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LAJES COMPOSTAS POR MADEIRA E CONCRETO ARMADO

Carlos Alberto Szücs, Robson Hoffmann da Silva

RESUMO: A concepção da laje “Madecreto”, estruturada com madeira interligada ao concreto


armado, proposta neste trabalho, tem como objetivo contribuir para minimizar problemas
encontrados em outras soluções existentes para este tipo de estrutura, associados ao sistema
construtivo, ao custo, a rigidez da estrutura, a resistência e ao isolamento acústico. A idéia básica
deste sistema construtivo é a de se montar uma estrutura de madeira, proveniente de florestas
plantadas, auto-portante, que dispensa a utilização de escoramento na sua montagem e ao mesmo
tempo funciona como fôrma para a colocação do concreto. Desta forma a estrutura de madeira
funciona como parte integrante da estrutura da laje proporcionando uma superfície acabada na
sua face inferior. Na parte superior da estrutura é colocada uma armação de aço, transpassada
pela estrutura de madeira para a posterior concretagem, proporcionando uma melhor
solidarização dos materiais. A laje madecreto é apropriada para construções estruturadas em
madeira, que proporciona uma ligação eficiente nos apoios da laje. É um processo semi-
industrializado onde as peças de madeira são confeccionadas na indústria para posterior
montagem no local de sua aplicação na obra. O presente trabalho apresenta uma análise do
sistema construtivo da laje proposta, desde a confecção das peças pré-moldadas de madeira até a
sua montagem e concretagem. É apresentado um estudo a respeito da eficiência mecânica da
estrutura, realizado a partir de ensaios de laboratório.
Palavras-chave: madeira, laje, concreto, madecreto.

FLAGSTONES COMPOSED OF WOOD AND ASSEMBLED CONCRETE

ABSTRACT: The conception of “Madecreto” flagstone structured with wood connected with
the assembled concrete, proposed in this issue, has lide aim the contribution to reduce probems
that are found en other solutions. These solutions exist for thes kind of structure, associated to
the constructive system, cost, structure rigidity, resistance and acoustic isolation. The basic idea
of this constructive system is to put op a wood structure, originating fron planted forests where
the use of support in its assembly is expendable and at the same time, it works like a mold to the
concrete. Like this the wood structure works as a part of the flagstone structure, providing a
finish surface in its lower face. At he higher face it is put a steel frame trat pass throught the
wood structure to the subsequent concrete, providing a better solidity from the materials. The
“Madecreto” flagstone is appropriate for constructions structured on wood, what provides na
efficient connection with the flagstone supports. It is a half industrialized process where the
wood pieces are made at the industry to subsequent assembly. This issue presents na anlysis
about the flagstone’s constructive system proposed, since the making of the wood pieces until the
assembly and concrete. It is presented a stydy about the structure’s mecanical efficiency, realized
from laboratory testes.
Keywords: Wood, flagstone, concrete, “madecreto”.
INTRODUÇÃO

A confecção das lajes em edificações que apresentam mais de um pavimento e que tem a madeira
como seu elemento estrutural principal é uma etapa muito importante na construção, pois pode
significar um fator determinante na sua qualidade e eficiência. Existem, no nosso mercado da
construção, uma série de soluções para este tipo de estrutura, mas em grande parte são marcadas
por problemas desde a sua concepção estrutural até na metodologia de execução.

Os problemas mais comuns, encontrados nas lajes de madeira, estão relacionados com a rigidez
da estrutura, com a sua resistência, com o isolamento acústico, com o custo ou ainda problemas
de ruídos, oriundos dos atritos das ligações entre as peças estruturais. Na maioria dos casos as
lajes de madeira são compostas de um barroteamento na direção de menor vão livre da laje.
Trata-se de vigas de madeira espaçadas uniformemente umas das outras abrangendo todo o
espaço a ser trabalhado. Esse barroteamento pode ser feito com treliças planas, possibilitando
atingir maiores vãos. Sobre esta estrutura é colocado um assoalho de madeira, na direção das
vigas ou diagonalmente a elas, conforme concepção estrutural. Estes barrotes são apoiados sobre
a estrutura da edificação ou presos por conectores metálicos. Podem ser utilizados materiais
como lã mineral, feutro betuminoso, fibras de celulose, etc. para isolamento acústico. Pode-se
utilizar assoalhos duplos, para tentar melhorar a rigidez da estrutura. Mas em resumo a
metodologia empregada na confecção destas estruturas, na maioria dos casos, é bastante
semelhante ou seja, se consegue amenizar o problema mas fica difícil resolvê-lo, ou quando se
consegue, o processo construtivo se torna muito oneroso.

