Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
••
. II ••
:, I
I
I
I
l 11
prático
••
I I •
I l ••
~ I de •
•••
•
auriculoterapia
mí r
111
íst m mais difundida no
us o.
A r v s do Manual Prático de
I1vri uloterapia possível praticá-Ia
gur ,minimizando os
M rcos Lisboa Neves
um n ndo sua eficácia.
,.
M rcos Lisbo N v s
1 edição
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sumário
N518m Neves, Marcos Lisboa
Agradecimentos 04
ISBN: 978-85-910010-0-2
Introdução 05
1. Auriculoterapia. 2. Medicina Chinesa. I. Título.
Referencial histórico 09
Fundamentos da Auriculoterapia 12
CDD 615.89
Correspondência auricular 15
Diagnóstico em Auriculoterapia 21
Bibliotecária Responsável Distribuição e classificação dos pontos auriculares 31
Ginamara Lima Jacques Pinto
Métodos terapêuticos 43
CRB 10/1204
Reações da Auriculoterapia 62
Riscos da Auriculoterapia 64
Agradecimentos Introdução
Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para esta A Auriculoterapia, assim como a acupuntura, é parte integrante
obra, os autores citados, meus professores, meus pacientes, meus da Medicina Tradicional Chinesa. Embora existam evidências de sua
alunos, meus colegas, meus amigos e minha família. utilização por diversos povos desde a Antiguidade, foi na China que se
deu seu maior desenvolvimento, a partir da relação do pavilhão auricular
com os demais órgãos e regiões do corpo.
Histórico
o
mapa auricular publicado por Paul Nogier serviu de base e
grande impulso para o desenvolvimento da Auriculoterapia dentro da
China. Em 1960, pesquisadores de Nanking concluíram o estudo que
verificou a exatidão clínica do homúnculo auricular de Nogier em 2 mil
pacientes clínicos.
em Ciências, em que demonstra que a menor resistência elétrica na importantes contribuições para a Auriculoterapia moderna.
superfície da pele coincide com os pontos de acupuntura e com o trajeto A pesquisa e o empenho desses profissionais, e de muitos
de seus meridianos. outros que contribuíram para o desenvolvimento da Auriculoterapia,
Esse estudo inaugura uma nova fase, tanto para a Acupuntura comprovam a eficácia do que há milhares de anos muitos povos - como
como para a Auriculoterapia, pois introduz o desenvolvimento de os chineses, egípcios, turcos - e mesmo Hipócrates já usavam como
aparelhos localizadores e eletroestimuladores de pontos. forma de promover a saúde, embora o fizessem de uma forma bastante
simplificada.
1972 - É criado na China o mapa estandardizado dos pontos auriculares.
Nervo Auriculotemporal
Correspondência
Auricular
Nervo Auricular Maior
Quando algum meridiano é obstruído e a circulação do sangue e O pavilhão auricular possui um formato ovoide que se assemelha
energia perde seu fluxo, aparecem pontos dolorosos na orelha como uma à forma de um feijão, de um rim e à figura de um feto em posição
reação reflexa do local obstruído. embrionária, conforme descreve Paul Nogier.
16 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 17
Sua morfologia acidentada, composta por um conjunto de sulcos Cruz inferior - emrnencia da bifurcação inferior do ante-hélix,
e eminências, é a principal referência para a localização dos pontos representa a inervação do membro inferior.
auriculares. Dessa forma, cada estrutura do relevo auricular representa
urna região do corpo, presente nas duas orelhas. Fossa triangular - sulco localizado entre a cruz superior e inferior do
ante-hélix, representa a cavidade abdominal.
Concha Cimba
C. Abdominal Antetrago - eminência localizada entre o lóbulo e o ante-hélix.
lncisura
Coluna
Supratrág ica Ouvido representa o crânio.
Raiz do Diafragma
Hélix Ante-hélix
Trago Vícios Trago - eminência que recobre o orifício auditivo e se funde à face,
Concha Cimba
/ representa os vícios e as vias aéreas superiores.
Antetrago
Incisura
Intertrágica Incisura intertrágica - Sulco localizado entre o trago e o antetrago,
representa o sistema endócrino.
Sulco
Hipotensor
A Diferença Entre
Membro
Inferior
Mapas
Sulco
Eminência Posterior do
Posterior da Ante-hélix
Concha Cimba
Sulco
Posterior da
Raiz do élix Membro
Superior
Eminência
Eminência
Rosterior da Posterior da
Concha Cava Escafa
Sulco
Posterior
do Anterago
As dificuldades que Paul Nogier teve em difundir sua descoberta
no ocidente não foram as mesmas encontradas no oriente, por este se
tratar do berço da acupuntura. Esse fato fez com que a Auriculoterapia se
desenvolvesse com muito mais velocidade na China do que no ocidente.
Na prática, conforme os estudos da Dra. Huang Li Chun, a Mas o grande número de estudos realizados em vários centros da China
importância do dorso auricular está no tratamento das disfunções também contribui para o surgimento de diferenças entre vários modelos
músculoesqueléticas, onde se produz melhores resultados. Por essa de mapas da época.
razão, as estruturas mais importantes são: lóbulo, sulco posterior' do
Esse problema não ocorreu no ocidente, visto que os poucos
antetrago, sulco posterior do ante-hélix, sulco posterior da cruz inferior,
que aderiram ao uso da Auriculoterapia também se mantiveram fiéis à
região posterior do membro inferior e eminência posterior da escafa.
cartografia auricular de Nogier.
