) de um eixo padrão de 8,2 t
(18.000 lb ou 80 kN) durante o período de
vida útil do projeto, que teria o mesmo efeito
que o tráfego previsto sobre a estrutura do
pavimento.

5. Determinação do Número N
- Eixo padrão:

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5. Determinação do Número N
- Definição dos elementos do tráfego:
- Volume médio diário anual (VMDa);
- Classificação da frota;
- Carregamento da frota (distribuição da carga por eixo);
- Fator de Veículo (FV).

5. Determinação do Número N
- Volume médio diário anual (VMDa):
- Basear em contagens volumétricas classificatórias;
- Considerar desvios de tráfego significativos;
- Observar variações sazonais;
- Estimar tráfego futuro partindo da avaliação do tráfego
atual, através da taxa de crescimento:
- eventuais séries históricas existentes;
- associação de dados socioeconômicos regionais;
- crescimento linear;
- crescimento geométrico ou exponencial.

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5. Determinação do Número N
- Taxa de crescimento do tráfego (t) versus Volume Total (Vt):
- Linear:

V0 = TDM0 x D
- Em que:
- V0: volume de tráfego no sentido mais solicitado;
- TDM0: tráfego diário médio de tráfego atual
(veíc./dia);
- D: % do tráfego no sentido dominante (sentido mais
solicitado da via).

5. Determinação do Número N
- Taxa de crescimento do tráfego (t) versus Volume Total (Vt):
- Linear:

- Em que:
- V1: volume de tráfego no primeiro ano do período de
projeto (primeiro ano de operação da rodovia);
- V0: volume de tráfego no sentido mais solicitado;
- t: taxa linear de crescimento do tráfego;
- p: número de anos necessários para execução das
obras de pavimentação.

31
5. Determinação do Número N
- Taxa de crescimento do tráfego (t) versus Volume Total (Vt):
- Linear:

- Em que:
- Vp: volume de tráfego no último ano do período de
projeto (último ano de operação da rodovia);
- V1: volume de tráfego no primeiro ano do período de
projeto (primeiro ano de operação da rodovia);
- P: último ano do período de projeto;
- t: taxa linear de crescimento do tráfego.

5. Determinação do Número N
- Taxa de crescimento do tráfego (t) versus Volume Total (Vt):
- Linear:

VM
- Em que:
- VM: volume médio do período de operação;
- V1: volume de tráfego no primeiro ano do período de
projeto (primeiro ano de operação da rodovia);
- Vp: volume de tráfego no último ano do período de
projeto (último ano de operação da rodovia).

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5. Determinação do Número N
- Taxa de crescimento do tráfego (t) versus Volume Total (Vt):
- Linear:

Vt = 365 x VM x P
- Em que:
- Vt: volume total de tráfego durante o período de
análise;
- VM: volume médio do período;
- P: último ano do período de projeto.

5. Determinação do Número N
- Taxa de crescimento do tráfego (t) versus Volume Total (Vt):
- Geométrico ou Exponencial:

V1 = V0 x (1 + t)p
- Em que:
- V1: volume de tráfego no primeiro ano do período de
projeto (primeiro ano de operação da rodovia);
- V0: volume de tráfego no sentido mais solicitado;
- t: taxa exponencial de crescimento do tráfego;
- p: número de anos necessários para execução das
obras de pavimentação.

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5. Determinação do Número N
- Taxa de crescimento do tráfego (t) versus Volume Total (Vt):
- Geométrico ou Exponencial:

Vt = 365 x V1 x [(1 + t)P – 1]


t
- Em que:
- Vt: volume total de tráfego durante o período de
análise;
- V1: volume de tráfego no primeiro ano do período de
projeto (primeiro ano de operação da rodovia);
- t: taxa exponencial de crescimento do tráfego;
- P: último ano do período de projeto.

5. Determinação do Número N
- Período de Projeto:
- O período de projeto (P) é fixado tendo em vista:
- dimensionamento do projeto (tráfego, obras-de-arte,
pavimentos, drenagem, etc.), e sua análise econômica
(benefícios resultantes da implantação do projeto).

- No entanto, devido à perda de precisão das projeções


(de tráfego e vida útil das estruturas) feitas para
períodos muito longos, a solução usual consiste em adotar
o período de 15 anos, que é compatível com as
necessidades da análise econômica, dada a duração
média dos pavimentos e as modificações que podem se
verificar no sistema viário.

34
5. Determinação do Número N
- Período de Projeto:
- O período de 15 anos é contado a partir do ano de
abertura ao tráfego, e considerando o tempo que
decorre desde o Estudo de Viabilidade até o término da
obra, costuma-se adotar o prazo de 20 anos para o
período de análise.

