Sei sulla pagina 1di 8

1.

Tirantes
Tirantes são elementos lineares capazes de transmitir esforços de tração entre
suas extremidades. Nas aplicações geotécnicas de tirantes, a extremidade que fica fora
do terreno é a cabeça de ancoragem e a extremidade que fica enterrada é conhecida
por trecho ancorado e designada por comprimento ou bulbo de ancoragem. O trecho
que liga a cabeça ao bulbo é conhecido por trecho livre ou comprimento livre. (Revista
Techne; 2007, Edi.123).

Segundo a NBR5629/96, a execução dos tirantes ancorados no terreno, servem


como modelo de aplicações em processos geotécnicos e podem ser definidos em 5
tipos.

Segundo a NBR5629/2006, a ancoragem dos tirantes em rocha é estimada pela


aderência rocha-argamassa e deve ser calculada pelos dois métodos e utilizar o menor
entre eles:

1
a) da resistência a compressão da rocha.
30
1
b) da resistência a compressão simples da argamassa
30

Segundo a NBR5629/2006, o trecho de ancoragem não pode ser realizado sobe os


seguintes solos:

a) Solos orgânicos.
b) Aterros ou solos coesivos com Nspt inferior a 4.
c) Aterros sanitários.
1.1 Tirante injetado
Peças montadas, com o intuito de combater os elementos resistivos a tração,
que por meio de injeção de calda cimentícia, forma-se um bulbo de ancoragem que se
ligam à estrutura através do elemento resistente à tração e da cabeça do tirante.

1.2 Tirante provisório


Utilizado como sistema provisório de ancoragem com duração máxima de 2
anos. Em casos que o tempo de utilização necessária supere os 2 anos, devem ser
realizados ensaios para verificar a integridade do tirante e tomar as devidas
providências em prol da segurança. No seu dimensionamento, utiliza-se para o cálculo
um fator de segurança de 1,5.
1.3 Tirante permanente
Aqueles que são realizados com o intuito de durarem mais do que 2 anos. No
seu dimensionamento, utiliza-se para o cálculo um fator de segurança de 1,5.

1.4 Tirante reinjetável


Permite a aplicação de injeções adicionais após sua instalação.

1.5 Tirante não reinjetável


Após sua instalação não são permitidos a aplicação de injeções adicionais.

2. Elementos dos tirantes


A cabeça é a parte da estrutura atirantada responsável por suportar a
estrutura, composto por: placa de apoio, cunha de grau, cones e bloco de ancoragem.

Na parte interna do bulbo encontra-se as válvulas de manchetes para injeção


e o material de injeção (calda de cimento ou outro tipo de aglutinante). A calda de
cimento que será injetada determinada em projeto deve ser dosada previamente em
centrais de preparo e bombeamento minutos antes de sua aplicação. Geralmente
utiliza-se água e cimento, ou quando necessário a adição de aditivos acelerantes de
resistência.

Trecho ancorado é a parte da estrutura atirantada responsável por transferir a


carga ao solo.

Trecho Livre é a parte da estrutura atirantada que fica sob a aplicação da


carga, determinada através de ensaios de qualificação, com o intuito de alongar a
estrutura até a alcançar a o comprimento necessário para executar o tirante.
Fonte: ABNT NBR 5629:2018

A placa de apoio constituída por chapas metálicas que distribuem as tensões sobre
a estrutura, no qual se for estrutura de concreto, a chapa deve possuir tamanho aceitável
sobre as mesmas tensões de compressão. A cunha de grau (metálica, groute ou concreto
armado) auxilia ao alinhamento do tirante em relação à cabeça, de modo que, quando a
carga do tirante não é muito alta, a chapa de apoio e a cunha de grau formam uma única
peça. (Dias; Yassuda, 1998).

A NBR 5629 determina que o bloco de ancoragem (composta por parafusos,


cunha etc.), são as peças que prendem o elemento tracionado na região da cabeça do
tirante.