•
• 21
20 Manual Prático de Auriculoterapia •
•
•
Em 1972 foi criada a unificação dos mapas de Auriculoterapia •
chinesa, e, a partir desse momento, ficou bem definida a existência
•
•
de duas escolas de Auriculoterapia: a escola chinesa, que tem sua •
fundamentação amparada nas teorias da Medicina Tradicional •
Chinesa, e a escola francesa, que está amparada pelos fundamentos da •
•
neurofisiologia.
Inspeção
As fotos ao lado mostram
A inspeção minuciosa de todas as partes da orelha pode mostrar exemplos de alterações encontradas
a presença de manchas, escamações, aumento da vascularização durante a inspeção: vaso vermelho
e formações de nódulos, indicando o local e a fase da disfunção. É na cruz superior, nódulo na escafa
importante lembrar que nesta fase da avaliação o pavilhão auricular e vasos azulados na cruz superior.
ainda não foi tocado, portanto ainda não foi limpo, evitando qualquer R giões do joelho, cotovelo e
alteração na sua superfície que possa mascarar ou produzir qualquer m mbro inferior, respectivamente.
alteração que prejudique esse exame.
Alteração Diagnóstico
Disfunções crõnicas ou
Manchas brancas
deficiência.
• Não é obrigatório que a pessoa tenha sintomatologia na área corporal relevo da orelha, além de ativar a circulação e tornar mais visível sua
na qual a orelha está registrando a alteração. Opavilhão auricular pode vascularização.
estar mostrando apenas que determinada estrutura corporal está sendo
sobrecarregada, o que mais tarde pode levar ao aparecimento de alguma o principal objetivo da palpação é localizar regiões ou pontos que
sintomatologia. sejam reagentes à dor e também observar possíveis marcas deixadas pelo
método.
• Toda alteração evidenciada na inspeção da orelha deve ser checada na
anamnese do paciente ou questionada com ele no exato momento do A palpação digital é realizada com o examinador posicionado
exame, a fim de buscar urna justificativa para tal alteração. trás do examinado, usando os dedos indicador e polegar das duas mãos
simultaneamente nas duas orelhas e realizando pressões nas regiões de
• Para iniciar a inspeção auricular, parte-se do princípio de que o pavilhão l bulo, antetrago, ante-hélix, cruz superior e escafa, ou seja, face, crânio,
fisiológico não apresenta nenhuma alteração, encontra-se liso corno oluna vertebral, membro inferior e membro superior. Este processo deve
a orelha de um recém-nascido, apenas com os acidentes do seu relevo r repetido várias vezes, com aumento progressivo da pressão, sempre
anatõmico.
I1 mesmo trajeto, até o aparecimento das áreas reagentes à dor. É um
xame indicado para avaliar a periferia auricular, verificando as áreas
• A inspeção é um exame visual, o pavilhão auricular não deve ter sido
tocado para que não cause prejuízo ao exame. ue correspondem às estruturas musculoesqueléticas do corpo.
Palpação
o método de palpação auricular pode ser feito através da pressão
digital ou por uso de lápis exploratório. Através desse exame, é possível
identificar os pontos dolorosos da orelha e a presença de cistos,
tubérculos, cordões, edemas e escamações.
o lápis exploratório é um instrumento de ponta esférica, lisa e Com relação à pressão, inicia-se com urna pressão leve,
com dois milímetros de diâmetro. Através deste palpador é possível umentando-a progressivamente até o aparecimento dos primeiros
localizar os pontos que serão tratados, tanto pela reatividade à dor como pontos reagentes. Já no que se refere à velocidade, deve-se empregá-la
pela marca em forma de "cacifo" deixada pela ponta do instrumento. s mpre de modo lento, para dar tempo de o estímulo ser percebido pelo
Todo ponto reagente apresenta uma hipersensibilidade, pela alteração p ciente.
nervosa, e um edema local, pela alteração vascular. Por isso é importante
prestar atenção nas sensações expressas pelo paciente, nas sensações A reatividade à dor observada por meio da palpação digital e do
impostas pelo palpador e nas marcas patológicas deixadas por ele. Essas II pí exploratório pode ser classificada em urna escala de três níveis:
marcas patológicas podem variar de um edema cujo cacifo demora a
G. u I: Paciente refere verbalmente a dor.
desaparecer até uma descamação provocada pelo palpador.
,',lU 11: Paciente expressa a dor através da face, pisca os olhos ou franze
1111 sobr ncelhas (sinal da careta).
Lápis exploratório
11111 ('\ I)"d mente as regiões reagentes para depois verificar os pontos
Marca do cacifo
I run I) P 1 dor, bem como estabelecer a relação da lateralidade da orelha
111111 I qu ix do paciente.
Apresentação de todas as estruturas do corpo no pavilhão
,1111 ('lÜcl , incluindo os órgãos internos, obedece a urna relação de
o métodode palpação por lápis exploratório consiste em arrastar 1.111 I \,'\i d. Na aurícula direita está representado o hemicorpo direito,
ou deslizar o instrumento pela superfície da orelha com pressão e
111 mo na aurícula esquerda está representado o hemicorpo
velocidade constante, sempre com urna das mãos sustentando o pavilhão
litl( rdo. Também cabe ressaltar
que as estruturas centrais, co~o
auricular por sua face posterior, observando as reações do paciente e as IllIIII,\ v rtebral, estão representadas nas duas aurículas.
marcas deixadas pelo palpador.
