Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO
PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Governador: Jarbas de Andrade Vasconcelos
Recife, 2001
Copyright © 2001 by CPRH/GTZ
É permitida a reprodução parcial da presente obra, desde que citada a fonte
Conselho Editorial
Evângela Azevedo de Andrade
Francicleide Palhano de Oliveira
Maria Madalena Barbosa de Albuquerque
Consultorias:
CLEV Engenheiros Associados S/C Ltda
NEOTEX Consultoria Energética e Ambiental Ltda
Equipe Técnica:
Alíria Maria Carneiro da Cunha
Andréa Gonçalves da Cruz Gouveia Lima
Maria Cândida Portela Ferreira da Costa
Carlos Fernando de Oliveira Moraes
Gilson Lima da Silva
Maria das Graças Cruz Mota
Maria do Rozário Cézar Malheiros
Ricardo Jorge Campos Pessoa
IMPRESSO NO BRASIL
ISBN: 85-86592-09-9
PREFÁCIO ....................................................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
PREFÁCIO
A uniformização dos procedimentos de licenciamento e fiscalização é um dos grandes desafios que o
Projeto Controle Ambiental no Estado de Pernambuco, viabilizado através do convênio de coopera-
ção técnica entre Brasil e Alemanha e executado pela Companhia Pernambucana do Meio Ambiente
(CPRH) e a Sociedade Alemã de Cooperação Técnica (GTZ), está procurando atingir para tornar mais
eficiente e ágil a atuação da CPRH no controle ambiental em Pernambuco. Neste contexto foram
elaborados inicialmente os Manuais de Licenciamento e Fiscalização Ambiental e de Diretrizes para
Avaliação de Impactos Ambientais.
Nesta oportunidade apresentamos o Roteiro Complementar de Licenciamento e Fiscalização para a
Tipologia Têxtil, elaborado pela firma CLEV Engenharia e associados, revisado e complementado
pela firma NEOTEX - Consultoria Energética e Ambiental Ltda., com o apoio da equipe técnica de
Controle Industrial da CPRH, o qual visa complementar os manuais mencionados com informações
técnicas específicas para o licenciamento e fiscalização desta tipologia industrial.
Acreditamos que este roteiro além de oferecer várias informações básicas sobre esta tipologia indus-
trial, serve de guia prático para o trabalho rotineiro dos técnicos da CPRH, além de servir como
referencia e subsídio técnico para outras instituições públicas e privadas vinculadas as atividades de
licenciamento e fiscalização ambiental.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo propiciar informações a respeito dos diversos processos realizados
pela indústria têxtil, sempre relacionados a questão do meio ambiente. Para isto, apresenta o levanta-
mento de algumas regulamentações nacionais e internacionais, englobando parâmetros de lançamento,
assim como tendências dos diversos processos têxteis. Recomenda padrões adequados para a fiscali-
zação da tipologia têxtil e elabora procedimentos necessários ao licenciamento ambiental, tanto de
empresas existentes como de novas indústrias do ramo.
As recomendações não representam as exigências mais rigorosas em nível mundial, mas aquelas passí-
veis de atendimento face ao estágio de desenvolvimento regional e nacional. Permitem, entretanto,
aumentar o rigor, à medida que as exigências de qualidade ambiental da região o necessitarem.
A indústria têxtil, com os seus mais variados processos, cada qual com suas características próprias,
apresenta uma elevada diversificação de fluxos produtivos, matérias-primas e produtos químicos uti-
lizados. Em razão dessa grande gama de variantes, é impraticável a descrição detalhada de todos os
processos. Neste trabalho, portanto, são abordados de forma mais detalhada apenas os principais
processos, enquanto os demais são somente citados.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
12
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
13
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
14
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Continuação
Polímeros Poliamida
sintéticos
Policarbamida
Policloreto de
vinilideno
Policloreto de vinila
Policlorofluoreti-leno
Poliéster
Poliestireno
Politetrafluoretileno
Poliuretano
Vinal
Vinilal
Fibra de
carbono
Fibra
metálica
Fibra de
vidro
Lã de Escória
Lã de rocha
Fonte: ABNT - CB-11-1975 : Fibras Têxteis: Classificação, Terminologia e Simbologia
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
15
Para a obtenção dos artigos têxteis desejados, são necessários vários processos, que podem ser
subdivididos de acordo com a Tabela 2:
TABELA 2: PROCESSOS TÊXTEIS
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
16
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Continuação
Lavação
Centrifugação
Hidroextração / amaciamento
Secagem
Calandragem
Compactação
Peluciamento
Ramagem
Chamuscagem
Navalhagem
Estampagem Contínua a quadros
Contínua de cilindros
Localizada manual
Localizada automática
Termofixação
Corte Manual
Automático
Confecção Overlock
Cobertura
Reta
Prega-botão
Bainha
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
17
Para melhor visualização do processo, o beneficiamento, uma das etapas de produção, é subdividido
na Tabela 3.
TABELA 3: BENEFICIAMENTO
2.2.1 ABERTURA
As matérias-primas, notadamente o algodão (em função de ser a fibra mais consumida mundialmente),
apresentam-se na forma de fardos compactados, com peso em torno de 200 kg cada, assim como
outras fibras, a exemplo do linho e do poliéster.
Os fardos são transportados em empilhadeiras, do depósito até a sala de abertura e, ali, são dispostos
lado a lado. A abertura é feita por um equipamento, automático ou manual, que coleta pequenas
porções de cada fardo e as submete a batimentos para remoção de impurezas. Essas impurezas, que
consistem de cascas, galhos, folhas, areia e barro, entre outras, são removidas - em grande parte -
nesses batedores.
Dos batedores, as fibras são transportadas aos processos de cardagem. Geralmente o transporte é
realizado por tubulações ou manualmente, na forma de mantas.
Nessa etapa inicial de fiação são gerados resíduos sólidos, formados de fibras e impurezas, conforme
já descrito. Esses resíduos provêm do sistema de limpeza do ar ambiente ou dos próprios batedores.
2.2.2 CARDAGEM
A cardagem propicia a obtenção de uma mecha de fibras. Sua finalidade é a limpeza mecânica das
fibras, assim como o início do processo de estiramento e torção, princípios destinados a obtenção das
qualidades finais dos diversos tipos de fios. Na foto n.º 17 (anexos), o equipamento pode ser visualizado.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
18
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Assim como na sala de abertura, as cardas produzem o mesmo tipo de resíduos sólidos, que também
são separados por filtração do ar ambiente, bem como da própria máquina.
2.2.3 UNIFORMIZAÇÃO
A uniformização da qualidade das fibras é realizada nas reunideiras ou passadores. Sua função é efetuar
a mistura de várias mechas (das cardas) para a obtenção de uma nova. Isso é realizado com a passa-
gem de várias mechas (4, 8 ou 16) por um sistema de junção, com posterior estiramento e torção,
para a obtenção de mechas com melhor uniformidade. O equipamento pode ser visualizado na foto
n.º 12 (anexos).
Nessa etapa de produção são gerados, também, resíduos sólidos, embora com menor intensidade
que nas demais.
2.2.4 MAÇAROQUEIRA
As maçaroqueiras tem por finalidade a transformação das mechas em fios, ainda de grandes dimen-
sões, chamados de pavios, com cerca de 3 a 5 mm de espessura. A transformação das mechas em
pavios se dá por estiramento e torção, cujo processo é totalmente mecânico.
A geração de resíduos nessa área ocorre basicamente no sistema de filtragem e limpeza do ar ambien-
te, através dos filtros tipo manga ou centrais de climatização.
2.2.5 PENTEAÇÃO
É denominado fio penteado aquele que é submetido a um processo mecânico de segregação das fibras
curtas, realizado por um equipamento conhecido por penteadeira. Isso é feito através de um proces-
so de penteação, onde os pentes retêm as fibras curtas que são segregadas. As fibras longas remanes-
centes, por sua vez, são novamente transformadas em mechas.
Os resíduos dessa etapa (as fibras curtas) são direcionados novamente à sala de abertura e, então,
misturadas às demais fibras.
2.2.6 FIAÇÃO
Os filatórios, equipamentos responsáveis pela obtenção do fio desejado, constituem-se de dois tipos
principais: filatórios a anéis e filatórios a rotor, que geram as fiações convencionais e as fiações open-
end, respectivamente.
O processo de fiação consiste de estiramento seguido de torção, onde o pavio é transformado em fio
(no caso da fiação convencional, conforme foto n.º 18, contida nos anexos) ou a mecha é transformada
em fio (no caso da fiação open-end, conforme foto n.º 19 contida nos anexos). Esse processo,
normalmente, requer determinadas condições de temperatura e umidade relativa do ar ambiente. É
principalmente nessa etapa (eventualmente nas etapas anteriores), portanto, que se empregam siste-
mas de ar condicionado. Os equipamentos podem ser visualizados nas fotos n. os 9 (filatório a rotor) e
10 (filatório a anel).
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
19
2.2.7 CLIMATIZAÇÃO
Conforme descrito anteriormente, as fiações requerem determinadas condições de temperatura e
umidade relativa do ar ambiente. Essas condições podem ser obtidas por refrigeração adiabática ou
refrigeração mecânica.
Os processos de climatização do ar ambiente de fiações e/ou tecelagens, normalmente utilizados,
estão demonstrados nos fluxogramas contidos nos anexos e podem ser concebidos com ou sem
termoacumulação. A termoacumulação consiste na produção de gelo em horários de menor custo e
maior disponibilidade de energia elétrica (normalmente na madrugada) e na utilização da energia acu-
mulada (gelo) nos horários de ponta (dias úteis, das 17:30h às 20:30h). Nos anexos, encontram-se
os fluxogramas dos processos de refrigeração.
Nos sistemas de climatização há dois circuitos de água. O primeiro, denominado água de refrigeração,
é responsável pelo resfriamento dos compressores (trocador de calor do tipo casco-tubo). A água
aquecida é bombeada a torres de resfriamento, onde ocorre a troca térmica entre o ar atmosférico e
a água. Nesse circuito de água de resfriamento, empregam-se alguns produtos químicos, dentre os
quais, algicidas, fungicidas, bactericídas, produtos anti-incrustação e produtos anticorrosão.
