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Anjos podem pecar mesmo sendo perfeitos

Os anjos seriam seres espirituais à semelhança de Deus. Estes seres estariam mais
próximos da natureza de Deus que qualquer outra criatura. Sendo filhos de Deus, em
sentido pleno, refletiriam, com maior perfeição, as qualidades de seu Criador.
O que seria ser perfeito?
Qualquer pessoa sabe o que significa ser perfeito. O ditado mais conhecido, que ouvimos
desde que quando éramos crianças, é: “Perfeito só Deus.”
A palavra usada no grego para perfeição é “teleios” que quer dizer “atingir fim, um
propósito, um objetivo, uma meta, completo, maduro, plenamente desenvolvido, adulto,
levado ao seu estado final, acabado, não faltando nada necessário, integralidade em bom
estado de funcionamento, solidez consumado, ser inteiro. “
No hebraico, a palavra para perfeição é Tamim significa perfeito, sem defeitos,
concluído.
Mas quando a biblia fala que Deus, Jesus e os anjos são perfeitos, qual daqueles sentidos,
estaria se referindo?
A pergunta se torna importante porque muitos procuram distorcer em algumas passagens
biblicas seu real sentido, para favorecer seus próprios interesses e ideias.
O homem Adão quando foi feito, segundo a biblia, à imagem e semelhança de Deus,
também era perfeito.
Mas sendo os anjos e Adão perfeitos à semelhança de seu criador poderiam errar, ou seja,
pecar?
Vamos entender agora o significado de pecado.
No hebraico e no grego comum, as formas verbais (em hebr. hhatá; em gr. hamartáno)
significam "errar", no sentido de errar ou não atingir um alvo, ideal ou padrão. Em latim,
o termo para pecado é peccátu. O apóstolo Paulo dá o significado de pecado: ”Mas eu não
conheci o pecado senão pela lei. Porque não teria ideia da concupiscência, se a lei não
dissesse: Não cobiçarás” Romanos 7:7

“Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a
transgressão da lei.” (1 Jo 3:4)
A definição que Paulo e João dão para o pecado, perceba, não tem nada que ver com “não
atingir um alvo, ideal ou padrão”para eles, pecado é a violação da lei(lei judaica). E essa é
a ideia mais predominante nas escrituras hebraicas e gregas. Os judeus chamavam a todos
os que não cumpriam a lei mosaica de pecadores ou iníquos.

“E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e
pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos.
E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com
os publicanos e pecadores?
Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os
doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício.
Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.”
Mateus 9:10-13

Com as definições de perfeição e de pecado observados acima, creio que podemos seguir
adiante.

Vimos que são muitos os sentidos que podem ser utilizados para o termo perfeição.

Já dissemos também que o sentido que a maioria das pessoas entendem como perfeição é o
de que algo ou alguém é completo em si, acabado, sem defeito, algo que não precisa ser
corrigido, nasceu pronto, padrão ou ideal alcançado.

O apóstolo Paulo corroborou esse mesmo entendimento quando comparou Cristo a Adão,
chamando-o de último Adão e que este tinha similaridade ou semelhança com Cristo. A
ideia, portanto, era que, Cristo era perfeito(teleios = sem defeitos, ideal alcançado) assim
como Adão também o(Tamim = sem defeitos) fora.

” Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o
último Adão em espírito vivificante.” 1 Coríntios 15:45

“Não obstante, a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre os que não tinham
pecado na semelhança da transgressão de Adão, o qual tem similaridade com aquele que
havia de vir.” Romanos 5: 14
Não é por nada que o sacrifício que havia de ser oferecido, segundo o entendimento
cristão, tinha que ser à altura de Adão, ou seja, outro homem perfeito tinha que morrer em
lugar de Adão. A perfeição de ambos não tinha o sentido de atingir o alvo, mas sim, o de
perfeição quanto à estrutura, formação física.
Há até ilustrações, por aí, que colocam Adão e Jesus em lados opostos de uma balança.
Querendo transmitir a ideia de equivalência ou similaridade em termos de perfeição de
ambos.

