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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO-SENSO EM CIÊNCIA DA

MOTRICIDADE HUMANA – PROCIMH

DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM MODELO DE PREDIÇÃO DO

V?O2 MÁXIMO BASEADO NA FREQÜÊNCIA CARDÍACA

Alexandre Fernandes Machado

Rio de Janeiro, RJ - Brasil


Fevereiro de 2005
ALEXANDRE FERNANDES MACHADO

DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM MODELO DE PREDIÇÃO DO V?O2


MÁXIMO BASEADO NA FREQÜÊNCIA CARDÍACA

Dissertação apresentada à

Universidade Castelo Branco, como

requisito à obtenção do título de

Mestrado em Ciência da motricidade

Humana, sob orientação do Prof. Dr.

José Fernandes Filho.

Rio de Janeiro, RJ – Brasil


Fevereiro de 2005

2
A DISSERTAÇÃO: DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM MODELO DE
PREDIÇÃO DO V?O2 MÁXIMO BASEADO NA FREQÜÊNCIA CARDÍACA.

Elaborada por Alexandre Fernandes Machado

Aluno do Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência da motricidade

Humana – UCB.

Foi analisado e aprovado com

Grau: .................................

Rio de Janeiro, ....... de ........................... de 2005

______________________________________
Prof. Edil Luis Santos, D,Sc.

______________________________________
Prof. Estélio Henrique Martins Dantas, Ph.D.

_____________________________________
Prof. José Fernandes Filho, Ph.D.
Presidente

Rio de Janeiro, RJ - Brasil


Fevereiro de 2005

3
DEDICATÓRIA

A meu filho Matheus Alexandre da S. Machado, alegria de minha vida e

definitivamente minha paixão, razão de todo meu empenho.

Aos meus mentores, meu Pai e ao grande amigo e irmão Embaré que

nunca me abandonaram nas horas mais difíceis de minha vida, que minha vitória,

torne-se nossa glória que será aclamada durante o resto de nossos dias.

Aos meus Pais Bartholomeu e Maria da Penha.

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AGRADECIMENTOS

A Deus e todos os seus mensageiros, pois o caminho até aqui não seria

possível sem vocês. Deus tua misericórdia e teu amor por nós são tão grandes

que sempre que te procuro, o senhor é que acaba me achando. Obrigado por

tudo, pelas vitórias e pelas derrotas.

Ao meu orientador e grande amigo José Fernandes que sempre confiou em

mim durante toda essa jornada.

Ao Prof. Estélio Henrique no qual eu tenho grande respeito e admiração.

Ao meu grande amigo e irmão Edil Santos, o qual sem sua ajuda não seria

possível a realização deste trabalho, pois sua atuação e presteza em todas as

horas que foi solicitado foram de vital importância para a conclusão deste estudo.

Que Deus possa ter dar muita luz no teu caminho meu irmão, obrigado por tudo.

Aos alunos e amigos Thiago Lopes, Renato Vabo, Igor Almeida e Paulão

pela pronta prestatividade, pois sem vocês certamente eu ainda estaria fazendo o

experimento.

A grande amiga Luana Ruff, pelos seus conselhos e orientações e também

pela revisão ortográfica do presente estudo.

Aos amigos Danielzinho (colombiano), Fernando e Ianzinho pelos

conselhos e orientações.

Aos amigos Rodolfo Alkmim e sua esposa Renata, Paulo Dantas e sua

esposa Vera, Giovanni Novaes e sua mãe dona Hermé, por terem me

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acompanhado durante esta jornada, pela preocupação dispensada, e por ser

recebido em seus lares como um filho.

Aos amigos Marcelo Costa (Marcelinho) e André Fernandes, por ter

sempre acreditado em meu trabalho.

Ao Prof. Carlos Eduardo (Cadu) por ter gentilmente autorizado a realização

do experimento em seu laboratório.

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RESUMO

DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM MODELO DE PREDIÇÃO DO V?O2


MÁXIMO UTILIZANDO A FREQÜÊNCIA CARDÍACA.

Alexandre Fernandes Machado

Orientador: Prof. José Fernandes Filho, Ph.D.

O objetivo do presente estudo foi predizer o V?O2 máximo, baseado na resposta


dinâmica da freqüência cardíaca, em corridas em esteiras com carga constante e
sem inclinação. Participaram deste estudo 19 voluntários do gênero masculino,
fisicamente ativos, de baixo risco e não fumantes (21,42 ± 2,4 anos; 75,36 ± 7,2
Kg; 174,7 ± 4,6 cm). Todos foram submetidos ao exercício (corrida em esteira),
com velocidade constante (8 Km/h) durante 6 minutos e sem inclinação, e 24
horas após a realização deste, foram submetidos a um teste progressivo máximo
na esteira (protocolo de Rampa) até a exaustão. Em ambos os testes foram
registradas as medidas de: freqüência cardíaca, pressão arterial e Índice de
percepção de esforço, mas somente durante o teste progressivo máximo foi
realizada a coleta dos gases expirados através de um analisado de gases. As
variáveis foram modeladas a partir de parâmetros extraídos da resposta da
freqüência cardíaca durante a corrida com velocidade constante, para predição do
V?O2 máximo. O modelo proposto foi obtido através da regressão linear múltipla
(piecewise forward), os resultados apresentaram altas significâncias (r = 0,89, r2 =
0,80, SE = 146,68 e um valor-p = 0,00007) e foram validados satisfatoriamente
através da crooss validation (leave-one-out). O modelo proposto para predição do
V?O2 máximo através de parâmetros extraídos da freqüência cardíaca durante
exercícios com carga constante em esteira sem inclinação, compõe uma
ferramenta de suma importância para os profissionais da área de atividade física,
pois ele é capaz de predizer com acurácia a capacidade funcional de um indivíduo
sem que o mesmo seja levado a um esforço máximo.

Palavras-chave: predição do V?O2 máximo, teste submáximo, corrida

7
ABSTRACT

DEVELOPMENT AND VALIDATION OF A MAXIMUM V?O2 PREDICTION MODEL


USING THE HEART RATE

Alexandre Fernandes Machado

Advisor: Prof. José Fernandes Filho, Ph.D.

The aim of this study was to predict the maximum V?O2 based on the dynamic
response of the heart rate on treadmills with a steady load and no inclination.
Hineteen male subjects physically active, aparently healthy and non smokers
(21,42 ± 2,4 years old; 75,36 ± Kg; 174,7 ± 4,6 cm) took part in this study . All of
them underwent to the exercise ( treadmill running)with a steady spedd (* Km/H)
during 6 minutes and with no inclination and 24 hours after that, the subjects
underwent to the maximum progressive test on the treadmill ( Ramp protocol) to
the exhaustion in both tests the measurements of: the heart rate, arterial blood
pressure and perception rate of effort were registered, but only during the
maximum progressive test, the variationals were model ed from the parameters
which ere extracted from the heart rate response during the running with steady
speed, for the maximum V?O2 prediction. The proposed model was obtained
through the multiple linear regression (stepwise forward), the results showed high
signidicance (r= 0,89, r2 = 0,80, SE = 146,68 ml.mim-1, p = 0,00007) really
satisfatory cross validation (leave-one-out). It was concluded that the maximum
V?O2 prediction through the parameters extracted from the heart rate duting the
exercises with steady load on the treadmill with no inclination by the proposed
model make up a very important tool for physical activities professinals since it’s
able to accurately predict the functional capacity of a up to a maximum effort.

Keyword – predicitio from V?O2 maximum, running, test submaximum

8
ÍNDICE

Página

RESUMO ................................................................................................................vi

ABSTRCT ..............................................................................................................vii

CAPITULO I

1.O problema.........................................................................................................01

1.1 Introdução........................................................................................................01

1.2 Objetivo do Estudo...........................................................................................05

1.2.1 Objetivo geral..............................................................................................05

1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................05

1.3 Identificação das variáveis...............................................................................06

1.4 Pressupostos teóricos......................................................................................07

1.5 Delimitação do estudo......................................................................................09

1.6 Limitação do método........................................................................................09

1.7 Justificativa.......................................................................................................09

1.8 Relevância.......................................................................................................10

1.9 Hipóteses.........................................................................................................11

1.9.1 Hipótese substantiva...................................................................................11

1.9.2 Hipóteses estatísticas.................................................................................11

9
CAPITULO II

2. Revisão de literatura..........................................................................................13

2.1 Fisiologia do exercício......................................................................................14

2.2 Avaliação Física...............................................................................................15

2.3 Bioenergética...................................................................................................16

2.4 Respostas agudas ao exercício.......................................................................18

2.5 Respostas crônicas ao exercício.....................................................................20

2.6 Freqüência cardíaca........................................................................................21

2.7 Pressão arterial................................................................................................23

2.8 V?O2 máximo....................................................................................................24

2.9 Steady-state………………………………………………………………………....27

2.10 Fatores determinantes do V?O2 máximo........................................................29

2.10.1 Genético................................................................................................30

2.10.2 Idade e sexo .........................................................................................30

2.10.3 Treinamento..........................................................................................32

2.11 Fatores limitantes do V?O2 máximo................................................................33

2.12 Limiar anaeróbico...........................................................................................35

2.13 Percepção subjetiva do esforço.....................................................................40

2.14 Testes ergométricos.......................................................................................42

2.15 Métodos para mensuração do V?O2 máximo ................................................46

2.15.1 Métodos diretos ....................................................................................46

2.15.2 Métodos indiretos..................................................................................47

10
2.16 Velocidade para corrida.................................................................................47

CAPITULO III

3. Materiais e métodos...........................................................................................48

3.1 Modelo de estudo.............................................................................................48

3.2 Tipo de estudo.................................................................................................48

3.3 Delineamento do estudo..................................................................................49

3.4 Seleção dos sujeitos........................................................................................49

3.4.1 Universo....................................................................................................49

3.4.2 Amostragem..............................................................................................49

3.4.3 Critérios de inclusão..................................................................................50

3.4.4 Critérios de exclusão.................................................................................50

3.5 Ética da pesquisa.............................................................................................51

3.6 Procedimentos preliminares.............................................................................52

3.7 Procedimento para coleta de dados................................................................52

3.8 Coleta de dados...............................................................................................52

3.8.1 Medidas antropométricas..........................................................................53

3.8.2 Procedimento experimental......................................................................55

3.9 Instrumentação................................................................................................61

3.10 Extração das variáveis...................................................................................62

3.11 Análise dos dados..........................................................................................66

3.11.1 Análise multivariada.........................................................................66

3.11.2 Tratamento estatístico......................................................................67

11
CAPITULO IV

4. Apresentação e discussão dos resultados ........................................................69

4.1 Análise das características do grupo amostral................................................69

4.2 Análise do comportamento das variáveis controladas durante os testes

submáximo (SUB) e máximo(MAX).......................................................................72

4.3 Análise das hipóteses estatísticas...................................................................77

4.4 Discussão dos resultados................................................................................86

CAPITULO V

5. Conclusão e recomendações.............................................................................95

5.1 Conclusão do estudo.......................................................................................95

5.2 Recomendações do estudo............................................................................97

Referências bibliográficas......................................................................................98

Lista de Anexos .....................................................................................................xii

Lista de Figuras.....................................................................................................xiii

Lista de Tabelas....................................................................................................xvi

12
LISTA DE ANEXOS

Anexo I – Resolução 196/96 do conselho Nacional de Saúde............................115

Anexo II – Carta convite à Universidade Estácio de Sá.......................................117

Anexo III – Termo de Informação à Instituição....................................................118

Anexo IV – Procedimentos e objetivos da pesquisa............................................120

Anexo V – Termo de Consentimento livre e esclarecido ....................................122

Anexo VI - Avaliação da prontidão para à prática de atividade física: Questionário

PAR-Q..................................................................................................................124

Anexo VII – Ficha de Anamnese .........................................................................125

Anexo VIII – Ficha de registro das medidas .......................................................126

Anexo IX – Indicações para interrupção do teste ...............................................127

Anexo X – Escala de Borg...................................................................................129

13
CAPÍTULO I

1. O PROBLEMA

1.1. Introdução

O homem de hoje não é muito diferente daquele de milhões de anos atrás,

ou seja, o homem da época primitiva que tinha a necessidade de ter um bom

condicionamento físico para manter sua sobrevivência (LUCIC, 2002). Na década

de 1960 o exercício começou a ser correlacionado com o aumento da

longevidade, e com a prevenção de algumas doenças cardiovasculares (ACSM,

1995). A partir da década de 1980 tal prevenção se éstendeu a uma série de

doenças crônicas degenerativas, referenciando que a prática de exercícios físicos

regulares age tanto no aumento da longevidade como na qualidade de vida

(SANTOS, 1999).

Entre as décadas de 1980 e 1990, os trabalhos científicos começaram a se

concentrar na qualidade de vida e o bem-estar das pessoas (DANTAS, 1999).

Com isso, observou-se o crescente interesse pela prática de atividade física em

todo o mundo. Pode-se dizer que este crescente interesse pela prática de

exercícios físicos ocorreu principalmente nos adultos, devido às inúmeras

confirmações científicas atuais, de que o sedentarismo contribui para uma

incidência de problemas cardiovasculares (LEITE, 2000).

14
Ao optar pela prática de uma atividade física, o praticante tem objetivos a

alcançar, como reduzir a massa de gordura, aumento do condicionamento físico,

entre outros. Com isso, o profissional responsável pela prescrição de exercícios

deverá ter o maior número possível de informações, para que seja traçado o

planejamento (treinamento) a fim de atingir tal objetivo. Além disso, incluindo as

atividades que são realizadas em grupo, cada aluno é um indivíduo único,

respondendo de forma diferenciada a cada estímulo recebido durante o

treinamento. O elemento principal na prescrição de um programa de atividade

física, é a realização de uma avaliação prévia e atualizada periodicamente para

obter subsídios quanto às reais condições físicas do indivíduo e, com isso, fazer

ajustes necessários no programa de atividade física, procurando alcançar cada

vez mais o objetivo almejado. A avaliação física é composta por uma bateria de

testes, dos quais pelo menos um seja para medir a aptidão cardiorrespirátoria

(TRITSCHLER, 2003).

Com a importância da atividade física na prevenção das doenças

cardiovasculares, observou-se o quanto é relevante a avaliação da capacidade

aeróbica para a correta prescrição do programa de treinamento e seu

acompanhamento. O V?O2 máximo, definido como: o máximo de captação,

transporte e consumo de oxigênio a nível do mar (ASTRAND, 1960), tem sido

considerado como o melhor indicador das respostas do aumento da demanda de

oxigênio sobre o sistema cardiovascular para o metabolismo basal ( LEITE, 2000).

A avaliação do V?O2 máximo permite uma visão geral de todo o sistema

cardiopulmonar, sendo este um componente importante da aptidão física

15
relacionada à saúde, que nos permite avaliar a integração entre os sistemas

cardiovascular, respiratório e muscular (Honda & Lopes, 2002).

O teste de esforço máximo não é um método de avaliação da aptidão

cardiorrespirátoria exeqüível para a grande maioria dos profissionais da área de

saúde e aptidão (ACSM, 2000), encontrando-se grande dificuldade na reprodução

dos resultados obtidos nos mesmos (JANIC KI et al., 1990), em função de vários

fatores que influenciam nos resultados, assim como: motivação e os critérios

utilizados para interrupção do teste (KOIKE et al., 1995).

A possibilidade de se obter o V?O2 máximo a partir de um teste submáximo

em steady-state (carga constante) através da resposta dinâmica da freqüência

cardíaca (FC), obedecendo aos critérios de autenticidade científica, marca um

avanço na relação custo-benefício, uma vez que o indivíduo não vai ser

submetido a um estresse físico e emocional máximos.

A presente investigação e sua aplicação não devem ser encaradas apenas

através de uma visão fenomênica, pelo simples fato de avaliar de forma simples e

objetiva, mas também através de uma visão fenomenológica, por seu significado

consciente. Tal visão mostra a necessidade de se observar e compreender o ser

humano, de acordo com os princípios da motricidade humana, possibilitando ao

mesmo a valorização da informação, o que abrange não ao ser individual, mas a

toda uma comunidade. Para que o conhecimento cientifico possa servir de base

para adaptações e modificações do homem, de acordo com determinadas

características e necessidades, proporcionando a si como um todo, uma boa

qualidade de vida com princípios de participação e experimento de situações

16
condizentes com a própria existência democrática e social, onde todos possam ter

as mesmas oportunidades (KLEIN, 2003).

O problema do estudo foi desenvolver um modelo para predizer o V?O2

máximo a partir de um teste submáximo utilizando-se a resposta dinâmica da FC,

sem que se requeira um estresse emocional e físico máximo, e que os resultados

expressos tenham uma confiabilidade adequada.

O estudo em questão justifica-se por sua grande aplicabilidade frente à

baixa reprodutibilidade, à subjetividade e aos riscos pelo estresse dos testes

máximos. A aplicação de um teste submáximo, não menos confiável que um teste

máximo, representa uma alternativa para academias, clubes esportivos,

laboratórios de avaliação da performance humana e para os profissionais da área

de Educação Física, para a estimativa da cardiorrespiratória.

A coerência cientifica, através da investigação, procura a comprovação de

hipóteses e resultados. O que configura a existência lógica e racional de um

conhecimento que seja considerado verdadeiro ou representante da verdade

lógica, há medida em que restringe à dimensão puramente formal de um

determinado conhecimento (KLEIN, 2003). A ciência da motricidade humana

respalda-se na Epistemologia, tendo como o objeto formal do estudo, o ser

humano em uma visão ôntica – ser em geral, que segundo Sergio et al. (1999,

p.17): ”o essencial na motricidade humana é a experiência originária, donde

emerge também a história das condutas motoras do sujeito (...).”

Com isso, o presente estudo insere-se na Ciência da Motricidade Humana,

tendo como eixo temático Enfoque Biofísico da Motricidade Humana, na área

17
temática Atividade Física, Epidemiologia, Saúde e Qualidade de Vida, na linha de

pesquisa Testes e medidas em Avaliação nas variáveis biofísicas.

1.2 Objetivos do Estudo

1.2.1 Objetivos Gerais

O presente estudo centra-se em desenvolver e validar um modelo para

predizer o V?O2 máximo através da resposta dinâmica da freqüência cardíaca

(FC) durante a corrida em esteira com velocidade constante, em indivíduos

adultos jovens do sexo masculino (entre 18 e 25 anos de idade), de baixo risco e

não atletas.

1.2.2. Objetivos Específicos

1. Verificar a resposta dinâmica da FC durante a corrida contínua com velocidade

constante em esteira ergométricas sem inclinação, em indivíduos adultos jovens,

de baixo risco e não atletas, estudantes Universitários do curso de Educação

Física da Universidade Estácio de Sá, Campus Nova Friburgo.

2. Avaliar o V?O2 máximo durante um teste progressivo máximo, em esteira

ergométrica utilizando-se de um analisador de gases, em indivíduos adultos

jovens, de baixo risco não atletas, estudantes Universitários do curso de

Educação Física da Universidade Estácio de Sá, Campus Nova Friburgo.

18
3. Desenvolver uma equação utilizando-se da resposta dinâmica da FC durante a

corrida contínua com velocidade constante em esteiras ergométricas sem

inclinação, através da análise multivariada (regressão linear múltipla) em

indivíduos adultos jovens, de baixo risco e não atletas, estudantes Universitários

do curso de Educação Física da Universidade Estácio de Sá, Campus Nova

Friburgo.

4. Validar a equação para predição do V?O2 máximo através do método Cross-

validation (leave-one-out).