O segundo circuito, denominado água gelada, é responsável pelo resfriamento e lavação do ar ambien-
te (fiação e/ou tecelagem). È nesse circuito que ocorre a geração de resíduos sólidos (fibras), oriundos
dos lavadores e dos filtros secos de ar.
Os resíduos desse processamento, principalmente em relação às fibras, são removidos pelo sistema
de climatização, nos processos de filtragem do ar ambiente.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
20
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Na tabela seguinte, estão descritas as condições de temperatura e umidade relativa requeridas nos
diferentes processos.
2.2.8 ESPULAGEM
A função dessa etapa produtiva é transferir o fio dos pequenos tubetes da fiação convencional para
bobinas de maior tamanho. A tarefa é realizada em equipamentos denominados conicaleiras ou
bobinadeiras, onde são produzidos apenas resíduos de fios.
Para os teares antigos, ainda com lançadeiras, são produzidos tubetes denominados espulas, providos
do fio, que compõem a trama.
2.2.9 RETORÇÃO
A função da retorção é fornecer ao fio, já pronto, melhor resistência e qualidade. Como o próprio
nome sugere, a retorcedeira (equipamento utilizado nesse trabalho) torce o fio com a intensidade
necessária.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
21
Igualmente às conicaleiras, os resíduos dessa etapa são basicamente restos de fios, rompidos durante
o processo de retorção.
2.2.10 RASGADEIRAS
Os resíduos de corte (ou resíduos oriundos dos processos de fiação) podem ser reciclados e trans-
formados novamente em fios. Isso ocorre, primeiramente, no momento em que os retalhos de corte
são rasgados e transformados outra vez em fibras. Essas fibras, contudo, apresentam qualidade inferi-
or às fibras cruas e, portanto, o fio produzido com elas têm, necessariamente, menor resistência.
A reciclagem de retalhos de corte é uma atividade muito rentável e, tradicionalmente, é realizada em
fiações do tipo a rotor (open-end).
Os resíduos dessa etapa de produção constituem-se de, basicamente, fibras, fios e poeira, que são
captados e filtrados pelo sistema de climatização do ar ambiente.
2.2.11 URDIMENTO
Na tecelagem de tecidos planos são empregados fios de trama (transversais) e fios de urdume (longi-
tudinais). Os fios de urdume são preparados previamente em cilindros de grande diâmetro (1 a 1,3m),
nas máquinas urdideiras. É um processo mecânico cujos resíduos são apenas fios rompidos durante o
processamento. O equipamento é apresentado na foto n.º 15 (anexos).
2.2.12 ENGOMAGEM
Os fios de urdume necessitam de determinadas características físicas para minimizar o rompimento
durante os processos de tecelagem. Essas características são obtidas com a impregnação dos fios em
banhos de goma - sintética ou natural (amido). O consumo específico de gomas pode ser de até 6,7%
sobre o peso do fio seco. O equipamento é apresentado na foto n.º 1, contida nos anexos.
São utilizados diferentes tipos de goma, a saber:
amido;
amido modificado;
carbóxi-metil-celulose;
gomas naturais;
copolímeros acrílicos;
polivinil álcool;
acetato de polivinila; e
poliésteres solúveis em água.
Após a impregnação nos banhos de goma, os fios são secados e novamente enrolados em cilindros de
grande diâmetro.
Nessa etapa de produção são originados resíduos da lavação das engomadeiras e restos de banhos de
goma. Esses resíduos apresentam elevada carga orgânica e, por isso, devem ser reutilizados ou envi-
ados ao sistema de tratamento de efluentes líquidos.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
22
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
A tabela à seguir indica, para cada tipo de goma, os valores específicos de DQO e DBO.
2.2.15 MERCERIZAÇÃO
É um tratamento físico-químico que envolve a impregnação do material têxtil, sob tensão, com solu-
ções alcalinas em condições de temperatura e concentração rigorosamente controladas. Seu objetivo
é o aumento do brilho e da absorção de água e de corantes, além da melhoria da resistência à tração
e da estabilidade dimensional.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
23
2.2.16 CAUSTIFICAÇÃO
É um processo de pré-tratamento semelhante à mercerização, mas com efeitos mais simples. Utili-
zam-se os mesmos produtos químicos que na mercerização, contudo em concentrações menores e,
eventualmente, associados a hidróxido de potássio.
A caustificação apresenta consumos de hidróxido de sódio que variam de 50g a 100g/kg de produto
têxtil seco.
2.2.17 DESENGOMAGEM
Consiste na eliminação de gomas aplicadas durante as operações de preparação de fio de urdume para
a tecelagem de tecidos planos.
Há três tipos de desengomagem e insumos para gomas derivados do amido: enzimática, com a aplica-
ção de a-Amilase e tensoativos a uma temperatura de 25 a 70 oC; por hidrólise ácida, com a aplicação
de ácidos minerais a temperatura de 20 a 50 oC; ou por oxidação, que pode ser feita simultaneamente
com o processo de alvejamento, utilizando peróxido de hidrogênio, hipoclorito de sódio ou clorito de
sódio.
Para a desengomagem de gomas hidrossolúveis, emprega-se a lavagem com água à ebulição, utilizando
produtos tensoativos.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
24
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Os efluentes líquidos desse processo são formados por essas gomas e fornecem elevada carga orgâ-
nica, que geralmente são minimizadas ao máximo. Esses efluentes devem ser conduzidos ao devido
sistema de tratamento de efluentes.
Receitas básicas para processos de desengomagem:
Receita típica 1:
Enzima 120 g/kg
Cloreto de Sódio 16 g/kg
Umectante 40 g/kg
Receita típica 2:
Hidróxido de Sódio 50% 160 - 480 ml/kg
Peróxido de Hidrogênio 130 vol. 160 - 240 ml/kg
Umectante 80 g/kg
Estabilizante de Peróxido 16 - 40 g/kg
Antiespumante 1,6 - 4 g/kg
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
25
2.2.19 ALVEJAMENTO
É descrito como um tratamento químico empregado na descoloração de materiais têxteis que se
deseje branquear. Já brancos, os artigos podem, ainda, receber um tratamento com branqueamento
óptico, para realce do grau de brancura.
O alvejamento é aplicado em materiais têxteis de todas as origens, na forma de flocos, fios, tecidos ou
malhas e em diversas formas de acondicionamento.
O alvejamento pode ser conseguido por:
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
26
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
2.2.20 TINGIMENTO
É o processo de coloração dos substratos têxteis, de forma homogênea, mediante a aplicação de
corantes. Como regra geral, divide-se o processo de tingimento em três etapas, nas quais ocorrem os
seguintes processos de natureza físico-química: migração, absorção e difusão/fixação do corante. Na
primeira etapa, o corante migra do meio em que se encontra diluído para a superfície da fibra. Ao
estabelecer-se o contato do corante com a fibra, inicia-se a sua adsorsão pelas camadas superficiais do
substrato têxtil. O corante absorvido difunde-se no interior da fibra e fixa-se nela por meio de ligações
salinas, pontes de hidrogênio, força de Van Der Walls ou ligações covalentes, dependendo da natureza
do material polimérico que a constitui e do tipo de corante empregado.
Nas várias etapas que se sucedem, a temperatura desempenha um importante papel ao lado da influ-
ência de produtos químicos auxiliares (sais, tensoativos, ácidos, bases, etc.) da ação mecânica causada
pela agitação do banho de tingimento e do substrato têxtil em processamento.
As matérias colorantes utilizadas nos processos de tingimento e estampagem são classificadas em dois
grandes grupos: corantes e pigmentos. São denominados corantes as matérias coloridas de alta con-
centração, solúveis no veículo do tingimento ou estampagem, geralmente água. Os corantes são clas-
sificados segundo sua composição química e método de aplicação. Os pigmentos são matérias insolú-
veis no veículo de tintura ou estampagem e fixam-se no substrato têxtil por meio de uma resina que
estabelece sua ligação com as suas fibras.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
27
Uma vez ligado à molécula do corante, o grupamento diclorotriazinil pode perder mais um átomo de
cloro por reação com outros compostos (tal como uma amina aromática), resultando num corante
monoclorotriazinil. Esse tipo de corante, embora seja menos reativo que o dicloroazinil, ainda reage
prontamente com as fibras celulósicas, requerendo, porém, processos de aplicação a quente.
c) CORANTES DISPERSOS
Em 1922, a British Dyestuffs Corporation introduziu no mercado uma classe especial de corantes
para acetato de celulose, um material recém-lançado na época. Tecnicamente, os corantes dispersos
são definidos como substâncias insolúveis em água, que têm afinidade com uma ou mais fibras
hidrofóbicas, a exemplo do acetato de celulose, geralmente aplicado a partir de uma fina disper-
são aquosa. São também empregados para tingir náilon, triacetato, acrílicos e, principalmente,
poliéster.
O desenvolvimento de técnicas modernas de dispersão mecânica, como o moinho de areia e o uso de
dispersantes mais efetivos, produz dispersões mais concentradas. A escolha de um agente dispersante
adequado permite que esses corantes sejam comercializados secos, na forma de pós, facilmente
redispersáveis.
d) CORANTES DIRETOS
São corantes que foram originalmente concebidos para tingir algodão. Formalmente, são definidos
como corantes aniônicos para celulose, quando aplicados a partir de um banho aquoso contendo um
eletrólito. O primeiro corante direto foi o vermelho do Congo, sintetizado em 1884.
Os corantes diretos apresentam a maneira mais simples de colorir materiais celulósicos, uma vez que
são aplicados a partir de um banho neutro ou levemente alcalino, próximo ou no ponto de ebulição, no
qual são aplicados cloreto ou sulfato de sódio em quantidade e intervalo de tempo apropriados.
e) CORANTES ÁCIDOS
São corantes bastante solúveis em água, cuja aplicação se dá em fibras nitrogenadas como a lã, seda,
couro e algumas fibras acrílicas. Não são recomendados para algodão, uma vez que não possuem
afinidade com fibras celulósicas, sendo, entretanto, largamente empregados para o náilon. Possuem
uma ampla gama de coloração e, também, as mais diversas propriedades com relação ao tipo de
tingimento e solidez.