E para que não pairem dúvidas sobre tudo que já foi abordado e esclarecido aqui, uma das
explicações que é dada para justificar a longevidade de Metusalém(969 anos), Noé(950
anos) e outros é que estes estariam mais próximos do tronco Adão, daí, o motivo de terem
vivido por tanto tempo. Quer dizer, estes estariam próximos da condição de perfeição que
fora dada a Adão.

Partindo, portanto, dessa ideia, é completamente irracional e ilógico, imaginarmos que


anjos e humanos perfeitos pudessem pecar. O estado de perfeição, em que estes foram
feitos, impediria que errassem, pecassem ou melhor não atingissem o alvo para o qual
foram criados. Não tem sentido o que muitos crentes, em geral, dizem. O ser que possuiria
a perfeição em seu máximo grau, Deus, se porventura, criasse seres, que mesmo sendo
perfeitos, estivessem sujeitos ao erro ou ao pecado, implicaria dizer que ele não era
perfeito também. Porque se ele criou algo ou alguém para que atingisse determinado alvo
ou objetivo, e esse alguém não o atinge, então quem deixou de atingir o alvo antes, foi seu
próprio criador, a culpa não poderá ser exclusiva da criatura, mas será do criador,
inclusive.

No nosso dia a dia se dá da mesma forma. Imagine você ir a uma loja de informática e um
vendedor lhe oferece o mais avançado computador. Você chega em casa, e logo começa a
testar todas as funcionalidades desse supercomputador. De repente, ele não consegue
processar um dado do mesmo modo de antes. O que você acharia? Que você foi enganado
pelo vendedor e que o fabricante não fez um bom trabalho quando produziu aquela
máquina. O mesmo se daria no caso de Deus, se entendermos que ele pode ser comparado
aquele fabricante.

Em uma grande obra de engenharia. De quem é o crédito se ela for bem-sucedida? E de


quem será o descrédito pelo seu fracasso? Está na cara que em ambos os casos, a
responsabilidade recairá, sempre, na pessoa do engenheiro chefe, em especial, e de toda a
sua equipe. A obra não será culpada pelo fracasso de quem a projetou. Do mesmo modo,
isso se dá com Deus.

Paulo, em Romanos 9:20,21, traz a figura do oleiro e o compara com IHVH( Jeová, Javé, ...)
“Mas quem és tu, ó homem, para contestar a Deus? Porventura o vaso de barro diz ao
oleiro: Por que me fizeste assim?

Ou não tem o oleiro poder sobre o barro para fazer da mesma massa um vaso de uso
nobre e outro de uso vulgar?”

Em Jeremias que foi de onde Paulo extraiu as ideias em Romanos, é dito: “E desci à casa
do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele
fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o
que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.

Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que,
como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.”

Você sabe o que é um oleiro? Oleiro é o artesão responsável por fabricar e comercializar
objetos feitos de cerâmica, barro. O oleiro trabalha na olaria, que consiste no lugar que
produz os objetos feitos de barro.

Notem que Paulo e Jeremias deixam claro que assim como o oleiro que faz o que quer com
o barro que modela, da mesma forma Deus age em nosso caso. Deus é o oleiro e nós o
barro em suas mãos. O barro não tem vontade própria, o oleiro faz aquilo que deseja com
o barro. Embora Paulo fale em vaso de honra e de desonra, ambos são feitos por vontade
exclusiva do oleiro, Deus. Nenhum deles, quer seja os honrosos, quer seja os desonrosos,
tem vontade, servem apenas para engrandecer o oleiro, IHVH, o criador.

E se o oleiro faz o que quer com o barro e tira dessa arte seu sustento, poderia ele produzir
algo que lhe trouxesse uma má reputação como profissional do barro?

