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DOBB, Maurice. “Transition from feudalism to capitalism”. Our History, n. 29, 1963, pp. 1-12.

1. Apresentando a questão: forças motoras do fim do feudalismo e do surgimento do capitalismo

a) Questão: forças motoras do declínio do feudalismo


b) Sua relação com o surgimento do capitalismo

2. Feudalismo como sistema socioeconômico e como servidão, e não como conjunto e relações jurídicas na classe dominante

a) Feudalismo não é expressão jurídica, e sim, socioeconômica


b) Não é economia natural
c) Sistema econômico onde:
Posse da terra associa-se ao poder
Produtor direto coagido (juridico-fisicamente) a ceder parte ou todo seu excedente (coerção extraeconômica)
Servidão
Poder sobre os homens (Bloch)

3. A experiência inglesa ganha precedência na análise histórico-teórica de Dobb

a) Caso clássico de transição para o capitalismo


b) Conquista normanda legou à Inglaterra feudalismo em sua forma completa
c) Transição para o capitalismo a partir de feudalismo completo é importante

5. Explicação circulacionista: comércio e moeda são solventes do feudalismo

a) Feudalismo é economia natural, e comércio e moeda levam ao seu enfraquecimento e colapso


b) Comércio e moeda levaram à comutação da renda feudal e incentivado produção de mercadorias e expansão de mercados
c) Comércio e moeda difundiram demanda aristocrática por bens de luxo importados, promovendo renascimento urbano-comercial
d) Unidades feudais próximas dos mercados teriam incentivo para excedentes vendáveis para além dos mercados locais
e) Senhores mais dependentes de rendas monetárias por conta disso
f) Feudalismo é estável, e requer força externa para colapsar (no caso, comércio e moeda)

6. Explicação circulacionista: capital mercantil tem caráter transformador

a) Capital mercantil adentra produção, compra terras e emprega trabalho livre


b) Essa interpretação é a comum nos livros textos soviéticos
c) Sweezy viu no putting-out system o elemento-chave para a transição ao sistema fabril maduro

7. O timing da transformação de acordo com os parâmetros circulacionistas

a) Tratando-se de transmigração do capital mercantil para o industrial, transição deveria ter sido mais rápida

8. Ignoram-se as contradições internas ao feudalismo na definição do agente motor

a) Revolta camponesa em suas várias formas é agente motor para colapso do feudalismo

9. Comércio e moeda estimularam a servidão em certas localidades, e não o contrário

a) Comércio foi acompanhado da intensificação da servidão e da exploração da reserva senhorial em várias regiões
b) Segunda servidão é fenômeno contemporâneo da expansão urbano-comercial do século XIII
c) Exportação de grãos na Europa oriental, por meio da intensificação da servidão

10. Capital mercantil, no geral, cumpriu um papel politicamente reacionário

a) Capital mercantil não é corpo estranho à sociedade feudal, que cresce nas suas lacunas, e depois vira capital industrial
b) Capital mercantil nunca foi homogêneo
c) Alinhou-se politicamente ao Rei na Guerra Civil, reacionariamente
d) Grandes famílias mercantis aliadas à classe governante feudal, e a usava para obter privilégios comerciais
e) Seus interesses conflitavam com os dos capitais atuantes na manufatura e na produção em geral
f) Capital interessado na produção é o elemento democrático, são os homens menores, na agricultura ou artesanato
g) Acumularam capital a partir de base modesta e só podiam acumular pela exploração do trabalho livre (já que não tinham privilégios)

11. Capital mercantil é externo ao modo de produção feudal, e se nutre dele (não o contrário)

a) Elemento burguês-mercantil não exige relações de produção capitalistas


b) Mercadores eram excrescência do modo de produção feudal, e não o alteraram de forma alguma
c) Comércio reforçou modos de produção tradicionais, como a escravidão na antiguidade
d) Senhores feudais (monastérios principalmente) eram fortes atuantes no comércio, mostrando a compatibilidade
e) Mercadores visavam títulos de nobreza, e firmavam parcerias com senhores

