Sei sulla pagina 1di 9

Ciência & Engenharia (Science & Engineering Journal) ISSN 1983-4071

22 (2): 11 – 19, jul. – dez. 2013

AVALIAÇÃO DO ÂNGULO DE ATRITO SOLO-MURO E DA RUGOSIDADE DA


SUPERFÍCIE DE CONTATO
EVALUATION OF THE FRICTION ANGLE SOIL-WALL AND THE ROUGHNESS OF THE SURFACE OF
CONTACT

Silvio Romero de Melo Ferreira1, Joaquim Teodoro Romão de Oliveira2, Stela Paulino Fucale3,
Wallace Borges de Sá4 e Sidney Fernandes de Andrade Moura5
1
Universidade Federal de Pernambuco, Universidade de Pernambuco e Universidade Católica de Pernambuco, Av.
Acadêmico Hélio Ramos s/n, CEP 50740-530, Recife, PE, Brasil, Telefone: (81) 2129-8222
E-mail: sr.mf@hotmail.com
2
Universidade Católica de Pernambuco, Rua do Príncipe, 526, Boa Vista, CEP 50050-900, Recife, PE, Brasil, Telefone:
(81) 2116-4019, E-mail:jtrdo@uol.com.br
3
Universidade de Pernambuco, Escola Politécnica de Pernambuco, Rua Benfica 455, Madalena, CEP 50720-001, Recife,
PE, Brasil, Telefone: (81) 3184-5000
E-mail: sfucale@yahoo.com.br
4
Universidade Católica de Pernambuco, Rua do Príncipe 526, Boa Vista, CEP 50050-900, Recife, PE, Brasil, Telefone: (81)
2116-4019 E-mail: walnino@ig.com.br,
5
Universidade de Pernambuco, Escola Politécnica de Pernambuco, Rua Benfica 455, Madalena, 50720-001 Recife, Brasil,
Telefone: (81) 3184-5000
E-mail: sidneyfam@hotmail.com

RESUMO
O ângulo de atrito solo-muro é um parâmetro fundamental para o dimensionamento de um muro de arrimo. A prática em
projetos considera o valor do ângulo de atrito solo-muro igual a uma parcela do ângulo de atrito interno do solo. Valores
experimentais para solos brasileiros não estão disponíveis na literatura. O presente artigo apresenta resultados de ensaios de
cisalhamento direto, realizados em corpos de prova de solo, em contato com outro material representativo de muros de
arrimo (concreto convencional, concreto com agregado de Resíduos de Construção e Demolição – RCD, rocha e pneus),
com o objetivo de obter os ângulos de atrito solo-muro. Foram utilizadas dezoito superfícies de rugosidade e dois solos das
encostas do Recife, PE: uma areia argilosa (SC) e uma argila de baixa compressibilidade (CL). Foram avaliadas as
rugosidades das superfícies em contato com os solos. A relação entre o ângulo de atrito solo-muro e o ângulo de atrito do
solo (δ/φ) varia de 3/4 a 1 na areia argilosa e de 1/3 a 1 na argila de baixa compressibilidade, em função da rugosidade da
superfície de contato.  
Palavras-chave: Atrito solo-muro, muro de arrimo de concreto e resíduos de construção e demolição.

ABSTRACT
The friction angle soil-wall is a basic parameter for the design of the retained wall. The common sense uses the value of the
friction angle soil-wall equal to a parcel of the internal friction angle of the ground. Experimental values for Brazilian soil
are not available in literature. The present paper presents results of tests of direct shear carried through in test bodies of soil
in contact with another representative material of retained walls (conventional concrete, concrete with recycled aggregate of
construction and demolition waste – CDW, rock and tires), with the objective of getting the friction angles soil-wall.
Eighteen roughness surfaces and two Recife´s hillsides soils, one sand clayey (SC) and other clay of low compressibility
(CL) have been used. The roughness of the surfaces in contact with the ground had been evaluated. The relation between
the ground-wall angle friction and the soil friction angle varies from 3/4 to 1 for the clayey sand and from 1/3 to 1 for the
clayey soil, in the function of roughness of contact surface.
Keywords: Friction angle soil-wall, retained walls of conventional concrete and concrete with recycled agreggate of
construction and demolition waste.
 
1 – INTRODUÇÃO O ângulo de atrito solo-muro é um parâmetro
fundamental para o dimensionamento de estruturas de
Um dos principais problemas nas encostas da Região contenção. O valor é utilizado na avaliação dos empuxos
Metropolitana do Recife (RMR) é a ocupação antrópica ativo e passivo, na análise de estabilidade do muro em
desordenada, aumentando o número de moradias, em áreas relação ao tombamento, deslizamento e ruptura do terreno
de risco. Uma das soluções para a estabilização das de fundação. A prática atual de projetos considera o valor
encostas é construir uma estrutura de contenção como do ângulo de atrito solo-muro (δ) como sendo igual ao
muro de arrimo. ângulo de atrito do solo, uma parcela dele ou mesmo nulo,

