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INTENSIVO FX5

TFX02
TFX02 | FX5 Intensivo

Data da Revisão Nome do Arquivo Revisão


Jun/2015 Treinamento Intensivo FX5 (A) 1ª Edição

Dez/2015 Treinamento Intensivo FX5 (B) Instruções de comunicação, RS2,


ADPRW (MODBUS/RTU), IVDR e
IVCK (Inverter Comunication), MC
Protocol e e Predefined Protocol.
Mai/2016 Treinamento Intensivo FX5 (C) Ligação Source/Sink com MR-JE

Contato de Suporte Técnico


Assistência telefônica disponível em (11) 4689-3000.
Assistência por e-mail disponível em cat@mitsubishielectric.com.br.

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manual.

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Sumário

Apresentação da Aula ......................................................................... 9

Objetivos do Curso.............................................................................................. 9

Pré-requisitos ....................................................................................................... 9

Duração do Curso ................................................................................................ 9

Descrição dos Capítulos ................................................................................... 10

Lista de Manuais Relevantes........................................................................... 11

1. INTRODUÇÃO AO FX5 ......................................................... 12

1.1 O PLC FX5 ................................................................................................ 12

1.2 Especificações da CPU............................................................................ 13

1.3 Sinalizações, portas e chaves da CPU ................................................. 16

1.4 Especificações das entradas digitais .................................................... 18

1.5 Especificações das saídas digitais ........................................................ 19


1.5.1 Saídas a relé .......................................................................................... 20
1.5.2 Saídas a transistor NPN (sink) ou PNP (source) ................................ 21

1.6 Especificações dos pontos analógicos embutidos .............................. 22


1.6.1 Entradas analógicas .............................................................................. 22
1.6.2 Saídas analógicas .................................................................................. 23

1.7 Especificações da porta RS-485/422 embutida ................................... 24

1.8 Especificações da porta Ethernet embutida ........................................ 25

1.9 Memórias .................................................................................................. 26


1.9.1 Data Memory (memória de dados) ....................................................... 26
1.9.2 Device/Label Memory (memória de dispositivos/labels)....................... 27
1.9.3 SD memory card (cartão de memória SD) ........................................... 29

1.10 Bateria ................................................................................................... 30

1.11 Cabo de comunicação .......................................................................... 31

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2. CONFIGURAÇÃO DO HARDWARE ................................. 32

2.1 Introdução às expansões do FX5 ........................................................... 32

2.2 Expansões de I/O ..................................................................................... 33

2.3 Módulos de expansão inteligentes ........................................................ 34

2.4 Placas de expansão BD........................................................................... 35

2.5 Módulos de expansão ADP .................................................................... 36

2.6 Regras de configuração ........................................................................... 36

2.7 Software para montagem de configuração iQ-F ................................ 40

2.8 EXERCÍCIOS ........................................................................................... 43

3. INTRODUÇÃO AO GX WORKS3 ....................................... 44

3.1 Introdução ................................................................................................ 44

3.2 Funcionalidades do GX Works3 ........................................................... 45

3.3 Importação de projetos do GX Works2 ............................................... 48

4. CRIANDO UM PROJETO NO GX WORKS3 .................... 50

4.1 Introdução ................................................................................................ 50

4.2 Configuração de módulos do sistema .................................................. 52

4.3 EXERCÍCIOS ........................................................................................... 58

4.4 Parâmetros ............................................................................................... 59


4.4.1 System Parameter ................................................................................. 59
4.4.2 CPU Parameter .................................................................................... 60

4.5 Variáveis do PLC: Dispositivos e labels ............................................. 64


4.5.1 Dispositivos (Devices) .......................................................................... 64
4.5.2 Labels .................................................................................................... 66

4.6 Edição do programa ladder .................................................................... 70


4.6.1 Criação de uma linha de ladder ............................................................ 73

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4.6.2 Inserir nova linha de ladder .................................................................. 75


4.6.3 Desenhar e apagar linhas verticais (derivações) ou horizontais ........... 75
4.6.4 Inserir instruções especiais ................................................................... 77

4.7 EXERCÍCIOS ........................................................................................... 79

5. OPERAÇÕES ONLINE COM GX WORKS3 ...................... 80

5.1 Comunicação do GX Works3 com o PLC ............................................ 80


5.1.1 Definição da rota de comunicação ........................................................ 80
5.1.2 Escrita de programa para o PLC .......................................................... 83

5.2 Monitoração do programa ..................................................................... 84

5.3 Monitoração de valores de dispositivos/labels .................................. 85


5.3.1 Device/Buffer Memory Batch Monitor ................................................. 86
5.3.2 Watch .................................................................................................... 87

5.4 Alteração de valores de dispositivos/labels........................................ 89

5.5 Alteração de ladder online ..................................................................... 90

5.6 EXERCÍCIOS ........................................................................................... 90

6. INSTRUÇÕES SET/RESET E PULSO .................................. 91

6.1 Instruções SET e RST (Reset) ................................................................. 91

6.2 Instruções de contato de pulso e detecção de borda........................... 91


6.2.1 Contato de pulso de subida e descida .................................................... 92
6.2.2 Instruções MEP e MEF ........................................................................ 93

6.3 EXERCÍCIOS ........................................................................................... 94

7. TEMPORIZADORES E CONTADORES ............................ 96

7.1 Temporizadores ....................................................................................... 96


7.1.1 Temporizadores OUT T, OUTH T, OUTHS T ................................... 96
7.1.2 Temporizadores retentivos OUT ST, OUTH ST, OUTHS ST ......... 100

7.2 Contadores.............................................................................................. 101

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7.3 EXERCÍCIOS ......................................................................................... 103

8. INSTRUÇÕES DE DADOS NUMÉRICOS ....................... 104

8.1 Introdução .............................................................................................. 104

8.2 Representação de constantes numéricas ............................................ 106

8.3 Instrução MOV ...................................................................................... 107

8.4 Instruções de comparação de magnitude ........................................... 108

8.5 Instrução de soma ................................................................................. 109

8.6 Instrução de subtração ......................................................................... 109

8.7 Instrução de multiplicação .................................................................. 110

8.8 Instrução de divisão.............................................................................. 111

8.9 Inline ST para expressões matemáticas ............................................. 112

8.10 EXERCÍCIOS...................................................................................... 113

9. I/Os ANALÓGICOS E EXPANSÕES INTELIGENTES.. 114

9.1 Pontos analógicos embutidos no PLC ............................................... 114


9.1.1 Entradas analógicas ............................................................................ 114
9.1.2 Saída analógica ................................................................................... 116

9.2 Pontos analógicos via módulos ADP ................................................ 118

9.3 Módulos inteligentes............................................................................. 120


9.3.1 Endereço U\G .................................................................................... 120

10. ENTRADAS RÁPIDAS ......................................................... 121

10.1 Contadores rápidos ........................................................................... 121


10.1.1 Configuração e habilitação de contadores rápidos ............................ 121
10.1.2 Habilitação da contagem rápida (instrução (D)HIOEN) ................. 123
10.1.3 Monitoração e operação do valor de contagem rápida ...................... 124
10.1.4 Reset do contador rápido por instruções de varredura ..................... 130

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10.1.5 Comparação de alta velocidade com set e reset ................................. 131

11. FUNÇÕES DE POSICIONAMENTO ................................. 132

11.1 Conceito............................................................................................... 132

11.2 Hardware e cálculos iniciais ............................................................ 133


11.2.1 Exemplo de Ligação entre o FX5 e o MR-JE .................................... 133
11.2.2 Esquema / Informações básicas do MR-JE........................................ 134
11.2.3 Sinais de controle .............................................................................. 134

11.3 Parâmetros essenciais do MR-JE para posicionamento ............. 136


11.3.1 Procedimento para alterar parâmetros no MR-JE ............................ 136

11.4 Parâmetros essenciais para posicionamento com MR-JE e FX.. 137


11.4.1 PA.13: ............................................................................................... 137
11.4.2 PA. 06 (CMX) e PA. 07 (CDV) (Eletronic Gear): .......................... 138

12. INSTRUÇÕES DE POSICIONAMENTO.......................... 139

12.1 Dispositivos Especiais do FX5 Associados ao Posicionamento 139


12.1.1 Relés Especiais .................................................................................. 139
12.1.2 Registradores Especiais .................................................................... 140

12.2 Instrução de Referenciamento.......................................................... 141


12.2.1 Instrução DSZR ............................................................................... 141

12.3 Instrução de Movimentação ............................................................ 143


12.3.1 Instrução DRVI (Posicionamento Incremental) .............................. 143
12.3.2 Instrução DRVA (Posicionamento Absoluto) .................................. 145
12.3.3 Instrução DVIT (Movimentação com Interrupção) ......................... 147

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Apresentação da Aula
Seja bem-vindo ao Treinamento Intensivo de FX5.