28 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 29
o eletrodiagnóstico
baseia-se na detecção dos pontos de menor
Região Orelha direita Orelha esquerda I 1111 i tência elétrica, ou, tecnicamente falando, menor impedância. Sabe-
No que tange ao exame das estruturas auriculares, vale ressaltar Os pontos auriculares estão distribuídos nas duas orelhas, tanto
que estruturas centrais e bilaterais devem ser avaliadas nas duas nterior corno posterior, e com a mesma localização. Porém a prática
aurículas, ao passo que estruturas unilaterais devem ser avaliadas na línica mostrou que todas as estruturas do corpo representadas na
aurícula homolateral. orelha são homolaterais à queixa ou ao órgão do paciente, terna que já
foi abordado no diagnóstico.
diversas
A Auriculoterapia
disfunções do organismo,
possibilita
e classificar
o diagnóstico
os pontos
e tratamento
auriculares
de
é a
ontos da área correspondente
forma mais criteriosa de selecioná-los para um tratamento. Representam a anatomia corporal no pavilhão auricular e levam
Il': nomes de acordo com as partes anatômicas. Na avaliação, tornam-
P I tivos quando existe algum problema na área que representam,
1IIIIl f nto são considerados pontos de diagnóstico. Na terapia tem função
d!' .uivar a circulação de Qi e Xue, drenar a umidade e dispersar o calor,
Meio do Pé
_.'W_W
Dedos do Pé
• • Dedos da Mão
ilqlll\do os critérios da Medicina Tradicional Chinesa. Por isso são
Calcanhar.'--
(1lIlldd rados pontos de analgesia e de ação antiinflamatória, conforme
.s-: "'-_,
Constipaçã~
...•••
<, Cólon
e.., Anexos
• '..
• Quadrei
\ Flgadoe
.Punho 111 Ild:p 1 do paciente quando esta for física.
Genitais ...• -. .Shen Men " \
Externos • IguinaL" <, " \ Sacro -IHª,a \,
SNV Simpático
~--
'"
.>
<, _,••.
,
,
.r'
-.
\
• Pélve
.::çó~~i~-.
e-------- \\ '~
•
.
•
Próstata
Ciátíc:;-----. Glúteo -"'"
-'.
MUSCULQS
LOMBJ}~S
.:
Cotovelo
toZltegião Agudo Crônico
Uretra -Bexiga • Rim ~L~;;;bar 1 1J;.,
Hjpertenso.
: . _
y"I~~?_~.
üvénc • . __. __.-.
Frontal
NÉURASiENIA
.<//' • Nervo Au icular Maior Tórax
------------T--------.------------r------------------------------------------. Dor à palpação Ir e Ill, Dor à palpação I e Ir,
Hétlx z, 111111111111
do L rço médio do
reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e edema à
Dente.: Li ua
/,f-----',,, • ATM ,1111
c-h lixo
edema à palpação. palpação.
(1111,111'1,11
anterior)
N;~;;:;:~;;----j-------------/::~9-+-E.Ç~:~;----
• Hélix5
• l !o
"·"-------"·J------.---
\~·----t···~uvid~ntern
. ~_._L.-_. __"... _ '1',11,11111
Mamas
(\10do ante-h élix,
Dor à palpação Ir e Ill, Dor à palpação I e Il,
reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e edema à
IlIllx11110 a escafa.
! ' (lill,ll ornl anterior)
edema à palpação. palpação.
Hipertensor
Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e Il, Logo abaixo da incisura Presença de um sulco ou linha
Membro superior
reatividade elétrica forte, reatividade elétrica, cordões Não produz bons resultados
Escafa intertrágica. vertical e reação elétrica
edema à palpação e possível ou hipervascularização e na prática.
(bilateral, anterior e (bilateral, anterior e positiva.
posterior) ruptura da pele à palpação escamação à palpação (cuidar posterior)
(ombro). Cuidado! ruptura da pele).
Visão 1
Anterior à incisura Na prática, é substituído pelo
Occipital, temporal e frontal Dor à palpação I e Il, Sem função diagnóstica.
Dor à palpação II e III, intertrágica. ponto Visão 2.
Anti Trago reatividade elétrica, perda do
(bilateral, anterior e reatividade elétrica forte e (bilateral e somente anterior)
sulco inferior e
posterior) edema à palpação.
nódulos.
Visão 2
Posterior à incisura Dor à palpação, edema ou Acalma a mente e favorece o
intertrágica. nódulo. sono.
(bilateral e somente anterior)
Nariz interno e laringe Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e Il,
Face interna do trago. reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e Área da neurastenia
(bilateral) edema à palpação. engrossamento da cartilagem. Inferior e posterior ao
Dor à pa\pação, edema ou Acalma a mente e favorece o
antetrago.
nódulo. @ sono.
(bilateral, anterior e
posterior)
Boca, esôfago, cárdia e
duodeno Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e Il, Excitação
Periferia da raiz do hélix. reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e Sobre a linha vertical que Estimula a atividade cerebral
(bilateral e anterior) edema à palpação. engrossamento da cartilagem. divide a face interna do Sem função diagnóstica.
e trata a letargia.
antetrago.
