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º TESTE
O consumidor pode ter contacto com o profissional e com o bem mas encontra-se numa
situação de fragilidade originada pela pressão a que pode estar sujeito. Neste regime não
importa quem emite a proposta profissional. Apenas se aplica a contratos celebrados entre um
consumidor e um profissional. Adota-se a definição restrita de consumidor. O artigo 20.º do DL
24/2014 ocupa-se da identificação do profissional ou seus representantes. Este tipo de
contratos tem de ter por objeto o fornecimento de bens ou a prestação de serviços. O artigo 2.º
menciona que contratos não são aplicáveis a este diploma. Este conceito contempla seis
categorias de contratos:
DEVERES PRÉ-CONTRATUAIS
Artigo 4.º do DL 24/2014. Regula o conteúdo mínimo da declaração que deve ser emitida pelo
profissional e na forma pela qual esse conteúdo deve ser comunicado. Presume-se uma especial
debilidade dos consumidores neste tipo de contratos ao nível de conhecimento do seu
conteúdo, impondo-se ao profissional a inclusão de vários elementos precisos acerca da sua
identidade e das cláusulas dos contratos a celebrar.
FORMAÇÃO DO CONTRATO
CONTRATOS CELEBRADOS À DISTÂNCIA
Não existe um modelo único de contrato. Não estão sujeitos a forma especial, exceto no que
toca a contratos celebrados no âmbito de um contacto telefónico. Neste tipo de contratos o
consumidor encontra-se numa situação de fragilidade uma vez que muitas vezes não se
apercebe da repercussão da decisão de contratar, pode ter dificuldade em conhecer realmente
o bem ou o serviço, o tempo que decorre entre a encomenda e a entrega pode ser alargado e
pode ter dificuldade em contactar com o profissional.
Os catálogos são geralmente enviados para a residência ou local de trabalho dos consumidores,
devendo estes responder mediante o envio de um formulário inserido no próprio catálogo. O
conteúdo mínimo do contrato deve constar no próprio catálogo, em letras suficientemente
grandes e percetíveis. O documento emitido em Portugal deve ter toda a informação em
português. Estas exigências resultam do artigo 5.º.
Envio de mensagens escritas, imagens ou vídeos através das quais podem celebrar-se contratos
à distância, quer através de telemóveis quer através de telefone fixo. Ver artigo 5.º n.º5. Este
artigo também se aplica a técnicas semelhantes, como contratos estabelecidos nas salas de
conversação da Internet ou videoconferências.
Ver artigo 5.º n.º7, afasta o principio da liberdade de forma (219ºCC). Esta exigência formal
resulta da necessidade de assinatura da oferta ou de consentimento escrito do consumidor. Se
o profissional pedir ao consumidor para lhe ligar, tal não afasta o cumprimento do requisito de
forma. Se houver falta de forma escrita, o consumidor não fica vinculado ao contrato (220ºCC).
Trata-se de uma nulidade atípica que só pode ser invocada pelo consumidor.
Artigo 5.º n.º2 -> 4.º n.º1 exige-se estes elementos sempre que o contrato seja oneroso. Devem
ser fornecidos de forma clara e bem visível, imediatamente antes da celebração do contrato.
Artigo 5.º n.º3 – o cliente deve confirmar de forma expressa e consciente que concorda com os
elementos.
Artigo 9.º n.º1 -> 4.º. O contrato deve ser reduzido a escrito e incluir, de forma clara,
compreensível e em língua portuguesa, as informações pré-contratuais do artigo 4.º. Afasta-se
o principio da liberdade de forma (219ºCC), sob pena de nulidade do contrato. Esta invalidade
apenas pode ser invocada pelo consumidor.
Conteúdo da confirmação -> 6.º n.º2. Pode ser dispensada sempre que os elementos do 4.º já
tenham sido fornecidos antes da celebração do contrato em suporte duradouro (6.º n.º3).
DIREITO DE ARREPENDIMENTO
Direito atribuído ao consumidor nos contratos celebrados à distância ou fora do
estabelecimento (10º a 17º) – direito de livre resolução. Artigo 10.º n.º1, prazo contínuo (296ºCC
e 279ºCC).
O prazo inicia-se após a receção do bem (10.º n.º1 b), 9.º-B LDC, 879º b) CC). Nas prestações de
serviço o prazo inicia-se a partir da celebração do contrato (10.º n.º1 a) e c), 15º nº1 e 2).
O prazo é alargado por 12 meses caso o profissional não informe o consumidor, antes da
celebração do contato, da existência de direito de arrependimento, do seu prazo e
procedimento para o exercício do direito, entregando um formulário de livre resolução (4.º n.º1
j) e 10.º n.º2). Se durante este prazo o profissional informar o consumidor do seu direito de livre
resolução, cumprindo as formalidades exigidas no artigo 4.º n.º1 e entregando-lhe um
formulário para o exercício do direito, o prazo de 12 meses interrompe-se, começando a contar
um novo prazo de 14 dias, findo o qual o consumidor deixa de poder exercer o direito (10.º n.º3).