Objetivos do Curso
Ao final deste curso de treinamento, o estudante deve ser capaz de:

 Entender os conceitos e montar uma configuração com PLC FX5


 Editar um programa em ladder para FX5 utilizando o software GX Works3
 Configurar os parâmetros do FX5
 Entender o conceito de memória do FX5
 Criar um programa utilizando temporizadores, contadores e as principais instruções do
FX5
 Programar módulos especiais, utilizar contadores rápidos e utilizar a comunicação serial
com inversores Mitsubishi

Pré-requisitos
Antes de frequentar esta aula, é altamente recomendado que o estudante tenha
conhecimentos de elétrica industrial e de programação em linguagem ladder genérica para
controladores lógico-programáveis (PLC).

Esta aula é focada na CPU FX5 e sua programação em ladder utilizando-se o software
GX Works3. Não são abordados aqui conceitos básicos de ladder e programação em FBD/LD e
ST.

Duração do Curso
Este curso é planejado para a duração de três dias de aula.

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Descrição dos Capítulos


CAPÍTULO 1 – Introdução ao PLC FX5
Nesse capítulo são apresentadas as principais características do FX5 e seu hardware.
CAPÍTULO 2 – Configuração do hardware
Nesse capítulo são abordados a especificação e configuração de expansões/acessórios.
CAPÍTULO 3 – Introdução ao GX Works3
Este capítulo introduz as funcionalidades do software de programação GX Works3
CAPÍTULO 4 – Criando um projeto no GX Works3
Este capítulo explica os primeiros passos para criar um projeto para o FX5 e editá-lo.
CAPÍTULO 5 – Operações online com GX Works3
Este capítulo explica a transferência de programas e monitoração do FX5.
CAPÍTULO 6 – Instruções de set/reset e pulso
Este capítulo explica instruções básicas de operação de bit e detecção de borda.
CAPÍTULO 7 – Temporizadores e contadores
Este capítulo trata dos temporizadores e contadores no FX5.
CAPÍTULO 8 – Instruções de dados numéricos
Este capítulo explica as principais instruções de dados numéricos.
CAPÍTULO 9 – I/Os analógicos e expansões inteligentes
Este capítulo aborda os dados de I/Os analógicos embutidos e módulos de expansão.
CAPÍTULO 10 – Entradas rápidas
Este capítulo aborda o uso de entradas rápidas para interrupção e contagem rápida.

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Lista de Manuais Relevantes


JY997D58201 MELSEC iQ-F FX5 User's Manual (Startup)
(Especificação de performance, procedimentos prévios à operação e solução de
problemas do módulo de CPU)

JY997D55301 MELSEC iQ-F FX5U User's Manual (Hardware)


(Descreve os detalhes de hardware da CPU FX5U, incluindo entradas e saídas,
especificações, fiação,instalação e manutenção)

JY997D55401 MELSEC iQ-F FX5 User's Manual (Application)


(Descreve os conhecimentos básicos requiridos para o desenvolvimento do programa,
funções do módulo de CPU, dispositivos/labels e parâmetros)

JY997D55701 MELSEC iQ-F FX5 Programming Manual (Program Design)


(Descreve a especificação do ladder, ST, FBD/LD e outros programas e labels)

JY997D55801 MELSEC iQ-F FX5 Programming Manual (Instructions, Standard


Functions/Function Blocks)
(Descreve as especificações das instruções e funções que podem ser usadas em
programas)

JY997D55901 MELSEC iQ-F FX5 User's Manual (Serial Communication)


(Descreve a rede N:N, protocolo MELSEC Communication (MC), comunicação com
inversor, comunicação tipo non-protocol e suporte a protocolos predefinidos)

JY997D56101 MELSEC iQ-F FX5 User's Manual (MODBUS Communication)


(Descreve a comunicação serial MODBUS)

JY997D56201 MELSEC iQ-F FX5 User's Manual (Ethernet Communication)


(Descreve as funções de comunicação da porta Ethernet embutida)

JY997D56001 MELSEC iQ-F FX5 User's Manual (SLMP)


(Explica os métodos para dispositivos que comunicam com o modulo de CPU por
protocolo SMLP para ler e escrever dados da CPU)

JY997D56301 MELSEC iQ-F FX5 User's Manual (Positioning Control)


(Descreve a função de posicionamento embutida)

JY997D60501 MELSEC iQ-F FX5 User's Manual (Analog Control)


(Descreve a função analógica)

SH-081215ENG GX Works3 Operating Manual


(Configuração do sistema, configuração de parâmetros e operações online)

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1. INTRODUÇÃO AO FX5

1.1 O PLC FX5

O PLC FX5 foi lançado em 2015 com o objetivo de atender a demandas importantes do
mercado, para CPUs compactas, relacionadas a facilidades de desenvolvimento e manutenção de
programas, melhoria de performance, além de melhorias para aplicações que necessitam o uso
de servos. Ainda, funcionalidades relacionadas à conexão às redes baseadas em padrão RS-485
e Ethernet foram adicionadas a essa nova CPU. A CPU FX5 faz parte da série iQ-F.

A figura abaixo ilustra o posicionamento da CPU FX5 dentro das linhas de PLC da
Mitsubishi.

Funcionalidades

Média a grande escala


Modelos de alta
performance, alta
funcionalidade e múltiplas
opções
Pequena a média escala
Maquinas que necessitam de
custo-performance e
Pequena escala miniaturização
Micro PLC tudo-em-um de
fácil utilização para sistemas
de pequena escala

Figura 1: Posicionamento da CPU FX5 nas linhas de PLC.

A Mitsubishi vem desenvolvendo CPUs compactas desde a década de 1980. A Figura 2


(a seguir) ilustra um gráfico evolutivo das CPUs compactas da linha F/FX, desde o primeiro
modelo, o PLC F.

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Figura 2: Evolução histórica da linha F/FX.

1.2 Especificações da CPU

A Figura 3 mostra algumas características relevantes da CPU FX5.

Figura 3: Aspecto e características relevantes do FX5.

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A Tabela abaixo exibe as especificações do FX5:

A seguir são dadas as características de memória de dados do FX5U.

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O PLC FX5U se apresenta em diferentes modelos em função do tipo de alimentação, dos


pontos e das especificações de I/O disponíveis no corpo da CPU, conforme a tabela abaixo.

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1.3 Sinalizações, portas e chaves da CPU

A Figura abaixo ilustra o aspecto da CPU e suas partes:

Figura 4: Detalhe do frontal do PLC FX5U.

