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Aplicação da trilha musical no primeiro episódio da temporada inaugural de ​The end of

the F***ing World

Neste trabalho investigaremos a aplicação da trilha musical no primeiro episódio da


temporada inaugural de ​The end of the F***ing World,​ série televisiva britânica com oito
episódios veiculada primeiramente em seu país de origem pelo Channel 4 - e em sua
plataforma de ​streaming​, All 4 -, em meados de outubro de 2017 e no janeiro seguinte
mundialmente difundida pela ​Netflix​. A trilha musical da série é majoritariamente composta
de músicas pré-existentes, ao todo são 32 faixas compiladas pela produção com a curadoria
de Graham Coxon, guitarrista do grupo Blur, que também assina a trilha incidental original.
A identificação de todas as músicas utilizadas através da elaboração de uma ​cuelist do
episódio e as possíveis formas de agrupamentos deste material musical a partir de sua
distribuição pelo episódio inaugural serão parte exordial da investigação e para tanto
recorreremos a Godsall (2019) e suas questões acerca da música pré-existente e da supervisão
musical, assim como a Smith (1998) e Ramsay Adams, Dave Hnatiuk e David Weiss (2017).
Eugênio Mattos (2014), Michel Chion (1997, 2008) nortearão as situações acerca da
composição original. Após a etapa de reconhecimento da seleta musical será realizada análise
da aplicação das ​cues no decorrer do episódio a fim de observar como cada música contribui
de forma articulatória à narrativa diante também das escolhas de edição musical e mixagem,
logo, como foram acomodadas na banda sonora e, por consequência, como suas aparições
apontam particularidades da composição do desenho de som do episódio em questão. Para
análise das formas de utilização e aplicação das peças musicais à estrutura sonora partiremos
da proposta metodológica de Altman et al. (2000), amplificando-a de modo que, ao final,
possamos apontar formal e exemplarmente as questões aqui inferidas. A escolha deste
primeiro episódio se dá pela possibilidade de enxergar padrões que futuramente possam ser
identificados ao longo da série em um plano mais profundo de análise do uso da música
dentro do cenário do desenho de som desta temporada. Para além da identificação, por
exemplo, do uso das canções como forma de amplificação da narrativa e das particulares dos
personagens, mesmo que neste episódio isso ocorra de maneira menos usual devido ao
recurso de ​overlapping utilizado pela montagem, pelos cortes abruptos da edição musical e
pela materialidade dada pela mixagem, fazendo com que ora essas músicas estejam ​on the
air,​ ora não-diegéticas, queremos ao final estudar não só a ​presença no decorrer mas o ponto
onde se iniciam, onde se cortam as ​cues e como se mixam - com antecipações, extensões em
relação à sequência narrativa e/ou plano imagético -, ou seja, como esses recursos
corroboram para uma fraseologia de aplicação das ​cues​ na operação do jogo audiovisual.

Referências Bibliográficas

ADAMS, Ramsay; HNATIUK, Dave; WEISS, David. Musica Supervision: the complete guide to
selecting music for movies + TV + games + new media. New York: Schirmer Trade Books, 2017

ALTMAN, Rick; JONES, McGraw; JONES, Sonia. Inventing the cinema soundtrack: Hollywood's
multiplane sound system. In: BUHLER, James; FLINN, Caryl; NEUMEYER, David (orgs.). ​Music
and Cinema​. Hanover and London: Wesleyan / New England, 2000, p. 339-359.

CHION, Michel. ​A audiovisão​: som e imagem no cinema. Lisboa: Gabinete Editorial Texto & Grafia,
2008.

_______, Michel. La música en el cine. Barcelona: Paidós Ibéria, 1997.

GODSALL, Jonathan. ​Releed in: pre-existing music in narrative film​. New York: Routledge, 2019.

MATOS, Eugênio. ​A arte de compor música para o cinema​. Brasília: Editora Senac, 2014.

RODRIGUEZ, Ángel. ​A dimensão sonora da linguagem audiovisual​. São Paulo: Editora Senac São
Paulo, 2006.

Marcus Neves (1983-) [Marcus Vinicius Marvila das Neves] é artista sonoro, formado em
Licenciatura em Música (2006), especialista em Estudos Literários (2008) e Mestre em Letras (ênfase
em Estudos Literários, 2010) pela Universidade Federal do Espírito Santo onde, desde 2010, atua
como professor efetivo no Departamento de Teoria da Arte e Música [DTAM] nos Cursos de
Licenciatura e Bacharelado em Música e Bacharelado em Cinema e Audiovisual. Co-fundador do
NESCoM (Núcleo Espírito-Santense de Computação Musical/UFES) e coordenador do Grupo de
Experimentação Sonora (GEXS), tem produzido música acusmática, instalações sonoras,
performances e trilhas sonoras para espetáculos de teatro, dança e cinema (editor de som, mixador,
sound designer e compositor). Publicou em 2015 o livro ​Augusto de Campos e a música de invenção
(uma escuta entre poemas) pela editora Prismas.

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