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RESUMO
Este trabalho tem como objetivo a aplicação da técnica de Análise Preliminar de Riscos
em um projeto de sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica de energia. Sabe-se que
nas últimas décadas, a energia solar tem se mostrado como uma alternativa promissora
na solução dos problemas energéticos. No Brasil, a partir de 2012, a ANEEL permitiu
que unidades consumidoras pudessem gerar sua própria energia e devolvê-la à rede de
energia elétrica em um sistema de compensação de energia. Com isso, projetos de micro
e mini usinas fotovoltaicas começaram a ser instaladas em todo Brasil. Esses projetos
ainda são carentes de análises qualitativas dos riscos que se impõem aos trabalhadores e
usuários desse tipo de tecnologia. É nesse sentido que se faz extremamente importante a
aplicação de uma técnica de análise de riscos de forma preliminar, como forma de
reduzir e controlar os riscos e seus efeitos.
ABSTRACT
This work aims to implement the preliminary risk analysis technique in a photovoltaic
system project connected to the power grid. It is known that in recent decades solar
energy has been shown as a promising alternative to solving energy problems. In Brazil
from 2012 ANEEL allowed consumer units to generate their own energy and return it to
the network in an energy compensation system. With this micro and mini photovoltaic
plants have begun to be installed in all Brazil. These projects are still lacking in
qualitative analyses of the risks that are imposed on workers and users of that kind of
technology. It is in this sense that it is extremely important to implement a preliminary
risk analysis technique as a way to reduce and control risks and its effects.
1. INTRODUÇÃO
2. ENERGIA SOLAR
No Brasil uma das maiores e principais fontes de energia elétrica são as de origem
hidráulica. No entanto fontes alternativas de energia têm ganhado destaque nos últimos
anos, principalmente as de cunho renovável como energia solar, eólica, biogás, etc.
Todas essas fontes tiveram um impulso devido ao PROINFRA do governo federal, que
destinou parte de recursos para serem aplicados nestes setores além de incentivos como
compra garantida de energia proveniente de fontes alternativas (CEPEL,2014). A
energia solar entra nesse rol de energias renováveis como sendo uma das mais
promissoras, dada sua portabilidade frente a outras fontes.
Aspecto relevante a ser considerado é que a energia solar é fonte inesgotável de energia
em escala terrestre, tanto como fonte de calor quanto de luz, e atualmente como uma
promissora fonte de energia elétrica (CEPEL,2014). Segundo o Relatório Especial sobre
Fontes Renováveis de Energia e Mitigação da Mudança Climática, a energia solar direta
é classificada em cinco blocos, sendo eles:
4
O efeito Fotovoltaico foi descoberto por Edmond Becquerel, em 1839, onde foi
observado uma diferença de potencial nos terminais de uma célula eletroquímica devido
a presença de luz (CEPEL,2014). Entretanto sua aplicação industrial se deu apenas em
1956, acompanhando o crescimento da eletrônica, que apresentava uma grande
evolução por conta das descobertas e aplicações provenientes do Silício.
5
Com a crise do petróleo, fontes alternativas de energia passaram a ter especial interesse
e, nesse contexto, a energia solar acompanhou esse crescimento e interesse
principalmente em aplicações terrestres (CEPEL,2014).
Em 1978, a produção da indústria fotovoltaica já ultrapassava a marca de 1 MWp/ano.
No final da década de 90 Japão e Alemanha investiram no crescimento e
desenvolvimento dessas tecnologias. Em 1998, a produção mundial chega a marca de
150 MWp/ano, com o Si ocupando 85% de todo o mercado (CEPEL,2014).
Apesar de abundante e de haver um crescimento considerável nos últimos anos, a
energia solar fotovoltaica ainda é pouco utilizada. Para mudar esse cenário e ampliar
ainda mais o crescimento nesse setor, incentivos foram sendo concedidos para
instalação de novos sistemas fotovoltaicos.
aceitação de
baterias de
chumbo-ácido.
Fornece um
procedimento de
ensaio para
Procedimento de avaliar
ensaio anti- inversores
ilhamento para utilizados em
Sistema
NBR IEC inversores de Sistemas
ABNT conectado a
62.116:2012 sistemas Fotovoltaicos
rede.
fotovoltaicos Conectados a
conectados à rede Rede quanto ao
elétrica. desempenho das
medidas de
prevenção de
ilhamento.
Estabelece as
Sistemas recomendações
fotovoltaicos – específicas para
características da a interface de Sistema
NBR
ABNT interface de conexão entre os conectado à
16.149:2013
conexão com a sistemas Rede Elétrica
rede elétrica de fotovoltaicos e a
distribuição rede de
distribuição
Especifica os
procedimentos
de ensaio para
verificar se os
Sistemas
equipamentos
fotovoltaicos –
utilizados na
características da
interface de
interface de
conexão entre o Sistema
NBR conexão com a
ABNT sistema conectado à rede
16.150:2013 rede elétrica de
fotovoltaico e a elétrica.
distribuição –
rede de
Procedimento de
distribuição de
ensaio e
energia estão em
conformidade.
conformidade
com os requisitos
da ABNT NBR
16.149.