Item Descrição Detalhes

1 Ganchos para trilho DIN Ganchos para fixação em painel com trilho DIN
Gancho para fixar expansões ADP ao corpo da
2 Gancho para expansões ADP
CPU
Tampas protetoras dos bornes de entrada e Tampas de proteção para as entradas e saídas
3
saída digitais embutidas na CPU
Porta padrão Ethernet tipo TCP/IP para
4 Porta RJ45 padrão Ethernet embutida conexão da CPU a periféricos como IHM e
software de programação
Tampa de proteção para a porta RS-485,
5 Tampa de proteção frontal pontos analógicos embutidos e slot para cartão
SD
Indica o estado de uso do cartão SD
Aceso: Cartão pronto para uso e não pode ser
removido
LED “CARD”
Piscando: Em preparação
Apagado: Cartão não inserido ou cartão
inserido pode ser removido
6 Acende ou pisca quando dados estão sendo
LED “RD”
recebidos pela porta RS-485 embutida [12]
Acende ou pisca quando dados estão sendo
LED “SD”
transmitidos pela porta RS-485 embutida [12]
Acende ou pisca quando dados estão sendo
LED “SD/RD” transmitidos ou recebidos pela porta Ethernet
embutida [4]
Tampa do conector da placa de expansão Tampa protetora do conector para instalação
7
BD das placas de expansão tipo BD
LEDs indicativos do estado das entradas
8 LEDs das entradas digitais
digitais embutidas na CPU
Tampa protetora do conector para a instalação
9 Tampa do conector de expansão
de módulos de expansão lateral do lado direito

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Continuação da tabela da página anterior


Item Descrição Detalhes
Indica o estado de alimentação do modulo de
CPU
LED “PWR” Aceso: Alimentado
Apagado: Não alimentado ou falha de
hardware (ex.: fonte sobrecarregada)
Indica o estado de erro da CPU
Aceso: Erro/Falha de hardware
LED “ERR” Piscando: CPU em padrão de fábrica, erro ou
CPU em operação de reset
Apagado: CPU operando normalmente
10 Indica se o programa está rodando
Aceso: Programa operando normalmente
Piscando: Programa pausado. Resetar a CPU
LED “P.RUN” e colocar a chave [14] em RUN novamente
para rodar o programa.
Apagado: Programa parado ou parada por
erro
Indica o estado da bateria opcional instalada
em [20] / [21]
LED “BAT”
Piscando: Erro de bateria
Apagado: Operando normalmente
LEDs indicativos do estado das saídas digitais
11 LEDs das saídas digitais
embutidas na CPU
Borneira para conexão de dispositivos externos
12 Borneira da porta RS-485 embutida
com comunicação serial padrão RS-485/422
Chave seletora do resistor de terminação para
13 Seleção do resistor de terminação RS-485
a porta RS-485
Chave de operação da CPU
Posição “RUN”: Roda o programa
Posição “STOP”: Pára a execução do
14 Chave “RUN/STOP/RESET”
programa
Posição “RESET”: Reseta a CPU, mantendo
a chave por aprox. 1 segundo nessa posição
Botão para desabilitação do cartão SD para
15 Botão para desabilitar o cartão “SD”
sua remoção do slot [17]
Borneira para conexão das entradas e saída
16 Borneira dos pontos analógicos embutidos
analógicas embutidas na CPU
Slot para inserção de cartão de memória tipo
17 Slot para cartão SD
SD
Conector para instalação de placa de expansão
18 Conector para placa de expansão BD
tipo BD
Conector para módulos de expansão Conector para instalação de módulos de
19
laterais expansão laterais (lado direito)
Alojamento para instalação de bateria opcional
20 Alojamento para bateria opcional
FX3U-32BL
21 Conector para bateria opcional Conector para instalação da bateria opcional

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1.4 Especificações das entradas digitais

As entradas do PLC FX5 são para sinal elétrico de 24Vcc com lógica selecionável NPN
(sink) ou PNP (source). Observe abaixo as características das entradas digitais e a forma de
ligação para NPN e PNP.

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1.5 Especificações das saídas digitais

Existem alguns tipos de saída digital disponíveis no FX5 dependendo do modelo


selecionado: relé, transistor NPN (sink) ou transistor PNP (source):

Modelo FX5 Detalhes

FX5U-**MT/ES Saída a transistor tipo NPN (sink)

FX5U-**MT/ESS Saída a transistor tipo PNP (source)

FX5U-**MR/ES Saída a relé


** - número de pontos de entrada e saída somados.

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1.5.1 Saídas a relé

Abaixo, as especificações do FX5 com saídas a relé.

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1.5.2 Saídas a transistor NPN (sink) ou PNP (source)

Abaixo, as especificações do FX5 com saídas a relé.

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1.6 Especificações dos pontos analógicos embutidos

O FX5 possui 2 entradas analógicas e 1 saída analógica embutida. A seguir serão


descritas as características desses pontos analógicos.

1.6.1 Entradas analógicas

Abaixo, as especificações das entradas analógicas embutidas no PLC FX5.

A ligação elétrica das entradas analógicas deve ser realizada conforme abaixo:

Figura 5: Ligação elétrica da entrada analógica embutida.

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1.6.2 Saídas analógicas

Abaixo, as especificações das entradas analógicas embutidas no PLC FX5.

A ligação elétrica das entradas analógicas deve ser realizada conforme abaixo:

Figura 6: Ligação elétrica da saída analógica embutida.

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1.7 Especificações da porta RS-485/422 embutida

Abaixo as especificações da porta RS-485/422 do FX5.

A porta pode trabalhar em modo RS-485 (1 par trançado) ou RS-422 (2 pares trançados).
Um exemplo de ligação em cada uma dessas modalidades é dado abaixo:

Figura 7: Exemplo de ligação elétrica da porta RS-485/422 embutida.

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1.8 Especificações da porta Ethernet embutida

Abaixo, as especificações da porta Ethernet.

Figura 8: Leiaute do conector RJ45 para comunicação padrão Ethernet.

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1.9 Memórias

O FX5 tem a seguinte estrutura de memórias:

Program Memory Data Memory Device/Label Memory


(Programa , (Comentários etc. (RAM 120 kbytes)
Flash 128 kbytes (64 ksteps) ) ROM 5 Mbytes)

Uma área de até 4 Gbytes


pode ser utilizada

Expansão p/ Data Memory Data backup (futuramente) Data logging (futuramente)

Figura 9: Gráfico ilustrativo da estrutura de memórias do FX5.

Dentro das capacidades máximas das memórias ilustradas na Figura 9 (acima), há a


especificação da quantidade máxima de um tipo de dado que pode ser armazenado nessa
memória. Esse e outros detalhes das memórias serão descritos a seguir.

1.9.1 Data Memory (memória de dados)

Abaixo, os dados que podem ser armazenados no “Data Memory”.

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1.9.2 Device/Label Memory (memória de dispositivos/labels)

Essa memória é destinada ao armazenamento das variáveis do PLC, divididas em


dispositivos (ou devices, organização de memória baseada em áreas de memórias com tamanho
de dado e função definidos, identificadas por uma letra e um endereço, com denominações
compatíveis com os PLCs Mitsubishi predecessores) e labels (denominação utilizada para
identificar variáveis nomeadas e declaradas em uma tabela pelo usuário). A Figura 10 ilustra a
organização dos dados da memória de dispositivos/labels

D (registradores de 16 bits)
D0, D1, D2 etc.

M (memória de 1 bit, uso geral)


DISPOSITIVOS M0, M1 etc.

B (memórias de 1 bit, uso para rede)


B0, B1 etc.

etc...

iPressao, dado tipo word

Liga, dado tipo bit


LABELS
Posicao, dado tipo double word

etc...

Figura 10: Classificação dos dados na memória de dispositivos/label.

A memória de dispositivos/labels possui um tamanho total de 120 Kbytes ou


60 KWords. Essa memória se divide em duas áreas distintas entre si pela velocidade de acesso e
tamanho chamadas área high speed (ou área de alta velocidade) com 24 Kbytes (12 KWords) e
área standard (ou área padrão) com 96 Kbytes (48 KWords).

A área standard é volátil por padrão e pode ser configurada como retentiva apenas se uma
bateria FX3U-32BL for instalada no PLC. Quanto a área high speed parte dos dados podem ser
armazenados em uma memória retentiva utilizando-se uma área de memória não-volátil embutida
na CPU chamada “Standard Latch”. Essa área não-volátil pode ser compartilhada para

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armazenamento de dados de dispositivos e labels, não tem limitação do ciclo de escritas e é


limitada a 12 KWords.

