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Máquinas Elétricas I 1.

UNIDADE I - GERADORES DE CORRENTE CONTÍNUA

1.1 - GERADOR E MÁQUINA ACIONADORA:

Sabemos que energia não pode ser gerada, ampliada ou destruída, mas apenas convertida de uma forma
para outra. Portanto, apesar do nome, o gerador apenas converte a energia mecânica que ele recebe de uma
máquina primária em energia elétrica. A máquina primária, que pode ser uma turbina hidráulica, uma turbina térmica,
um motor a diesel, um cata-vento, etc., é acoplada mecanicamente ao eixo do gerador, conforme mostrado na figura
1.

ENERGIA
MECÂNICA

MÁQUINA GERADOR

PRIMÁRIA A1 A2
EIXO EM
ROTAÇÃO

ENERGIA
ELÉTRICA
figura 1

1.2 - ANÁLISE DA FEM INDUZIDA EM UMA BOBINA ROTATIVA:

Os geradores necessitam de um campo magnético fixo (assim como de um ímã) e condutores que se
movimentem no seu interior para lhe cortar as linhas de força e produzir f.e.m, conforme mostrado na figura 2. O
movimento utilizado é o rotativo por ser o mais fácil de ser obtido a partir das máquinas acionadoras convencionais.
Os condutores são isolados eletricamente (em geral por verniz isolante) não sendo isolados magneticamente (não
existe isolante magnético) formando voltas de fios (espiras) sempre no mesmo sentido, caracterizando uma bobina.
As partes da bobina paralelas ao eixo de rotação são chamadas de lados ativos da bobina e foram
denominadas de a e a' na figura 2. Os lados ativos são as partes responsáveis pela geração de força eletromotriz. As
outras partes, chamadas de cabeceiras, não cortam as linhas de força e só servem de ligação entre as partes ativas
da bobina e por esse motivo, em várias aplicações, são desprezadas por comodidade.

a'

figura 2

Coloquemos esta bobina (mais tarde chamá-la-emos de induzido) a girar no sentido horário dentro do campo
magnético e analisemos o módulo e o sentido da f.e.m. na mesma durante a rotação. Nas figuras que se seguem os
círculos são os lados ativos da bobina (onde se gera a f.e.m.) e os vetores v representam a velocidade dos
condutores a cada instante. Convencionaremos positiva a f.e.m. saindo do condutor “a” e negativa se for o contrário.
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O ângulo que aparece na figura 3 é o existente entre a velocidade do condutor e as linhas de força. Com estas
considerações podemos traçar o gráfico que representa a forma da f.e.m. gerada na bobina. A distância vertical da
curva ao eixo horizontal representa, em escala, o valor da f.e.m. no ponto considerado.
Leia e olhe simultaneamente as figuras 3.a e 3.b.

S S S S S

a a

a a'

a' a'

N N N N N

0° 45° 90° 135° 180°

S S S S S

N N N N N

225° 270° 315° 360° 405°

figura 3.a
e

0° 45° 90° 135° 180° 225° 270° 315° 360° 

figura 3.b

Comecemos pela posição 0° onde os condutores a e a' se deslocam na mesma direção das linhas de força,
não havendo corte de linhas de força e, portanto, não gerando f.e.m. À medida que os condutores começam a entrar
sob os pólos, começa a aparecer f.e.m. crescente. Aplicando a regra de Fleming da mão direita, descobre-se que a
f.e.m. é dirigida de nós para o papel (penetra) em “a'”; e em “a”, é o contrário (sai). Pode-se ver que as duas f.e.m s
são orientadas do extremo anterior de a' para o extremo anterior de a, logo se somam. Então a d.d.p. entre os dois
terminais da bobina será o dobro da f.e.m. de cada lado da bobina. De acordo com a convenção a f.e.m. é positiva.
Quando os condutores se movem perpendicularmente às linhas de força, a f.e.m. é máxima (há maior corte de linhas
de força), mantendo ainda o mesmo sentido.
À medida que os condutores se afastam dos pólos (de 90° à 180°) a f.e.m. vai diminuindo até chegar a zero
(180°) onde os condutores voltam a se deslocar paralelamente às linhas de força.
De 180° a 360° os valores repetem-se, apenas mudando o sentido como pode ser comprovado pelo uso da
regra de Fleming da mão direita. O ponto de inversão de sentido das f.e.m s é a chamada zona neutra onde os
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condutores se deslocam paralelamente às linhas de força não gerando f.e.m. A partir de 360° os valores começam a
se repetir, formando um novo ciclo.
Observando o gráfico da figura 3.b verificamos que é senoidal, caracterizando a f.e.m. induzida numa bobina
rotativa como uma f.e.m. alternada senoidal.

1.3 - O GERADOR ELEMENTAR:

O gerador apresentado na figura 2 apresenta um problema. Como ligar a bobina (fonte de f.e.m.) ao ponto de
consumo de energia (chamado de carga) sem torcer os fios? A solução é utilizar contatos deslizantes, como mostrado
na figura 4.
Os extremos da bobina serão ligados independentemente a dois anéis de cobre, chamados de anéis
coletores, e sobre eles apoiaremos dois bloquinhos condutores e macios, chamados de escovas, aos quais ligaremos
a carga.

a'

N
figura 4

Cada escova só tocará no seu anel, não haverá trocas de ligações durante a rotação. Portanto, uma rápida
inspeção nos mostrará que cada inversão no sentido da f.e.m. no interior da bobina, representará uma inversão na
polaridade da tensão na carga e das escovas.
Cada rotação da bobina produzirá um ciclo da tensão gerada. Se a fizermos girar a 60 r.p.s. (3600 r.p.m.)
obteremos 60 ciclos por segundo ou 60 Hz. Esta máquina nada mais é do que um gerador de corrente alternada de
induzido rotativo (alternador).
Realmente, a obtenção de corrente contínua não é tão simples como se poderia supor, é muito mais fácil
gerar corrente alternada. Para gerar corrente continua, o que se faz é gerar corrente alternada e depois retificá-la.
Como é comum, essa conversão pode ser obtida a partir de diodos retificadores instalados na máquina ou por
comutação eletromecânica que é o processo mais utilizado nos geradores de corrente contínua (dínamos).