1.3 Identificação das Variáveis

Dependentes – V?O2 máximo.

Independentes - FC de repouso, parâmetros da resposta dinâmica da FC

durante exercício em carga constante (amplitude da curva da FC, média da FC a

cada 30 segundos e déficit cronotrópico (DC), que representa o atraso da

resposta cronotrópica, variação da FC a cada minuto, FC máxima atingida, última

FC registrada) e a velocidade de deslocamento na esteira ergométrica.

Intervenientes – Doenças desconhecidas e não detectadas na anamnese

inicial dos indivíduos, o não cumprimento das recomendações prévias

necessárias neste estudo, alimentação, nível de hidratação, sono, estresse,

atividade profissional e/ou cotidiana, nível de aptidão, individualidade biológica.

19
1.4 Pressupostos Teóricos

Alguns parâmetros fisiológicos são de grande importância para qualificar o

nível de capacidade funcional, dentre eles o V?O2 máximo tem recebido a atenção

de vários pesquisadores ( SILVA et al., 1998a). Partindo das informações

extraídas da avaliação, é realizada a prescrição e controle do treinamento físico, e

a predição da performance de diferentes tipos de exercícios (DENADAI, 1995a).

Com a verificação periódica desses índices funcionais, além de ter um controle

melhor da intensidade do treinamento, permite-se ainda atingir mais rapidamente

o objetivo do programa (SILVA et al., 1999). Seria de grande valor desenvolver

um teste que meça o V?O2 máximo de uma maneira simples, confiável, fiel e

reprodutível nas condições de treinamento da população adulta não atleta, e que

tais condições representem intensidades de treinamento submáximas

(ASTRAND, RYHMING, 1966 apud MACSWEEN, 2001). Para tal, dever-se medir

as resposta cardiorrespirátoria para cargas padronizadas de trabalho que fossem

de intensidade submáxima (JOHNSON et al., 1979; TRITSCHLER, 2003).

Uma dos determinantes mais importantes do acúmulo de lactato durante o

exercício submáximo é a capacidade oxidativa da musculatura esquelética

exercitada, passando somente a se acumular no sangue a partir de um

determinado ponto (RIBEIRO, 1995). Após o Limiar anaeróbico (ponto onde

ocorre o início do acúmulo de ácido láctico) atingido, a condição de equilíbrio da

FC não é mantida, o que é inerente às altas intensidades do exercício.

20
O comportamento da FC durante o exercício físico de intensidade

constante em geral estabiliza-se e não varia, exceto se a intensidade do esforço

variar (ASTRAND 1966, apud LEITE, 2000). A relação entre FC e o consumo de

oxigênio demonstra que o comportamento da FC durante o exercício depende,

em grande parte, da demanda metabólica exigida pelos músculos ativos

(ALONSO, 1998; SILVA et al., 1999; LONDEREE et al., 1995).

Exercícios com intensidades constantes que não levam a um aumento

contínuo da concentração de Lactato, resultam em aumentos do consumo de O2,

? E e da FC, alcançando steady-state após 3 minutos do


ventilação pulmonar V

ínicio do exercício (SELLEY et al., 1995; RILEY, COOPER, 2002). Durante

exercício de carga constante, o steady-state não é alcançado instantaneamente,

os níveis de captação de O2 e a FC seguem padrões de aumento que para

exercícios com intensidades moderadas, leva alguns minutos para ser alcançado,

mas normalmente isso ocorre entre o terceiro e sexto minuto (SIETEMA, DALY,

WASSERMAN, 1989).

Essa condição pode ser uma fonte importante para identificar a intensidade

submáxima ideal (steady-state) de cada indivíduo para a realização de testes para

predizer o V?O2 máximo através da FC. A predição do V?O2 máximo pode ser feita

através da FC e da velocidade da corrida, desde que esta seja em uma

intensidade submáxima (TRUETT et al., 1966; SELLEY et al., 1995). Um teste

que centra-se em avaliar o V?O2 máximo utilizando-se de cargas submáximas não

deve durar menos que 6 minutos (LUCIC, 2002).

21
1.5 Delimitação do Estudo

O presente estudo se enquadra no tipo correlacional, onde escolher-se-ão

as amostras de forma intencional, indivíduos não atletas praticantes de atividade

física ou não sem nenhuma restrição médica, gozando de plena saúde,

estudantes Universitários do curso de Educação Física da Universidade Estácio

de Sá, campus Nova Friburgo. A amostra foi composta por 19 indivíduos do sexo

masculino com faixa etária entre 18 e 25 anos.

1.6 Limitações do Estudo

Os fatores limitantes da pesquisa em questão foram o não comparecimento

dos voluntários e o não controle sobre as variáveis intervenientes.

1.7 Justificativa

Na maioria dos programas de atividade física, o exercício aeróbico é uma

prática constante, devido ao reconhecimento de seus benefícios. O V?O2 máximo

é um dos determinantes da capacidade física que oferece condições para a

prescrição do treinamento e aumento da performance. Além de auxiliar no

diagnóstico e tratamento de determinadas doenças ligadas ao sedentarismo

também pode refletir a interação de vários sistemas que servem de suporte ao

desenvolvimento das capacidades físicas (MACHADO, 2001; NUNES et al. ,

22
2003). Estando o componente cardiorrespiratório diretamente associado aos

níveis de saúde (FERNANDES FILHO, 2003).

Para isso, tornar-se necessário o desenvolvimento de um modelo que

possa predizer o V?O2 máximo, através de um teste submáximo que não leve o

indivíduo a um estresse máximo tanto físico como emocional, ou seja com os

mesmos benefícios, mas sem os riscos e que tenha a mesma confiabilidade de

um teste máximo.

Considerando-se a existência de inúmeros testes na literatura que medem

o V?O2 máximo com suas metodologias complexas, e seus equipamentos de alto

custo, conclui-se que sua aplicação pelos professores durante as sessões de

treinamento torna-se inviável. Percebendo tal carência nesta área, este estudo se

justifica pela sua grande aplicabilidade, por se tratar de um teste simples e de um

baixo custo operacional e não menos acurados que os máximos.

1.8 Relevância

A relevância deste estudo correlaciona-se e articula-se estreitamente com

as justificativas expressas acima. Acreditando-se ser plenamente viável contribuir,

por meio deste trabalho, para a ampliação de conhecimentos sobre a prescrição

de exercícios aeróbicos. O presente estudo terá uma contribuição de suma

importância e de emprego imediato na sociedade, pois a possibilidade de

predição do V?O2 máximo, a partir de um teste submáximo, somando as

vantagens de um teste de laboratório, conferindo um avanço na otimização da

relação custo-benefício. A grande aplicabilidade de um teste submáximo, e não

23
menos confiável frente à baixa reprodutibilidade e à subjetividade de um teste

máximo, além dos riscos atribuídos pelo estresse máximo pode representar uma

alternativa para a avaliação desta variável (SANTOS, 2004).

Cada protocolo desenvolvido possui uma padronização específica, não só

em relação à população, mas também em sua metodologia de aplicação, que

deve ser criteriosamente seguida pelos profissionais que deles se utilizam.

1.9 Hipóteses

As hipóteses do estudo serão apresentadas na forma substantiva e na

forma estatística, testando a normalidade dos dados.

1.9.1 Hipóteses Substantivas

O presente estudo antecipa que é possível desenvolver e validar uma

equação para predizer o V?O2 máximo através dos parâmetros extraídos da

resposta dinâmica da FC durante a corrida continua em esteira ergométrica com

velocidade constante.

1.9.2 Hipóteses Estatísticas

As hipóteses estatísticas serão enunciadas, na forma nula, e na alternativa

para ? = 0,05,ou seja 5% de incerteza, e tendo por regra de decisão a rejeição da

hipótese nula quando o valor –p<0,05.

24
H01 - Não é possível desenvolver uma equação para predizer o V?O2 máximo a

partir dos parâmetros extraídos da resposta dinâmica da FC durante a corrida

contínua em esteira ergométrica com velocidade constante sem inclinação.

H1 – É possível desenvolver uma equação para predizer o V?O2 máximo a partir

dos parâmetros extraídos da resposta dinâmica da FC durante a corrida contínua

em esteira ergométrica com velocidade constante sem inclinação.

H02 - Não é possível validar uma equação para predizer o V?O2 máximo a partir

dos parâmetros extraídos da resposta dinâmica da FC durante a corrida contínua

em esteira ergométrica com velocidade constante sem inclinação.

H2 - É possível validar uma equação para predizer o V?O2 máximo a partir dos

parâmetros extraídos da resposta dinâmica da FC durante a corrida contínua em

esteira ergométrica com velocidade constante sem inclinação.

25
CAPITULO II

2.0 REVISÃO DE LITERATURA

Neste capítulo apresenta-se a revisão de literatura, trazendo esclarecimento e

fundamentação para a elaboração do estudo que pretende aumentar as

informações sobre consumo máximo de oxigênio, avaliação da aptidão

cardiorrespirátoria, índice de percepção do esforço, freqüência cardíaca, bem

como responder alguns questionamentos e obter mais dados sobre o que o

próprio estudo antecipa. Para tornar o leitor ciente do estado atual do

conhecimento nesta área, esta revisão abrangerá os seguintes conteúdos:

Fisiologia do exercício, avaliação desportiva, bioenergética, respostas agudas ao

exercício, respostas crônicas ao exercício, freqüência cardíaca, Pressão arterial,

V?O2 máximo, steady-state, fatores determinantes do V?O2 máximo, fatores

limitantes do V?O2 máximo, limiar anaeróbico, percepção subjetiva de esforço,

teste ergométrico, métodos para avaliação do V?O2 máximo, velocidade da corrida

e critérios de autenticidade científica.

26
2.1 Fisiologia do Exercício

Fisiologia do exercício é o estudo das respostas e adaptações fisiológicas que

ocorrem como resultado do exercício praticado de forma aguda ou crônica

(FROELICHER et al, 1998). O exercício é o estresse físico mais comum ao

organismo, podendo aumentar a sua taxa metabólica em até 20 vezes os valores

de repouso (DENADAI, 1995a).

O exercício, os jogos e a saúde preocupavam até mesmo as civilizações mais

antigas, mas o primeiro enfoque real sobre a fisiologia do exercício teve início na

Grécia antiga. A maior influência sobre a civilização ocidental veio dos médicos

gregos da antiguidade (McARDLE, KATCH & KATCH, 2002). Heródico (480 a.c.),

médico e atleta, influenciou Hipócrates (460 a.c.), que contribui com 87 tratados

sobre medicina, e Galeno (131 d.c.), que foi um dos médicos mais conhecidos e

influentes que já existiu. Galeno escreveu aproximadamente 80 tratados e 500

ensaios relacionados a anatomia e fisiologia humana, nutrição, crescimento e

desenvolvimento, benefícios do exercício e as conseqüências do sedentarismo à

saúde (McARDLE et al., 2002).

Com o passar dos anos, a fisiologia do exercício foi se desenvolvendo e já na

década de 40 a pesquisa enfatizava aptidão e força no que se relacionava ao

combate. Na década de 70, houve um aumento significativo no número de

laboratórios e na produção de pesquisa nos EUA e Escandinávia. Nos anos 80 a

maior ênfase foi sobre as fibras musculares, nutrição, treinamento contra

resistência e reabilitação e nos anos 90 o principal enfoque foi sobre aptidão física

27
e qualidade de vida (FOX & KETEYIAN, 2000). Observando, o nascimento de um

processo de avaliação física voltado para a qualidade de vida.

2.2 Avaliação Física

O processo de avaliação do rendimento motor se originou no Egito e na

antiga Grécia, mas só começou a ter uma aplicação científica a partir do século

XIX (YUCRA 2001, apud LUCIC, 2002).

Em 1884, um italiano chamado Mosso observou os efeitos de se exercitar um

músculo em um tipo de ergômetro. Mosso foi um dos primeiros fisiologistas a

levantar a hipótese de que a eficiência muscular era dependente de fatores do

sistema circulatório. Archibald Hill, em 1921, ganhou o prêmio Nobel de Fisiologia

por seus estudos realizados sobre o metabolismo energético. Pode-se definir a

avaliação como julgamento direto a respeito de um determinado estudo

embasado na medida ou em algum critério predeterminado (FERNANDES FILHO,

1999 apud LUCIC, 2002). A avaliação pode ser dividida em três tipos, diagnóstica,

formativa e somativa (MARINS & GIANNICHI, 2003). A avaliação do rendimento

físico seja ela de alto rendimento ou não, pode ser vista como um instrumento

indispensável para os profissionais da área de Educação Física.

28
2.3 Bioenergética

Durante o exercício físico acontecem vários fenômenos no interior do organismo,

alguns fundamentais para a construção de um novo método de medidas e

avaliação, que é o objetivo deste estudo. Quando um indivíduo realiza qualquer

tipo de exercício físico, o mais evidente é que se aumente a demanda energética

(LUCIC, 2002). A energia para contração muscular também ocorre em função da

oxidação dos substratos, estocados que disponibilizam dois compostos de alta

energia: adenosina trifosfato (ATP) e creatina fosfato (CP). As quantidades de

ATP são limitadas em uma célula muscular e este ATP que está sendo utilizado é

regenerado constantemente(FOSS & KETEYIAN, 2000; BURNLEY et al., 2002).

Foss & Keteyian (2000) relatam três processos comuns para formação do ATP:

“(1) Sistema do fosfagênio (ATP-CP), (2) glicólise anaeróbica e (3) sistema

aeróbico”, O primeiro gera ATP através da fosfocreatina (CP); o segundo gera

ATP, e também ácido lático. Ambos não requerem a presença de oxigênio,

tratando-se de um metabolismo anaeróbico. Já o terceiro sistema, envolve uso de

oxigênio, podendo ser divido em duas: a primeira, que termina na oxidação dos

carboidratos, e a segunda, que envolve a oxidação dos ácidos graxos e de alguns

aminoácidos. O ATP é armazenado nas células musculares e, tanto o ATP como

a CP, contêm grupos fosfato que segundo Foss e Keteyian (2000): “são

denominados grupos de alta energia”. A CP é semelhante ao ATP, pois, quando

seu grupo fosfato é removido, é liberada uma alta quantidade de energia

(Equação 2.1). Com a mesma velocidade com que o ATP é desintegrado durante

a contração muscular, será formado um novo ATP a partir do ADP e Pi em

29
função da energia gerada durante a desintegração da CP armazenada (Equação

2.2), (FOSS & KETEYIAN, 2000; GRASSI et al 2000; McARDLE, KATCH &

KATCH, 2002).

CP ? H 2O ? C ? Pi ? Energia (2.1)

Energia ? ADP ? Pi ? ATP ? H 2 O (2.2)

Na glicólise anaeróbica, o ATP também é ressintetizado dentro do músculo,

através da desintegração incompleta do carboidrato, para ácido lático (FOSS &

KETEYIAN, 2000). No corpo, os carboidratos são transformados em glicose

(açúcar simples), que pode ser utilizada rapidamente, ou armazenada sob forma

de glicogênio nos músculos e no fígado para uma futura utilização. A glicose é

metabolizada apenas parcialmente pelo processo da glicólise anaeróbica, que

ocorre no citosol (líquido intracelular) da célula muscular sem qualquer

necessidade de oxigênio (McARDLE, KATCH & KATCH, 2002). A glicólise

anaeróbica requer 12 reações químicas separadas, seu produto final é o ATP e o

ácido lático.

A produção aeróbica de ATP ocorre no interior das mitocôndrias e envolve a

interação de duas vias metabólicas cooperativas: o ciclo de Krebs e a cadeia de

transporte de elétrons (POWERS & HOWLEY, 2000). A função principal do ciclo

de Krebs é o término da oxidação dos carboidratos, das gorduras ou proteínas,

utilizando-se do NAD+ e do FAD+, como transportadores de hidrogênio. Esta

30
energia será utilizada na cadeia de transporte de elétrons, a fim de combinar o

ADP e Pi para ressintetizar o ATP. Na cadeia de transporte de elétrons, a

produção aeróbica de ATP ocorre em função de um mecanismo que utiliza a

energia disponível nos transportadores de hidrogênio reduzidos como NADH e o

FADH para a ressíntese do ADP em ATP.

2.4 Respostas agudas ao exercício

A produção de energia depende maciçamente dos sistemas respiratório e

cardiovascular para o suprimento de oxigênio (O2) e nutrientes (ACSM, 2003).

O substrato metabolizado determina a quantidade de dióxido de carbono

produzido em relação ao oxigênio consumido (McARCLE, KATCH & KATCH,

2002). Em virtude das diferenças químicas dos substratos (carboidratos, lipídeos

e proteínas), para a oxidação completa de átomos de carbono e hidrogênio de

uma molécula, serão necessários diferentes quantidades de O2. Os parâmetros

medidos na boca, o V?O2 e o V?CO2 (eliminação alveolar de CO2), embora sejam

grandezas respiratórias, consistem somente em uma estimativa da resposta

,
metabólica – dada respectivamente pelo Q O2 (consumo de O2 pelas células) e

,
pelo Q CO2 (produção celular de CO2) (BILLAT et al 1998; SANTOS, 1999). O R

(razão de trocas gasosas respiratórias), que representa a relação entre o V?CO2 e

o V?O2 ( V?CO2 / V?O2 ), estima o RQ (quociente respiratório) em condições de

31
, ,
repouso ou exercícios em steady-state. O RQ é a relação ente o Q CO2 e o Q O2

, ,
( Q CO2 / Q O2 ) (FOSS & KETEYIAN, 2000; RILEY & COOPER, 2002).

O RQ determina quais nutrientes estão sendo metabolizados para obtenção de

energia além da via metabólica utilizada. O RQ igual a 1 retrata que, para uma

mesma quantidade de O2 consumido, é produzida a mesma quantidade de CO2;

enquanto que valores iguais a 0,71 retratam que os principais substratos são os

lipídios. Já um RQ superior a 1, representa um déficit de O2 (atraso na captação

de O2 no exercício) e o aumento do metabolismo anaeróbico. (SANTOS, 1999).

Durante o exercício, haverá um aumento da demanda metabólica requerendo

elevação do transporte de O2, por sua vez, é mediado pelo débito cardíaco, varia

de 5 a 8 l/min em repouso podendo atingir valores de 25 l/min em sedentários e

de até 43 l/min em atletas de alto nível (LEITE, 2000). Com isso, o fornecimento

de O2 pode não ser suficiente se deparado à demanda energética.

Em exercícios submáximos com duração entre 5 e 10 minutos, o débito cardíaco

tem uma pequena elevação seguida de uma estabilização. Este fato ocorre tanto

pela alteração no volume sistólico como na freqüência cardíaca. O volume de

ejeção aumenta até o correspondente de 50 a 60% do V?O2 máximo, e a partir daí

o aumento da freqüência cardíaca é o principal responsável pelo fluxo sanguíneo

(SIETSEMA et al 1989; FROELICHER et al 1998). Em exercícios submáximo

prolongado (acima de 30 minutos), o débito cardíaco se mantém quase constante

durante todo exercício, o que não ocorre com a freqüência cardíaca. Com o

prolongamento do exercício, a FC aumenta gradualmente enquanto o volume

sistólico decresce gradualmente. De acordo com a “lei de Frank-Starling”, a

32
quantidade de sangue que é bombeado pelo coração é, normalmente, a

quantidade de sangue que chega até ele (GUYTON, 1988). Acarretando o

aumento do volume sistólico. E quanto maior a exigência de O2 pelos tecidos em

função do exercício, maior tende a ser o retorno venoso que, conseqüentemente,

ao final da diástole, leva um maior estiramento das fibras miocárdicas. Tal

estiramento, por sua vez, causa maior enchimento ventricular e, assim, a

contração sistólica será forçada, elevando, portanto, a pressão arterial sistólica

(PAS).