A Figura 11 (abaixo) ilustra um esquema da memória de dispositivos/labels para melhor


compreensão. As setas sólidas (não pontilhadas) correspondem às alocações de dispositivos e
labels padrão de fábrica nas áreas de memória e os valores acima das setas são a quantidade de
dados em quilowords (KW, 1K = 1024 words) configurada de fábrica. As setas pontilhadas são
opções possíveis de alocação de labels/dispositivos às áreas de memória disponíveis.

Tipo de variável Memória volátil Memória não volátil

12KW
Dispositivos tipo Área
X, Y, M, B, SB, F, High Speed 9,6KW
S, T, ST, C, LC, Opcional (12 K Words) Área
DeL Standard Latch
(12 K Words,
1KW sem bateria)
Labels 1KW Somente labels
retentivos retentivos
(classe
VAR_RETAIN)
Área
Standard Parte ou toda
Labels 12KW (48 K Words) área Standard
(classe VAR) pode ser
retentiva com o
uso da bateria na
Dispositivos tipo 35KW Opcional CPU
R, W, SW (FX3U-32BL)

Figura 11: Esquema explicativo das áreas de memória e associações com dispositivos/labels.

A alteração das configurações de fábrica pelo software de programação GX Works3 será


abordada posteriormente nesta apostila.

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1.9.3 SD memory card (cartão de memória SD)

Um cartão de memória SD pode ser instalado no PLC FX5 para armazenamento de dados.
A Mitsubishi recomenda o uso dos cartões SD originais NZ1MEM-2GBSD (2GB) ou NZ1MEM-
2GBSD (4GB). Abaixo, o local e procedimento de instalação/remoção do cartão SD com a CPU
ligada.

INSERÇÃO:
1- Insira o cartão SD (1) com o chanfro voltado para
baixo. Certifique-se que está bem inserido;

2- O LED “CARD” (2) pisca até que o cartão SD


esteja disponível para uso;

3- O LED “CARD” permanece acesso quando o


cartão SD está disponível;

4- Se o LED “CARD” não acender, certifique-se pelo


GX Works3 que os bits SM606 ou SM607
(relacionados à interrupção forçada do cartão SD)
estejam desligados (OFF).

REMOÇÃO:
1- Pressione o botão “SD CARD OFF” (1) por um
segundo ou mais para interromper o acesso da CPU
ao cartão. O LED “CARD” (2) pisca durante processo
de interrupção do acesso ao cartão pela CPU e
apaga quando o processo de interrupção é
completado;

2- Pressione o cartão SD (3) instalado no slot para


liberá-lo e retire-o do slot.

Abaixo, os dados que podem ser armazenados no cartão de memória SD.

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1.10 Bateria

A CPU FX5 possui um alojamento para bateria opcional. Essa bateria não é essencial ao
funcionamento do PLC pois não mantém os dados da memória onde o programa é armazenado.
A bateria é utilizada para manter o relógio de tempo real (RTC) (sem a bateria o RTC é
mantido por, no máximo 10 dias sem alimentação, por um super capacitor) e dados
mantidos na área “standard” da memória de dispositivos/labels. O modelo da bateria é FX3U-
32BL e sua vida útil padrão é de 5 anos, porém, em função da temperatura onde está instalada
pode ter seu valor reduzido como ilustrado na Figura 12. Leve em consideração esse gráfico para
planejamento de troca preventiva da bateria.

Figura 12: Gráfico de vida útil da bateria.

O procedimento para troca da bateria é explicado a seguir.

1- Mantenha o PLC ligado por, pelo menos 30 minutos e,


depois, desenergize-o;

2- Remova a tampa protetora (A) ou a placa de expansão que


estiver instalada em seu lugar;

3- Extraia a bateria do alojamento (B) e desconecte o conector


da bateria (C);

4- Conecte a nova bateria em, no máximo, 20 segundos ao


conector (C) e acomode-a no alojamento (B).

30
TFX02 | FX5 Intensivo

1.11 Cabo de comunicação

Para programar a CPU FX5, utiliza-se um cabo Ethernet, categoria Cat5e ou superior, com
configuração direta ou cruzada (crossover), conforme ilustra a Figura 13 (abaixo). Para a
programação, conecta-se uma ponta ao PC com porta Ethernet e a outra ponta ao conector RJ45
fêmea, frontal à CPU (vide Figura 4, item [4]).

Figura 13: Configurações de cabo Ethernet para programação da CPU FX5.

31
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2. CONFIGURAÇÃO DO HARDWARE

2.1 Introdução às expansões do FX5

O PLC FX5 permite a expansão do número de pontos de entrada e saída digitais, bem como
de pontos de I/O analógicos e a adição de módulos que permitam funcionalidades como conexão
a redes. Essa expansão pode ser realizada por meio de três tipos de acessórios, como ilustrado
na Figura 14 (abaixo): (A) as placas de expansão BD, (B) os módulos de expansão (instalados do
lado direito da CPU) ou (C) módulos adaptadores de expansão tipo ADP (instalados do lado
esquerdo da CPU).

(A)
(B)

(C)

Figura 14: Visão geral dos acessórios para o PLC FX5.

Note que as placas de expansão BD são para instalação de portas de comunicação serial
adicionais. Os módulos de expansão (lado direito) podem ser expansões de I/O digital (I/O
module), módulos inteligentes tipo FX5 ou módulos inteligentes FX3 (mediante o uso do adaptador
FX5-CNV-BUS). A seguir serão detalhados os tipos de expansão.

32
TFX02 | FX5 Intensivo

2.2 Expansões de I/O

As expansões de I/O digital só estão disponíveis em módulos instalados do lado direito da


CPU FX5. Essas expansões podem ser exclusivamente de entradas, de saídas ou mistas
(entradas e saídas) dependendo do modelo de expansão selecionado. Ainda, quanto ao tipo da
lógica, podem ser NPN (sink), PNP (source) ou selecionáveis.

33
TFX02 | FX5 Intensivo

2.3 Módulos de expansão inteligentes

Os módulos inteligentes são módulos com funções de interface de sinais diferentes dos
sinais digitais convencionais, o que inclui sinais analógicos, rede e contadores rápidos (módulos
para encoder). Esses módulos são instalados do lado direito da CPU e podem ser programados
através de parâmetros especiais em uma função do software GX Works3 chamada “Module
Information” ou através de funções no ladder chamadas de TO/FROM. A seguir, os modelos de
módulos inteligentes que podem ser adicionados à CPU FX5.

Módulos inteligentes FX5:

Módulos inteligentes FX3 (podem ser instalados com o uso do adaptador FX5-CNV-BUS):

34
TFX02 | FX5 Intensivo

2.4 Placas de expansão BD

As placas de expansão BD para uso com o FX5 são específicas, não sendo possível o uso
de placas BD semelhantes de modelos anteriores de PLC da série FX. A seguir, os modelos de
placas BD disponíveis.

35
TFX02 | FX5 Intensivo

2.5 Módulos de expansão ADP

Com os módulos de expansão ADP é possível adicionar à CPU FX5 pontos adicionais de
entradas/saídas analógicas e portas adicionais de comunicação serial RS232C, RS422 ou RS485.
A seguir, os modelos disponíveis de módulos ADP para uso com o PLC FX5.

2.6 Regras de configuração

Para montar uma configuração de PLC FX5 com acessórios de expansão, é necessário
observar algumas regras, como detalhado a seguir:

1- Número de dispositivos de expansão conectados: Há um número máximo de dispositivos


de extensão que podem ser conectados, como ilustra a Figura 15.

Figura 15: Número máximo de módulos de expansão instaláveis.

36
TFX02 | FX5 Intensivo

2- Número de pontos de entrada e saída (I/O): A CPU FX5 suporta no máximo 256 I/Os locais
(incluindo os pontos de I/O consumidos por módulos inteligentes) mais, no máximo, 384 I/Os
remotos – via rede CC-Link ou AnyWire, que somados, não podem ultrapassar um total de 512
pontos, como ilustra a Figura 16.

