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Faculdade Presidente Antônio Carlos – FUPAC

Graduação em Psicologia

Nome: Gabrielle Antonieto Zoppelaro e Joice Expedito Fernandes

Curso: Psicologia Período: 8°

TÍTULO: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA


PSICOMOTRICIDADE NA PRIMEIRA INFÂNCIA

INTRODUÇÃO

Dentro dos parâmetros científicos, é possível que a psicomotricidade está inserida em


um campo transdisciplinar na qual as influências e relacionamentos entre o psiquismo e o
corpo e entre psiquismo e a motricidade são estudadas e analisadas, uma vez, que fazem parte
estruturação da personalidade que caracteriza o ser-humano, em suas diversas e diferentes
expressões biológicos, psicológicas, sociais, emocionais e cognitivas (Fonseca, 2010).

Dessa forma, o conceito de motricidade se relaciona com a percepção do movimento


como um todo, em que as manifestações corporais, gestuais e motoras são realizadas como
respostas a estímulos externos e internos, manifestações estas de natureza não verbal, não
simbólica que irão ser a base para as expressões do psiquismo, ou seja, todo o funcionamento
mental total. Sendo assim a motricidade é em suma, um dos modos de interação entre o
indivíduo e o ambiente externo e também se constitui de um rico recurso de comunicação da
vida psíquica (Fonseca, 2008).

Em relação a perspectiva histórica da psicomotricidade é válido ressaltar que ela está


diretamente ligada à história do corpo. As distintas concepções sobre a ideia de corpo
permeiam desde os povos orientais até os ocidentais, perpassando pelos povos gregos e
medievais, com debates acerca da cultura do corpo, valorizando-o e dando a ele grande
destaque por meio de mármores lapidados, expondo-o em estádios e nos altares de culto da
época, visto que para esses povos o corpo apresentava a beleza da alma e que possuir corpo
saudável era tido como uma virtude (Falcão & Barreto, 2009).
O filósofo Aristóteles em 384-322 a.C., foi o primeiro a estudar sobre o aspecto
psicomotor. Tal estudo propunha que a ginástica aliada a prática de atividade física seria uma
importante promotora do desenvolvimento do espírito e assim, era capaz de educar e dar graça
e vigor ao corpo. Segundo o filósofo, as atividades físicas deveriam ser realizadas até a
adolescência sem muito esforço cansativo para que o desenvolvimento do espírito não fosse
prejudicado (Massimi, 2005).

A história da psicomotricidade no Brasil, foi muito orientada sobre os moldes da


escola francesa, uma vez que em um primeiro momento assim como na França, ela se deu
como uma educação psicomotora e posteriormente foi aliada as áreas da educação, terapia e
clínica psicomotora (Costallat et al., 2002). A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade foi
originada no ano de 1980, e foi integrada à Sociedade Internacional de Psicomotricidade, que
se localizava em Paris/ França (Alves, 2007).

O ato motor está diretamente ligado à emoção e ambos atuam mutuamente no


desenvolvimento do indivíduo. Para este autor, o movimento é o pensamento ação, isto é, a
cada emoção vivenciada o corpo tende a responder em conformidade com temperamento
emocional do indivíduo, resultando assim na interação entre motricidade e atividade
emocional (Aguiar & Simão, 2007).

O pilar do processo intelectual e de aprendizagem da criança está relacionado à


estrutura da educação psicomotora, ou seja, em como os aspectos psicomotores foram
estimulados e inseridos na criança. Isso se deve ao fato de que se a criança apresentar algum
transtorno, dificuldade e/ou complicações em certos níveis biopsicossociais, certamente estes
problemas irão ocorrer nas bases do desenvolvimento psicomotor. Dessa forma, é
indispensável a estimulação psicomotora desde o início da primeira infância, a fim de a
formação integral da criança se dê satisfatoriamente (Kamila, Maciel, Mello & Souza, 2010).

A otimização do desenvolvimento da psicomotricidade da criança em seus primeiros


anos de idade está associada à relação que ela terá com seus pais ou cuidadores, os quais terão
a responsabilidade de mediar a interação entre criança e seu meio através da transmissão de
significados que são precisos para formar a imagem mental do corpo (Le Boulch, 2001).