Sistemas Estabelece as
conectados à rede informações e a
elétrica – documentação Sistema
requisitos mínimas que conectado à rede
mínimos para devem ser elétrica (pode
NBR
ABNT documentação, compiladas após ser utilizada
16.274:2014
ensaios de a instalação de parcialmente
comissionamento, um sistema para sistemas
inspeção e fotovoltaico isolados).
avaliação de conectado à rede.
desempenho Também
8
descreve a
documentação,
os ensaios de
comissionamento
e os critérios de
inspeção
necessários para
avaliar a
segurança da
instalação e a
correta operação
do sistema.
Estabelece às
condições de
acesso,
compreendendo
a conexão e o
uso do sistema
de distribuição,
não abrangendo
as demais
instalações de
Módulo 3 – transmissão, e
Sistemas
Acesso ao define os
ANEEL PRODIST conectados à
sistema de critérios técnicos
rede
distribuição e operacionais,
os requisitos de
projeto, as
informações, os
dados e a
implementação
da conexão
aplicando-se aos
novos acessos
bem como aos
existentes
Estabelece os
requisitos e
condições
mínimas,
objetivando a
implementação
de medidas de
Sistema isolado,
controle e
Segurança em para
sistemas
instalações e bombeamento
MTE NR 10 preventivos, de
serviços em de água, híbrido
forma a garantir
eletricidade e conectado à
a segurança e a
rede elétrica
saúde dos
trabalhadores
que, direta ou
indiretamente,
interajam com
instalações
elétrica e
9
serviços de
eletricidade.
Estabelece os
requisitos
mínimos e as
medidas de
proteção para o Sistema isolado,
trabalho em para
altura, bombeamento
envolvendo o de água, híbrido
planejamento, a e conectado à
Trabalho em
MTE NR 35 organização e a rede elétrica,
altura
execução, de dependendo da
forma a garantir forma de
a segurança e a instalação do
saúde dos gerador
trabalhadores fotovoltaico.
envolvidos direta
ou indiretamente
com esta
atividade.
A análise preliminar de riscos (APR), surgiu na área militar para ser aplicado como
ferramenta de revisão nos novos sistemas de mísseis projetados para uso de
combustíveis líquidos (CICCO;FANTAZZINI,2003). As análises realizadas tinham o
objetivo de evitar o uso desnecessário de materiais, projetos e procedimentos de alto
risco, ou, caso fossem necessários, para assegurar a inclusão de medidas preventivas
(SELLA,2014).
Conceitualmente, segundo SELLA (2014), APR é uma análise onde se identificam
eventos indesejáveis, suas causas, consequências, modos de detecção e salvaguardas.
Trata-se de uma análise centrada na identificação dos riscos existentes para as pessoas,
o meio ambiente, o patrimônio, a continuidade operacional e a imagem da empresa.
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Para um bom entendimento e uma boa elaboração de uma APR, é necessário que se
tenha em mente alguns conceitos fundamentais que são:
Perigo: uma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial para causar danos às
pessoas, à propriedade, ao meio ambiente ou à combinação desses (CETESB,2011);
Causas: eventos simples ou combinados, que levam à ocorrência dos perigos
previamente identificados. Podem envolver falhar intrínsecas quanto erros de operação
e manutenção (Eletronuclear, 2014);
Efeitos: severidade das consequências provocadas por um determinado perigo
(AIChe,2008);
Modos de detecção: maneira pela qual pode-se identificar a ocorrência de um
determinado evento acidental. Geralmente realizada através de sistemas supervisórios
capazes de detectar eventos danosos (ex. detectores de incêndio, manômetros de
pressão, etc.);
Frequência: dão ideia qualitativa da quantidade de eventos por um dado período de
acordo com um cenário previamente conhecido.
Basicamente a aplicação da APR está associada ao preenchimento de uma tabela onde
esses elementos são inseridos e servirão como base de direcionamento de ações com a
finalidade de reduzir os danos causados. O modelo de tabela mais comum encontrado na
literatura é apresentado na Tabela 2.
Controles insuficientes.
Métodos alternativos devem ser considerados
Não tolerável (NT) a fim de reduzir a probabilidade de ocorrência
ou a severidade das consequências, de forma a
trazer os riscos para regiões de menor
magnitude.
A correlação entre todos os conceitos apresentados constrói uma matriz de riscos que
auxiliam no entendimento e na tomada de decisões referente aos riscos do processo ou
projeto a ser instituído.
C. OS RISCOS ENVOLVIDOS
As instalações com energia solar podem dar origem a vários ricos conjugados ao longo
do seu ciclo de vida (EU-OSHA). Os principais riscos podem ser:
Riscos químicos e metais tóxicos;
Riscos elétricos/queimaduras;
Trabalho em altura;
Lesões musculoesqueléticas (LME).
Além desses riscos psicossociais e os problemas de organização do trabalho têm relativa
relevância uma vez que, no trabalho com são envolvidas diversas pessoas como mão de
obra, com diferentes competências, habilidades de funções, além da possibilidade de
conter funcionários de outras empresas, subcontratados, e trabalhadores por vezes
inexperientes.