Alguns corantes ácidos são metalizados, isto é, possuem um ou mais íons metálicos em sua estrutura
molecular, formando um complexo metálico muito estável.
Tais corantes são absolutamente indispensáveis para certas aplicações na indústria têxtil. A estabilidade
desses complexos é tal que esses corantes permanecem intactos durante o processo de tingimento,
mesmo sob severas condições de uso, não liberando o metal de sua estrutura mesmo que haja flutuações
dramáticas de pH e temperatura.
f) CORANTES BÁSICOS
São corantes solúveis em água que produzem soluções coloridas catiônicas devido a presença de
grupamento amino (>NH2). Apenas básico, a berberina (C.I. Natural Yellow 18) é conhecida por
ocorrer na natureza, mais muitos dos primeiros corantes sintetizados, incluindo a Malveína (o primei-
ro corante sintético produzido em escala comercial), são corantes básicos.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
28
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Suas aplicações são para a lã, seda, fibras acrílicas e acetato de celulose. Para aplicações em algodão é
necessário o uso de um mordente.
Os corantes básicos apresentam cores bastante vivas e alguns são mesmo fluorescentes. Entretanto,
devido a sua pouca solidez (principalmente à luz) e também à existência de produtos no mercado com
propriedades muito superiores, seu uso têxtil é bastante reduzido.
Os corantes básicos têm sofrido forte pressão do mercado quanto a segurança de seu manuseio, já
que grande parte desses corantes utiliza a benzidina (CAS-92-87-5) como matéria-prima, produto
reconhecidamente carcinogênico.
(CAS - Chemical Abstracts Service )
g) CORANTES AO ENXOFRE
São produtos insolúveis em água, lançados comercialmente em 1873. A aplicação dos corantes ao
enxofre assemelha-se a dos corantes à tina, devendo ser inicialmente reduzidos a uma forma solúvel,
quando passam a ter afinidade com fibras celulósicas. Após o tingimento, são trazidos à sua forma
original, insolúvel por oxidação. Possuem uma boa solidez à luz e lavagem, mas resistem muito pouco
ao cloro.
h) CORANTES MORDENTES
Podem ser considerados uma subclasse dos corantes ácidos. Combinam-se simultaneamente com a
fibra do substrato e com uma substância mordente (geralmente um complexo metálico de alumínio,
cromo, estanho ou ferro), formando uma ligação bastante forte.
i) CORANTES NATURAIS
São corantes obtidos a partir de substâncias vegetais ou animais, com pouco ou nenhum processa-
mento químico.
Os corantes naturais são, principalmente, do tipo mordente, embora existam alguns do tipo à tina,
solventes, pigmentos, diretos e ácidos. Não existem corantes naturais dispersos, azóicos ou ao enxofre.
A toxicología de corantes sintéticos não difere fundamentalmente dos corantes naturais, quando avali-
ados sob os mesmos critérios. Diferentemente dos corantes naturais, os corantes sintéticos possuem
composição definida e uniforme e são submetidos a testes toxicológicos antes de serem lançados no
mercado, o que faz com que as informações sobre suas propriedades sejam amplamente conhecidas
e bastante consistentes.
A principal utilização dos corantes naturais ocorre em tingimentos do tipo mordente, ou seja, esses
corantes não liberam sua cor nas fibras, a menos que estejam na presença de certos metais. Assim,
uma grande quantidade de sais minerais é necessária para se efetuar o tingimento e, consequentemente,
íons metálicos são liberados durante as fases de lavagem.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
29
a) PROCESSOS DESCONTÍNUOS
São processos de tingimento aplicados a quantidades definidas de material, relativamente pequenas,
em períodos determinados de tempo. Caracterizam-se pela relação de banho entre 1:1 (jigger) e
1:50 (barca).
As principais vantagens desses processos são :
boa equalização;
possibilidade de tratamento dos mais variados tipos de material, nas diferentes formas de
acondicionamento; e
utilização de equipamentos convencionais pouco especializados.
Como desvantagens, citam-se :
elevado consumo de água, produtos químicos e energia; e
ciclos demorados.
Os equipamentos mais utilizados em processos descontínuos são descritos a seguir:
JIGGER - Pode ser aberto ou fechado. Tem por princípio básico a circulação do tecido e trabalha
com R.B. (Relação de Banho) entre 1:1 e 1:5, com temperatura operacional máxima de 98oC.
TURBOSTATO - Pode ser vertical (próprio para mechas e fios em bobinas) e horizontal (apropria-
do para tecidos e malhas). São equipamentos fechados, para trabalho com pressão e alta temperatura,
onde o material têxtil permanece estacionário e o banho de tratamento circula; trabalha com relações
de banho que variam entre 1:5 e 1:12.
BARCA - Pode ser aberta ou fechada e trabalha com malhas ou tecidos em corda, fazendo-os circular
em banho estacionário. A relação de banho varia entre 1:10 e 1:50 e a temperatura operacional
máxima é de 98ºC.
JET - Pode trabalhar com ou sem pressão. É utilizado para malhas ou tecidos em corda e tem por
princípio a circulação tanto do material como do banho. Sua relação de banho varia entre 1:5 e 1:10 e
a temperatura operacional pode atingir 130oC.
ARMÁRIO - Pode trabalhar com ou sem pressão. É um equipamento específico para o tratamento de
fios em meadas e trabalha com relações de banho que variam entre 1:10 e 1:30, tendo por princípio
a circulação do banho.
OVERFLOW Assemelha-se ao jet. A malha é conduzida por ação hidrodinâmica, em escoamen-
to livre (não há o Venturi). O transporte é mais suave, a recirculação é promovida à razão de 1 a 2 por
minuto e o liquido em excesso é extravasado.
b) PROCESSOS CONTÍNUOS
São processos de tingimento aplicados seqüencialmente e de modo contínuo ao fluxo de produtos,
através de banhos curtos e renováveis, com posterior espremedura ou ativação de produtos impreg-
nados. É mais indicado para processos de grandes quantidades de material, tendo como vantagens a
alta produção e boa reprodutividade da cor, e, como desvantagem, o alto investimento.
Apresentam-se a seguir os principais tipos de processos contínuos..
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
30
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
31
3a - Montagem
Consiste na montagem do corante sobre a fibra. A solução corante, depois de preparada, é distribuída
nos dois extremos do tanque. Mistura-se bem e em seguida o tecido dá passes (o tecido é desenro-
lado de um cilindro, passa no banho e é enrolado em seguida em outro cilindro). A montagem do
corante sobre a fibra depende da afinidade entre ambos.
Para aumentar a substantividade do corante, coloca-se um eletrólito no banho. Após 30 minutos da
adição do sal, alcança-se o equilíbrio quase total da absorção substantiva do corante. O sal mais apro-
priado é o sulfato de sódio anidro.
4a - Fixação
Na ausência de álcalis, os corantes reativos não reagem com a celulose. É nessa fase que ocorrem as
reações entre os grupos reativos do corante e o grupo OH da celulose.
Com o corante já montado sobre a fibra, a fixação completa-se ao agregar-se o álcali. Os álcalis mais
utilizados são o carbonato de sódio e o hidróxido de sódio.
O corante que não se agrega à fibra fica hidrolizado e torna-se inútil à tintura.
O tempo de fixação depende da reatividade do corante, variando entre 60 e 90 minutos. A tempera-
tura também varia para cada tipo de corante, entre 45oC e 60oC.
5a - Ensaboamento e lavagem
Terminado o tempo de fixação, o tecido é lavado com água fria, água quente e depois é ensaboado,
sendo enxugado rigorosamente logo em seguida. A finalidade de enxaguar bem o tecido é retirar o
corante hidrolizado sobre a fibra, evitando problemas de desbotamento. Para cores fortes, se preci-
so, usa-se fixadores.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
32
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Continuação
Continua
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
33
Continuação
Tingimento: Tingimento
ácido e oxidante
semi-contínuo:
de 60 a 70 oC.
pad-batch
Lavagem: álcali e pad-jigger
detergente contínuo:
à ebulição. pad-steam
descontínuo:
jigger
barca, etc.
7.1 À tina Indigóides Fibras celulósicas em Tingimento: Estampagem
fios, tecidos ou malhas álcali, redutor, direta e por
Antraquinônicos
eletrólitos, reserva, com
igualizantes de 25 fixação por
a 90oC. vaporização.
Tingimento: Tingimento
oxidante e água
semi-contínuo:
de 20 a 25oC.
pad-batch
Lavagem: pad-jigger
detergente, álcali contínuo:
e água a 98oC
pad-steam
descontínuo:
jigger
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
34
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Continuação
Básicos Fibras de
poliacrilonitrilas: em
tops, fios ou malhas.
K = C f/C s
onde, em condições de equilíbrio
C f = concentração do corante na fibra
C s = concentração do corante em solução
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
35
Conclusão imediata: usar sempre corantes com elevado coeficiente de partição (afinidade), pois,
alcançada a condição de equilíbrio, uma grande parcela do corante migra para a fibra.
A exaustão é dada pela seguinte expressão:
E = K/(K+L)
onde:
K =afinidade
L = relação de banho (l/kg)
Conclusão imediata: usar sempre corantes com máxima afinidade e mínima relação de banho.
A fixação é medida em porcentagem e indica a quantidade do corante aplicado que foi retida (fixada) na
fibra.
Valores típicos de afinidade e fixação para
diversos corantes
Corante K Fixação (%)
Ácido 130 80-93
Azóico 200 90-95
Básico 700 97-98
Direto 100 70-95
Disperso 120 80-92
Reativo 50 50-80
Enxofre 50 60-70
Vat (Tina) 130 80-95
Ref. Bibliográfica # 19.