11
Silvio Romero de Melo Ferreira, Joaquim Teodoro Romão de Oliveira, Stela Paulino Fucale, Wallace Borges de Sá,
Sidney Fernandes de Andrade Moura

a depender do caso (Terzaghi e Peck, 1967; Caputo, 1986; avaliam o ângulo de atrito do solo-muro (δ) não quantifica
Moliterno, 1994 e Das 2007) como mostra a Tabela 1. a rugosidade da superfície de contato, apenas qualifica
Valores experimentais do ângulo de atrito solo-muro como lisa, parcialmente rugosa, rugosa ou paredes
de solos brasileiros, em contato com superfícies usuais, normais, sem mensurar e classificar as superfícies, Tabela
utilizadas na prática construtiva de obras de contenção, não 1.
estão disponíveis na literatura. O estudo da influência do DeJong e Westgate (2009) analisaram a interação
tipo de solo no atrito solo-muro é geralmente realizado solo-estrutura localizada por meio de uma série de ensaios
considerando os dois extremos, solos arenosos e argilosos de cisalhamento. Foram investigados a densidade relativa,
que na maioria dos casos práticos não ocorre. Devem ser a dureza e angulosidade das partículas, rugosidade da
consideradas as propriedades de ambos os tipos de solos, superfície, stress normal, e rigidez normal. Concluem que
diferenciando-se pela ponderação dos constituintes de uma os fatores mais influentes na interação solo-estrutura são a
ou outra fração granulométrica. densidade relativa do solo, a angulosidade das partículas e
A rugosidade da superfície de contato entre o solo e o a rugosidade superficial.
muro é um dos fatores que mais influencia a interação
entre os dois materiais. Os trabalhos em geotecnia que

Tabela 1 – Valores do ângulo de atrito solo-muro (δ) em função do tipo de solo e superfície de contato.
Rugosidade da superfície de contato Valores do Ângulo de
Solo Referência
atrito solo-muro (δ )
Não definido ----- φ/3 < δ< 2φ/3 Terzaghi (1943)
Concreto liso δ/φ = 0,84 seco
δ/φ = 0,84 saturado
Areia Concreto rugoso δ/φ = 0,98 seco
Potyondy (1961)
δ/φ = 0,90 saturado
Silte Concreto liso δ/φ = 0,99 seco
δ/φ = 0,95 saturado
Argila (mistura) Concreto liso δ/φ = 0,52
Concreto rugoso δ/φ = 0,57
Areia pura e pedregulho ----- 29º Terzaghi e Peck
Areia Siltosa ----- 24º (1967)
Silte ----- 19º
Areia grossa pura ----- 30º Caputo (1986)
Areia grossa argilosa ou -----
25º
siltosa
Paramento do muro liso (cimentado Moliterno (1994)
0
ou pintado com pixe)
Não define o tipo de solo Paramento do muro parcialmente
φ/2
rugoso
Paramento do muro rugoso φ
Argila saturada ----- 0 Marzionna et al.
Demais solos ----- 2φ/3 (1998)
Areia compacta Concreto δ/φ = 0,86 (Pico)
δ/φ = 0,82 (Residual)
Areia medianamente Concreto δ/φ = 0,71 (Pico) Gómez et al.
compacta (2008)
δ/φ = 0,86 (Residual)
Solo granular fofo ----- φ
Solo granular compacto ----- φ/3 < δ< 2φ/3 Das (2007)

O aproveitamento de Resíduos de Construção e convencional e com agregado de RCD, rocha e pneu), em


Demolição (RCD) como agregado de concreto é de grande contato com 2 (dois) solos, um arenoso argiloso e outro
interesse do ponto de vista ambiental, pois reduz o volume argiloso, coletados de encostas do Recife, sendo um no
de entulho produzido em uma grande cidade, além de Bairro Ibura e o outro de Nova Descoberta.
minimizar o impacto ambiental. Por outro lado, o
reaproveitamento de pneus usados é um desafio e entre as 2 – MATERIAIS E PROGRAMA EXPERIMENTAL
alternativas para a utilização encontra-se o aproveitamento
em Construção Civil como estrutura em contenção de Para se obter os ângulos de atrito do solo e da interação
encostas. Nessa perspectiva, o presente artigo analisa a solo-muro, foram coletados dois solos da Formação
interação solo-muro, em 18 (dezoito) superfícies de Barreiras, na cidade do Recife-PE, um da Zona Norte
contato, com diferentes rugosidades, considerando-se 04 (Nova Descoberta) e outro da Zona Oeste da cidade
(quatro) tipos de materiais (concreto com agregado (Ibura). De cada solo foi coletado aproximadamente 250

12 Ciência & Engenharia, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013


Avaliaação do ânguloo de atrito soloo-muro e da ru
ugosidade da superfície de contato