1.4 - O GERADOR ELEMENTAR DE CORRENTE CONTÍNUA:

Em vez de dois anéis coletores usa-se apenas um, cortado ao meio, como mostra a figura 5. As duas meias
luas são isoladas entre si e do eixo e o dispositivo assim formado é chamado de comutador.
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S S S
a
a
S + +
a a

a' _ a'
_ + + a'
a'
N N N

R 45º 135º 180º


N

S S S

e +
a'
a' + a'

a _ a
_ + +a

0° 45° 90° 135° 180° 225° 270° 315° 360°  N N N

225º 315º 360º


figura 5

Coloquemos a bobina (induzido) a girar no sentido horário e observemos a polaridade da f.e.m. nas escovas
durante a rotação.
Aqui as escovas periodicamente tocam numa e noutra meia-lua (lâmina do comutador) ocasionando
inversões de ligações entre os terminais da bobina e os terminais da carga, realizando o que chamamos
tecnicamente de comutação.
Aplicando-se a regra de Fleming da mão direita nos condutores ativos da bobina a-a', descobre-se o sentido
da f.e.m. em cada instante.

- Entre 0º e 180º a f.e.m. aponta para fora do papel no condutor “a” e para dentro do papel no condutor a',
sendo este também o sentido da corrente nestes condutores. Como o condutor a está em contato com a escova
superior e o condutor a' está em contato com a escova inferior, a corrente sai em direção à carga pela escova
superior e entra no gerador pela escova inferior fazendo com que a escova superior seja positiva em relação à
escova inferior.

- Em 180º ocorre um ponto crítico nas máquinas de C.C.: a comutação, isto é, a troca de ligações entre as
escovas e as lâminas do comutador. Neste ponto a escova, entre o escapar de uma lâmina e o tocar na seguinte,
interliga as duas lâminas do comutador. Como as duas lâminas, na verdade, são os terminais da bobina (fonte de
energia elétrica) esta ligação pode representar um curto-circuito para esta fonte. No entanto, no caso mostrado, tal
não ocorrerá, pois no exato momento da comutação a bobina está desenergizada, não há f.e.m., já que os
condutores ativos da bobina estão passando na zona neutra não cortando, portanto, as linhas de força.
Se a comutação não ocorresse neste instante, pelo mau posicionamento das escovas, a bobina seria curto-
circuitada pelas escovas, formando intenso faiscamento, o que caracteriza a má comutação.

- Entre 180º e 360º, a f.e.m. aponta para fora do papel no condutor a' e para dentro do papel no condutor a,
ou seja, passou a ter sentido contrário ao anterior à comutação. Mas agora, o condutor a' é que está em contato com
a escova superior e o condutor a está em contato com a escova inferior, fazendo com que a corrente continue saindo
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em direção à carga pela escova superior e entrando no gerador pela escova inferior. Desta forma, a escova superior
continua com polaridade positiva em relação à escova inferior.

Concluímos que, apesar de no interior da bobina haver uma f.e.m. que troca ciclicamente de polaridade
(f.e.m. alternada), a tensão que temos nos terminais da carga mantém sempre a mesma polaridade (tensão
contínua), pois a cada inversão da f.e.m. (que ocorre na zona neutra), há uma inversão simultânea nas ligações entre
as escovas e as lâminas do comutador ou entre os terminais da carga e os terminais da bobina.

Até agora estávamos acostumados com tensões contínuas invariáveis no tempo, como as fornecidas por
pilhas e baterias de acumuladores por exemplo. Analisando o gráfico da fem gerada pelo gerador CC elementar da
figura 5, observa-se que esta tensão é pulsante e unidirecional (polaridade constante) e ainda não serve para a
maioria das aplicações a que nos propomos. No item 1.8 estudaremos o funcionamento de um gerador C.C. real
onde veremos como este problema é solucionado.

1.5 - CIRCUITO MAGNÉTICO DAS MÁQUINAS DE CORRENTE CONTÍNUA:

1.5.1 - PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DE ALGUNS MATERIAIS:

Assim como na eletricidade os materiais apresentam uma certa oposição (resistência) à corrente elétrica, no
magnetismo os materiais também se opõem à passagem das linhas de força (fluxo) criadas pela ação da f.m.m.
(força magnetomotriz) e, neste caso, a oposição chama-se relutância.
Os materiais magnéticos (ferro e suas ligas, níquel e cobalto) apresentam uma relutância baixa (alta
permeabilidade) enquanto que os outros materiais são não-magnéticos e têm muito alta relutância (em torno de mil
vezes maior do que dos magnéticos).
O mais notável dos não-magnéticos é o ar, o qual, sempre que possível, é evitado nos circuitos magnéticos
pela alta relutância que introduz no caminho do fluxo.

1.5.2 - COMPONENTES DO CIRCUITO MAGNÉTICO:

Carcaça
N Pólo N
Sapata polar

Entreferro S S

Núcleo do
induzido
S N

figura 6

CARCAÇA: a carcaça serve mecanicamente como estrutura da máquina e, magneticamente, de retorno do


fluxo dos pólos sul aos norte. Deve, portanto, ser feita de aço devido à sua resistência mecânica e suas propriedades
magnéticas.

PÓLOS OU PEÇAS POLARES: são responsáveis pela criação do campo magnético da máquina, isto é, pela
sua excitação. Podem ser ímãs permanentes ou eletroímãs. São construídos de material ferro-magnético, sendo em
geral laminados para diminuir as correntes parasitas ou de Foucalt.