Veja-se um exemplo, mantendo fixa a relação de banho, de como varia a exaustão em função da
afinidade:
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
36
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
No exemplo seguinte, para uma afinidade constante, vê-se como varia a exaustão em função da relação
de banho:
2.2.21 LAVAGEM
Os processos de lavação, para artigos alvejados ou tingidos, requerem a utilização de vários produtos
químicos auxiliares, como detergentes, sabões, seqüestrantes, neutralizantes, dentre outros. Os pro-
cedimentos são realizados, normalmente, nos mesmos equipamentos onde ocorrem o alvejamento
ou tingimento, ou, ainda, em equipamentos especialmente designados para essas tarefas.
Os efluentes provenientes dos processos de lavação, principalmente os primeiros banhos, apresen-
tam elevada concentração de poluentes, corantes e produtos auxiliares, os quais devem, obrigatoria-
mente, ser enviados ao sistema de tratamento para depuração.
Uma receita típica de lavação contém:
Ácido Acético 16 ml/kg
Detergentes 8 ml/kg
Seqüestrante 4 g/kg
2.2.22 CENTRIFUGAÇÃO
Os artigos têxteis, após serem devidamente tingidos ou alvejados, geralmente apresentam-se com
excesso de água, devendo ser secados. Contudo, devido a grande quantidade de água, é necessária a
sua extração por processo mecânico, o que é realizado em centrífugas.
Os efluentes desse processo, basicamente água limpa, geralmente são conduzidos aos sistemas de
tratamento. Porém, em função da pequena presença de contaminantes, essas águas podem ser
reaproveitadas em outros processos. Para isso, após serem segregadas das demais águas, elas devem
ser reconduzidas aos pontos de consumo.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
37
2.2.24 SECAGEM
A secagem de artigos têxteis tem por finalidade a remoção da umidade restante dos processos úmidos
anteriores. A secagem é realizada em secadores, onde a fonte de calor é proveniente de vapor ou
queima direta de gás, por exemplo. Na foto n.º 6 encontra-se um exemplo de secador de artigos
têxteis.
Além da secagem, os secadores também são responsáveis pelos efeitos de pré-encolhimento dos
artigos, principalmente os de algodão.
Os resíduos dessa operação são as emissões gasosas, principalmente quando da queima de gás e,
eventualmente, os amaciantes que volatilizam durante o processo térmico de secagem.
2.2.25 CALANDRAGEM
Realizado em equipamentos denominados calandras, esse processo tem por objetivo o alisamento dos
artigos têxteis, mediante o aquecimento de cilindros pelos os artigos passam.
O aquecimento dos cilindros é proveniente de vapor saturado a baixa pressão, assim como da injeção
de vapor direto sobre os tecidos.
Além do alisamento dos tecidos, o processo de calandragem serve para conformar as medidas dos
tecidos, seja na largura como na sua gramatura.
2.2.26 COMPACTAÇÃO
Assim como na calandragem, a compactação tem a função de conformar as medidas dos artigos
têxteis, porém de forma muito mais eficaz. Também se utiliza vapor a baixa pressão para aquecimento
dos cilindros e vapor direto sobre os tecidos.
2.2.27 PELUCIAMENTO
Tem como função propiciar a determinados artigos têxteis um efeito tátil agradável, notadamente em
artigos de algodão tipo moleton. Por intermédio de cilindros com pequenas garras que giram em alta
velocidade, os artigos têxteis são raspados (ao contato com essas garras) e obtêm um acabamento
tipo peluciado.
Como resíduo dessa operação, ocorrem a formação de penugens, que são removidas dos equipamen-
tos por sucção e encaminhadas a um sistema de filtragem, tipo filtro de mangas.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
38
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
2.2.28 RAMAGEM
É um tratamento térmico aplicado a materiais têxteis sintéticos, para a obtenção de estabilidade
dimensional, podendo ser a seco ou úmido.
A termofixação a seco é efetuada com ar aquecido, por contato com superfícies aquecidas ou por
radiação de calor (as principais fontes de calor são: fluído térmico, vapor e energia elétrica). Nesse
processo, pode ou não ocorrer o controle das dimensões do material, mediante o controle das ten-
sões a que o tecido é submetido. No caso de tecidos e malhas, a termofixação com controle dimensional
é efetuada em ramas, com pinças ou agulhas.
A fixação com água quente é empregada em certos tipos de fios, malhas e tecidos texturizados, para
a obtenção do efeito High Bulk (entumescimento das fibras) em fios de acrílico.
A fixação por meio de vapor (vaporização) é destinada a estabilizar as dimensões dos materiais têxteis
e melhorar suas qualidades táteis. No caso de fibras acrílicas, a vaporização é efetuada em reatores
especiais para a obtenção do efeito High Bulk. Em tecidos de malhas, a vaporização é feita em
calandras com cuba de vapor e, em tecidos confeccionados, é feita em prensas ou em moldes com
injeção de vapor.
2.2.29 CHAMUSCAGEM
É um processo de beneficiamento que visa eliminar, mediante a queima, as fibras protuberantes na
superfície de materiais têxteis, produzindo melhora na aparência, diminuição da formação de pilling
(formação de pequenas bolinhas sobre os tecidos ou malhas) e melhoria da sensação tátil.
Nessa operação são originadas emissões gasosas pela queima de gás, geralmente o GLP (gás liquefeito
de petróleo). A água utilizada para o resfriamento dos cilindros da chamuscadeira ou do manchão da
sanforizadeira deve ser incluída no programa de reciclagem.
2.2.30 NAVALHAGEM
Processo que permite cortar as pontas das fibras protuberantes da superfície de tecidos, dando maior
homogeneidade ao material têxtil e impedindo a formação de defeitos em processos de beneficiamento
subseqüentes.
Com esse processo, obtém-se tecidos felpudos, aveludados e sem pontas de fibras e fios soltos na
superfície.
2.2.31 ESTAMPAGEM
A estampagem fornece um desenho próprio aos artigos têxteis e pode ser localizada ou distribuída
sobre os tecidos. Após a impressão dos motivos sobre os tecidos, normalmente empregam-se pro-
cessos térmicos para fixação das estampas.
As pastas de estampagem contêm pigmentos e produtos auxiliares, conforme os dois exemplos típi-
cos apresentados a seguir.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
39
Pasta típica 1:
Ligante 100 g/kg
Espessante 35 g/kg
Pigmento 40 g/kg
Solvente (água) 825 g/kg
Pasta típica 2:
Uréia 100 - 200 g/kg
Bicarbonato de sódio 30 - 40 g/kg
Antiespumante 10 - 30 g/kg
Alginato de sódio 20 - 80 g/kg
Seqüestrante 10 - 30 g/kg
Corante (pigmento) 10 - 50 g/kg
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
40
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Para gravar ou fixar o desenho sobre os cilindros ou telas, procede-se da seguinte maneira:
preenche-se a tela ou cilindro com uma laca fotossensível;
sobre a tela ou cilindro preenchido com a laca, procede-se à fixação do negativo;
expõe-se esse conjunto a uma fonte de luz ultravioleta;
nas áreas onde a luz incide, a laca polimeriza-se, fixando-se à tela;
nas demais áreas, a laca não é polimerizada e, então, é removida por intermédio de lavação; e
dessa maneira, obtém-se as telas ou cilindros utilizados nas estampagens.
Há uma técnica mais moderna de gravação de quadros e cilindros que utiliza o raio lazer como fonte
para fixação da laca. Os desenhos são preparados em computador, que procede automaticamente a
fixação da laca, dispensando a confecção de negativos.
2.2.34 CONFECÇÃO
Após a etapa de corte, as peças são, nessa fase, unidas por intermédio de costuras para obtenção dos
produtos finais: camisetas, camisas, calças, toalhas, etc. Nessa etapa produtiva, originam-se pequenas
quantidades de resíduos sólidos, que são encaminhados para reciclagem.
2.2.35 EXPEDIÇÃO
Todos os artigos confeccionados são estocados em locais apropriados para posterior expedição. A
etapa de expedição refere-se à preparação dos pedidos de acordo com a solicitação dos clientes da
empresa. Os artigos têxteis são acondicionados, normalmente, em caixas de papelão. Nessa etapa, os
resíduos originados são constituídos basicamente de papelão (caixas de papelão danificadas), que é
segregado e encaminhado para reciclagem.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
41
A seguir, exemplos de medidas de controle interno que podem ser adotadas por qualquer empresa do
setor têxtil.
Climatização / ventilação (com controle da temperatura e da umidade): indispensável ao controle
da grande quantidade de poeira gerada e que é responsável pela maior parte dos danos causados nos
equipamentos. Além do mais, o tipo de particulado em suspensão gerado por essa atividade industri-
al, aliado às condições do ambiente (seco e quente), podem causar combustão expontânea em alguns
setores de produção da empresa.
Manutenção das máquinas e equipamentos: embora sua importância seja reconhecida por qual-
quer empresa, aqui pretende-se ressaltar a necessidade de se conceberem planos regulares de manu-
tenção preventiva, tornando rotineira a execução periódica desses serviços.
Prevenção de incêndio: além das causas mencionadas no primeiro tópico, é importante que alguns
setores, como o das rasgadeiras, sejam mantidos limpos e organizados, tendo em vista a grande
geração de retraços e fibras de tecidos, que são materiais potencialmente perigosos de combustão.
Calibração de termômetros: é importante manter os termômetros calibrados, pois são eles que
controlam as temperaturas de processo. Isso possibilita a economia de combustível para geração de
vapor, além de evitar desperdícios de produtos químicos nos processos.
Regulagem dos teares: medida muito importante para evitar perda de matéria-prima (fios e fibras),
além de diminuir a geração de poeira e de resíduos sólidos.
Controle da concentração / recuperação do banho de soda: afora a economia de soda cáustica,
contribui para miniminar os impactos nos efluentes.
Controle de vazamentos: é uma medida de grande importância para evitar o desperdício de água e
produtos químicos, além de melhorar a qualidade dos efluentes e reduzir a sua carga.