kkgf, acondicioonados em sacos plásticoos para não haver h agreegados reciclaados dos RCD D, foi elaborad
do um concretto
p
perda de mateerial fino e, posteriormentee, foram coloccados comm traço 1:2,17:3,16 e fator água cimento o de 0,57, comm
e sacos de rááfia para o trannsporte.
em uso de cimento Portland,
P CP – II Z 32. Foii montada umma
Dezoito superfícies de d contato foram
f preparradas, form
ma de madeiraa, com capaciidade de mold dar 04 (quatroo)
s
sendo nove dee dimensões 500 mm x 50 mm m x 20 mm e nove corp
pos de prova de d concreto, nnas dimensõess de 100 mm x
d 100 mm x 100 mm x 20 mm. De cada dimensão, foram
de f 100 mm x 20 mm, m tendo siido uma delaas cortada, nan
c
consideradas s
superfícies dee diferentes ruugosidades, sendo
s dimeensão de 50 mm x 50 mm m x 20 mm. Na Figura 1 é
t de concreeto convencionnal, duas de concreto
três c utilizzando apreesentada ilustrração de um ccorpo de provaa, utilizados na
n
a
agregado de Resíduo
R da Construção e Demolição
D (R
RCD), avalliação do atritoo solo-muro.
u de rocha e três de pneuus.
uma As superfíciees de contato entre os dois materiais eram
m
Para se avvaliar a rugosiidade das superfícies de coontato ajusttadas, durantee a moldagem m, para coinccidirem com o
s
solo-muro utillizou-se conceitos e métoddos aplicados para plan
no médio de cisalhamentoo, conforme Sá (2006). O
s
superfícies dee peças metáálicas, e aquui, utilizados para proccedimento doos ensaios fooi similar ao o utilizado non
a
aferirem a ruggosidade de superfícies dee contato do solo cisallhamento direeto com o soloo.
c
com os materiais.
ura 1 – Corpo dee prova de conccreto com agreg
Figu gado de RCD –
2 Solo
2.1 solo após ter sido suubmetido ao ennsaio de cisalham
mento.

A preparação das amostras dos solos foi realizada seggundo


a norma ABN NT NBR 64557:1986a. Forram realizadoos os
s
seguintes ensaaios de caraccterização: Lim mite de Liquuidez,
A
ABNT NBR 6459:1984a;
6 M
Massa Especíífica dos Grãoos do
S
Solo, ABNT NBR 6508:11984b; Limitee de Plasticiddade,
A
ABNT NBR 7180:1984c;
7 A
Análise granuulométrica, ABNT
A
N
NBR 7181:1984d; Coompactação, ABNT N
NBR
7
7182:1986b.
Os ensaioos de cisalhammento direto fooram realizadoos em
a
amostras dos solos compacctados na umidade ótima e peso
e
específico apaarente seco máximo.
m Os corpos de prova
p
t
tinham formattos prismáticoos com dimennsões 50 mm x 50
m x 40 mm
mm m e 100 mm x 100 mm x 40 4 mm. Para cada
d
dimensão forram moldadoos quatro corrpos de provva e 2.3 Rocha
R
c
consolidados, nas tensões verticais de 50 kPa, 100 kPa,
1 kPa e 2000 kPa. Após estabilização das deformaações,
150 A su uperfície de rocha
r utilizadaa foi obtida a partir de um
ma
a amostras foram
as f levadass à ruptura coom velocidadde de Biottita Gnaisse Branda,
B tipo dde rocha muitto utilizada em
m
0
0,018mm/s e medidos oss deslocamenntos horizontaais e alveenarias de peedra de obrass de contençção. As placaas
v
verticais comm extensôm metros de sensibilidade de foramm cortadas naas dimensões desejadas deix xando intacta a
0
0,001mm/div. As forças ciisalhantes foraam avaliadas com supeerfície de conntato com o solo. O procedimento doos
u anel dinam
um mométrico, com m constante de
d 0,16 kgf/divv. As ensaaios foi similaar ao utilizado no cisalhameento direto comm
d
deformações horizontais últimas
ú atingiidas nos enssaios, o solo.
f
foram de 15% %, nos corpos de prova de ladol 100 mm e de
2
20%, nos corppos de prova ded lado 50 mm m. 2.4 Pneus
P

2 Concreto convencional
2.2 c e com agregaado de RCD As amostras dee pneus inseervíveis foram m obtidas em m
borrracharias da reegião. Como não era conh hecido o temppo
As superfícies de concretoo com agreggado convenccional
A de utilização
u dos mesmos, foi ffeita uma análise visual parra
f
foram obtidas a partir do suubstrato padrãão, elaborado com a esscolha de trêss tipos, sendoo em estágioss diferentes ded
c
cimento Portlland CP – Z II 32 no traço 1:2,58:1,26, utilizzação: seminovo, medianoo e usado. No o momento da d
s
seguindo a noorma padrão ABNT NBR 14082:2003, com coleeta dos pneus foram anotaddas as referên ncias quanto aoa
f
fator água:cimmento de 0,550 e serradaas nas dimennsões tamaanho e fabriccante, para futturas análisess. Inicialmente,
d
desejadas. os pneus
p foram limpos com uma escova de cerdas de d
O entulhoo utilizado na moldagem doos corpos de prova
p Nylo on e água, seendo em seguuida cortadoss manualmentte
d concreto com
de c agregadoo de Resíduoss de Construçção e comm uma serra dee arco própriaa para metal devido
d à malhha
D
Demolição – RCD
R foi coleetado segundoo as prescriçõees da de aço presentee no interiorr dos pneum máticos. Foram m
n
norma ABNT T NBR 100077:1987 e reppresenta o ressíduo tomaadas 06 (seis)) amostras de pneus, dois para
p cada níveel
g
gerado em umau obra veertical na ciidade de Reecife, de utilização
u do pneumático,
p sendo um com m dimensões de d
P
Pernambuco, na fase interrmediária enttre a elevaçãão de m x 50 mm e o outro com
50 mm m 100 mm x 100 mm. Parra
a
alvenaria, noss pavimentoss e término de aplicaçãoo do reduuzir ao máxiimo o desloccamento verttical devido à
a
acabamento e
externo. O material
m coletado foi trituurado, curvvatura da supperfície do pnneu, o conjun nto caixa-pneeu
u
utilizando um
m britador de d mandíbulaas. A partir dos receebeu um acrésscimo de carga na prensa de d compactaçãão
estáttica antes de ser
s posicionadda a amostra ded solo sobre o