SAPATAS POLARES: são as partes dos pólos mais próximas do induzido. São recurvadas e alargadas com o
objetivo de distribuir o fluxo sobre o induzido, bem como para fixar as bobinas de campo. Normalmente são
laminadas para reduzir as correntes parasitas induzidas pelas variações de fluxo causadas pelo movimento dos
dentes do induzido próximo à sua superfície.

ENTREFERRO: é o espaço de ar situado entre as sapatas e o núcleo do induzido. Deve ser o menor possível
(em torno de décimos de milímetros) para que não crie grande relutância no circuito magnético, mas deve existir para
que não haja roçamento do induzido na sapata. Em situações de defeito, pode ocorrer que o núcleo do induzido roce
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nas sapatas, mas, sob hipótese alguma, deve-se tornear o induzido para reduzir o seu diâmetro, pois danificaria
irremediavelmente à máquina.
Os defeitos que geralmente causam o roçamento são mancais danificados (buchas gastas ou rolamentos
quebrados), tampas mal centradas, pólos mal colocados ou eixo empenado.

NÚCLEO DO INDUZIDO OU DA ARMADURA: é um cilindro de aço responsável pela fixação do enrolamento


do induzido nas ranhuras que existem em sua periferia, bem como pela redução da relutância entre os pólos.
O enrolamento do induzido, feito de fio esmaltado, é alojado dentro das ranhuras, não tendo contato com as
suas paredes, pois a canaleta é previamente revestida com cartolina isolante ou filme de poliéster, conforme
mostrado na figura 7. Posteriormente, para garantir a fixação e a isolação, são colocadas taliscas para fechar a
ranhura, os terminais do enrolamento são amarrados com cordão e finalmente o enrolamento é embebido em verniz
isolante.

talisca
cartolina isolante ou
filme de poliéster enrolamento do
induzido

figura 7

Neste ponto já se pode explicar mais facilmente o que são correntes parasitas e como tratá-las. O induzido,
ao girar, induz f.e.mS. nos condutores de cobre dentro das ranhuras, porém, também as induz no núcleo do induzido,
pois este é um condutor elétrico, além de ter propriedades magnéticas.
As f.e.mS. nos condutores de cobre têm um destino certo: o comutador, as escovas e finalmente a carga. As
f.e.mS. no núcleo do induzido, no entanto, encontram um caminho ótimo de baixa resistência (um curto-circuito) na
massa de ferro, gerando uma corrente elétrica intensa. Estas correntes são as correntes parasitas ou correntes de
Foucault (pronuncia-se Fucô). Não há como retirar e aproveitar estas correntes que circulam dentro do núcleo.
Essas correntes parasitas geram muito calor e tendem a frear o movimento do induzido. Para reduzir os seus
efeitos maléficos, costuma-se laminar o núcleo em fatias no sentido do fluxo (não aumentando sua relutância), porém
ficando perpendicularmente ao sentido das correntes (que é mais ou menos paralelo ao eixo) e com isto dificultando a
sua passagem devido ao isolante colocado entre as lâminas. Este procedimento está mostrado na figura 8.c. Junto
com a laminação e isolação o ferro pode receber uma pequena dosagem de silício que aumenta a sua resistividade
elétrica e, conseqüentemente reduz as perdas por corrente de Foucault a um percentual muito pequeno da potência
da máquina.

+ +
+ +

figura 8.a figura 8.b figura 8.c figura 8.d

1.6 - COMUTADOR OU COLETOR DE LÂMINAS

O comutador, junto com as escovas, é o responsável pela coleta da energia produzida no enrolamento do
induzido, ao mesmo tempo em que realiza a comutação convertendo a corrente alternada gerada nos fios para
corrente contínua. É uma das partes mais delicadas da máquina, sujeita a inúmeros defeitos.
É constituído de lâminas de cobre duro isoladas uma das outras por finas folhas de mica (material de alto
poder isolante e que suporta altas temperaturas).
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O colar de lâminas é fixado por dentro por uma armação de ferro (às vezes baquelite) da qual está isolado por
meio de micanite (material isolante formado de um aglomerado de mica com verniz de goma-laca que permite a
fabricação de peças moldadas).
Lâminas
Isolante
(mica)

Eixo

figura 9

Os terminais do enrolamento do induzido, após raspado o esmalte isolante, são soldados às lâminas do
comutador por meio de solda com estanho e uma pasta de breu nos rasgos próprios para este fim. Na limpeza dos
rasgos, antes de soldar, não se pode usar ácido, pois corroerá a isolação e os condutores.

1.7 - CONJUNTO DAS ESCOVAS:


Porta-escovas
Escova

Lâminas

figura 10

ESCOVAS: Servem para retirar a energia do induzido através de um contato deslizante com o comutador.
Sua função também é complexa e delicada, dependendo das mesmas o bom funcionamento da máquina. Podem ser
feitas de diversos materiais entre os quais estão o carvão, carvão grafitado, grafite, eletrografite, metal-carvão, metal-
grafite, metal, etc., sendo que cada material tem aplicações mais ou menos específicas.

RABICHO OU TERMINAL: Melhora o contato da escova com o porta-escovas e de onde são retirados os
terminais de saída A1 e A2.

PORTA-ESCOVAS: Servem para guiar as escovas, sem fixá-las e devidamente pressioná-las contra o
comutador. Devem distar do comutador aproximadamente 3 mm.

MOLA: Geralmente é regulável para dar a pressão adequada à escova. A pressão também é outro fator a ser
considerado para o bom funcionamento do gerador ou motor e depende do material da escova e das condições de
trabalho.
A pressão de todas as escovas de uma máquina multipolar deve ser igual, para assegurar uma distribuição
correta da corrente entre as mesmas.