A partir de um estudo destas soluções existentes, surgiu a idéia de se criar um novo sistema
construtivo para este tipo de estrutura, que pudesse resolver estes problemas tão presentes em
edificações de madeira. Este sistema deveria ser diferente, pois não adiantaria mexer numa
metodologia de construção que já havia sido mexida e aperfeiçoada uma série de vezes. É
necessário a criação de uma nova idéia, algo diferente, que pode se tornar uma nova opção para
as lajes de madeira. Esse sistema construtivo além de apresentar excelente qualidade e eficiência
deve ainda utilizar madeira proveniente de florestas plantadas.

Num trabalho inovador não se pode pensar em utilizar uma madeira proveniente de florestas
nativas, que estão cada vez mais escassas. Deve-se pensar em algo ecologicamente correto, ou
seja, utilizar madeira cortada de árvores que são plantadas pelo homem e que depois serão
replantadas para um corte futuro. Mas para que este ciclo seja viável , o tempo de crescimento de
uma árvore não pode ser de 40 ou 50 anos, como é o caso das árvores nativas, pois se tornaria
inviável. Deve-se pensar em espécies de reflorestamento, que podem atingir a fase adulta em 10
anos, como é o caso do Pinos e do Eucalipto. É verdade que são madeiras com uma resistência
um pouco menor, mais suscetíveis ao ataque de fungos e outros agentes predadores, no entanto
com o avanço da tecnologia da madeira isto não é mais problema.

Nisto surge a laje “Madecreto”, laje composta por madeira e concreto armado.
MODELO PROPOSTO

O objetivo fundamental deste trabalho é montar uma laje para ser utilizada em edificações que
tem a madeira como seu elemento construtivo principal, devendo apresentar grande eficiência,
qualidade, ser de fácil execução e ter custo competitivo em relação às outras soluções existentes
no mercado. Deve haver uma preocupação com os problemas verificados e expostos dos tipos de
lajes encontradas no mercado com a mesma finalidade. Deve apresentar resistência suficiente
para receber as solicitações impostas, de tal forma que as deformações sofridas pela estrutura
sejam mínimas. Ela deve apresentar uma boa rigidez e proporcionar um bom isolamento
acústico, minimizando problemas de ruídos e transferências de som de um ambiente para outro,
problemas estes encontrados na maioria das soluções utilizadas para este tipo de estrutura. Deve
ser uma estrutura de fácil execução possibilitando a pré-fabricação, fator este fundamental nos
dias atuais, onde cada vez mais procuramos avanço nas técnicas construtivas, no sentido de se
buscar a industrialização da construção. De nada adianta criarmos uma estrutura que atenda a
todos os pré-requisitos anteriores se apresentar um custo elevado, não competitivo no mercado.
É necessário aliar os fatores eficiência, qualidade e custo.

O modelo proposto trata-se de uma estrutura de madeira apoiada em uma direção, auto-portante,
ou seja, com resistência suficiente para receber cargas de movimentação de operários, materiais,
além de carregamentos da concretagem, sem que hajam deformações significantes. Esta estrutura
é montada em loco, a partir do componente estrutural, que é composto de duas unidades
estruturais, conforme mostrado na figura 1.

Detalhe estrutura de madeira laje madecreto

Detalhe unidade estrutural Detalhe componente estrutural


laje madecreto laje madecreto

Figura 1 – Detalhes da estrutura de madeira da laje madecreto


Como pode-se observar pela figura 1, entre 2 unidades estruturais existe uma peça de seção
retangular que faz a união elas. Esta estrutura de madeira da laje madecreto é simplesmente
apoiada sobre duas vigas de madeira através de um sistema de encaixe. Esta estrutura de
madeira, após devidamente posicionada e encaixada, recebe uma camada de armadura distribuída
nas duas direções da laje, para a posterior aplicação do concreto. A armadura utilizada na
estrutura é composta de barras de aço CA 60 de 5,0mm de espessura espaçadas conforme
detalhes apresentados na figura 2. Após a preparação, a laje recebe uma camada de concreto com
3,5 cm de espessura, sendo utilizado para tal um concreto com pedrisco com um fck de 15 Mpa.