2.5 Respostas crônicas ao exercício

Entre os inúmeros benefícios que a prática regular de atividade física pode

proporcionar, abordarmos aqui alguns dos principais deles relacionados com os

exercícios aeróbicos. Os benefícios incluem a melhora da função

cardiorrespirátoria representada por: aumento do consumo máximo de O2, menor

dispêndio de energia do miocárdio para uma mesma intensidade de esforço

submáximo, pressão arterial e freqüência cardíaca mais baixa para uma mesma

intensidade de esforço submáximo, redução dos fatores de risco de doença de

artéria coronariana em função de pressões sistólicas e diastólicas diminuídas em

repouso em hipertensos, aumento do HDL sérico e redução dos triglicerídeos

séricos, diminuição da mortalidade e morbidade, pois níveis mais baixo de aptidão

estão associados às taxas mais altas de morte por DAC, diminuição da ansiedade

e do estresse, melhora da sensação de bem estar e melhora do desempenho

33
profissional e das atividades de lazer e esportivas (ACSM, 2000; BEARDEN &

MOFFATT, 2001).

A prática de atividades aeróbicas, a longo prazo, pode causar aumento da

cavidade ventricular, e portanto aumento do volume de ejeção, ao mesmo tempo

que causa uma FC menor para bombear o mesmo volume sanguíneo. Com isso,

a freqüência cardíaca em repouso também diminui (LEITE, 2000). O custo de

oxigênio para uma mesma intensidade de esforço tende a ser menor em

indivíduos fisicamente ativos do que para aqueles inativos (LAFORGIA et al 1997;

SANTOS, 1999).

2.6 Freqüência cardíaca (FC)

A FC aumenta de acordo com a intensidade do exercício (FAULKNER et al 1979;

LEITE, 2000). Ocorrendo de forma linear com o esforço físico,

conseqüentemente, numa relação de causa-efeito com o esforço realizado,

considerando que a FC e o V?O2 são fortemente influenciados pela demanda

metabólica da musculatura ativa ( ALONSO et al. 1998; ALMEIDA & ARAUJO,

2003). Os dois fatores mais proeminentes que influenciam a freqüência cardíaca

são o sistema nervoso parassimpático e simpático (POWERS & HOWLEY, 2000).

Em conseqüência disso, com a diminuição do tônus parassimpático do coração, a

FC eleva-se, e com o aumento da atividade parassimpática para reduzir a FC, a

PA eleva-se. Nos primeiros segundos de exercício, a inibição da atividade

parassimpática potencializa a contratilidade atrial eleva a velocidade de condução

da onda de despolarização dos ventrículos. Estas respostas iniciais independem

34
da intensidade do esforço do exercício e/ou do nível de aptidão aeróbica em

indivíduos saudáveis (ALMEIDA & ARAÚJO, 2003).

Com o prosseguimento do exercício, a elevação da FC decorre de um novo

estímulo adrenérgico sobre o nódulo sinusal ou pelo aumento da concentração de

noradrenalina, distensão mecânica do átrio e, em conseqüência, do nódulo

sinusal, em função de um maior retorno venoso, além da elevação da temperatura

corporal e do aumento dos resíduos ácidos do metabolismo no sangue (ALMEIDA

& ARAÚJO, 2003).

A temperatura também pode influenciar a FC, um aumento da temperatura

corporal além do normal acarreta o aumento da freqüência cardíaca, enquanto a

redução da temperatura normal leva à redução da mesma (POWERS &

HOWLEY, 2000; UETA et al 2002; POMPEU, 2004). Nos exercícios submáximos

de longa duração, sem reposição hídrica ou uma reposição parcial, foi constatou

um aumento significativo da FC (ARIAS et al, 2001). A FC também sofre

alterações em função do estado emocional, do biorritmo do indivíduo, nível de

hidratação, Freqüência Respiratória (FR), intensidade do exercício e surgimento

da fadiga (UETA et al , 2002; SACKNOLF et al, 1994).

O aumento desproporcional da FC em relação a uma carga de trabalho

imposta está tipicamente associado ao sedentarismo e a ansiedade, podendo

ainda ser um forte indicador de disfunção clínica. A dificuldade de sua elevação

frente a um esforço, pode estar sinalizando uma coronariopatia ou miocardiopatia.

A queda da FC com a progressão do esforço apresenta alta correlação com

doenças isquêmica, sendo, portanto, um forte critério para a interrupção do

esforço (SBC, 2002). A relação entre FC e consumo de oxigênio demonstra que o

35
comportamento da FC durante o exercício depende, em grande parte, da

demanda metabólica na musculatura ativa (ALONSO, 1998).

2.7 Pressão arterial (PA)

Pressão arterial pode ser definida como a força exercida pelo sangue

contra as paredes arteriais, determinada pelo volume de sangue bombeado e pela

resistência ao fluxo sanguíneo (POWERS & HOWLEY, 2000). Ela pode ser

medida através de um esfigmomanômetro .

Considerando que o produto do volume de ejeção pela FC determina o débito

cardíaco, e que a PA é exatamente a pressão exercida pelo sangue contra o

interior das paredes arteriais, o aumento do volume de sangue bombeado por

minuto pelo coração induz ao aumento da PA (FOSS & KETEYIAN, 2000;

POWERS & HOWLEY, 2000).

O débito cardíaco aumenta consideravelmente no início do exercício e, depois,

tende a aumentar timidamente até se estabilizar. O aumento do débito cardíaco é

ligeiramente maior que a diminuição da resistência vascular periférica, o que

explica o aumento contínuo da PA durante o esforço físico (FOSS & KETEYIAN,

2000; POWERS & HOWLEY, 2000). A PA possui dois indicadores distintos, o

valor mais elevado da pressão arterial é a pressão sistólica (PAS), enquanto que

o valor mais baixo é a pressão diastólica (PAD). A pressão sistólica é gerada

quando o sangue é ejetado do coração durante a sístole ventricular e a pressão

diastólica durante o relaxamento ventricular.

36
A PAS normalmente aumenta quando a intensidade do esforço aumenta e

a PAD, normalmente varia muito pouco (10 mmHg), em geral ela permanece

inalterada nos exercícios dinâmicos (LEITE, 2000). Nos exercícios que se

utilizam os membros superiores, posicionados acima da cabeça, e exercícios de

contrações isométricas, as pressões arteriais sistólica e diastólica normalmente

aumentam (LEITE, 2000). As elevações superiores a 260 mmhg na PAS ou 115

mmHg na PAD são um forte indicativo para interrupção do esforço, pelos riscos

de acidente vascular (SBC, 2002, p.52).

2.8 V?O2 máximo

A mais alta captação de oxigênio que se pode alcançar durante um trabalho

físico, respirando ao nível do mar (ASTRAND & RODAHL, 1987; GIBSON et al

1999), ou maior índice de captação e utilização de O2 pelo corpo durante a

realização de um exercício intenso (COSTA, 2003). O transporte de oxigênio do

meio externo para o interior das mitocôndrias da célula muscular requer a

interação do fluxo sanguíneo e a ventilação no metabolismo celular. Uma alta

capacidade aeróbica requer a resposta integrada e de alto nível, de diversos

sistemas fisiológicos. (FOX, 1973; MCARDLE, KATCH & KATCH, 1992). Podendo

este suportar níveis metabólicos de 10 a 12 vezes maiores do que os de repouso.

Esta interação não é bastante firme a ponto de atender aos rápidos aumentos da

atividade muscular, o metabolismo anaeróbico compensa transitoriamente essas

demandas energéticas (SKINNER, 1991; LOTHIAN & FARRALLY, 1995). Isso

levar a uma acidose metabólica, o que acarretar em fadiga precoce, onde o

37
indivíduo fica exausto e incapaz de continuar (SUTTON, 1992; MCARDLE,

KATCH & KATCH, 1992).

A informação fornecida pela avaliação da captação máxima de oxigênio

representa uma medida de (1) a maior produção de energia por processos

aeróbicos e (2) a capacidade funcional da circulação (WASHBURN & MONTOYE,

1984; ASTRAND & RODAHL, 1987). O V?O2 máximo é um dos mais importantes

parâmetros fisiológicos, reflete a interação de vários sistemas que servem de

suporte ao desenvolvimento das capacidades físicas (KASCH, 1984; MACHADO,

ABOARRAGE, DANTAS, 1999; BERNARD, 2003). Com isso, o V?O2 máximo têm

recebido a atenção de vários pesquisadores, sendo aceito como parâmetro

fisiológico para classificar o nível de aptidão física. O V?O2 máximo é aceito como

a melhor medida da capacidade funcional do sistema cardiorrespiratório, ou seja,

da aptidão cardiorrespirátoria, refletindo a capacidade de transportar e utilizar o

O2 pelo metabolismo celular (ACSM, 2003). Um dos conceito do V?O2 máximo foi

criado por Hill & Lupton em 1923, em um estudo considerado como pioneiro

(BASSET & HOWLEY, 2000). Noakes, em 1997, propôs um novo modelo

fisiológico, defendendo a hipótese de que o débito cardíaco não se traduziria

como principal fator limitante do V?O2 máximo, mas sim os fatores periféricos, o

que implicaria que o V?O2 máximo não refletiria a máxima capacidade aeróbica

(COSTA, 2003; CURETON et al 1995).

Entretanto o modelo proposto não tinha sustentação,pois, não identificou,

de forma inequívoca, as observações como compatíveis, sendo incompatíveis

com os diferentes modelos e teorias, não avaliou os diferentes modelos de acordo

38
com padrões iguais, excluiu informações consideradas discutíveis e posiciona-se

entre aceitar ou rejeitar paradigmas. Além disso, ignorou o tipo de exercício, a

característica do protocolo de teste, a massa muscular envolvida e a influência da

PA sobre o débito cardíaco (BERGH; EKBLOM & ASTRAND, 2000).

Conclui-se que o modelo proposto por Hill e Lupton (1923) continua sendo

a principal referência na área da fisiologia cardiorrespirátoria. Estes autores

observaram que o consumo de oxigênio possui um limite superior, existem

diferenças entre os indivíduos no V?O2 máximo, que um alto V?O2 máximo é pré-

requisito para o sucesso em corridas de média e longa distância e que o V?O2

máximo é limitado pela habilidade do sistema cardiorrespiratório em transportar o

O2 para os músculos ativos (POOLE et al 1994; BERGH; EKBLOM & ASTRAND,

2000).

Resume-se então em seis itens a importância de medir o V?O2 máximo:1)

é aceito internacionalmente como melhor parâmetro fisiológico para avaliar, em

conjunto, a capacidade funcional do sistema cardiorrespiratório; 2) é um

parâmetro fisiológico e metabólico para avaliar a capacidade metabólica oxidativa

aeróbica durante trabalhos musculares acima do metabolismo basal; 3) é um

parâmetro ergométrico utilizado para a avaliação da capacidade de trabalho do

homem em diferentes atividades ocupacionais (medicina do trabalho); 4) é um

parâmetro fisiológico utilizado para prescrever atividades físicas sob forma de

condicionamento físico normal (sedentários, obesos, idosos) ou especial

(cardíacos, pneumopatas, diabéticos etc.) ou sob forma de treinamento físico

(preparação física de atletas) ou para prescrever atividades ocupacionais no

ambiente de trabalho; 5) é um parâmetro usado para quantificar o efeito do

39
treinamento físico no sistema cardiorrespiratório; 6) e usado em estudos

epidemiológicos para comparação de capacidade física entre os povos e atletas

(LEITE, 2000).

O valor do V?O2 máximo expressa quantitativamente a capacidade

individual para a ressíntese aeróbica de ATP (MCARDLE, KATCH & KATCH,

1992). O consumo de oxigênio em repouso é aproximadamente de 3,5 ml.kg-


1
.min-1, tanto para indivíduos sedentários quanto para os treinados; mas, durante

esforços máximos, os indivíduos treinados podem chegar a valores até duas

vezes maior do que aqueles apresentados por sedentários (DENADAI, 1995a).

O trajeto percorrido pelo O2 do meio atmosférico até a mitocôndria passa

por quatro fases, cada uma representando um potencial impedimento para o fluxo

de O2: 1º – a capacidade de difusão pulmonar, 2º – o débito cardíaco máximo, 3º

– a capacidade de transporte de O2 pelo sangue e 4º – características do músculo

esquelético (COSTA, 2003). Os três primeiros fatores são considerados centrais,

enquanto o último é considerado periférico. Em condições normais, a literatura

mostra que o V?O2 máximo é limitado principalmente pela habilidade do sistema

cardiocirculatório em transportar O2 para os músculos do que pela habilidade da

mitocôndria muscular consumir o O2 (ANDERSON, 1992; BASSET & HOWLEY,

2000).

2.9 Steady-state

Estado de equilíbrio é, provavelmente, a melhor tradução para steady-

state. Representa a situação onde as respostas do organismo ao exercício

40
atingiram um certo nível, que não será modificado pela continuação do exercício

nesta intensidade (LAFONTAINE et al 1981; ARAÚJO, 1986). Durante os

primeiros minutos de exercício, a captação de oxigênio aumenta até atingir um

determinado ponto, caso a carga não seja alterada, denomina-se então este de

steady-state, no qual a captação de oxigênio reflete as necessidades dos tecidos

durante o exercício (NUMMELA et al, 1996) Pode-se observar o steady-state,

entre o sexto e oitavo minuto de exercício para um dado nível de esforço (LEITE,

2000). O tempo para atingir o steady-state é mais curto em indivíduos treinados

em comparação aos não treinados (BENEKE et al 2000; POWERS & HOWLEY,

2000). Esta observação revela que o déficit de oxigênio é menor nos indivíduos

treinados do que nos não treinados, o significa que a produção aeróbica de ATP é

ativada mais precocemente no começo do exercício e resulta numa menor

produção de ácido láctico nos indivíduos treinados em comparação aos não

treinados.

A obtenção desse estado estável coincide aproximadamente com a

adaptação do débito cardíaco, da FC e da ventilação pulmonar (ASTRAND &

RODAHL, 1987). O ritmo estável reflete um equilíbrio entre a energia de que

necessitam os músculos ativos e a produção de ATP através do metabolismo

aeróbico (MCARDLE, KATCH & KATCH, 1992; NUMMELA et al 1996). Com isso,

durante o steady-state em exercício, a captação de oxigênio se iguala às

necessidades de oxigênio dos tecidos. O ac. Láctico sanguíneo não se acumula

em qualquer grau apreciável nas condições metabólicas de ritmo estável

(HUGHES et al 1982; MCARDLE, KATCH & KATCH, 1992), logo, não há acúmulo

de ac. láctico no organismo durante a atividade em steady-state.

41
Teoricamente, quando se alcança steady-state durante o exercício, pode-

se continuar por tempo indeterminado, mas a perda de líquidos e a depleção

eletrolítica passam com freqüência a constituir fatores limitantes importantes,

especialmente em clima quente, no exercício submáximo acima de 30 minutos de

duração, o volume sistólico decresce gradualmente e a FC aumenta da mesma

forma com o prolongamento do exercício (MCARDLE, KATCH & KATCH, 1992;

LEITE, 2000). Do ponto de vista prático, considera-se steady-state quando sua

FC se mantém dentro de uma variabilidade igual ou menor que 4 bpm (ARAÚJO,

1986).

É importante enfatizar que a captação máxima de oxigênio seja alcançada

numa carga de trabalho que não é necessariamente máxima (ASTRAND &

RODAHL, 1987), logo não é necessário um teste com uma intensidade máxima

para avaliar o V?O2 máximo. O que vai ao encontro dos objetivos, que é

desenvolver um teste para avaliar o V?O2 máximo sem um esforço máximo.

2.10 Fatores determinantes do V?O2 máximo

Quando se estuda o V?O2 máximo em grupos heterogêneos se depara com

fatores que influenciam no resultado o que chamamos de fatores determinantes:

genético, idade, sexo e o estado de treinamento.

42
2.10.1 Genético

Os fatores genéticos podem explicar as significativas variações existentes no V?O2

máximo (AHA, 2001). Segundo McArdle, Katch & Katch (1992, p.195): “apenas a

hereditariedade era responsável por 93% das diferenças observadas na

capacidade aeróbica quando medida pelo V?O2 máximo.”

Outras investigações indicaram um efeito significativo menor (responsáveis

por 67% da variabilidade observada no V?O2 máximo) sobre os fatores

hereditários em relação à capacidade aeróbica (STORER et alii 1990;

KLISSOURAS, 1971 apud DENADAI, 1995a). O efeito genético é estimado

atualmente em cerca de 10 a 30% para o V?O2 máximo (MCARDLE, KATCH &

KATCH, 1992). Fagard et alii (1991 apud DENADAI, 1995a) não concordam com

estes autores e concluíram que: “a hereditariedade foi responsável por 66% da

variação dos valores de V?O2 máximo.” Apesar de não haver consenso entre os

autores, observa-se que os fatores genéticos influenciam significativamente o

V?O2 máximo.

2.10.2 Idade e sexo

Os maiores valores do V?O2 máximo são entre 15 e 30 anos, e tendem a diminuir

progressivamente com o avanço da idade (FITZGERALD et alii 1997). Os

43
equipamentos e os testes para se medir o V?O2 máximo foram desenvolvidos em

sua maioria para adultos, o que torna muito difícil sua adaptação para crianças.

Um dos maiores problemas nos trabalhos realizados com crianças e adolescentes

estar em determinar quais respostas são dadas em função do estímulo e quais

respostas são dadas em função do crescimento. A maturação biológica é um

determinante crítico das respostas fisiológicas durante o exercício (DOIMO,

MUTARELLI & KISS, 1998). A determinação do V?O2 máximo em crianças

menores que 8 anos de idade é muito difícil de ser realizada (MALINA &

BOUCHARD, 1989 apud DENADAI, 1995a ).

Em um estudo canadense (MIRWALD & BAILEY, 1986), com meninos de 8

a 16 anos, verificou-se aumento anual do V?O2 máximo, sendo que os maiores

aumentos foram entre a faixa etária de 12 e 13 anos (0,31 l/min) e 13 e 14 anos

(0,32 l/min). No mesmo estudo, em relação a meninas de 8 a 13 anos, verificou-

se que o V?O2 máximo aumentou em função da idade cronológica. Em um outro

estudo (MIRWALD & BAILEY, 1986), com meninas de 8 a 13 anos de idade, foi

observado que as meninas tiveram um aumento anual do V?O2 máximo,

registrando-se os maiores aumentos entre as faixas etárias de 11 e 12 anos (0,25

l/min) e 12 e 13 anos (0,23 l/min).

O V?O2 máximo atinge seu ponto mais alto entre 18 e 20 anos de idade,

ocorrendo um decréscimo gradual posteriormente tanto para valores absolutos

como para relativos (ASTRAND, 1960). A potência aeróbica das mulheres é, em

média, 70 a 75% daquela dos homens (ASTRAND & RODAHL,1987). O V?O2

máximo das mulheres é menor que a dos homens cerca de 15 a 25% (LEITE,

44
2000). Enquanto McArdle, Katch & Katch (1992, p.195) relatam que: “o V?O2

máximo para mulheres é tipicamente de 15 a 30% inferior ao dos homens”.