SUPORTE DOS PORTA-ESCOVAS: É uma estrutura suporte isolada, fixada à tampa da máquina por
parafusos reguláveis que posicionam as escovas convenientemente.
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1.8 - ENROLAMENTOS PARA INDUZIDOS CONVENCIONAIS:

1.8.1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Os induzidos ou armaduras tratados de agora em diante são os universalmente usados em máquinas que
tenham comutador, tanto de C.C. quanto de C.A. Neste tipo de enrolamento, as bobinas são ligadas em série,
formando um circuito fechado, dando aproveitamento simultâneo de todos os condutores. A figura 11 mostra um
induzido com bobinas desenhadas simbolicamente, mas que representa a ligação em série entre as bobinas.

figura 11

No exemplo da figura 11 foi pego um tipo particular de enrolamento, bastante usado, em que os terminais das
bobinas são ligados em lâminas adjacentes, porém para os objetivos atuais isso não representa perda de
generalidade. Em cada lâmina do comutador são ligados dois terminais de bobina: o fim de uma e o início da
seguinte. Observe que no comutador deste exemplo temos 8 lâminas e no induzido 8 bobinas e esta igualdade é o
que se verifica em todos os induzidos convencionais logo podemos escrever que:

nb = n c
Onde: nb = número de bobinas do induzido
nc = número de lâminas do comutador

Nestes induzidos as bobinas são alojadas em ranhuras ou canaletas. As partes que ficam dentro das mesmas
são chamadas de lados ativos e as partes externas são as cabeceiras, anterior e posterior. As bobinas têm em geral
várias espiras, conforme mostrado na figura 12.a, porém nos diagramas são representadas como se tivessem uma
única espira (figura 12.b) que, vista de frente, se mostra como a figura 12.c.
ranhuras

N N

figura 12.a figura 12.b figura 12.c

Existem induzidos com 2, 4 ou 6 lados de bobina dentro de uma mesma ranhura. Observe que são lados
pertencentes a diferentes bobinas: nunca haverá dentro de uma mesma ranhura dois lados de uma mesma bobina.
Para que a f.e.m. gerada pelos dois lados ativos da bobina se somem, os lados de bobina devem ficar sob a
ação de pólos contrários conforme mostrado na figura 13.a. Se ficarem sob a ação de pólos iguais, conforme
mostrado na figura 13.b a f.e.m. gerada pelos lados ativos da bobina se contrariam, anulando-se mutuamente.
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S S

N + N N N

S S

figura 13.a figura 13.b

1.8.2 - CARACTERÍSTICAS DO ENROLAMENTO IMBRICADO:

O enrolamento imbricado é o mais comum e se caracteriza pelos terminais de cada uma de suas bobinas
serem ligados em lâminas adjacentes do comutador conforme mostrado no gerador da figura 14. O fim de uma
bobina é ligado, através do comutador, ao início da próxima bobina na mesma ordem em que estão colocadas nas
ranhuras e assim sucessivamente até fechar o circuito.
Para traçar o diagrama circular, ou seja, as ligações dos lados ativos da bobina às lâminas do comutador,
começa-se por uma lâmina, por exemplo, a lâmina 1, e liga-se esta lâmina à um lado ativo que está na periferia de
uma ranhura, por exemplo o lado ativo a. O outro lado ativo desta bobina (a') deve ser ligado à lâmina seguinte do
comutador, ou seja, à lâmina 2. Nesta lâmina também será ligado o lado ativo que está na periferia da ranhura
seguinte, ou seja, o lado ativo b. O outro lado ativo desta bobina (b') deve ser ligado à lâmina seguinte do comutador,
ou seja, à lâmina 3 e nesta lâmina também será ligado o lado ativo que está na periferia da ranhura seguinte, ou seja,
o condutor c e assim sucessivamente, até fechar o circuito, o que acontecerá quando o fim da última bobina ligar na
lâmina 1.
Colocando-se o induzido a girar no sentido horário, por exemplo, utilizando a regra de Fleming da mão direita,
descobrimos o sentido da f.e.m. gerada em cada lado ativo do gerador da figura 14.
Para retirar a energia produzida pelo gerador devemos colocar-lhe escovas, conforme mostrado na figura 14.
Nesta figura as escovas foram representadas na parte interna do comutador para melhor visualização do traçado
circular. Na realidade, as escovas do gerador são encostadas na superfície externa do comutador.
Já vimos que o suporte dos porta-escovas permite que as escovas sejam colocadas em qualquer posição do
comutador então, qual é a posição correta? Pegaremos duas posições extremas e veremos qual delas é a posição
ideal.

N
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Esquema simplificado
a) ESCOVAS NA ZONA NEUTRA:

Vias internas

 = 45o

figura 14.a
Ligando-se uma carga às escovas do gerador da figura 14.a, circulará uma certa corrente I a que, ao
atravessar o induzido, se dividirá em duas partes iguais pelos dois caminhos ali existentes. A estes caminhos no
interior do induzido por onde a corrente se divide, chamaremos de vias internas (ramais, caminhos ou circuitos
internos). As máquinas de CC podem ter mais de duas vias internas, sendo que a variável que representa o seu
número é 2a; neste caso, 2a= 2.
Até este ponto, estávamos estudando o induzido imbricado numa fração de segundo em que ele passava
pela posição da figura 14.a, todavia, ele está girando e temos que analisar o seu funcionamento nas posições
subseqüentes. Suporemos que o induzido tenha girado apenas o suficiente para que cada escova toque
simultaneamente em duas lâminas: é o momento da comutação, conforme mostrado na figura 14.b. Neste momento
as bobinas b-b' e d-d' estão passando na zona neutra e portanto, não têm f.e.m. sendo que os outros condutores
estão sob os pólos, gerando f.e.m. máxima. A escova inferior está curto-circuitando a bobina b-b' e a escova superior
a bobina d-d'. Como estas bobinas estão passando pela zona neutra, chamamos esta posição das escovas de
"escovas na zona neutra". Os geradores mostrados nas figuras 14.a, 14.b, 14.c, 14.d e 14.e estão com as escovas
na zona neutra.
Esquema simplificado

SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS S

Vias internas

N N N N N N N N NNNNNNNNNNNNNNNNN
= 90º N
figura 14.b
Máquinas Elétricas I 1. 11

Mais um pequeno giro e as bobinas b-b' e d-d' abandonam a zona neutra e passam a produzir f.e.m. sendo
que os outros condutores se aproximam da zona neutra.
Esquema simplificado

Vias internas

 = 135o
figura 14.c

Esquema simplificado

Vias internas

 = 225o

figura 14.d
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Esquema simplificado

Vias internas

 = 315o

figura 14.e
- CONCLUSÃO:

Qualquer que seja a posição do induzido, durante a rotação, a polaridade da tensão entre as escovas se
mantém constante, caracterizando-se como gerador CC.
Olhando-se simultaneamente as três posições assumidas pelo induzido, 45 o, 90o e 135o, verifica-se que a
bobina b-b' tinha fem saindo em b e entrando em b' antes da comutação. Durante a comutação a fem gerada por esta
bobina anulou-se e depois da comutação a bobina b-b' passou para a outra via interna com o sentido de sua fem
invertido e com as ligações dos seus lados ativos às escovas também invertida. Vejam que o sentido da f.e.m. de
cada bobina é invertido ciclicamente, caracterizando f.e.m. alternada, no entanto, entre as escovas obtém-se tensão
contínua.

A f.e.m. gerada pelas bobinas é alternada e senoidal, mas devido à ação do comutador, estas f.e.m S são
retificadas, conforme mostrado na figura 15. A curva 1 representa a f.e.m. gerada pelas bobinas a-a' e c-c' sendo que
a curva 2 representa a f.e.m. gerada pelas bobinas b-b' e d-d'.
Conforme podemos ver estas duas f.e.mS estão defasadas de 90º pois quando as bobinas de uma ranhura
estiverem passando no centro dos pólos (fem máxima) as bobinas da outra ranhura estarão passando pela zona
neutra (fem nula).
Pela análise das vias internas que fizemos para várias posições do induzido, verificamos que a f.e.m. gerada
por cada via interna a cada instante é a soma da f.e.m. gerada por duas bobinas de ranhuras diferentes. Assim,
somando ponto a ponto as duas curvas da figura 15, obteremos a tensão gerada pelo gerador.

e
tensão gerada
pelo gerador


figura 15
Máquinas Elétricas I 1. 13

Analisando-se a forma de onda da tensão gerada pelo gerador verificamos que ela possui certa ondulação
mas já é mais contínua do que a curva do gerador elementar da figura 5, que só tem uma bobina. Esta ondulação
poderá ser minimizada até a tensão ficar quase contínua aumentando-se o número de bobinas do induzido. A forma
de construir o induzido e a análise do seu funcionamento é igual a que fizemos para 4 bobinas.

b) ESCOVAS NO CENTRO DOS PÓLOS :

Esquema simplificado

Vias internas

 = 45o

figura 16.a
Pela análise das vias internas, verificamos que temos dois condutores com f.e.m. num sentido e dois
condutores com f.e.m. em sentido contrário, resultando, então em uma f.e.m. total nula.
Temos então dois circuitos em paralelo com 0 volts em cada um, dando portanto uma tensão entre escovas
de 0V.
Esquema simplificado

Vias internas

 = 90º figura 16.b


Máquinas Elétricas I 1. 14

Considerando-se que o induzido girou de 45º e, analisando as vias internas do induzido nesta posição,
verificamos que os condutores que pertencem a cada via interna estão passando pela zona neutra sendo nula a
f.e.m. gerada por estes condutores. Novamente, teremos tensão nula entre as escovas do gerador.
Analisando o funcionamento do gerador para qualquer posição do induzido, verificaremos que a tensão
gerada com as escovas nesta posição será sempre nula.
Observe que agora as escovas estão curto-circuitando as bobinas que estão passando no centro dos pólos.
Por este motivo, esta posição das escovas foi chamada de "escovas no centro dos pólos".

- POSICIONAMENTO CORRETO DAS ESCOVAS:

COMUTAÇÃO: a escova, ao escapar de uma lâmina do comutador para tocar na lâmina seguinte, toca
simultaneamente nas duas lâminas, realizando o que chamamos de comutação. É importante que a comutação (esta
troca de ligações entre escovas e lâminas) ocorra sem que haja faíscas para não danificar o comutador e as escovas.
Sabemos que as bobinas do induzido, tendo f.e.m. são fontes de energia e, portanto, a rápida passagem da
escova de uma lâmina para outra deve ocorrer num instante em que não haja f.e.m. na bobina sob pena de curto-
circuitá-la e produzir faiscamento. Portanto, a bobina cujos terminais estão sendo interligados pelas escovas deve
estar passando pela zona neutra na hora da comutação, conforme mostrado na figura 14.b. Na figura 16.b, os lados
ativos da bobina que está sendo comutada estão diretamente sob os pólos da máquina resultando numa f.e.m. e num
faiscamento de elevada intensidade.

Há então dois motivos para se colocar as escovas em contato com os terminais de bobina da zona
neutra:
- Obtenção de maior tensão entre as escovas.
- Obtenção de menor faiscamento.

Na prática o posicionamento das escovas é feito com o auxílio de um voltímetro. Afrouxa-se o suporte dos
porta-escovas e procura-se a posição de maior tensão entre as escovas, que será também a de menor faiscamento.

