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Silvio Romero de Melo Ferreira1, Joaquim Teodoro Romão de Oliveira2, Stela Paulino Fucale3,
Wallace Borges de Sá4 e Sidney Fernandes de Andrade Moura5
1
Universidade Federal de Pernambuco, Universidade de Pernambuco e Universidade Católica de Pernambuco, Av.
Acadêmico Hélio Ramos s/n, CEP 50740-530, Recife, PE, Brasil, Telefone: (81) 2129-8222
E-mail: sr.mf@hotmail.com
2
Universidade Católica de Pernambuco, Rua do Príncipe, 526, Boa Vista, CEP 50050-900, Recife, PE, Brasil, Telefone:
(81) 2116-4019, E-mail:jtrdo@uol.com.br
3
Universidade de Pernambuco, Escola Politécnica de Pernambuco, Rua Benfica 455, Madalena, CEP 50720-001, Recife,
PE, Brasil, Telefone: (81) 3184-5000
E-mail: sfucale@yahoo.com.br
4
Universidade Católica de Pernambuco, Rua do Príncipe 526, Boa Vista, CEP 50050-900, Recife, PE, Brasil, Telefone: (81)
2116-4019 E-mail: walnino@ig.com.br,
5
Universidade de Pernambuco, Escola Politécnica de Pernambuco, Rua Benfica 455, Madalena, 50720-001 Recife, Brasil,
Telefone: (81) 3184-5000
E-mail: sidneyfam@hotmail.com
RESUMO
O ângulo de atrito solo-muro é um parâmetro fundamental para o dimensionamento de um muro de arrimo. A prática em
projetos considera o valor do ângulo de atrito solo-muro igual a uma parcela do ângulo de atrito interno do solo. Valores
experimentais para solos brasileiros não estão disponíveis na literatura. O presente artigo apresenta resultados de ensaios de
cisalhamento direto, realizados em corpos de prova de solo, em contato com outro material representativo de muros de
arrimo (concreto convencional, concreto com agregado de Resíduos de Construção e Demolição – RCD, rocha e pneus),
com o objetivo de obter os ângulos de atrito solo-muro. Foram utilizadas dezoito superfícies de rugosidade e dois solos das
encostas do Recife, PE: uma areia argilosa (SC) e uma argila de baixa compressibilidade (CL). Foram avaliadas as
rugosidades das superfícies em contato com os solos. A relação entre o ângulo de atrito solo-muro e o ângulo de atrito do
solo (δ/φ) varia de 3/4 a 1 na areia argilosa e de 1/3 a 1 na argila de baixa compressibilidade, em função da rugosidade da
superfície de contato.
Palavras-chave: Atrito solo-muro, muro de arrimo de concreto e resíduos de construção e demolição.
ABSTRACT
The friction angle soil-wall is a basic parameter for the design of the retained wall. The common sense uses the value of the
friction angle soil-wall equal to a parcel of the internal friction angle of the ground. Experimental values for Brazilian soil
are not available in literature. The present paper presents results of tests of direct shear carried through in test bodies of soil
in contact with another representative material of retained walls (conventional concrete, concrete with recycled aggregate of
construction and demolition waste – CDW, rock and tires), with the objective of getting the friction angles soil-wall.
Eighteen roughness surfaces and two Recife´s hillsides soils, one sand clayey (SC) and other clay of low compressibility
(CL) have been used. The roughness of the surfaces in contact with the ground had been evaluated. The relation between
the ground-wall angle friction and the soil friction angle varies from 3/4 to 1 for the clayey sand and from 1/3 to 1 for the
clayey soil, in the function of roughness of contact surface.
Keywords: Friction angle soil-wall, retained walls of conventional concrete and concrete with recycled agreggate of
construction and demolition waste.
1 – INTRODUÇÃO O ângulo de atrito solo-muro é um parâmetro
fundamental para o dimensionamento de estruturas de
Um dos principais problemas nas encostas da Região contenção. O valor é utilizado na avaliação dos empuxos
Metropolitana do Recife (RMR) é a ocupação antrópica ativo e passivo, na análise de estabilidade do muro em
desordenada, aumentando o número de moradias, em áreas relação ao tombamento, deslizamento e ruptura do terreno
de risco. Uma das soluções para a estabilização das de fundação. A prática atual de projetos considera o valor
encostas é construir uma estrutura de contenção como do ângulo de atrito solo-muro (δ) como sendo igual ao
muro de arrimo. ângulo de atrito do solo, uma parcela dele ou mesmo nulo,
11
Silvio Romero de Melo Ferreira, Joaquim Teodoro Romão de Oliveira, Stela Paulino Fucale, Wallace Borges de Sá,
Sidney Fernandes de Andrade Moura
a depender do caso (Terzaghi e Peck, 1967; Caputo, 1986; avaliam o ângulo de atrito do solo-muro (δ) não quantifica
Moliterno, 1994 e Das 2007) como mostra a Tabela 1. a rugosidade da superfície de contato, apenas qualifica
Valores experimentais do ângulo de atrito solo-muro como lisa, parcialmente rugosa, rugosa ou paredes
de solos brasileiros, em contato com superfícies usuais, normais, sem mensurar e classificar as superfícies, Tabela
utilizadas na prática construtiva de obras de contenção, não 1.
