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Alterações da Sensopercepção

Júlio César Hoenisch


A noite estrelada

Vincent Van Gogh, óleo sobre tela, 1889 -


Museu de Arte de Nova York
Lembre!
• Ao abordarmos as alterações
da percepção devemos ter
em mente que estará sendo
incluída aqui a sensação
(trata-se, pois, das alterações
da senso percepção)
A sensação
• Sensação: fenômeno gerado por
estímulos físico- químicos, gerados
fora ou dentro do organismo, que
produzem alterações nos órgãos
receptores.
• Portanto, em seu significado
preciso, a sensação é um
fenômeno psíquico elementar
que resulta da ação de estímulos
externos sobre os nossos órgãos
dos sentidos.
• Dois atos fundamentais no ato
perceptivo:

• a captação sensorial;

• A integração significativa, que


nos permite o conhecimento
consciente do objeto captado.
Alterações quantitativas da
percepção
A hiperestesia, no sentido
psicopatológico, é a condição na qual
as percepções encontram-se
anormalmente aumentadas em sua
intensidade ou duração.

Os sons são ouvidos de forma muito


amplificada; um ruído parece um
estrondo; as imagens visuais e as
cores tornam-se mais vivas e intensas.
• intoxicação por alucinógenos
(pode também ocorrer com o
uso de maconha ou cocaína),

• epilepsia (de forma mais


ocasional),
• acessos de enxaqueca, excitação
maníaca e esquizofrenia,

• no hipertireoidismo,

• no tétano,

• na raiva (hidrofobia)

• Eventualmente, em alguns casos de
epilepsia.
HIPOESTESIA

Diminuição da magnitude
das percepções;
• Frequente em :

• hipoestesia na maioria dos estados


de depressão,

• Nesses casos há diminuição dos


reflexos , elevação da sensibilidade
fisiológica e lentidão dos processos
psíquicos.

• Os estados de estupor também são


acompanhados por hipoestesia;
• ANESTESIA:
• consiste aa abolição de todas as
formas de sensibilidade.

• Na histeria, é possível de se
verificar algumas anestesias
regionais.

• Neste caso, não há correspondência


da paralisia com o aparato
neuroanatomico concernente.
Alterações
Qualitativas da
Sensopercepção:
ILUSÃO:

•é a percepção deformada de
um objeto real e presente.

•De acordo com Bleuler,


tratam-se de percepções reais
falsificadas (um engano dos
sentidos);
•por si só a ilusão não constitui
um estado patológico, todavia,
pode denotar um estado
emocional mais ou menos
alterado.
ALUCINAÇÃO

•Trata-se da percepção de um
objeto sem a presença do objeto
real;

•logo, é uma percepção sem


objeto.
As alucinações podem ser
visuais, táteis, cinéticas, etc
• Alucinações não são
consideradas
patognomônicas de
nenhum quadro clínico.

• Todavia, são recorrentes


nos episódios psicóticos e
nas psicoses.
Tipos de alucinação
• AUDITIVA:

• Alucinação bastante frequente.


• Consiste em ruídos (chiados,
ruídos, zumbidos, roncos, estalos,
etc.) à alucinação áudio-verbal
(bem mais complexa, pois surgem
aí vozes e frases bem definidas);
• Alucinações não são
consideradas
patognomônicas de
nenhum quadro clínico.

• Todavia, são recorrentes


nos episódios psicóticos e
nas psicoses.
• Alucinações não são
consideradas
patognomônicas de
nenhum quadro clínico.

• Todavia, são recorrentes


nos episódios psicóticos e
nas psicoses.
• As alucinações com
significado atribuído e
articulado farão parte do
delírio.

• O delírio é uma alteração


do juízo, uma função
psíquica articulada ao
pensamento.
• As alucinações com
significado atribuído e
articulado farão parte do
delírio.

• O delírio é uma alteração


do juízo, uma função
psíquica articulada ao
pensamento.
Verificou-se também que sintomas
psicóticos (delírios e alucinações
audio-verbais) ocorrem associadas a
suscetibilidade aumentada ao estresse,
preocupação aumentada com ameaças e
estresses mínimos que são
aberrantemente salientes para pessoas
vulneráveis (com alto risco para psicose)
ou já no primeiro episódio de psicose
(Reininghaus et al., 2016).
Stress,
Predisposição
ansiedade, Alucinações
alta à psicose
sono ruim
• Os comandos de voz na alucinação
podem dar ordens ao paciente, o
qual pode obedecê-las, mesmo
contra sua vontade.