1.9 - EQUAÇÃO DA F.E.M. GERADA (Ea):

Os condutores do induzido ao girar cortam as linhas de força dos pólos da máquina, gerando f.em. A f.e.m.
gerada depende do número de linhas de força que os condutores cortam a cada instante. Quanto maior a velocidade
do induzido, ou quanto maior a quantidade de linhas de força produzidas pelos pólos (maior intensidade do fluxo
magnético), mais linhas de força serão cortadas à cada instante e maior será a f.e.m. gerada pelo gerador.
Portanto, a f.e.m. gerada por um gerador de corrente contínua depende da intensidade do fluxo dos pólos e
da velocidade da máquina sendo seu valor dado pela equação abaixo:

Ea = K..N

Onde:  é o fluxo produzido pelo pólo da máquina (Weber)


N é a velocidade da máquina em rotações por minuto (rpm)
K é uma constante dada pela equação abaixo.
2p.n
K 
2a.60

Sendo: 2p = número de pólos da máquina


n = número de condutores ativos
2a = número de vias internas

Da equação da f.e.m. gerada, concluímos que podemos variar a f.e.m. de um gerador de C.C., alterando-lhe
o fluxo dos pólos (processo universalmente usado) ou a rotação da máquina primária (procedimento quase nunca
utilizado). A equação mostra ainda que a f.e.m. depende do número de condutores ativos e não da seção dos
condutores utilizados, pois esta depende da corrente que vai atravessar os condutores, ou seja, da potência do
gerador.

1.10 - POTÊNCIA DO ACIONADOR:

Tendo em vista a lei da conservação da energia, a mesma não pode ser criada, ampliada, destruída ou
enfraquecida e sim apenas transformada de uma espécie para outra. Quando a máquina que produz a transformação
é de boa qualidade, a energia que entra é praticamente igual à energia que sai na espécie desejada.
A energia de saída é sempre um pouco menor do que a de entrada, o que caracteriza um rendimento sempre
menor do que 1, já que parte da energia é perdida em calor.
Máquinas Elétricas I 1. 15

Num gerador, toda a energia elétrica que se quiser retirar do induzido deverá ser introduzida em forma de
energia mecânica, através do eixo, acrescida de um percentual para compensar as perdas internas do gerador.
Logo a potência do motor primário deve ser ligeiramente superior (cerca de 20 a 30% na mesma unidade) à potência
do gerador, para que este consiga trabalhar a plena carga.
Por exemplo, um gerador de 5 KW necessita, no mínimo, 6,25 KW (5 x 1,25) de potência mecânica que
corresponde à 8,5 c.v. (6,25/0,736).

As perdas numa máquina C.C. são basicamente as seguintes:


a) Perdas no cobre: são as perdas por efeito Joule no enrolamento do induzido, comutador, nas escovas e
no circuito de excitação.
b) Perdas no ferro: são as perdas causadas pelas correntes parasitas e pelo constante apagamento do laço
de histerese no núcleo do induzido.

energia de saída
ren dim ento (η) 
energia de entrada

c) Perdas mecânicas: são as perdas devido ao atrito nos mancais, no conjunto escovas-comutador e na
movimentação da ventoinha. A ventoinha das máquinas elétricas tem a função de levar o calor produzido no interior
destas para o meio ambiente para que a temperatura não se eleve e danifique a isolação dos condutores.

1.11 - REAÇÃO MECÂNICA DO INDUZIDO:

Verifica-se, na prática, que o eixo do gerador fica "leve" de ser girado quando o gerador trabalha a vazio e,
portanto, o motor primário fica aliviado, fornecendo pequena potência mecânica (necessária para suprir as perdas do
gerador a vazio).
Quando uma carga crescente é aplicada ao gerador, o seu eixo torna-se cada vez mais "pesado" de ser
movido, como se estivesse sendo freado, o que exige mais potência do motor acionador para que a rotação não caia.
Isto é a manifestação chamada de reação mecânica do induzido e é causada pela interação que ocorre entre a
corrente de carga, que circula pelo induzido, com o campo magnético dos pólos da máquina, conforme mostrado na
figura 17.
S

figura 17

+ +
+ +

Nesta figura o induzido está sendo girado pela máquina primária no sentido horário, gerando f.e.m. saindo
nos condutores que estão sob a ação do pólo sul e entrando nos condutores que estão sob a ação do pólo norte.
Aplicando-se a regra de Fleming da mão esquerda, verificamos que a força que atua nestes condutores terá o sentido
mostrado na figura 17 e o torque produzido por estas forças terá sentido anti-horário, ou seja, contrário ao sentido de
rotação do gerador. Portanto, a aplicação de uma carga nos terminais do gerador produz um torque freante no
gerador que tem que ser compensado pela máquina primária (que terá que fornecer maior potência mecânica ao
gerador), de modo a manter a rotação do conjunto constante. É desta forma que a máquina primária "percebe" que
uma carga elétrica foi conectada nos terminais do gerador.
Máquinas Elétricas I 1. 16

1.12 - FORMAS DE EXCITAÇÃO DOS GERADORES:

O gerador de corrente contínua, para funcionar, necessita que o seu induzido gire dentro de um campo
magnético fixo e intenso para que induza f.e.m. no enrolamento rotativo. A criação deste campo magnético indutor é
chamada de excitação ou magnetização.
A excitação dos dínamos pode ser feita por meio de ímãs permanentes (magnetos) ou por eletroímãs.
A excitação por ímãs permanentes só é usada em pequenos geradores. Os geradores são portanto
universalmente excitados por eletroímãs que nada mais são do que bobinas enroladas em torno dos pólos do
gerador, conforme mostrado na figura 18, pelas quais é feito circular corrente contínua, a fim de que se produza um
campo constante. As bobinas e a corrente contínua são chamadas respectivamente de bobinas e corrente de
excitação ou de campo.
De acordo com a maneira como é fornecida corrente contínua para as suas bobinas de campo, os geradores
são classificados em dois tipos:

a) Gerador de excitação separada ou independente: quando há uma fonte de C.C. auxiliar para alimentar as
bobinas de campo do gerador;

b) Gerador auto-excitado: quando parte da corrente contínua gerada no induzido é canalizada para a
excitação do próprio gerador, conforme mostrado na figura 18. De acordo com o tipo de ligação entre o induzido e as
bobinas de campo, os geradores auto-excitados classificam-se em:
- Gerador de excitação em paralelo: O enrolamento indutor está ligado em paralelo com o induzido (figura18).
- Gerador de excitação em série: O enrolamento indutor está ligado em série com o induzido.
- Gerador de excitação composta: Neste caso temos duas bobinas de campo sendo uma ligada em paralelo
com o induzido e a outra ligada em série.