Ciência & Engenharia,, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013 1


13
Silvio Romero de Melo Ferreira,
F Joaqquim Teodoro Romão de Olliveira, Stela Paulino
P Fucalle, Wallace Bo
orges de Sá,
Sidney Fernnandes de And
drade Moura

cconjunto e afferidas as ruggosidades. O procedimentoo dos


e
ensaios foi sim
milar ao utilizaado no cisalhaamento diretoo com Em que:
o solo. Ra = Rugosidadee Média, Rt = Rugosidad de Total, Rq =
Ruggosidade Médiia Quadrática,, y ou Y diferrenças de alturra
22.5 Avaliação da rugosidadde das superfíccies de contatoo entree cada profuundidade meddida e a alturra média, n =
s
solo-muro núm
mero de observvações medidaas.

A avaliação da
d rugosidade das superfícies foi divididda em Figu
ura 3 – (a) Rugoosidade Média; (b) Rugosidadee Total ABNT
d
duas etapas. A primeira coonsistia em marcar, com grrafite, NBRR 6405:1988.
q
quadrículas d lado 10 mm,
de m em todaa a superfíciie de a)
o
observação, t
totalizando 1221 vértices e 22 linhas, nos
c
corpos de prova de 100 mm m x 100 mm x 20 mm (Figura
2 e, nos corrpos de prova de 50 mm x 50 mm x 20 mm,
2a)
3 vértices e 12 linhas. Em
36 E cada um m dos vérticess das
q
quadrículas, m
mediam-se as reentrâncias e saliências com
u deflectômeetro digital dee 0,001mm de sensibilidadee com
um
c
capacidade de 12,5 mm, Figgura 2b.

Figura 2 – Mediidas da rugosiddade, (a) rocha (b)


F ( concreto com
m b)
a
agregado de RC
CD.

  a) b
b)

b)

Os valores dee Rugosidade Equivalente, publicados poor


Na segunnda etapa, foramfo obtidass as Rugosiddades Tulllis (1989) em mpregados naa fabricação de tubos parra
M
Médias (Ra), Totais
T (Rt) e Médias
M Quadrrática (Rq) de cada diferrentes materiiais, foram uutilizados co omo referênciia
s
superfície, seeguindo a metodologia
m da ABNT NBR N paraa classificar qualitativam mente as rug gosidades daas
6
6405:1988 e Palma (20066), aplicado a metais e aqui supeerfícies dos materiais utilizaados, Tabela 1.
1
a
adaptado para os materiais utilizados.
u A Rugosidade
R M
Média
d cada superrfície foi avaaliada, utilizanndo a Equaçãão 1,
de Tabeela 1 – Classificcação da rugosidade das superffícies de contato
c
calculando-se a altura méédia, defininddo assim, o plano
p do so
olo com os materiais com basee na proposta dee Tullis (1989).
m
médio de cadda linha de observação. ForamF obtidaas as Ruugosidade (Ra, Rt e Rq) Classifficação
d
diferenças de altura entre cada profunddidade medidaa e a 0,1 mm a 0,55 mm Lisaa (L)
a
altura média, como ilustraddo na Figura 3a. A Rugosiidade 0,5 mm a 2 mm Rugosa (R)
T
Total de caada superfíciie foi avaliada, calculaando, > 2 mm Muito Rug gosa (MR)
inicialmente, a diferença entre
e o maiorr valor e o menor
m
v
valor da profuundidade de caada linha de observação
o (Figura 3 – RE
ESULTADOS E DISCUSSÕ
ÕES
3 e Equação 2), e, posteriiormente, obteeve-se a méddia de
3b
t
todas as deterrminações. A Rugosidade Média Quadrrática As características
c s físicas do soolo, a avaliação quantitativva
d cada superrfície foi calcculada, utilizaando a Equaçãão 3,
de ugosidade da superfície de contato entree o solo e murro
da ru
p
para cada linhha de observação e obtenndo-se a médiia de e o comportameento geomecâânico do sollo são fatorees
t
todas as linhass. impoortantes para a análise da innteração entre o solo e muroo.

