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BALANÇO DA ACTIVIDADE DESENVOLVIDA DURANTE O PERÍODO

DECORRIDO ENTRE O INÍCIO DO ANO LECTIVO E A INTERRUPÇÃO DE


CARNAVAL NO ÂMBITO DO PROJECTO DA OFICINA PERMANENTE DE
ARTES PERFORMATIVAS

Após o período de planificação do ano lectivo, negociação e acerto de horários,


teve início o desenvolvimento das actividades preparatórias previstas na planificação,
segundo os conteúdos e a metodologia previamente negociados.

Embora apoiadas em dispositivos artístico-pedagógicos que estavam a ser


desenvolvidos na referida fase preparatória, foi esta interrompida pouco mais que a
meio do primeiro trimestre, a fim de aceder à solicitação de uma parte dos professores
para a preparação de performances destinadas a abrilhantar as respectivas festas de
Natal, isto nas duas Escolas em que o projecto desenvolve a sua actividade. Tentou-se,
contudo, fazê-lo de forma articulada, procurando aproveitar os aspectos coreográficos
do trabalho já realizado para a montagem de uma performance que se ativesse aos
contornos míticos do drama simbólico inerente ao Presépio.

Foi desde logo por nós considerado prematuro sujeitar os alunos aos impactos da
apresentação de um espectáculo, desestruturando a lógica de execução do projecto e
tornando ainda mais curtos os tempos lectivos destinados aos conteúdos preparatórios e
à aquisição de técnicas básicas da linguagem performativa. Apesar de tudo, as
apresentações foram realizadas com sucesso e de forma satisfatória para os professores
e as famílias e, felizmente, sem consequências para os alunos.

Após este primeiro período veio a ser levantado pela direcção de uma das
Escolas, a do Alto de Rodes, uma questão de avaliação presencial por parte dos
professores titulares da turma que, em reunião com a direcção e os professores veio a
conduzir a alguns reajustamentos nas estratégias utilizadas, nomeadamente quanto à
necessidade de trabalhar com a turma inteira em vez de dividir os tempos lectivos por
grupos mais pequenos que permitindo uma maior concentração e especialização do
trabalho obrigavam, no entanto, o professor da turma a ficar com os restantes alunos e a
não presenciar o trabalho realizado com aqueles com quem em cada momento se estava
a funcionar, o que, segundo a direcção da Escola, contrariaria alguns procedimentos do
funcionamento da Escola. Foi ,no entanto, reafirmado pelos professores o interesse e a
bondade da existência na Escola do projecto da Oficina Permanente de Artes
Performativas e das actividades por ela desenvolvidas, e tendo os professores, eles
próprios, exprimido a opinião de que a interposição extemporânea da preparação das
festas prejudica objectivamente o desenvolvimento harmonioso do projecto de
preparação dos alunos para a exposição pública, a qual deve ser gradual e ter na festa de
fim de ano a sua apresentação como clímax, conclusão e epílogo da realização do
projecto.

Na Escola de S. Luís não foram levantados estes ou outros problemas e o


projecto acabou sendo solicitado para a preparação das intervenções performativas dos

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alunos no desfile de Carnaval organizado pela Câmara Municipal, não só por parte das
turmas envolvidas no projecto mas também de outras, nomeadamente as dos 1º e 3º
anos, que procuraram, por assim dizer, apanhar o comboio já em andamento. Dentro das
limitações inevitáveis à confrontação de um trabalho regularmente desenvolvido ao
longo do ano com a montagem apressada e sem suporte preparatório, por um lado, e a
integração das nossas turmas numa organização não controlada por nós por outro, ainda
assim, graças à generosidade e alegria característica das crianças tudo correu
satisfatoriamente, acabando até por conferir mais qualidade e brilho ao desfile no seu
conjunto.

Esta satisfação e êxito, mesmo que às vezes de forma problemática, alcançados


pelos alunos, não escondem porém a sensação que se tem vindo a acumular em nós de
que esta vertente do trabalho lectiva de apoio às Escolas na área das Artes
Performativas, tem esgotado as energias do projecto em desfavor das outras vertentes
que à partida eram principais, nomeadamente a da realização performativa própria e,
com base nesta, a mobilização de jovens para o trabalho performativo com os mais
pequenos. É no entanto inegável que um dos principais, senão o principal objectivo do
projecto, a saber: a propaganda do conceito de Artes Performativas, tem vindo a
beneficiar da própria afirmação destas no conjunto da sociedade, por um lado, enquanto
por outro se verifica uma cada vez maior abertura das instituições a iniciativas do
mesmo âmbito, coisa que aquando do início da nossa actividade estava longe de ser
assim.

No seguimento do compromisso anteriormente assumido, a Oficina Permanente


de Artes Performativas promoverá no período subsequente ao presente balanço, a
implementação de quatro parcerias, duas com performers que trabalham na faixa etária
correspondente ao 1º Ciclo do Ensino Básico, nomeadamente a atriz Genoveva Faísca e
o animador José Graça, uma outra com o Grupo de Capoeira Popular de Faro, com vista
à realização de actividades artístico-pedagógicas com crianças a serem negociadas com
a estrutura das Escolas, e a quarta com a E.S.E. na pessoa do professor Doutor Jorge
Santos, com vista à utilização de espaços pertencentes àquela Escola para actividades da
O.P.A.P. e ao envolvimento de alunos da E.S.E. e da E.S.D. em projectos da O.P.A.P.

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