(bilateral)
36 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 37
Asma
Logo abaixo do ápice do Área da flatulência ou
antetrago. Dor à palpação e edema. Acalma a tosse e a dispneia. umbilical Dor à palpação, edema ou Distensão abdominal e
(bilateral) Centro da concha cimba. nódulo. flatulência.
(1111teral e somente anterior)
Ápice do trago
ontos da Medicina Tradicional
Borda superior do trago. Na prática, é substituído pelo
(bilateral)
Sem função diagnóstica.
ápice da orelha.
Chinesa (MTC)
Representam os cinco Zang e os seis Fu, seus meridianos, assim
Constipação
Próximo à base inferior da Na prática, não produz mo o órgão ou víscera propriamente dito, nesse caso, como área
fossa triangular. Dor à palpação e edema.
resultados importantes. c rrespondente. São utilizados com muita frequência no tratamento
(bilateral e somente anterior)
r uricular, mas para isso é preciso que estejam reagentes, pois são pontos
Hepatite 1 diagnóstico.
Metade superior da fossa Na prática, é substituído pelo
triangular. Dor à palpação e edema.
ponto Fígado. ígado - É o órgão que armazena o sangue, controla os tendões e
(bilateral e somente anterior)
Ligamentos e a região intercostal, regula a energia através da ativação
Hipotensor o Qi e Xue, fortalece a função digestiva, beneficia os olhos e as unhas,
Base superior da fossa Dor à palpação, edema e
triangular. reação elétrica positiva. Controle da hipertensão. ontrola a raiva e tem como acoplado a vesícula biliar.
(bilateral e somente anterior)
Coração - Controla o sangue e os vasos, abriga a mente e todas as
38 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 39
Triplo aquecedor
Baço - É o principal órgão da digestão. Transporta e transforma os Naconcha cava, entre
alimentos, mantém o sangue dentro dos vasos, eleva o Qi, fortalece os a borda inferior do Constipação, distensão Sem valor
orifício auditivo e a Sem indicação. diagnóstico.
abdominal e edemas.
membros e a imunidade, e controla a qualidade dos músculos, a umidade face interna do Anti
Trago.
e o pensamento e tem como acoplado o estômago. (bilateral)
Pulmão
Indicação Acima e abaixo do Disfunções respiratórias Pápulas, edema,
Zang/Fu Indicação Física Diagnóstico
Emocional cora ção. Na prática, e de pele, tosse, Melancolia e apego ao hiperemia e dor à
é usado o ponto opressão no peito com passado. Palpação.
Disfunções
Fígado Edema, nódulo inferior. suspiros e edemas.
osteomioarticulares,
Na concha cimba, branco, cordões (bilateral)
ginecológicas, Irritabilidade e
acima da raiz do hélix diagonais, vasos
oftalmológicas e depressão.
e somente na orelha diagonais e dor à Intestino Grosso
digestivas, hipertensão Depressão,
direita. palpação. Naperiferia da raiz
e cefaleia. Melancolia e apego ao nódulo,
do hélix, no terço Constipação e
Edema, nódulo diarreia. passado. vermelhidão e
Vesícula biliar final da sua porção
Doenças digestivas, branco, cordões dor à palpação.
Na concha cimba superior.
amargo na boca e dor Indecisão. diagonais, vasos (bilateral)
direita, acima do
no trajeto meridiano. diag anais e dor à
fígado.
palpação. Rim Disfunções ósseas e
Na concha cimba, articulares, lombalgias, Edema, escamação
Coração Hipertensão, Ansiedade, em um sulco abaixo debilidade dos joelhos, Medo e insegurança.
Edema, pápulas, e dor à palpação.
No centro da concha taquicardia, bradicardia depressão, angústia, do início da cruz da coluna, edemas e
cordão horizontal e inferior.
cava da orelha e disfunções agitação mental e infertilidade.
dor à palpação. (bilateral)
esquerda. circulatórias. insõnia.
NI I vo aurícular maior
AII,I xo (10inicio da escafa
Sem função diagnóstica, é
Ponto Diagnóstico Função (II'\'III'I,ll, nterior e sempre reagente.
jlolilcrior).
II IIl'xC'lllsivo de esfera
Ponto sedante e analgésico.
Relaxa a mente. Trata a N VII occípítal menor
I
ShenMen Ativa os canais liberando a
dor e a inflamação quando I~,I'III'IIIIII('I na do hélíx. na Sem função diagnóstica, é
Porção superior do ápice da estagnação dos pontos da
Dor e edema à palpação. combinado com a área 111111111111 ponto do punho
fossa triangular. sempre reagente. coluna cervical e da região
correspondente. Indicado (lilllIL r I).
(bilateral) occipital.
para todos os casos de IJ~III xl'l!lIIlvo d esfera.
-
excesso.
Subcórtex
Face interna e anterior do
antetrago.
Dor e edema à palpação.
Reequilibra as funções
digestivas, nervosas e
cardiovasculares.
os do sistema endócrino
(bilateral)
Hlljlll\ ntam cada uma das glândulas endócrinas e produzem
IIlldlllll/t1 nlluência na liberação de determinados hormônios. Alguns
Cérebro
Face interna e posterior do 11 "1111' 11(111\ unção diagnóstica.