Conforme Dias e Yassuda (1998), o trecho livre deve proporcionar uma proteção
contra a corrosão, de modo que durante a montagem, o comprimento livre é protegido
por um tubo ou mangueira, e é injetado calda de cimento ou outro material inerte
garantindo a aprovação do ensaio.
Fonte: NARESI - FUNDAÇÕES E GEOTÉCNIA 1

3. Passo a passo da execução dos tirantes:

 Locação do Furo e Nivelamento do Terreno para posicionamento da


perfuratriz;
 Perfuração em solo com sonda rotativa, utilizando revestimento
contínuo, cuja ponta possui uma coroa com pastilhas de vídia, ou haste
contínua com tricorne na ponta, sempre com auxílio de um fluido em
circulação (água). Sua inclinação, diâmetro e comprimentos (livre e
ancorado) devem constar em projeto. Quando houver ocorrência de
matacões, a perfuração poderá ser feita de duas formas: perfuração
com broca de vídea, considerando que este tipo de broca tem condições
de perfurar matacões de rocha alterada com dimensões que vão girar
junto com o tubo; ou perfuração com roto-percussão, sendo que este
tipo de perfuração é feito com ar comprimido e o diâmetro máximo da
perfuração depende das características dos equipamentos disponíveis
mas deve-se considerar que o diâmetro da perfuração deve ser
compatível com o tirante especificado em projeto, permitindo sua
introdução no furo de forma confortável.
 Após o término da perfuração, a injeção de água deve continuar até
que fique garantida a limpeza do furo. Após concluída a limpeza do
furo, instala-se o tirante propriamente dito. Isto será feito
manualmente. Tal operação deverá ser feita sob supervisão do
encarregado dessa atividade e a introdução deverá ser lenta e
cuidadosa, para evitar qualquer dano ao tirante por flexão excessiva ou
atrito contra as paredes do revestimento ou do furo. Os cuidados
necessários são: não ferir a proteção anticorrosiva, não deslocar
acessórios (válvulas e espaçadores) e posicionar a cabeça na altura
correta do projeto.
 A montagem dos tirantes é feita em uma bancada especial, atentando-
se de colocá-la num espaço grande o suficiente (um tirante tem mais
de 10m). A cordoalha é cortada no comprimento definido em projeto,
quando será feito o tratamento anticorrosivo. Caso haja pontos de
ferrugem os mesmos serão lixados ou retirados com escova de
aço e, após isso, será aplicada pintura anticorrosiva. Esta pintura
deverá preencher todo o comprimento, de modo a não haver pontos
ralos (pouca tinta) ou escorrimento (excesso de tinta), e caso
necessário, poderá ser aplicada até duas demãos. Lembramos que o aço
possui pintura de fábrica anticorrosiva. O aço é fixado na estrutura
através de espaçadores definidos, amarrados com arame. A estrutura
do tirante é formada de um tubo de PVC, cujo trecho ancorado é
coberto por um anel de borracha (válvula) a cada 0,50 m, por onde será
injetada sobre pressão controlada, calda de cimento para a formação
de bulbos. No trecho livre, o aço é envolvido com graxa anticorrosiva
e embutido em tubos plásticos (espaguetes) para que haja o
deslocamento elástico na protensão. O aço utilizado para execução dos
tirantes pode ser: CA-50; CP-150 RB; CP-190 RB; ROCSOLO ST
75/85; Dywidag ST 85/105 e Gewi 50/55. O tirante depois de instalado
fica com cerca de 1,00 m para fora do furo, comprimento necessário
para permitir a posterior protensão.
 Imediatamente após a instalação do tirante no interior do furo pode-se
executar a primeira fase de injeção (bainha), que consistirá no
preenchimento do furo com calda de cimento, sem desenvolvimento
de pressão. Essa etapa tem a função de preencher o espaço anelar entre
o corpo do tirante e a parede do furo ao longo de todo o seu
comprimento e que, após adquirir alguma resistência, irá impedir que
a calda de cimento proveniente de injeções subsequentes flua para a
parte externa do maciço nesse espaço anelar. O embainhamento poderá
ser necessário antes da retirada do revestimento e, em alguns casos,
recomendáveis antes mesmo da instalação do tirante no furo.
 Observado um intervalo de tempo mínimo da ordem de dez a doze
