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Relacgées de Consumo. Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990 e Lei n° 8.137, de 27 de dezembro de 1990 Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990 TITULOM Das Infracdes Penais Art, 61. Constituem crimes contra as xelacoes de consumo previstas neste c6digo, sem prejuizo do dispasto na Cédigo Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos artigos seguintes. Art. 62, (Vetado). . Bem jurfdico tutelade. Nos crimes contra as relagdes de consumo protegem-se a transparéncia e o equilibrio entre as pessoas envalvidas nas relagdes consumeristas. Fundamento constitucional da tutela do consumidor. O legisiador constituinte fez previsde da protecdo do consumidor em dois lugares: em primeiro lugar, no art. 52, XXXII (“art. 52 Todos so iguais perante a lei, sem distin¢o de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros ¢ aos estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito 4 vida, liberdade, a igualdade, a seguranca e a propriedade, nos termos seguintes: XXXIt—o Estado promovers, na forma da lei, a defesa do consumidor.”), e, em segundo lugar, no art. 170, V {“art. 170. A ordem econdmica, fundada na va- lorizagao do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existéncia digna, conforme os ditames da justica social, observados os seguintes principios: V - defesa do consumider”). . Norma penal em branco. Muitos tipos penais da presente lei configurarn normas penafs em branco, tendo em vista que fazem mencio expressa a consurmidor, pro- duto, servico, além de outros conceitos préprios da legislag3o consumerista. . Fornecedor. “Farnecedor é toda pessoa fisica ou juridica, publica ou privada, na- cional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de producdo, montagem, criagdo, construgao, transformacdo, importacso, 981 LEIS PENAIS ESPECIAIS - Gabviel Habib exportaciio, distribuicda au comercializagao de produtos ou prestaco de servigos.” (art. 32 da fei). 5. Consumidor, “Consumidor & tode pessoa fisica ou juridica que adquire ou utiliza produto ou servico como destinatério final. Pardgrafo Gnico. Equipara-se a consu- midor a coletividade de pessoas, ainda que indetermindveis, que haja intervindo nas relagdes de consumo.” (Art. 2° da lei). 6. Produto, “Produto é qualquer bem, mével ou imével, material ou imaterial.” (Art. 39, § 12 da lei). 7. Servigo. “Servico é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneracao, inclusive as de natureza bancaria, financeira, de crédito e securitaria, salvo as decorrentes das relacées de cardter trabalhista.” {Art. 32, § 22 da lei). Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre @ nocividade ou periculosidade de produtos. nas embalageas, nos invélucras, recipientes ou publicidade: Pena ~ Detengao de seis meses a dois anos ¢ multa. $ 1 Incorrerf nas mesmas penas quem deixar de alectar, mediante recomendagdes. escritas ostensivas, sobre a periculosidade do servico a ser prestado. $2° Seo crime & culposo: Pena Detengao de um a seis meses ou mulia, Sujeite ativo. 0 fornecedor do produto ou do servico. Sujeito passive. © consumidor. wy oP Crime omissive, O verbo omitir confere ao tipo penal a natureza de crime omissivo Préprio, uma vez que o agente deixa de inserir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade do produto. 4. Nocividade ou periculosidade de produtos e servigos. Tudo 0 que possa causar dano ao consumidor. 5. Embalagens, invdlucros, recipientes ou publicidade. A express30 embalagens & genética e abrangente, de forma a englobar invdlucros e recipientes. favdtucro & tudo o que se destina a embrulhas, cobrir o produto, a exemplo de calxas, pacotes etc. Recipiente é tudo o que serve para acondicionar 0 produto, como frascos, vidros, latas etc. Os dizeres ou sinais devem estar de forma ostensiva nas embala- gens, invélucros e recipientes. Caso haja os dizeres ou os sinais, mas eles estejam escandidos, ocultos ou de forma que no seja possivel vé-los, h4 a pratica do delito. Publicidade significa a mensagem dirigida 20 piiblico com o objetivo de despertar ou incentivar o seu interesse por produtos ou servicos. 6. Violagio des arts. 82, 99,10 @ 31 da lei. O delito ora comentado constitu clara vio- lagdo aos artigos 8%, 99,10 e 31 do préprio Cédigo de Defesa do Consumidor, que possuem as seguintes redacdes: “Art. 82 Os produtos e servicos colocados no mer- cado de consumo no acarretardo riscos 8 sadde ou seguranca dos consumidores, Relagdes de Consumo. Lei n?8.078, de 11.09.1990 e Lei ne 8.137, de 27.12.1990 exceto os considerados normais e previsiveis em decorréncia de sua natureza e fruicSo, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipétese, a dar as informacées necessdrias e adequadas a seu respeito. Paragrafo unico. Em se tratandode produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informagées a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devarn acompanhar 0 produto”; “Art. 9° 0. fornecedor de produtos ¢ servicos potencialmente nocivas au perigosos & satide ou seguranga deverd informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuizo da adogdo de outras medidas cabiveis em cada caso concreto”; “Art. 10. O fornecedor nao poder colocar no mercado de consumo produto ou servico que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade 4 satide ou seguranca. § 1° 0 fornecedor de produtos @ sarvicos que, posteriormente a sua introdugao no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, devera comunicar o fato ime- diatamente as autoridades competentes e aos consumidores, mediante andncios publicitérios, § 2° Os anuincios publicitarios a que se refere o pardgrafo anterior serao veiculados na imprensa, radio e televisSo, as expensas do fornecedor do produto ou servico. § 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou servigas a sauide ou seguranca dos consumidores, a Unido, as Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios deverdo informa-los a respeito”; “Art. 31. A oferta © apresentacao de produtes ou servicos devem assegurar informagdes corretas, claras, precisas, ostensivas ¢ em lingua portuguesa sobre suas caracteristicas, qualidades, quantidade, composigao, preco, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam a satide e seguranca dos consumidores.” 7. §4°. Servico. Faz mencSo ao servico para englobé-lo na previsdo tipica. Nesse caso, 0 alerta deve ser feito por recomendacdes escritas ostensivas Sdo exemplos de servigos que oferecem periculosidade: cirurgia, dedetizagao com substancia téxica etc. &. § 28, Modalidade culposa. A modalidade culposa pode dar-se, nesse caso, por negligéncia, em razdo da omissS0 ao agente. >Aplicacde em concurso. » Juiz de Direito do TJ/RN. 2012. CESPE. Beacordo com o CDC, constitui crime, punido apenas na modalidade dolosa, a omissa0 de dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade do produto na sua embalagen, invélucro, recipiente ou publicidade. A alternative esté errada. 9. Consumagio. O delito consuma-se com a mera omissdo do agente. Trata-se de crime omissivo préprio. 10. Classificagdo. Crime proprio; de mera conduta; doloso ou culposo; omissivo proprio; de perigo abstrato; instanténeo; nao admite tentativa por ser omissivo préprio. 11. Infragio penal de menor potencial ofenstvo. Tendo em vista que a pena maxima no é superior a dois anos, trata-se de infracdo penal de menor potencial ofensivo (art. 61 da lel 9.099/95). 983

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