30

0
10
30

12,5 5 12,5 12,5 5 12,5 12,5 5 12,5 12,5 5 12,5 12,5 5 12,5 12,5 5 12,5

Detalhe da armadura da laje madecreto

Detalhe laje madecreto após concretagem

Figura 2 – Detalhe armação e concretagem da laje madecreto

PRÉ-FABRICAÇÃO DA ESTRUTURA

Como foi comentado anteriormente, este sistema construtivo é caracterizado por uma pré-
fabricação parcial, onde a partir dos componentes estruturais montamos a estrutura da laje para
recebimento da armação e posteriormente do concreto. A montagem das unidades e dos
componentes estruturais pode ser feita na indústria ou, através de um sistema mais rudimentar, no
próprio canteiro de obras. Sua montagem é feita a partir da colagem de três peças básicas de
madeira nomeadas como peça 1, 2 e 3, sendo utilizado adesivo do tipo resorcina-fenol-formol,
cujo nome comercial é CASCOPHEN, popularmente conhecido por “cola naval”, devido às suas
propriedades impermeabilizantes. A madeira utilizada nesta estrutura é o Pinus Taeda. A forma e
dimensões da unidade estrutural é mostrada na figura 3.

Peça 1

1 1 1 1
Peça 2 3 Emenda Colada 3 Emenda Colada
Peça 3 Emenda Colada

3,5
1 1 1

3
3,5
12,5 5 12,5 12,5 5 12,5

Componente Estrutural
Figura 3 – Detalhe das dimensões do componente estrutural.

A peça número 1, utilizada para a montagem da unidade estrutural, deve ser furada para a
passagem da armadura antes da colagem. A união entre dois componentes estruturais deve ser
feito em obra, no local da montagem da laje.

ESTUDO A SER REALIZADO

Como uma etapa inicial do estudo das lajes madecreto, será estudada somente a sua resistência
mecânica e será feita uma análise do comportamento da estrutura quando solicitada. Será
executado primeiramente o ensaio das unidades estruturais, posteriormente o ensaio dos
componentes estruturais e finalmente o ensaio das lajes concretadas. O objetivo principal dos
ensaios é buscar fazer uma correlação com o resultado esperado teórico calculado em função das
dimensões das peças, do vão teórico e das características físicas e mecânicas da madeira. Não
será levado em conta a influência do concreto e da armação para o cálculo da resistência teórica
da estrutura, devido a uma dificuldade de previsão. No entanto será feita uma análise do aumento
da resistência causado pela utilização destes componentes. O vão livre utilizado neste estudo,
para todos os casos, será de 2,20 m. O ensaio será feito através de um carregamento a 4 pontos,
sendo feita uma correlação com um carregamento distribuído para uma estimação da carga
suportada. Será adotado este critério em virtude da dificuldade da criação de um carregamento
distribuído. A seguir estão descritos os ensaios a serem realizados:
1) Análise da resistência das unidades estruturais:

a VÃO TEÓRICO a

P P

SEÇÃO PROPOSTA
1 1
3

3,5
1 11
L

3
3,5
12,5 5 12,5

Figura 4 – Esquema de ensaio da unidade estrutural

Será feita uma análise da eficiência das emendas coladas e a determinação da resistência real da
estrutura para que se possa fazer uma comparação com a resistência teórica obtida antes do
ensaio. Nesta etapa do estudo serão executados 3 corpos de prova, que serão submetidos a um
ensaio de flexão a quatro pontos para a obtenção da resistência de ruptura à flexão. Será adotado
um vão livre de 2,20m.

2) Análise da resistência dos componentes estruturais:

a VÃO TEÓRICO a

P P

Componente Estrutural

Figura 5 – Esquema de ensaio do componente estrutural

Neste caso será feita a determinação da resistência real da estrutura para que se possa fazer uma
comparação com a resistência teórica obtida antes do ensaio. também serão executados 3 corpos
de prova, que serão submetidos a um ensaio de flexão a quatro pontos para a obtenção da
resistência de ruptura à flexão. Será adotado um vão livre de 2,20m..

3) Análise da resistência da laje madecreto.

a VÃO TEÓRICO a Laje Madecreto


P P

Figura 6 – Esquema de ensaio da laje madecreto

De posse dos dados de resistência da laje madecreto, pode-se dimensionar a laje considerando
somente o elemento madeira como responsável pela capacidade de suporte da estrutura. Com
isso poderá ser realizada uma correlação com o resultado experimental, onde temos a madeira e o
concreto armado contribuindo para a resistência da estrutura, obtendo-se um modelo preliminar
de dimensionamento para a laje madecreto. Será utilizado um vão livre de 2,20 m e uma largura
para a laje de 90 cm conforme figura 6. Serão ensaiadas 3 lajes, compostas por 3 unidades
estruturais cada.

PREPARAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA

Para efeito deste trabalho, foi utilizado um esquema de prensagem para a montagem e colagem
das unidades estruturais da laje madecreto mais simples, que pudesse ser montado e utilizado no
próprio canteiro de obras. É um sistema bastante rudimentar, que exige um certo trabalho e um
tempo elevado para a confecção das peças, no entanto, como sendo uma idéia nova, pode ser
válido para a execução de obras pequenas, de caráter experimental. Obviamente, em se tratando
de uma produção maior, essas peças devem ser confeccionadas industrialmente, com
equipamentos mais adequados, onde a produção se torna mais eficiente e com uma grande
redução de tempo.

Para a elaboração das unidades e componentes estruturais, primeiramente são preparadas as peças
individuais, que serão utilizadas para a sua montagem. As peças estão mostradas na figura a
seguir 7.
Peça 1 Peça 2 Peça 3

Figura7 – Peças utilizadas para a montagem das unidades e componentes estruturais

O dispositivo para a prensagem e colagem das peças foi preparado no próprio laboratório. É um
dispositivo bastante simples, com acionamento manual, que pode ser montado em qualquer local.
A figura 8 apresenta um esquema deste dispositivo de prensagem.

Figura 8 – Dispositivo de prensagem

Deve-se fazer a preparação da cola para posterior aplicação nas faces a serem coladas. Depois as
peças são posicionadas para a aplicação da pressão necessária a colagem, que deve girar em torno
de 10 kg/cm2 para o tipo de cola utilizada. Como se trata de um processo de secagem ao
ambiente, a unidade estrutural foi deixada sob pressão num tempo total de 24 horas. Com as
unidades estruturais confeccionadas, procede-se a confecção dos componentes estruturais, em
dispositivo de aplicação de carga semelhante ao exposto, procedendo-se a colagem da peça 3,
apresentada na figura 7, entre dois componentes estruturais.

DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA TEÓRICA

Para a determinação da resistência teórica, foi adotado que cada peça, as unidades estruturais, os
componentes estruturais, e laje a serem ensaiados, apresentavam seção de madeira maciça,
devido a dificuldade de se prever a influência da cola no comportamento do conjunto. Para tal se
torna necessário um estudo das características físicas e mecânicas da madeira em estudo, no caso
o Pinus Taeda. É determinada a resistência de ruptura teórica para cada caso quando submetidos
a um ensaio de flexão a 4 pontos.

RESULTADOS ESPERADOS

Através da previsão teórica do comportamento da laje, espera-se que haja um ótimo desempenho
quando solicitadas. O sistema construtivo para este tipo de laje, após a industrialização e
aperfeiçoamento da idéia, será bastante simples. A união do concreto armado a estrutura de
madeira irá proporcionar uma excelente rigidez ao conjunto, diminuindo problemas de ruídos
pois espera-se que não haverá mais problemas oriundos do atrito das ligações entre as peças,
como acontece com outras soluções existentes. A respeito da resistência, espera-se um excelente
desempenho, uma vez que já se espera bons resultados sem a contribuição do concreto armado.
A presença do concreto armado irá melhorar o desempenho acústico da estrutura, melhorando o
conforto do ambiente. Haverá melhores condições para a aplicação de pisos cerâmicos, se
conveniente ou de assoalho de madeira, pois o piso já apresentará um barroteamento em madeira.
Quanto ao custo espera-se um valor bastante competitivo a outras soluções existentes, pois
estamos trabalhando com materiais de custo relativamente baixo, que são a madeira (Pinus), o
concreto e o aço.

Este trabalho, como pode se observar, se encontra em fase andamento. Por este motivo não são
apresentados valores relativos aos ensaios experimentais. Pretende-se que em breve se tenha os
resultados e se possa confirmar as estimativas relacionadas a potencialidade da idéia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FAHERTY, K. F. ; WILLIAMSON, T. G. (1995), Wood Engineering and Construction


Handbook. United States of America.
NUNNALY, S. W. (1993), Construction – methods and management.. New Jersey.

NBR 7190 / NB11 (1996), Norma Brasileira – Cálculo e Execução de Estruturas de Madeira,
Rio de Janeiro, ABNT.
SZÜCS, C. A. (1993), Utilização de Ligações Químicas na composição das estruturas de
madeira. Florianópolis, UFSC.
SZÜCS, C. A. (1993), A madeira no mundo dos compósitos. Florianópolis, UFSC.
SZÜCS, C. A., Aplicação estrutural da madeira sob a técnica do laminado colado.
Florianópolis, UFSC.
WILCOX, W. W.; BOTSAI, E. E. ; KUBLER, H (1991). Wood as a Bulding Material, A Guide
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