1 n 3.1 Caracterizaçã
C ão física dos ssolos
Ra= ∑y
n i=1
(1)
O solo
s localizaddo no Ibura é uma areia argilosa (SC C)
segu
undo a Classifficação Unificcada, com 1% de pedregulhoo,
Rt =Ymax- Ymin (2) % de areia, 5% de silte e 25% de arg
69% gila. Apresentta
Lim
mite de Liquiddez de 23% e Limite de Plasticidade
P d
de
15%
%. O solo é inaativo (Ia = 0,38) e tem um peso
p específicco
2
Rq = n y aparrente seco máxximo de 19,500 kN/m3 e ummidade ótima ded

i
. 10,7
70%. O solo, localizado em m Nova Desco oberta, é argilla
n
i =1 de baixa
b compresssibilidade (CCL), com 1% de pedregulhoo,
(
(3) 47%
% de areia, 6% de silte e 46% de arg gila. Apresentta
Lim
mite de Liquiddez de 28% e Limite de Plasticidade
P d
de

1
14 Ciência & Engenharia,, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013
Avaliaação do ânguloo de atrito soloo-muro e da ru
ugosidade da superfície de contato

112%. O solo é inativo (Iaa = 0,36) e apresenta


a um peso 3.3 Resistência
R aoo cisalhamentto dos solos
e
específico apparente seco máximo de 16,50 kN/m m3 e
u
umidade ótimaa de 19,30%. Na Figura 4aa são apresentadas A areia
a argilosaa (SC), locaalizada no Ib bura, tem um m
a curvas grannulométricas e na Figura 4bb são mostraddas as
as interrcepto de coessão que varia de 14 a 32 kPa
k e ângulo de d
c
curvas de com
mpactação dos solos estudaddos. atrito que varia dee 36º a 39º paara corpos de prova de ladoos
50 mm
m e 100 mm m respectivammente. O valorr médio de 388º
Figura 4 – Caracterização físicca: (a) Curvas grranulométricas; (b)
F foi considerado
c para relacionarr com o ângulo de atrito sollo
C
Curvas de comppactação. muro (δ).
a
a) A argila de baixa
b compreessibilidade (CCL), localizadda
em Nova Descobberta, tem um m intercepto de coesão quue
variaa de 12 a 1277 kPa e o ânggulo de atrito de 29º a 33º, a
depeender da dimeensão do corpoo de prova. Laafayette (20000)
obteeve, para este mesmo solo, em condição natural, coesãão
que variou de 13 a 70 kPa e ânngulo de atrito o que variou de
d
24º a 32º em funnção da sucçção inicial do solo. O valoor
méd dio de 31º foi considerado
c ppara relacionarr com o ângullo
de atrito
a solo-murro (δ).

3.4 Resistência
R aoo cisalhamentto do solo-murro

b
b) Curvvas típicas τ x εa (tensão cisalhante x deformaçãão
horizontal) e a envoltória dde Mohr-Cou ulomb (tensãão
cisallhante x tensãão normal) sãoo apresentadaas, na Figura 5, 5
paraa a Areia Arrgilosa (SC) do Ibura em m contato soloo-
conccreto com agregado
a connvencional. Resultados
R doos
ensaaios de cisalhhamento diretoo, realizados em corpos de d
provvas, constituíddos de dois mmateriais: solo--concreto (com m
agreegado convenncional e com m agregado do o RCD), soloo-
rochha e solo-pneuu são apresentaados na Tabella 3.
Na areia argiilosa (SC) com mpactada, o ângulo
â de atritto
solo-muro (δ) vaariou de 28o a 39o e na argila a de baixxa
commpressibilidadee (CL) compaactada, o ângullo (δ) variou de d
10o a 32o, em ambos
a os sollos a interaçãão depende da d
supeerfície de ruggosidade e doo material. Teerzaghi e Pecck
Embora seja
s uma argiila de baixa compressiblili
c idade (19667) encontraraam o ângulo ((δ) de 29o paara areia pura e
((CL) na Classificação Unifi
ficada, a fraçãoo argila dessee solo pedrregulho, 24o para
p areia siltoosa e 19o paraa siltes. Caputto
é similar quaanto a minerralogia fraçãoo argila da areia (19886) indica 30 para areia ggrossa pura e 25o para areiia
o
a
argilosa (SC). grosssa argilosa ou
o siltosa. Noos dois traballhos citados os o
auto
ores não fazeem indicação do tipo de rugosidade da d
3 Avaliação das rugosidades das superf
3.2 rfícies de contaato supeerfície de conttato nem se o solo é compaactado. Em sollo
grannular fofo, Daas (2007) inddica que o ân ngulo de atritto
Os valores obtidos
O o das Rugosidades
R Médias, Totaais e solo-muro (δ) é iggual ao ângullo de atrito do o solo (φ) e em m
M
Médias Quaddráticas para os materiais utilizados são solo granular com mpactado o ângulo de attrito solo-murro
a
apresentados na Tabela 2. Considerando os valorees da
R
Rugosidade M
Média obtidaas e as faiixas de variiação (δ) varia
v de φ/3 < δ < 2φ/3.
indicadas na Tabela
T 1, das dezoito
d superffícies avaliadaas, 11
% são muito ruugosas, 22 % são rugosas e 67 % são lisaas.