estão disponíveis na literatura. O estudo da influência do DeJong e Westgate (2009) analisaram a interação
tipo de solo no atrito solo-muro é geralmente realizado solo-estrutura localizada por meio de uma série de ensaios
considerando os dois extremos, solos arenosos e argilosos de cisalhamento. Foram investigados a densidade relativa,
que na maioria dos casos práticos não ocorre. Devem ser a dureza e angulosidade das partículas, rugosidade da
consideradas as propriedades de ambos os tipos de solos, superfície, stress normal, e rigidez normal. Concluem que
diferenciando-se pela ponderação dos constituintes de uma os fatores mais influentes na interação solo-estrutura são a
ou outra fração granulométrica. densidade relativa do solo, a angulosidade das partículas e
A rugosidade da superfície de contato entre o solo e o a rugosidade superficial.
muro é um dos fatores que mais influencia a interação
entre os dois materiais. Os trabalhos em geotecnia que
Tabela 1 – Valores do ângulo de atrito solo-muro (δ) em função do tipo de solo e superfície de contato.
Rugosidade da superfície de contato Valores do Ângulo de
Solo Referência
atrito solo-muro (δ )
Não definido ----- φ/3 < δ< 2φ/3 Terzaghi (1943)
Concreto liso δ/φ = 0,84 seco
δ/φ = 0,84 saturado
Areia Concreto rugoso δ/φ = 0,98 seco
Potyondy (1961)
δ/φ = 0,90 saturado
Silte Concreto liso δ/φ = 0,99 seco
δ/φ = 0,95 saturado
Argila (mistura) Concreto liso δ/φ = 0,52
Concreto rugoso δ/φ = 0,57
Areia pura e pedregulho ----- 29º Terzaghi e Peck
Areia Siltosa ----- 24º (1967)
Silte ----- 19º
Areia grossa pura ----- 30º Caputo (1986)
Areia grossa argilosa ou -----
25º
siltosa
Paramento do muro liso (cimentado Moliterno (1994)
0
ou pintado com pixe)
Não define o tipo de solo Paramento do muro parcialmente
φ/2
rugoso
Paramento do muro rugoso φ
Argila saturada ----- 0 Marzionna et al.
Demais solos ----- 2φ/3 (1998)
Areia compacta Concreto δ/φ = 0,86 (Pico)
δ/φ = 0,82 (Residual)
Areia medianamente Concreto δ/φ = 0,71 (Pico) Gómez et al.
compacta (2008)
δ/φ = 0,86 (Residual)
Solo granular fofo ----- φ
Solo granular compacto ----- φ/3 < δ< 2φ/3 Das (2007)
kkgf, acondicioonados em sacos plásticoos para não haver h agreegados reciclaados dos RCD D, foi elaborad
do um concretto
p
perda de mateerial fino e, posteriormentee, foram coloccados comm traço 1:2,17:3,16 e fator água cimento o de 0,57, comm
e sacos de rááfia para o trannsporte.
em uso de cimento Portland,
P CP – II Z 32. Foii montada umma
Dezoito superfícies de d contato foram
f preparradas, form
ma de madeiraa, com capaciidade de mold dar 04 (quatroo)
s
sendo nove dee dimensões 500 mm x 50 mm m x 20 mm e nove corp
pos de prova de d concreto, nnas dimensõess de 100 mm x
d 100 mm x 100 mm x 20 mm. De cada dimensão, foram
de f 100 mm x 20 mm, m tendo siido uma delaas cortada, nan
c
consideradas s
superfícies dee diferentes ruugosidades, sendo
s dimeensão de 50 mm x 50 mm m x 20 mm. Na Figura 1 é
t de concreeto convencionnal, duas de concreto
três c utilizzando apreesentada ilustrração de um ccorpo de provaa, utilizados na
n
a
agregado de Resíduo
R da Construção e Demolição
D (R
RCD), avalliação do atritoo solo-muro.
