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Resumo

Alterações do
Líquido Amniótico
Alterações do Líquido Amniótico 2

1. Introdução
O líquido amniótico (LA) tem função importante no crescimento fetal, é uma
barreira contra infecções, impede a aderência do embrião ao âmnio, protege o embrião
de traumas, controla a temperatura e permite a movimentação fetal.

O volume do líquido amniótico reflete o balanço entre sua produção e seu


consumo. A partir do final do primeiro trimestre, o principal meio de produção do
líquido amniótico é a diurese fetal e seu principal meio de consumo, a deglutição fetal.
Tanto a produção quanto o consumo do líquido amniótico aumentam com a idade
gestacional, ambos atingindo valores próximos a 1000 ml/dia no final da gestação,
fazendo com que um pequeno desequilíbrio entre eles possa resultar em grandes
alterações do seu volume, tanto para menos (oligoidrâmnio) quanto para mais
(polidrâmnio).

2. Origem e reabsorção do líquido amniótico

Composição
No início da gestação, o LA é isotônico com o sangue fetal e materno e
provavelmente representa um transudato trofoblástico do feto. Entre 23 e 25 semanas,
quando ocorre a queratinização da pele do concepto, o movimento de água através da
sua epiderme fica reduzido, além dos rins excretarem urina que é mais hipotônica que
no início da gestação e o líquido amniótico também se torna mais hipotônico. E esse
líquido amniótico vai se tornando progressivamente mais diluído conforme a maturação
dos rins.

Os pulmões também contribuem para formação de líquido amniótico, sendo


uma parte deglutida. Esse processo é essencial para maturação pulmonar e viabilidade
fetal ao nascer.

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Os maiores solutos presentes no LA são o sódio, cloro, potássio, ureia,


bicarbonato e lactato.

Em resumo:
1º trimestre: LA é isosmolar com o plasma fetal e materno, sendo
originado de uma secreção trofoblástica.
2 e 3º trimestre: os rins são a maior fonte de líquido amniótico

Reabsorção do líquido amniótico


✓ Deglutição: ocorre principalmente na segunda metade da gestação. O volume
deglutido e significantemente menor que a produção renal.

✓ Via transmembranosa: o fluido atravessa o coriâmnio e entra na circulação


materna da parede uterina.

✓ Via intramembranosa: ocorre na superfície fetal da placenta, entre o âmnio


placentário e a rede capilar da placa corial.

3. Oligodrâmnio
Oligoidrâmnio é a diminuição do volume do líquido amniótico (menos de 400
mL), podendo ser por uma redução produção do líquido amniótico ou da incapacidade
do saco amniótico de manter o seu conteúdo.

As etiologias mais comuns do oligoidrâmnio variam conforme a severidade e o


trimestre de gestação. No primeiro trimestre são raros os casos e a causa normalmente
é incerta. Já no segundo trimestre, em que o feto começa a urinar no saco amniótico e
deglutir líquido amniótico, má formações do sistema urinário começam a ser uma
suspeita. Fatores maternos e placentários também são possibilidades, assim como a
ruptura de membranas fetais. No terceiro trimestre é comumente associado com rotura
prematura de membranas ovulares ou insuficiência placentária devido à pré-eclâmpsia
ou doenças vasculares maternas.

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Tabela 1: Etiologias do oligoidrâmnio

- Malformações bilaterais do trato urinário fetal (como agenesia renal


bilateral, rins policísticos, rim multicístico bilateral e obstrução uretral)
- Insuficiência placentária (pelo fenômeno da centralização fetal, na qual
Diminuição da produção do LA a redistribuição da circulação fetal prioriza órgãos mais importantes em
detrimento de outros, como os rins). Ocorre na hipertensão gestacional,
hipertensão crônica, descolamento prematuro de placenta, doença
trombótica ou outro transtorno materno

Incapacidade do saco amniótico


- Rotura prematura de membranas ovulares (RPMO)
de manter o seu conteúdo

O oligoidrâmnio pode ser suspeitado quando a altura uterina é incompatível


com a idade gestacional ou quando partes fetais são visualizadas, porém a confirmação
é feita através da ultrassonografia. Neste exame, é determinado o índice de líquido
amniótico (ILA), que consiste na mensuração do diâmetro vertical do maior bolsão de
líquido amniótico. O oligoidrâmnio é considerado presente se o ILA for menor ou igual
a 5,0 cm.