A ausência de um elemento essencial do contrato tem como consequência a nulidade (9.º n.º1),
que pode ser invocada a todo o tempo pelo consumidor.
FORMA
Artigo 11.º n.º1 e 2. Artigo 4.º n.º1 j). Admite-se que a resolução seja declarada ao profissional,
expressamente, por carta, por contacto telefónico ou por outro meio, ou tacitamente pela
devolução do bem.
Artigo 10.º n.º4 – direito de resolução através da internet. O profissional tem um prazo de 24H
para acusar a receção da declaração através de um suporte duradouro.
11.º n.º3 – A declaração de arrependimento deve ser emitida dentro do prazo, podendo apenas
ser conhecida posteriormente pelo profissional (ex.: envio de carta, o momento relevante é o
do envio da carta).
Artigo 29º - este regime tem conteúdo imperativo, não pode ser limitado pelo profissional.
Despesas com a devolução do bem – 13.º n.º2 b), 428ºCC, 796º n.º3 CC.
Dever do profissional recolher o bem ao domicílio do consumidor – 12.º n.º4 e 13.º n.º1, 12.º
n.º5.
12.º n.º 6 – sanção civil por não reembolso. O consumidor tem ainda direito a indemnização nos
termos da responsabilidade contratual.
15.º n.º5 – nestes casos o consumidor não tem de pagar qualquer montante pelo exercício do
direito de arrependimento depois do inicio da prestação do serviço – 15.º n.º1 e 5.º a) ii, 4.º 1.º
j) e m), 15.º n.º5 b) e 17.º n.º1 l).
EXCEÇÕES
Artigo 17.º.
17.º n.º1 a) – Exige-se mais que o consentimento prévio do consumidor, este deve ser
devidamente esclarecido de que perde o direito de arrependimento se o contrato for
plenamente executado pelo profissional. É o profissional que tem o ónus de esclarecer o
consumidor da perda do direito. O documento contratual deve reconhecer esta consequência
(4.º a 9.º DL 446/85).
Conteúdos digitais – 10.º n.º1 c), 17.º n.º1 l), 15.º n.º5 b).
O contrato é celebrado na presença de uma pessoa e uma máquina, programada por uma
pessoa para a emissão de declarações contratuais, pessoa a quem essas declarações devem ser
imputadas. Verifica-se a presença física e simultânea das partes, com todos os contactos entre
as partes a ser realizados no local onde a máquina é disponibilizada. A declaração negocial do
consumidor não é enviada para um local diferente daquele em que decorre a negociação. O
cumprimento da obrigação é imediato. A máquina está programada para disponibilizar o
produto/serviço desejados no momento em que a prestação da outra parte é cumprida,
nomeadamente mediante o pagamento do preço. No caso da utilização das cabines telefónicas,
está em causa a relação que se estabelece entre a pessoa que utiliza o telefone e o operador de
telecomunicações.
FORMAÇÃO DO CONTRATO
Artigo 22.º n.º2, 23.º n.º2. A proposta considera-se vigente enquanto a maquina estiver ligada.
NÃO se aplica aos contratos de empreitada que tenham por objeto a reparação ou limpeza de
um bem, e aos contratos de prestação de serviço para a realização de operações relativas ao
corpo humano (ex.: foto depilação).
Contratos de locação de bens de consumo – 1022ºCC, 1023ºCC. Encontram-se abrangidos os
contratos de arrendamento e de aluguer e formas contratuais que têm afinidade com a locação
(locação financeira, aluguer de longa duração, aluguer operacional de veículos, …).
Artigo 9.º n.º4 e 4.º n.º6– os direitos resultantes da garantia transmitem-se para o adquirente
da coisa e para o terceiro adquirente do bem. A transmissão do direito não implica alteração
dos prazos legalmente previstos para o seu exercício, continuando a valer o momento da
primeira alienação do bem. O terceiro adquirente deve enquadrar-se na definição de
consumidor.
O diploma não se aplica aos contratos de doação para consumo. – Oferta de bens ou serviços.
Desconformidade:
Vício ou defeito;
Falta de qualidade do bem;
Diferença de identidade – entregue um bem diferente do acordado;
Diferença de quantidade.
A noção de desconformidade abrange quer os vícios na própria coisa objeto do contrato quer os
vícios de direito. Só é conforme com o contrato o objeto que seja entregue ao consumidor sem
qualquer limitação, física ou jurídica.
A desconformidade pode resultar de uma das alíneas da norma ou de qualquer outro facto que
o consumidor consiga provar.