u de rocha e três de pneuus.
uma As superfíciees de contato entre os dois materiais eram
m
Para se avvaliar a rugosiidade das superfícies de coontato ajusttadas, durantee a moldagem m, para coinccidirem com o
s
solo-muro utillizou-se conceitos e métoddos aplicados para plan
no médio de cisalhamentoo, conforme Sá (2006). O
s
superfícies dee peças metáálicas, e aquui, utilizados para proccedimento doos ensaios fooi similar ao o utilizado non
a
aferirem a ruggosidade de superfícies dee contato do solo cisallhamento direeto com o soloo.
c
com os materiais.
ura 1 – Corpo dee prova de conccreto com agreg
Figu gado de RCD –
2 Solo
2.1 solo após ter sido suubmetido ao ennsaio de cisalham
mento.
2 Concreto convencional
2.2 c e com agregaado de RCD As amostras dee pneus inseervíveis foram m obtidas em m
borrracharias da reegião. Como não era conh hecido o temppo
As superfícies de concretoo com agreggado convenccional
A de utilização
u dos mesmos, foi ffeita uma análise visual parra
f
foram obtidas a partir do suubstrato padrãão, elaborado com a esscolha de trêss tipos, sendoo em estágioss diferentes ded
c
cimento Portlland CP – Z II 32 no traço 1:2,58:1,26, utilizzação: seminovo, medianoo e usado. No o momento da d
s
seguindo a noorma padrão ABNT NBR 14082:2003, com coleeta dos pneus foram anotaddas as referên ncias quanto aoa
f
fator água:cimmento de 0,550 e serradaas nas dimennsões tamaanho e fabriccante, para futturas análisess. Inicialmente,
d
desejadas. os pneus
p foram limpos com uma escova de cerdas de d
O entulhoo utilizado na moldagem doos corpos de prova
p Nylo on e água, seendo em seguuida cortadoss manualmentte
d concreto com
de c agregadoo de Resíduoss de Construçção e comm uma serra dee arco própriaa para metal devido
d à malhha
D
Demolição – RCD
R foi coleetado segundoo as prescriçõees da de aço presentee no interiorr dos pneum máticos. Foram m
n
norma ABNT T NBR 100077:1987 e reppresenta o ressíduo tomaadas 06 (seis)) amostras de pneus, dois para
p cada níveel
g
gerado em umau obra veertical na ciidade de Reecife, de utilização
u do pneumático,
p sendo um com m dimensões de d
P
Pernambuco, na fase interrmediária enttre a elevaçãão de m x 50 mm e o outro com
50 mm m 100 mm x 100 mm. Parra
a
alvenaria, noss pavimentoss e término de aplicaçãoo do reduuzir ao máxiimo o desloccamento verttical devido à
a
acabamento e
externo. O material
m coletado foi trituurado, curvvatura da supperfície do pnneu, o conjun nto caixa-pneeu
u
utilizando um
m britador de d mandíbulaas. A partir dos receebeu um acrésscimo de carga na prensa de d compactaçãão
estáttica antes de ser
s posicionadda a amostra ded solo sobre o
A avaliação da
d rugosidade das superfícies foi divididda em Figu
ura 3 – (a) Rugoosidade Média; (b) Rugosidadee Total ABNT
d
duas etapas. A primeira coonsistia em marcar, com grrafite, NBRR 6405:1988.
q
quadrículas d lado 10 mm,
de m em todaa a superfíciie de a)
o
observação, t
totalizando 1221 vértices e 22 linhas, nos
c
corpos de prova de 100 mm m x 100 mm x 20 mm (Figura
2 e, nos corrpos de prova de 50 mm x 50 mm x 20 mm,
2a)
3 vértices e 12 linhas. Em
36 E cada um m dos vérticess das
q
quadrículas, m
mediam-se as reentrâncias e saliências com
u deflectômeetro digital dee 0,001mm de sensibilidadee com
um
c
capacidade de 12,5 mm, Figgura 2b.