Figura 16: Número máximo de pontos I/O consumidos.

3- Limitação de consumo de corrente das expansões: As expansões são alimentadas pela


CPU FX5 (principal), por módulos de fonte de alimentação acrescentados nas expansões do lado
direito ou por fontes de expansões de I/O digital mistas. É necessário observar a posição e o tipo
das expansões para determinar qual fonte as alimentarão, observando o consumo dessas
expansões e a capacidade máxima da fonte. A Figura 17 ilustra um exemplo de distribuição das
fontes e quais expansões cada fonte alimenta.

Figura 17: Distribuição das fontes para alimentação das expansões.

As fontes de alimentação suprem tensões de 5 V e 24 V para os módulos de expansão.


Dependendo do tipo de módulo de expansão os dois níveis de tensão são necessários ou apenas
um deles. A seguir, um exemplo de cálculo de consumo de corrente de uma configuração.

37
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3.1- Verificação da(s) fonte(s) que alimenta(m) as expansões. No caso abaixo é a fonte da CPU:

3.2- Verificação da capacidade da fonte do modelo de CPU selecionado:

3.3- Verificação do consumo de corrente em 5 V e 24 V de cada expansão:

3.4- Cálculo do consumo total de corrente em 5 V e 24V:

3.5- Verificação da capacidade da fonte no suprimento de corrente:


𝑰: 𝑪𝒂𝒑. 𝑭𝒐𝒏𝒕𝒆(𝟓𝑽) − 𝑪𝒐𝒏𝒔. 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆(𝟓𝑽) ≥ 𝟎 𝒎𝑨
900 𝑚𝐴 − 510 𝑚𝐴 = 390 𝑚𝐴 (> 𝟎 𝒎𝑨) → 𝑂𝐾!

𝑰𝑰: 𝑪𝒂𝒑. 𝑭𝒐𝒏𝒕𝒆(𝟐𝟒𝑽) − 𝑪𝒐𝒏𝒔. 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆(𝟐𝟒𝑽) ≥ 𝟎 𝒎𝑨


400 𝑚𝐴 − 240 𝑚𝐴 = 160 𝑚𝐴 (> 𝟎 𝒎𝑨) → 𝑂𝐾!

38
TFX02 | FX5 Intensivo

4- Limitação do número de módulos FX3: A utilização de módulos inteligentes FX3 com um PLC
FX5 possui algumas limitações dependendo do uso de uma fonte auxiliar FX3U-1PSU-5V, como
ilustrado a seguir na Figura 18.

Figura 18: Número máximo de expansões inteligentes FX3.

5- Limitação de módulos inteligentes FX3: Alguns módulos inteligentes de FX3 são limitados
em número de unidades instaladas a um sistema com PLC FX5, conforme a tabela abaixo.

6- Limitação de placas de expansão BD: É possível a instalação apenas de 1 (uma) placa do


tipo BD a um FX5.

6- Limitação de módulos de expansão ADP: É possível utilizar no máximo dois módulos ADP
de comunicação serial e 4 módulos analógicos por sistema de CPU FX5, como ilustra a Figura 19.

Figura 19: Número máximo de expansões ADP.

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TFX02 | FX5 Intensivo

2.7 Software para montagem de configuração iQ-F

Há um software de livre distribuição que auxilia a montagem de uma configuração com PLC
FX5 para fins de validação (verificações das regras de configuração, conforme explicado na seção
2.6) e orçamento. Na versão atual, esse software está em formato HTML/Java, o que exige que o
usuário tenha um browser para Internet. É sugerido utilizar o browser Mozilla Firefox por questões
de compatibilidade.

Para abrir o software, clique com o botão direito sobre o arquivo HTML que está na pasta
do software e selecione o Mozilla Firefox para abri-lo, como ilustrado na Figura 20.

Figura 20: Abrindo HTML do software de configuração iQ-F.

Selecione o primeiro item da página que aparece em seguida, conforme abaixo.

Figura 21: Seleção da ferramenta de release em inglês.

40
TFX02 | FX5 Intensivo

Uma janela como a ilustrada abaixo aparece em seguida.

Figura 22: Janela do software de configuração iQ-F.

Em seguida, deve ser selecionado um modelo de CPU na janela que aparece. Selecione
“FX5U”.

Figura 23: Seleção FX5U/5UC.

41
TFX02 | FX5 Intensivo

Então, selecione um modelo especifico de número de pontos:

Figura 24: Seleção do modelo FX5U.

Na janela seguinte, aparece uma área para adição das expansões. Para adicioná-
las/alterá-las, pressione os botões “Add” e “Change” (em vermelho).

Clique aqui para Selecione esta caixa para desconsiderar o


adicionar uso da fonte de 24V do PLC para alimentar
expansões ADP os sinais de entrada digital (sensores etc.)

Clique aqui para adicionar expansões do


lado direito (I/O, módulos inteligentes)

Clique aqui para adicionar placas BD

Corrente remanescente
em 5 V e 24 V

Figura 25: Janela de montagem da configuração do FX5U.

Os campos abaixo marcados com “5 V DC” e “24 V DC” correspondem à corrente


remanescente da configuração montada. Para gerar a lista de materiais, pressione o botão
“Purchase List” localizado na parte superior direita da janela.

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TFX02 | FX5 Intensivo

2.8 EXERCÍCIOS

2.8.1. Monte a configuração que utilize o mínimo de acessórios/expansões e de pontos sobrando,


conforme a necessidade abaixo:

- 48 entradas digitais 24V PNP;


- 32 saídas digitais a transistor PNP;
- 5 saídas a relé;
- 4 entradas analógicas (não precisa ser módulo inteligente);
- Módulo simple motion para 3 eixos;
- Módulo CC-Link escravo (intelligent device);
- Porta RS232C (DB9).

43
TFX02 | FX5 Intensivo

3. INTRODUÇÃO AO GX WORKS3

Nesta seção, será introduzida a ferramenta de programação GX Works3. Ao final desse


capítulo, o participante conhecerá a ferramenta GX Works3 e si

3.1 Introdução

O software GX Works3 é a ferramenta de programação para os novos PLCs FX5 (linha iQ-
F) e R (linha iQ-R). Através do GX Works3 é possível parametrizar a CPU, construir o programa
em formação de acordo com a norma IEC 61131-3 e parametrizar os módulos inteligentes (alguns
módulos tem possibilidade de parametrização diretamente no módulo).

O GX Works3 faz parte do pacote iQ Works2 e pode ser instalado nas plataformas conforme
a tabela abaixo.

44
TFX02 | FX5 Intensivo

3.2 Funcionalidades do GX Works3

 No GX Works3, o sistema do PLC com os módulos é montado de forma gráfica, dentro do


próprio software, facilitando a configuração. Os módulos são adicionados arrastando os
módulos de uma lista lateral.

Figura 26: Montagem do sistema de forma gráfica.

 Os parâmetros dos módulos inteligentes são acessados com um duplo clique sobre o módulo
que se deseja configurar, no sistema gráfico montado.

Figura 27: Acesso aos parâmetros dos módulos inteligentes.

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TFX02 | FX5 Intensivo

 As principais linguagens da norma IEC são suportadas (SFC estará disponível em breve).

Figura 28: Linguagens de programação de acordo com a norma IEC.

 Em breve, serão possíveis comparações de programação de dois projetos, com destaque para
linhas de programação modificadas, adicionadas ou removidas de um projeto em relação a
outro comparado.

Figura 29: Facilidade na comparação da programas do PLC.

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TFX02 | FX5 Intensivo

 É possível colocar comentários de variáveis em múltiplas linguagens e modificar a exibição no


programa, de acordo com a conveniência.

Figura 30: Comentários em multi-linguagens.

 Para manter a compatibilidade com séries anteriores de PLC, o GX Works3 inclui o GX Works2
e GX Developer em seu pacote de instalação.

Figura 31: Inclusão dos softwares GX Works2 e GX Developer no GX Works3.