Por descrição entende-se qualquer declaração prestada pelo vendedor. Integra o conteúdo do
contrato, devendo a prestação recair sobre o objeto acordado que tem as caraterísticas
descritas e cumpre os objetivos referidos pelo vendedor, devendo a correspondência ser
absoluta. Interpretam-se as declarações do consumidor nos termos do 236ºCC. Não é válida
uma cláusula que exclua a relevância contratual de qualquer descrição feita pelo profissional,
ainda que vaga, genérica ou subjetiva.
2.º n.º2 a). 919ºCC. O vendedor não pode invocar uma convenção ou um uso, nem inserir
clausula, no sentido da sua não vinculação a uma amostra ou modelo que tenha apresentado ao
consumidor (21º c) DL 446/85, 2.º e 10.º do DL 67/2003). O objeto acordado entre as partes é
um bem igual à amostra ou modelo, devendo ter as mesmas qualidades ou caraterísticas.
É admissível o profissional indicar que a amostra ou modelo não corresponde ao bem ou serviço,
limitando-se o consumidor a aceitar esse elemento. Esta indicação deve ser admitida desde que
resulte claro da declaração que o bem/serviço não corresponde à amostra/modelo. O
consumidor conhece o elemento de diferença em relação à amostra/modelo, não existindo falta
de conformidade (2.º n.º3). Esta conclusão só é válida, no caso da variação em relação à
amostra/modelo ser esclarecida pelo profissional, com indicação dos aspetos em que o
bem/serviço objeto do contrato diverge em relação àquele.
2.º n.º2 b). É necessário ter havido acordo das partes no sentido da inclusão desse uso no âmbito
do contrato. Num momento prévio à celebração do contrato deve ser feita referência ao uso
específico, a qual integra os termos do contrato se o vendedor a tiver aceitado.
Artigo 2.º n.º2 d). Estão em causa as caraterísticas do bem de consumo objeto do contrato. O
bem deve apresentar todas as particularidades que o consumidor pode razoavelmente esperar,
dentro dos limites da norma. A razoabilidade deve ser avaliada segundo um critério objetivo,
tendo como referencia um consumidor normal (médio), com poucos conhecimentos da área do
bem em causa. O bem tem de ser conforme com aquilo que qualquer pessoa possa
razoavelmente esperar. Está em causa o conteúdo das mensagens publicitárias e das indicações
contidas nos rótulos.
2.º n.º2 d) do DL 67/2003 e 7.º n.º5 da LDC. Se um profissional publicita uma determinada
caraterística do bem/serviço deve ficar vinculado a essa declaração, incumprindo o contrato no
caso de o bem/serviço não apresentar essa caraterística. As mensagens publicitárias ou
constantes da rotulagem sobre as quais incida o acordo das partes, expressa ou tacitamente,
constituem cláusulas contratuais.
Se a publicidade/rotulagem for emitida por aquele que posteriormente celebra o contrato, não
pode ser posta em causa a sua relevância contratual pois estes são meios aptos para a emissão
de declarações contratuais ao público (230º nº3CC). A mensagem pode conter uma proposta
contratual desde que contenha todos os elementos para que o contrato possa celebrar-se com
a simples aceitação do destinatário. A integração de um elemento constante na
publicidade/rotulagem no conteúdo do contrato depende ainda da sua relevância contratual
(de conter uma vinculação do emitente) e de ter um sentido negocialmente útil. As informações
ou caraterísticas devem ser concretas para que possam ser incluídas no conteúdo do contrato,
para além de que devem ser objetivas.
As cláusulas resultantes de mensagens publicitárias e rotulagem são CCG, pois não existe
possibilidade de negociação, aplicando-se o DL 446/85, artigos 10º e 11º.
Não é admissível cláusula contratual que afaste a relevância contratual das declarações públicas
do profissional. Também não é válida uma cláusula que tenha como efeito a não vinculação do
profissional a determinada declaração anterior.
A publicidade e rotulagem também podem ser emitidas por um terceiro em relação ao contrato,
geralmente o produtor do bem, o importador, o representante do produtor ou a entidade
gestora de um espaço comercial. Insere-se no artigo 7.º n.º5 da LDC e no 2.º n.º2 d) DL 67/2003.
A integração da mensagem no contrato depende de dois requisitos: consenso e adequação
formal. O consenso depende da existência de conexão entre a mensagem e o contrato
celebrado.
INEXISTÊNCIA DE DESCONFORMIDADE
Artigo 2.º n.º3.
Não basta a falta de conformidade dos bens fornecidos pelo consumidor, é necessário que exista
um nexo de causalidade entre essa falta de conformidade e a falta de conformidade do bem.
Artigo 3.º n.º1, 9.º-C LDC, 815º n.º1 CC. Numa relação de consumo, o risco transfere-se para o
consumidor no momento da entrega do bem. O vendedor responde se não entregar um bem
conforme (3.º n.º1).