A estimulação psicomotora precoce se caracteriza pela elaboração de atividades


específicas a cada para cada faia etária. Tal estimulação visa propiciar estímulos, contribuir
para a conquista de habilidades e enriquecer as vivências de crianças que apresentam
determinadas disfunções. Nesse viés, os materiais e recursos utilizados durante a estimulação
psicomotora proporcionam a criança a medida certa de aprendizagem e experiências
adequadas e necessárias nos primeiros nãos de vida (Marson & Pereira, 2011).

Em vista disso, o papel desempenhado por profissionais aptos a lidarem com esse
assunto torna-se essencial pois, a partir disso será possível a aquisição de conhecimento de
diversas áreas e uma melhor análise da condição em que a criança se encontra, buscando
alternativas viáveis e necessárias para o crescimento e desenvolvimento integral deste
indivíduo, trabalhando atividades específicas que contemplem as reais necessidades, com o
acompanhamento de profissionais capacitados. Dentre esses profissionais o trabalho do
psicólogo constitui-se como primordial (Sandri, 2010).

O psicólogo ao realizar intervenções psicomotoras, tem como intuito a utilização do


corpo, juntamente com seus movimentos e sua expressividade, por meio de uma linguagem
pré-verbal, que mostram os conflitos e dificuldades na relação eu – outro – objeto, a serem
resolvidos ou minimizados. Por intermédio do corpo e seus movimentos é possível realizar o
diagnóstico dos os atrasos psicomotores, ou disfunções apresentadas pela criança. É uma
terapia a nível corporal que tende a modificar uma organização psicopatológica. O
relaxamento assim como atividades livres, lúdicas e ordenadas, também pode ser utilizado
como prática terapêutica (Delvan, Menezes, Geraldi & Albuquerque, 2009).

Os propósitos da terapia psicomotora visam atingir a criança em sua globalidade,


aprimorando os predicados de atenção, representação e relacionamento, apontando, pelo
movimento, um arranjo intelectual cada vez mais acrescentado. Prioriza melhorar a atividade
mental que preside à elaboração, transmissão, execução e controle do movimento. Promove a
consciência e integração do corpo. Afirma a lateralidade, autocontrole corporal, orientação
espaço temporal. Inibe as pulsões motoras. Aperfeiçoa a representação do movimento. Além
de, valorizar o aspecto simbólico e expressivo do movimento e educar o movimento,
desenvolvendo as estruturas cognitivas e afetividade (Leitão, Lombo & Ferreira, 2008).

O Psicólogo especialista em Psicomotricidade atua nas áreas de Educação,


Reeducação e Terapia Psicomotora, utilizando-se recursos para o desenvolvimento, prevenção
e reabilitação do ser humano. A Psicomotricidade pode ser aplicada em clínicas, hospitais,
empresas diversas além de escolas; com técnicas para todas as idades (bebês, crianças
pequenas, pré-adolescentes, adolescentes, adultos e idosos), em grupo ou individualmente
(Castro & Bornholdt, 2004).

Desde os primeiros anos de idade, o lúdico, através das brincadeiras já se encontra


presente na vida das crianças. Segundo a brincadeira evolui nos seis primeiros anos de vida
mais do que qualquer outra etapa do desenvolvimento-humano. Ao brincar a criança
externaliza o seu mundo e a sua realidade, ela descobre e explora o meio a sua volta. Com
isso, o brincar é um método pelo qual a criança se habitua ao ambiente ou habitua o ambiente
à sua vontade, sendo que esse método pode ser sensório-motor, social-emocional, linguístico
ou cognitivo, e, além do mais, pode ser realizado durante as intervenções psicológicas por
vários procedimentos, como, por exemplo, pela exploração, repetição, reprodução ou
transformação (Brougère, 1998).