Sem função diagnóstica. Melhora da cognição.
Antetrago.
(bilateral)
Occipital
1IIIII1nhw
No Anti Trago, posterior ao Estimula e regulariza a função
Ponto calmante, bom para 111 1111 111, II 1I11 flllI çnu mais
seu sulco inferior. Dor e edema à palpação. Sem função diagnóstica, é das glândulas e horrnônios.
ansiedade, insônia e agitação. 111011 I 1111111111 rl.r lucisura
(bilateral, anterior e sempre reagente. Tem ação antiinflamatória e
posterior)
11111111111111'1 ~ imunológica.
(I dl.III'"II)
J ,. .J
Frontal 111\1 ti •
No antetrago, anterior ao seu Ponto estimulante menta, li 11111.111 ~1I11I1I1111 (10
Ponto de ação estimulante e
sulco inferior. Dor e edema à palpação. trata sonolência e melhora a I1 1'" 1111, ti 111 11,1 a d Sem função diagnóstica.
hemostática.
(bilateral, anterior e concentração. 111111111
posterior) (111111'"11)
•
•
42 Manual Prático de Auriculoterapia • 43
•
•
•
Ponto Diagnóstico Função •
Ovário
•
Na borda anterior no Dor e edema à palpação, Regula o ciclo menstrual e •
Antetrago. nódulo nos casos crônicos. disfunções do ovário. •
(bilateral) •
Pâncreas •
todos
Auxilia no controle da
Na concha cimba esquerda, Dor e edema à palpação.
glicemia.
acima de onde seria o fígado.
Tireoide
Na região anterior do terço
rapêuticos
inferior do ante- hélix, junto Dor e edema à palpação. Regula a tireoide.
ao ponto Pescoço.
(bilateral)
Próstata
Prostatite, hiperplasia da
Onde a concha cimba se funde
Dor e edema à palpação, próstata e impotência. Na
com a face interna do hélix,
nódulo nos casos crônicos. mulher pode ter relação com
logo abaixo da cruz inferior.
infecção urinária.
(bilateral)
Considerações gerais
Podemos separar a classificação dos pontos em duas etapas. A
primeira representa os pontos principais, que são aqueles que têm
importância direta nos tratamentos das disfunções, ou seja, têm relação
direta com a queixa principal do paciente. Nestes são incluídos os pontos
de área correspondente e os pontos de ação específica.
L _
44 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 45
o tempo de massagem é determinado pela presença de hiperemia p, iferência para se retirar a menor quantidade de sangue possível.
da orelha - sensação do aumento da temperatura percebida pelo paciente
- ou diminuição da sensibilidade das áreas reagentes.
Sedação Tonificação
A primeira foto acima mostra
urna série de vasos vermelhos na Cruz
Superior, em um paciente com Lombalgia.
Na segunda foto, ainda acima, mostra um Girar a agulha no sentido anti-
aumento da vascularização após a aplicação Girar a agulha no sentido horário.
horário.
da massagem auricular. Na última foto, ao
lado, o desaparecimento dos vasos após
a execução da sangria e a colocação do
adesivo com semente sobre o ponto da
Tempo longo de permanência, Tempo curto de permanência, até
região sacro ilíaca.
acima de 20 mino 15 mino
Agulhas Semipermanentes
São empregadas quando se necessita de sedação por ~empo ~ais
ríodo que vana de tres a
prolongado. Permanecem na ore lh a por um pe .
J te dias. São fixadas através de esparadrapo ou fita mícroporosa-
---~----
Manual Prático de Auriculoterapia 53
52 Manual Prático de Auriculoterapia
Considerações Gerais
É recomendada a aplicação no menor número de pontos possíveis
evitando passar de seis, para diminuir o desconforto do paciente e evitar
o risco de infecção na orelha. Nos casos agudos, uma única agulha no
local que representa a queixa pode ser suficiente. Nos casos crônicos
há necessidade da combinação de mais pontos, conforme a classificação Na prática, as propriedades mais importantes desses estimuladores
dos mesmos. são uma superfície lisa, o mais esférica possível e um diãmetro que não
xceda 1,7 milímetros. Em relação à estimulação do ponto, para sedação
Caso o pavilhão auricular apresente dor do tipo latejante
u tonificação, dependerá muito da natureza do próprio ponto ou da
acompanhada de fisgadas, aumento da temperatura e hiperemia, o
paciente deve ser orientado a retirar as agulhas. disfunção do mesmo.
Qualquer ponto auricular pode ser estimulado através de esferas
ou sementes. Essa técnica deve ser evitada apenas na presença de lesões
dermatológicas na orelha ou de oleosidade excessiva, devido à fixação
Estimuladores esféricos que é feita através de fita adesiva.
Os estimuladores esféricos estão sendo cada vez mais utilizados Em média, os pontos permanecem na orelha de três a sete dias.
pelos profissionais, uma vez que são mais seguros, não são invasivos e Após esse intervalo, a orelha passa por um período de descanso de no
minimizam os riscos de lesão no pavilhão auricular.