- AUTO-EXCITAÇÃO OU ESCORVAMENTO:

Conforme já vimos, o gerador auto-excitado utiliza parte da corrente contínua gerada no induzido para
alimentar o seu enrolamento de campo, porém para haver corrente contínua gerada no induzido é preciso haver
corrente no enrolamento de campo, caso contrário, como ele vai gerar corrente no induzido?
Para que o gerador possa iniciar a auto-excitação, ou seja, possa iniciar a gerar corrente no induzido, é
indispensável que os pólos e a carcaça conservem certo magnetismo residual ou remanescente, ou seja, mesmo sem
haver corrente no enrolamento de campo, alguns ímãs elementares dos pólos se mantém alinhados, produzindo um
pequeno fluxo magnético que recebe o nome de fluxo magnético residual ou remanescente.
Levando o gerador à rotação nominal, o campo magnético residual induz no induzido uma fraca f.e.m. que faz
circular nas bobinas de campo uma pequena corrente cujo campo magnético vai aumentar a magnetização dos pólos.
Este aumento do campo fará com que o gerador gere uma f.e.m. mais elevada que, por sua vez produz uma corrente
de campo mais intensa e assim sucessivamente até que a tensão nos terminais do induzido do gerador se estabilize
mais ou menos no valor nominal. Quando isto acontece, dizemos que o gerador está escorvado ou auto-excitado.

F1

S P

A1

carga

Ia A2 IL

If
figura 18
F2
Máquinas Elétricas I 1. 17

O reostato colocado em série com a bobina de campo do gerador da figura 18 tem a função de permitir o
controle da tensão gerada pela máquina. Aumentando-se a resistência do reostato haverá uma redução da corrente
de campo e do fluxo dos pólos com a conseqüente redução da f.e.m. gerada ( Ea = K. .N ) e vice-versa.
Causas mais comuns que impedem a auto-excitação (escorvamento):

1ª) Ligação invertida das bobinas de campo fazendo com que o fluxo produzido pela corrente de excitação
tenha sentido contrário ao fluxo residual dos pólos.
2ª) Magnetismo residual muito fraco (por meio de uma fonte externa de CC pode-se reimantar a máquina).
3ª) Reostato de campo com resistência muito alta.

1.13 – QUESTIONÁRIO 1:

1) Cite o nome das partes que constituem uma bobina. Em que parte é gerada fem?
2) Considere que a bobina a-a' da figura 2 (página 1.1 da apostila) foi posta a girar no sentido anti-horário e faça a
análise da fem gerada nesta bobina para as posições 0º, 315º e 270º.
3) Compare o resultado obtido no exercício anterior com a figura 3 da apostila. O que aconteceu com o sentido da
fem quando invertemos o sentido de rotação do gerador?
4) Considere que os pólos da figura 2 da apostila foram invertidos (N em cima e S em baixo) e faça a análise da fem
gerada na bobina a-a' para as posições 45º, 90° e 135°.
5) Compare o resultado obtido no exercício anterior com a figura 3 da apostila. O que aconteceu com o sentido da
fem quando invertemos os pólos do gerador?
6) Considere que a bobina a-a' da figura 2 da apostila foi posta a girar no sentido anti-horário e os pólos foram
invertidos ( N em cima e S em baixo) e faça a análise da fem gerada na bobina para as posições 0º, 315° e 270°.
7) Compare o resultado obtido no exercício anterior com a figura 3 da apostila. O que aconteceu com o sentido da
fem quando invertemos o sentido de rotação e os pólos do gerador?
8) Quando os lados ativos de uma bobina se deslocam na mesma direção das linhas de força do campo magnético, o
que podemos afirmar em relação à fem gerada? Justifique sua resposta. Que nome se dá a esta posição?
9) Em que circunstâncias teremos fem máxima nos lados ativos de uma bobina? Por que?
10) Quando os lados ativos da bobina se aproximam do centro dos pólos, o que acontece com o valor da fem
gerada?
11) Sabendo-se que a fem gerada por cada lado ativo da bobina é 7 V, calcule a fem total gerada pela bobina.
12) Qual é o problema apresentado pelo gerador da figura 2 da apostila? Como este problema é solucionado?
13) O que podemos afirmar quanto à forma de onda da fem induzida em uma bobina rotativa?
14) De que formas a tensão gerada por uma bobina rotativa pode ser convertida em tensão contínua? Qual é a mais
utilizada?
15) Descreva o comutador de um gerador elementar.
16) O que é comutação?
17) Qual é a condição que deve ser satisfeita pela fem de uma bobina para que tenhamos uma boa comutação?
Qual será a conseqüência se esta condição não for satisfeita?
18) Comparando-se os geradores elementares das figura 4 e 5 da página 5 da apostila, quando a fem gerada pela
bobina inverte de polaridade, o que ocorre com as ligações entre as escovas e os lados ativos da bobina de cada
máquina? Que conseqüências haverá para a tensão na carga?
19) Represente a forma de onda da tensão que teremos na carga de cada gerador do exercício anterior.
20) Faça o desenho do circuito magnético de uma máquina de corrente contínua de dois pólos e identifique suas
partes.
21) Quais são as duas funções da carcaça de um gerador de corrente contínua?
22) Qual é a parte da máquina responsável pela sua excitação?
23) Cite as duas razões para as sapatas polares do gerador C.C. serem recurvadas e alargadas.
24) O que é entreferro?
25) Quais as duas funções do núcleo do induzido?
Máquinas Elétricas I 1. 18

26) Explique como as bobinas do induzido são colocadas nas ranhuras.