Considerando-se numa mesma faixa etária, estima-se que o V?O2 máximo seja de

10 a 20 % maior no gênero masculino comparado com o feminino (AHA, 2001).

Este menor valor absoluto no V?O2 máximo atribuído ao gênero feminino encontra

suporte, em parte, na menor quantidade absoluta de massa muscular, no menor

volume de ejeção, quando comparado ao gênero masculino (AHA, 2001). No que

se refere ao esgotamento e aproveitamento periférico de oxigênio, as mulheres

estão em desvantagem em relação aos homens, devido à menor massa muscular

(WEINECK, 2000).

2.10.3 Treinamento

O treinamento pode aumentar o V?O2 máximo, e este aumento é mais

freqüentemente encontrado em torno de 15 a 20% em indivíduos que praticam

atividade física pelo menos 3 vezes na semana, durante 30 minutos (POLLOCK

1987 apud DENADAI, 1995a). Enquanto, em relação ao destreinamento, estima-

se que um homem saudável, após três semanas submetido a repouso (leito),

sofra uma diminuição de aproximadamente 25% no seu V?O2 máximo (AHA,

2001).

Durante um programa de atividades físicas, quando se perde

significativamente gordura corporal e o V?O2 máximo é expresso em valores

45
relativos, os resultados podem apresentar um aumento em torno de 40%

(HANSEN et al 1988; ACSM, 2003).

Quanto maior for o nível inicial de condicionamento físico, menor a melhora

relativa determinada pelo programa de treinamento. Os maiores valores de

V?O2 máximo são atingidos dentro de 8 a 18 meses de treinamento (DENADAI,

1995a), sendo que as adaptações determinadas pelo programa de treinamento

são específicas para o tipo de exercício realizado.

2.11 Fatores limitantes do V?O2 máximo

Existem duas escolas de pensamento que trabalham com hipóteses diferentes

sobre a limitação do V?O2 máximo (DENADAI, 1995a). Uma aceita a hipótese de

existência de uma limitação central (SALTIN & STRANGE, 1992), e a outra

propõe a hipótese da limitação periférica (WAGNER, 1995). Sabe-se que a oferta

central de oxigênio depende do débito cardíaco máximo e do conteúdo máximo

de oxigênio arterial, enquanto a extração periférica de oxigênio transportado é

expressa através da diferença arterio-venosa. Quando estes fatores são

combinados, a habilidade de fazer com que o sistema circulatório ofereça o

oxigênio.

A teoria da limitação central baseia-se em estudos da década de 1960, alteraram

seu nível de atividade física, que a limitação era do coração. Já a teoria de

limitação periférica, baseia-se no fato de que o V?O2 máximo é influenciado pelo

potencial oxidativo da fibras musculares, ou seja, pela concentração de enzimas

46
oxidativas e também pelo número e volume das mitocôndrias. Em um grupo de

sujeitos que foram submetidos a um protocolo de treinamento na bicicleta

ergométrica, utilizando-se apenas uma perna, foi observado a importância da

adaptação periférica, pois, na perna não treinada não houve aumento do número

do V?O2 máximo, do número de capilares nem das enzimas oxidativas. Já, na

perna treinada foi constatado um grande aumento do V?O2 máximo, do número de

capilares e das mitocôndrias (SALTIN et alii 1976 apud DENADAI, 1995a).

Na década de 1990, Wagner (1995, apud DENADAI, 1995a) a limitação periférica

a partir da difusão tecidual do oxigênio, ou seja, a freqüência com que o oxigênio

pode se dissocia da hemoglobina (Hb), então difunde do sangue para o tecido, se

associa co a membrana plasmática e é transportada para a mitocôndria. Existe

uma relação entre o V?O2 máximo e a PO2 venosa da musculatura ativa, mesmo

se a oferta de oxigênio for aumentada ou diminuída. Esta relação indica a

compatibilidade da teoria da difusão periférica de oxigênio, limitando o V?O2

máximo (DENADAI ,1995a).

Estudos anteriores (EKBLON et alii 1968; SALTIN & STAGE, 1992 apud

DENADAI, 1995a) têm sustentado que a principal limitação do V?O2 máximo seria

o sistema cardiovascular, ou seja, a teoria da limitação central. Contudo, em

alguns estudos com indivíduos altamente treinados verificou-se que o sistema

respiratório pode limitar oV?O2 máximo (DENADAI, 1995a). Com o aumento da

intensidade de esforço realizado por alguns sujeitos altamente treinados, algumas

deficiências do sistema respiratório ficam evidentes, sustentando a hipótese do

47
sistema respiratório também ser um fator limitante do V?O2 máximo (DEMPSEY et

alii 1984 apud DENADAI, 1995a).

2.12 Limiar Anaeróbico

Os mecanismos do metabolismo do ácido lático durante o exercício têm sido

objeto de várias pesquisas nos últimos anos, contudo, existem ainda muitas

controvérsias. Basicamente existem duas correntes de pensamentos sobre a sua

produção: a primeira que propõem que a produção de ac.láctico está relacionada

com a hipóxia tecidual, e a segunda que aponta outros fatores que não este

(CONCONI et alii 1982; DENADAI, 1995b).

O efeito inotrópico negativo que ocorre no músculo em função do aumento da

produção de ácido lático tem sido atribuído ao acúmulo intracelular de H+.

(CHASE & KUSHMERICK, 1988). Estudos mais recentes têm verificado que o

acúmulo de ácido lático, independente das variações do pH muscular e

sanguíneo, pode diminuir também a tensão que é gerada pelo músculo se

contraindo in situ, em intensidades submáximas (MYWERS et al 1994; DENADAI,

DENADAI & GUGLIELMO, 1996a). A influência do ácido lático sobre a

performance parece não ficar restrita apenas ao período que este metabólito é

produzido e acumulado. Vários estudos (YATES, GLADDEN & CRESANTA, 1983;

HOGAN & WELCH, 1984; KARLSSON, BONDE-PETERSEN, HENRIKSSON &

KUNUTTGEN, 1975; KLAUSEN, KNUTTGEN & FORSTER, 1972) mostram que

48
exercícios de alta intensidade, realizados durante alguns segundos ou poucos

minutos, tem sua performance diminuída quando a concentração de ac. láctico

encontra-se previamente elevada.

A produção de ácido lático durante exercício submáximo ocorre em função da

diminuição da oferta de O2 para a atividade mitocondrial. Quando ocorre a

diminuição de oferta de O2, a respiração mitocondrial é estimulada pelo aumento

do ADP, do Pi e pelo NADH mitocondrial. Estes estimulam a glicólise, que por sua

vez, aumenta a formação do NADH extramitocondrial (AUNOLA & RUSKO, 1988;

DENADAI, 1995b). Tais modificações, combinadas com o aumento do NADH

mitocondrial, resultam em aumento ainda maior do NADH citoplasmático, o que

desvia a ação da lactato-desidrogenase (LDH) em direção à formação do ac.

láctico.

Outros estudos (BROOKS, 1991; STAINSBY & BROOKS, 1990 apud DENADAI,

1995b) sustentam que a produção de ácido lático não está associada à hipoxia

mitocondrial. Os mesmos autores observaram que a liberação tecidual de ácido

lático é um pobre indicador de deficiência de O2, visto que a produção de ácido

lático ocorre por outros motivos, e não pela queda da tensão do O2. Ocorre

produção e liberação de ácido lático mesmo em repouso, mas durante o exercício

sua liberação aumenta exponencialmente em relação à intensidade do esforço.

Para os exercícios com intensidades de leve a moderada, a lactacidemia tende a

se manter constante até um determinado ponto, assume uma trajetória

exponencial (SANTOS, 1999).

A concentração intra-muscular e sanguínea de ácido láctico é menor em

indivíduos treinados, quando comparados aos sedentários, para a mesma

49
intensidade submáxima de exercício (absoluta ou relativa). Durante exercícios

máximos, os indivíduos treinados podem apresentar uma maior concentração de

ácido lático que os sedentários (GOMES, 1989; DENADAI et alii 1996a).

Mesmo existindo controvérsias sobre os mecanismos que controlam sua

produção, existe um consenso na literatura que a concentração de ácido lático no

sangue varia muito pouco em relação aos valores de repouso, quando se realiza

esforços a intensidade moderada entre 50 e 75 % do V?O2 máximo (DENADAI,

1995b). Dados na literatura mostram que é um erro interpretar que o acúmulo de

ácido lático no sangue reflete apenas uma maior produção muscular. Sua

concentração sanguínea depende do balanço entre a liberação e sua remoção

(BROOKS, 1991). Outros órgãos, como intestino e fígado podem também

produzir e liberar ácido lático.

Durante o exercício em humanos, aproximadamente 75% do ácido lático é

removido através da oxidação e cerca de 10-15% é convertida em glicose via

ciclo de Cori-Cori (DENADAI, 1995b). Observou-se que indivíduos treinados

apresentam uma maior velocidade de remoção de ácido lático durante a

recuperação passiva em comparação ao indivíduos destreinados (DENADAI et alii

1996a). O aumento gradual do ácido lático sanguíneo, que ocorre em uma

determinada intensidade de trabalho submáxima, pode refletir um aumento

exponencial da liberação do ac. Láctico pelo músculo, ou ainda uma diminuição

da capacidade de remoção. Esta diminuição na remoção do ácido lático pode

ocorrer pela diminuição do fluxo sanguíneo para o fígado e os rins, aumento da

intensidade de trabalho e também por uma incapacidade dos músculos em extrair

50
e oxidar o ac. láctico na mesma taxa que é liberado (BROOKS, 1985 apud

DENADAI, 1995b).

Um dos maiores problemas relacionados com a determinação e utilização

do limiar anaeróbico é, sem dúvida, o grande número de terminologias

empregado pelos pesquisadores para a identificação de fenômenos iguais ou

semelhantes (DENADAI, 1995b). Em função deste grande número de

terminologias e referências utilizadas para se determinar o limiar, pode-se dividido

em duas fases: limiares que identificam o início do acúmulo do ac. láctico no

sangue e limiares que identificam a máxima fase estável de ac. láctico no sangue

(DENADAI, 2000).

Para os limiares que identificam o início do acúmulo do lactato no sangue,

um dos termos propostos foi o OPLA (onset of plasma lactate accumulation) como

sendo a intensidade de exercício anterior ao aumento exponencial do lactato no

sangue (FARREL et alii 1979 apud DENADAI, 1995b; DENADAI, 2000). Outros

autores utilizam basicamente o mesmo referencial, mas definem esta intensidade

do exercício como Limiar de Lactato (LL) (IVY et alii 1980; TANAKA et alii 1984;

WELTAMAN et alii 1990 apud DENADAI, 1995b). Durante a determinação do

OPLA e do LL nos métodos anteriores, foram utilizado concentrações variáveis de

lactato sanguíneo para determinar o fenômeno, encontrando-se geralmente

intensidades de exercício que correspondem a uma concentração de lactato entre

1,5-3,0 mM. Diferentemente do que se verificou, foi proposto o termo limiar

aeróbico (LAer). Para sua determinação, foi utilizada uma concentração fixa que

corresponde a 2 mM de lactato no sangue (KINDERMANN et alii 1979 apud

DENADAI, 1995b; DENADAI, 2000).

51
Já para os limiares que identificam a máxima fase estável de lactato no

sangue, alguns pesquisadores têm utilizado concentrações fixas de lactato de

4mM. A escolha desta concentração fixa se dá porque a maioria dos indivíduos

apresenta, nesta intensidade do exercício, um balanço entre produção e remoção

do ácido lático (HECK et alii apud DENADAI, 1995b). Kindermann et al. (1979)

propuseram o termo limiar anaeróbico, enquanto que Mader et alii (1976), limiar

aeróbico-anaeróbico. Já Sjodin & Jacobs (1981) utilizam o termo OBLA (onset of

blood lactae accumulation); todos estes termos referentes a uma concentração

fixa de 4mM (DENADAI, 2000).

Apesar da concentração de ácido lático correspondente à máxima fase

estável do exercício (MSSLAC) seja de aproximadamente 4mM, no estudo de

Stegmann et al (1981), foi encontrada uma variação individual muito grande de

1,5-7,0 mM (DENADAI, 2000).

Existe uma diminuição do ácido lático até que se atinja um valor mínimo, a

partir do qual começa a existir um novo aumento do ácido lático, denominado de

(LACmin). Ele corresponde à intensidade de exercício onde ocorre um equilíbrio

entre produção e remoção do ac. láctico (DENADAI, 2000). Vários autores

relatam que esta intensidade corresponde à velocidade de MSSLAC para a

maioria dos indivíduos (DENADAI, 1995b).

Entre os fatores que influenciam o metabolismo do ácido lático no

exercício: pode-se ressaltar a idade, a tipologia das fibras musculares e a

disponibilidade do substrato energético. Verificou-se que as crianças

apresentavam uma menor concentração de lactato sanguíneo e muscular, quando

comparadas aos adultos, durante exercícios submáximos com mesma carga

52
relativa (ASTRAND, 1984). Tanaka & Shindo (1985 apud DENADAI, 1995b)

observaram uma correlação negativa entre o LAn e o grau de maturação óssea e

que meninos pré-puberes (<15 anos) tinham um LAn maior do que indivíduos

adultos (>18 anos) e semelhante aos jovens treinados de 16 anos.

As menores concentrações de testosterona nas crianças podem determinar

uma menor hipertrofia das fibras brancas, além de uma menor atividade do

glicogênio fosforilase muscular e da fosfofrutoquinase (PFK), resultando em

menor atividade glicolítica (DENADAI, 1995b).

Ivy et alii (1980) observaram que o percentual de fibras vermelhas

correlaciona-se com a intensidade relativa ao LL, tanto expresso de maneira

relativa como absoluta. Em um outro estudo (TESCH et alii 1981), observou-se

que 92% da variação da velocidade de corrida, equivalente ao OBLA, poderia ser

explicado pelo percentual de fibras vermelhas e pela densidade capilar

(DENADAI, 1995b).

Em um estudo realizado por Ivy et alii (1980), os resultados indicaram não

existir diferença no LL entre o controle e o exercício realizado com sobrecarga de

glicólise. Contudo, o LL ocorreu em um percentual do V?O2 máximo

significativamente maior após a administração de heparina (AGL), quando

comparado com as outras condições (DENADAI, 1995b). O que leva a entender

que a oferta dos substratos energéticos como ácidos graxos livres (AGL), glicose

e as reservas de glicogênio muscular e hepático podem afetar a performance e a

resposta do ácido lático durante o exercício (DENADAI, 1995b).

53
2.13 Percepção subjetiva de esforço

O termo Psicofísica tem sido utilizado tradicionalmente para designar o

estudo científico da percepção humana, sendo concebida pela relação entre o

estímulo físico e as respostas perceptivas (NOBLE & ROBERTSON, 1996). O

esforço percebido é considerado como uma classificação ou descrição do esforço

durante o exercício, a partir da integração de sinais originados no músculo, no

sistema respiratório e no sistema nervoso central onde o indivíduo irá interpretar

de forma pessoal o esforço realizado para um determinado exercício (COSTA,

2003). A percepção do esforço, medida através de escalas que aferem a

percepção subjetiva do esforço (PSE), pode trazer uma solução para o problema

de determinação da carga de trabalho físico, integrando índices quantificáveis

provenientes de todo o corpo, os indícios fisiológicos mais importantes na

percepção da intensidade do exercício são o V?O2 máximo, FC, concentração de

lactato ([Lac]), produção de catecolaminas - cortisol ([cor]), concentração sérica

de glicose ([gli]) e colesterol ([agl]) com a percepção da carga de trabalho

imposta aos sistemas músculo-esquelético e cardiorrespiratório (BORG, 2000).

A fadiga central (FAC) e ou periférica (FAP) afetam diretamente a PSE, os

fatores que determinam ou influenciam a ocorrência da fadiga não são totalmente

conhecidos, variando de acordo com as características do exercício, indícios

sensoriais, sintomas somáticos, fatores emocionais e comportamento (BORG,

1985; BORG, 1994).

Os componentes fisiológicos variam em relação ao esforço percebido,

avaliando suas interações, devendo-se para isso coletar dados sobre cada reação

54
mental do indivíduo representada pelo funcionamento cognitivo, motivacional e

emocional. As variáveis perceptivas, fisiológicas e de desempenho diferentes,

mudam e interagem umas com as outras (LJUNGGREN, 1985; BORG, 1994). A

FC quando relacionada com o PSE estabelecem um indicador seguro durante a

realização de exercícios em intensidades submáximas (GLASS, WHALEY &

WEGNER, 1991). Os aspectos físicos do ambiente, como altitude, temperatura,

altitude, música e ruídos e as condições atmosféricas, como velocidade do vento,

umidade relativa do ar e poluentes da atmosfera, associados de uma maneira em

geral ao contexto social podem exerce uma determinada influência sobre a

percepção de esforço (BORG, 1994). Considerando que a FC tem uma relação

direta com a percepção de esforço, espera-se que a FC também aumente de

acordo com o esforço percebido.

Deve-se lembrar que uma percepção é sempre subjetiva, visto ser privada

e não avaliável diretamente por meio de respostas de desempenho ou fisiológicas

(BORG, 2000). A percepção apresenta-se como uma unidade complexa, pois as

impressões sensoriais não são vivenciadas como qualidades ou intensidades

isoladas, mas em conjunto, como um todo (LJUNGGREN, 1985; BORG, 1994;

SAMULSKI, 2002).

2.14 Teste ergométrico

Através do teste de esforço que se pode saber até que ponto tais sistemas

conseguem responder bem a sua função, e mais ainda, pode-se saber também

como tais sistemas estão respondendo a um determinado nível de estresse físico

55
no decorrer do exercício (SHEPHARD, 1992; SANTOS, 1999). Os diferentes

testes ergométricos apresentam características distintas, podendo variar de um

sistema simples a equipamentos com elevado grau de sofisticação tecnológica.

Através do teste ergométrico é que se pode responder, algumas questões

como: qual a capacidade de realizar um esforço, qual é a requisição metabólica

para um determinado nível de esforço, se há alguma anormalidade na relação

ventilação-perfusão, se há algum defeito na utilização de O2 pelos músculos

(WASSERMAN et alii 1994; CHURCH et alii 2001).

Para se realizar a medida do V?O2 máximo, vários protocolos foram

desenvolvidos, podendo estes serem de pista ou laboratoriais, máximos ou

submáximos, e ainda diretos ou indiretos. Os cientistas da área de fisiologia do

exercício e médicos utilizam-se de provas de esforço para avaliar objetivamente o

V?O2 máximo (HEYWARD, 1996). Durante a execução dos testes, deve-se estar

atentos não só à qualidade mais também à facilidade de execução dos mesmos.

Existem várias categorias de ergômetros, muito das quais são utilizadas somente

para fins de performance em treinamento desportivo (NEVES & SANTOS, 2003).

Os três tipos de ergômetros mais utilizados são o banco, a bicicleta e a

esteira (FERNANDES FILHO, 2003). O ergômetro de banco pode ser constituído

de um, dois ou mais degraus e a altura do degrau vai variar conforme o protocolo.

Suas vantagens: não depende de luz elétrica, baixo custo, facilidade de

transporte, é indicado para estudos de grandes populações. Suas desvantagens:

difícil monitoramento da PA, contra-indicado para indivíduos obesos devido à

ação dos microtraumatismos, a altura do banco em alguns protocolos para o

público feminino poderá induzir a um fator antropométrico limitante.

