Sei sulla pagina 1di 4

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 1

JOSÉ ARTHUR CAMPOS

DIAGNÓSTICO E FISIOLOGIA DE GRAVIDEZ materna diante do produto conceptual, regulam as


alterações cardiovasculares e nutricionais
1. DIAGNÓSTICO E SUSPEITA: maternas, protegem o feto de infecções e
• Diagnostico através de anamnese, exame físico e preparam o organismo materno para o parto e
testes laboratoriais. lactação.
• Suspeitas: • HCG (gonadotrofina coriônica).
1. Atraso ou irregularidade menstrual, náuseas e • Hormônio Tireotrófico Coriônico.
aumento do volume abdominal. • Hormônio Lactogênio Placentário.
2. Avaliar ciclo menstrual, DUM e atividade • Estrogênio.
sexual. • Progesterona.
3. Atraso menstrual em mulheres maiores de 10
anos com atividade sexual. b) HORMÔNIOS:
4. Solicitar teste imunológico de gravidez: beta • HCG:
HCG.  Estimula a manutenção do corpo lúteo.
 Se positivo: iniciar pré-natal.
 Protege o embrião contra rejeição imunológica
 Se negativo: repetir após 15 dias.
materna.
 Se negativo pela segunda vez: amenorreia -
• PROGESTERONA:
avaliação clínico-ginecológica.
 O principal hormônio que mantém a gravidez.
• OBS.: mulher em idade fértil ovula 14 dias antes
 Facilita a implantação.
do fim do ciclo.
 Quiescência do miométrio (relaxamento).
2. CONSULTA PRÉ-CONCEPCIONAL:  Estimula o crescimento das mamas.
• Casal em idade fértil.  Inibide a lactogênese durante a gestação.
• Intenção.  Promove relaxamento da musculatura lisa.
• Saúde ginecológica. • ESTROGÊNIO:
• Histórico obstétrico.  Aumenta o fluxo sanguíneo uteroplacentário.
• Exame físico geral.  Aumenta a atividade contrátil do miométrio
• Exame físico ginecológico. (compensado pela progesterona).
• Sorologias.  Aumenta a força contrátil do miocárdio.
• Vacinação. • HORMÔNIO TIREOTRÓFICO CORIÔNICO:
 Igual ao TSH, porem com menor potência.
3. PLANEJAMENTO FAMILIAR:  Estimula a tireoide a produzir T3 e T4, e para
• Avaliação de riscos: compensar esse estimulo a tireoide diminui o
 Riscos sócio-demográficos. TSH para não causar hipertireoidismo.
 Estado nutricional.  No inicio da gravidez, o TSH tem diminuição
 Doenças crônicas pré-existentes. fisiológica, porem é rapidamente revertido.
 Distúrbios psiquiátricos.  Ajuda no metabolismo, pois existe uma maior
 Medicações. demanda por causa do feto.
 Exposições: drogas lícitas e ilícitas. • HORMÔNIO LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO:
 Agentes químicos, físicos e biológicos.  Na segunda metade da gravidez, as reservas
 Fatores psicológicos. energéticas maternas são mobilizadas para o
 Doenças genéticas. feto a fim de promover seu ganho ponderal.
• Diminuição da morbidade. Nesse momento (26ª semana), é lançado pela
• Diminuição da mortalidade materna. placenta o HLP, que causa aumento da
resistência periférica materna à insulina.
• Diminuição da mortalidade perinatal.
c) SISTEMA CIRCULATÓRIO:
4. FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ:
a) PLACENTA: nova glândula endócrina produtora • Volume sanguíneo aumentado em 30-50%:
de hormônios que mantêm a gravidez: eles  Aumento da FC.
regulam o crescimento e a diferenciação do  Aumento do débito cardíaco.
próprio trofoblasto, influenciam o crescimento e a  Hemodiluíção – anemia fisiológica.
homeostase fetal, modulam a reação imunológica

PROFª LAVICI E PROFº ROBÉRIO, 2018.


GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 2
JOSÉ ARTHUR CAMPOS

• Leucócitos aumentados até 14.000: no parto e  Alteração vascular: Sinal de Jacquemier ou


