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DE MONTES CLAROS
EVOLUÇÃO DO
PENSAMENTO ECONÔMICO
II
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Teorias Neoclássicas da firma e da distribuição de renda
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Teorias Neoclássicas da firma e da distribuição de renda
• Famílias donas dos fatores de produção e consumidores dos bens finais. Através
de cálculos das utilidades marginais, as famílias decidem o quanto dos fatores
de produção vendem às firmas e quanto comprarão dos bens de consumo
• Fluxo real – é um fluxo do uso dos fatores de produção das famílias para as
firmas e um fluxo de retorno dos bens de consumo das firmas para as famílias
• Fluxo monetário – as famílias auferem renda monetária com a venda de seus
fatores de produção (salários, aluguéis e lucro). Essa renda retorna às firmas
como pagamento dos bens de consumo comprados pelas famílias
• As firmas tomam decisões racionais, calculadas e maximizadoras. Maximização
dos lucros ( diferença entre o dinheiro que pagam pelos fatores de produção e o
dinheiro recebem com a venda dos bens de consumo).
• As famílias maximizam a utilidade (compra de bens) e vendem os fatores de
produção
• A família é o centro do fluxo real – utilidade dos bens
• A firma é o centro do fluxo monetário – lucro
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O Diagrama do Fluxo Circular
Receita Despesa
MERCADOS
Bens e DE
BENS E SERVIÇOS Bens e
serviços serviços
vendidos As empresas vendem
As famílias compram comprados
FIRMAS FAMÍLIAS
Produzem e vendem Compram e consomem
bens e serviços bens e serviços
Contratam e utilizam Detêm os fatores de
fatores de produção produção e os vendem
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A contribuição de Marshall à teoria da utilidade e à teoria da demanda
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A contribuição de Marshall à teoria da utilidade e à teoria da demanda
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A contribuição de Marshall à teoria da utilidade e à teoria da demanda
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A contribuição de Marshall à teoria da utilidade e à teoria da demanda
Exemplo:
• Se uma pessoa tiver uma utilidade marginal de dois utis por 1$ de dinheiro
• Um pedaço adicional de pão dá 4 utis e um quilo adicional de carne de 6 utis.
• O indivíduo está disposto a abrir mão de $2 (ganha 4 utis) em troca de um
pedaço de pão e de $3 (ganha 6 utis) por um quilo de carne
• A utilidade do segundo pedaço de pão poderia cair para 2 utis e o segundo
quilo de carne para 3 utis.
• Na segunda unidade – o indivíduo estaria disposto a pagar $1 (2 utis) pelo
pão e $1,5 (3utis) pelo quilo adicional de carne
• Esse processo ocorreria porque a “utilidade marginal do dinheiro” para esse
indivíduo seria uma quantidade fixa, de modo que os preços que ele estaria
disposto a pagar por ambos os produtos teriam, entre si, a mesma razão que
a utilidade de ambos.
• UMgX/UmgD = P onde X – Bem e D – dinheiro.
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A contribuição de Marshall à teoria da utilidade e à teoria da demanda
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Simetria ente as teorias Neoclássicas das famílias e da firma
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Simetria ente as teorias Neoclássicas das famílias e da firma
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Simetria ente as teorias Neoclássicas das famílias e da firma
Produto – verificar o preço de venda dos produtos (P) e obter a receita total –
RT = P.Q, onde Q é a quantidade do produto.
Receita média – RT/Q
Receita marginal – representa um pequeno aumento ou diminuição do número
de unidades vendidas do produto – dRT/dQ.
Cálculos dos custos
Custo médio – CT/Q
Custo marginal dCT/dQ – Variação do custo total decorrente de um pequeno
aumento ou redução no número de unidades produzidas (dQ)
Produto médio – valor médio do produto resultante de uma unidade do fator
(produtividade média do fator).
Produto marginal do fator – a variação da produção resultante de um pequeno
aumento ou diminuição da quantidade do fator empregado pela firma
(produtividade marginal do fator).