56
O ciclo-ergômetro pode ser classificado de dois métodos, um é de acordo

com a frenagem e o outro é de acordo com a constância do nível de potência.

(FERNANDES FILHO, 2003). Existem dois tipos de frenagem a mecânica e a

elétrica que atuam de maneira similar. Quanto ao controle de potência, um é

constante, independente da velocidade do pedal e no outro ocorre modificações

na potência conforme varia a velocidade do pedal. Suas vantagens: permitir

pequenos aumentos de cargas, maior facilidade de registro do ECG, maior

facilidade para medir a PA durante o exercício. Suas desvantagens: envolvem

menor massa muscular durante o exercício físico que a esteira, fadiga precoce do

quadríceps femural antes que o nível adequado do exercício tenha sido atingido,

requer que o indivíduo saiba pedalar.

Na esteira, existem duas variáveis de sobrecarga: a velocidade, observa-se uma

velocidade mínima de 1,6 Km/h e máxima de 20 Km/h (em algumas esteiras); e o

ângulo de inclinação este pode variar de zero a 24%. O tapete da esteira deve ter

no mínimo 127 cm de comprimento e 40,64 cm de largura. Além disso, ela deve

ser capaz de suportar diferentes pesos corpóreos de até 157,5 Kg, recomenda-se

ainda a presença de apoios frontais e laterais (GUIMARÃES, 2003). Suas

vantagens: usa um tipo comum de exercício, utiliza uma massa muscular maior e

causa menor estresse ao sistema cardiovascular. Suas desvantagens: custo alto

na aquisição e manutenção, maior dificuldade de registro de ECG e PA,

dificuldade de transporte e o peso corporal interfere no trabalho físico realizado.

Os resultados de V?O2 máximo alcançado na esteira são em média 18% maior

que no ciclo-ergômetro (MYERS et alii 1991 apud NEVES & SANTOS, 2003).

57
Para cada atividade existem determinados testes e de variadas formas, o que nos

permite realizar uma adequada seleção para aplicação, dependendo dos objetivos

que foram traçados para os grupos (LUCIC, 2002). Existem três formas de

submissão do sistema cardiovascular ao estresse: os testes isométricos, os

dinâmicos e a combinação destes (FROELICHER et alii 1998). Os testes

dinâmicos impõem uma atividade muscular rítmica, motivo pelo qual este tipo de

teste é mais utilizado.

Os protocolos laboratoriais dinâmicos podem ser divididos em testes em que se

utilizam múltiplos estágios com cargas progressivas, e os testes de steady-state

(RUPPEL, 1994 apud NEVES & SANTOS, 2003). Os testes onde os indivíduos

são levados ao steady-state são utilizados para acessar a função cardiopulmonar

sob condições de demanda metabólica constante. Astrand & Rodahl (1970 apud

SKINNER, 1991) propõem cinco requisitos destinados aos testes para medir o

V?O2 máximo:

1- O trabalho deve envolver grandes grupos musculares;


2- O trabalho deve ser mensurável e reproduzível;
3- As condições do teste devem ser comparáveis e reproduzíveis;
4- O teste deve ser tolerável pelos indivíduos a ele submetidos;
5- A eficiência mecânica necessária para a execução da tarefa deve
ser a mais uniforme possível dentre a população testada.

Os testes podem ser: diretos - quando o consumo de oxigênio é analisado

através de um analisador de gases respiratórios e indiretos - onde o consumo de

oxigênio é calculado a partir da FC, distância percorrida e carga o resultado e

obtido por meio de uma equação de regressão ou através de normogramas. Os

testes podem ser classificados em máximos e submáximos. Os máximos são

aqueles em que os indivíduos são induzidos a esforços, de forma que alcance o

58
seu maior nível de metabolismo, fazendo com que o esforço seja realizado acima

de 90% da sua FC máxima; e submáximos, aqueles em que os indivíduos atuam

com esforços entre 75% e 90% da sua FC máxima (FERNANDES FILHO, 2003).

Encontra-se grande dificuldade na reprodutibilidade dos resultados obtidos em um

teste máximo (JANICKI et alii 1990 apud NEVES & SANTOS, 2003). Em

contrapartida, os submáximos são mais facilmente reprodutíveis, posto que os

determinantes do término do teste são um ponto fixo como a carga, FC ou PA

(ACSM, 2000). O testes de esforço máximo são clinicamente mais úteis para

diagnóstico de DAC em indivíduos assintomáticos (ACSM, 2000).

2.15 Métodos para avaliação do V?O2 máximo

Vários são os métodos desenvolvidos ao longo dos anos para a avaliação do V?O2

máximo. Dentre os mais comumente utilizados, destaca-se: os diretos e indiretos.

2.15.1 Método direto

Para medir o V?O2 máximo através do método direto, precisa-se de instrumentos

especializados e de alto custo, com os quais poder-se medir com precisão a

concentração de gases inspirados durante os exercícios. Com isso, obtém-se a

medida de oxigênio consumido e do CO2 produzido durante o exercício. Tais

equipamentos, conhecidos como analisadores de gases, permitem a realização

de estudos mais aprofundados e uma adequada exploração dos resultados

obtidos (LUCIC, 2002).

59
A análise das trocas gasosas durante um teste de esforço, conhecida como

calorimetria indireta ou ainda como ergoespirometria, consiste em um meio não

,
invasivo de obtenção das grandezas respiratória como: ventilação (V E ), volume

corrente (V T), freqüência respiratória (FR), captação de O2 ( V?O2 ), eliminação

de CO2 ( V?CO2 ), taxa de troca respiratória (R), equivalente ventilatório de O2

, ,
( V E / V?O2 ) e o equivalente ventilatório de CO2 ( V E / V?CO2 ) (SANTOS, 1999).

2.15.2 Método indireto

Utilizam-se de um ou mais parâmetros, que não seja a coleta direta de gases

para estimar o V?O2 máximo. Geralmente, estes parâmetros são: a FC, distância

percorrida, tempo ou carga de trabalho (ARAÚJO, 1986; LEITE, 2000;

MACHADO, 2001; LUCIC, 2002; FERNANDES FILHO, 2003).

2.16 Velocidade da corrida

Os gastos energéticos de andar e correr são diferenciados e dependem da

velocidade e das características antropométricas (MARGARIA, 1963; HARRIS et

alii 2003; ARDIGO et alii 2003). Uma caminhada com velocidades superiores

pode causar complicações no sistema locomotor (MARGARIA, 1963;

STAMFORD, 1975). Enquanto para corridas, as velocidades mínimas situam-se

entre 7,5 Km/h e 8,5 Km/h (MARGARIA, 1963; HARRIS, 2003). Corridas abaixo

destas velocidades podem gerar um gasto energético ainda maior em função da

60
sua menor eficiência mecânica, enquanto em indivíduos não atletas, velocidades

superiores a 8Km/h pode afetar a biomecânica da corrida o que acarretar

novamente em alterações no gasto energético (ARDIGO, 2003).

61
CAPÍTULO III

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Modelo do Estudo

O presente estudo se enquadra no modelo descritivo, onde se descreve

informações acerca das condições existentes, podendo ser realizado tanto em

estudos transversais como longitudinais, os pesquisadores podem investigar a

interação do crescimento e maturação, bem como as variáveis da performance

(THOMAS & NELSON, 2002). Além de descobrir, com a precisão possível, a

freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros

fenômenos (CERVO & BERVIAN, 2002).

3.2 Tipo de estudo

O estudo em questão enquadra-se no tipo correlacional. O delineamento

básico da pesquisa correlacional é coletar dados sobre duas ou mais variáveis

nos mesmos sujeitos e determinar as relações entre as mesmas, tendo como

principal propósito à análise das relações entre as variáveis e a predição

(THOMAS & NELSON 2002).

3.3 Delineamento do estudo

62
Este estudo se delineia de forma quase experimental através da análise de

descontinuidade de regressão, que visa substituir o verdadeiro experimento

através do exame da linha de regressão para uma descontinuidade ao ponto

divisório que a hipótese causal implica claramente, tornando as evidencias tão

irrefutável quanto no caso do experimento verdadeiro (CAMPBELL & STANLEY,

1979).

3.4 Seleção dos Sujeitos

3.4.1 Universo

A população do presente estudo abrange aproximadamente 100 indivíduos

do sexo masculino com idade entre 18 e 25 anos, estudantes universitários do

curso de Ed. Física da Universidade Estácio de Sá do turno da manhã, do

campus Nova Friburgo, da Cidade de Nova Friburgo no Estado do Rio de Janeiro.

3.4.2 Amostragem

A amostra foi escolhida de forma convencional intencional, pois foram

escolhidos indivíduos que satisfizessem os critérios de inclusão do estudo. Sendo

composta de 19 indivíduos do sexo masculino com idade entre 18 e 25 anos, de

baixo risco e não atletas. A escolha da amostra levou em consideração os

critérios expostos abaixo:

63
1 – Os voluntários deveriam ser do masculino, pela menor variação

hormonais significativas, que poderiam influenciar, diretamente na resposta ao

esforço (COSTA, 2003);

2 – E ainda adultos jovens, entre 18 e 25 anos de idade, faixa etária do

ciclo biológico que tende a apresentar os maiores valores da curva de capacidade

funcional de sujeitos do sexo masculino não atletas (ÂSTRAND, 1987; DENADAI,

1995a).

3.4.3 Critérios de inclusão

Estabeleceu-se como critério de inclusão os voluntários que apresentasse

as características descritas: Indivíduos do sexo masculino com idades entre 18 e

25 anos, de baixo risco, não fumantes e não atletas, estudantes universitários do

curso de Educação Física da Universidade Estácio de Sá do campus Nova

Friburgo.

3.4.4 Critérios de exclusão

Estabeleceu-se como critério de exclusão do estudo Indivíduos que

apresentem problemas endócrinos ou hormonais, usem esteróides anabolizantes,

possuidores de doenças respiratórias ou circulatórias, diarréia.

Todos os itens citados acima, envolvendo a saúde dos sujeitos deste

estudo, serão verificados por um exame clínico. Indivíduos que não concordarem

64
com os termos de compromisso, que não desejarem participar como voluntários,

que não concordar em seguir as orientações quanto aos procedimentos de teste,

que serão recomendados para as 48 horas que antecedem ao teste de esforço

progressivo máximo ou que sejam atletas de qualquer modalidade serão

excluídos do teste.

3.5 Ética da Pesquisa

O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética em pesquisa

Envolvendo Seres Humanos da Universidade Castelo Branco. Atendendo todas

às Normas Sobre Pesquisa Envolvendo Seres Humanos, que consta da resolução

196/96, do Conselho Nacional de Saúde de 10/outubro/1996 (Anexo I).

Após a aprovação do Comitê de Ética em pesquisa Envolvendo Seres

Humanos da Universidade Castelo Branco, a Instituição onde realizou o

experimento (Universidade Estácio de Sá, campus Nova Friburgo), foi convidada

através da carta convite (Anexo II) e que segui em anexo o Termo de informação

à Instituição (Anexo III).

Os indivíduos que participaram do estudo foram informados verbalmente e

por escrito sobre os procedimentos do mesmo, compreendidos em: objetivos do

estudo, procedimentos do teste, possíveis conseqüências, procedimentos de

emergência, caráter de voluntariedade da participação do sujeito e isenção de

responsabilidade por parte do avaliador, da Universidade Castelo Branco e da

Universidade Estácio de Sá (Anexo IV) Os que concordaram, firmaram um Termo

de Consentimento Livre e Esclarecimento (TCLE) (Anexo V).

65
3.6 Procedimentos Preliminares

Ao aceitarem participar do estudo, e com o TCLE firmado, todos os

voluntários receberam uma carta, com uma semana de antecedência,

informando-os, quanto: ao local, às vestimentas, ao dia e horário além das

orientações específicas necessárias para a realização do mesmo (Anexo IV).

Também foram comunicados de que, a qualquer momento, sob qualquer

circunstância, poderiam comunicar-se com o avaliador e/ou abandonar o teste.

3.7 Procedimento para coleta de dados

Todos os voluntários foram avaliados no período da tarde, no Laboratório

de Pesquisa em Fisiologia do Exercício, da Universidade Estácio de Sá em Nova

Friburgo, RJ.

3.8 Coleta de dados

Ao chegarem ao laboratório, que fundamentado nas recomendações de

Guimarães et al. (2003) e SBC (2002), novamente foram questionados se

continuariam dispostos a participar do estudo. Inicialmente, aplicaou-se o

personal advanced readness questionnary (PAR-Q) (Anexo VI) parte esta que

intégra a Anamnese (Anexo VII), que tem por objetivo a avaliação dos dados não

mensuráveis tais como: história de risco, tabagismo, etilismo, hábitos de vida e

66
quaisquer outra observação que podesse intervir sobre a capacidade de realizar

esforços físico, conforme os critérios estabelecidos expostos no (Anexo X)

(ACSM, 2000; AHA, 2001). Com o objetivo de estratificar os que poderam ou não

fazer o teste, e também identificar aqueles entre os voluntários que necessitariam

de orientação médica (ACSM, 2003). A temperatura média registrada do ambiente

foi de 21,9 0 C e a pressão barométrica média foi de 650 mmHg.

3.8.1 Medidas Antropométricas

Para caracterização da amostra, foram realizadas as seguintes medidas:

massa corporal, estatura e espessura de dobras cutâneas, a partir das quais

estimaram-se a gordura relativa (FERNANDES FILHO, 2003; NEVES & SANTOS,

2003). Todas as medidas foram armazenadas em uma ficha de coleta de dados

(Anexo VIII).

3.8.1.1 Protocolos antropométricos

Massa corporal (balança, Filizola) – o avaliado foi posicionado de pé,

descalço, no centro da plataforma da balança, vestindo apenas roupas de banho,

procurando não se movimentar. O cursor da escala será movido manualmente até

haver um equilíbrio. A massa corporal foi registrada em quilogramas, com

precisão de 0,1 Kg (FERNANDES FILHO, 2003).

Estatura corporal (estadiômetro, Sanny)– é a distância compreendida entre a

planta dos pés e o ponto mais alto da cabeça (vertéx). O sujeito deve estar

67
descalço. A postura padrão é em ângulo reto com o estadiômetro (Sanny, Brasil),

procurando colocar em contato com o aparelho de medida os calcanhares, a

cintura pélvica, a cintura escapular e a região occipital. A cabeça deve estar

orientada no plano de Frankfurt. A medida foi registrada em 0,1 cm, estando o

indivíduo em apneuse, após inspiração profunda (FERNANDES FILHO, 2003;

NEVES & SANTOS, 2004).

Dobras cutâneas (Compasso de dobras cutâneas, Cescorf) – Utilizando-se

do protocolo de Pollock & Wilmore de sete dobras (1993), as medidas foram

realizadas sempre do lado direito do avaliado e repetidas de duas a três vezes em

forma de circuito, dependendo da diferença entre elas. Foi utilizada a média como

valor da medida dos valores mais próximos, desde que não possuíssem diferença

superior a 5% entre elas. Os procedimentos de localização das dobras foram

utilizados segundo Machado (2002).

Dobra cutânea peitoral (PT) – sentido da dobra diagonal, localizada no

ponto médio entre a linha axilar anterior e o mamilo para o sexo masculino.

Dobra cutânea subescapular (SB) – sentido da dobra diagonal, localizada

abaixo e após de um a dois centímetros do ângulo inferior da escápula

acompanhando o prolongamento oblíquo medial da escápula.

Dobra cutânea Axilar média (AX) – sentido da dobra vertical, localizada em

cima da linha axilar média ao nível do processo xifóide.

Dobra cutânea abdomem (AB) – sentido da dobra vertical, localizada

lateralmente a 2 cm da cicatriz umbilical.

Dobra cutânea tríceps (TR) – sentido da dobra vertical, localizada na região

posterior do braço no ponto meso-umeral.

68
Dobra cutânea suprailíaca (SI) – sentindo da dobra diagonal, localizada

logo acima da crista ilíaca em um ponto coincidente com a linha axilar anterior.

Dobra cutânea coxa (CX) – sentido da dobra vertical, localizada na região

anterior da coxa no ponto médio entre a prega inguinal e a borda superior da

patela.

3.8.2 Procedimentos experimentais

Cada voluntário realizou dois testes em esteira rolante ergométrica (ATL

1020, Imbramed, Brasil) com intervalo de 24 horas entre os mesmos. O primeiro

(SUB) constou de um teste de velocidade constante de 8Km/h, sem inclinação por

um período de 6 minutos. O segundo (MAX) constou de um teste progressivo

máximo, com uma inclinação fixa de 6 %, e aumentos na velocidade de 1 Km/h a

cada minuto até exaustão, com velocidade inicial de 3 Km/h.

Durante ambos os testes a FC foi amostrada e armazenada a 0,2 Hz (i.e.,

uma amostra a cada 5 segundos) através de um cardiotacômetro portátil (Polar,

S610i, Brasil). Adicionalmente, registrou-se o índice de percepção do esforço

(IPE), através da escala de Borg (Anexo X), nos últimos 10 segundos de cada

minuto, e a PA foi verificada e registrada a cada 2 minutos, através de um

esfigmomanômetro anaerpóide (Tycos, Embramac, Brasil) e estetoscópio

(Litmann, Classic II SE, EUA).

No teste MAX, realizou-se análise dos gases respiratórios, monitorados a

cada ciclo respiratório (breath-by-breath) através de um analisador de gases

69
(Teem 100, Aerosport, Brasil) e registrados a cada 20 segundos, a vazão

expiratória e as frações expiratórias de O2 e CO2.

3.8.2.1 Teste SUB

O teste SUB constou de quatro fases conforme descritas a seguir:

1) Repouso: constou de 5 minutos, com cada avaliado sentado, de forma que

a FC e a PA foram registradas nos 30 segundos finais do quinto minuto,

sendo registrado na ficha de coleta de dados (Anexo VIII).

2) Aquecimento: teve a duração de 2 minutos, o qual avaliado fez uma série

de alongamentos para os músculos dos membros inferiores (MMII), que

constaram de: flexão do tronco, flexão do quadril, flexão do joelho e flexão

dorsal do tornozelo. Todos os movimentos foram realizados em 3 séries de

10 segundos cada.

3) Teste: avaliado corre a uma velocidade de 8 Km/h durante um período de 6

minutos, onde a FC foi monitorada continuamente durante todo tempo de

teste.

4) Recuperação: neste período a velocidade foi reduzida para 6 Km/h, 4,0

km/h e 3,0 Km/h respectivamente a cada minuto, totalizando assim a

duração total deste período de 3 minutos caracterizando o final do teste.

3.8.2.2 Teste MAX

70
Este momento constou de três fases conforme descritas a baixo:

1) Repouso: constou de 5 minutos, onde avaliado permaneceu sentado, de forma

que a FC e a PA foram registradas nos trinta segundos finais do quinto minuto,

sendo registrado na ficha de coleta de dados (Anexo VIII). Os parâmetros ergo-

espirométricos em repouso e durante o exercício calcularam-se e amostrados a

,
cada 20 segundos o para as seguintes grandezas: V?O2 (l/min), V?CO2 (l/min), VE

(l/min), Razão de trocas gasosas (R), fração expiratória de O2 ( FEO2 ), fração

expiratória de CO2 ( FECO 2 ) (SANTOS, 1999; OLIVEIRA, 1999).

2) Esforço progressivo: cada indivíduo foi levado a um esforço máximo utilizando-

se o protocolo rampa (MCARDLE, KATCH & KATCH, 2003), onde o grau de

inclinação foi fixo de 6% e a velocidade aumentou em 1 Km/h a cada minuto até a

exaustão voluntária ou até a presença de qualquer sinal ou sintoma esforço

limitante (FERNANDES FILHO, 2003) (Anexo X).

