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O Direito na Sociedade:
Direito: fenómeno humano e social - Surge onde existem homens e relações humanas.
Regras que balizam e regulam comportamentos.
Direito: “a ordem” ou “uma ordem” da sociedade? - É uma das ordens que regulam os
comportamentos por regras. Mas há mais: Ética; Moral; Religiosa; Social;
Ordem normativa:
Ordem religiosa;
Ordem moral;
Ordem de trato social;
Ordem jurídica - Estabelece as regras do relacionamento humano que têm de
ser cumpridas;
Características da ordem jurídica:
Imperatividade;
Indispensabilidade - define as regras essenciais para o relacionamento humano
e cria o indispensável. Regras de observância estrita, tornando-se indispensável,
para a convivência das pessoas. Regras absolutamente indispensáveis a este
relacionamento;
Estatalidade - Regras que provêm do estado;
Coercibilidade - Possibilidade de por vários recursos, coagir e impor o
comportamento. Medidas de coação. Cumprindo forçosamente, aplicando pela
força. É imposto á pessoa através da força aquilo que lhe era devido;
Exterioridade - O direito só se preocupa com o que se reflete no exterior do
indivíduo. Só contém regras que regulam os comportamentos que se
exteriorizam.
Direito:
“ordem existente com o sentido de um dever ser, em cada sociedade, destinada a
estabelecer os aspectos fundamentais da convivência e a criar condições para a realização
das pessoas, e que se funda em regras com exigência absoluta de observância”.
Direito da Saúde:
“Conjunto de regras jurídicas aplicáveis às acções de saúde”;
“Sistema de normas jurídicas que disciplinam situações que têm a saúde por objecto
imediato ou mediato e regulam a organização e o funcionamento das instituições destinadas
à promoção e defesa da saúde”.
Objetos do Direito da Saúde:
Direito Médico ou Biomédico ou Direito da Medicina;
Direito dos Doentes/Utentes;
Direito Hospitalar ou Direito das instituições de saúde;
Direito da Saúde Pública;
Direito das Profissões de Saúde:
Direito da Enfermagem - Leis e regras que regulam os comportamentos dos
enfermeiros com vista á promoção da saúde.
O Estado de Direito
O Estado de Direito – Disciplina o funcionamento dos órgãos na criação das regras e
princípios, formulando sobre esses órgãos regras e princípios orientadores (regras e
princípios só são validos se respeitarem a constituição Portuguesa, ou seja, quanto
estiverem conforme a CRP (Constituição da Republica Portuguesa). Esta pressupõe a
existência de 1 norma superior – a Constituição: esta é a norma fundadora da organização
social e do exercício do poder, mas tem que ser permeável, ou seja, pode sofrer alterações.
Só se aprovam regras que estejam de acordo com a CRP. Se não estiverem conforme a
CRP, são inconstitucionais).
Elementos essenciais:
Origem: Doutrina alemã do Séc. XIX;
Portugal: Constituição da República Portuguesa de 1976 como primeiro passo da sua
conceptologia constitucional em Portugal [artigos 2.º e 9.º/al. d)] - Portugal e a ordem
jurídica Portuguesa adotaram o estado de direito.
Significância:
Estado constitutivo de preceitos jurídicos;
Estado conglobador e integrador de um amplo conjunto de regras e princípios
que densificam a ideia de sujeição do poder a princípios e regras jurídicas,
garantindo aos cidadãos, liberdade, igualdade e segurança;
Proteção dos cidadãos contra a prepotência, o arbítrio e a injustiça
(especialmente por parte do Estado).
Estado de Direito Democrático – Elementos Essenciais da democracia política:
Soberania popular (artigo 2.º e 3.º/1 da CRP) ou Vontade popular (artigo 1.º);
Poder político exercido através do sufrágio universal igual direito e secreto (artigo 10.º
da CRP);
Participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais [artigo 9.º/
c) da CRP];
Papel da descentralização: Autonomia local e regional (artigo 225.º/2 e 235.º/1 da CRP).
Estado de Direito Democrático – Estado Democrático Constitucional:
A Constituição é, diretamente, a lei que rege a organização e o exercício do poder
político.
Estado de Direito Democrático, sob este ponto de vista, significa, pois, à partida,
que o poder se forma e se exerce “nos termos da Constituição”, que a Democracia assenta
na “juridicidade constitucional”.