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A teoria da firma de Marshall
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Teorias Neoclássicas da firma e da distribuição de renda
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As curvas de produção e de custos da firma no curto prazo
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As curvas de produção e de custos da firma no curto prazo
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As curvas de produção e de custos da firma no curto prazo
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O equilíbrio no longo prazo
A firma maximiza seus lucros atingindo o nível de produção em que o preço é igual
a seus custos marginais crescentes.
Se produzir a níveis mais baixos, o aumento da produção aumentará os lucros,
porque o preço que a firma recebe pela produção adicional será maior do que o
custo marginal da produção adicional
Se produzir além desse nível, seu custo marginal crescente de produção adicional
será maior do que o preço recebido por essa produção adicional
A curva de custo marginal mostra as quantidades que uma firma que maximize seus
lucros e em concorrência oferecerá a vários preços é a curva de oferta da firma.
Curva de oferta da indústria – soma das curvas de custos de cada firma da indústria.
Curva de demanda da indústria – determinada pelas curvas de utilidades dos
consumidores
Determinação do preço da indústria – interseção da curva de oferta com a curva de
demanda
Equilíbrio no curto prazo para a firma representativa – P = Cmg (Preço igual ao
custo marginal) 30
Teorias Neoclássicas da firma e da distribuição de renda
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O equilíbrio no longo prazo
A produção da indústria é maior do que a produção da firma representativa ( soma
das quantidades produzidas pelas firmas)
P= Cmg = Cme : não significa dizer que a firma não tenha lucro (lucro econômico é
zero mas o lucro contábil é positivo).
Lucro contábil - A taxa de lucro normal ou média é a parte necessária dos custos de
capital, esse lucro incluído nos custos médios
Lucro econômico (sobrelucro ou lucro anormal) – taxa de lucro acima da taxa
média da economia. A existência deste lucro atrai o capital das outras atividades
para aquela que dá este retorno (alocação dos recursos).
As firmas, que tenham custos mais altos do que a firma representativa, terá lucros
menores do que os normais e consequentemente sairão do mercado por causa
do prejuízo.
Qualquer firma que tenha custos mais baixos do que os custos da firma
representativa terá lucros superiores ao normal (sobrelucro)
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O problema da concorrência no longo prazo
No longo prazo – todos os fatores de produção podem variar, todos os custos eram
variáveis e todas as quase rendas desapareciam
Equilíbrio no longo prazo – a taxa de lucro é normal (lucro econômico é zero) e o
tamanho da fábrica ou sua capacidade instalada se ajusta de modo a refletir uma
eficiência produtiva ótima.
A solução de equilíbrio, dada por Marshall, mostra que a mão invisível de Smith de
que a concorrência não só igualava as taxas de lucro de todas as firmas como
também minimizava os custos de produção (maximizava a eficiência produtiva) e
ainda permitir ao consumidor comprar bens pelo menor preço possível (um preço
que apenas cobria os custos socialmente necessários de produção e não
deixava qualquer excedente para qualquer classe expropriar de outra classe).
Marshall – O excedente do consumidor e excedente do produtor não tem nada em
comum ao excedente econômico de Smith, Ricardo e Marx.
Excedente do consumidor – benefícios em termos de utilidade obtidos por meio da
troca. Quando o preço de mercado era menor que o consumidor estava disposto
a pagar pelo bem.
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O problema da concorrência no longo prazo
Excedente do consumidor
Oferta
Excedente do
consumidor
Demanda
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O problema da concorrência no longo prazo
O excedente do consumidor é uma medida, em unidade monetária, dos benefícios
totais que os consumidores têm ao adquirirem uma determinada quantidade do
bem X ao preço de mercado – os consumidores estão dispostos a pagar mais
que o preço de equilíbrio
No longo prazo – retornos de escala: determinar se os aumentos proporcionais de
todos os fatores de produção resultariam em aumentos proporcionais, mais que
proporcionais ou menos que proporcionais do produto.
Rendimentos constantes de escala: aumentos proporcionais de todos os insumos,
em geral, aumentam a produção proporcionalmente – os custos médios
permanecem constantes com o aumento de escala da produção – Cme = CT/Q
Rendimentos constantes de escala – não há explicação econômica (eficiência
produtiva) para a existência de uma firma de determinado tamanho no equilíbrio
no longo prazo de Marshall.