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TFX02 | FX5 Intensivo

3.3 Importação de projetos do GX Works2

É possível importar projetos realizados no GX Works2 para o GX Works3. Dependendo do


tipo de CPU utilizada no projeto original, o GX Works3 converterá o programa para os tipos de
CPU, conforme tabela abaixo.

Para importar projetos do GX Works2, acesse, no meu suspenso, o caminho [Project] →


[Open Other Format File] → [Open GX Works2 Format Project]. Uma janela para selecionar o
arquivo do projeto do GX Works2, como a ilustrada abaixo.

Figura 32: Janela de importação de projetos do GX Works2.

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TFX02 | FX5 Intensivo

É importante notar que alguns itens, após a importação do projeto, precisam ser verificados,
conforme a tabela abaixo.

49
TFX02 | FX5 Intensivo

4. CRIANDO UM PROJETO NO GX WORKS3

Neste capítulo, o participante aprenderá a criar um projeto para GX Works3 com a


configuração de hardware.

4.1 Introdução

Para criar um novo projeto no software GX Works3 (GXW3), entre no menu Iniciar do
Windows e localize [MELSOFT Application] → [GX Works3], em um ícone como o ilustrado na
Figura 33 (abaixo).

Figura 33: Icone do GX Works3.

Na janela que aparece, selecione pelo menu suspenso [Project] → [New...], como
ilustrado na Figura 34 (abaixo).

Figura 34: Caminho para criar um novo projeto no GXW3.

50
TFX02 | FX5 Intensivo

Em seguida, selecione a série [Series], tipo de CPU [Type] e linguagem de programação


[Program Language]. Neste treinamento será abordada a CPU FX5 com linguagem de
programação ladder. Dessa forma, configure a caixa de diálogo como ilustrado abaixo e clique no
botão [OK].

Figura 35: Seleção de projeto para CPU FX5, programação em ladder.

Na sequência, uma janela de diálogo como a ilustrada abaixo aparece, perguntando se o


usuário deseja incluir variáveis dedicadas do módulo de CPU FX5 nos labels globais. Selecione
[Yes] para incluir essas variáveis/labels.

51
TFX02 | FX5 Intensivo

Agora, deverá aparecer uma janela como a ilustrada abaixo.

Barra de
ferramentas

Árvore do projeto: aqui estão


todos os itens que compõem o Área de edição: onde
projeto tais como parâmetros, são alterados o ladder,
programas e labels parâmetros etc.

Figura 36: Janela do GX Works3.

4.2 Configuração de módulos do sistema

Após a criação do projeto, o primeiro passo é fazer a configuração do hardware a ser utilizado
no GX Works3, ou seja, fazer a configuração dos módulos do sistema. Para isso, dê duplo clique
no item [Module Configuration] da árvore do projeto, como ilustrado abaixo. Em seguida deverá
aparecer uma caixa de diálogo lembrando da necessidade de fixar e refletir os parâmetros ao
finalizar a configuração, clique em [OK].

Figura 37: Acesso à configuração dos módulos do sistema no GXW3.

52
TFX02 | FX5 Intensivo

Após as ações anteriores, a área de edição deve apresentar-se como na Figura 38 (abaixo).

Figura 38: Janela [Module Configuration] do GXW3.

Conforme a Figura 38, localize as abas [Element Selection] e [Input the Configuration
Detailed Information] que devem aparecer do lado direito. Caso não estejam aparecendo, habilite-
as pelo menu suspenso em [View] → [Docking Window] → [Element Selection] e [Input the
Configuration Detailed Information], como ilustrado na Figura 39 (abaixo).

Figura 39: Habilitação das abas [Element Selection] e [Input the Configuration Detailed
Information].

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TFX02 | FX5 Intensivo

A aba [Element Selection] exibe a janela com uma lista de módulos possíveis de agregar à
configuração do FX5. Clique e arraste um módulo até a linha indicada em azul para adicioná-lo à
configuração, como ilustrado na Figura 40 (abaixo).

Selecione o módulo a
ser acrescentado em
[Element Selection] e
arraste o até a linha azul

Figura 40: Agregando um módulo ao PLC no [Module Configuration].

Note que nessa configuração é possível adicionar apenas módulos do tipo FX5. Módulos
do tipo FX3, que vão agregados após o módulo de conversão de bus FX5-CNV-BUS não são
agregados no [Module Configuration].

Ao clicar na figura de um módulo específico da configuração montada, é possível verificar


(e, em alguns módulos, alterar) os detalhes do módulo, clicando na aba [Input the Configuration
Detailed Information], como ilustrado na (a seguir).

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TFX02 | FX5 Intensivo

1- Clique em um módulo

2- Clique nessa aba

Detalhes do módulo
selecionado

Figura 41: Detalhes de um módulo em [Input the Configuration Detailed Information].

Ao finalizar a configuração dos módulos do sistema, os parâmetros devem ser verificados


e “fixados” (compilado para os parâmetros que serão armazenados na CPU). Se isso não for
feito, as alterações realizadas na configuração do sistema não serão efetivadas. Para tal, faça
primeiro a verificação, clicando com o botão direito do mouse sobre um ponto qualquer da área
de edição da configuração de módulos. Em seguida, selecione [Check] → [System
Configuration], como ilustrado na Figura 42.

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TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 42: Verificação da configuração realizada em [Module Configuration].

Se a configuração estiver sem erros, uma caixa de diálogo, como a exibida abaixo deverá
aparecer, com a mensagem “No error or warning found”.Clique em [OK] para fechá-la.

Figura 43: Janela de confirmação de verificação em [Module Configuration] sem erros.

Caso ocorra algum erro, deverá aparecer uma janela [Output] na parte inferior da janela do
GX Works3, exibindo a(s) falha(s) encontrada(s), como exibido na Figura 44, a seguir. Clique em
[OK] na caixa de diálogo que aparece, verifique a falha exibida na janela [Output] e corrija o
problema (no exemplo abaixo, trata-se de um módulo que está desconectado do restante do
sistema).

56
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 44: Janela de confirmação de verificação em [Module Configuration] com erros.

Após realizar a verificação da configuração, “fixe” os parâmetros clicando com o botão


direito do mouse sobre um ponto qualquer da área de edição da configuração de módulos e, em
seguida, selecionando [Parameter] → [Fix], como ilustrado na Figura 45.

Figura 45: Fixação dos parâmetros em [Module Configuration].

Uma caixa de diálogo para confirmar se a operação de fixação dos parâmetros deve ser
realizada clique em [Sim] para continuar. Poderá em seguida aparecer outras caixas de diálogo
de confirmação de módulos adicionados no sistema, clique [Sim] em todas.

57
TFX02 | FX5 Intensivo

4.3 EXERCÍCIOS

4.3.1. Crie um projeto para a CPU FX5 e monte na configuração de módulos o sistema do kit
didático do treinamento. Não se esqueça de fazer a verificação e a fixação desses parâmetros.

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TFX02 | FX5 Intensivo

4.4 Parâmetros

A área de parâmetros é destinada a configurar condições de processamento da CPU, sob


as quais o programa vai rodar. É nos parâmetros que são configuradas informações como alocação
de memória, dados da configuração de hardware etc. Os parâmetros estão organizados por função
e podem ser acessados pela árvore do projeto, item [Parameter].

[System Parameter]: Parâmetro da configuração


de hardware (módulos do sistema).

[FX5UCPU]: Parâmetros do FX5U.

[CPU Parameter]: Parâmetros da CPU, onde


estão configuradas informações como a
organização da memória, tratamento de erros etc.

[Module Parameter]: Parâmetros dos periféricos


do módulo de CPU como portas de comunicação,
pontos analógicos e I/Os rápidos.

[Mem. Card Parameter]: Parâmetros dos dados


do cartão de memória SD.

[Module Information]: Parâmetros dos módulos de


expansão.

[Remote Password]: Configurações de senhas e


portas para acesso a CPU.

Figura 46: Parâmetros na árvore do projeto e breve explicação da composição.