Atos criadores
de Direito
Internacional
Atos Normativos de
Constituição – topo de todo Administração
o Sistema Jurídico. Todas as Leis prevalecem sob outras, ou
seja, são hierarquicamente superiores;
O Direito e Justiça
A representação da Justiça
Os símbolos da Justiça:
Na Grécia, a Justiça teria sido representada pela deusa Diké (filha de Thémis) que, de
olhos abertos, segura uma espada e uma balança ou por Thémis exibindo só uma
balança, ou ainda uma balança e uma cornucópia;
Mais tardiamente, em Roma, é a figura da deusa romana Ivstitia que aparece de olhos
vendados, sustentando uma balança já com o fiel da balança ao meio;
Representação da Justiça, ao longo dos tempos, é sugestiva da sua própria evolução;
Pensa-se que as deusas gregas da Justiça, Thémis ou Diké, armadas de espada, sem o
fiel da balança, representam uma realidade epistemológica e normativa anterior e
menos desenvolvida que a deusa romana Ivstitia com fiel da balança. A atividade do
executor simbolizada pela espada punitiva perde importância, para os romanos, face à
valorização do conhecimento, do intelecto e do rigor, simbolizados pelo fiel da
balança, alegórico ao pretor romano;
Nas primeiras representações conhecidas, a deusa da Justiça surge de rosto descoberto,
sem venda, aparentemente aludindo à necessidade de ter os olhos bem abertos e
observar todos os pormenores relevantes para a justa aplicação da Lei, só mais
tardiamente a figura da deusa se revela de olhos vendados. Não vê, porque a lei é igual
para todos.
Principio:
É o elemento primeiro e imanente do futuro, algo que evolui ou se desenvolve;
A causa primitiva e não imanente da geração ou de uma ação;
Numa demonstração logica, as premissas são principio em relação à conclusão;
Para designar a pessoa, cuja vontade é causa de movimento ou de transformação;
O sentido do começo de uma linha ou de uma estrada, o ponto e partida de um
movimento.
Fundamento:
Fundamentação metafisica dos costumes – encontrar o último fundamento da
moralidade;
“Imperativo categórico”, i.e., um princípio que é fundamento último para todas as
ações humanas;
O dever ser exige uma causa originária que lhe dê fundamento: a liberdade;
Sentido de razão justificativa;
A faculdade de determinar-se na ação segundo a representação de certas leis é a razão
pratica.
Justiça – 1ª síntese:
De força divina em conceito filosófico e em função social;
Associa, no percurso:
Preceitos da conduta, configurando certos limites;
Noção que incorporou a transgressão e a retribuição;
Imposição humana – lei de carater mural;
Noção de “limite”.
Justiça – 3ª síntese:
O Direito é objecto da Justiça;
A Justiça é a vontade constante de atribuir a cada um aquilo que é seu;
Ontologia do Direito em três tópicos:
A Justiça;
A Pessoa;
O Seu, a coisa devida.
Ricoeur, O Justo
Arquitetura da Justiça
Primeiro nível:
A vida ética é o desejo de uma realização pessoal, com e para os outros, sob a
virtude da amizade e, em relação com um terceiro, sob a virtude da justiça;
A primeira característica do justo é como uma figura do bom, com e para o
outro, que não é simplesmente o da relação interpessoal, mas um terceiro, um
“cada qual”.
Segundo nível - a vida ética é o respeito de si, do outro e de todas as formas regradas
da justiça, através das estruturas processuais. Predicação de «obrigatório» para as
acções;
Terceiro nível - nasce do encontro com as situações trágicas, sob a pergunta “como
decifrar a própria vida nas situações de incerteza, de conflito ou de risco?” e a
sabedoria prática surge como o “juízo bem ponderado” na situação do “trágico da
ação”, em face ao conflito. Figura do equitativo.
Capacidade Jurídica:
“A concreta medida de direitos e obrigações de que sejam suscetíveis” (Menezes
Cordeiro);
Capacidade de gozo (titular de todos os direitos e obrigações da sua esfera (beneficio):
Também chamada capacidade de direito, respeita à titularidade de direitos, de
situações jurídicas;
Capacidade de exercício (capacidade de agir livremente sob os direitos e obrigações):
“Também designada capacidade de agir, que é a suscetibilidade que a pessoa
tem de exercer pessoal e livremente os direitos e cumprir as obrigações que
estão na sua titularidade”.
A Constituição da República Portuguesa (CRP): princípios
fundamentais; direitos e deveres fundamentais
Princípios fundamentais:
Princípio da Dignidade Humana:
Fundamento e limite da ação do Estado;
A ordem jurídica e a irredutibilidade, insubstituibilidade e irrepetibilidade de
cada pessoa;
O papel dos direitos fundamentais e a enunciação e proteção oferecida pela
Constituição como concretização da Dignidade Humana;
A subordinação da vontade popular à Dignidade da pessoa humana;
As diversas fontes de
Responsabilidade no Exercício da Enfermagem
A Responsabilidade Civil:
Relação Jurídica de prestação de cuidados de saúde/enfermagem
Pressupostos:
o Facto;
o Ilicitude/Incumprimento ou Cumprimento defeituoso;
o Culpa;
o Danos (Patrimoniais/Não Patrimoniais);
o Nexo de Causalidade.