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O problema da concorrência no longo prazo
Marshall não acreditava nos rendimentos constantes de escala e que a eficiência
crescente das firmas era fruto de duas fontes:
1) Economias internas de escala (melhor organização da firma) aumenta a
eficiência dos fatores produtivos.
2) Economias externas devidas a benefícios obtidos pela firma (ou indústria) –
benefícios de localização industrial e de indústrias secundárias e terciárias
intimamente relacionadas.
Noções de Marshall de economias externas e deseconomia externa seriam variáveis
importantes na economia neoclássica
Economia de escala (economia interna e externa) – firma fabrica seus produtos a
um custo de trabalho menos proporcional e com menos sacrifícios do que na
ausência de economias internas e externa.
Maior eficiência produtiva em larga escala – setor industrial estruturado em
monopólios e oligopólios implicou 3 conclusões:
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O problema da concorrência no longo prazo
Maior eficiência produtiva em larga escala – setor industrial estruturado em
monopólios e oligopólios implicou 3 conclusões:
1) Abandono da teoria utilitarista da mão invisível do mercado concorrencial
2) Vantagens sociais da concorrência são mais significativas do que as vantagens
sociais da eficiência produtiva da produção em larga escala (intervenção do
governo)
Papel do governo: estimular a concorrência perfeita e criar leis que limitassem o
tamanho das empresas.
Ideia marxista – a concorrência leva, inevitavelmente, à concentração industrial
Marshall, como Mill, queria conservar a ideologia utilitarista da harmonia da mão
invisível do mercado, mas rejeitava a noção de que a única esperança de
melhorar as condições dos pobres era promover a busca incontida de ganho
material (ideias de Senior e Malthus).
Marshall tem procedido da mesma forma que Mill incorporando certos princípios de
filosofia moral e social bastante incompatíveis com as ideias utilitaristas de
Senior e Malthus. 37
Marshall: O equilíbrio de mercado
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Clark e a teoria da distribuição segundo a produtividade
marginal
Marginalismo neoclássico: substituição contínua dos fatores de produção no
processo de produção torna a teoria neoclássica da firma simétrica à teoria da
maximização da utilidade do consumidor
Teoria da maximização do lucro pela firma – derivada do ponto de vista das
despesas e receitas por unidade produzida e vendida ou do ponto de vista das
despesas e da receita resultantes da compra e do uso de insumos produtivos
(fundamento da teoria neoclássica da distribuição da renda).
Marshall – teoria neoclássica da firma sob o ponto de vista da produção resultou
numa formulação da teoria da distribuição inferior a Clark, visto analisar a
formação de preços, insumos produtivos por meio de coeficientes técnicos de
produção fixos (não verificar os efeitos das variações marginais das proporções
de que os insumos são combinados).
Marshall discutiu o princípio da substituição dos fatores de produção mas só
analisou a substituição de técnicas de produção diferentes, não investigou os
efeitos da variação dos proporções dos insumos usados em determinada técnica
de produção
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Clark e a teoria da distribuição segundo a produtividade
marginal
Jhon Bates Clark (1847-1938) – princípio da substituição do trabalho e do capital
Para Clark poderia variar a força de trabalho sem variação da quantidade de capital
(coeficiente técnico de produção variável, não fixos)
Produto marginal do trabalho com uma quantidade fixa de capital baixa
continuamente à medida que for acrescentando mais trabalho, teremos a curva
MPL (Produto marginal do trabalho).
Maximização de lucros – capitalista tem que conhecer o valor do produto marginal
do trabalho e o preço do trabalho (salário)
Valor do produto marginal do trabalho em concorrência perfeita – valor monetário do
produto marginal é igual ao produto marginal multiplicado pelo preço unitário de
venda: PMgL= W/P ou W = PmgL*P
A Curva VMPL é a curva PMgL multiplicada pelo preço da produção – mostra ao
capitalista quanto será adicionado à sua receita com a contratação de mais um
operário em vários níveis de emprego.