A conformidade do bem com o contrato afere-se pela comparação entre o bem acordado pelas
partes, com base nas declarações negociais, e o bem entregue pelo vendedor ao consumidor.
Verifica-se falta de conformidade quer se a obrigação for genérica e o vendedor entregar uma
coisa não abrangida no género definido pelas partes quer se a obrigação for específica e o
vendedor entregar o bem acordado, não tendo este as caraterísticas ou qualidades definidas
contratualmente pelas partes.
DIREITOS DO CONSUMIDOR
4.º n.º1 DL 67/2003. O consumidor também pode:
Artigo 334ºCC.
A conformidade tem de ser resposta sem encargos para o consumidor – não deve implicar custos
para este. Custos como peritagem ou avaliações consideram-se incluídos. Não te de pagar
qualquer valor pela reparação, incluindo os custos do envio do bem para o vendedor. A
reposição da conformidade do bem deve ser exigida diretamente ao vendedor.
No caso de o consumidor não ter obtido resposta para o seu pedido por parte do vendedor, nos
prazos definidos, deve considerar-se definitivamente incumprido o contrato, pelo que o
consumidor, além de poder resolver o contrato, tem a possibilidade de extrajudicialmente
proceder à reposição da conformidade com o apoio de um terceiro, exigindo o pagamento do
preço ao vendedor.
SUBSTITUIÇÃO DO BEM
A substituição consiste na devolução do bem pelo comprador ao vendedor e na entrega de um
novo bem pelo vendedor ao comprador, que deve ser conforme ao contrato e ter as
caraterísticas estipuladas pelas partes. Este direito pressupõe a fungibilidade da coisa.
RESOLUÇÃO DO CONTRATO
A resolução do contrato implica a destruição dos seus efeitos, tendo eficácia retroativa (434ºCC).
O fundamento da resolução é o incumprimento da obrigação por parte do vendedor. A
resolução implica a devolução do valor pago pelo consumidor.
O direito de resolução pode ser exercido mesmo que a coisa tenha parecido ou se deteriorado
por motivo não imputável ao comprador (4.º n.º4), caso o bem não seja conforme com o
contrato por outra causa que não o perecimento ou deterioração da coisa e, durando o período
em que se revela a falta de conformidade, o bem perecer ou deteriorar-se. O risco corre por
conta do vendedor a partir do momento em que se revele a falta de conformidade. Se o bem
desconforme com o contrato perecer ou se deteriorar, ou for furtado, após a denúncia e antes
da reposição da conformidade pelo vendedor, o consumidor pode resolver o contrato. Só não
será assim se o perecimento/deterioração da coisa lhe for imputável.
A resolução tem efeito retroativo (434.º n.º1CC) e a falta de conformidade presume-se existente
no momento da entrega (3.º DL 67/2003), pelo que a regra é a de que o consumidor não tem de
pagar qualquer valor pela utilização do bem.
REDUÇÃO DO PREDO
O exercício deste direito pressupõe a vontade do consumidor de ficar com o bem, mesmo
desconforme. Podem ser aplicadas as normas do CC, 884º, 911º e 1222º. A redução do preço
corresponde ao valor da desvalorização do bem, tendo em conta a desconformidade com o
contrato ou a utilidade patrimonial ainda assim retirada do que foi prestado. O exercício
extrajudicial deste direito depende da existência de um acordo entre as partes quanto ao valor
da redução. Este direito pode ser exercido várias vezes caso se revelem várias faltas de
conformidade com o contrato.
RECUSA DA PRESTAÇÃO
O consumidor pode recusar-se a receber um bem desconforme com o contrato. Considera-se
que o vendedor ainda não cumpriu a obrigação de entrega do bem, podendo ainda corrigir a
prestação.
INDEMNIZAÇÃO
Independentemente do exercício dos direitos previstos no DL, este tem ainda direito a ser
indemnizado pelos danos causados pela entrega de um bem desconforme com o contrato.
Resulta do 12º n.º1 LDC.
PRAZOS
Artigo 5.º e 5.º-A DL 67/2003.
O regime aplica-se a bens imoveis usados, sendo o vendedor profissional responsável, perante
o consumidor, por qualquer falta de conformidade com o contrato quer da fração autonoma
quer das partes comuns.
Este prazo não pode ser reduzido por acordo das partes, exceto quando se trate de coisa móvel
usada (tratando-se de coisa imóvel é irrelevante ser novo ou usado), em que se admite que as
partes convencionem a redução do prazo para 1 ano (5.º n.º2), tal deve resultar da efetiva
negociaçao entre as partes.
Aos prazos previstos no artigo 5.º aplicam-se, em tudo o que não estiver especificamente
regulado na norma, as regras da caducidade (298º n.2 CC, 5.º-A-1 e art. 5.º).
Estes prazos não se aplicam aos outros direitos do consumidor que não estão previstos nestes
diplomas, como o direito a indemnização.
