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O psicopedagogo não vai dizer ao professor o que é que ele tem que ensinar, o
professor sabe muito bem, e melhor do que qualquer profissional ligado à
área, mas o psicopedagogo vai pontuar o "como" ele tem que ensinar,
psicopedagogo questiona sempre como fazer, e para que fazer, qual é a
função de tudo isso. No fundo o psicopedagogo vai auxiliar o professor a
refletir sobre si e sobre a sua prática e como articula-las.
O psicopedagogo sistêmico não pergunta por que? Quando você pergunta por
que, você fecha o quadro da resposta, quando você pergunta para que? Você
amplia o seu quadro, e temos que estar sempre ampliando possibilidades, esta
é a nossa função, é mostrar para o seu cliente as várias possibilidades que ele
tem para sair daquela situação difícil e problemática. É se utilizar
possibilidades criativas e eficazes, e só através da reflexão do professor e do
seu aluno é que se conseguirá uma real transformação do indivíduo e isso é
aprendizagem.
Dentro desta vivência, comecei "inventando" condutas para o psicopedagogo
dentro da instituição, como ele faz o diagnóstico psicopedagógico dentro da
instituição, que não é um diagnóstico psicológico da instituição, este tem
regras básicas, tem maneiras, posturas diferentes de um psicólogo, tem que
se criar vínculos com a instituição que não sejam vínculos empregatícios, mas
vínculos afetivos com a instituição, têm que se acolher a instituição, e os seus
vários sub-sistemas, mas no acolhimento pontuar o que nós poderemos fazer.
O psicopedagogo sugere alternativas de condutas, não impõe.
Dentro da realidade, hoje, o que você vê que possa ser feito, ou se já está
sendo feito aonde, qual o caminho?
Minha conclusão pessoal é porque eles talvez não vejam relevância no fato.
Mas eu, como professora que fui de Didática, acho que devemos explicitar, ou
melhor, tratar de assuntos relevantes de forma mais didática. Por exemplo,
esta entrevista poderia ser mais didática, mais explicada, mais passo a passo,
mas esse não é o objetivo desta entrevista, senão vira aula, certo?
Acho, também, que nenhum desses autores situou-se como sistêmico, porque
existe uma dicotomia entre a teoria e a prática e porque existe um saber
acadêmico, baseado numa ciência clássica de experimentação no qual, ainda,
a ciência sistêmica embora tenha os seus próprios instrumentos de estudo, e
por ser instrumento pessoal íntimo e subjetivo tem dificuldades de ser
entendida de maneira objetiva como pode a ciência clássica.
A subjetividade agora está sendo discutida nas universidades, começou na
década de 90. Está começando a se criar um movimento subjetivo, que nada
mais é do que a incorporação do terceiro elemento, que é o observador,
aquele que se coloca dentro do processo.
Olhar a subjetividade com mais objetividade, que são duas óticas diferentes,
é muito complicado para as pessoas entenderem e colocarem no papel, mas é
um salto que se dá, da quantidade para a qualidade.
Portanto, é muito mais fácil colocar a sua argumentação na linha acadêmica
tradicional do que colocar numa linha sistêmica. Todo o embasamento
sistêmico tem uma filosofia diferente de vida, é a maneira de como você vê o
mundo, as pessoas, de modo completamente diferente.
Não. Quem pensa sistemicamente, não trabalha com erros, trabalhamos com
situações no máximo inadequadas.
Como a vida é processo, tudo é válido, o ponto pode não estar aqui
exatamente, mas você sabe que estará mais a frente, onde terá que fazer
uma curva.
No meu ponto de vista estamos reivindicando um vir a ser que de fato já é, o
que precisamos é ser autorizado perante a lei.
O importante é o caminho que percorremos para chegar lá, se eu ficar
parada, não ando, e o que é pior, se eu ficar parada, eu estarei indo para
trás, existe um processo do qual não podemos deixar de viver. Portanto tudo
o que está acontecendo tem que acontecer e temos que ter responsabilidades
desses atos. Não me preocupo, pois se a profissão não for regulamentada
agora será mais tarde. Tudo que tem que ser tem força, portanto vamos
esperar.
O psicopedagogo precisa ser mais reflexivo, e a regulamentação ajudaria a
posicionar a busca pelo saber que é contínua, é muita reflexão sobre si
mesmo.
A intuição é o próximo passo, se você não for um ser humano para o próximo
milênio intuitivo, você estará perdido, você não pode ser mais medíocre.
A intuição é razão, se você colocar emoção no meio da intuição, você não faz
mais nada.
Observando o comportamento humano de forma racional, podemos ajudar
mais os outros do que colocando a emoção, seria utilizar mais o
prolongamento dela, que é o sentimento e pode ajudar mais. Temos que ser
mais responsáveis com o que fazemos e falamos. Uma palavra mal falada pode
prejudicar toda uma vida. Não gosto e não uso rótulos. Aprendi na minha
prática que o ser humano tem um potencial inimaginável, então não podemos
usar rótulos para ninguém, isso é ser um profissional irresponsável.
Quanto mais você controla suas emoções, mais livre você é para sentir o que
você quiser, a pessoa que é extremamente emoção é irracional. Na emoção
você tem uma descarga de adrenalina, fica tudo preto e acabou, depois o que
vem dela demora minutos, dias, meses, ou anos para ser digerido e o que é
pior ser perdoado.