54 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 55
mínimo 24 horas, e logo depois já é possível retomar a colocação dos Dessa forma, é possível usar os dias de menor estimulação para
pontos.
t.izer o descanso do pavilhão, ou seja, os adesivos podem ser retirados ao
Alguns profissionais adotam a rotina de alternar as orelhas I nal do quinto dia, a orelha descansa no sexto, e no sétimo os adesivos
tratadas durante as semanas, destinando um período de sete dias para 1)( dem ser recolocados.
cada orelha. Esse procedimento tem a vantagem de proporcionar um Esse procedimento permite que as duas orelhas sejam estimuladas
longo tempo de descanso ao pavilhão auricular. Contudo, acarreta a I() mesmo tempo ou na mesma semana. Com esse procedimento, existe
desvantagem de não respeitar a relação de lateralidade da orelha com 1111\ potencialização do tratamento, pois um mesmo ponto é estimulado
o organismo, ou seja, em uma determinada semana, urna disfunção do tlll vezes, e a relação da lateralidade com o organismo é respeitada.
hemicorpo esquerdo estará sendo tratada pela orelha contralateral.
Pontos do lóbulo, antetrago, ante-hélix. cruz superior e escafa,
A intensidade do estímulo feito pelas esferas ou sementes tem poel m receber um reforço com a colocação de esferas no dorso da orelha.
relação direta com a sensibilidade que o paciente tem das mesmas, ou li/lia regiões representam estruturas musculoesqueléticas, que têm
seja, quanto maior for a percepção de pressão dos pontos pelo paciente, 1111'1 hor estimulação no dorso auricular, região onde a inervação espinhal
maior será o estímulo.
I IlItlÍS abundante.
Na prática, essa constatação é fácil de observar, até mesmo pelo No caso de estruturas anteriores mais proeminentes, corno o caso
paciente, à medida em que os dias passam. A partir do primeiro dia de dll I gião do ante-hélix, deve-se evitar a colocação das esferas sobre o
colocação das esferas, o paciente relata a diminuição da sensibilidade ou 1111111 mais agudo dessa eminência. É possível substituir com grande
percepção dos pontos.
111' \ SO o ponto cervical pelo ponto pescoço, o ponto dorsal pelo ponto
o
gráfico abaixo mostra a representação da intensidade dos II I .rx. e o ponto lombar pela região muscular da lombar.
estímulos feitos pelas esferas ao longo de sete dias.
Um ciclo de tratamento compreende dez sessões. Após recomenda-
I 111\1 período para descanso de pelo menos vinte dias para o início de um
o
:; 100 II!IVO ido.
.lê
'lij
w 80
60
40
20
Uma das grandes contribuições da Dra. Huang Li Chun para a Para aplicação da técnica das sementes duplas é necessário
Auriculoterapia foi o uso de estimulação por sementes duplas. Esse confeccionar o material usando urna placa plástica moldada com furos
método possibilita a estimulação de vários pontos com um único duplos, para colocação das sementes, e sulcos horizontais e verticais
adesivo, permitindo a estimulação não só de pontos específicos, mas de para o corte dos adesivos. Basta preencher a placa com sementes, em
áreas inteiras da orelha. seguida cobri-Ia com esparadrapo de cor bege e por último passar o
estilete sobre os sulcos horizontais e verticais.
Qualquer ponto de Auriculoterapia pode ser estimulado por
sementes duplas, mas a técnica oferece grande vantagem nas situações
em que há mais de um ponto reagente em urna mesma região.
• Ponto de Sangria
60 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 61
Trata-se da associação da Eletroterapia com a Auriculoterapia. efeito não apenas rápido como também de longa duração na analgesia,
Para isso é necessário o uso de agulhas filiformes e um aparelho de além de evitar o processo de acomodação da corrente pelo organismo.
eletroterapia. A conexão do aparelho com a orelha é feita através das
A dose é ajustada conforme a tolerância do paciente. Nunca deve
agulhas, ao invés de eletrodos. Portanto é importante que esse aparelho
causar irritação ou sensação de agulhadas, e sim ser sempre confortável.
seja próprio para uso em agulhas. Em geral os aparelhos de eletroterapia
Otempo de aplicação é de cerca de trinta minutos.
usados na fisioterapia têm praticamente os mesmos recursos dos
aparelhos de eletroacupuntura. A principal diferença entre eles está A conexão dos cabos é feita sempre com no mínimo duas agulhas,
na potência de saída: enquanto os aparelhos próprios para uso com ou seja, deve haver dois pontos puncionados na mesma orelha. Em
eletrodos possuem potência de até 30 miliamperes, os aparelhos de situações em que haja apenas um ponto de área correspondente reagente,
eletroacupuntura possuem potência de no máximo 10 miliamperes. o Shenmen pode ser usado como segundo ponto.
Atualmente já existem aparelhos que possuem o recurso de mudar a
potência de saída da corrente.
Uma potência de saída muito alta faz com que a corrente cause
muita irritação e seja pouco tolerada pelo paciente quando conectada
às agulhas. Diferentemente, o uso de eletrodos em uma corrente com
potência menor que 30 miliamperes, torna o estímulo praticamente
imperceptível pelo paciente.
Reações da Na prática, essas reações parecem ter ligação direta com a resposta
terapêutica do organismo. Caso o paciente não refira ou não perceba
essa resposta, o profissional deve rever se a seleção dos pontos foi a
Reações à distância
É a reação que ocorre no corpo, geralmente na região que está
sendo tratada ou até mesmo em outra região não definida. É uma resposta
própria e específica de cada organismo.
Reações locais
Ocorre no pavilhão auricular, independente da técnica escolhida
para a terapia. O paciente tem a sensação de distensão e aumento da
temperatura da orelha.