A denúncia tem como objetivo informar o vendedor de que o bem não se encontra em
conformidade com o contrato. Procura garantir-se a solução rápida do problema. O prazo conta-
se a partir da data em que o consumidor deteta a falta de conformidade. Assim, o prazo começa
a correr a partir da data em que o consumidor toma conhecimento de que o bem não se
encontra em conformidade com o contrato. A denúncia tem de fazer referência à falta de
conformidade alegada pelo consumidor.
No regime de compra e venda de coisa defeituosa, o comprador não tem o dever de denunciar
o defeito no caso de o vendedor ter usado de dolo (916º n.º1 CC). O dolo nesta norma se refere
ao conhecimento do defeito e à sua ocultação por parte do vendedor.
Caducidade da ação
Após a denúncia da falta de conformidade, a lei impõe um prazo para o consumidor exercer
judicialmente os seus direitos. O artigo 5.º-A-3 estabelece que os direitos caducam decorridos 2
anos a partir da data da denúncia se se tratar de um bem móvel (novo ou usado) e três anos
tratando-se de bem imóvel.
Aplicam-se as regras gerais sobre caducidade, pelo que tem de se observar se se verifica alguma
causa impeditiva, nos termos do 331ºCC. Impede a caducidade o reconhecimento do direito por
parte daquele contra quem deva ser exercido.
RESPONSABILIDADE DO PRODUTOR
Pode ser diretamente responsável perante o consumidor pela reposição da
conformidade num bem de consumo prestado em desconformidade com o contrato;
Responsabilidade objetiva do produtor que coloca em circulação uma coisa defeituosa
pelos danos resultantes de morte ou lesão pessoal e os danos causados em coisa diversa
do bem defeituoso.
O 6.º n.º1 refere-se a coisa defeituosa e não a falta de conformidade com o contrato.
Uma vez que o produtor não é parte no contrato com o consumidor, considera-se que
não é responsável por qualquer falta de conformidade que resulte das declarações dos
contraentes. Deve considerar-se incluída no conceito de defeito qualquer falta de
conformidade derivada de elementos contratualmente relevantes que resultem de
declarações do produtor;
O consumidor apenas pode exercer os direitos de reparação ou substituição do bem. A
opção encontra-se limitada pela impossibilidade da operação e por um critério de
proporcionalidade. É necessário avaliar o valor do bem em conformidade com o
contrato, concluindo-se no sentido da inexigibilidade da reparação ou substituição no
caso de esse valor ser reduzido. Também não pode ser exigida uma ou ambas as
soluções se, em comparação com a relevância da falta de conformidade, a solução for
dispendiosa para o produtor;
Se o consumidor optar por um dos direitos, o produtor pode socorrer-se do outro,
bastando para tal que esta solução não cause inconveniente ao consumidor.
Deste modo, a lei é clara no sentido de responsabilizar o vendedor pela falta de conformidade
do bem, sem prejuízo do direito de regresso deste contra o produtor (7.º). A possibilidade de
exercício de direitos face ao produtor é menor do que face ao vendedor.
Artigo 6.º n.º2 – factos que permitem ao produtor opor-se ao exercício dos direitos.
O artigo 6.º DL 67/2003 abrange os danos na própria coisa defeituosa, enquanto o DL 383/89 se
restringe aos danos resultantes de morte ou lesão pessoal e aos danos causados em coisa
diversa da coisa defeituosa (8.º DL 383/89). Só são indemnizáveis os danos causados em bens
de consumo. Não tem de estar em causa um dano causado ao consumidor que adquiriu o bem
defeituoso, podendo ter sido causado a um terceiro. É necessário que exista um nexo de
causalidade entre o facto resultante do defeito do bem e os danos.
Ninguém se encontra vinculado a prestar uma garantia voluntária. No entanto, quem num ato
de autonomia decidir emiti-la, encontra-se vinculado ao cumprimento do dever previsto no
artigo 9.º DL 67/2003. A declaração de garantia tem de ser transmitida através de suporte
durável e por escrito.
Quanto às condições para atribuição das vantagens da garantia voluntária, o emitente pode
impor as que entender, no respeito pelo princípio da boa fé, cabendo ao consumidor cumprir
essas condições para delas beneficiar. O incumprimento dos deveres impostos pelo artigo 9.º
n.º 2 e 3 não afeta a validade da garantia, mantendo-se o garante vinculado à realização das
prestações prometidas (9.º n.º5). Além de poder geral responsabilidade civil, constitui ilícito
contraordenacional (12.º-A-1-b).
Aplica-se também o regime das CCG pois estes contratos não são excluídos por força do artigo
3.º n.º1 c).
Abrangem-se por este diploma os serviços ao artigo 1.º n.º2, que pressupõem uma prestação
contínua.