12. Caráter do sistema de produção feudal: pequeno modo de produção, de um lado, e economia senhorial, de outro

a) Havia um sistema de produção feudal que formava a base da sociedade europeia medieval
b) Havia um “pequeno modo de produção” com trabalho individual/familiar e pequenas unidades, agrícolas ou artesanais
c) Havia a economia da reserva senhorial, com trabalho coletivo em larga escala

13. Comutações da renda-trabalho em outras rendas feudais simbolizou a apropriação feudal do excedente produzido pelo pequeno modo de
produção

a) Num ponto, a economia senhorial entra em declínio, com excedente servil extraído preponderantemente como renda-espécie ou dinheiro
b) Exploração feudal fortemente no sentido da apropriação do excedente do pequeno modo de produção
c) Não deixava de ser feudal por isso

14. Apropriação do excedente do pequeno modo de produção não tinha, em toda parte, o mercado como corolário

a) Renda-dinheiro tinha efetivamente como corolário os mercados e a moeda


b) Não obstante, renda-espécie foi alternativa comum (França, Índia, Japão) por muitos séculos

15. Comutação em renda-dinheiro tende a ser dissolvente do feudalismo se acompanhada do principal: de concessões dos senhores

a) Renda-dinheiro é solvente, mas somente quando ela é estabelecida por meio da pressão camponesa
b) Inglaterra pós 1300, Flandres e partes da França após a Guerra dos Cem Anos

16. A revolta camponesa e a luta de classes como agentes motores da dissolução do feudalismo

a) Resistência camponesa: abandono de terras (cidade ou fronteira agrícola)


b) Pequenos senhorios mais propensos a comutar renda diante da pressão camponesa (menor poder de repressão)

17. Concessões, comutações, melhoria da situação camponesa e diferenciação econômica no pequeno modo de produção

a) Concessões e comutações ampliam diferenciação social e econômica entre camponeses


b) Prepara o capitalismo agrário e a dissolução do “pequeno modo de produção”
c) Camponeses mais ricos (mercantis, provavelmente) lideram revolta contra opressão feudal
d) Quanto mais excedente era mantido no pequeno modo de produção, maior a diferenciação social camponesa,
e) Quanto mais excedente era mantido, mais arrendamentos pelos camponeses ricos, e mais emprego da mão de obra dos pobres
f) Comércio (fator externo) interage com o processo: camponeses ricos querem mais terras e mais trabalho para produzir para mercado
g) Expropriação e formação de mercado de trabalho rural, contudo, iria ter de esperar os enclosures

18. As duas vias para o capitalismo: o produtor direto enriquecido ou o mercador estabelecido exploram o sistema doméstico artesanal

a) Capitalismo não nasce pronto, das cinzas do modo de produção feudal


b) Duas vias previstas por Marx: a) revolucionária (produtor direto) e b) conservadora (grande capital mercantil)
c) Mercadores atuam no sistema Verlag, ou putting-out system
d) Depois, artesãos e camponeses ricos (mercantis) organizam eles próprios o sistema Verlag, com meios salários ou subcontratos
e) Indústrias “novas” (mineração, sabão, papel, canhões, etc.): eram exceção, e reacionárias na Revolução Burguesa
f) Apoio ao Parlamento vinha dos distritos e cidades têxteis, e da yeomanry

19. Um período transicional: no que consistiu?

a) Questão fundamental é: que grau de autonomia alcança o pequeno modo de produção no colapso do feudalismo?
b) Pequeno modo de produção não era alternativo e intermediário entre feudalismo e capitalismo
c) Era parte da estrutura feudal, de qualquer forma
d) Sweezy diz que período transicional gera um “sistema de produção pré-capitalista de mercadorias”
Problema: pequena produção de mercadorias ocorreu mesmo com a presença plena do feudalismo, portanto, não é transicional
Pequeno produtor de mercadorias seguia submetido à exação feudal, mesmo que de forma branda
Classe governante seguia feudal, e Estado absolutista era um Estado feudal
Chamar a transição de capitalismo mercantil é falho, porque nada diz sobre o modo de produção que está por trás

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