3) Recuperação: caracterizou-se por de 6 minutos, onde o grau de inclinação

da esteira foi diminuído gradativamente até que atingisse a horizontal, a

velocidade foi reduzida para 5 Km/h, onde o indivíduo permaneceu nesta

velocidade por, no mínimo, 3 minutos e, após, foi sendo reduzida gradativamente,

até que o teste fosse encerrado.

3.8.3 Análise dos gases respiratórios

71
,
As medidas de VE , FEO2 e FECO 2 , fornecem os dados básicos para cálculo do

,
V?O2 e V CO2 .

,
3.8.3.1 Medida de Ventilação ( VE )

É o volume de gás expirado a cada minuto (BTPS). Nos indivíduos normais em

repouso é de 5 a 10 litros por minuto e podendo a chegar durante o exercício a

valores acima de 200 l / min, em indivíduos treinados (SANTOS, 1999; NEVES &

SANTOS, 2003). A ventilação pode ser calculada através da equação 3.1

(SANTOS, 1999).

VE ?STPD? ?
VEx60
xKBTPS / STPD (3.1)
tempodecoleta( s )

Onde:

,
VE representa a ventilação média;

VE representa o volume total expirado durante o tempo de coleta;

K representa o fator de conversão BTPS.

3.8.3.2 Medida de Captação do O2

72
O V?O2 é o volume de O2 captado pelo organismo, seja em repouso ou em

exercício. Sendo resultado da ventilação e da taxa de extração do gás respirado,

ou seja, da diferença entre as frações inspiratórias e expiratórias médias de O2

(SANTOS, 1999).

A determinação do V?O2 através da espirometria de circuito aberto envolve

detectar o quanto de O2 foi retirado do ar inspirado. Devido ao fato de sua

composição permanecer relativamente constante (CO2 = 0,03%; O2 = 20.93%; N2

= 79,04%), é possível se determinar esta quantidade removida medindo-se a

quantidade e composição do ar expirado. Depois de realizada a troca gasosa o ar

expirado irá conter mais CO2 (2,5 a 5,0 %), menos O2 (15,0 a 18,5%), e mais N2

(79,04 a 79,60%). Sendo o N2 inerte em termos de metabolismo, qualquer

alteração em sua concentração no ar expirado fará com que o número de

moléculas de O2 removidas do ar inspirado não sejam substituídas pelo mesmo

número de moléculas de gás carbônico produzidas no metabolismo, o que

resultará em um volume do ar expirado (V ESTPD) diferente do inspirado (V ISTPD). O

que não significa que N2 foi produzido, e sim que suas moléculas agora

representam uma maior porcentagem do VE comparando-se ao VI. O V?O2 pode

ser calculado através da equação 3.2.

VO2 ? VEx??% N 2E x0,265 ?? % O2E ?


,.
(3.2)

Onde:

% N2E representa a porcentagem de N2 expirado

73
% O2E representa a porcentagem do O2 expirado

3.8.3.3 Medida de Eliminação de Dióxido de Carbono

A produção de CO2 reflete diretamente o estado metabólico, que varia de

forma semelhante ao consumo de O2. Nos indivíduos saudáveis a produção de

CO2 em repouso é de aproximadamente 0,2 l / min (STPD), e pode aumentar

além de 0,4 l / min durante o exercício máximo em indivíduos treinados (RUPPEL,

1994; SANTOS, 1999). A concentração de CO2 nos pulmões é determinada pela

produção tecidual e pela taxa de remoção através da ventilação, pode-se

interpretar que a fração alveolar de CO2 é proporcional ao V?CO2 e inversamente

proporcional à ventilação alveolar (V A ) Pode-se obter o cálculo do V?CO2 pela

equação 3.3.

.
VCO2 ? VE x (%CO2E ? 0,03%) (3.3)

Onde:

%CO2E ou FECO 2 representa a porcentagem de dióxido de carbono no ar expirado,

determinada pela análise de gás;

0,03% representa o valor do dióxido de carbono inspirado.

74
3.9 Instrumentação

Os instrumentos utilizados para a realização das mensurações do presente

estudo estão listados na tabela III.1.

Tabela III.1: Instrumentos utilizados para as mensurações e suas


características
3.10 Extração das variáveis

Dado que o presente trabalho foi desenvolver e validar um modelo para

predizer o V?O2 máximo baseado na resposta dinâmica da FC. Extrairam-se dos

parâmetros do teste SUB e MAX, descritos abaixo:

Teste SUB

1) FC de repouso (FCR): representada pela FC média nos 30 segundos finais da

fase de repouso;

2) Média da FC para cada intervalo de tempo (FCi), onde i representa intervalos

de tempo de 30 segundos, desde o início até o final da fase de exercício;

3) Amplitude da curva da FC (?FCTOT), corresponde à variação da FC entre o

repouso até e o final do exercício, representada pela FC média dos 30 segundos

finais de exercício da fase submáxima menos a FCR (Equação 3.4) (Figura III.1);

? FCTOT ? FCi12 ? FCR (3.4)

75
4) Déficit cronotrópico (DC), reflete o atraso da resposta cronotrópica, que

representa um débito dos batimentos cardíacas para suprir a demanda metabólica

imposta pelo exercício (Equação 3.5);

12

? FCi xT
DC ? (? FCTOT xT ) ? ( i
? FCr xT ) (3.5)
12

onde:

?FC TOT é a amplitude da curva da FC; FCR é a FC de repouso; T é tempo do

exercício em minutos e FCi é a FC registrada a cada intervalo i de tempo

equivalente a 30 segundos.

5) ?FC 6min, corresponde à variação na FC no minuto final de exercício

representada pela diferença da FCi12 menos a FCi10 (Equação 3.6) (figura III.1);

? FC6 min ? FCi12 ? FCi10 (3.6)

6) ?FC 5min, corresponde à variação na FC no quinto minuto de teste representada

pela diferença da FCi10 menos a FCi8 (Equação 3.7) (Figura III.1);

? FC5 min ? FCi10 ? FCi8 (3.7)

7) FCi12 , representada pela média da FC dos segundos 30 segundos finais de

exercício durante o teste;

8) FCmax, maior FC registrada durante o período de teste;

76
150

140
?FC 6min
130
?FC 5min

120
FC (bpm)

?FC TOT
110

100

90

80
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
Tempo (segundos)
Figura III. 1 – variáveis: Amplitude da curva da freqüência cardíaca (FC), variação da
freqüência cardíaca no minuto final de teste (?FC6min) e Variação da FC no quinto minuto
de teste (?FC5min), em um indivíduo representativo durante corrida com velocidade
constante (8 Km/h) em esteira sem inclinação, a FC foi amostrada a 0,2 Hz ( a cada 5
segundos).

9) Coeficiente angular (Cang), expressa a taxa de crescimento da inclinação da

reta obtida através de uma regressão linear sobre os 2 minutos finais da FC

durante o teste (Figura III.2). Tomando como referência a FC dos 2 minutos finais

de teste, realizou-se uma regressão linear simples usando o método dos mínimos

quadráticos. Com isso, obteve-se uma reta de regressão representando o

comportamento da FC no final da fase de steady-state. Finalmente adotou-se

como variável independente o coeficiente angular (a) da reta de regressão, como

expressão da inclinação da mesma.

77
210

190
a

170
FC (bpm)

150

130

110

90
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
Tempo (segundos)
Figura III.2 – Visualização gráfica da variável coeficiente angular (Cang), expressa pelo
ângulo a, que representada o ângulo de inclinação formado pela reta de regressão (linha
contínua) que expressa a taxa de crescimento da freqüência cardíaca (FC) nos minutos
finais de teste, e o eixo X que representa a variação de tempo (segundos), em um
indivíduo representativo durante corrida com velocidade constante (8 Km/h) em esteira
sem inclinação, a freqüência cardíaca (FC) amostrada à 0,2 Hz ( a cada 5 segundos).

Teste MAX

1) FC de repouso (FCR): representada pela FC média nos 30 segundos finais da

fase de repouso;

2) Média da FC para cada intervalo de tempo (FCi), onde i representa intervalos

de tempo de 30 segundos, desde o início até o final da fase de exercício;

3) V?O2 máximo, representado pelo valor mais alto captado durante o teste.

78
.11 Análise dos Dados

Com o objetivo de caracterizar a amostra usando os dados antropométricos de

massa corporal, estatura e percentual de gordura, estimaram-se as medidas de

localização, dispersão e distribuição.

_
Para a localização das medidas calculou-se a média ( x ) e a mediana (Md), que

são medidas de tendência central (LEVINE, BERENSON & STEPHAN, 2000). As

medidas de dispersão, que por sua vez estimam a variabilidade entre os dados, o

erro padrão (SE), o coeficiente de variação (CV) e o desvio padrão (s). Ressalta-

se que quando o valor do coeficiente de variação for inferior a 20,000%, confirma-

se o emprego da média como melhor estimativa de tendência central, que caso o

contrário seria a mediana (LEVINE, BERENSON & STEPHAN, 2000; TRIOLA,

1999).

Para testar a normalidade da distribuição dos dados, utilizaram-se as medidas de

distribuição, assimetria (a3) e curtose (a4), as quais foram estimadas com o

objetivo de identificar se as variáveis estudadas aproximam-se da distribuição

normal. Observa-se uma distribuição normal se ambas as medidas apresentarem

valores próximos de zero (COSTA NETO, 1995).

3.11.1 Análise Multivariada

79
O objetivo do presente estudo foi desenvolver e validar um modelo para

predizer o V?O2 máximo baseado na resposta dinâmica da FC. Para tal, aplicou-se

análise multivariada baseado em um modelo polinomial de 10 grau. Para escolha

das variáveis independentes, utilizadas na regressão linear múltipla (Equação 3.8)

pelo método dos mínimos quadráticos baseou-se em modelo forward stepwise, de

forma que, as variáveis foram escolhidas por ordem da magnitude do coeficiente

de correlação parcial (CCP) com a variável dependente e sua significância (valor-

p). Este método se utiliza de um modelo linear com n+1 termos e n variáveis

independentes para estimar a variável dependente (SANTOS, 2004).

Y = ? 0 + ? 1x1 + ? 2x2+...+? nxn + ? (3.8)

onde:

Y representa a variável dependente estimado, representado pelo V?O2 máximo.

? 0, representa o intercepto;

xi, representa a a i-ésima variável independente (i=1, 2,..., n), correspondente aos

parâmetros extraídos da FC;

? i, representa o i-ésimo coeficiente de regressão, para i variando de 1 a n;

?, representa o erro residual.

3.11.2 Tratamento Estatístico

80
Para a escolha das variáveis independentes, utilizou-se regressão linear múltipla

pelo método piecewise forward, isto é, as variáveis foram escolhidas por ordem

de magnitude do coeficiente de correlação parcial (CCP) com a variável

dependente e sua significância (valor-p). Como critério de corte das variáveis

independentes rejeitou-se a i–ésima variável, quando a valor-p>0,0001, para um

coeficiente de explicação mínimo de 0,80 e uma variação no r2 <0,05.

A validação do modelo foi realizada através de validação cruzada, utilizada para

pequenos grupos amostrais (HAYKIN, 1999) pelo método leave-one-out, onde se

dividiu o grupo amostral em dois sub-grupos - estimação (com n-i amostras) e

validação (com i amostras). As mesmas variáveis independentes extraídas do

modelo original foram aplicadas a n-1 indivíduos (grupo de estimação), que

realizando nova regressão linear, resultou em novos coeficientes. Os coeficientes

obtidos pelo i-ésimo modelo (cada novo modelo desenvolvido) foram então

aplicados ao j-ésimo indivíduo (grupo de validação), representado por cada

indivíduo que não compôs a amostra para determinação do modelo de validação.

Finalmente, computou-se como resultado os valores médios do coeficiente de

explicação e erro de estimativa obtidos no grupo de validação.

O coeficiente de determinação de Pearson (r2) foi utilizado para acessar a relação

entre o V?O2 máximo observado e o predito, e sua confiabilidade foi expressa pelo

valor-p e pelo erro padrão.

Em todos os testes adotou-se um nível de significância de a = 0,05. Todos os

sinais foram processados com o aplicativo Matlab v. 6.2 (The Mathworks, EUA), e

a análise estatística, realizada no aplicativo Statistica 99 ed., release 5.5

(STATSOFT, EUA).

81
CAPÍTULO IV

4.0 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A presente seção é caracterizada pela apresentação, análise e discussão dos

resultados encontrados no presente estudo. Para este fim, a mesma obedeceu à

seguinte seqüência: análise das características do grupo amostral (voluntários),

análise do comportamento das variáveis controladas durante os testes, análise

das hipóteses estatísticas e, discussão dos resultados.

4.1 Análise das características do grupo amostral

Participaram deste estudo 19 voluntários do sexo masculino, adultos jovens, de

baixo risco e não atletas. Nenhum deles apresentou qualquer sinal ou sintoma

esforço-limitante que determinasse a interrupção dos testes, SUB e MAX. As

características amostrais estão expostas na Tabela IV.1.

Os indivíduos testados apresentaram uma gordura corporal relativa de

16,9 ± 4,9 %, considerando o valor da média os indivíduos foram classificados

como normais em relação a sua faixa etária, e considerando seu desvio padrão

foram classificados como um pequeno sobrepeso (pouco acima da média)

(FERNANDES FILHO, 2003; NEVES & SANTOS, 2003; POMPEU, 2004),

resultados pertinentes aos indivíduos considerados aparentemente saudáveis não

atletas (ACSM, 2003), corroborando com alguns dos pré-requisitos do presente

estudo.

82
Tabela IV.1 – Características Físicas e Antropométricas dos Voluntários
n=19 Média (s) Amplitude SE a3 a4 CV*

Idade, anos 21,42 (2,41) 18,0 - 25,0 0,55 0,29 -0,96 21,4

Massa corporal, Kg 75,36 (7,23) 63,0 – 93,2 1,66 0,74 0,88 7,23

Estatura, cm 174,7 (4,61) 167,5 – 182,0 1,06 -0,30 -1,14 4,62

Gordura corporal, % 16,87 (4,91) 9,2 – 25,0 1,13 0,36 -0,60 4,92

Peso gordo, Kg 12,69 (4.21) 5,8 – 20,04 0,96 0,46 -0,58 4,21

Peso magro, Kg 62,18 (5,17) 55,6 – 73,4 1,17 0,80 0,07 5,12

V?O2 máximo, l.min -1 3,39 (0,29) 2,84 – 4,15 0,06 1,10 2,41 0,29

V?O2 máximo, ml.min –1.Kg-1 45,30 (5,26) 36,7 – 59,8 1,21 0,95 2,01 5,26

FC máxima, bpm 196 (5) 190 - 210 1,04 1,33 4,09 4,53

FC repouso, bpm 68,36 (10) 53 – 88 2,24 0,54 -0,44 9,77

Os valores são expresso como média; s, desvio padrão, CV, coeficiente de variação%;
SE, erro padrão; a3, assimetria; a4, curtose, V?O2 máximo, captação máxima de O2, FC
máxima, freqüência cardíaca máxima, FC repouso, freqüência cardíaca de repouso. * a
variável é adimensional, portanto é representada como percentual.

Observa-se que o erro padrão (SE) foi baixo para todas as variáveis, fato este

considerado importante, principalmente, quando se investiga a possibilidade de

abrangência de um dado instrumento, como no presente estudo.

A análise de assimetria (a3) e curtose (a4) indica que as variáveis, estatura,

V?O2 máximo absoluto e relativo e a FC máxima apresentaram valores distantes

de zero, pelo fato do grupo amostral ser composto por voluntários, os resultados

podem apresentar estas características.

83
A anamnese (ANEXO VII), não revelou grande variabilidade entre os

participantes, a questão de número 1, resultou em SIM em 100% das ocorrências,

e nas questões de número 2 a 6, obteve-se NÃO em 100% das ocorrências, que

determinavam aspectos fundamentais para a aprovação dos participantes no

estudo.

Ainda na anamnese, na questão de número 7, constatou-se (Tabela IV.2) que

100% dos participantes praticam atividade física pelo menos três vezes na

semana por um período mínimo de 3 meses sem interrupções.

Tabela IV.2 – Freqüência semanal de exercícios do grupo de voluntários

Freqüência semanal Exercício físico Caminhada ou corrida

3x 26,3% (5) 57,9% (11)

4x 26,3% (5) 15,8% (3)

5x 47,4% (9) 26,3 (5)

Resultados expressos como percentual do número de indivíduos (número de indivíduos).

Estes resultados podem explicar os baixos valores encontrados para o

coeficiente de variação do V?O2 máximo (Tabela IV.1), embora o grupo de

voluntários não seja de atletas, são indivíduos bem condicionados segundo as

classificações encontradas na literatura para os valores expressos, média (desvio

padrão), de acordo com o sexo e a faixa etária (Tabela IV.4). Estes resultados

apontam forte indicativo de homogeneidade, no que diz respeito à aptidão física

para o grupo em questão.

84
Durante a avaliação da prontidão para á prática de atividade física (PAR-

Q), instrumento utilizado para triagem de possíveis riscos e problemas durante o

teste (ANEXO VI), todos os indivíduos declararam negatividade para qualquer

pergunta constante naquele instrumento, o que determina o mesmo como

Negativo, ou seja, o autoriza a tomar parte de uma avaliação da aptidão física

(ACSM, 2003).

4.2 Análise do comportamento das variáveis controladas durante os testes

submáximo (SUB) e máximo (MAX)

Na Figura IV.1, observa-se que a FC teve um rápido aumento no primeiro

minuto, seguido de pequenas variações inferiores a 4 bpm, o que está dentro da

expectativa, dado que em carga constante, a FC tenderia a manter-se em steady-

state. Neste momento ocorre um equilíbrio entre a energia produzida e a energia

gasta durante o metabolismo aeróbico.

85
200

180

160

140
FC (bpm)

120

100

80

60

40
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
Tempo (segundos)

Figura IV.1 – Comportamento médio da freqüência cardíaca (FC) durante 6 minutos de


teste submáximo. Os pontos representam a média e as linhas horizontais, o desvio
padrão.

A Figura IV.2, representa o comportamento médio da FC no teste progressivo

máximo, para cada velocidade. Observa-se um aumento linear da FC, onde fica

evidente que não houve uma estabilização da FC, isso em função de se tratar de

um teste progressivo máximo.

86
220

200

180

160

140
FC (bpm)

120

100

80

60

40
0 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Velocidade (Km/h)
Figura IV.2 – Comportamento médio da freqüência cardíaca (FC) durante o teste máximo,
representada pela média (•) e desvio padrão (linhas horizontais) para cada velocidade.

Na figura IV.3 comparam-se as FC máximas atingidas em ambos os testes

submáximo e máximo. Observa-se a FC máxima apresentada nos testes

máximos foi superior quando comparada dos testes submáximos. Testada a

diferença entre a FC máxima por teste t pareado, registrou-se diferenças

significativas (p<0,005).

87
210

*
200

190

180
FC (bpm)

170

160

150

140

130
SUB MAX

Figura IV.3 – Média da freqüência cardíaca máxima (FC) representada pelas colunas e o
desvio padrão representada pelas linhas horizontais nos testes submáximo (Sub) e
máximo (Max). O ponto (*) representa uma diferença significativa (p<0,005), entre as
médias.