Infecção do Ponto
. Pode ocorrer no uso de agulhas semipermanentes quando o
paciente não mantém uma boa higiene local. Esse risco também existe
por a região auricular apresentar grande concentração de oleosidade da
pele, o que facilita o acúmulo de pó e de impurezas e prejudica a limpeza.
r
•
•
66 Manual Prático de Auriculoterapia • 67
•
•
pode ocorrer Lipotimia, ainda que isso seja raro. Essa reação acontece •
em três níveis: •
•
• Leve: Tontura. •
•
• Moderada: Náusea, palpitação e sudorese. •
Também podemos destacá-Ia corno uma terapia de administração Pontos Principais Pontos Complementares
contínua: o paciente passa várias horas ou dias em tratamento, mesmo
Pontos da MTC
não estando no consultório, enquanto permanecer com os adesivos na Pontos de área correspondente
Pontos de ação neurológica
orelha. Por essa razão, tem sido bastante usada corno complemento de Pontos de ação específica
Pontos da endocrinologia
outras terapias que costumam ter frequência de tratamento semanal.
, -
--~
, -
-~-~--
•
•
72 Manual Prático de Auriculoterapia • 73
•
•
o segundo critério se refere à lateralidade dos pontos. A •
estatística clínica mostra que os pontos obedecem à homolateralidade •
•
das estruturas que representam.
•
o terceiro critério refere-se à reatividade dos pontos. Com algumas
•
•
exceções, os pontos a serem estimulados devem ser diagnosticados •
anteriormente na própria orelha, ou seja, devem ser reagentes.
HDP - na História da Doença Pregressa o objetivo é identificar Por fim, são solicitados ao paciente alguns testes físicos. Esses
disfunções crônicas ou pregressas que possam ter relação com a atual testes podem ser simples, como pedir que o paciente movimente o
queixa do paciente, o que auxilia na identificação da causa e de segmento afetado ou demonstre alguns movimentos que não consegue
afecções ou condições do paciente que possam contraindicar alguns dos executar por custas da sua queixa. No caso de pacientes crônicos, é
procedimentos da Auriculoterapia. recomendado fazer uma lista relacionando as atividades de vida diária
que estão comprometidas em função da sua queixa. Essas informações
Uso de Medicamentos - alguns medicamentos causam reações adversas
servem como importantes sinais para acompanhar a evolução do
que podem ter relação direta com a Queixa Principal do paciente,
tratamento, não deixando o profissional dependendo exclusivamente
como mialgia, cefaleia, náusea, dor visceral, sonolência, ansiedade,
dos sintomas como principal referência de melhora.
palpitação, etc. Nesses casos, essa condição deve ser revista pelo
especialista que acompanha o paciente e receitou o medicamento.
Muitas vezes são medicamentos que não podem ser dispensados pelo
paciente. Desse modo, a Auriculoterapia tem uma indicação importante Exame Auricular
no controle desses sintomas.
Inspeção: os sinais apresentados no pavilhão auricular mostrarão a
Estado Geral do Paciente - são verificadas as informações gerais sobre história pregressa do paciente. Eles devem ser comparados com os
função cardíaca, pulmonar, digestiva, intestinal, urinária, nervosa e dados da anamnese ou questionados novamente com o paciente durante
comportamental. O paciente deve ser questionado sobre palpitação, esse exame. Esses sinais não necessariamente indicarão os pontos do
dor no peito, falta de ar, tosse, dor visceral, função digestiva, função tratamento.
intestinal, função urinária, cefaleias, alterações emocionais, dispqsjção,
qualidade do sono, etc. Essas informações são úteis na identificação Palpação: A busca dos pontos dolorosos e a marca de cacifo impressa
dos problemas associados à queixa principal e na seleção dos Pontos pelo lápis exploratório irão confirmar os pontos reagentes. O conjunto
Complementares da Medicina Tradicional Chinesa. desses pontos nada mais é do que a seleção ou combinação dos pontos
que serão usados na sessão.
Manual Prático de Auriculoterapia 77
76 Manual Prático de Auriculoterapia
Anamnese
Motivodaconsutta: _
HDA: _
Inspeção (manchas, vascularização, escamações e alterações morfológicas)
HDP: _
Medicações: _
Estado Geral
Emocional: _
Digestivo: _
Intestinal: _
Urinário: _
Dermatológico: - _
Neurológico: _
Exame Físico
Conclusão
•
•
78 • Manual Prático de Auriculoterapia 7Ç;
•
•
• Materiais necessários:
•
• Algodão
•
• Álcool 70%
•
• Luvas de procedimento (sangria)
Pinça
Agulhas filiformes
Esferas ou sementes
Mapa auricular
a) Pontos principais:
Os casos a seguir são apenas alguns exemplos de prescrições de
pontos que têm como principal critério a classificação destes. !Esses 1';'01
exemplos, muito mais que citações de pontos, mostram as localizações Pontos de Área correspondente
das possíveis áreas reagentes para um diagnóstico auricular. Porém o
mais importante é registrar a forma de dividir, classificar e selecionar os Esses estão localizados na região anterior e posterior do lóbulo,
pontos na prática. ante-hélix, cruz superior do ante-hélix e escafa, representam os
80 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 8·
pontos da ATM, coluna vertebral, membro inferior e membro superior, Nervo auricular maior: ativa a circulação nos canais de toda a coluna
respectivamente. Têm com principal objetivo tratar a dor e combater e do membro superior até o cotovelo, conforme o trajeto do nervo na
a inflamação. Segundo os critérios da Medicina Tradicional Chinesa , orelha.