Controle do pH / adição dos neutralizantes: evita desperdícios e diminui a geração de efluentes.
Regulagem dos cilindros espremedores: os cilindros bem regulados permitem maior eficiência na
extração de água e/ou produtos químicos.
Controle da relação de banho: o controle adequado das dosagens dos produtos químicos, além de
gerar economia para a empresa, diminui a carga de efluentes.
Utilização de dosadores automáticos: são equipamentos simples que proporcionam constância na
dosagem dos produtos químicos e, portanto, maior economia e menor geração de efluentes.
Separação e recuperação das águas de resfriamento e lavagem: a recirculação das águas e o
reaproveitamento de alguns produtos químicos devem constituir metas de todas as empresas, pois
representam grande economia e diminuição na geração de efluentes.
Controle da umidade do produto têxtil: diminuição do consumo de água, com o reaproveitamento
da água extraída do processo de centrifugação e, consequentemente, menor geração de efluentes.
Estamparia: propõe-se a utilização de pasta à base de água, em substituição à pasta à base de quero-
sene.
Controle da dosagem de (des)engomantes: economia de produtos químicos e diminuição da car-
ga orgânica.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
42
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Anteriormente à lavagem das caixas de goma (foulard de goma), deve-se - sempre que possível -
retornar a goma residual ao depósito, para reutilização.
Em tecelagens que operam com vários tipos de teares, há formulações diferentes para a goma. Um
programa de produção adequado pode evitar o descarte da goma do depósito, quando houver troca.
Em algumas indústrias, para contornar o problema, há dois ou mais depósitos. Os procedimentos aqui
assinalados nem sempre são exeqüíveis. Entretanto, deve-se considerar que se trata de um efluente
concentrado, com carga orgânica elevada, o que pode gerar forte impacto à ETE (Estação de Trata-
mento de Efluentes).
Controle da qualidade da água: esse controle deve ser mais rigoroso com a água destinada a
climatização, que deve ser de melhor qualidade para evitar problemas de incrustações, corrosões,
etc., nos sistemas de resfriamento.
Para o controle do consumo de água, recomenda-se que sejam instalados hidrômetros nos diversos
equipamentos.
São poucos as empresas que optam por gomas sintéticas (PVA ou policrilatos), recuperáveis através
de sistema de membranas. Uma indústria situada em Pernambuco, ao substituir a goma de amido pela
goma sintética, apresentou um ganho extraordinário: a DBO do efluente bruto sofreu uma redução de
50%. Uma redução de carga da ordem de 50% reproduz ganhos de igual proporção quanto à ener-
gia, nutrientes, polímeros e geração de lodo. As gomas sintéticas são compostos orgânicos estáveis e
refratários à degradação biológica e, necessariamente, devem ser recuperadas. A análise do tema do
ponto de vista ambiental indica que a falta dessa recuperação acarreta grande acréscimo na DQO do
efluente final tratado.
É importante que se dê preferência aos detergentes que apresentam menor DQO e cuja porcentagem
degradada (PD) seja superior a 80%, de acordo com a recomendação técnica Neotex NTN-018 (ver
Anexo 4).
Outras medidas para redução da poluição:
substituir ácidos orgânicos por inorgânicos (por exemplo, o ácido acético pelo gás carbônico); e
na escolha de dispersantes, emulsionantes, igualisantes e outros produtos, preferir os que apresen-
tam a menor DBO (ou DQO).
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
43
O diagrama a seguir foi apresentado pela Neotex à primeira turma do curso sobre Tratamento de
Águas Residuárias da Industria Têxtil, na CETESB, em 1989. Nele, sugere-se o procedimento
investigativo, ao qual deve ser submetido todo e qualquer produto antes de ser aceito pela indústria.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
44
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
PROCESSO
ETAPAS
DO
MEDIDAS DE
CONTROLE
INTERNO
Climatização/ventilação
(temp.+ umidade)
Manutenção das máquinas
e equipamentos
Prevenção de incêndio
Calibração de
termômetros
Regulagem dos teares
Controle da concentração
/ recuperação do banho
de soda
Controle de vazamentos
Controle do ph / adição de
neutralizantes
Regulagem dos cilindros
espremedores
Controle da relação de
banho
Utilizar dosadores au
tomáticos p/ produtos
químicos e corantes
Separação e reutilização
das águas de resfriamento
e lavagem
Controle do peróxido de
hidrogênio
Controle de umidade do
produto têxtil
Controle da dosagem de
(des)engomantes
Controle da qualidada água
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
45
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
46
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
O consumo de água em indústrias têxteis da Alemanha situa-se entre 60 e 200 l/kg de artigos têxteis,
conforme relato do Dr. Ing Thomas Stegmaier, do Instituto de Tecnologia Têxtil e de Processos -
Denkendorf, Alemanha.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
47
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
48
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Continuação
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
49
Continuação
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
50
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Continuação
Barcas 10 50
Jets 5 10
Overflow 5 12
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
51
* A relação de banho de um equipamento significa a relação entre o volume em litros do banho (de corantes e produtos auxiliares) e a
quantidade em kg do artigo têxtil a processar. Portanto, quando se fala numa relação de banho de 1:15, significa que para cada 1 kg de
artigo têxtil, são necessários 15 litros de banho (com corantes e produtos auxiliares).
* Para os seguintes casos (na fabricação): 35% dos produtos são mercerizados; 50% de produtos tingidos; e 14% de produtos estam-
pados.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
52
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
A qualidade e quantidade dos efluentes líquidos em função de diferentes tecidos sintéticos são apre-
sentadas na Tabela 11.
Raion 42 30 55 100
6,5 - 12,5
Acetato 75 45 40 100
Náilon 125 45 30 100
Acrílico 210 125 87 100
Poliéster 100 185 95 150
Fontes: 1- Masselli, J.W. et al. A simplification waste survey and treatment, New England
Interstate Water Polluition Control Comission, 1959; 2 - The cost of clean water. Washington,
DC, Federal Water Pollution Control Association, 1967 (Volume III, Industrial Waste Profiles
n.º 4 - Textile Mill Products).
A carga poluidora dos efluentes líquidos provenientes da industria têxtil pode ser classificada da seguin-
te maneira:
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
53
Metais pesados
A carga de efluentes têxteis por metais pesados é pouca, quando aplicado o alto padrão técnico
disponível hoje em dia. O cádmio é praticamente ausente e o mercúrio pode estar presente em
poucas quantidades (através de soda cáustica e ácido clorídrico produzidos por eletrodos de mercú-
rio);. cromo, cobalto e cobre podem chegar aos efluentes, dependendo do processo de tingimento
usado (em geral abaixo de 1 mg/l); e alguns processos de acabamento tipo wash and wear usam
zinco (poucos mg/l).
Hidrocarbonetos
Uma carga importante dos efluentes têxteis constituem-se de hidrocarbonetos provenientes da
engomagem dos fios e/ou acabamento do tecido.
Compostos orgânicos halogenados
Outra carga importante dos efluentes é formada por compostos orgânicos halogenados, que geral-
mente são medidos através do parâmetro AOX (compostos orgânicos halogenados adsorsíveis em
carvão ativado). Eles compõem uma gama de substancias diferentes, como hidrocarbonetos clorados,
PVC, pigmentos verdes (não tóxicos), fenóis clorados (tóxicos), etc. As principais fontes no processo
produtivo são o alvejamento, tingimento de fibras sintéticas e corantes reativos (contendo cloro).
Detergentes e agentes tensoativos
Essas substâncias são usadas como detergentes para lavagem, emulsificadores, agentes humidificantes,
agentes de correção no tingimento e agentes para aumentar a lisura e maciez do tecido. Muitas delas
não são biodegradáveis. Os agentes tensoativos (detergentes, emulsionantes e dispersantes) podem
ser os principais responsáveis pela toxicidade dos efluentes têxteis, e, dai, a necessidade de um crité-
rio rigoroso na escolha dos mesmos (vide item 2.3). Aminas quaternárias usadas, por exemplo, em
processos de amaciamento, são muito tóxicas e devem ser evitadas - sempre que possível.
Cor, Temperatura e pH
Os efluentes têxteis podem apresentar alterações intensas na coloração (dependendo dos colorantes
e pigmentos usados), na temperatura (às vezes acima de 40ºC) e no pH. Os efluentes provenientes de
um processo com lã mostram, normalmente, um pH baixo (ácido), enquanto processos com algodão
têm efluentes com pH altos (alcalino).
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
54
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Admitindo-se um mesmo valor para o SSV, veja-se um quadro comparativo entre três ETEs. A primei-
ra trata de efluentes lácteos (K = 16 a 30 d-1); a segunda de efluentes sanitários (K = 8 d-1) e a terceira
de efluentes têxteis (K = 2 a 6 d-1).
Para facilitar a compreensão, foi admitida a hipótese dos três efluentes, na condição bruta, apresenta-
rem a DBO de 1.000 mg/l.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
55
Um efluente sanitário, para alcançar uma remoção de carga da ordem de 80%, exige um tempo de 5
a 6 horas de residência no reator biológico.
Para um efluente lácteo, 3 horas são suficientes, para a mesma remoção de carga.
O efluente têxtil, de acordo com o respectivo diagrama, exige entre 16 e 17 horas.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
56
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
TABELA 12: FAIXAS DE EFICIÊNCIA PARA DIVERSOS PROCESSOS QUE, NORMALMENTE, SÃO
CONSEGUIDAS PARA DESPEJOS DA INDÚSTRIA TÊXTIL
TRATAMENTO PRIMÁRIO
Peneiramento 0-5 5 - 20
Equalização 0 - 20
Neutralização
Coagulação química (a remoção 40 - 70 40 - 70 30 90 90 97 0 - 70
depende dos produtos químicos
e das dosagens utilizadas)
Flotação 30 - 50 20 - 40 50 60 90 98
Sedimentação primária 5 - 15 15 - 60
TRATAMENTO
SECUNDÁRIO
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
57
Continuação
a) Tratamento primário
Essa fase do tratamento é composta, basicamente, por:
Grade de barras
Caixa de areia
Medidor de vazão
Separador de óleos e graxas
Peneiras
Tanque de equalização
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
58
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Observações:
1. Pode ser utilizado ainda, dependendo da necessidade, um decantador primário ou um flotador.
2. É nessa fase que é realizada a neutralização do efluente, podendo ser feita também a adição dos
nutrientes.