Ciência & Engenharia,, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013 1


15
Silvio Romero de Melo Ferreira,
F Joaqquim Teodoro Romão de Olliveira, Stela Paulino
P Fucalle, Wallace Bo
orges de Sá,
Sidney Fernnandes de And
drade Moura

Tabela 2 – Valores
V de rugossidade das supeerfícies de contaato solo-muro.
Dimensões dos
d corpos de Rugosidade*
R (m
mm) C
Classificação da rugosidade**
Material Superffície
provaa mm Rt Ra Rq Rt Ra Rq
Concreto coom S1 0,901 0,274 0,328 R L L
agregadoo S2 0,5199 0,147 0,179 R L L
50 mm x 50 mm x convencionnal S3 0,4333 0,134 0,162 L L L
40 mm Concreto coom S4 1,46 0,439 0,524 R L R
agregado RC CD S5 1,2600 0,392 0,449 R L L
Rocha S6 1,0833 0,391 0,509 R L R
S7 12,388 2,620 - M
MR MRR -
Pneu S8 9,0200 1,510 - M
MR R -
S9 2,7000 0,450 - M
MR L -
Concreto comm S100 1,2299 0,274 0,356 R L L
agregado S111 0,7799 0,206 0,247 R L L
100 mm x 100 mm x convencionaal S122 0,6344 0,147 0,185 R L L
40 mm Concreto coom S133 2,6822 0,718 0,847 M
MR R R
agregado RC CD S144 1,5077 0,385 0,467 R L L
Rocha S155 2,3366 0,601 0,723 M
MR R R
S166 14,280 0 2,450 - M
MR MRR -
Pneu S177 10,410 0 1,280 - M
MR R -
S188 1,7700 0,170 - R L -
* Rt = Rugosiddade Total, Ra
R = Rugosidadde Média e Rqq = Rugosidad de Média Quaadrática.
* L = Superfí
** fície Lisa, R = Superfície Ruugosa e MR = Superfície Muito
M Rugosa.

Figura 5 – Ensaaio de cisalhameento direto soloo-concreto convvencional – Solo


F o do Ibura (SC)) em corpos de pprova com lado
o 100 mm –
s
superfície S10: a) Curvas tensãão cisalhante x deformação horrizontal, b) Envvoltória de Mohhr-Coulomb.

a
a) b)

Tabela 3 – Parââmetros de resistência ao cisallhamento: interaação solo-muroo.


Dimensões dos corpos de prova
p
50 mm X 50 mmm X 40 mm 1000 mm X 100 mm m X 40 mm
Solo/Materiaal Parrâmetros de resiistência de picoo Parâmmetros de resisttência de pico
Superffície Adesãoo Ângulo de atritoa Superfíície Adesão Ângulo dee
de conttato (kPa) φ (°) de contaato (kPa) atrito φ (°))
Concreto com
c S1 18 34 S100 09 37
agregaddo S2 05 37 S11 17 28
C
SC convencioonal
S3 09 38 S12 20 36
Rochaa S6 14 39 S15 0 33
Concreto com S1 0 19 S100 5 20
agregaddo S2 0 11 S11 0 25
convencioonal
CL
L S3 0 12 S12 0 18
Concreto com S4 0 20 S13 0 23
agregado RCD
R S5 0 10 S144 7 22
Rochaa S6 05 10 S15 0 20
S7 0 32 S166 0 31
Pneu S8 0 27 S17 0 27

1
16 Ciência & Engenharia,, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013
Avaliaação do ânguloo de atrito soloo-muro e da ru
ugosidade da superfície de contato

S9 0 26 S18 0 26
33.5 Fatores inffluentes na avvaliação da innteração solo- cisallhamento (suuperfícies de ruptura) reprresentando um m
m
muro commportamento médio.
m Assimm na análise a relação (δ/φ φ)
será considerada oso valores da R Rugosidade Média
M
O tamanho doo corpo de proova, a granulom metria e ânguulo de Na areia arggilosa (SC) o ângulo de attrito solo-murro
a
atrito do solo, a rugosidade das superfíciees de contato entre tem pequena variação no tocante à rugosidade r d
da
o solo e muroo em diferentees materiais sãão fatores quee são supeerfície, considerando quaalquer um do os índices ded
a
avaliados na innteração solo--muro. rugoosidade (Totaal, Média e M Média Quadráática). O valoor
méddio do ânguloo de atrito ssolo-muro (δ = 35o) para os o
33.5.1 Influênciia do tamanhoo do corpo de prova no ânguulo diferrentes materiaais e superfíciies de contato
o é próximo ao
a
d atrito do soolo e solo-murro
de valo
or médio do ângulo
â de atritto interno do solo (φ = 37o),
exceeto para a supperfície de coontato lisa do concreto, comm
Na areia argiilosa (SC) do Ibura, os ângulos de atrito
N a agreegado convenccional, que é dde (δ = 28o), Figura
F 8.
interno do sollo e do atritoo solo-muro obtidos
o a parttir de
c
corpos de proova de lado 50 mm (valor médio = 37º) são Figu
ura 7 – Ângulo de
d atrito solo-m
muro para direreentes materiais
ligeiramente superiores
s aoss obtidos com
m corpos de prova
p de co
ontato:
d lado 100 mm
de m (valor méédio = 34º). Na N argila de baixa
b a) Areia A Argilosa (SC)
c
compressibiliddade (CL) de Nova Descobberta, os resulttados
s inferiores, apresentanddo valor médiio de 19o parra os
são
â
ângulos obtidoos em corpos de prova de laado 50 mm e valor
v
m
médio de 24o para ângulos obtidos em corpos
c de provva de
lado 100 mm, Figura 6.

