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DOSSIÊ DO PROFESSOR DESCOBRIR A TERRA 9

DOMÍNIO: VIVER MELHOR NA TERRA

DOCUMENTO DE AMPLIAÇÃO 21

Nome:_________________________________ N.º______ Turma_____ Data: ____/____/____

O exercício físico e a formação de novos neurónios

Charles Hillman, professor na


Universidade de Illinois, nos EUA, verificou
que a equipa feminina de corta-mato tinha
quase sempre melhores resultados nos
exames do que os outros alunos. Começou a
interrogar-se se não haveria uma ligação
entre “músculos e neurónios”. Reuniu 259
alunos, mediu o seu índice de massa
corporal e pô-los a fazer exercícios clássicos:
alongamentos, corrida rápida, flexões e
abdominais cronometrados. Depois,
comparou as qualidades físicas com as notas
a Matemática e Interpretação, num exame normalizado a nível nacional. Como o previsto, na
globalidade, os jovens com mais preparação física eram também os que apresentavam maior
desenvolvimento intelectual, mesmo quando fatores, como o nível socioeconómico, eram tidos em
conta. O desporto, conclui Hillman, pode de facto estimular o intelecto dos estudantes.
Alguns investigadores comunicaram que tinham induzido o cérebro humano a produzir novas
células nervosas ao sujeitarem, durante três meses, um grupo a um regime vigoroso de exercícios
aeróbicos. Outros cientistas descobriram que o exercício físico enérgico pode levar as células
nervosas mais velhas a formar teias interligadas, que fazem o cérebro funcionar com maior
velocidade e eficácia. Há indícios de que a atividade física pode protelar o início da doença de
Alzheimer, do transtorno de défice de atenção com hiperatividade e outras doenças cognitivas.
Segundo parece, qualquer que seja a nossa idade, um corpo ativo é essencial para manter a
mente forte e ágil. Os cientistas sempre suspeitaram disso, embora não o conseguissem provar.
A ideia do “atleta-académico” remonta à cultura grega, onde a boa forma física era quase tão
importante como o conhecimento. Talvez os gregos tenham intuído o princípio básico de que o
exercício ajuda o coração a bombear mais sangue para o cérebro, juntamente com o resto do
corpo. Mais sangue significa mais oxigénio e, portanto, mais células cerebrais “bem alimentadas”.
Durante décadas, essa foi a única ligação entre destreza atlética e mental que a ciência
conseguiu demonstrar com algum grau de certeza. Contudo, devido aos conhecimentos de
imagiologia cerebral e de bioquímica, os investigadores compreenderam que os efeitos mentais
do exercício físico são mais profundos e complexos do que se pensava. O processo inicia-se nos
músculos. De cada vez que um bíceps ou um quadríceps se contrai e descontrai, liberta
substâncias químicas, incluindo uma proteína que entra no cérebro e aí assume o papel de
“capataz na fábrica de neurotransmissores” do organismo. Emite ordens para aumentar a
produção de diversas substâncias químicas, incluindo uma chamada “fator neurotrófico derivado
do cérebro” (BDNF).

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A maioria das pessoas mantém, geralmente, níveis constantes de BDNF quando atinge a idade
adulta. Mas, ao envelhecerem, os seus neurónios começam, lentamente, a morrer e, até há pouco
tempo, pensava-se que a perda era irreversível.
Estudos publicados recentemente provaram que, depois de realizarem exercício, durante três
meses, todos os indivíduos pareciam desenvolver neurónios novos. Mas, nesta experiência, os
novos neurónios criados pelo exercício físico surgiram num único lugar do cérebro: uma área do
hipocampo que controla o conhecimento e a memória. Esta região ajuda o cérebro a associar
nomes a rostos – uma das primeiras capacidades a extinguirem-se com a idade. Tanto quanto se
sabe, os novos neurónios não surgem em todas as zonas do cérebro. Mas, onde surgem novas
células cerebrais, verifica-se o nascimento de novos vasos sanguíneos. Também se verificou que
os atletas têm mais astrócitos (células que suportam os neurónios), que atuam sobre a dispersão
de neurotransmissores, depois destes serem utilizados para enviar mensagens de célula para
célula. A dopamina, a serotonina ou a norepinefrina apresentam níveis mais elevados em pessoas
que se exercitam frequentemente. Por isso, fazer exercício ajudará a concentrar, a acalmar e a
controlar a impulsividade!
Única, abril de 2007 (adaptado)

Proposta de exploração
1. Menciona a questão-problema colocada por Charles Hillman na sua investigação.
2. Explica a experiência realizada por Hillman.
2.1. Comenta a afirmação: “Comparou as qualidades físicas com as notas a Matemática e
Interpretação, num exame normalizado a nível nacional”.
2.2. Refere os resultados obtidos na experiência.
3. Indica a influência da atividade física na doença de Alzheimer.
4. Explica, utilizando a informação sublinhada no documento, de que modo o exercício físico
influencia a atividade mental.
5. Refere o que acontece aos neurónios à medida que as pessoas envelhecem.
6. Indica a área do cérebro onde surgiram novos neurónios, após realização prolongada de
exercício intenso.
7. Indica:
a) as funções dos astrócitos;
b) as pessoas onde surgem em maior quantidade.
8. Menciona os neurotransmissores produzidos durante a atividade física.
8.1. Relaciona a sua função com a última frase do texto.

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