Na Figura IV.4 observa-se os valores registrados de PAS e PAD, onde

constata-se que o modelo proposto não leva a um estresse físico máximo.

88
240

*
200 PAS
Pressão arterial (mmHg)

160
PAD

120

80

40

0
SUB MAX SUB MAX

Figura IV.4 – Médias (coluna) e desvio padrão (linhas horizontais) da pressão arterial
sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) registrada no último minuto de cada
teste submáximo e máximo respectivamente. O ponto (*) representa uma diferença
significativa (p<0,005).

A Figura IV.5, mostra os resultados obtidos para ambos os teste sobre a

percepção de esforço (Escala de Borg), o que reforça a justificativa que o modelo

proposto não leva a um estresse máximo.

89
20

*
IPE
16
Escala de Borg

12

0
Sub Max

Figura IV.5 – Média (coluna) e desvio padrão (linhas horizontais) do Índice de percepção
de esforço (IPE) registrado no último minuto de teste submáximo e máximo
respectivamente, O ponto (*) representa uma diferença significativa (p<0,005), entre as
médias.

4.3 Análise das hipóteses estatísticas

As variáveis extraídas da resposta dinâmica da FC durante a corrida

contínua com velocidade constante confirmam as hipóteses estatísticas H1 e H2,

Selecionaram-se as variáveis preditoras com maior significância estatística

através da regressão linear múltipla pelo método forward stepwise, para compor

os modelos de estimativa do V?O2 máximo.

90
Inicialmente desenvolveram-se sete modelos para predição do V?O2

máximo a partir das variáveis extraídas da FC. A Tabela IV.3, mostra os modelos

desenvolvidos.

Tabela IV.3 – Modelos propostos de predição do V?O2 máximo e suas


respectivas equações.
Modelo SE (l.min-1)

V?O2 Max = 4,69+0,03(ß1)-0,02(ß2)+0,01(ß3)-0,02(ß4)+0,04(ß5)-0,07(ß6)+0,07(ß7) 137,41

V?O2 Max = 4,78+0,01(ß1)-0,02(ß2)-0,01(ß3)-0,06(ß4)+0,11(ß5)-0,01(ß6) 146,39

143,84
V?O2 Max = 4,58+0,02(ß1)-0,02(ß2)+0,01(ß3)-0,06(ß4)+0,11(ß5)

146,68
V?O2 Max = 4,62+0,02(ß1)-0,02(ß2)+0,01(ß3)-0,01(ß4)

147,08
V?O2 Max = 4,58+0,02(ß1)-0,02(ß2)+0,01(ß3)

215,46
V?O2 Max = 4,06+0,07(ß1)-0,01(ß2)

238,31
V?O2 Max = 3,19+0,10(ß1)

ß1, representa ? FC6min; ß2, FCR ; ß3, DC; ß4, ? FC5min; ß5, Cang; ß6, FCT12; ß7, FCMax ; SE,
erro médio.

A Figura IV.6 representa o comportamento do valor-p à medida que se

inclui variáveis independentes. Pode-se notar um decréscimo do valor-p a cada

inclusão de mais uma variável, a partir do modelo com quatro variáveis o valor–p

começa a subir discretamente.

91
0,007

0,006

0,005

0,004
Valor - p

0,003

0,002

5e-4

-5e-4
1 2 3 4 5 6 7
Número de variáveis independentes

Figura IV.6 – Comportamento do valor – p dos modelos de estimativa da predição do


V?O2 máximo, em função do número de variáveis independentes de acordo com a ordem
de escolha dos modelos.

A Figura IV.7 expressa o comportamento do erro padrão a cada inclusão

de mais uma variável. Nota-se um decréscimo bem acentuado do erro padrão,

com a inclusão de mais de uma variável, observa-se ainda uma saturação na

curva a partir dão modelo com três variáveis.

92
260

240

220
Erro padrão (ml.min )
-1

200

180

160

140

120
1 2 3 4 5 6 7
Número de variáveis independentes
Figura IV.7 – Comportamento do Erro padrão (SE), a cada inclusão de mais uma variável
independentes nos modelos de predição do V?O2 máximo.

Na Figura IV.8, observa-se o comportamento do coeficiente de explicação,

para inclusão de cada variável, Nota-se que a partir da quarta variável (r2 = 0,80),

este tornou-se bem expressivo, enquanto a inclusão de uma quinta variável

(r2 = 0,83), não causou um aumento expressivo no r2, e com a inclusão de uma

sexta variável (r2 = 0,83) o r2 não sofre alteração significativa, fato este que

sustenta a escolha de quatro variáveis para o modelo de predição do V?O2

máximo.

93
1,0

0,9
Coeficiente de explicação - r
2

0,8

0,7

0,6

0,5

0,4

0,3
1 2 3 4 5 6 7
Número de variáveis independentes

Figura IV.8 – Comportamento do coeficiente de explicação (r2) a cada inclusão de mais


?O2 máximo.
uma variável independente nos modelos de predição do V

Com a distribuição do SE em função do r2 (Figura IV.9), observa-se que a

distribuição torna-se mais discreta a medida que o valor de r2 vai aumento a partir

da quarta variável (?FC 5min) inclusa, o que corroborar com a escolha de quatros

variáveis para o modelo de predição do V?O2 máximo.

94
260

240

220
Erro padrão (ml.min )
-1

200

180

160

140

120
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
2
Coeficiente de explicação (r)
Figura IV.9 – Comportamento do Erro padrão (SE) para cada coeficiente de explicação
(r2).

A Tabela IV.4 sumariza os resultados da regressão múltipla para estimativa

do V?O2 máximo a partir do modelo proposto com 4 variáveis independentes. Os

coeficientes de regressão (ßi) foram obtidos, selecionando progressivamente as

respectivas variáveis independentes (método forward stewise) a partir de seu

coeficiente de correlação parcial (CCP) com o V?O2 máximo, e de acordo com a

variação no coeficiente de explicação (r2). O modelo proposto para a predição do

V?O2 máximo resultou em uma correlação de 0,89 entre os valores observados e

previstos, explicando 80% da variância do V?O2 máximo, equivalente a um erro

padrão de 146,68 ml.min-1 (valor-p=0,00007).

95
Tabela IV.4 – Sumário da regressão Linear Múltipla para predição do V?O2
máximo.

Variável ßi CCP r2 ? r2 Unidade


Intercepto 4,6249
?FC 6min 0,0233 0,2355 0,37 0,3601 bpm
FCR -0,0227 -0,8032 0,51 0,3815 bpm
DC 0,0041 0,7134 0,79 0,6592 bpm
? FC5min -0,0132 -0,2677 0,80 0,5962 bpm
ßi, coeficiente de regressão linear para i-ésimo termo; CCP, coeficiente de correlação
parcial; R2, coeficiente de determinação; e ? r2, variação no r2 a cada variável
independente inclusa. ?FC6min e ? FC5min, representam a variação na freqüência cardíaca
no sexto e quinto minuto de teste respectivamente; FCR , representa a freqüência cardíaca
de repouso, e DC, o atraso da resposta cronotrópica.

A Figura IV.10 apresenta o V?O2 máximo previsto em função observado,

junto à reta de regressão (linha contínua) e 95% do intervalo de confiança de

estimativa para valor-p<0,001 (linha tracejada). Nos pontos observados fora dos

95% do intervalo de confiança, registrou-se para todos os casos, baixos erros

padrão de estimativa, reforçando confiabilidade do modelo proposto.

96
4,2

4,0

3,8
VO 2 predito (l/mim )
-1

3,6

3,4

3,2

3,0

2,8
2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4

VO 2 observado (l/min-1)

Figura IV.10 – Valores do V?O2 máximo previsto versus observado (•), junto à reta de
regressão (linha contínua) e 95% do intervalo de confiança de estimativa para valor-
p<0,001 (linha tracejada).

Observa-se na Figura IV.11 os resíduos em função dos valores observados

do V?O2 máximo (•), o erro médio (linha contínua), e 95% do limite de

concordância (linha tracejada) caracterizada como intervalo de ± 2s (BLAND &

ALTMAN, 1986), nota-se que todos os indivíduos permaneceram dentro do limite

de confiança, o que vem corroborar com a confiabilidade do modelo proposto.

97
0,35

+ 2s
0,25
VO 2 observado - VO2 previstp (l.min )
-1

0,15

0,05

Erro médio
-0,05

-0,15

-0,25 - 2s

-0,35
2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4
-1
VO 2 observado l/min

Figura IV.11 – Análise de Bland e Altmam, valores do V ?O2 máximo observado versus x
resíduo, o erro médio (linha contínua) e as linhas tracejadas representam 95% do limite
de concordância (LOA)

Aplicada a validação cruzada, obteve-se uma explicação da variância, em

média, de 77%, equivalente a um SE médio de 212,96 ml.min-1, embora tenham

apresentado menores valores, confirmam a capacidade do modelo proposto (SE =

146,68 ml.min-1, r2 = 0,80) em predizer o V?O2 máximo. O erro de estimativa do

modelo proposto em relação ao V?O2 máximo observado foi de 4 %, ou seja é

capaz de predizer o V?O2 máximo com uma precisão de 96%.

98
4.4 Discussão dos resultados

A resposta do V?O2 a diferentes intensidades de exercício tem sido assunto

de muitos estudos (SANTOS & GIANNELLA NETO, 2004), assim como a relação

entre a FC e V?O2 (VACHON, 1999; BORLAND, 2001; ARNGRÍMSSON, 2003), já

que está diretamente associado à capacidade funcional (WASSERMAN et alii

1999; ARNGRÍMSSON, 2003; SANTOS, 2004). Embora o grupo de voluntários

não tenha sido composto por atletas, foram indivíduos bem condicionados

segundo as classificações encontradas na literatura (Tabela.IV.5), de acordo com

o sexo e a faixa etária.

Tabela IV.5 – Classificação do V?O2 máximo, para sexo masculino e faixa


etária entre 18 e 25 anos de idade.
Autor Ano Classificação

Cooper 1982 Bom (excelente)

Astrand 1987 Regular (regular)

Myers, Golding e Sinning 1989 Média (acima da média)

(apud Nunes, 2004)

ACSM 2003 Bom (bom)

Fernandes Filho 2003 Bom (bom)

Nunes 2004 Bom (excelente)

Classificação referente ao valor média (desvio padrão)..

O V?O2 máximo, entre outros fatores, é dependente ainda da idade, que

tende a cair de 8 a 10% cada década a partir dos 30 anos de idade (MACHADO

99
et alii 1999; MACHADO, 2001; FLETCHER et alii 2001; ARNGRÍMSSON, 2003;

SANTOS, 2004). No presente estudo, a idade dos voluntários variou de 18 a 25

anos (21,4 ± 2,4 anos), no estudo em questão que o V?O2 máximo não sofreu

influência significativa da idade dos voluntários.

KOGA et alii (2001) observaram que em indivíduos com gordura relativa de

até 30%, o V?O2 máximo não sofria influencia significativa para os exercícios de

intensidade moderada a pesada. Como no presente estudo a gordura relativa

(16,9 ± 4,9%) observada se encontrou em um limite bem inferior, pode-se afirmar

que o grupo de voluntários não sofreu influência da gordura relativa sobre o V?O2

máximo.

As variáveis observadas (FC, PAS, PAD e IPE) durante os testes submáximo

e máximo realizados no presente estudo comportou-se de acordo com dados

encontrados na literatura, afirmam que FC e o IPE aumentam com o incremento

da intensidade do exercício. A PAS tem comportamento semelhante à FC

enquanto a PAD tende a se manter constante ou decai levemente em exercícios

submáximos ou máximos (MACHADO et alii 1999; SANTOS, 1999; LEITE, 2000;

DENADAI, 2000; MACHADO, 2001; AHA, 2001; HONDA & LOPES, 2002;

FERNANDES FILHO, 2003; NEVES & SANTOS, 2003; NUNES, 2004).

A esteira utilizada no presente estudo levou 25 segundos para aumentar a

velocidade de 0 para 8 Km/h. Observou-se que velocidades superiores a 8 Km/h

para indivíduos não atletas podem afetar a biomecânica da corrida (ARDIGO,

2003), e que as velocidades mínimas para corridas de baixa velocidade se

encontram entre 7,5 e 8,5 Km/h (MARGARIA, 1963; HARRIS, 2003). No entanto,

100
observou-se que a velocidade de 8 Km/h pode ter sido um fator limitante, para

alguns voluntários. A limitação observada estaria associada ao nível de

condicionamento e à biomecânica da corrida dos voluntários, pode-se afirmar que

os voluntários que tiveram maior dificuldade em correr na velocidade proposta,

obtiveram um V?O2 máximo menor, o mesmo não se pode afirmar para os

voluntários que tiveram alguma alteração na biomecânica da corrida.

Nos exercícios com cargas constantes, o déficit de O2 ocorre nos primeiros

minutos, até que se entre em steady-state (Figura IV.12), ocorrendo em diferentes

intensidades submáximas, quanto maior carga de trabalho, maior será o déficit de

O2 (WHIPP & WASSERMAN, 1972).

Figura IV.12 – Comportamento da captação de O2 durante exercícios com cargas


constante em intensidades diferenciadas (WHIPP & WASSERMAN, 1972).

O comportamento da FC durante exercícios com carga constante (Figura

IV.13) mostrou no presente estudo uma curva semelhante àquela da captação do

O2 para o mesmo exercício, o que condiz com os resultados encontrados na

literatura (WHIPP & WASERMAN, 1972; KASCH, 1984; LONDEREE et alii 1995;

BEARDEN & MOFFATT, 2001). Segundo esta teoria é possível hipotetizar que se

101
pode utilizar o comportamento da FC durante exercícios com carga constante

para predizer o V?O2 , uma vez que a variável independente DC reflete o déficit

cronotrópico que tem uma correlação direta com o déficit de O2.

3,0 150

2,4 130

1,8 110
VO 2 (l.min -1)

FC (bpm)
1,2 90

0,6 70

0,0 50
0 1 2 3 4 5 6
Tempo (minutos)
Figura IV.13 – Visualização gráfica do comportamento da captação de O2 (linha contínua)
e da freqüência cardíaca (linha tracejada) durante exercício com velocidade constante
(8Km/h) em esteira ergométrica sem inclinação em um indivíduo representativo.

Na Figura IV.14, observa-se o déficit de O2, e também o débito de O2, um

comportamento semelhante ao da Figura IV.15, em relação a captação de O2, e

por conseqüência, ao déficit de O2 , ou seja, quanto maior o déficit maior o débito

de O2.

102
Figura IV.14 – Comportamento da captação de O2, déficit de O2 e débito de O2 (WHIPP &
WASSERMAN, 1972).

Quanto maior a capacidade funcional, menor o déficit de O2, e por

conseqüência menor também o débito de O2, em função de uma estabilização

mais rápida da captação de O2 que está diretamente associada à menor

variabilidade da FC durante o exercício com carga constante (BARROS et alii

1999; ALONSO, 1998; GONÇALVES, 2004).

Observa-se (Figura IV.15) o comportamento da captação de O2 de dois

indivíduos distintos, no gráfico superior, nota-se um menor déficit de O2 em

função de um estabilização mais rápida da captação de O2, o que pode-se

presumir que seja em função de uma maior capacidade funcional comparado ao

gráfico inferior da Figura IV.15, confirmando a teoria do modelo proposto que

através da resposta dinâmica da FC é possível predizer o V?O2 máximo.

103
Figura IV.15 – Comportamento da captação de O2, déficit de O2 e débito de O2 para dois
indivíduos distintos (WHIPP & WASSERMAN, 1972).

Estudos anteriores (ÂSTRAND, 1960; STAMFORD, 1975; LAFONTAINE,

1981; KASCH, 1984; ÂSTRAND, 1987; BEARDEN & MOFFATT, 2001) relatam o

uso do steady-state como parâmetro para predizer o V?O2 máximo. No presente

trabalho utilizou-se de duas variáveis (?FC 6min e ?FC 5min) que refletem a

amplitude da FC no 6º minuto e 5º minuto de teste, respectivamente. Quanto

menor sua variação maior a capacidade funcional, e esta variação da FC durante

os últimos minutos de teste é interpretada por diversos autores (ÅSTRAND, 1960;

KASCH, 1984; LONDEREE et alii 1995) como steady-state .

As variáveis (FCR, DC, ?FC6min e ?FC 5min), que compõem o modelo

proposto, escolhidas em função de sua significância estatística, têm papéis

específicos, os quais poderiam aqui resumir-se em: FCR, medida de eficiência

cardíaca, uma menor FC de repouso reflete um maior V?O2 máximo (ALONSO et

alii 1998; MACHADO et alii 1999; ACSM, 2003; NUNES, 2004); DC, reflete o

atraso na resposta cronotrópica que tem uma correlação direta com o déficit de

104
O2;(WHIPP & WASSERMAN, 1972; MASCWEEN, 2001); ?FC 6min e ?FC 5min,

refletem a variação da FC nos últimos minutos de teste que têm uma alta

correlação com o steady-state. Durante este fenômeno (steady-state) há uma

oferta de O2 igual à demanda, refletindo uma integração entre os sistemas

cardiocirculatório, respiratório e muscular (ÅSTRAND, 1960; KASCH, 1984).

Desde MARGARIA (1963), inúmeros protocolos de testes máximos e

submáximos foram desenvolvidos com o objetivo de medir ou predizer o V?O2

máximo (ASTRAND, 1960; BRUCE, 1970; FOX , 1973; MASCWEEN, 2001;

ACSM, 2003). Em seu estudo, MARGARIA et alii (1975) predisseram o V?O2

máximo através de equações simples, utilizando-se de grandezas físicas como a

distância percorrida e o tempo. KASCH (1984), utilizando-se do protocolo de

Astrand submáximo em cicloergômetro, encontrando uma correlação entre o

V?O2 máximo observado e previsto de 0,63 (p<0,001) enquanto. No presente

estudo encontrou-se uma correlação de 0,89 (p<0,00007), sendo validado através

da validação cruzada, o que vem corroborando com a escolha da variável

fisiológica (FC) para predição do V?O2 máximo. Em um outro estudo, HARTUNG

et alii (1994), desenvolveram um modelo de predição do V?O2 máximo através de

um teste submáximo em cicloergômetro, para mulheres com idade entre 19 e 47

anos de idade, utilizando a FC como principal variável preditora, encontrando um

r = 0,76 e um SE = 0,295 l.min-1 (p<0,001). Enquanto FOX (1973), desenvolveu

um modelo de predição do V?O2 máximo, para jovens adultos do sexo masculino,

utilizando-se do cicloergômetro, com velocidade constante (60 rpm) e carga fixa

105
(150W) durante 5 minutos e utilizou como variável preditora a FC obtida no último

minuto de teste, encontrando um r = 0,83, SE = 0,246 l.min-1 (p<0.001).

LONDEREE et alii (1995), observaram o percentual da FC em função do

percentual do V?O2 máximo para seis diferentes tipos de exercícios, entre eles

corrida (r = 0,96), bicicleta (r = 0,92) e step (r = 0,91). Observa-se que a maior

correlação foi obtida com corrida, fato este que vem justificar a escolha da corrida

como exercício para o modelo proposto no presente estudo.

