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 O que é o objeto de estudo da filosofia da psicanálise?

Por que esse estudo se


difere das demais filosofias da ciência?
 Devemos em primeiro momento entender que a as filosofias da ciência tem a
principio um entendimento a cerca do que deve ser considerado uma ciência ou
não.
o Isso se faz através de uma investigação metodológica e procura saber se
os resultados de uma determinada disciplina estão ou não de acordo com
um determinado critério de verdade, frequentemente clássico. Se a
resposta for positiva, então estaremos frente a um discurso que pode ser
rotulado de científico. Caso contrário, estaríamos frente a uma
pseudociência ou frente a algum outro tipo de saber que não se submete
ao figurino pressuposto.
o Apesar desse método servir muitas vezes para que entendamos de que
maneira se constrói uma ciência, muitas vezes vemos uma certa limitação
nesta análise.
 Em especial na psicanálise essa forma de análise. Demarcado seu surgimento em
1900 com a interpretação dos sonhos, a psicanálise ainda se mostra uma ciência
muito jovem e em construção, o que torna a abordagem clássica da filosofia da
ciência algo complexo de ser feito.
o Seguindo ainda a afirmação a cima, além de jovem, ainda existe um
movimento constante de construção do que chamamos de psicanalise, o
que modifica constantemente os critérios pelos quais uma filosofia da
ciência clássica a passaria, vendo que o resultado disso se torna subjetivo.
o A primeira forma então de fazer uma análise da psicanalise se faz através
do entendimento por quais vias se montou o discurso psicanalítico para
então poder trazer uma determinação de suas propostas enquanto ciências.
Como por exemplo as influencias que Sartre sofre de Freud na construção
do que ele chama de psicanalise existencial.
o Podemos também abordar a filosofia da psicanálise através da leitura dela
por ela mesmo, algo que diga de suas afirmações sem que haja a
necessidade de determinar uma genealogia. Entendendo o encadeamento
de ideias.
o E por fim uma terceira maneira que se relaciona diretamente com a
segunda, ao invés de lermos quais são o critérios de verdade estabelecidos
por outras ciências para que a psicanalise possa se construir, nos
invertemos e perguntamos quais são os critérios de verdade que a
psicanalise diz de si para as outras ciências.
o De modo mais resumido:
 O primeiro tipo de leitura que eu apontei – o traçado dessa
genealogia conceitual – pertenceria à história das ciências ou dos
saberes
 A segunda, essa leitura interna, pertenceria à reconstituição
discursiva, algo como uma análise dos procedimentos e
encadeamentos discursivos
 E o último trabalho eu denominaria epistemologia da psicanálise.
 Mas a psicanálise é uma ciência afinal de contas?
o A teoria psicanalítica está um tanto distante da definição conservadora do
que é ciência. Pois ao abordarmos uma ciência que trata dos fenômenos
psicopatológicos, desenvolvidos através da análise de fenômenos
subjetivos, vemos que a psicanálise não segue os moldes padrão das
ciências naturais clássicas.
o Essas novas abordagens do que é a ciência e o que podemos considerar
como verdade servem de base para repensarmos todo um escopo
predeterminado de filtros de verdade que a filosofia impõe a ciência.
o Vemos que a filosofia da psicanalise é uma via de mão dupla: e a filosofia,
se o discurso filosófico pode e deve colocar algumas questões ao discurso
psicanalítico, sem dúvida alguma a psicanálise coloca alguns problemas