Figura 6 – Relaçção entre valorees dos ângulos de atrito, resulttantes


F
d corpos de proova de lado 50 mm e de lado 100
de 1 mm, em
d
diferentes superrfícies de contatto.

b) Argila
A de Baixaa Compressibilid
dade (CL).

33.5.2 Influênciia do materiall de contato noo ângulo de attrito


s
solo-muro

O tipo de maaterial de conttato (concretoo convencionaal ou


r
rocha) na areiia argilosa (S
SC) teve pequuena influênciia no
â
ângulo de atrito
a solo-muuro, varianddo de 35o + 3o
independente do tipo de material. Naa argila de baixa b
c
compressibiliddade (CL), o ângulo
â de atriito médio do solo-
m
muro foi maioor quando o solo estava em e contato coom o
p
pneu (28o) e menor
m com a roocha (15o); coom o concretoo com
a
agregado connvencional ouo com agrregado de RCD
p
praticamente apresentaram
m os mesmoss valores méédios
( o) e (19o), respectivamen
(18 r nte, Figura 7

33.5.3 Relaçãoo do ângulo de atrito solo-muro


s coom a
R
Rugosidade M
Média

As avaliações dos ângulos de atrito dos solos e dos solos


A
c
com os materriais dos muroos foram obtidas nos planoos de

Ciência & Engenharia,, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013 1


17
Silvio Romero de Melo Ferreira,
F Joaqquim Teodoro Romão de Olliveira, Stela Paulino
P Fucalle, Wallace Bo
orges de Sá,
Sidney Fernnandes de And
drade Moura

Figura 8 – Variaação do atrito solo-muro com a rugosidade média


F m (δ/φ) variou de 1/3
1 a 3/4, parra superfície de d contato lissa
p a areia argiilosa do Ibura.
para (Ra < 0,5 mm) e de 3/4 a 1,, para superfíície de contatto
rugoosa (0,5 mm < Ra < 2 mm m) e muito ru ugosa (Ra > 2
mm)), Figura 10. Na literaturaa geotécnica a rugosidade é
desccrita apenas de
d maneira quualitativa e mu uitas vezes nãão
indicca o tipo de solo
s que está eem contato co om a superfíciie
paraa definir a relaação do ânguulo de atrito en ntre o solo e o
muro, Tabela 1. Gómez
G et al. ((2008) obtiveeram valores da d
relaçção (δ/φ) quee variaram de 0,86 (para resistência de d
picoo) a 0,82 (para resistêência residuaal) em areiia
commpactada e dee 0,71 (para resistência dee pico) a 0,886
(para resistênciaa residual) em areia medianamentte
commpacta, em am mbos os casos o solo estaava em contatto
comm o concreto. Valores
V que se encontram dentro
d da faixxa
aquii obtida.
Terzaghi (19443) indica quee a relação enntre o ângulo de d
atrito do solo coom a do soloo-muro varia de 1/3 a 2/33.
Molliterno (1994) indica que a rrelação entre (δ/φ)
 varia de 0
Na argila de baixa com mpressibilidadde (CL) o valoor do paraa paramento lisol (cimentado ou com pixe) p a 1 parra
âângulo de atrito s
solo-muro é influencciado, paraamento de muuro rugoso. Os trabalhos nãão informam o
s mente, pela ruugosidade daa superfície. Para
significativam tipo de solo do coontato com a ssuperfície e neem quantifica a
v
valores de Ruugosidade Média, inferiorres a 0,5 mm m, há rugoosidade das suuperfícies.
t
tendência de diminuição
d ânngulo de atritoo solo-muro com a
d
diminuição daa rugosidade dad superfície ded contato enttre os Figuura 10 – Relaçãoo do ângulo de atrito solo-muro com ângulo de
d
d
dois materiaiss. O valor do d ângulo dee atrito solo-m muro atrito
o do solo.
v
variou de 10o a 22o, Figuraa 9. Para valorres de Rugosiidade
M
Média maior que 0,50 mm m, o ângulo de atrito solo-m muro
c
cresce com o aumento
a da ruugosidade da superfície, poorém,
c
com menor inttensidade do que q para valores de Rugosiidade
M
Média menorees que 0,50 mm.m Apresentaa valores variiando
d 20° a 32° innferiores ao ânngulo de atritoo interno do soolo.
de

Figura 9 – Variaação do atrito solo-muro com a Rugosidade Média


F M
n argila de baixxa compressibillidade (CL).
na

4 – CONSIDERA
C AÇÕES FINAIIS

A metodologia
m e
empregada parra avaliar a rugosidade
r daas
supeerfícies de conntato do solo com o materiial do muro fooi
adapptada da avalliação da rugoosidade utilizzada da ABN NT
NBR R 6405:1988. Os resultadoos obtidos são o significativoos
paraa estabelecer relação do âângulo de atrrito solo-muroo,
33.5.4 Relação do ângulo dee atrito solo-m
muro com o ânngulo
com
m índices de ruugosidade.
d atrito internno do solo
de
A rugosidadee da superfíciee tem influênccia na avaliaçãão
do atrito
a solo-muuro, para differentes materriais. Na areiia
Na areia argilosa (SC), do Ibura, a relaçção entre o ânngulo
N
argillosa (SC) do Ibura variou de 28o a 39o. O valor médiio
d atrito soloo-muro e o ângulo
de â de atrrito do solo (δ/φ)
do ângulo
â de attrito solo-murro (δ = 35o) é próximo ao a
v
variou de 3/4 a 1, para supeerfície de conntato lisa (Ra < 0,5
m e rugosaa (0,5 mm < Ra
mm) R < 2 mm). Na N argila de baixa
b ânguulo de atrito interno do ssolo (φ = 38o) para todaas
c
compressibilid
dade (CL), ded Nova Desccoberta, a rellação supeerfícies de conntato, exceto nna superfície lisa
l de concretto