JESSUP et alii (1974), utilizado-se do protocolo submáximo Astrand para

cicloergômetro, corrida de 12 minutos, e variáveis antropométricas para a

predição do V?O2 máximo, encontraram uma correlação de 0,69 (p<0,001), bem

inferior ao da corrida de 12 minutos (0,89, p<0,001) encontrado por COOPER

(1982). CURETON et alii (1995), desenvolveram um modelo de predição do V?O2

máximo apartir de corrida ou caminhada de uma milha, em indivíduos de ambos

sexos e com uma margem de faixa etária bem ampla (crianças a partir dos 8 anos

até idosos) encontrando um r = 0,84 e um SE 4.3 ml.kg-1.min-1 (p<0,001).

O teste de caminhada de uma milha também se utiliza da FC como um dos

parâmetros preditores, além do tempo, sexo, idade e massa corporal

(FERNANDES FILHO, 2003), enquanto Klissouras (1973 apud FERNANDES

FILHO, 2003), no teste de 1000 metros de corrida utiliza-se apenas do tempo

(segundos). Já Diaz Gamboa (1989 apud FERNANDES FILHO, 2003), utiliza-se

somente da distância percorrida durante o tempo de 6 minutos para predizer o

V?O2 máximo.

106
É bem estabelecido que o treinamento físico pode aumentar o

condicionamento físico, determinando aumento no V?O2 máximo, assim como na

capacidade aeróbica, causando redução na concentração sanguínea de ácido

láctico, redução na sobrecarga ventilatória (SANTOS & GIANNELLA NETO,

2004), redução da FC para intensidades de trabalho submáximas, redução da

variabilidade da FC (ALONSO et aIii 1998; RONDON et alii 1998; KOGAS et alii

2001; WILLIAMS et alii 2001; ARNGRÍMSSON et alii 2003). Vários pesquisadores

utilizam-se da FC como uma variável preditora do V?O2 máximo (WILLIAMS et alii

2001; BEARDEN & MOFFATT, 2001), principalmente quando os modelos de

predição do V?O2 máximo são testes submáximos (BORLAND et al. 2001;

ARNGRÍMSSON et al. 2003), Nota-se também inúmeros protocolos para a

predição do V?O2 máximo, que utilizam de outras variáveis preditoras como:

velocidade, tempo e inclinação da esteira, sejam eles submáximos ou máximos,

que se utilizam dos mais diversos tipos de ergômetros e métodos diferenciados,

no entanto nenhum modelo se propôs a predizer o V?O2 máximo da maneira que

foi realizado no presente estudo, onde o indivíduo não é levado a um estresse

físico e emocional máximo, e com uma única variável a ser controlada (FC), pois

todos os parâmetros provém da FC.

107
CAPÍTULO V

5.0 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

5.1 Conclusão do estudo

Tendo em vista que o presente estudo centrou-se em desenvolver e validar

um modelo para predizer o V?O2 máximo baseado na resposta dinâmica da FC, o

modelo proposto, trata-se de uma ferramenta prática para análise da capacidade

funcional, com alto poder preditivo do V?O2 máximo. Podem-se salientar como

pontos positivos: 1) o modelo não leva a um estresse físico e emocional máximo;

2) este é de fácil aplicabilidade, pois requer apenas uma monitoração contínua da

FC; 3) compreende um procedimento de baixo custo operacional; 4) baseia-se em

uma atividade habitual, que é a corrida.

Embora os dados encontrados apliquem-se somente a testes em esteira,

em indivíduos de baixo risco, fisicamente ativos, com idade entre 18 e 25 anos e

do sexo masculino, são de grande valia para a sociedade, pois trata-se de uma

nova ferramenta para predição do V?O2 máximo, capaz de otimizar o processo de

avaliação e prescrição do componente cardiorrespiratório.

Desenvolvido adequadamente através da regressão múltipla, resultando

em uma correlação entre o V?O2 máximo observado e previsto de 0,89,

equivalente a um erro médio de 146,68 ml.min-1 (4%), explicando 80% da

variância do V?O2 máximo (p=0,00007) e validado através da validação cruzada

108
pelo método leave-one-out, obtendo uma explicação, em média, de 77% da

variância do V?O2 máximo, equivalente a um erro médio de 212,96 ml.min-1.

Parece, razoável concluir que o trabalho em questão atingiu seus objetivos,

desenvolvendo e validando um modelo de predição do V?O2 máximo a partir dos

parâmetros extraídos da resposta dinâmica da FC, através de um método de alta

exeqüibilidade e reprodutibilidade, confiável e válido. Surgindo aqui uma

ferramenta alternativa para avaliação da capacidade funcional baseada em um

esforço submáximo.

5.2 Recomendações do estudo

Os resultados encontrados deixaram algumas lacunas a serem

preenchidas, pois se observou como pontos positivos, o tempo de teste, o tipo de

atividade, que é habitual, o baixo custo operacional além da facilidade de

aquisição das medidas, sua grande aplicabilidade, mas como pontos negativos

observou-se que a velocidade do teste de 8 Km/h pode ser um fator limitante para

aqueles menos condicionados. Além de ter sido validado em uma população de

jovens universitários ativos, o que inviabiliza a utilização deste modelo em

indivíduos mais velhos.

Recomenda-se aqui o desenvolvimento de estudos que utilizem-se de

velocidades menores (6 Km/h e 7 Km/h) ou ainda que a velocidade possa ser

estabelecida a partir da FC de reserva que tem uma correlação direta com o V?O2

máximo, que também possa-se utilizar como parâmetro preditivo o nível de

109
condicionamento atual do indivíduo, assim bem a utilização de outros ergômetros,

como a bicicleta.

110
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126
127
ANEXOS

128
ANEXO I

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

RESOLUÇÃO Nº 196, de 10 de outubro de 1996

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Quinquagésima Nona

Reunião Ordinária, realizada nos dias 09 e 10 de outubro de 1996, no uso de suas

competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de

setembro de 1990, e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, RESOLVE:

Aprovar as seguintes diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas

envolvendo seres humanos:

I - PREÂMBULO

A presente Resolução fundamenta-se nos principais documentos

internacionais que emanaram declarações e diretrizes sobre pesquisas que envolvem

seres humanos: o Código de Nuremberg (1947), a Declaração dos Direitos do

Homem (1948), a Declaração de Helsinque (1964 e suas versões posteriores de

1975, 1983 e 1989), o Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (ONU,

1966, aprovado pelo Congresso Nacional Brasileiro em 1992), as Propostas de

Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres

Humanos (CIOMS/OMS 1982 e 1993) e as Diretrizes Internacionais para Revisão

Ética de Estudos Epidemiológicos (CIOMS, 1991). Cumpre as disposições da

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e da legislação brasileira

129
correlata: Código de Direitos do Consumidor, Código Civil e Código Penal, Estatuto

da Criança e do Adolescente, Lei Orgânica da Saúde 8.080, de 19/09/90 (dispõe

sobre as condições de atenção à saúde, a organização e o funcionamento dos

serviços correspondentes), Lei 8.142, de 28/12/90 (participação da comunidade na

gestão do Sistema Único de Saúde), Decreto 99.438, de 07/08/90 (organização e

atribuições do Conselho Nacional de Saúde), Decreto 98.830, de 15/01/90 (coleta por

estrangeiros de dados e materiais científicos no Brasil), Lei 8.489, de 18/11/92, e

Decreto 879, de 22/07/93 (dispõem sobre retirada de tecidos, órgãos e outras partes

do corpo humano com fins humanitários e científicos), Lei 8.501, de 30/11/92

(utilização de cadáver), Lei 8.974, de 05/01/95 (uso das técnicas de engenharia

genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados),

Lei 9.279, de 14/05/96 (regula direitos e obrigações relativos à propriedade

industrial), e outras.

Esta Resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os

quatro referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e

justiça, entre outros, e visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à

comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado.

O caráter contextual das considerações aqui desenvolvidas implica em

revisões periódicas desta Resolução, conforme necessidades nas áreas

tecnocientífica e ética.

Ressalta-se, ainda, que cada área temática de investigação e cada

modalidade de pesquisa, além de respeitar os princípios emanados deste texto, deve

cumprir com as exigências setoriais e regulamentações específicas.

130
ANEXO II

CARTA CONVITE À UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

De: Professor Alexandre Fernandes Machado

Para: Universidade Estácio de Sá / Campus Rebouças – Diretor Geral de

Campus; Coordenador Acadêmico; Coordenador d laboratório de Fisiologia do

Exercício, Prof. D.Sc. Edil Luis Santos.

Data:

Conforme as condições descritas no “Termo de Informação à Instituição”,

em anexo, venho por meio desta solicitar autorização para realização do

respectivo estudo nesta honrada Instituição. Para tanto, faz-se necessário firmar

assinatura nesta.

O endosso do referido documento representa o aceite, de ambas as partes,

sob as condições supracitadas, para o desenvolvimento da presente investigação,

“Predição do VO2 máximo a partir da resposta dinâmica da freqüência cardíaca

em indivíduos não atletas”.

Agradecemos desde já pela prestimosa compreensão e colaboração

apresentadas.

Com estima e admiração, _____________________________

Prof. Alexandre F. Machado

_________________ ___________________ ___________

Prof. D.Sc Edil L. Santos

131
ANEXO III

TERMO DE INFORMÇÃO À INSTITUIÇÃO

De: Professor Alexandre Fernandes Machado

Para: Universidade Estácio de Sá / Campus

Assunto: Pesquisa sobre

Data:

Venho por meio desta, informar a nossa intenção em realizar a pesquisa

“Predição do VO2 máximo a partir da resposta dinâmica da freqüência cardíaca

em indivíduos não atletas”., no laboratório de Fisiologia de Exercício desta

instituição, com data de início prevista para 16 de agosto de 2004.

Os indivíduos que farão parte de nossa pesquisa (voluntários) serão

submetidos a uma bateria de medidas e testes, incluindo mensurações de massa

corporal, estatura, estimativa do percentual de gordura através das medidas de

dobras cutâneas, freqüência cardíaca e pressão arterial de repouso e

posteriormente um teste de esforço progressivo máximo, em esteira rolante onde

será medido o VO2 máximo através do analisador de gases.

Todos os participantes serão informados de que, em estudos desta

natureza, pode ocorrer algum tipo de desconforto, como tonteira, náuseas,

vômitos, desmaios, entre outros. Caso ocorra algum destes problemas, ou

132
qualquer outro que tenha relação direta com a participação dos mesmos neste

estudo, eles receberão atendimento imediato, sem nenhum tipo de ônus material

e/ou pessoal para os avaliadores e/ou para as instituições responsáveis.

Caso alguma anormalidade seja detectada antes ou durante a coleta de

dados deste estudo, o teste será interrompido, sendo de inteira responsabilidade

do indivíduo avaliado a procura pelos tratamentos cabíveis. Todos serão

informados de que, a qualquer momento, sob qualquer circunstância, poderão

abandonar este estudo e/ou comunicar com o avaliador, sem que nenhuma

implicação recaia sobre o mesmo.

Ao concordarem e assinarem o “Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido” (TCLE), os voluntários estarão permitindo que as informações

obtidas neste estudo possam ser divulgadas para fins científicos, como por

exemplo, publicações na imprensa, em revistas indexadas e/ou em congressos,

no Brasil e no Exterior, desde que não sejam divulgadas suas identificações.

Atenciosamente,

_____________________________

Prof. Alexandre F. Machado

133
ANEXO IV

CARTA DE AGENDAMENTO DO TESTE

Caro voluntário, sr. ___________________________________________ ;

Conforme a sua aceitação e autorização, firmada no “Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido” (TCLE), venho por meio desta confirmar a

sua participação como sujeito de teste no estudo “ Predição do VO2 máximo a

partir da resposta dinâmica da freqüência cardíaca em indíduos não atletas”.

Local: Universidade Estácio de Sá / Campus Nova Friburgo.

Endereço:

Data: _____ / _____ / _____.

Horário: ________________ hs.

Para tanto, destacamos a necessidade de atendimento aos procedimentos

básicos que antecedem à aplicação do teste:

- Não ser usuário de drogas ilícitas (narcóticos, esteróides, entre outras);

- Não consumir bebidas alcoólicas durante as 48 horas que antecedem ao

teste;

134
- Não fumar durante 48 horas que antecedem ao teste;

- Não consumir suplementos energéticos durante as 48 horas que

antecedem ao teste;

- Evitar excessos de esforço na noite anterior ao teste;

- Ter uma noite com repouso (sono) de, no mínimo, 8 horas;

- Não realizar qualquer tipo de atividade física mais intensa (exercício físico)

no dia do teste;

- Estabelecer um intervalo mínimo de 2 horas entre a última refeição e a

realização do teste;

- Chegar ao local com antecedência de 30 minutos;

- Levar vestimentas adequadas: sunga, short e tênis;

- Comunicar qualquer alteração no estado de saúde que tenha ocorrido

durante as 48 horas que antecedem ao teste.

Caso ocorra algum imprevisto, solicitamos, por favor, entrar em contato, o

mais rápido possível, para os seguintes telefones: (21) 8178-8718 (celular).

Rio de Janeiro, ___ de _______________ de 2004

_______________________

Prof. Alexandre F. Machado

_______________________

Voluntário

_______________________

Testemunha

135
ANEXO V

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Eu, ______________________________________________, residente à

_____________________________________________________, telefone n.

______________, telefone celular n. ________________________, R.G. n.

___________________, CPF n. ______________________, autorizo a minha

participação no estudo “Predição do VO2 máximo a partir da resposta dinâmica

da freqüência cardíaca em indivíduos não atletas” , de autoria do professor

Alexandre Fernandes Machado, residente à Av: Alberico Diniz 2189/ 203, jardim

sulacap, telefone celular n. (21) 8178-8718.

Estou ciente que realizarei duas visitas ao Laboratório de Fisiologia do

Exercício da Universidade Estácio de Sá / Campus Rebouças, a fim de me

submeter aos procedimentos do referido estudo.

Neste sentido, serei submetido a uma bateria de teste e medidas, incluindo

mensurações de massa corporal, estatura, estimativa do percentual de gordura e

posterior um teste progressivo de esforço máximo em esteira rolante, para medir

o VO2 máximo através de um analisador de gases.

Estou ciente de que estudos desta natureza pode acontecer algum tipo de

desconforto, como tonteira, náuseas, vômitos, desmaios, entre outros. Caso

ocorra algum destes problemas, ou qualquer outro que tenha relação direta com

136
minha participação nesse estudo, tenho ciência de que receberei um imediato

atendimento de emergência, sem nenhum tipo de ônus material e/ou pessoal.

Caso alguma anormalidade seja detectada antes ou durante a coleta de

dados deste estudo, tenho ciência de que minha participação será,

automaticamente, vetada, sendo de minha inteira responsabilidade a procura

pelos tratamentos cabíveis. Encontro-me ciente, também, de que posso, a

qualquer momento, sob qualquer circunstância, abandonar este estudo e/ou me

comunicar com o avaliador, sem que nenhuma implicação recaia sobre minha

pessoa.

Concordo também, em permitir que as informações obtidas neste estudo

possam ser divulgadas para fins científicos, como por exemplo, em publicações

na imprensa, em revistas e/ou em congressos, no Brasil e no Exterior, desde que

meus dados pessoais sejam resguardados.

Rio de Janeiro, _____ de __________________de 2004

_______________________________

Voluntário

________________________________

Prof. Alexandre F. Machado

________________________________

Testemunha

137
ANEXO VI

AVALIAÇÃO DA PRONTIDÃO PARA À PRÁTICA DE ATIVIDADE

FÍSICA

QUESTIONÁRIO PAR-Q (ACSM, 2003, p. 359)

1. Alguma vez um médico lhe disse que você possui um problema no

coração e recomendou que só fizesse atividade física sob supervisão

médica?

( ) sim ( ) não

2. Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física?

( ) sim ( ) não

3. Você sentiu dor no peito no último mês?

( ) sim ( ) não

4. Você tende a perder a consciência, ou cair, como resultado de tonteira?

( ) sim ( ) não

5. Você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado

com a prática de atividade física?

( ) sim ( ) não

6. Algum médico já recomendou o uso de medicamentos para sua pressão

arterial ou condição cardiovascular?

( ) sim ( ) não

7. Você tem consciência, através da sua própria experiência ou

aconselhamento médico, de alguma outra razão física que impeça sua

prática de atividade física sem supervisão médica?

( ) sim ( ) não

138
ANEXO VII

FICHA DE ANAMNESE

Nome: _________________________________________ Idade: _____

1. Obedeceu aos procedimentos básicos anteriores à aplicação do teste?

( ) sim ( ) não

2. Faz uso regular de algum medicamento ?

( ) sim ( ) não Qual ? _____________________

3. Faz uso regular de algum suplemento?

( ) sim ( ) não Qual ? _____________________

4. É portador de alguma doença?

( ) sim ( ) não Qual ? _____________________

5. Tem algum parente portador de doença cardíaca ou hipertensão

arterial?

( ) sim ( ) não Qual ? _____________________

6. Foi submetido a alguma cirurgia?

( ) sim ( ) não Qual ? _____________________

7. Qual a sua freqüência em dias por semana para a prática de exercícios

físicos?

___________ vezes.

139
ANEXO VIII
FICHA DE REGISTRO DAS MEDIDAS

Nome: ___________________________________________ Idade: ____

1) Medidas antropométricas:
Massa corporal (Kg): Estatura (cm):

Composição corporal
% de gordura
Peso gordo (kg)
Peso magro(kg)

Dobras cutâneas (mm)


Subescapular
Tríceps
Peitoral
Axilar média
Supailíaca
Abdome
Coxa

2)Teste experimental (sub máximo)


Variável/tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
PAS
PAD
IPE
Km/h

3) teste máximo
variável/tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
PAS
PAD
IPE
Km/h
Inclinação (%)

Motivo da interrupção do teste máximo: _________________________________

140
ANEXOS IX

Recomendações da American Heart Assosiation para interrupção de um

teste de esforço (AHA, 2001).

?? Indicações absolutas para o término do teste


- Infarto agudo do miocárdio ou suspeita de infarto;

- Início de angina pectoris severa;

- Queda significativa (20 mm Hg) na PAS ou ausência de elevação na

mesma com um aumento na intensidade do exercício;

- Elevação excessiva na pressão arterial: PAS > 260 mm Hg ou PAD > 115

mm Hg;

- Arritmias graves (bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau,

taquicardia ventricular de extra-sístoles ventriculares);

- Sinais de perfusão precária: tonteira, confusão mental, ataxia, palidez,

cianose, náuseas, ou pele fria e úmida;

- Ausência de aumento na FC com uma maior intensidade do exercício;

- Modificação perceptível no ritmo cardíaco;

- Solicitação de interrupção por parte do avaliado;

- Manifestações físicas ou verbais de fadiga extrema;

- Falha do equipamento do teste.

?? Indicações relativas para o término do teste

- Alterações pronunciadas do ECG, comparado como basal, como infra ou

supra desnivelamento de S-T maior que o,2 mV;

141
- Qualquer dor no peito crescente;

- Fadiga pronunciada e dispnéia;

- Sibilos;

- Câimbras nos membros inferiores ou claudicação intermitente;

- Arritmias menos graves, como taquicardia supraventricular

- Bloqueio de ramo induzido por exercício que não possa ser distinguido de

taquicardia ventricular

142
ANEXOS X

Escala original de borg, graduada de 6 a 20 conforme a percepção


subjetiva da intensidade do esforço realizado.

Escala de percepção Subjetiva de Esforço

6 Sem nenhum esforço

7 Extremamente leve

9 Muito leve

10

11 Leve

12

13 Um pouco intenso

14

15 Intenso (pesado)

16

17 Muito intenso

18

19 Extremamente intenso

20 Máximo esforço

(Borg, 1985; 1994)

143
144
145

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