SUSPENSÃO DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
Artigo 5.º Lei 23/96. O utente tem de ser informado da possibilidade de suspensão, com uma
antecedência bastante razoável (mínima de 20 dias), e dos passos que deve dar se pretender
evitar a suspensão ou se quiser voltar a beneficiar da prestação do serviço. O consumidor deve
ser notificado por escrito, não sendo exigido que seja feita por carta. Cabe ao prestador de
serviço fazer prova de que houve pré-aviso.
Remissão do artigo 5.º n.º4 para o artigo 6.º - critério da indissociabilidade funcional.
No que toca às comunicações eletrónicas, ver artigo 52.º-A – prazo de pré-aviso de 30 dias. O
prestador do serviço de comunicações eletrónicas tem o dever de desencadear o mecanismo
que conduzirá à suspensão do serviço e, posteriormente, à resolução do contrato, no prazo de
10 dias após a data do vencimento da fatura. Comunicada ao consumidor a possibilidade de
suspensão, este tem 30 dias para pagar.
Este regime parece ter tido como objetivo resolver o problema das pendências nos tribunais
portugueses, tendo como pressuposto que estes litígios entopem os tribunais, e combater o
sobre-endividamento dos consumidores, evitando a acumulação de dívidas. No entanto, para
além dos valores relativos aos dois meses em que o serviço não esteve suspenso, o prestador
de serviço pode ainda exigir a contrapartida relativa ao incumprimento da cláusula de
fidelização.
O utente pode solicitar o fracionamento do pagamento do valor exigido e esta opção não afasta
as regras aplicáveis em matéria de prescrição, nomeadamente o artigo 10.º n.º1 da Lei 23/96.
Resulta do artigo 9.º n.º3 que a fatura detalhada pode ser prestada através de qualquer meio
que permita ao utente conhecer, em detalhe, a razão de ser dos valores apresentados. No
entanto, se o utente não tiver conhecimentos informáticos nem meios eletrónicos que lhe
permitam aceder à faturação através da Internet, só o envio de uma fatura em papel é eficaz.
PRESCRIÇÃO E CADUCIDADE
Artigo 10.º. Trata-se de um prazo de prescrição do direito a exigir o cumprimento da obrigação,
que apenas se suspende ou interrompe pela verificação de um dos factos dos artigos 318º e
seguintes CC, nomeadamente a propositura de ação judicial (323ºCC).
Abrangido pela noção de mútuo – facilidade de descoberto (4.º n.º1 d) e 15º); ultrapassagem de
crédito (4.º n.º1 e); contratos de crédito sob a forma de facilidade de descoberto (2.º n.º2 e 3);
contrato de abertura de crédito (23º, 2.º n.º4, 1.º a 4.º e 26º e seguintes).
Um dos aspetos mais relevantes para a decisão de contratar do consumidor de crédito consiste
na possibilidade de comparar as propostas apresentadas por eventuais financiadores. As taxas
apresentadas por diferentes instituições de crédito devem ser calculadas com a mesma base e
tendo em conta os mesmos elementos. A TAEG é fundamental par o esclarecimento efetivo do
consumidor pois garante o conhecimento da taxa proposta e a sua comparação com outras taxas
de mercado.
Incluem-se, para efeitos do cálculo da TAEG, todos os valores a pagar pelo consumidor, incluindo
os encargos com o contrato. O cálculo é feito de acordo com uma fórmula matemática constante
da parte I do anexo I do diploma, sendo uniforme em todos os Estados-Membros.
A omissão da TAEG no contrato de crédito determina a sua nulidade (13.º n.º1), a qual só pode
ser invocada pelo consumidor (n.º 5).
USURA
A usura é entendida como a cobrança de remuneração abusiva pelo uso do capital, ou seja,
quando da cobrança de um empréstimo pecuniário são cobrados juros excessivamente altos,
lesando o devedor.
O financiador tem dois deveres que colidem com estas práticas: o de assistência ao consumidor
(7.º) e o de avaliar a sua solvabilidade (10.º). Pretende evitar-se a concessão de crédito nos casos
em que o risco de não cumprimento do contrato é muito elevado.
O artigo 28º não impede que se aplique o 282º a 284ºCC, quando se verifiquem os requisitos.
A estipulação de uma TAEG usuária gera responsabilidade contraordenacional (30.º n.º1) e tem
ainda como consequência a sua redução para metade do limite máximo (28º n.º6).
DEVERES PRÉ-CONTRATUAIS
PUBLICIDADE
Artigo 5.º DL 133/2009.
1. O credor tem de emitir uma declaração que constitua uma comunicação comercial;
2. O credor tem de propor a concessão de crédito ou servir-se de um intermediário de
crédito para esse efeito.
A TAEG deve ser facilmente legível ou percetível pelo consumidor. O n.º4 impõe que a
publicidade inclua um determinado n.º de elementos, constantes do n.º5 – taxa, montante total
do crédito, duração do contrato, etc.