puerpério até 29.000 (estresse). Chedwick (paredes vaginais aumentadas e
• Plaquetas discretamente diminuídas. coloração arroxeada) e Sinal de Kluge (vulva
• Fatores de coagulação aumentados. aumentada e coloração violácea).
• Prostaciclina aumentada x Tromboxano A2  Acne.
diminuído: vasodilatação periférica. • CAVIDADE ORAL:
• Pressão arterial sistêmica diminuída.  Gengivite e sangramento gengival.
• Distribuição do fluxo sanguíneo: útero, rins,  Granuloma gravidarum ou granuloma piogênico
mamas, pele. ou hemangioma eruptivo (tumor vascular).
• APARELHO CARDIORRESPIRATÓRIO:
d) SISTEMA ENDÓCRINO:  Aumento da volemia: palpitação e taquicardia.
• Placenta: função endócrina.  Vasodilatação sistêmica: queda da PA.
• Hipófise: prolactina e GH aumentam, TSH diminui • APARELHO GASTROINTESTINAL:
e ocitocina aumenta no parto.  Náuseas e vômitos (êmese gravídica).
• Adrenal: cortisol aumenta.  Cialorréia.
• Tireoide: T3 e T4 total aumentam.  Diminuição da cavidade gástrica e demora em
• Ovários: estrogênio e progesterona aumentam. seu esvaziamento.
 Constipação (pelo aumento de progesterona).
e) FUNÇÃO RENAL:
• APARELHO GENITURINÁRIO:
• Aumento da filtração glomerular: glicosúria.
 Polaciúria (progesterona e compressão
mecânica).
5. CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL:
 Aumento de conteúdo vaginal (estrogênio).
• Dividido em:
 Sinal de Hegar: anteroversão uterina e istmo
 Gestação.
cervical amolecido.
 Trabalho de parto e parto.
 Sinal de Puzos: rechaço fetal intrauterino –
 Puerpério.
resistência ao toque vaginal de colo uterino.
• Divisão trimestral:
 Sinal de Piskacek: assimetria uterina à
 1º trimestre: até 13 semanas.
palpação (nidação).
 2º trimestre: 14 até 27 semanas.
• MAMAS:
 3º trimestre: 28 até 40/42 semanas.
 Aumento do volume.
 Sensibilidade.
a) MODIFICAÇÕES DO 1º TRIMESTRE:
 Tubérculos de Montgomery.
• PELE:
 Sinal de Hunter.
 Hiperpigmentação: linha nigra (progesterona),
 Rede de Haller: aumento do volume mamário e
sinal de Hunter (aréola secundária), tubérculos
das glândulas mamárias.
de Montgomery (hipertrofia de glândulas
sebáceas) e melasma/cloasma gravídico
(forma de borboleta, por estrógeno e
progesterona).

• SISTEMA NERVOSO:
 Sonolência.
 Lentificação.
 Prejuízo da memória.
 Perversões alimentares.

PROFª LAVICI E PROFº ROBÉRIO, 2018.


GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 3
JOSÉ ARTHUR CAMPOS

b) MODIFICAÇÕES DO 2º TRIMESTRE: d) TRABALHO DE PARTO:


• PELE: • CONCEITO:
 Estrias (90% das mulheres).  Contrações uterinas regulares e dolorosas.
 Hipercortisolismo: ganho de peso central e  Dilatação cervical mínima de 2 cm.
perda de gordura nos membros (predisposição  Esvaecimento cervical.
genética).  Deve ocorrer entre a 37ª e 42ª semanas de
 Ganho de peso excessivo. gestação.
 Prurido. • FASES CLÍNICAS OU PERÍODOS:
 Pápulas pequenas escoriadas auto-limitadas  Primeiro período: dilatação.
(causa desconhecida).  Segundo período: expulsão.
• APARELHO MÚSCULO ESQUELÉTICO:  Terceiro período: dequitação.
 Embebição gravídica: estrógeno, progesterona; 1) DILATAÇÃO:
auxilia na elasticidade dos ossos da bacia e  Período entre as primeiras modificações do
facilita entorses, luxações e fraturas (não pode colo uterino até a completa dilatação (10 cm).
usar salto alto).  Duração: fase latente dura 8 horas e fase ativa
• MAMAS: dura 8 horas em primíparas e 6 horas em
 Diminuição do volume e da sensibilidade. multíparas.
• APARELHO CARDIORRESPIRATÓRIO:  Partograma: represtação gráfica com o objetivo
 Vasodilatação periférica: tontura e hipotensão de acompanhar a evolução eutócica ou
 Hipertrofia vascular das mucosas: epistaxe e distócica do trabalho de parto.
obstrução nasal.
 Alteração anatômica da caixa torácica:
diafragma se eleva 4 cm, abertura do ângulo
de Charpy (60°-100°), diâmetro latero-lateral
aumenta 5-7cm e anteroposterior aumenta 2
cm.

c) MODIFICAÇÕES DO 3º TRIMESTRE:
• APARELHO MUSCULOESQUELÉTICO:
 Lombalgias (70%): hiperlordose e hipercifose –
mudança do centro de gravidade e marcha
anserina.
 Formigamento ou dormência nas mãos:
compressão do nervo mediano na região do
túnel do carpo por embebição.
2) EXPULSÃO:
 Câimbras: etiologia desconhecida.
 Dilatação completa.
• MAMAS:
 Desprendimento do polo cefálico, espáduas e
 Colostro: pode surgir.
restante do ovoide córmico.
• APARELHO CARDIORRESPIRATÓRIO:
 Esforços expulsivos (puxos) + prensa
 Dispneia.
abdominal.
 Vasodilatação venosa.
 Rotação interna fetal.
• APARELHO DIGESTÓRIO:
3) DEQUITAÇÃO:
 Azia e empachamento: progesterona.
 Descolamento e descida da placenta: dura em
• APARELHO GENITURINÁRIO:
média de 5 a 30 minutos.
 Incontinência urinária: por aumento de
progesterona e compressão mecânica e) PUERPÉRIO:
 Aumento da secreção vaginal: estrógeno. • CONCEITO: período que se inicia após a
• ASPECTOS EMOCIONAIS: dequitação e se estende até 6ª semana após o
 Ansiedade, dúvidas e insônia. parto - tempo definido devido ao retorno dos
órgãos ao estado pré-gravídico, com exceção das
mamas.