- Obs.: No caso de dimensionamento das interseções é


feita uma exceção, adotando-se um período de projeção
de 10 anos a partir do ano previsto para abertura ao
tráfego.

5. Determinação do Número N
- Projeção do Tráfego:
- Para que as rodovias proporcionem um nível de serviço
(conforto, segurança e integridade) aceitável durante sua
vida útil, o volume e a distribuição do tráfego para
aquele período deve ser determinado com o maior grau
de exatidão possível, considerando-se os vários tipos de
tráfego:
- Tráfego Existente ou Normal;
- Tráfego Desviado;
- Tráfego Gerado;
- Tráfego Induzido.

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5. Determinação do Número N
- Projeção do Tráfego:
- Tráfego Existente ou Normal: definido como sendo
aquele que já se utiliza de um determinado trecho,
independente da realização ou não do investimento;
- Tráfego Desviado: definido como sendo aquele que, por
razão das melhorias introduzidas em um trecho, é
desviado de outras rotas para o trecho em questão;
- Tráfego Gerado: definido como sendo aquele constituído
por viagens criadas pelas obras realizadas no trecho;
- Tráfego Induzido: definido como sendo aquele criado
por modificações socioeconômicas da região de
influência do trecho.

5. Determinação do Número N
- Classificação da frota:
- A grande diversidade de efeitos gerados sobre o
pavimento pelos diversos tipos de veículos rodoviários;

- Classificação mínima:
- veículos de carga: caminhão leve, caminhão médio,
caminhão pesado, reboque/semirreboque.

- É recomendado que a classificação seja mais detalhada


devido a grande variação na capacidade de carga
para determinadas subclasses de veículos.

36
5. Determinação do Número N
- Carregamento da frota:
- distribuição da carga por eixo;
- obtenção, preferencialmente, por meio de pesagens
levadas a efeito no próprio trecho;
- balanças portáteis e/ou automáticas.

5. Determinação do Número N
- Carregamento da frota:
- Fiscalização e controle das cargas por eixo.
- Geram bancos de dados sobre o tráfego em
determinadas rodovias que poderão ser usados como
base no dimensionamento de novos pavimentos.

37
5. Determinação do Número N
- Carregamento da frota: Ex. de Postos de Pesagem DER/CE:

Obs.: 70% carregado: em geral, considera-se que 70% da frota comercial


refere-se a veículos carregados.

5. Determinação do Número N
- Carregamento da frota:
- Tabela de Fatores de Veículos: 28 postos em diversas
regiões do Brasil – Métodos da AASHTO e USACE;

- Recomendação: utilização de dados coletados para o


trecho em análise (avaliação mais precisa);

- Para estimativa dos fatores de veículos: utilizar os pesos


máximos por eixos, considerando a falta de dados e de
controle nos trechos.

38
5. Determinação do Número N
- Fatores de Equivalência de Carga por eixo (FEC):
- A conversão do tráfego misto em um número equivalente
de operações de um eixo padrão é efetuada
aplicando-se os chamados Fatores de Equivalência de
Cargas (FEC);

- Estes fatores permitem converter uma aplicação de um


eixo solicitado por uma determinada carga em um
número de aplicações do eixo padrão que deverá
produzir um efeito equivalente.

- Exemplo: FEC = 9 está associado a um eixo cuja


passagem representa a passagem de 9 eixos padrão.

5. Determinação do Número N
- Fatores de Equivalência de Carga por eixo (FEC):
- O eixo padrão de 8,2 tf é normalmente adotado, porém
os FECs podem variar:
- método de projeto do DNIT e TECNAPAV (PRO
269/94): FEC da USACE;
- projeto de restauração de pavimentos flexíveis e
semirrígidos (PRO 159/85): FEC da AASHTO.

39
5. Determinação do Número N
- Fatores de Equivalência de Carga por eixo (FEC):
- As cargas dos veículos causam deflexões nas camadas do
pavimento e alteram o estado de tensões e deformações.
Cada carga provoca um efeito destrutivo e reduz a vida
remanescente do pavimento.

- Diferentes configurações de eixos e cargas produzem


deflexões diferenciadas.

- Os FECs definem o dano causado pela passagem sobre


um pavimento de um eixo em questão quando
comparado ao dano causado pela passagem do eixo
padrão.

5. Determinação do Número N
- Fatores de Equivalência de Carga por eixo (FEC):

40
5. Determinação do Número N
- Fatores de Equivalência de Carga por eixo (FEC):
- Os trechos experimentais da AASHTO e do USACE
forneceram resultados para obtenção de fatores de
equivalência de carga.