• Nesta situação, de obediência


compulsória às ordens ditadas por
vozes alucinadas, estamos diante do
automatismo mental.
Sonorização do pensamento

• Em algumas circunstâncias, as
“vozes” podem realizar
comentários sobre as ações do
doente, se alguma voz estivesse
permanentemente comentando
todos seus atos.
ALUCINAÇÃO VISUAL

Bastante variáveis (além de


serem cênicas, estáticas,
vívidas, opacas, completas,
incompletas, etc.)
ALUCINAÇÃO VISUAL

•Simples:
•(fotopsias: clarões,
chamas, raios, sombras,
vultos, etc.);
ALUCINAÇÃO VISUAL

Complexas:
(pessoas, monstros,
animais, bruxas, santos,
anjos, etc.)
ALUCINAÇÃO VISUAL

Bastante variáveis (além de


serem cênicas, estáticas,
vívidas, opacas, completas,
incompletas, etc.)
• Cenográficas ou oniróide (um
carro passa pela porta e, dele, desce
um bela mulher alada);

• Zoopsias = frequente no delirium


tremens, composta por bichos,
animais peçonhentos, cobras,
lagartos, geralmente promovedora
de grande ansiedade para o
paciente);
• Autoscópicas: o paciente se vê fora de seu
corpo;

• Liliputianas = pequenos seres falam com


o sujeito, pequenos objetos ganham vida.

• Extracampinais (o paciente enxerga coisas


fora de seu campo visual. Ex.: enxergar
algo atrás da cabeça, atrás da parede)
Fenômeno do duplo
•A sensação de que há um Eu dentro
do próprio corpo e um Eu fora dele é
denominada Doppelgänger, ou
fenômeno do duplo.

•Trata-se de um fenômeno que pode


ser apenas ideativo, mas, com certa
frequência, igualmente
sensoperceptivo.
Fenômeno do duplo
•Em muitos grupos culturais do norte da
Europa, há a crença de que o indivíduo será
visitado por seu duplo pouco tempo antes
de sua morte (Sims, 1995).

•O fenômeno do duplo ocorre em pacientes


com lesões cerebrais, delirium,
esquizofrenia, intoxicações por alucinógenos
e em indivíduos sadios.

•Um fenômeno próximo ao Doppelgänger é


a sensação de uma presença (feeling of a
presence).
Alucinações hipnagógicas e
hipnopômpicas

•As alucinações hipnopômpicas


ocorrem na fase em que o
indivíduo está despertando;
Alucinações hipnagógicas e
hipnopômpicas

•As alucinações hipnagógicas se


manifestam no momento em que ele
está adormecendo.
Alucinações hipnagógicas e
hipnopômpicas

•Essas alucinações são frequentemente


desprazerosas, associadas a sentimentos
de medo ou ameaça.
Alucinações hipnagógicas e
hipnopômpicas

•Nas alucinações visuais, veem-se


imagens caleidoscópicas, padrões
geométricos e luzes em forma de flash.

• Também são vistos animais, pessoas,


faces e cenas, que podem ser detalhadas e
coloridas
Alucinose

A alteração da sensopercepção
denominada alucinose é o
fenômeno pelo qual o paciente
percebe a experiência
alucinatória como estranha a sua
pessoa.
Para os psicopatólogos franceses
Henri Charles Jules Claude
(1869-1945) e Henri Ey (1900-
1977) afirmavam que a
característica das alucinoses é
serem adequada e
imediatamente criticadas pelo
sujeito, reconhecendo seu caráter
patológico. 2005).
Frequência

•A alucinose ocorre com maior


frequência em quadros psico-
orgânicos; por isso, foi também
denominada alucinação neurológica
(Cheniaux, 2005), apud
Dalgalarrondo, 2019.
POSSÍVEIS CAUSAS E TEORIAS
ETIOLÓGICAS DAS
ALUCINAÇÕES

•Inúmeras teorias, escolas


psicopatológicas e afins estudam esse
fenômeno; sabe-se que em todo evento
psíquico há alguma referencia cerebral.
•Em alguns casos essas correlação é
mais clara e compreendida.
•Em outros, não.
Para quem quiser desenhar sua
versão de noite estrelada:
Bibliografia

•Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia


dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo
Dalgalarrondo. – 3. ed. – Porto Alegre : Artmed,
2019. E-pub.

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