horas após a execução da bainha, inicia-se a fase de injeção com
pressão controlada, conhecida como injeção primária. Normalmente
ocorre no dia seguinte. Para aplicação da injeção primária se fará a
introdução de uma coluna de hastes dotada de obturador duplo, no
interior do tubo de injeção e inicia-se a injeção a partir da válvula mais
profunda. A injeção primária exige inicialmente a ruptura da bainha.
Nessa etapa poderão ser necessárias mais do que uma fase de injeção
de formação do bulbo. Tudo será definido em função das pressões de
injeção atingidas em cada fase. Se a pressão de injeção atingida na 1a
fase (primária) for considerada insuficiente para ancorar o tirante, será
necessário no dia seguinte realizar a 2ª fase (secundária) e assim
sucessivamente até que as pressões sejam consideradas adequadas para
a ancoragem. A pressão necessária para esta ruptura depende
fundamentalmente da resistência à compressão simples de cada bainha
e sua espessura. Uma vez rompido esse anel, a pressão manométrica
em geral cai para um valor que depende da compacidade ou da
consistência do solo ao redor. São esses volumes e pressões de injeção
que garantam a perfeita ancoragem do trecho fixo do tirante ao terreno
local. A defasagem de tempo entre etapas consecutivas de injeção será
da ordem de dez a doze horas. Ao final de cada fase de injeção sempre
deverá ser feita a limpeza dos tubos de injeção dos tirantes.
 Finalizada a etapa das injeções e após a cura do cimento (três dias para
cimento ARI e sete dias para cimento comum), pode-se instalar a
cabeça de ancoragem, acoplada junto ao paramento de contenção para
realização das protensões. As protensões devem ser executadas por
macacos hidráulicos devidamente calibrados, compatíveis com as
cargas de testes dos tirantes e com sua composição estrutural. De
acordo com a Norma Brasileira (NBR 5629), todos os tirantes, de uma
obra devem ser submetidos a ensaios de protensão (exige que 90% dos
tirantes provisórios sejam ensaiados no campo com carregamento de
pelo menos 1,2 vez a carga de trabalho e 10% deles a 1,5 vez a carga
de trabalho enquanto que para os tirantes permanentes, 90% devem ser
testados a 1,4 vez a carga de trabalho e 10% a 1,75 vez essa mesma
carga). Esta norma estabelece procedimentos para a protensão dos
tirantes e para aceitação destes no campo. Essas normas são diferentes
para tirantes provisórios e definitivos, havendo algumas diferenciações
entre os tipos de ensaios e em que intensidades deverão ser testados.
Para os casos de tirantes definitivos, haverá a necessidade de se
proteger a cabeça com acabamento de concreto em forma de bloco
trapezoidal, que é o mais usual.
 Se for tirante definitivo, atentar-se à manutenção já que, como
elemento de contenção, submetido à carga de tração plena
ininterruptamente, fica sujeito a um desgaste maior do aço por fadiga
e assim se expõe mais ao processo de corrosão. É claro que todos esses
fatores são considerados no dimensionamento dos materiais que
compõem o tirante, entretanto, há que se levar em conta o contexto de
cada obra e de cada utilização desse elemento de contenção. Em caso
de tirantes provisórios, depois de concluído os serviços da obra, pode-
se desativá-lo.

Bibliografia
ABNT, NBR 5629. Execução de tirantes ancorados no terreno [S.l.: s.n.], 1996.
Disponível em:
<https://www.ebah.com.br/content/ABAAABdoYAF/nbr-5629> Acessado em:
15/05/2019.
ABNT, NBR 5629. Execução de tirantes ancorados no terreno [S.l.: s.n.], 2006.
Disponível em:
< https://www.passeidireto.com/arquivo/36062819/nbr-5629-2006-execucao-de-
tirantes-ancorados-no-terreno-pdf> Acessado em: 15/05/2019.
DIAS, PAULO; YASSUDA, CARMO. Fundações Teoria e Prática - 2° edição,
cap 17: Tirantes, 1998.
NARESI, FUNDAÇÕES E GEOTÉCNIA. Disponível em:
<https://sites.google.com/site/naresifundacoesegeotecnias/102-entendendo-a-norma-de-
tirantes> Acessado em: 15/05/2019.
PINI, REVISTA TECHNE. Tecnologia Tirantes. Disponível em:
<http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/123/artigo286420-1.aspx> Acessado em:
15/05/2019.

Potrebbero piacerti anche