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como-trabalhar-escuta-fala-pensamento-e-imaginacao-na-educacao-infantil

Publicado em NOVA ESCOLA 20 de Maio | 2019

Educação Infantil

Campos de Experiência na prática:


como trabalhar “escuta, fala,
pensamento e imaginação” na
Educação Infantil
A comunicação oral e escrita ganha foco no quarto Campo de Experiência
como ferramenta para desenvolver o potencial criativo e os conhecimentos
técnicos
Lucas Santana

Crédito: Getty Images

Como você tem aplicado os Campos de Experiência da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na
sua escola? Para buscar essa resposta, NOVA ESCOLA conversa com profissionais de todo o país para
conhecer suas propostas e entender como cada um tem elaborado atividades para traduzir a Base da
Educação Infantil em experiências pedagógicas ricas para bebês e crianças. Já abordamos boas práticas
ligadas aos campos “O eu, o outro e o nós”, “Corpo, gestos e movimentos” e “Traços, sons, cores e
formas”. Agora, entramos no Campo “Escuta, fala, pensamento e imaginação”.

Nesta série, na qual já abordamos "O eu, o outro e o nós" , "Corpo, gestos e movimentos" e "Traços,
sons, cores e formas" trazemos exemplos de atividades que professores de todo o país estão
desenvolvendo com bebês e crianças tendo como base os Campos de Experiência. Desta vez, vamos
tratar sobre o campo “Escuta, fala, pensamento e imaginação”.

GUIA DA BASE Baixe o PDF do livro digital da BNCC na Educação Infantil

É importante apontar que, como ressalta a própria BNCC e diversos especialistas em Educação, as
atividades podem e devem abarcar mais de um Campo de Experiência ao mesmo tempo, a depender
da criatividade e proposta dos educadores. Aqui, buscamos destacar nos relatos dos professores
aqueles campos que são preponderantes, enfatizando os impactos e possibilidades de cada um deles.
Conheça os 5 Campos de Experiência
Os 5 Campos de Experiência ocupam espaço importante do novo documento da Educação Infantil. São eles:

1 O eu, o outro e o nós

2 Corpo, gestos e movimentos

3 Traços, sons, cores e formas

4 Escuta, fala, pensamento e imaginação

5 Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações

Os Campos de Experiência despertam a reflexão de professores e coordenadores sobre quais são as


experiências fundamentais para que a criança aprenda e se desenvolva integralmente. NOVA ESCOLA
traz uma série dedicada aos 5 Campos de Experiência, com atividades práticas para explorar cada um –
e que podem ser complementadas com curso sobre o tema e planos de atividade produzidos pelo
nosso Time de Autores.

PLANOS DE AULA Veja planos de aula que incluem Campos de Experiência

Crédito: Getty Images

CAMPO DE EXPERIÊNCIA: ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO

Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as


pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os
movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos
vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão
ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de
compreensão, apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo
privilegiado de interação. Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais
as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na
escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas
individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se
constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. Desde cedo, a
criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura
de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar, comunitário e
escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos
sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na
cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam
transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador
entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do
estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato
com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com
diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da
direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos
escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente,
em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas,
não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de
representação da língua.

Trecho extraído do documento Base Nacional Comum Curricular

O quarto Campo de Experiência da BNCC é aquele que valoriza a comunicação como potencializadora
do desenvolvimento infantil. “É a dimensão que envolve a capacidade de se comunicar e expressar. É o
início do gosto pela leitura e escrita, da habilidade de contar e ouvir histórias. Liga-se ao conhecimento
do mundo, à imaginação e à percepção”, explica a consultora e doutora em Educação pela PUC-Rio
Andrea Ramal.

CURSOS Grátis: Os Campos de Experiência na Educação Infantil

Esse campo enfatiza que bebês e crianças aprendem interagindo com seus pares e com os adultos. E
muito desse aprendizado ocorre por meio da fala. “Na interação com educador e os colegas, as
crianças se apropriam da linguagem oral, ampliam o seu vocabulário e enriquecem seus recursos de
comunicação verbal”, avalia Aline Castro, autora e coordenadora pedagógica. Uma forma de fazer isso
é ouvir os adultos e a maneira como pronunciam as palavras. O educador Jones Brandão incentiva que
os professores invistam em atividades de leitura e contação de histórias. “Uma contação de história
pode ter o final modificado a partir da imaginação da turma falando ou escrevendo novos desfechos”,
sugere.

Até mesmo a escrita, uma habilidade adquirida pelas crianças em idade mais avançada, já pode ser
introduzida, de modo que tenham contato com essa linguagem desde os primeiros anos de vida. “É
indiscutível que a linguagem escrita também faz parte das experiências dessa fase”, afirma o
especialista em Arte-Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) Wagner Priante. Por
exemplo: o contato com os textos permite às crianças compreender que o que se diz pode ser escrito.
“E que a escrita permite recordar o que foi dito e vivido. As histórias lidas pelo professor, por exemplo,
são um meio de abordar o texto escrito, que suscita e desperta o desejo de aprender a ler”, analisa o
autor.