centrais para a filosofia. De modo a questionar os discursos sobre a
verdade.
 Nos estudos da construção da psicologia usarei Politzer como nosso guia.
o Em seu texto A Crítica dos Fundamentos da Psicologia, Politzer tem a
pretensão em primeiro momento de entender o caminho que a psicologia
fez para se estabelecer como uma ciência.
o Ela se inicia numa tentativa de uma filosofia da biologia, partindo do
principio que havia um estudo da vida dramática, sendo que o termo vida
sempre determina algo da biologia.
o Porem vemos ai uma problemática onde a psicologia não consegue se
firmar nem como uma Geistwissenschat e nem como uma
Naturewissenschaft. Sendo que parte de pressupostos de uma ciência da
natureza, mas aborda questões do espírito.
o Esse movimento se mostra como algo que vai sendo diluído pelas diversas
ciências que tratam temas a cerca do mundo, que quando alcançam a
psicologia já estão totalmente contaminados de suas verdades, fazendo a
psicologia uma reprodutora de discursos fracos das ciências.
o Essa falta de identidade que a psicologia possuía na sua leitura clássica
impossibilitava ela poder falar da vida enquanto drama, pois tinha uma
pretensão de exatidão que não era fornecida a ela pelas outras ciências que
a embasavam.
o Vemos uma estrutura original da psicologia muito próxima da ideia de
crença, onde tentasse explicar seus fenômenos com base da física e na
biologia, porem com explicações que beiram um misticismo que não pode
ser explicado a partir de tais ciências.
o Vemos então uma dupla falsidade na construção da psicologia enquanto
ciência, pois ela não satisfaz nem o espírito nem a natureza, sendo a sobra
desses discursos em ambos aspectos.
o O psicólogo clássico então “atirava” aleatoriamente sobre os dados
lançados pelo paciente, esperando que a partir dessa aleatoriedade surgisse
algo que pudesse ser catalogado.
o A partir disso surgem três grandes escolas para que vão tentar romper com
essa proposta.
 A Gestalt: Vindo de um ponto de vista critico a cerca da abstração
do espírito na cisão entra os atos e reconstrução para a totalidade
do sujeito.
 O behaviorismo: A tentativa total da filosofia enquanto uma
ciência experimental do ato. Sendo a busca completa pelo fato
psicológico, independente da construção do ato final, da busca.
 A Psicanálise: A tentativa de unir os discursos e reconhecer as
limitações que a psicologia clássica possuía. Assumindo a
revivescência do drama na atualidade como algo que pudesse ser
trazido pelo sujeito da fala na atualidade.
o A problemática da psicanalise então, de acordo com Politzer, se faz na
separação antiga da ambiguidade de natureza e espírito. Apesar de ter
renovado os estudos através do local de fala, a psicanálise freudiana ainda
possui vestígios dessa psicologia clássica cindida, mas não por isso deve
ser descartada.
o A lermos a psicanálise devemos verificar o que há de concreto e o que há
de abstrato nela.
 Vemos as leituras do inconsciente como leituras abstratas da
psicologia clássica, Freud teórico se aproxima muito disso em seus
textos iniciais
 A psicologia que diz do sujeito na clínica possui uma abordagem
muito mais próxima do concreto, onde há uma preocupação para
que entendamos o que o sujeito faz com os fatos psicológicos que
são colocados por ele no mundo.
 Esse movimento garante ao sujeito a possibilidade de
abordar suas aspirações, ansiedades e traumas a roupagem
que melhor lhe serve.
Tal leitura se aproxima das propostas Husserlianas de como se faz ciência
e as proposições da redução fenomenológica.