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Clark e a teoria da distribuição segundo a produtividade marginal
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Clark e a teoria da distribuição segundo a produtividade
marginal
PMgL= W/P ou W = PmgL*P
L – lucro, RT – receita total e CT – custo total
L = RT – CT
RT = PY
Y = F(K, L)
CT = WL + RK
L = P F(K,L) – [ WL+RK]
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Clark e a teoria da distribuição segundo a produtividade
marginal
Firma em uma indústria em concorrência – o preço do trabalho é determinado no
mercado agregado de trabalho e a firma não exerce qualquer influência sobre o
preço do trabalho ou sobre o preço da produção por ela vendida.
Determinação do salário e do nível de emprego da mão-de-obra pela firma.
Quando o o valor do produto marginal do trabalho é exatamente igual ao salário
determinado pelo mercado – maximização do lucro (nível de emprego L1)
Para vários níveis de salários- a curva VMPL mostra as quantidades de trabalho que
a firma deseja contratar – a curva VMPL é a a curva de demanda por trabalho da
firma.
Curva vertical da oferta de trabalho (S) é determinada pela população
Salários totais – área dada por W.L1 = salário total e os juros totais representam o
valor residual do produto após pagos os salários.
Cada firma contrata trabalho até o valor do produto marginal do trabalho igualar ao
salário – condição de maximização do lucro da firma (conclusão de Clark –
distribuição da riqueza – the distribution of wealth)
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Clark e a teoria da distribuição segundo a produtividade marginal
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Clark e a teoria da distribuição segundo a produtividade marginal
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Clark e a teoria da distribuição segundo a produtividade
marginal
Distribuição da renda da sociedade é controlada por um lei natural (direito de
propriedade) e cada fator (capital e trabalho) são remunerados de acordo com
sua parcela no produto total (contribuição marginal).
Clark completa a tarefa de Say e Senior de mostrar que as recompensas para os
capitalistas e operários não advém de excedente e nem de exploração. Os
capitalistas eram recompensados, recebendo o que criavam, assim como os
operários.
Cada fator recebe uma renda igual ao valor de seu produto marginal. Se cada fator
receber o valor de seu produto marginal, esses pagamentos de fatores
equivalerão exatamente a todo valor do produto total (não existe possibilidade de
exploração). Cada um recebe o valor do que for produzido por seu fator, não
havendo qualquer excedente para alguém expropriar.
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Clark e a teoria da distribuição segundo a produtividade
marginal
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A economia como troca e o papel do empresário
Sob a perspectiva da troca ou da utilidade, o lucro desaparece no equilíbrio e a
distinção entre classes é inteiramente abandonada (contrário aos trabalhos de
Smith, Ricardo, Mill, Thompson Hodgiskin e Marx).
Os economistas neoclássicos e Marx definiam lucro como o excedente residual que
sobrava, após os capitalistas terem pago todos os custos de produção
Os economistas neoclássicos conservavam essa definição de lucro como resíduos
dos custos, mas no equilíbrio concorrencial neoclássico, toda renda resulta de
pagamentos dos custos de produção necessários. Não existe resíduo algum, ou
seja, não há lucro algum.
A economia neoclássica – a economia é troca (indivíduos egoístas, racionais e
maximizadores da utilidade) por isso abrir mão dos fatores de produção
(propriedade) requer sacrifícios de utilidade
Empresários – minoria dos indivíduos que possuem talentos e virtudes.
Desempenham o papel de deus ex machina factício necessário ao
funcionamento da economia.
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A economia como troca e o papel do empresário
Dotação iniciais de fatores de produção – trocas racionais e maximizadoras (famílias
maximizam a utilidade) vendendo os fatores de produção e comprando bens de
consumo – razão entre a utilidade marginal e preço são as mesmas para todos
os fatores vendidos e as mercadorias compradas (empresários maximizam os
lucros)- compram os fatores de produção e vendem os bens de consumo.
Função de produção – combinação dos fatores de produção para transformar em
produto Y = F (K, L) – Substituição dos fatores mostra a produtividade marginal
de cada fator.