a) b
b)
b)
1 n 3.1 Caracterizaçã
C ão física dos ssolos
Ra= ∑y
n i=1
(1)
O solo
s localizaddo no Ibura é uma areia argilosa (SC C)
segu
undo a Classifficação Unificcada, com 1% de pedregulhoo,
Rt =Ymax- Ymin (2) % de areia, 5% de silte e 25% de arg
69% gila. Apresentta
Lim
mite de Liquiddez de 23% e Limite de Plasticidade
P d
de
15%
%. O solo é inaativo (Ia = 0,38) e tem um peso
p específicco
2
Rq = n y aparrente seco máxximo de 19,500 kN/m3 e ummidade ótima ded
∑
i
. 10,7
70%. O solo, localizado em m Nova Desco oberta, é argilla
n
i =1 de baixa
b compresssibilidade (CCL), com 1% de pedregulhoo,
(
(3) 47%
% de areia, 6% de silte e 46% de arg gila. Apresentta
Lim
mite de Liquiddez de 28% e Limite de Plasticidade
P d
de
1
14 Ciência & Engenharia,, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013
Avaliaação do ânguloo de atrito soloo-muro e da ru
ugosidade da superfície de contato
3.4 Resistência
R aoo cisalhamentto do solo-murro
b
b) Curvvas típicas τ x εa (tensão cisalhante x deformaçãão
horizontal) e a envoltória dde Mohr-Cou ulomb (tensãão
cisallhante x tensãão normal) sãoo apresentadaas, na Figura 5, 5
paraa a Areia Arrgilosa (SC) do Ibura em m contato soloo-
conccreto com agregado
a connvencional. Resultados
R doos
ensaaios de cisalhhamento diretoo, realizados em corpos de d
provvas, constituíddos de dois mmateriais: solo--concreto (com m
agreegado convenncional e com m agregado do o RCD), soloo-
rochha e solo-pneuu são apresentaados na Tabella 3.
Na areia argiilosa (SC) com mpactada, o ângulo
â de atritto
solo-muro (δ) vaariou de 28o a 39o e na argila a de baixxa
commpressibilidadee (CL) compaactada, o ângullo (δ) variou de d
10o a 32o, em ambos
a os sollos a interaçãão depende da d
supeerfície de ruggosidade e doo material. Teerzaghi e Pecck
Embora seja
s uma argiila de baixa compressiblili
c idade (19667) encontraraam o ângulo ((δ) de 29o paara areia pura e
((CL) na Classificação Unifi
ficada, a fraçãoo argila dessee solo pedrregulho, 24o para
p areia siltoosa e 19o paraa siltes. Caputto
é similar quaanto a minerralogia fraçãoo argila da areia (19886) indica 30 para areia ggrossa pura e 25o para areiia
o
a
argilosa (SC). grosssa argilosa ou
o siltosa. Noos dois traballhos citados os o
auto
ores não fazeem indicação do tipo de rugosidade da d
3 Avaliação das rugosidades das superf
3.2 rfícies de contaato supeerfície de conttato nem se o solo é compaactado. Em sollo
grannular fofo, Daas (2007) inddica que o ân ngulo de atritto
Os valores obtidos
O o das Rugosidades
R Médias, Totaais e solo-muro (δ) é iggual ao ângullo de atrito do o solo (φ) e em m
M
Médias Quaddráticas para os materiais utilizados são solo granular com mpactado o ângulo de attrito solo-murro
a
apresentados na Tabela 2. Considerando os valorees da
R
Rugosidade M
Média obtidaas e as faiixas de variiação (δ) varia
v de φ/3 < δ < 2φ/3.
indicadas na Tabela
T 1, das dezoito
d superffícies avaliadaas, 11
% são muito ruugosas, 22 % são rugosas e 67 % são lisaas.
Tabela 2 – Valores
V de rugossidade das supeerfícies de contaato solo-muro.
Dimensões dos
d corpos de Rugosidade*
R (m
mm) C
Classificação da rugosidade**
Material Superffície
provaa mm Rt Ra Rq Rt Ra Rq
Concreto coom S1 0,901 0,274 0,328 R L L
agregadoo S2 0,5199 0,147 0,179 R L L
50 mm x 50 mm x convencionnal S3 0,4333 0,134 0,162 L L L
40 mm Concreto coom S4 1,46 0,439 0,524 R L R
agregado RC CD S5 1,2600 0,392 0,449 R L L
Rocha S6 1,0833 0,391 0,509 R L R
S7 12,388 2,620 - M
MR MRR -
Pneu S8 9,0200 1,510 - M
MR R -
S9 2,7000 0,450 - M
MR L -
Concreto comm S100 1,2299 0,274 0,356 R L L
agregado S111 0,7799 0,206 0,247 R L L
100 mm x 100 mm x convencionaal S122 0,6344 0,147 0,185 R L L
40 mm Concreto coom S133 2,6822 0,718 0,847 M
MR R R
agregado RC CD S144 1,5077 0,385 0,467 R L L
Rocha S155 2,3366 0,601 0,723 M
MR R R
S166 14,280 0 2,450 - M
MR MRR -
Pneu S177 10,410 0 1,280 - M
MR R -
S188 1,7700 0,170 - R L -
* Rt = Rugosiddade Total, Ra
R = Rugosidadde Média e Rqq = Rugosidad de Média Quaadrática.