PROFª LAVICI E PROFº ROBÉRIO, 2018.


GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 4
JOSÉ ARTHUR CAMPOS

• CLASSIFICAÇÃO DO PUERPÉRIO: 6. CONSULTA E EXAMES LABORATORIAIS:


 Imediato: até o fim da segunda hora após o • PRIMEIRA METADE DA GRAVIDEZ:
parto - atente para a primeira hora (período de  Anamnese e exame físico: peso, altura, IMC,
Greenberg) pelo risco de hemorragia. exame geral, mamas e ginecológico/obstétrico.
 Mediato: do inicio da terceira hora até o final  Exames laboratoriais: hemograma, tipagem
de 10 dias após o parto. sanguínea, glicemia de jejum, TSH anti-HIV,
 Tardio: de 11 dias até o retorno das HBsAg, anti-HCV, sorologias IgM e IgG (sífilis,
menstruações (6 a 8 semanas). CMV, rubéola, toxoplasmose), EAS e EPF.
1) PUERPÉRIO IMEDIATO: • SEGUNDA METADE DA GRAVIDEZ:
 Parturiente esgotada e sonolenta.  Anamnese e exame físico: peso, altura, IMC,
 Tremores (causa desconhecida). PA, exame geral, mamas, MMII e obstétrico
 Aumento da temperatura materna (37,8ºC). (palpação, ausculta, BCF, toque e especular -
 Bradicardia. se necessário).
 Retenção urinária. • MANOBRAS DE LEOPOLD: determinação da
 Ritmo respiratório diminuído. posição e apresentação do feto dentro do útero -
2) PUERPÉRIO MEDIATO: deve-se esvaziar a bexiga. Consiste em quatro
 Volta dos níveis pressóricos. ações distintas:
 Queda do HT e HB: perda de 500 ml no parto  Primeira manobra: delimitar fundo do útero
normal e 1000 ml no parto cesáreo. com as mãos encurvadas.
 Leucocitose.  Segunda manobra: deslizam-se as mãos do
 Mamas ingurgitadas com colostro. fundo uterino para os dois lados do útero para
3) PUERPÉRIO TARDIO: palpar o dorso fetal e os membros.
 Terceira manobra: explorar mobilidade do
 Perda ponderal.
polo fetal que se relaciona com o estreito
 Desaparecem as alterações dermatológicas.
superior do trajeto pélvico – tenta-se apreender
 Involução uterina a níveis pré-gravídicos em 6
esse polo fetal com o polegar e indicador
semanas.
imprimindo movimentos laterais para
 Regressão lenta da dilatação uterina.
determinar o grau de penetração na pelve.
 Mamas ingurgitadas e aumentadas.
 Quarta manobra: com extremidades dos
 Loquiação: eritrócitos, leucócitos, decídua, dedos, palpa-se a pelve para tentar reconhecer
células epiteliais e bactérias. o polo cefálico ou pélvico do feto, e, assim,
• LOQUIAÇÃO: fluxo vaginal parecido com a determinar a apresentação do concepto.
menstruação; ocorre devido à contração do útero,
que está voltando ao volume e posição normal –
dura em média 4 semanas. A loquiação possui
três fases nas quais a secreção muda de cor
indicando os estados da cicatrização. Até o 4° dia
pós-parto, consiste de sangue, restos de decídua,
células epiteliais e muco com cor bastante
avermelhada. Do 4°-10° dia, o vermelho se torna 1ª MANOBRA 2ª MANOBRA
mais escuro, característico de alterações de
hemoglobina, redução do número de hemácias e
aumento de leucócitos. A partir daí fica amarelado
e próximo à 6ª semana, torna-se branco, parecido
cada vez mais com a secreção cervicovaginal
normal. Em caso de grande volume e odor fétido,
ficar atento para retenção placentária ou infecção
pélvica. 3ª MANOBRA 4ª MANOBRA

 Lochia rubra: eritrócitos.


 Lochia fusca: serossanguinolenta.
 Lochia flava: leucócitos.
 Lochia Alba: esbranquiçada e escassa.

PROFª LAVICI E PROFº ROBÉRIO, 2018.

Potrebbero piacerti anche