ativam a circulação de ai e Xue liberando as estagnações, dispersam o
Nervo occipital menor: ativa a circulação nos canais da cervical,
calor e drenam a umidade.
conforme a origem do nervo e seu trajeto até a orelha.
b) Pontos complementares:
Auriculoterapia nas disfunções
Pontos da Medicina Tradicional Chinesa respiratórias
Ponto do fígado: estimula a circulação do ai e Xue, liberando as
estagnações, nutre tendões, ligamentos e todas as partes moles das
articulações. a) Pontos principais
Baço: nutre os músculos, fortalece os membros e drena edemas. Pelos
critérios das MTC,fortalece o ai e os músculos e combate a umidade.
Bastante indicado nos casos crônicos, principalmente nas síndromes de
Pontos de área correspondente
deficiência. Esses pontos estão localizados na concha cava (pulmão, traqueia
e brônquios), ante-hélix (tórax) e face interna do trago (nariz interno e
Rim: nutre os ossos, protege a coluna e fortalece a lombar e os joelhos.
faringejlaringe ).
Pontos do sistema neurológico Nos casos de cefaleia, esses pontos estão localizados sobre o sulco
inferior do antetrago (occipital, temporal e frontal).
Shen Men: indicado nos casos de excesso, por sua ação sedativa e
relaxante.
Simpático: controla a atividade do SNCe dirige a atividade do SNV. Existe urna frase atribuída a Hipócrates segundo a qual "A cura
está ligada ao tempo e às vezes também às circunstâncias." De fato, um
paciente nunca é apenas um paciente, mas um paciente oriundo de um
contexto social, cultural, familiar, profissional e econômico específico,
Pontos do sistema endócrino
ou seja, alguém cercado de determinadas circunstâncias que podem
Sem indicação. contribuir tanto para o mal de que padece quanto para a cura deste.
Por essa razão, por mais avançado que seja o recurso terapêutica,
jamais será possível prever com exatidão as respostas individuais de
cada organismo. O processo de "cura" não depende apenas do recurso
empregado, e sim de um conjunto de fatores que estão relacionados
diretamente à vida de cada pessoa.
Sobre o autor
Referências bibliográficas Marcos Lisboa Neves é
GARCIA,E. Auriculoterapia. São Paulo: Editora Roca, 1999. fisioterapeuta com especialização
GARDNER,E; GRAY,D; O'RAHILLY,R. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1985.
em acupuntura e formação
GUIMARÃES,R. Auriculoterapia: visão oriental, visão ocidental. Recife: Editora Nossa Livraria, internacional em auriculoterapia,
2001.
GUYTON,A.C.; HALL,J.E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, tendo estudado com as principais
2002
referências mundiais nesse
HUANG, L.C. Tratamiento auricular: formulas y prescripciones. Estados Unidos: Centro
Internacional de Investigación y Entrenamiento em Medicina Auricular, 2002
assunto. Possui mais de dez anos
JOHANSSON,A.; ISBERG, A.; ISACSSON,G.Aradiographic and histologic studyofthe topographic
relations in the temporomandibular joint region: implications for a nerve entrapment de experiência em atendimento
mechanism. Journal of oral and maxillofacial surgery, n. 48, Philadelphia: 1990, p. 953-961.
KEN, C.; YONGQIANG,C. Manual de terapia auricular chinesa. São Paulo: Organizações Andrei clínico e, como professor,
Editora Ltda, 2006.
ministra cursos em diversos
NEITER, F. H. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: ARTMED,2000.
OLESON,T. Auriculotherapy Manual: Chinese and Western systems of the ear acupuncture. 2nd
ed. Los Angeles: Health Care Alternatives, 1996.
REICHMANIS, M.; MARINO, A.; BECKER, R. Electrical correlates of acupuncture. IEEE Trans
Biomed Engin 22, 1975, p. 533-535
STUX, G.; HAMMERSCHLAG,R. et al, Acupuntura clínica: bases cientificas. ta ed. São Paulo:
Manole, 2005. , "•
World Health Organization (WHO). Report of the Working Group on Auricular Acupuncture
Nomenclature. France, 1990.
manual
prático de
auriculoterapia
A prática eficaz da Auriculoterapia em nosso
país tem crescido muito, graças ao esforço e
comprometimento de alguns profissionais
sérios e competentes em divulgá-ia de maneír,
verdadeira. Nisso incluo o autor desta incrível
obra, DI. Marcos Lisboa, que traz, de forma
didática, informações precisas sobre o uso des
microssistema tão rico em detalhes e com
resultados surpreendentes. O Manual Prático (
Auriculoterapia, sem sombra de dúvida,
enriquecerá o conhecimento de todos que
utilizam esse método.
Fico feliz com a aceitação cada vez maior c
técnica pelos pacientes e pela nova visão dos
profissionais que tem contato com a Medicina
Tradicional Chinesa, que inter-relaciona todo (
sistema do ser humano e que perdura há cinco
mil anos sem alterações na sua base.
ISBN 978-85-910010-0-2