A seguir, serão descritos os parâmetros principais. Outros parâmetros serão abordados no


decorrer do treinamento.

4.4.1 System Parameter

Nesse item estão configurados os parâmetros dos módulos instalados no sistema. A


sequência de tipos de módulos criada em [Module Configuration] (vide seção 4.2, página 52) é
refletida nesse parâmetro quando realizada a operação de fixação de parâmetros em [Module
Configuration]. A Figura 47 ilustra a janela do [System Parameters].

59
TFX02 | FX5 Intensivo

Lista de módulos de Configuração de


expansão (lado direito operação dos módulos
da CPU) configurados em caso de erro

Figura 47: Janela [System Parameter].

4.4.2 CPU Parameter

Em [CPU Parameter] estão os parâmetros relacionados a aspectos operacionais da CPU.


A Figura 48 exibe a janela de [CPU Parameters].

Nessa seção serão abordadas as principais configurações de parâmetros existentes em


[CPU Parameter].

60
TFX02 | FX5 Intensivo

[Name Setting]: Registrar um nome e comentário


que fica armazenado na CPU.

[Operation Related Setting]: Aqui pode ser


definido um I/O externo para colocar a CPU em
RUN e habilitar o reset da CPU pelo GX Works3.

[Interrupt Settings]: Nesta parte são definidos


detalhes sobre os ponteiros de interrupção.

[Service Processing Setting]: Configuração de


atualização de variáveis na comunicação ao fim
da varredura.
[File Setting]: Definições sobre o armazenamento
do arquivo que contém valores de inicialização
de dispositivos [Device Initial Value].

[Memory/Device Setting]: Parâmetros de


organização da memória de variáveis
(dispositivos e labels).

[RAS Setting]: Definições sobre o


comportamento da CPU na ocorrência de erro.

[Program Setting]: Configuração sobre a


sequência e modo de execução dos programas.

Figura 48: Configurações que compõem [CPU Parameter].

Sobre a configuração [Operation Related Setting], observe a Figura 49.

Se necessário, defina uma entrada digital


de X0 a X17 para colocar a CPU em RUN.

Habilitação de reset remoto (via GX Works3)


Disable: desabilitado.
Enable: habilitado.

Figura 49: Configurações de [Operation Related Setting] em [CPU Parameter].

61
TFX02 | FX5 Intensivo

Sobre a configuração [Memory/Device Setting], observe a Figura 49.

Configura se a bateria FX3U-32BL está


instalada [Mounted] ou não [Not Mounted].
A bateria tem importância sobre a
manutenção (latch) das variáveis
armazenadas na “Standard Area” (A)

Define as quantidades de memória nas


áreas high speed e standard a serem
utilizadas com dispositivos (devices) (B)

Define para labels: a área de memória a


ser utilizada para não latch e a quantidade
de memória para labels latch (retidos) (C)

Particionamento dos dispositivos (D,M


etc.) em cada memória e definição de
retenção por bateria (latch) (D)

Define se os dispositivos L (latch


relays) e labels tipo latch podem ser
zerados por latch clear [Latch (1)] ou
não [Latch (2)].

Define a área de memória para


armazenamento dos labels latch. Só pode ser
alterado se [Option Battery Setting] =
Mounted. (E)

(B)

(C)

(D)
(C)

(E)
(E)
(A)
(C)

(E)
(B)
(A)
(D)

Figura 50: Configurações de [Memory/Device Setting] em [CPU Parameter].

62
TFX02 | FX5 Intensivo

O item (D) (“Particionamento dos dispositivos (D,M etc.)”) da Figura 50, será exibido mais
em detalhes nas Figura 51 e Figura 52 abaixo. A Figura 51 refere-se aos dispositivos
armazenados na área high speed e a Figura 52 refere-se aos dispositivos armazenados na área
“standard”.

Clique nessas caixas


para definir a quantidade
de dispositivos retentivos
(latch) para cada tipo

Defina nesta área a quantidade de cada tipo


de dispositivo, conforme a necessidade

Figura 51: Janela de [Device (high speed) Setting] em [Memory/Device Setting].

Clique nessas caixas


para definir a quantidade
de dispositivos retentivos
(latch) para cada tipo. Só
é possível se a bateria
estiver instalada.

Figura 52: Janela de [Device (standard) Setting] em [Memory/Device Setting].

Na seção a seguir, é dada uma tabela que explica os tipos de dispositivos e suas
designações para armazenamento de dados.

63
TFX02 | FX5 Intensivo

4.5 Variáveis do PLC: Dispositivos e labels

4.5.1 Dispositivos (Devices)

A tabela a seguir descreve os tipos de dispositivos e suas funções como variáveis do


PLC.

Dispositivo
Detalhes
(Device)
Entradas digitais. Correspondem aos endereços marcados nos bornes de
X
entrada digital do PLC. Endereçado em octal (X0...X7, X10...X17 etc.)
Saídas digitais. Correspondem aos endereços marcados nos bornes de
Y
saída digital do PLC. Endereçado em octal (Y0...Y7, Y10...Y17 etc.)
Relés internos ou auxiliares. Variáveis tipo bit para construção de lógicas
M auxiliares ou para receber valores de periféricos como IHMs ou
supervisórios (botões etc.). Endereçado em decimal (M0...M9, M10 etc.)
Relés de rede. Inicialmente designados para troca de dados tipo bit em
rede com outros equipamentos. Quando não utilizados com essa função,
B
podem ter a mesma função do dispositivo M. Endereçado em hexadecimal
(B0 a B0F, B10 etc.)
Relés especiais de rede (bits), designados especificamente para receber
SB informações de diagnóstico de rede. Endereçado em hexadecimal (SB0 a
SB0F, SB10 etc.)
Anunciadores. São variáveis tipo bit que tem função de serem utilizados
para armazenamento de estado de falhas operacionais da aplicação
programada pelo usuário. Quando um dispositivo F é acionado, entra em
F
um histórico que pode ser acessado pelo usuário como histórico de falhas
operacionais da máquina/aplicação. Endereçado em decimal (F0...F9, F10
etc.)
Step relays. São bits utilizados na construção de programas em Step
S
Ladder ou SFC. Endereçado em decimal (S0...S9, S10 etc.)
Timers ou temporizadores. São áreas de memória especificas para uso
T com instruções de temporizadores (OUT T, OUTH T, OUTHS T).
Endereçado em decimal (T0...T9, T10 etc.)
Timers ou temporizadores retentivos. São áreas de memória especificas
ST para uso com instruções de temporizadores retentivos (OUT ST, OUTH ST,
OUTHS ST). Endereçado em decimal (ST0...ST9, ST10 etc.)
Contadores de 16 bits. São áreas de memória especificas para uso com
C instruções de contadores (OUT C). Endereçado em decimal (C0...C9, C10
etc.)
Long Counters ou contadores de 32 bits. São áreas de memória especificas
LC para uso com instruções de contadores (OUT LC). Endereçado em decimal
(LC0...LC9, LC10 etc.)
Registradores de 16 bits. São áreas de memória de 16 bits para
armazenamento de valores numéricos ou strings (cadeia de caracteres).
D Podem ser combinadas para armazenamento de valores numéricos em 32
bits ou para armazenamento de strings. Endereçado em decimal (D0...D9,
D10 etc.)

64
TFX02 | FX5 Intensivo

Latch relays ou Relés auxiliares retentivos por memória não volátil.


Variáveis tipo bit para construção de lógicas auxiliares ou para receber
L valores de periféricos como IHMs ou supervisórios (botões etc.) com
retentividade de informação em caso de perda de alimentação ou reset do
PLC. Endereçado em decimal (L0...L9, L10 etc.)
File Register (16 bits). São áreas de memória de 16 bits para
armazenamento de valores numéricos ou strings (cadeia de caracteres)
adicional aos registradores D. Podem ser combinadas para armazenamento
R
de valores numéricos em 32 bits ou para armazenamento de strings.
Quando retentivos por bateria são geralmente usados para armazenamento
de receitas. Endereçado em decimal (R0...R9, R10 etc.)
Registradores de rede (16 bits). São áreas de memória de 16 bits para
armazenamento de valores numéricos ou strings (cadeia de caracteres)
para troca de dados entre equipamentos via rede. Podem ser combinadas
W
para armazenamento de valores numéricos em 32 bits ou para
armazenamento de strings. Endereçado em hexadecimal (W0...W0F, W10
etc.)