Se esse oleiro viesse a fazer um vaso torto ou com qualquer outra mácula, de quem seria a
culpa ou sobre quem recairia o descrédito? É óbvio que seria do oleiro, e não do vaso
produzido com defeito. Quem olhasse para a obra, logo desmereceria seu criador.

Quando vemos uma obra de arte, a quem atribuímos os devidos elogios?

Deus é o oleiro maior, assim jamais esse oleiro produziria criaturas humanas e espirituais
em tais condições. Ele teria o maior zelo possível em produzi-los em um estado de extrema
perfeição, pois do contrário, qualquer defeito ou erro encontrado seria reputado a ele.
Nessa hora, argumentam alguns que os anjos e os homens teriam o livre-arbítrio. Mas essa
argumentação não tem sustentação. Vimos que o barro não tem vontade para decidir
como o oleiro deve trabalhar sobre ele. E essa explicação está na biblia, não foi inventada,
está lá. Não há o que se argumentar em cima disso!

Mas mesmo assim, os mais insistentes continuariam nessa questão. O que é então livre-
arbítrio?

Na internet, encontrei essa definição para ele: “Oportunidade ou possibilidade de tomar


decisões por vontade própria, seguindo o próprio discernimento e não se pautando numa
razão, motivo ou causa, estabelecida.”

E é isso que as pessoas comuns também entendem que ele seja. Uma das primeiras
objeções de alguns crentes quando questionados a respeito da trindade, é dizer que esta
palavra sequer aparece na bíblia. Eles também deveriam pensar assim, no caso do livre-
arbítrio.

Foi santo Agostinho que criou a teologia do livre arbítrio. Ele disse, por exemplo, que
livre-arbítrio é a escolha entre o bem e o mal.

Vejam que para se fazer uso do livre-arbítrio, é necessário antes que se faça uso do
discernimento. São pessoas que tenham capacidade de discernir algo, que podem fazer
uso do livre-arbítrio, e mais esse discernimento não pode estar preso a alguma razão,
motivo ou causa estabelecida. Porque senão isso não seria mais fazer uso da liberdade de
escolha que é próprio da pessoa, mas se tornaria algo impositivo. E onde há imposição não
há livre-arbítrio, tampouco vontade a ser respeitada.

Portanto, se para ter livre-arbítrio é preciso saber discernir, então um homem perfeito cuja
capacidade de discernir estaria em um nível bem mais elevado que a de um homem
imperfeito, jamais pecaria ou erraria o alvo para o qual fora feito. Só um homem
imperfeito procederia de modo diverso. E essa lógica louca da maioria dos crentes fica
ainda totalmente afastada quando pensamos no caso dos anjos. Se os anjos estão acima dos
homens, como então estes mesmos teriam sua capacidade de discernir pior que a de
humanos?

Teríamos que admitir que humanos imperfeitos, cheios de defeitos, segundo a lógica
biblica, teriam a capacidade de discernir em escolher servir ou não a Deus melhor que
anjos perfeitos. Quer dizer, um homem imperfeito atingiria o alvo para o qual fora criado
bem melhor que alguns anjos. Isso é um total absurdo!

E vejam novamente o que Paulo fala: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne,
não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o
bem.

Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.

Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.

Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.”

Viram, Paulo reconhece que por ser pecador, não consegue, por mais que queira, praticar
o bem. O bem nesse caso, é cumprir a lei. E, outro detalhe, o pecado não é apenas não
atingir o alvo, o pecado é algo existencial e interior, uma inclinação ou propensão,
segundo as palavras de Paulo.

Assim, fica mais que provado que o homem perfeito nunca, e digo mesmo, nunca
cometeria o pecado(errar o alvo) porque ele não estaria nessa condição de Paulo de haver
dentro de si, algo que o impeliria para praticar algo contrário à lei. Ter ou não livre-
arbítrio não influenciaria o estado de perfeição do homem ou dos anjos.

