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Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

p-Fólio
U.C. 11042
Gestão de Conflitos na Escola

14 de Fevereiro de 2011

P-fólio Época Normal – Grelha de Correcção

1. Explique o papel diferenciador e complementar da família e da escola no acto educativo,


do ponto de vista sistémico e ecológico. (30 pontos)

(Resposta: 25 linhas)

De acordo com Bronfenhbrener (1979), no desenvolvimento humano assumem relevância as


interacções entre o indivíduo e os vários contextos de vida em que participa – perspectiva
ecológica.
O autor apresenta cinco sistemas hierarquicamente relacionados em que o desenvolvimento
se processa, numa perspectiva sistémica.
A família e a escola são microssistemas, isto é, o sujeito é uma das partes em interacção.
Estes microssistemas desempenham um papel diferenciador no desenvolvimento do
indivíduo, uma vez que este aprende a desenvolver trlações interpessoais, a desempenhar
actividades e papéis nas diversas situações proporcionadas pela família e pela escola.
A complementaridade escola-família revela-se nas inter-relações que existem entre as duas
instituições e que são determinantes para o processo de desenvolvimento do indivíduo.
(7,5 cada tópico)

2. Resultados de investigações têm sugerido que o papel da escola tende a ser diferentemente
percepcionado por famílias oriundas de meios sócio-culturais distintos e que é essa percepção
que tende a orientar a natureza das relações que as famílias mantêm com a escola. Explicite o
sentido desta ideia. (30 pontos)

O diálogo escola-família é uma relação mediada pela cultura escolar e a cultura do contexto
sócio-cultural de origem dos alunos e respectivas famílias. No caso dos alunos e famílias
cujas culturas se afastam da escolar, trata-se de uma relação conflitual entre uma cultura
escolar urbana, academicista, teórica, abstracta, de classe média, católica, adulta e
androcêntrica e uma cultura ou culturas locais.
A cultura escolar privilegia as famílias cuja cultura se aproxima da escolar, tendendo a
afastar/excluir as restantes.
As famílias cuja cultura se aproxima da cultura escolar tendem a atribuir à escola um papel de
continuação da educação familiar, com ênfase nos conteúdos académicos, mas orientada
pelos mesmos princípios e valores.
Estas famílias relacionam-se com mais à vontade com a escola, porque compreendem as
normas e a linguagem usadas.
As famílias com origem sócio-cultural diversa da escola tendem a atribuir à escola um papel
diferente do seu, incompreensível e fatalista.
Estas famílias não compreendem o funcionamento da escola, sentem-se desqualificadas e
afastam-se. (6x5)

3. Explique como pode o conflito ser entendido como processo psicossocial de


desenvolvimento (30 pontos)

(Resposta: 25 linhas)

O conflito é uma condição importante no processo psicossocial de desenvolvimento de um


indivíduo, uma vez que a sua vivência e resolução tem exigências cognitivas e afectivo-
emocionais que estimulam a diferenciação dos processos de relacionamento interpessoal e,
consequentemente, promovem competências de gestão emocional que tornam o indivíduo
mais capaz de estabelecer relações positivas com os outros .
Num episódio de conflito destacam-se a emergência (tópico e início do conflito). O processo
do conflito (inclui a intensidade e a resolução do conflito) e o resultado do conflito (que
respeita às consequências.
A emergência do conflito possibilita situações de aprendizagem ao nível das relações
interpessoais. Surgem situações de aprendizagem de regras, racionalização. A resolução
do conflito é encarada como oportunidade para desenvolver competências relacionais
complexas, geradoras de emoções positivas. (10x3)

4. Explique, sucintamente, quais os principais pressupostos da intervenção na gestão de


conflitos ao nível pedagógico. (30 pontos)

Consideram-se duas abordagens sistémicas na gestão de conflitos ao nível pedagógico:


a) Orientadas para as competências que prevêem o desenvolvimento de competências
sociais e interpessoais, através de currículos específicos e mediação por pares. (6)
b) Academicamente orientadas, que consistem no desenvolvimento de procedimentos
intelectuais e de competências cognitivas que permitam aos alunos desenvolverem o
pensamento crítico a partir da reflexão sobre controvérsias académicas. (6)
c) Mudança organizacional, que se centram na transformação da organização da escola,
no sentido de facilitar a gestão cooperativa dos conflitos. (6)

Outra classificação tem em conta as frentes de intervenção possíveis: disciplinar, curricular,


pedagógico e cultura organizacional; existe ainda o nível desenvolvimental, que se centra em
processos que visam a transformação psicológica dos alunos. (12)

d) (Cap. 5, 226-227)
(Resposta: 25 linhas)

FIM

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