Empresários – maximização do lucro no equilíbrio de concorrência perfeita paga o
fator de produção de acordo com seu produto marginal e vende cada unidade
produzida pelo seu custo. Os pagamentos dos fatores equivalem ao valor do que
é produzido – a renda recebida pelos donos dos fatores é exatamente suficiente
para comprar todos os bens de consumo - fluxo circular da renda
Troca beneficia a todos – cada fator de produção sacrifica menos utilidade total, ao
vender seus fatores, do que obtém com a compra dos bens de consumo –
aumento da utilidade (cada um maximiza a utilidade individual) por meio da ação
benéfica da mão invisível da troca.
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A economia como troca e o papel do empresário
Hipóteses irrealistas que apoiam a teoria neoclássica são abandonada na economia
do bem-estar.
- dois deus ex machina da teoria neoclássica:
1) Empresário – busca de maximização de lucro faz funcionar o sistema
econômico, resultando a transformação dos fatores de produção em bens de
consumo (maximização da utilidade dos consumidores). Walras diz que o
empresário é o organizador da produção que não pertence a classe alguma
podendo ele ser: capitalista, operário ou proprietário de terra. Se for capitalista,
receberá juros pelo capital, se for operário receberá o salário. Em concorrência
perfeita em equilíbrio o lucro é inexistente (lucro econômico zero) e mesmo
assim os empresários são sempre motivados pela busca do lucro fazendo
esquemas e tentando obter um sucesso ilusório. A remuneração do capital é o
juro.
2) Leiloeiro de Walras – sem o leiloeiro, os economistas neoclássicos nunca
poderiam ver no contexto de equilíbrio geral, como as forças livres da oferta e
demanda automaticamente estabeleciam esse conjunto de preços normais de
equilíbrio, no qual cada pessoa conseguiria exatamente o que tivesse criado com
seus fatores. 50
Clark e a defesa da propriedade privada
A benevolência da mão invisível era explicada pela crença de que as leis da
propriedade privada e sua distribuição eram justas e corretas. Segundo Clark, o
processo social confirma o princípio em que assenta o direito da propriedade. Dá
a cada um o que ele tenha especificamente produzido.
Concepção de capital de Clark – distribuição da renda é baseada segundo a
propriedade marginal (salários e juros).
Trabalhadores são substituíveis – para o patrão não faz diferença qual deles saia do
emprego – não existe problemas com relação à quantidade de trabalho.
Capital – valor do capital é determinado pela sua produtividade.
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A medida do capital segundo Bohm-Bawerk
Eugen Von Bohm-Bawerk queria determinar uma medida do capital
independentemente do preço e mostrar a inadequação da visão de Marx sobre o
capital.
Marx – a concepção de capital é os instrumentos de produção de propriedade das
pessoas, que não eram trabalhadores, e que estes eram usados para explorar os
trabalhadores. Capital é um meio de exploração.
Bohm-Bawerk não contentou em criticar a teoria de Marx como também formulou
uma teoria do capital e dos juros. Os juros eram inevitáveis.
- Dois fatores de produção originais: terra e trabalho. O capital passava a existir
quando percebia que a produção levava tempo. O trabalho não pode ser feito
instantaneamente e tem de ser feito com tempo e além disso, existem diversos
métodos alternativos de produzir um bem.
- Maior o tempo de duração da produção – maior a produção dos bens
- Maior tempo de produção implica maior adiamento do consumo (redução da
utilidade).
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A medida do capital segundo Bohm-Bawerk
Em algum período de tempo da produção, a utilidade do aumento marginal do
produto seria equivalente à desutilidade do aumento do tempo de espera. Nesse
ponto, a utilidade para a sociedade seria maximizada no tempo.
Quantidade de capital é um indicador de três aspectos separados do processo de
produção:
1) Quantidade usada dos fatores de produção
2) Duração do tempo de produção
3) Padrão temporal do uso dos fatores de produção originais em todo período de
produção – aumentar o período de produção equivale aumentar a quantidade de
capital.
Equilíbrio: a preferência de cada pessoa pelo tempo é dada pela razão
UMgt/Umgt+1 (períodos de tempo) que é igual a produtividade marginal do
capital (razão entre o valor dos insumos no período) ambas as razões são iguais
a 1 mais a taxa de juros (1+r)
A natureza do capital é absorvida pelo processo de maximização da utilidade com a
introdução do tempo e independentemente da utilização dos preços.
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