Percebemos também nas palavras de Paulo, embora não aprofundarei essa questão aqui,
uma incoerência, inconsistência. Pois ele diz que o bem que quer fazer, não consegue
porque o pecado que está nele não o permite. E se é o pecado que faz, não ele. E ele mesmo
assume essa condição imposta, quando diz “já o não faço eu, mas o pecado que habita em
mim.”, então ele não poderia ser responsabilizados por seus atos.

Ainda na tentativa de salvar suas crenças distorcidas e desconexas com a realidade dos
fatos e do contexto, muitos procuram citar diversos textos que indicariam que anjos
teriam, sim, pecado.

“E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes
nasceram filhas.Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e
tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. “

“Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante, quando os filhos
de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos. Estes são os heróis, tão
afamados nos tempos antigos.
E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a
imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu
coração.” Gênesis 6:1,2,5,6

Alguns estudiosos, teólogos e eruditos judeus e cristãos dizem que essa passagem não se
refere, na realidade, a anjos, mas sim, aos descendentes de Caim que na semelhança do
pai, seriam também desobedientes, violentos e malfeitores, enquanto essas filhas dos
homens seriam “os descendentes” de Sete, que era homem bom.
Para contra-arrazoar essa argumentação, outros apontam a citação do livro de Jó 1:6 “Ora,
veio a ser o dia em que os filhos do [verdadeiro] Deus entraram para tomar sua posição
perante Jeová, e até mesmo Satanás passou a entrar no meio deles.” E também as
referências às estrelas da manhã contidas em Salmos e mesmo a de Nabucodonosor
quando presenciou um quarto homem(semelhante a um filho dos deuses) na fornalha de
fogo com Sadraque, Mesaque e Abdnego.
Concordo com os que dizem que a expressão “filhos de Deus” se refira aos anjos de Deus.
Não há quase que nenhum vestígio que ligue esses filhos de Deus aos descendentes de
Sete. O que há mesmo, nesse sentido, é uma forçação de interpretação.
Além do que alguns escritores do novo testamento corroboraram a ideia de que “os filhos
do Verdadeiro Deus” eram de fato anjos.

“E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação,
reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;
E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o
Senhor com milhares de seus santos.” Judas 1:6,14

“Certamente, se Deus não se refreou de punir os anjos que pecaram, mas, lançando-os no
Tártaro, entregou-os a covas de profunda escuridão, reservando-os para o julgamento; e
ele não se refreou de punir um mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça,
junto com mais sete, quando trouxe um dilúvio sobre um mundo de pessoas ímpias.” 2
Pedro 2: 4,5

Não há como negar, pelos exemplos acima citados, que houve anjos que pecaram. E tudo
indica que os pecados cometidos por estes, envolviam a desobediência, violência e a
imoralidade sexual. A conclusão vem do contexto em que os anjos são citados. Em todos
eles há menção de Sodoma e Gomorra, das pessoas do tempo de Noé e de pessoas do
tempo em que esses livros foram escritos como sendo pessoas desobedientes e praticantes
de concupiscências.

E, se isso não bastasse, há um livro que os atuais cristãos chamam de apócrifo que
menciona, em ricos detalhes, essa depravação dos filhos de Deus. O livro de Enoque! Há
quem diga que tanto a passagem mencionada por Judas quanto a que fora mencionada
por Pedro, teriam sido tiradas do livro de Enoque, em outras palavras alguns estudiosos
afirmam que os escritores cristãos do Novo Testamento teriam sido influenciados pelo
escrito apócrifo de Enoque. Mas há também os que desmentem essa conclusão, por dizer
que o livro de Enoque seria tardio, datando do final do século 1 e séculos 3 ou 4.