Via de regra, os contaminantes presentes no efluente têxtil encontram-se solubilizados. Assim, a ne-
cessidade de um decantador primário ou sistema de flotação justifica-se em casos excepcionais e
muito específicos.
Quadro comparativo entre a DBO total e a DBO solúvel em uma acabadora têxtil (algodão).
1 240 195
2 541 541
3 532 482
4 291 241
b) Tratamento secundário
É o tratamento biológico propriamente dito. É nessa etapa que a matéria orgânica contida no efluente
sofre a oxidação (processo aeróbico) ou fermentação biológica (processo anaeróbico), transforman-
do-se em substância simples.
No caso de lodos ativados, as unidades que compõem essa fase são o reator biológico ou tanque de
aeração, onde ocorre a oxidação da matéria orgânica, e um decantador secundário, onde acontece a
separação física do lodo do efluente final. A partir desse unidade, é feita a recirculação de uma parte do
lodo, que retorna ao reator, sendo o excesso retirado e enviado para o seu destino final.
A remoção da cor através do sistema de lodos ativados, dependendo dos corantes utilizados, pode
variar de 15 a 95%, sendo mais freqüente a remoção da ordem de 70%.
Convém enfatizar a necessidade do sistema ser dimensionado para um fator de carga (F/M) igual ou
menor que 0,15 d-1.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
59
O lodo descartado deve ser adensado e desaguado anteriormente à disposição final. Ver diagrama a
seguir, que apresenta, de forma simplificada, o sistema de tratamento indicado para efluentes têxteis.
Onde:
EQU Tanque de equalização (pulmão)
AERAÇÃO Reator biológico aeróbico
DEC Clarificador
AD Adensador ou espessador de lodos
CEN Sistema de desaguamento de lodos
Ponto 5 Reciclo de lodo
Ponto 6 Descarte de lodo
Ponto 7 Lodo espessado (já condicionado)
Ponto 8 Lodo desaguado
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
60
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
c) Tratamento terciário
Alguns efluentes exigem uma etapa complementar de tratamento, chamada de tratamento terciário ou
de polimento. Esse complemento é adotado quando se quer dar uma qualidade superior ao efluente
final, ao ponto de reaproveitá-lo, com a recirculação da água.
No caso das industrias têxteis, existe a necessidade de uma etapa complementar no tratamento,
destinada a retirar a cor do efluente final. A principal razão para esse pós-tratamento é a alteração das
características naturais do corpo receptor que, além de ser esteticamente desagradável, pode impe-
dir, dependendo da intensidade da cor, a penetração dos raios solares no meio aquático, alterando o
seu ciclo vital.
Atualmente, existem vários processos que podem ser adotados para a remoção da cor do efluente,
sendo os mais comuns a utilização do carvão ativado, a coagulação/floculação seguida de sedimentação
ou flotação (processo físico-químico), a utilização de ozônio e a cloração.
Dentre os exemplos citados, os mais econômicos são a utilização do carvão ativado e a coagulação/
floculação seguida de sedimentação.
Esses processos podem ser utilizados em conjunto (seqüenciadamente) ou apenas em uma das fases
do tratamento, como segue:
No pré-tratamento: o efluente pode sofrer uma coagulação/floculação seguida de sedimentação, antes
de entrar no reator biológico.
No tratamento secundário: pode-se adicionar o coagulante/floculante ou o carvão ativado diretamente
no reator biológico.
No tratamento terciário: Após passar pelo tratamento biológico, o efluente recebe o floculante/
coagulante e, depois da sedimentação, pode ainda passar por um filtro de carvão ativado. Pode-se,
ainda, dependendo da vazão, passar os efluentes apenas por um filtro de carvão ativado.
Deve-se observar que embora a remoção de DBO seja favorecida nos dois primeiros casos - redução
de cerca de 70%, a geração de lodo é muito grande, o que pode causar maiores inconvenientes
quanto a sua disposição final. Já no último caso, a geração de lodo será menor, além de apresentar
maior eficiência final no tratamento.
Quando o tratamento físico-químico é realizado a montante do biológico, a geração de lodo chega a
ser 10 vezes maior (Ref. Bibliográfica # 3).
Analisando os processos listados, tem-se:
O carvão ativado, conquanto eficiente, é inviabilizado pelo elevado custo.
A coagulação química, além de onerosa, gera grande quantidade de lodo.
Quanto a cloração, esta deve, necessariamente, ser seguida de decloração, cujo custo é muito
elevado.
A ozonização tem a vantagem de apresentar um custo operacional reduzido, elevada eficiência
e não gerar lodo. Em contrapartida, tem um custo inicial elevado, que é o gerador de ozônio.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
61
A seguir vê-se o resultado dos ensaios realizados em uma planta têxtil no Rio Grande do Sul, com o
emprego de ozônio no efluente final da ETE de lodos ativados.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
62
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
As empresas consultadas foram: Hering Têxtil S.A. - Bom Retiro; Hering Têxtil S.A. - Itororó; Compa-
nhia Têxtil Karsten; TEKA S.A.; Linhas Circulo; Sulfabril S.A.; Artex S.A.; Cremer S.A.; Lancaster
Beneficiamentos Têxteis Ltda.; Marisol S.A.; Malwee S.A.; Cejen Engenharia Ltda.; Malhasoft S.A.; e
Dohler S.A.
TABELA 13: FATORES DE EMISSÃO PARA CALDEIRAS DE VAPOR SEM CONTROLE PARA
DIVERSOS COMBUSTÍVEIS (REF.10)
a
Baseado num valor de poder calorífico médio de 25,7 Mj/Kg carvão.
b
Baseado num valor de poder calorífico médio de 41,9 Gj/m3 de óleo.
c
Baseado num valor de poder calorífico médio de 39,1 Mj/m3 de gás natural.
d
Baseado num valor de poder calorífico médio de 18,6 Mj/Kg de madeira seca ou 9,3 Mj/Kg de madeira com 50% de umidade.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
63
1 - Câmaras
- Gravitacionais
Comuns 50 10 50
Com chicanas 50 10 50
- Inerciais ou de mi
pacto
Chicanas 50 10 50
Venezianas 20 80
2 - Centrífugos
- Ciclone 10 2 85
- Multiciclones 5 2 95
3 - Filtros 0,1 0,2 99
4 - Precipitadores
eletrostáticos 2 0,2 99
5 - Lavadores de gases
- Gravitacionais 10 2 70
- Inerciais 1 2 95
- Centrífugos 5 2 95
- Dinâmicos 1 2 95
- Orifício ou bocal 2 0,2 90
- Venturi 0,5 0,2 99
6 - Coluna úmida de
recheio 5 0,2 90
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
64
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Muitas empresas já utilizam (ou estão em vias de utilizá-lo) o gás natural, eliminando, assim, o proble-
ma da emissão de MP e de SOx.
As últimas instalações projetadas pela Neotex contemplam: ciclone de alta eficiência (eliminação do
MP grosseiro), filtro de mangas (remoção do MP fino) e lavagem alcalina (para abater o SOx). Os
primeiros projetos, concebidos na década de 80, compreendiam o ciclone e o lavador de alta energia
(Venturi) que, conquanto eficiente, apresenta dois pontos negativos: o alto consumo energético e a
geração de um efluente com elevada concentração de sólidos.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
65
a
Fonte: Fundação Blumenauense de Estudos Têxteis
1 Estes valores de percentuais de resíduos gerados são máximos e válidos para suas respectivas etapas produtivas
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
66
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
pH inicial 8.8
pH final 5.1
Lixiviação
Volume ácido acético 0.5 -
Volume de líquido obtido 1000 ml
Tempo total de lixiviação 28 h
Peso da amostra 200 g
Paration metílico
Paration etílico
Malation
Dimetoato
Organofosforados
Etion < 1 ppm 10 ppm
Metasiston
Tiomedam
Metamidofós
Profenofós
Triclofon
1 Essa empresa produz artigos de malharia 100% algodão e é considerada uma empresa de vanguarda nos processos que utiliza. O tratamento de efluentes líquidos é realizado
num sistema a lodos ativados que trabalha na faixa de aeração convencional. A remoção de cor dos efluentes é realizada diretamente no sistema a lodos ativados, com adição
de sulfato de alumínio isento de ferro e descolorante (polieletrólito). O sistema de desidratação é constituído por uma prensa desaguadora de esteiras. A produção de lodo
dessa estação situa-se em 630 kg/d (matéria seca) - o que equivale a 3.500 kg/d (lodo úmido com 82% de umidade) e representa um índice de 63,5 kg de malha produzida
por 1 kg de lodo gerado (matéria seca). Esses dados fazem parte do acervo técnico da empresa Clev Engenheiros Associados.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
67
2
Essa empresa, tradicional produtora de artigos de cama, mesa e banho 100% algodão, emprega em seus processos produtivos uma tecnologia de ponta e, com isso, gera
efluentes com menores probabilidades de contaminantes perigosos. Além dos aspectos produtivos, é oportuno registrar que a empresa tem como principais clientes empresas
européias, que, via de regra, requerem procedimentos ambientais apurados. O sistema de tratamento de efluentes é constituído por um sistema a lodos ativados, seguido por
um processo físico-químico (remoção de cor). A remoção de cor é feita com sulfato de alumínio e polieletrólito. A produção de lodo dessa estação situa-se em 520 kg (matéria
seca), o que possibilita um índice de 78 kg de artigos têxteis por 1 kg de lodo desidratado. A empresa realiza experimentos com a utilização de secadores de lodo, a fim de
minimizar a quantidade a dispor em aterro. Esses dados fazem parte do acervo técnico da empresa Clev Engenheiro Associados.