O profissional que pretenda celebrar contratos de crédito ao consumo tem o dever de entregar
aos consumidores potencialmente interessados um formulário normalizado, igual para todos os
países em que o diploma deve ser transposto. Quanto ao idioma do formulário, deve entender-
se que este deve ser adequado ao público a que se destina (9.º do DL 95/2006).
Exige-se o conhecimento dos elementos relevantes do contrato por parte do consumidor antes
de este se encontrar contratualmente vinculado. O formulário deve ser fornecido, em regra,
antes de o consumidor aceitar uma proposta de contrato de crédito ou de formular ele próprio
uma proposta. A informação normalizada deve ser prestada ao consumidor no momento em
que o financiador, por sua iniciativa, lhe dá a conhecer um determinado produto financeiro, ou
no momento em que o consumidor indaga junto da empresa sobre produtos que se adequem
aos seus interesses.
Artigo 7.º DL 133/2009 – exige-se que todos os esclarecimentos fornecidos oralmente pelo
profissional sejam reduzidos a escrito e entregues ao consumidor através de um suporte
duradouro, para que este possa posteriormente fazer prova da informação transmitida.
Nos termos do 6.º n.º4, quaisquer elementos adicionais que o profissional entenda transmitir
ao consumidor devem constar de um documento separado em relação à «informação
normalizada europeia em matéria de crédito a consumidores». Permite-se que o consumidor
tenha acesso a um texto que inclui as principais cláusulas relativas ao contrato celebrado ou a
celebrar, sem introdução de cláusulas acessórias e pouco relevantes, que tornem a leitura
complexa, dificultando o conhecimento dos elementos essenciais da declaração ou contrato.
O artigo 8.º trata dos deveres do financiador no período pré-contratual, no que respeita a
contratos de crédito sob a forma de facilidade de descoberto e em determinados contratos de
crédito específicos.
Artigo 10.º n.º1 DL 133/2009 – antes da celebração do contrato de crédito, o credor deve avaliar
a solvabilidade do consumidor. No caso de o profissional rejeitar a concessão do crédito com
fundamento numa avaliação negativa da solvabilidade do consumidor, este deve ser informado
imediata, gratuita e justificadamente desse facto, bem como dos elementos constantes da base
de dados consultada.
O artigo 10.º tem conteúdo imperativo uma vez que está em causa o interesse do consumidor à
prevenção de uma situação de sobreendividamento e de insolvência. O conteúdo da norma não
pode ser afastado, pelo que as partes de um contrato de crédito ao consumo não podem excluir
o dever de avaliar a solvabilidade do consumidor. Prevê-se a aplicação de uma sanção
contraordenacional pela violação deste regime (30.º, 294ºCC).
O artigo 13.º, que regula as situações de invalidade e inexigibilidade do contrato de crédito, não
prevê qualquer consequência a este nível para os casos de incumprimento do dever de avaliar
a solvabilidade do consumidor.
FORMAÇÃO DO CONTRATO
12.º. Impõe-se uma forma especial para a celebração do contrato, o documento escrito,
exigindo-se o cumprimento da assinatura do documento pelos contraentes (n.º2) e a entrega ao
consumidor de um exemplar desse documento. Exclui-se a regra geral da liberdade de forma
(219ºCC). É necessária a existência de um documento para que o consumidor tome consciência
da celebração do contrato e tenha a possibilidade de refletir sobre o seu conteúdo. Permite
ainda a prova da celebração do contrato.
Se o contrato de crédito for celebrado simultaneamente por dois ou mais consumidores, exige-
se a assinatura de todos e a entrega a todos de um exemplar do contrato. Exige-se ainda a
entrega do exemplar do contrato a qualquer garante, mesmo que não seja parte do contrato, e
o seu fiador.
O contrato de crédito ao consumo pode ser celebrado à distância, sendo que o documento
escrito pode ser um documento eletrónico e assinatura das partes também pode ser eletrónica
(12º n.º1).
No crédito ao consumo, como se exige um documento escrito, não podem ser celebrados
contratos de crédito através de meios de comunicação à distância em que apenas seja utilizada
a voz (telefone ou rádio).
A inobservância de forma legal acarreta a nulidade do contrato (13.º n.1), nos termos do 220CC.
Esta consequência opera se o contrato não for celebrado por escrito, em papel ou outro suporte
duradouro, ou se não for entregue ao consumidor um exemplar do contrato, presumindo-se
estas omissões imputáveis ao credor (13.º n4). Trata-se de uma nulidade atípica pois só pode
ser invocada pelo consumidor.
No caso de o contrato ser nulo por violação do artigo 12.º, se a dívida responsabilizar ambos os
cônjuges (1691ºCC) a nulidade pode ser arguida por qualquer deles, uma vez que os bens de
ambos são afetados. De acordo com o artigo 637ºCC, o fiador também pode arguir a nulidade
do contrato mesmo que o consumidor não o faça.