A verdade é que o novo testamento menciona um livro apócrifo para dar força ou
credibilidade a seus escritos. Pelo que parece, as estórias orais desse apócrifo eram muito
conhecidas e aceitas como inspiradas naquela época, daí o motivo de Judas e Pedro o
mencionar. Alguns pais da igreja o considerava inspirado, outros não. Os cristãos etíopes,
por exemplo, até hoje o tem como canônico.

Os judeus não o consideram inspirado atualmente.

E agora, será que anjos poderiam mesmo cometer pecados dessa natureza?

Como dissemos, não! Porque os anjos são seres espirituais perfeitos e possuidores de um
livre-arbítrio de grau muito superior até mesmo ao de humanos perfeitos.

Os anjos seriam, segundo a biblia, poderosíssimos, e esse seu poder varia de acordo com a
classe a que pertencem. Há os arcanjos(há quem diga que só há um arcanjo), serafins,
querubins, e anjos. Em Daniel, por exemplo, menciona um anjo que cortou a força do fogo,
e um outro cuja velocidade seria igual à do pensamento. Daniel 9:20-23.

Em 2 Reis 19: 35, um outro teria matado, em uma só noite, 185.000 homens do exército
inimigo de Israel.

Anjos, certamente, possuem desejos e necessidades, mas não podemos concluir que esses
desejos e necessidades possam guardar alguma semelhança aos nossos. Temos
necessidade de comer, beber, dormir e respirar, porque nossos corpos físicos precisam
dessas coisas, contudo, não podemos deduzir que o mesmo se daria com esses seres cujos
corpos divergem dos dos humanos. Os corpos dos anjos são de estrutura totalmente
diferente da humana. Paulo disse: ”Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não
tiver amor, sou um gongo que ressoa ou um címbalo que retine.” Por dizer isso, Paulo
revela uma diferença entre tantas que nos separariam dos anjos, a língua. 1 Coríntios 13:1

Paulo ainda menciona a questão dos graus de grandezas de corpos espirituais e corpos
físicos, mostrando claramente que há diferença entre eles.

“E há corpos celestiais e corpos terrenos, mas a glória dos corpos celestiais é de um tipo e a
dos corpos terrenos é de outro. A glória do sol é de um tipo, a glória da lua é de outro, e a
glória das estrelas é de outro; de fato, uma estrela difere de outra estrela em glória.” 1
Coríntios 15:40,41
“ Mas cada um é provado por ser provocado e engodado pelo seu próprio desejo. Então o
desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado; o pecado, por sua vez, tendo sido
consumado, produz a morte.” Tiago 1: 14,15