27) O que são correntes parasitas ( ou de foucault )? Quais as medidas que são adotadas para reduzir o seu valor?
28) Quais são os dois efeitos provocados pelas correntes parasitas?
29) Quais são as duas funções do conjunto comutador-escovas?
30) Cite as partes que compõem o conjunto das escovas.
32) Qual é a quantidade de lâminas do comutador de uma máquina que possui 24 bobinas?
33) Quantos lados ativos de bobina pode haver em cada ranhura?
34) Qual será o valor da fem induzida na bobina das máquinas abaixo? Qual é a forma de construção correta?

N N

S S S S

N N

QUESTIONÁRIO 2

1) Quais são as duas características do enrolamento imbricado?


2) Em relação ao gerador mostrado na figura abaixo, para as posições do induzido mostradas e, considerando-se
rotação no sentido horário:
a) Identifique com letras os lados ativos das bobinas e com número as lâminas do comutador. Faça a ligação dos
lados ativos das bobinas às lâminas do comutador..
b) Represente o sentido da fem induzida nos condutores e nos terminais do gerador (escovas).
c) Represente as vias internas do induzido com o sentido da fem induzida nos condutores.

N N N

S S S

 = 45o  = 90o  = 135o


3) Em relação ao gerador mostrado na figura abaixo, para as posições do induzido mostradas e, considerando-se
rotação no sentido anti-horário:
a) Identifique com letras os lados ativos das bobinas e com número as lâminas do comutador. Faça a ligação dos
lados ativos das bobinas às lâminas do comutador..
b) Represente o sentido da fem induzida nos condutores e nos terminais do gerador (escovas).
c) Represente as vias internas do induzido com o sentido da fem induzida nos condutores.
Máquinas Elétricas I 1. 19

S S S

N N N

 = 315o  = 270o  = 225o

4) O que são vias internas de um induzido?


5) No gerador real que estudamos, quando as escovas são colocadas na zona neutra:
a) Qual é o valor da fem induzida nas bobinas que estão sendo comutadas? Justifique sua resposta.
b) A fem gerada nos terminais do gerador (escovas) a cada instante é igual ou diferente de zero? Justifique sua
resposta.
6) Represente a forma de onda da tensão gerada por um gerador real de corrente contínua que possui 4 bobinas,
sendo as escovas colocadas na zona neutra.
7) Compare a forma de onda do exercício 6 desta habilidade com a forma de onda de um gerador CC elementar (ver
exercício 12 da habilidade 1). Qual das duas é mais contínua? Por que?
8) No gerador real que estudamos, quando as escovas são colocadas sob os pólos:
a) Qual é o valor da fem induzida nas bobinas que estão sendo comutadas? Justifique sua resposta.
b) A fem gerada nos terminais do gerador (escovas) a cada instante é igual ou diferente de zero? Justifique sua
resposta.
9) Quais as 2 razões para se colocar as escovas de um gerador de CC na zona neutra?
10) Como é feito, na prática, o posicionamento das escovas?
11) Qual é a condição necessária para que os condutores do induzido gerem uma fem?
12) Escreva a equação da fem gerada pelo gerador de C.C., identificando as variáveis que a compõem.
13) Como podemos variar a fem gerada por um gerador de corrente contínua? Qual é a mais utilizada?
14) Escreva a equação do rendimento de uma máquina.
15) Por que a energia de entrada de uma máquina deve ser maior do que a energia de saída?
16) Cite e comente sobre os tipos de perdas que ocorrem em uma máquina de corrente contínua.
17) Determine, na máquina abaixo, o sentido da fem e da força mecânica que atua no condutor do induzido e do
torque que atua no eixo da máquina devido à interação entre o campo dos pólos e a corrente de carga que circula
pelo condutor do induzido.

NP

S
Máquinas Elétricas I 1. 20

18) Que conseqüências haverá para a velocidade a aplicação de uma carga no gerador? Justifique sua resposta.
Como deve ser compensado este efeito?
19) Defina excitação ou magnetização de um gerador.
20) Como é feita a excitação dos geradores CC (dínamos)? Qual é a mais utilizada?
21) Como podem ser classificados os geradores de CC quanto à forma de receber CC no circuito de campo?
Comente sobre cada um.
22) De acordo com o tipo de ligação entre o induzido e a bobina de campo, como se classificam os geradores auto-
excitados? Comente sobre cada um.
23) Qual é a condição indispensável para que o gerador de CC possa iniciar a auto-excitação (escorvamento)?
24) O que é magnetismo residual?
25) Explique como ocorre o escorvamento de um gerador com excitação paralela.
26) Quais as causas mais comuns que impedem o escorvamento?
27) Explique o que acontece com a corrente de campo e com a tensão gerada se aumentarmos a resistência do
reostato ligado em série com o circuito de excitação da figura 18.
Máquinas Elétricas I 1. 21

PROGRAMA
Unidade I – Geradores de Corrente Contínua
1.1. Introdução
1.2. Gerador CC Elementar
1.3. Características Construtivas
1.4. Equação da Força Eletromotriz de armadura

Unidade II – Motores de Corrente Contínua


2.1. Introdução
2.2. Motor CC Elementar
2.3. Equação do Torque Eletromagnético
2.5. Características de Operação do Motor CC de Ímãs permanentes
2.5.1. Circuito Equivalente da Armadura
2.5.2. Partida e Aceleração
2.5.3. Operação com Carga Variável
2.6. Formas de Excitação dos Motores CC
2.6.1. Classificação e Esquemas de Ligações
2.6.2. Motor de Excitação Independente
2.6.3. Motor de Excitação Série
2.7. Formas de Controle de Velocidade
2.7.1. Grandezas Controladas
2.7.2. Exemplos Práticos
2.7.3. Comportamento da Corrente de Armadura
2.7.4. Tacogeradores

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