* L = Superfí
** fície Lisa, R = Superfície Ruugosa e MR = Superfície Muito
M Rugosa.
a
a) b)
1
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Avaliaação do ânguloo de atrito soloo-muro e da ru
ugosidade da superfície de contato
S9 0 26 S18 0 26
33.5 Fatores inffluentes na avvaliação da innteração solo- cisallhamento (suuperfícies de ruptura) reprresentando um m
m
muro commportamento médio.
m Assimm na análise a relação (δ/φ φ)
será considerada oso valores da R Rugosidade Média
M
O tamanho doo corpo de proova, a granulom metria e ânguulo de Na areia arggilosa (SC) o ângulo de attrito solo-murro
a
atrito do solo, a rugosidade das superfíciees de contato entre tem pequena variação no tocante à rugosidade r d
da
o solo e muroo em diferentees materiais sãão fatores quee são supeerfície, considerando quaalquer um do os índices ded
a
avaliados na innteração solo--muro. rugoosidade (Totaal, Média e M Média Quadráática). O valoor
méddio do ânguloo de atrito ssolo-muro (δ = 35o) para os o
33.5.1 Influênciia do tamanhoo do corpo de prova no ânguulo diferrentes materiaais e superfíciies de contato
o é próximo ao
a
d atrito do soolo e solo-murro
de valo
or médio do ângulo
â de atritto interno do solo (φ = 37o),
exceeto para a supperfície de coontato lisa do concreto, comm
Na areia argiilosa (SC) do Ibura, os ângulos de atrito
N a agreegado convenccional, que é dde (δ = 28o), Figura
F 8.
interno do sollo e do atritoo solo-muro obtidos
o a parttir de
c
corpos de proova de lado 50 mm (valor médio = 37º) são Figu
ura 7 – Ângulo de
d atrito solo-m
muro para direreentes materiais
ligeiramente superiores
s aoss obtidos com
m corpos de prova
p de co
ontato:
d lado 100 mm
de m (valor méédio = 34º). Na N argila de baixa
b a) Areia A Argilosa (SC)
c
compressibiliddade (CL) de Nova Descobberta, os resulttados
s inferiores, apresentanddo valor médiio de 19o parra os
são
â
ângulos obtidoos em corpos de prova de laado 50 mm e valor
v
m
médio de 24o para ângulos obtidos em corpos
c de provva de
lado 100 mm, Figura 6.
b) Argila
A de Baixaa Compressibilid
dade (CL).
4 – CONSIDERA
C AÇÕES FINAIIS
A metodologia
m e
empregada parra avaliar a rugosidade
r daas
supeerfícies de conntato do solo com o materiial do muro fooi
adapptada da avalliação da rugoosidade utilizzada da ABN NT
NBR R 6405:1988. Os resultadoos obtidos são o significativoos
paraa estabelecer relação do âângulo de atrrito solo-muroo,
33.5.4 Relação do ângulo dee atrito solo-m
muro com o ânngulo
com
m índices de ruugosidade.
d atrito internno do solo
de
A rugosidadee da superfíciee tem influênccia na avaliaçãão
do atrito
a solo-muuro, para differentes materriais. Na areiia
Na areia argilosa (SC), do Ibura, a relaçção entre o ânngulo
N
argillosa (SC) do Ibura variou de 28o a 39o. O valor médiio
d atrito soloo-muro e o ângulo
de â de atrrito do solo (δ/φ)
do ângulo
â de attrito solo-murro (δ = 35o) é próximo ao a
v
variou de 3/4 a 1, para supeerfície de conntato lisa (Ra < 0,5
m e rugosaa (0,5 mm < Ra
mm) R < 2 mm). Na N argila de baixa
b ânguulo de atrito interno do ssolo (φ = 38o) para todaas
c
compressibilid
dade (CL), ded Nova Desccoberta, a rellação supeerfícies de conntato, exceto nna superfície lisa
l de concretto
1
18 Ciência & Engenharia,, v. 22, n. 2, p. 11 – 19, jul. – dez. 2013
Avaliação do ângulo de atrito solo-muro e da rugosidade da superfície de contato
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ângulo de atrito do solo (δ/φ) variou de 3/4 a 1 na areia
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argilosa (SC) e de 1/3 a 1, na argila de baixa
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