- Considerações:
- AASHTO: baseiam-se na perda de serventia e variam
com o tipo do pavimento (flexível e rígido), índice de
serventia terminal e resistência do pavimento (número
estrutural – SN);
- USACE: avaliam os efeitos do carregamento na
deformação permanente (afundamento nas trilhas de
roda).

5. Determinação do Número N
- Fatores de Equivalência de Carga por eixo (FEC):
- Fatores de equivalência de carga da AASHTO:

- Em que:
- Ps: peso por eixo simples;
- Pd: peso por eixo duplo;
- Pt: peso por eixo triplo.

41
5. Determinação do Número N
- Fatores de Equivalência de Carga por eixo (FEC):
- Fatores de equivalência de carga do USACE:

5. Determinação do Número N
- Fatores de Equivalência de Carga por eixo (FEC):
- Os valores “P” são determinados por pesagens de eixos
em balanças fixas ou móveis, em campanhas específicas
ou de forma rotineira pelos órgãos rodoviários;

- De forma aproximada podem ser obtidos como resultado


de entrevistas de Origem e Destino, em que são
anotados os pesos das cargas transportadas e as taras
dos veículos. Pela distribuição dos pesos totais pelos eixos
do veículo são então obtidas as cargas por eixo.

42
5. Determinação do Número N
- Fatores de Carga (FC):
- Número que, multiplicado pelo número de eixos que
operam, dá o número de eixos equivalentes ao eixo
padrão.

- Cálculo do FC:

5. Determinação do Número N
- Fatores de Carga (FC):
- Os Manuais de Pavimentação e de Reabilitação de
Pavimentos Asfálticos do DNIT apresentam ainda a
seguinte expressão para a determinação do FC:

- Em que:
- Pj × FECj: equivalência de operações relativa a cada
eixo específico.

43
5. Determinação do Número N
- Fatores de Eixo (FE):
- Número que, multiplicado pelo número de veículos dá o
número de eixos correspondentes. Conceito relativo a
todos os eixos que operam na via, portanto um conceito
associado à frota, e não a cada categoria de veículo.

- Por definição (I):


FE = n/Vt
- Em que:
- n: número total de eixos da frota;
- Vt: volume total do tráfego na amostragem.

5. Determinação do Número N
- Fatores de Eixo (FE):
- Por definição (II):

- Em que:
- p2: % de veículos de 2 eixos;
- p3: % de veículos de 3 eixos;
- pn: % de veículos de n eixos.

44
5. Determinação do Número N
- Fatores de Eixo (FE):

5. Determinação do Número N
- Fatores de Eixo (FE):

45
5. Determinação do Número N
- Fatores de Veículo (FV):
- Número que multiplicado pelo número de veículos que
operam, dá, diretamente, o número de eixos equivalentes
ao eixo padrão.

- De acordo com o DNIT, este fator pode ser calculado de


duas maneiras:

- I:

- Em que:
- FE: fator de eixo;
- FC: fator de carga.

5. Determinação do Número N
- Fatores de Veículo (FV):

- II:

- Sendo:
- Pi: % relativa a cada categoria de veículos;
- FVi: fator de veículo individual para as diferentes
categorias de veículos (automóveis, ônibus, caminhões
leves, caminhões médios, caminhões pesados,
reboques e semirreboques). Representa o somatório
dos FECj por conjunto de eixos. Os FVi para veículos
de passeio são considerados desprezíveis.

46
5. Determinação do Número N
- Fator Climático Regional (FR):
- Variações de umidade dos materiais do pavimento,
durante as diversas estações do ano;

- Sugeridos para o Brasil:

- Projetos atuais: adoção de FR = 1,0 qualquer que seja a


precipitação média anual.

5. Determinação do Número N
- Número N:
- Por definição:
N = 365 x VMD x (FE x FC) x FR (=1,0)
N = (365 x VMD) x FV
N = Vt x FV
- Em que:
- N: número N;
- Vt: volume total de tráfego para período de análise;
- FV: fator de veículo.

47
ESTUDO DE CASO

6. Estudo de Caso
- Calcular o Fator de Veículo (FV) a partir dos dados
apresentados na planilha abaixo:

Categoria VMDa*
2C 140
3C 196
2S2 9
2S3 115
3S3 15

48
6. Estudo de Caso

6. Estudo de Caso

49
6. Estudo de Caso

DIMENSIONAMENTO
DO PAVIMENTO
FLEXÍVEL
Prof. Heber Oliveira
Módulo: Dimensionamento do Pavimento Flexível

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