As complicações desse quadro incluem morte fetal, hipoplasia pulmonar,


anormalidades esqueléticas e faciais (síndrome de Potter). Os casos secundários a
insuficiência placentária necessita de investigação de causas maternas e tratamento
delas.

Conduta

• USG seriada para avaliar ILA ao menos 1 vez por semana e crescimento fetal,
sendo que este último deve ser avaliado a cada 4 semanas

• Monitoramento fetal com perfil biofísico fetal e cardiotocografia ao menos 1 vez


por semana

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• Tratamento das causas maternas, como a hipertensão gestacional ou doenças


vasculares

• Amnioinfusão de salina: é indicada para avaliação de má formações fetais, já que


uma maior quantidade de líquido amniótico permite uma melhor visualização na
USG. Além disso, é indicada nos casos em que é necessária uma versão do feto
para apresentação cefálica e também para prevenir sequelas do oligoidrâmnio

4. Polidrâmnio
Polidrâmnio é o excesso de líquido amniótico, sendo resultante ou do aumento
da produção do líquido amniótico ou da diminuição do seu consumo. É definida
quando está presente bolsão de líquido amniótico com diâmetro vertical > 8 cm.

É comum no diabetes mellitus materno, tumores fetoplacentários, anemia fetal


e transfusão fetoplacentária.

Na diabetes gestacional o polidrâmnio resulta do aumento da diurese fetal,


devido à hiperglicemia. Índices de Líquido Amniótico (ILA) superiores a 18 possuem
relação com macrossomia fetal, o que exige um melhor controle glicêmico. A transfusão
feto-fetal ocorre pela presença de anastomoses transplacentárias entre a circulação de
fetos monocoriônicos. Assim, há transfusão de sangue de um feto para o outro. O feto
receptor fica hipervolêmico e desenvolve polidramnia.

Diagnóstico

Normalmente é assintomático, mas pode ser suspeitado quando a altura uterina


for maior que a esperada para idade gestacional. Quando o polidrâmnio é grave, as
mulheres têm dificuldade respiratória, contrações prematuras dolorosas, além da
ausculta ser mais difícil.

Assim como o oligoidrâmnio, seu diagnóstico é através da ultrassonografia pela


avaliação do ILA, considerando polidrâminio se ILA ≥24,0 cm. Além disso, testes
maternos podem ser realizados para se determinar a etiologia do quadro, como o

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teste de tolerância à glicose e a glicemia de jejum quando há suspeita de diabetes


gestacional.

Conduta

Não havendo malformação fetal, deve-se tentar prolongar a gestação através do


tratamento das condições maternas. É essencial determinar a etiologia do polidrâmnio,
com o rastreamento para diabetes gestacional e exame ultrassonográfico em busca de
malformações fetais. Além disso, é recomendável a avaliação da vitalidade fetal através
do perfil biofísico fetal (PBF).

Nos quadros agudos, se houver um agravamento do quadro materno, pode-se


realizar a amniocentese transabdominal. Apesar do volume do LA retornar ao habitual,
o procedimento permite a elevação da contratilidade uterina e expulsão fetal. Nos casos
crônicos, deve-se tentar prolongar a gestação, sendo que entre 24-34 semanas é
indicado o uso de corticoide para maturação pulmonar. O polidrâmnio não contraindica
o parto natural, mas são é necessária uma atenção maior para evitar complicações como
prolapso de cordão.

Em casos de malformação fetal, é autorizada a interrupção da gestação devido


ao mau prognóstico.

Referências bibliográficas

1. Montenegro CAB, Rezende Filho J. Rezende – Obstetrícia fundamental. 11ª


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008
2. Belooseky, Ron et al. Polyhydramnios. Uptodate, 2013.
3. Belooseky, Ron et al. Oligohydramnios. Uptodate, 2013.
4. Ferreira AR, Roquete MLV, Fagundes EDT, Penna FJ. Colestase do lactente.
Textos científicos Sociedade Mineira de Pediatria. www.smp.org.br.
Publicado na Internet em 02/03/2010.

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