A partir da intencionalidade nos unificamos o sujeito sem cisões entre o que o sujeito faz
e o que o sujeito pensa, de certa forma, montamos uma unidade das

A Atitude Natural e a Redução Eidética

 A atitude natural se inicia na experiência e se mantêm nela.


 Esta forma de conhecer o mundo, pela experiência e permanecendo na
experiência, nos aponta, mesmo que brevemente, aquilo que Husserl compreende
por atitude natural.
 quando estamos voltados para as coisas e para o mundo sem questioná-los,
simplesmente crendo naquilo que percebemos como verdades indubitáveis,
nenhuma outra atitude nos é oferecida a não ser a atitude de crença.
o Os dados proeminentes da sensibilidade são dados de modo inquestionável
na atitude natural, pois não intuímos ainda sobre aquela experiência.
 A Atitude Natural se mostra como o nosso dia-a-dia de relações com o mundo.
o Dificilmente questionamos as coisas do modo que acreditamos que ela
deva ser.
o A postura de duvida em relação a atitude natural se mostra muito mais
presente em crianças, que por terem uma baixa carga de dados dos sentidos
ainda não conseguem apenas crer nas coisas que experienciam.
o a atitude natural consiste em um ato espontâneo da consciência que não
percebemos naturalmente.
o Há um ego na atitude natural que diz apenas das coisas do mundo, pois
estando espontaneamente ligado à sua experiência de mundo não diz de
nada para além da experiência que tem de seus sentidos.
o Logo o pólo egóico pode ser colocado como totalmente transcendente na
sua relação intencional com o as coisas.
 Sendo assim, na atitude natural a consciência funciona apenas como uma doadora
de sentido as coisas, assumindo de certa forma uma atitude passiva como
consciência, sendo apenas atos da experiência. A redução Eidética é a busca do
sentido do fenômeno, ou seja, é o modo pelo qual nós podemos vivenciar as coisas
do mundo em primeira instância.
 Eidos vem de essência.
 Na redução eidética nos preocupamos com o retorno a essência das coisas, como
eu vivencio.
o Através da intuição, o sujeito tem o seu contato direto com o
Eidos(essência) daquele fenômeno, podendo então dizer das coisas
enquanto coisas.
o Barulho de bater as mãos na mesa nos leva a ideia de “som”.
 Isso se aplica tanto nas coisas físicas quanto nas coisas da psique
 Conhecer o sentido das coisas é algo de suma importância para o sujeito e não
sabemos viver sem esse tipo de informação.
o Temos a todo momento que significar o mundo, pois não sabemos viver
de outra forma.
o Vemos nos casos das crianças e o medo do escuro. Esse medo se dá no
fato de ela não conseguir experienciar de modo claro a sua intuição sobre
o que o escuro tem como fenômeno e qual seu Eidos, fazendo assim sua
experiência de escura uma coisa com sentido obscuro.
 Vemos então aqui que não interessa a Husserl o fato de existir, mas sim o sentido
desse fato. (A árvore no meio da floresta).
o Husserl não nega a existência dos fatos, mas não interessa a simples
existência deles, mas sim qual seu sentido. Através da análise dos sentidos
dos fatos podemos então operar a redução eidética.

Redução Fenomenológica e a Epoché

 Na Redução fenomenológica iniciamos um movimento de colocar o mundo entre


parênteses.
 O mundo entre parênteses é colocar as experiências para fora do contexto dela,
buscando apenas a essência da coisa. (o que eu estou experimentando?)
 Epoché é a atitude de não julgar na hora de julgar um fenômeno.
o Sendo assim, a Epoché coloca a atitude natural entre parênteses para saber
a realidade sobre as coisas.
o Diferentemente da atitude natural, vemos que na atitude fenomenológica
temos a experiencia real do que as coisas são.
 Por exemplo, um minuto possui diferentes formas de ser
experienciado, depende de você estar ou não entediado.
 A Reflexão fenomenológica nos leva a focar apenas as coisas objetivas que a
consciência vivencia, colocando de lado a sua subjetividade
 Assim como na atitude natural, a atitude fenomenológica também faz da
consciência uma doadora de sentido para o objeto, através da sua relação
intencional do ego com as coisas.
 Porém na atitude fenomenológica não apenas experienciamos o mundo e doamos
os sentidos a partir de nossas percepções.
o Nessa atitude o Ego é compreendido como “aquele para quem o mundo e
suas coisas são dadas, que, simultaneamente, é parte do mundo e ainda
está na posse intencional do mundo”
o A consciência é cercada de significados que ela da para o mundo que não
vem apenas da experiencia sensível do mundo, mas também de intuições
que temos em relação as nossas condições nele. Tais “realidades” são
meios pelos quais o ego pode dar significado para além de sua simples
atitude natural.
 Podemos assim dizer que enquanto a atitude natural é um “olhar” as coisas, a
fenomenológica é um perceber as coisas.
o A relação que fazemos entre duas coisas como sendo pertencentes uma a
outra não se dá apenas no fenômeno das coisas, mas sim no perceber da
relação fenomenológica que ambos objetos possuem.

 Se por um lado a redução fenomenológica nos leva aos critérios objetivos das relações
entre sujeito e mundo a redução transcendental-fenomenológica debate acerca dos
critérios subjetivos da experiencia do sujeito com o mundo.

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