De acordo com o artigo 13.º n.º2, se não for entregue o exemplar do contrato devidamente
assinado pelo garante é nula a fiança (mas não o contrato de crédito).
DIREITO DE ARREPENDIMENTO
PRAZO
17.º n.º1 – prazo de 14 dias seguidos, com aplicação do 279º e) CC. O prazo conta-se a partir da
data da celebração do contrato ou da data da receção pelo consumidor do exemplar do contrato
e das informações a que se refere o artigo 12.º, se esta última for posterior à primeira (17.º
n.º2). Não sendo cumpridos estes requisitos formais, o contrato é nulo (13º n1).
O prazo só começa a contar a partir da data em que o consumidor receber a última informação
que deveria ter sido obrigatoriamente prestada pelo profissional.
FORMA
17.º n.º3, 13.º h). A declaração deve ser emitida até ao último dia do prazo, não sendo relevante
que a data da sua receção pelo profissional seja posterior. Quer o risco de atraso quer o risco de
perda da declaração correm por conta do profissional, cabendo ao consumidor unicamente a
prova do envio atempado.
O exercício do direito não tem efeito retroativo, apenas produzindo efeitos para o futuro.
Celebrando-se o contrato sob condição resolutiva, o exercício do direito de arrependimento
pelo consumidor destrói os seus efeitos, mas como não tem efeito retroativo, deve ser paga a
remuneração do capital em relação ao período em que o contrato vigorou, no prazo máximo de
30 dias. Além destes valores, o profissional apenas pode exigir indemnização por despesas não
reembolsáveis pagas a qualquer entidade da Administração Pública (n.º5).
O exercício do direito de arrependimento tem ainda o efeito resultante do 18.º nº1 e 5, que
consiste na sua repercussão em qualquer contrato coligado com o contrato de crédito ou
relativo a um serviço acessório com ele conexo (ex: contrato de seguro). Extintos todos os efeitos
do contrato de crédito, extinguem-se os efeitos do contrato coligado ou conexo.
Artigo 19.º. Procura-se conciliar interesses contrapostos das partes. O financiador tem interesse
na manutenção do contrato nos termos e com o prazo definido inicialmente, já o consumidor
pode ter interesse em reduzir a contraprestação, prescindindo do prazo.
O artigo 779ºCC e 1147º têm soluções diferentes a este regime. Entende-se que o consumidor
deve ter a possibilidade de se desvincular (total ou parcialmente) do contrato, pagando um valor
inferior ao do custo total do crédito. Este direito pode ser exercido várias vezes e em qualquer
momento. O cumprimento antecipado pode ser total ou parcial.
O exercício do direito implica a diminuição do custo total do crédito, por via da redução dos
juros e outros encargos, relativos ao período remanescente do contrato.
781ºCC. A não realização de uma das prestações (não pagamento) implica o vencimento de
todas as outras. Trata-se de uma possibilidade conferida ao credor. Tratando-se de contrato de
compra e venda a prestações aplica-se o 934ºCC.
Artigo 20.º. No crédito ao consumo, a lei equipara os requisitos para a perda do benefício do
prazo e para a resolução do contrato. O credor só tem a possibilidade de invocar um destes
institutos no caso de falta de pagamento de duas prestações sucessivas, desde que excedam
10% do montante do crédito. Exige-se ainda que o credor interpele o consumidor para que este
cumpra a obrigação. A prova do cumprimento deste dever cabe ao credor.
A perda do benefício do prazo pelo consumidor não implica a perda do benefício do prazo pelo
fiador.
CONEXÃO DE CONTRATOS
O artigo 18.º n.º3 determina o que o consumidor pode fazer no caso de, existindo contrato de
crédito coligado, o contrato de compra e venda ou prestação de serviço não ser cumprido (não
entrega do bem ou não prestação do serviço ou entrega de um bem/serviço em
desconformidade com o contrato). A noção de desconformidade remete para o DL 67/2003. O
consumidor apenas pode interpelar o financiador depois de ter interpelado o vendedor. No caso
de o vendedor não proceder ao cumprimento pontual do contrato após a interpelação, o
consumidor pode recorrer ao financiador com o objetivo de salvaguardar a sua contraprestação.
A resolução do contrato de crédito também é uma das pretensões que o consumidor pode
exercer junto do financiador (18.º n.º3 c)). Esta possibilidade existe quando o consumidor tenha
resolvido o contrato de compra e venda/prestação de serviço (790º e seguintes CC e 4.º n.º1 DL
67/2003).
A redução do preço e a resolução do contrato são dois direitos que podem ser exercidos mesmo
que a coisa tenha perecido ou se tenha deteriorado por motivo não imputável ao consumidor
(4.º n.º4 DL 67/2003).