1
18 Ciência & Engenharia,, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013
Avaliação do ângulo de atrito solo-muro e da rugosidade da superfície de contato

convencional, (δ = 28o). Na argila de baixa escavações e contenções. In: Hachich, W.; Falconi, F. F.;
compressibilidade (CL), variou de 10o a 32o a depender da Saes, J. L. 1998.
rugosidade, para valores de rugosidade média < 0,50 mm, MOLITERNO, A. Cadernos de muros de arrimo.
o ângulo de atrito solo-muro (δ) variou de 10o a 22o e para Editora Edgar Blücher, São Paulo, 1994.
valores de rugosidade média > 0,50 mm, o ângulo de atrito PALMA, E. S. Metrologia. Belo Horizonte: Departamento
solo-muro (δ) variou de 20o a 32o. de Engenharia Mecânica. PUC, 2006.
A relação entre o ângulo de atrito solo-muro e o POTYONDY, J. G. Skin friction between various soils and
construction materials. Geotechnique Journal, v. 11, n. 4,
ângulo de atrito do solo (δ/φ) variou de 3/4 a 1 na areia
p. 339–355, 1961.
argilosa (SC) e de 1/3 a 1, na argila de baixa
SÁ, W. B. Estudo da interação solo-muro em concreto
compressibilidade (CL) em função da rugosidade da
convencional, com resíduo de construção e demolição
superfície. Os valores da relação são associados aos
(RCD) e alvenaria de pedra. Dissertação (Mestrado) em
valores numéricos da rugosidade média das superfícies.
Engenharia Civil. Universidade Católica de Pernambuco,
Recife. 111 p, 2006.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TERZAGHI, K. Theoretical Soil Mechanics. John Wiley
and Sons. New York, 510 p, 1943.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR
TERZAGHI, K.; PECK, R. B. Soil Mechanics in
6459: solo – determinação do limite de liquidez –
Engineering Practice, McGraw Hill, New York, NY. 2nd
Procedimento. Rio de Janeiro, 1984a, 6 p.
ed. 685 p, 1967.
______. NBR 6508: solo – grãos de solo que passam na
TULLIS, J. P. Hydraulics of pipelines, pump, valves,
peneira de 4,8 mm: determinação da massa especifica. Rio
cavitation, transients. John Wiley & Sons, New York,
de Janeiro, 1984b, 8 p.
1989.
______. NBR 7180: solo – determinação do limite de
plasticidade – procedimento. Rio de Janeiro, 1984c, 6 p.
______. NBR 7181: solo – análise granulométrica –
procedimento. Rio de Janeiro, 1984d, 13 p.
______. NBR 6457: amostras de solo – preparação para
ensaios de compactação e ensaios de caracterização. Rio de
Janeiro, 1986a, 8 p.
______. NBR 7182: solo – ensaio de compactação –
procedimento. Rio de Janeiro, 1986b, 10 p.
______. NBR 10007: amostragem de resíduos sólidos. Rio
de Janeiro, 1987, 24 p.
______. NBR 6405: especificação de parâmetro para
medida de rugosidade superficial. Rio de Janeiro, 1988, 18
p.
______. NBR 14082: execução de substrato padrão e
aplicação de argamassa para ensaios. Rio de Janeiro, 2003,
19 p.
CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações.
Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, 6. ed., v. 2,
496 p, 1986.
DAS, B. M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica, 6a
Edição, Thonson Learning, 562 p, 2007.
DeJONG, J. T.; WESTGATE, Z. J. Role of initial state,
material properties, and confinement condition on local
and global soil structure interface behavior. Journal of
Geotechnical and Geoenvironmental Engineering, v.
135, n. 11, p. 1646-1660, 2009.
GÓMEZ, J. E.; FILZ, G. M.; EBELING, R. M.; DOVE, J.
E. Sand-to-concrete interface response to complex load
paths in a large displacement shear box. Geotechnical
Testing Journal, ASTM, v. 31, n. 4, p. 358-369, 2008.
LAFAYETTE, K. P. V. Comportamento geomecânico de
solos de uma topossequência na Formação Barreiras
em uma encosta na área urbana do Recife, PE.
Dissertação (Mestrado) em Engenharia Civil –
Universidade Federal de Pernambuco, Recife. 122 p, 2000.
MARZIONNA, J. D.; MAFFEI, C. E. M.; FERREIRA, A.
A.; CAPUTO, A. N. Análise, projeto e execução de

Ciência & Engenharia, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013 19

Potrebbero piacerti anche