Esse texto costuma ser citado para afirmar que os anjos pecadores teriam sido enganados
pelos seus próprios desejos e inclusive o mais famoso entre eles, o diabo. Mas será que isso
é verdade?
Pelo que já dissemos, não. Segundo, esse texto de Tiago, nesse caso, está sendo muito mal
aplicado e descontextualizado. Por quê? Porque se olharmos para os versículos anteriores
a esses, veremos que Tiago está se referindo aos desejos e tentações que sobrevêm aos
humanos e não aos que sobrevêm aos anjos, o que invalida, por completo, a mau
intencionada aplicação.
Vejam: Quando posto à prova, ninguém diga: “Estou sendo provado por Deus.” Pois, por
coisas más, Deus não pode ser provado, nem prova ele a alguém...” e “Não sejais
desencaminhados, meus amados irmãos ...” Além disso, essas provações que não
poderiam ser atribuídas a Deus, segundo Tiago, seriam as que sobrevêm aos homens pelos
seus próprios desejos ou provenientes pelos anjos decaídos.
E para acabar com qualquer tentativa de harmonizar as incoerências, inconsistências e
contradições nessa teologia inventada e elaborada de que anjos perfeitos poderiam ter
desejos carnais a ponto de coabitarem com as filhas dos homens, devemos nos lembrar
que anjos não possuem sexo, não se pode dizer que eles sejam do sexo masculino ou
feminino, ou dizer que suas personalidades seriam de alguém do sexo masculino, embora
em suas aparições na biblia, mostrem-se como sendo homens, mas eles não o são.
Além disso, se pergunte: se os anjos não possuem sexo, por que então eles escolheriam
somente as filhas dos homens? Não tem lógica que eles somente assumissem formas
masculinizadas. Se os anjos estavam em busca de satisfazer “desejos carnais”, esses
desejos seriam saciados tanto com homens e bem como com mulheres. Até porque eles
eram anjos pecadores. Não tinha porque só quererem mulheres.
Jesus respondendo a indagação de um Saduceu disse o seguinte: “Os filhos deste sistema
de coisas se casam e são dados em casamento, mas os que são considerados dignos de
ganhar aquele sistema de coisas e a ressurreição dentre os mortos não se casam nem são
dados em casamento. De fato, eles nem podem mais morrer, porque são como os anjos, e
são filhos de Deus por serem filhos da ressurreição.”
Os Saduceus não acreditavam na ressurreição dos mortos, mas criam na Lei de Moisés,
assim, ao perguntarem a Jesus de qual dos homens a mulher seria quando todos
porventura fossem ressuscitados, eles queriam, na realidade, saber também como seria
aplicada a lei mosaica naquela situação. Para os judeus a Tanak é irrevogável. Esse era um
dos motivos pelos quais os Saduceus não acreditariam na ressurreição dentre os mortos.
Embora Jesus não tenha respondido a questão a contento, coube a Paulo dá luz a essa
questão.
“Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o
homem por todo o tempo que vive?
Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei;
mas, morto o marido, está livre da lei do marido.”

“De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas,
morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.”
Romanos 7:1-3

“A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer
o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.”
1Corintios 7:39
Agora sim, ficou claro! A lei não é revogada na morte, mas perde seus efeitos sobre quem
já morreu.
Mas finalizando a questão dos anjos, vemos que assim como os anjos, os mortos e
ressuscitados não se casam. E como, logicamente, anjos também não têm filhos ou prole,
estes também não o terão.
É isso aí, anjos não podem casar e ter filhos simplesmente porque não possuem sexo,
órgãos sexuais e muito menos desejos sexuais. O Adão biblico mesmo se sentindo só no
meio de todas as espécies de animais, não se sentiu atraído por nenhuma delas, por que
não era natural que sentisse. Ele foi criado para outro fim. Assim, da mesma forma,
poderíamos fazer idêntica analogia com os anjos em relação aos humanos.
Concluindo: os relatos bíblicos são invenções, eles não condizem com a realidade. Foram
criados na tentativa de explicar o mundo em volta de um homem primitivo que não
dispunha de conhecimento.
Veja também um erro crasso no episódio dos Saduceus e Jesus. Elias no passado já havia
ressuscitado uma pessoa, mas mesmo assim surge essa questão. Jesus também já havia
ressuscitado outros e ressuscitaria mais tarde. Será que os que foram ressuscitados não
casaram novamente ou tiveram filhos? Por que só os filhos da ressurreição após a vinda de
Jesus não se casariam?
Só um pouquinho de lenha na fogueira, há alguns crentes extremistas que acreditam que
haverá humanos que serão levados aos céus e ganharão imortalidade. Imagine quantos
anjos se transformarão em diabos! Os anjos que já teriam vivido incontáveis anos com o
criador ficariam “enraivecidos” com esse maravilhoso prêmio -isso se admitirmos que
anjos tem desejos como querem eles acreditar,-que seria dado a humanos outrora
imperfeitos. Ia haver uma guerra espiritual agora de verdade em que haveria mortes,
cabeças e sangue sagrados espalhados por todo o céu. Aquela guerrinha mencionada em
Apocalipse em que ninguém morreu, pode esquecer! Essa, sim, derrubaria o deus da bíblia
do seu trono!

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