3 Não detectado
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
68
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Continuação
Dimetoato
Etion < 1 ppm nr4 nr 10 ppm
Organofosforados Metasiston
Tiomedam
Metamidofós
Profenofós
Triclofon
4
não realizado
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
69
leitos de secagem. O belt-press tem a seu favor o reduzido consumo energético, mas, por outro
lado, requer volumes excessivos de água para a lavagem das telas. As centrífugas ocupam pouco
espaço, não consomem água, operam enclausuradas (menor emissão de odores), mas consomem
muita energia. O leito de secagem tem vários inconvenientes: odores, mão de obra, atração de veto-
res e custo excessivo - para construí-lo de acordo com a técnica recomendada, seu custo ultrapassa
R$ 200,00/m2. O filtro-prensa é desaconselhável para o lodo biológico, pois o consumo de coadjuvan-
tes pode chegar a 200% em relação à massa de lodo (base seca). Portanto, a escolha do sistema deve
ser estudada caso a caso.
No lodo, a água pode apresentar-se nos seguintes estados: água livre, água intersticial, água vicinal e
água de hidratação.
A desidratação presta-se para remover a água vicinal e de hidratação e é feita, via de regra, em secado-
res rotativos. É um processo caro, uma vez que os VOCs (compostos orgânicos voláteis) devem,
necessariamente, ser incinerados (750oC e 0,5 s - como condições mínimas).
Há empresas que usam lavadores de gases, mas eles são inócuos, uma vez que os VOCs liberados têm
alta pressão de vapor e reduzida solubilidade (elevado valor do coeficiente de Henry).
Para definir a destinação final dos lodos gerados nas estações de tratamento de efluentes líquidos
industriais é preciso uma caracterização prévia através de testes de lixiviação e solubilização, segundo
as normas técnicas ABNT NBR-10.005 e 10.006, respectivamente, para o atendimento dos parâmetros
determinados pela norma NBR-10.004 (classificação), de modo que seja assegurada a disposição final
em aterros classe II (resíduos não inertes).
a Ref. Bibliográfica # 22
b Não são indicados para a remoção da água livre. Essa operação pode ser realizada, com vantagens econômicas, em espessadores gravitacionais (adensadores) ou espessadores
de bandas (Belt-thickner). Convencionou-se que, à entrada da centrífuga (belt-press ou parafuso), o lodo já se encontre adensado, com uma concentração de sólidos superior
ou igual a 2%.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
70
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
71
Continuação
O controle da poluição atmosférica, conforme estabelece a Resolução CONAMA n.º 005/89, deve
limitar os níveis de emissão dos poluentes por fontes, com os seguintes objetivos:
Melhorar a qualidade do ar;
Atender aos padrões estabelecidos; e
Não comprometer a qualidade do ar em áreas não degradadas.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
72
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
As estratégias básicas de controle, segundo a resolução, deve priorizar o controle das emissões por
tipologia de fontes e poluentes primários (material particulado, SOx, NOx , CO e HCO), sem deixar de
avaliar as influências dessas emissões em relação aos padrões de qualidade do ar.
A Resolução CONAMA n.º 003/90 estabelece que os padrões de qualidade do ar devem ser o princi-
pal objetivo a ser atingido, mediante estratégia de controle fixada pelos padrões de emissão. Para isso,
os órgãos ambientais devem elaborar planos regionais de controle da poluição do ar.
A Resolução CONAMA n.º 008/90 estabelece os limites máximos de emissão de poluentes no ar para
processos de combustão externa em novas fontes fixas de poluição com potência nominal maior ou
igual a 70 mW (setenta megawatts), de acordo com as áreas definidas em classes I, II e III, conforme
tabela 19. A classe I está subdividida em duas subclasses: uma, atmosfericamente preservada, que
proíbe qualquer atividade econômica que gere poluição atmosférica, incluindo-se as unidades de con-
servação, com exceção das APAs; e outra, atmosfericamente conservada, que abrange áreas dedicadas
ao lazer, turismo, estâncias climáticas e hidrotermais.
Para as fontes antigas que não são previstas nessa resolução, compete aos órgãos ambientais estaduais
definir os padrões de emissões específicos.
Classes Parâmetros
I** - - - -
II e III 120 (óleo combustível) 20* 2 000 -
800 (carvão mineral)
7
Obs.: (1) Limite máximo para lançamentos em trechos de corpos de água contribuintes de lagoas, lagunas e estuários.
(2) Óleos minerais.
(3) Óleos vegetais e gorduras animais.
(4) O valor da DBO5,20 não deve ultrapassar 60 mg/l ou a redução deve ser de 80%.
(5) A redução mínima de DBO5,20 exigida depende da carga orgânica gerada.
(6) O valor de DBO5,20 vale somente para indústrias têxteis.
*
Exceto na operação de ramonagem ou na partida do equipamento
**
Não será permitida a instalação de novas fontes fixas com esse porte.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
73
(a) (b)
Material Sedimentável ml/l 0,3 (1)
Sólidos Suspensos mg/l 40 (1)
Coef. Esp. Abs (2) m-1 7 (3)
436nm
525 nm m-1 5 (3)
620 nm m-1 3 (3)
DBO 5,20 mg/l 40 (4) 25 (3)
DQO mg/l 280 (3) 160 (3)
200 (5)
P, total mg/l 2 (3)
N-NH 4 mg/l 5 (6) 10 (3)
Continua
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
74
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Continuação
8
Obs.: (a) Exigências válidas somente para lançamentos diretos.
(b) Exigências para parâmetros tóxicos (AOX e metais pesados), válidas para lançamentos diretos e indiretos - tecnologia de
tratamento no Estado da Arte.
(1) Amostra simples.
(2) Para lançamentos diretos e à saída de Estações Municipais de Tratamento de Esgotos com lançamentos industriais indiretos.
(3) Amostra simples qualificada ou amostra composta de duas horas.
(4) A concentração máxima do conjunto desses metais é de 5 mg/l.
(5) Amostra composta de 2 horas.
(6) Amostra composta de 24 horas.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
75
Em um sistema projetado, construído e operado de acordo com o Estado da Arte, é possível atingir
os parâmetros constantes da tabela seguinte.
9
Obs.: (1) Amostra simples.
(2) Compostos orgânicos halogenados adsorvíveis em carvão ativado.
(3) Em caso de águas residuárias brutas acusarem valores acima dos especificados nesta tabela, os valores listados na tabela 1
devem ser observados para os efluentes dos pré-tratamentos.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
76
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
Para um limite de DQO igual a 200 mg/l é exigido um tratamento terciário. Digno de louvor o terceiro
parágrafo da introdução deste documento, ao relacionar as exigências ambientais ao estágio de desen-
volvimento regional e nacional. Desse modo, entende-se que o valor de 300 mg/l é mais adequado.
Quanto a cor, o valor de 75 mgPt/l fixado pela Resolução CONAMA n.o 20 (18/06/86) como padrão
de qualidade para os rios de classe 2 e 3, deve ser mantido. O padrão de emissão pode, por conseqü-
ência, ser eliminado.
Além desses parâmetros, é necessário monitorar, também, outros indicadores de lançamento, através
das seguintes análises:
Análise de surfactantes: é um teste interessante sob o ponto de vista do meio ambiente e também da
indústria, pois mede eventuais excessos de detergentes. Os surfactantes são substâncias tensoativas
que reagem ao azul de metileno.
Análise de hidrocarbonetos: esse teste objetiva identificar poluentes utilizados na indústria têxtil, nota-
damente na estamparia, onde ainda se emprega, em alguns casos, o varsol.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
77
10
1
Obs.: Descontar as quantidades recicladas.
Se S Líquido < 50 m3/h Þ Þ 1
50-100 m3/h Þ Þ 2
> 100 m3/h Þ Þ 3
Se S Sólido < 1000 Kg/d Þ Þ 1
1000 - 3000 Kg/d Þ Þ 2
> 3000 Kg/d Þ Þ 3
Se S Combustível < 500 Kg/d Þ Þ1
500 - 1000 Kg/d Þ Þ 2
> 1000 Kg/d Þ Þ 3
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
78
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
11
Obs.: 1. Efluente bruto: coletado na entrada do sistema de tratamento.
2. Efluente tratado: coletado na saída do sistema de tratamento.
3. Descarte de lodo.
4. Processo intermediário, normalmente um sistema biológico.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
79
A tabela a seguir especifica os parâmetros de automonitoramento que devem ser realizados para
indústrias de médio porte.
12
Obs.: 1. Efluente bruto: coletado na entrada do sistema de tratamento.
2. Efluente tratado: coletado na saída do sistema de tratamento.
3. Descarte de lodo.
4. Processo intermediário, normalmente um sistema biológico.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
80
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
A tabela a seguir especifica os parâmetros de automonitoramento que devem ser realizados para
indústrias de grande porte.
TABELA 25: PARÂMETRO DE AUTOMONITORAMENTO PARA INDÚSTRIAS DE GRANDE PORTE
13
Obs.: 1. Efluente bruto: coletado na entrada do sistema de tratamento.
2. Efluente tratado: coletado na saída do sistema de tratamento.
3. Descarte de lodo.
4. Processo intermediário, normalmente um sistema biológico.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
81
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
82
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
83
As amostras devem ser coletadas na saída do sistema de tratamento de efluentes, nos drenados dos
sistemas de desidratação de lodos e aterros sanitários.
As canalizações de águas pluviais ou qualquer tubulação não ligada ao sistema de tratamento de efluentes
devem ser sempre verificadas, com muita atenção, pois podem estar poluídas com ligações de despe-
jos industriais. Em caso de dúvida, coletar uma amostra para análise.
3º PASSO: RELATÓRIO DE VISTORIA
Todas as informações levantadas e amostras coletadas devem ser apresentadas ao responsável pela
empresa, que deve assinar o Relatório de Vistoria, juntamente com o fiscal do órgão ambiental..