A estimulação psicomotora é indispensável no desenvolvimento motor, afetivo e


psicológico da criança, enfatizando a relevância da atividade lúdica realizada através de
atividades psicomotoras. Estimular a psicomotricidade na primeira infância constitui de um
importante recurso para o desenvolvimento, pois os primeiros cinco anos de vida
correspondem ao período em que se formam 90% das conexões sinápticas, que são as ligações
entre os neurônios. Os resultados da estimulação precoce trazem benefícios a curto e longo
prazo (Levin, 1995).

Com base nas práticas acadêmicas e pessoais e a partir das disciplinas estudadas e
leitura relacionadas à temática, despertou-se o interesse de investigar qual papel da
psicomotricidade dentro do campo de atuação da psicologia aliado ao desenvolvimento da
primeira infância. A psicologia é uma ciência que tem como objeto de estudo o
comportamento humano, tal comportamento poderá ser determinado por sua emoção,
desencadeando assim um ato motor voluntário. Assim podemos perceber a importância da
interferência do psicólogo nos movimentos motores, que poderão ser considerados adequados
ou inadequados aos olhos da psicomotricidade.

O objetivo de estudo é compreender os fatores que promovem o desempenho


psicomotor durante o processo de desenvolvimento da primeira infância, objetivando o papel
do psicólogo e suas possíveis intervenções, para que tal processo ocorra de maneira adequada
e satisfatória.
REFERÊNCIAS

Aguiar, O. X., & Simão, L. M. O. (2007). Psicomotricidade e sua relação com a inteligência e
emoção. Revista Científica Eletrônica de Psicologia,5(9), 1-5

Alves, R. C. (2007). Psicomotricidade I. Rio de Janeiro: Brasil.

Brougère, G. (1998). Brinquedo e Cultura. São Paulo: Cortez.

Castro, E. K. D., & Bornholdt, E. (2004). Psicologia da saúde x psicologia hospitalar:


definições e possibilidades de inserção profissional. Psicologia: ciência e profissão, 24(3),
48-57.

Costallat, D. M. M., Galvani, C., Pucca, C. R., Barbosa, H., Loureiro, M.B., Sanseverino, M.
M., Nacarato, S., & Fonseca, V. (2003). A Psicomotricidade otimizando as relações humanas.
São Paulo: Arte & Ciência.

Delvan, J. S., Menezes, M., Geraldi, P. A., & Albuquerque, L. (2009). Estimulação precoce
com bebês e pequenas crianças hospitalizadas: uma intervenção em psicologia pediátrica.
Revista Contrapontos, 9(3), 79-93.

Falcão, H. T., & Barreto, M. A. M. (2009). Breve histórico da psicomotricidade. Ensino,


Saúde e Ambiente, 2(2), 84-96.

Fonseca, V. (2008). Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.

Fonseca, V. (2010). Psicomotricidade: uma visão pessoal. Construção Psicopedagógica,


18(17), 42-52.

Kamila, A. P. F., Maciel, R. A., Mello, L. D. A., & Souza, R. A. A. (2010). A estimulação
psicomotora na aprendizagem infantil. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio
Ambiente, 1(1), 30-40.

Le Boulch, J. (2001). O desenvolvimento psicomotor: do nascimento até os seis anos (7a ed.).
Porto Alegre: Artes Médicas.

Leitão, A. I., Lombo, C., & Ferreira, C. (2008). O contributo da psicomotricidade nas
dificuldades intelectuais e desenvolvimentais. Revista Diversidades, 6(22), 21-24.
Levin, E. (1995). A clínica psicomotora: o corpo na linguagem. Petrópolis: Vozes.

Marson, N. L., & Pereira, A. M. (2010). Revisão da Literatura sobre a utilização do lúdico na
estimulação precoce em crianças de 0 a 5 anos. Cadernos da FUCAMP, 10(13), 1-10

Massimi, M. (2005). O Corpo e suas dimensões anímicas, espirituais e políticas: perspectivas


presentes na história da cultura ocidental e brasileira. Clio-Pysiqué – Programa de Estudos e
Pesquisas em História da Psicologia, 1(1), 4-23.

Sandri, L. S. L. (2010). A psicomotricidade e seus benefícios. Revista de Educação do


IDEAU, 5(12), 1-15.

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