D. APR-SFCR
Neste trabalho, alguns risos mais comuns foram considerados para a construção de um
modelo de APR a ser aplicado em um projeto de instalação de SFCR, em um micro
gerador conforme a legislação.
Os riscos mais comuns considerados foram:
Queda – o trabalho de montagem e instalação dos módulos fotovoltaicos é realizado na
cobertura de modo geral nas coberturas das residências e com isso eleva-se o rico de
queda;
Choque elétrico – os sistemas fotovoltaicos são ativos sob a presença de luz e com isso
o trabalho ocorre sob presença de eletricidade proveniente das próprias placas;
Insolação - o trabalho é feito em campo e a céu aberto, não havendo proteção ou
cobertura para os trabalhadores.
LME – os trabalhadores executam o transporte dos módulos até o local onde serão
instalados. Esses locais estão localizados na cobertura em alturas onde o esforço para
levar cada módulo é elevado necessitando da participação de mais de um trabalhador. É
comum em trabalhos dessa natureza queixas relacionadas as articulações e musculatura.
Curto-circuito – como as atividades são executadas com elementos energizados é
necessária muita atenção para se evitar o contato dessas partes energizadas umas com as
outras ou mesmo com a estrutura.
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5. CONLUSÃO
6. REFERÊNCIAS
Tabela 7 - APR-SFCR
Endereço:
Data: __/___/____
Descritivo do empreendimento, análise circunstancial e vistoria de campo
Categorias
Modos de NC
Etapa Risco Causa Efeitos Recomendações/Obs.
Detecção F S R
Trabalho Utilização dos EPIs adequados
Lesões graves;
Queda realizado em Observação local; C IV M Trabalho supervisionado
Possibilidade de morte.
altura Aplicação da NR 35
Placas
solares Utilização dos EPIs adequados;
Choque permanecem Observação local; Lesões graves; Trabalho supervisionado;
C IV M
elétrico ativas sob Instrumentação e leitura das tensões. Risco de morte Aplicação da NR10.
presença de Utilizar aterramento funcional.
luz
Lesões graves a
Montagem Trabalho Observação local; Utilização de EPIs adequados;
médias;
das Placas realizado sob Análise das condições dos Protetor solar;
Insolação Perda de consciência; C III M
Solares irradiação trabalhadores de campo; Reduzir o tempo de exposição;
Queimaduras;
solar direta Divisão das equipes de trabalho
Câncer de pele.
Trabalhos
manuais com Observação local;
Lesões leves a graves; Orientar sobre o uso das ferramentas;
esforço Check list de ferramentas;
Traumas Oferecer treinamentos;
LME repetitivo; Utilização de ferramentas adequadas; B II T
musculoesqueléticos; Realizar a vistoria dos equipamentos
Transporte Orientação sobre o uso das
e as condições de uso.
de cargas e ferramentas
objetos com
21
peso
considerável;
Manuseio de
ferramentas
manuais
Utilização dos EPIs adequados;
Aplicação da NR 10;
Trabalho Possibilidade de morte;
Orientação sobre os riscos;
manual com Lesões graves;
Instalação Observação local; Trabalho supervisionado;
Choque circuitos Danos significativos
dos Instrumentação e medidas de tensão C IV M Desligar a energia elétrica da rede,
elétrico possivelment aos sistemas;
módulos no local. sinalizar sobre a manutenção, colocar
e Possibilidade de curto-
inversores barreira para impedir o religamento
energizados circuito.
intencional, utilizar aterramento
funcional.
Utilização de EPIs adequados;
Aplicação da NR 10;
Trabalho Possibilidade de morte;
Orientação sobre os riscos;
manual com Lesões graves;
Observação local e verificação da Trabalho supervisionado;
Montagem circuitos Danos significativos
Choque presença de energia elétrica nos Cobrir as placas com manta opaca;
dos elétricos aos equipamentos e C IV M
elétrico condutores, proveniente das placas Desligar os circuitos de alimentação
quadros de possivelment circuitos;
solares ou da rede de distribuição. provenientes da rede elétrica, travar o
energia e Possibilidade de curto-
religamento, sinalizar sobre o
energizados circuito
trabalho realizado na rede elétrica.
Utilizar aterramento funcional.
Trabalho Medidas de segurança devem ser
manual com Lesões graves, aplicas;
Observação local e verificação da
Passagem Choque circuitos Possibilidade de morte, Aplicação da NR 10;
presença de corrente elétrica C III M
dos elétrico possivelment curto-circuito, danos Utilização de EPIs adequados;
proveniente das placas solares.
circuitos e aos sistemas elétricos. Trabalho supervisionado;
energizados Utilização de Aterramento Funcional;
Conexão dos
Lesões graves, risco de
circuitos aos
morte; Aplicação da NR 35;
módulos
Queda Observação local Danos consideráveis C III M Utilização dos EPIs;
fotovoltaicos
aos sistemas e à Trabalho supervisionado.
localizados
estrutura
no telhado