VALORIZANDO A IMAGEM ATRAVÉS DO LIVRO CANTADO

IDADE: Bebês (de 0 a 1 ano e 6 meses) e crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses
a 3 anos e 11 meses)

Trabalhamos práticas de leitura lúdica e musicalidade que sejam capazes de


proporcionar a curiosidade e a imaginação dos bebês. Percebendo que a turma do
berçário é uma turma curiosa, resolvi confeccionar um livro de pano com algumas
músicas de cantigas de roda que normalmente cantamos em sala de aula. Esse livro
tem imagens e objetos concretos. As crianças pegam o livro conforme vamos cantando
a música. A primeira página do livro tem a imagem de uma parede feita de pano com
um zíper, logo acima da parede se pode ver o sol e uma nuvem. No zíper costuramos
uma aranha de brinquedo. Os bebês passam a pegar na aranha e subir e descer o
zíper, de acordo com a música da “Dona Aranha” que está sendo cantada. Em seguida,
temos a música “Fui morar numa casinha”. No livro, as casas são feitas de pano, com a
portinha confeccionada com um plástico duro reciclado. Os bebês acompanham a
música e têm no livro o objeto concreto do que é cantado na música: a princesa, a
lagartixa, o morcego, as flores. As crianças participam da aula cantada através do
visual e do manuseio dos objetos, interagindo de forma espontânea. No livro, as
páginas contêm várias músicas no mesmo estilo, todas com imagens e materiais
concretos e lúdicos.

Kiaria Cavalcante da Silva, CREI Stelina Nunes, João Pessoa (PB)

OBJETOS DE APRENDIZAGEM TRABALHADOS

- Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e


ao cantar (EI01EF05);
- Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas
(EI01EF02);
- Identificar e criar diferentes sons e reconhecer rimas e aliterações em cantigas de
roda e textos poéticos (EI02EF02);
- Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando
cenários, personagens e principais acontecimentos (EI02EF04).

APRENDIZADOS

Juntamente com os bebês e as crianças bem pequenas formamos um círculo no chão,


todos sentados um de frente para os outros. Os bebês mostraram curiosidade em
relação ao livro cantado, com vontade de abrir e explorar esse objeto. No momento
que abri o livro e comecei a cantar mostrando as imagens e os materiais presentes, os
bebês começaram a tocar de acordo com as palavras da canção. As crianças bem
pequenas observaram e passaram a interagir espontaneamente.

Percebi que os bebês, além de desenvolver a percepção visual, também


desenvolveram a oralidade e a curiosidade em explorar as imagens e os materiais ali
presentes, de forma interacional e tendo iniciativa na exploração do livro.

TESOUROS DA NATUREZA

IDADE: Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

As crianças pequenas demonstram um encantamento pelo mundo natural com que


convivem e fazem parte, assim, vislumbrei o espaço externo aliado à natureza da
escola onde trabalho, como um laboratório de vivências e descobertas com o corpo
através dos diferentes sentidos, potencializando as aprendizagens das crianças de
forma prazerosa e significativa, construindo assim suas identidades e manifestando
suas culturas.
Acompanhei as crianças até o ambiente externo e cada criança escolheu dentre os
elementos da natureza aquilo que mais encantou, socializamos na roda de conversa,
cada criança verbalizou o que e por que de ter escolhido aquele elemento da natureza,
depois contamos, classificamos, seriamos e ordenamos os elementos e no final as
crianças puderam exercer seu poder de criação e transformação tendo suas
intervenções criativas, atribuindo significados particulares aos elementos, os gravetos
viraram microfones, vara de pescar, espada, colher de pau, vassouras, bengalas,
canetas...

Viviane Graciele de Araújo Valério, EMEI Alfredo Rodrigues, São Caetano do Sul (SP)

OBJETIVOS DE APRENDIZADO TRABALHADOS

- Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando


cenários, personagens e principais acontecimentos (EI02EF04);
- Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades,
sentimentos e opiniões (EI02EF01).

APRENDIZADOS

Foi possível observar a criança sendo protagonista no seu processo de aprendizagem.


Eles interagiram com os elementos da natureza, verbalizando suas experiências,
usando critérios para separar, classificar e ordenar. As crianças exercitaram seu poder
de criação e transformação na natureza, transformando árvores em cabanas,
sementes em comidinhas, folhas médias em pratinhos e folhas grandes em barcos.

DESPERTANDO O INTERESSE PELA CULTURA POPULAR NORDESTINA ATRAVÉS DO CORDEL

IDADE: Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses)

Adaptando a música “Linda Rosa Juvenil” em forma de cordel, montamos uma


apresentação da música. Em seguida, passamos a trabalhar primeiro na sala e depois
no pátio da escola. A intenção de trabalhar o cordel se deu na importância de valorizar
o regionalismo da nossa cultura paraibana. As crianças gostaram logo de cara,
começaram a sorrir e interagir nas recitações. As crianças pequenas interagem de
forma prazerosa. Fizemos uma roda de conversa com a leitura do cordel, em seguida
as crianças pequenas começaram a interagir recitando juntamente com a educadora.
Quando as crianças estavam seguras na aprendizagem, passamos a recitar e
apresentar o cordel para os pais e comunidade, fora da instituição.

É importante salientar que, além de se trabalhar a oralidade e a escrita, trabalhamos a


interação com o outro e a valorização da nossa regionalidade de diversas maneiras.

Luiza Patricia Araújo Fidelis, CREI Stelina Nunes, João Pessoa (PB)

OBJETIVOS DE APRENDIZADO TRABALHADOS

- Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem
oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão
(EI03EF01);
- Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, a interações e
ritmos (EI03EF02);
- Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, tendo professor como
escriba (EI03EF05).

APRENDIZADOS

Cabe o educador adaptar, de acordo com faixa etária da sua turma, utilizando as
ferramentas necessárias, no nosso caso, as roupas e a música. A preparação dos
alunos se dá através da apresentação do cordel que o educador irá recitar em sala de
aula de forma interacional, em seguida, ele permite que as crianças pratiquem, sempre
de forma a proporcionar uma experiência prazerosa para os pequenos.

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