O relatório de vistoria deve ser objetivo e livre de considerações pessoais. É importante que possua
informações detalhadas da visita realizada, das amostras coletadas e das observações feitas, além de
fotografias e declarações (assinadas) de pessoas envolvidas nos problemas levantados.
O principal objetivo do relatório de vistoria é conter informações factuais e relevantes, escritas de
maneira clara e objetiva, de maneira que possa ser usado como documento no caso de comprovação
de uma infração.
Infrações solicitadas pelo relatório, conforme formulário correspondente no Manual de Fiscalização
Ambiental:
Nome da empresa
Endereço
Nome da pessoa para contato
Data da fiscalização
Nome do fiscal
Observações relevantes no processo produtivo
Observações quanto ao tratamento de efluente líquidos, emissões gasosas e disposições de
resíduos sólidos
Verificação dos pontos de emissão de poluentes e indicações dos pontos coletados
Irregularidades observadas
Indicação das planilhas e boletins avaliados e indicação dos seus pontos principais
Assinatura do fiscal e do representante da empresa
Anexar boletins, laudos, planilhas, fotografias e documentos levantados
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
84
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
O fiscal deve estar apto a realizar amostragens e análises básicas ou ser acompanhado de um amostrador,
para que nenhuma vistoria seja prejudicada e que se possa comprovar qualquer infração relacionada a
lançamentos irregulares. É muito demorado e caro deslocar uma equipe especial para amostragem e
análise local. Isso se justifica apenas quando se quer fazer uma avaliação mais detalhada do processo
produtivo e das diversas etapas de um sistema de tratamento de efluentes líquidos, de uma amostragem
de poluentes atmosféricos ou de um sistema de tratamento e disposição de resíduos sólidos.
Os principais equipamentos recomendados para uma vistoria de rotina são :
Potenciômetro portátil
Medidor de oxigênio dissolvido
Termômetro
Frascos de polietileno ou vidro
Caixa para transporte de amostras com gelo
Reagentes químicos para preservação de amostras
Vestimentas de proteção (óculos, luvas e botas)
Máquina fotográfica
As amostras devem ser coletadas em pontos de alta turbulência - para garantir boa mistura - na saída
de uma calha Parshal ou vertedouro.
Para sistemas de tratamento com grande tempo de retenção hidráulica (lagoas aeradas e de estabiliza-
ção), basta uma amostra simples, na saída, para avaliar o enquadramento nos padrões de emissão. No
caso de sistemas compactos (lodos ativados, filtros biológicos e processos anaeróbios), é convenien-
te que a amostra seja composta por várias horas (1 turno de trabalho, pelo menos).
Temperatura, pH, vazão e gases dissolvidos devem ser medidos no local da amostragem, enquanto
para os demais parâmetros deve haver preservação das amostras, segundo as normas do Standard
Methods.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
85
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. CB 11: Fibras Têxteis: Classificação, Termino-
logia e Simbologia. 1975.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução 20: Classificação das águas doces, sa-
lobras e salinas do Território Nacional. 1986.
______. Manual best management practices for pollution control in the textil industry. 1996.
625R 96/004.
SÃO PAULO (ESTADO). Decreto nº 8468, de 08 de setembro de 1976, que dispõe sobre a preven-
ção e o controle da poluição do meio ambiente.
FLUXOGRAMAS
ANEXO 1
FLUXOGRAMAS
CONVENCIONAL)
PONTA 1 A 10
LEGENDA
FORA DE PONTA 1 A 10
CENT. 1/II; UNIDADE REFRIGERADORA
CENTRAL A/B; CENTRAL DE TRATAMENTO DE AR
TORRE 1/2; TORRE DE RESFRIAMENTO
BACIA: BACIA DE ACUMULAÇÃO DE ÁGUA GELADA E AQUECIDA
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
FLUXOGRAMA A - FLUXOGRAMA DA CENTRAL DE TRATAMENTO DE AR (CIRCUITO
91
92
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
COM ACUMULAÇÃO DE GELO)
FLUXOGRAMAS
7 PRODUTOS QUÍMICOS
4 EFLUENTE LÍQUIDO
6 EMISSÕES GASOSAS
3 AR CLIMATIZADO
2 - ÁGUA
5 RESÍDUOS SÓLIDOS
LEGENDA
1 - VAPOR
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
94
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 1
FLUXOGRAMAS
7 PRODUTOS QUÍMICOS
4 EFLUENTE LÍQUIDO
6 EMISSÕES GASOSAS
3 AR CLIMATIZADO
2 - ÁGUA
5 RESÍDUOS SÓLIDOS
LEGENDA
1 - VAPOR
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
95
7 PRODUTOS QUÍMICOS
4 EFLUENTE LÍQUIDO
6 EMISSÕES GASOSAS
3 AR CLIMATIZADO
2 - ÁGUA
5 RESÍDUOS SÓLIDOS
LEGENDA
1 - VAPOR
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
ANEXO 2
BPT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário durante 30
qualquer dia dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.) de lã
DBO 10,6 5,3
DQO 138,0 69,0
SS 32,2 16,1
Óleo e graxas 7,2 3,6
Sulfetos 0,20 0,1
Fenol 0,10 0,0
Cromo total 0,10 0,0
PH (\1\) (\1\)
14
14
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0, em todo o tempo.
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
100
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 2
TABELAS DAS LIMITAÇÕES PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (EPA)
NSPS
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.) de lã
DBO 5 3,6 1,9
DQO 52,4 33,7
SS 30,3 13,5
Sulfetos 0,20 0,1
Fenol 0,10 0,0
Cromo total 0,10 0,0
PH (\1\) (\1\)
15
BPT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.) de lã
DBO 5 22,4 11,2
DQO 163,0 81,5
SS 35,2 17,6
Sulfetos 0,28 0,1
Fenol 0,14 0,0
Cromo total 0,14 0,0
PH (\1\) (\1\)
16
15
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0 em todo o tempo
16
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0 em todo o tempo
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
101
BAT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.) de lã
DQO 163,0 81,5
Sulfetos 0,28 0,1
Fenol 0,14 0,0
Cromo total 0,14 0,0
17
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0 em todo o tempo
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
102
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 2
TABELAS DAS LIMITAÇÕES PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (EPA)
BPT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO5 1,4 0,0
DQO 2,8 1,0
SS 1,4 0,0
PH (\1\) (\1\)
13
BPT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário durante 30
qualquer dia dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO 5 8,9 4,0
DQO 21,3 13,0
SS 5,5 2,0
PH (\1\) (\1\)
18
BAT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DQO 2,8 1,0
18
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0 em todo o tempo
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
103
BAT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário durante 30
qualquer dia dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DQO 21,3 13,0
NSPS
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO 5 1,4 0,0
DQO 2,8 1,.0
SS 1,4 0,0
PH (\1\) (\1\)
19
NSPS
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO 5 8,9 4,0
DQO 21,3 13,0
SS 5,5 2,0
PH (\1\) (\1\)
15
19
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0, em todo o tempo
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
104
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 2
TABELAS DAS LIMITAÇÕES PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (EPA)
BPT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário durante 30
qualquer dia dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO 5 6,6 3,3
DQO 60,0 30,0
SS 17,8 8,9
Sulfetos 0,20 0,1
Fenol 0,10 0,0
Cromo total 0,10 0,0
PH (<SUP>1)
15
NSPS
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO5 3,3 1,7
DQO 41,7 26,9
SS 8,8 3,9
Sulfetos 0,20 0,1
Fenol 0,10 0,0
Cromo total 0,10 0,0
PH (\1\) (\1\)
20
20
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0, em todo o tempo
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
105
NSPS
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
21
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0, em todo o tempo
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
106
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 2
TABELAS DAS LIMITAÇÕES PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (EPA)
BPT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
22
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0 em todo o tempo
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
107
NSPS
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO 5 4,8 2,5
DQO 51,0 32,9
SS 12,2 5,4
Sulfetos 0,20 0,1
Fenol 0,10 0,0
Cromo total 0,10 0,0
PH (\1\) (\1\)
18
BPT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO 5 7,8 3,9
DQO 70,2 35,1
SS 11,0 5,5
Sulfetos 0,08 0,0
Fenol 0,04 0,0
Cromo total 0,04 0,0
PH (\1\) (\1\)
23
23
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0, em todo o tempo
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
108
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 2
TABELAS DAS LIMITAÇÕES PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (EPA)
NSPS Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO5 4,6 2,4
DQO 26,6 17,1
SS 8,6 3,8
Sulfetos 0,08 0,0
Fenol 0,04 0,0
Cromo total 0,04 0,0
PH (<SUP>1)
19
BPT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO5 6,8 3,4
DQO 84,6 42,3
SS 117,4 8,7
Sulfetos 0,24 0,1
Fenol 0,12 0,0
Cromo total 0,12 0,0
PH (\1\) (\1\)
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
109
BAT Limitações
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
NSPS
Poluente ou propriedade
do poluente Máximo durante Média do valor diário
qualquer dia durante 30 dias consecutivos
Kg/ton. (ou libras por 1,000 lb.)
DBO5 3,6 1,9
DQO 33,9 21,9
SS 9,8 4,4
Sulfetos 0,24 0,1
Fenol 0,12 0,0
Cromo total 0,12 0,0
PH (\1\) (\1\)
25
24
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0, em todo o tempo
25
Obs.: \1\ Dentro da faixa de 6.0 a 9.0, em todo o tempo
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
ANEXO 3
FOTOS
113
FOTO 1: Engomadeira
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
114
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 3
FOTOS
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
115
Foto 6: Secador
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
116
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 3
FOTOS
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
117
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
118
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 3
FOTOS
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
119
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
120
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 3
FOTOS
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
121
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
122
ROTEIRO COMPLEMENTAR DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO PARA A TIPOLOGIA TÊXTIL
ANEXO 3
FOTOS
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ
ANEXO 4
125
Para PD>80%
composto facilmente degradável
Para 50<PD<80%
composto de degradabilidade moderada
Para PD<50%
degradabilidade difícil
PUBLICAÇÕES CPRH/GTZ