Registradores especiais de rede (16 bits, words), designados


SW especificamente para receber informações de diagnóstico de rede.
Endereçado em hexadecimal (SW0 a SW0F, SW10 etc.)

Existe ainda, alguns dispositivos de funções específicas para diagnóstico e auxílio à


programação. Esses dispositivos não tem as configurações de quantidade e memória alteráveis.
A tabela abaixo detalha os dois tipos de dispositivo desse gênero.

Dispositivo
Detalhes
(Device)
Relés ou bits especiais. Têm funções fixas e predeterminadas que podem
SM
ser conhecidas utilizando-se o menu de ajuda (help) do GX Works3.
Registradores especiais (16 bits, words). Têm funções fixas e
SD predeterminadas que podem ser conhecidas utilizando-se o menu de ajuda
(help) do GX Works3.

Alguns dos principais bits especiais:

Dispositivo
Detalhes
(Device)

SM400 Bit sempre ligado (ON)

SM401 Bit sempre desligado (OFF)

SM402 Bit ligado apenas na primeira varredura após a CPU entrar em modo RUN

SM412 Bit pulsante (clock) de período 1 segundo (0,5 s OFF / 0,5 s ON)

65
TFX02 | FX5 Intensivo

4.5.2 Labels

Os labels são variáveis do PLC que não são predeterminadas em áreas de memórias fixas,
cabe ao usuário programador determinar um nome para o label e atribuir a ele uma função ou
quantidade de memória. Esse processo é feito na declaração de variáveis que será visto mais
adiante.

Os labels apresentam-se em dois tipos: locais e globais. Os labels locais são variáveis
internas a um determinado programa. Essas variáveis não são acessíveis a outros programas ou
equipamentos periféricos e são utilizadas para organizar dados que interessam apenas ao
processamento interno de um programa. Os labels globais são variáveis acessíveis a todos os
programas e periféricos de forma compartilhada. Essas variáveis são utilizadas quando se deseja
compartilhar informações entre programas ou receber/transmitir dados com periféricos como IHMs
e supervisórios. A Figura 53 ilustra a localização das listas de declaração dos labels local (no
exemplo, para o programa “MAIN”) e global.

[Local Label] para o programa “MAIN”: Aqui


estão os labels locais especificamente para
o programa MAIN e suas declarações de
nomes e tipos.

[Global Label]: Aqui estão os labels


globais e suas declarações de nomes e
tipos.

Figura 53: Localização dos labels globais e locais na árvore do projeto.

66
TFX02 | FX5 Intensivo

A Figura 54 (abaixo) ilustra a declaração de labels locais.

Nomes dos labels: Nome Tipo da variável: define a Classe: define se a variável
pelo qual a variável será quantidade de memória é mantida em memória não
referenciada no programa que a variável utiliza e sua volátil ou não ou se tem
função valor constante
Clique aqui
Quando a classe do para
Quando disponível,
label é constante escolher o
aqui é definido um
aqui é definido o tipo de
valor inicial para a
valor constante variável
variável

Comentário que
auxilia o
entendimento da
função do label

Figura 54: Declaração de labels locais.

67
TFX02 | FX5 Intensivo

No caso dos labels globais, vale tudo o que foi descrito para os labels locais, porém há
algumas opções adicionais, como ilustrado na Figura 55 (abaixo).

É possível associar
aqui um label a um
dispositivo

Comentário Permissão de acesso


adicional (Remark) por periféricos

Figura 55: Declaração de labels globais.

Na tabela abaixo, estão as descrições para os tipos de variáveis (Data Type).

Tipo de variável
Detalhes
(Data Type)
Informação de bit. A variável pode receber uma informação binária TRUE
Bit
(1, ON) ou FALSE (0, OFF)
Informação de 16 bits com sinal. A variável pode receber valores entre
Word [Signed]
-32768 e +32767
Word
Informação de 16 bits sem sinal. A variável pode receber valores entre
[Unsigned]/Bit
0 e 65535
string (16-bit)
Double Word Informação de 32 bits com sinal. A variável pode receber valores entre
[Signed] -2147483648 e +-2147483647.

Double Word
Informação de 32 bits sem sinal. A variável pode receber valores entre
[Unsigned]/Bit
0 e +4294967296.
string (32-bit)

Informação em ponto flutuante de 32 bits (número decimal com virgula,


FLOAT [Single
com quantidade flutuante de casas decimais). A variável pode receber
Precision]
valores entre -2128 to -2-126, 0, 2-126 to 2128

68
TFX02 | FX5 Intensivo

Variável de 32 bits para armazenamento de valor de tempo no formato


TIME IEC (T#). Pode armazenar valores entre T#-24d20h31m23s648ms a
T#24d20h31m23s647ms

Variável para armazenamento de cadeia de caracteres. Tem tamanho


String variável e pode armazenar entre 0 a 255 caracteres (o tamanho é definido
entre parênteses na frente da declaração “String”, ex. String(20) )

Pointer Ponteiro para salto do programa.

Variável para uso exclusivo de função temporizador com instruções de


Timer
bobina OUT T, OUTH T ou OUTHS T.

Variável para uso exclusivo de função temporizador retentivo com


Retentive Timer
instruções de bobina OUT ST, OUTH ST ou OUTHS ST.

Variável para uso exclusivo de função contador com instruções de bobina


Counter
OUT C.

Variável para uso exclusivo de função contador de 32 bits com instruções


Long Counter
de bobina OUT C.

Na tabela a seguir, são descritas as classes utilizáveis com declaração de labels globais e
locais.

Classe
Detalhes
(Class)

VAR(_GLOBAL)_CONSTANT Classe de label que tem valor fixo, constante.

VAR(_GLOBAL) Variável não retentiva por memória não volátil

VAR(_GLOBAL)_RETAIN Variável retentiva por memória não volátil

69
TFX02 | FX5 Intensivo

4.6 Edição do programa ladder

Para editar o ladder, será utilizado o programa em ladder criado inicialmente com um novo
projeto, chamado de programa “MAIN”. Para abrir o programa “MAIN”, localize e abra na árvore do
projeto, o seguinte caminho: [Project] → [Program] → [Scan] → [MAIN] → [ProgPou] → [Program].
A Figura 56 (abaixo) ilustra esse caminho.

Os programas estão na
árvore de projeto, abaixo
do item [Program]

Figura 56: Programas na árvore de projeto.

Como pode ser observado na Figura 56, os programas estão abaixo do item [Program] na
árvore de projeto. Cada item abaixo de [Program] – [Initial], [Scan], [Fixed Scan], [Event], [Standby]
e [No Execution Type] – agrupam programas que tenham o mesmo modo de execução, como na
tabela abaixo.

Tipo de execução Descrição


Programas executados apenas uma vez
Initial
quando o PLC é colocado em RUN
Programas que rodam constantemente
Scan
enquanto a CPU estiver em RUN
Programas que rodam com tempo de
Fixed Scan execução (varredura, scan) fixo enquanto a
CPU estiver em RUN
Programas que rodam apenas quando houver
Event
a ocorrência de um evento programado
Programas que nunca rodam, ficam
Standby aguardando um comando para passarem para
outro tipo de execução
Programas que foram criados e não
No Execution Type
classificados quanto ao modo de execução

70
TFX02 | FX5 Intensivo

Por hora, no treinamento, será utilizado apenas o programa “MAIN” em modo de execução
[Scan]. Para iniciar a edição desse programa, dê duplo clique em [Program], abaixo de [MAIN]
como ilustrado na Figura 56 (página anterior). A janela do GX Works3 deverá se apresentar como
ilustrado na Figura 57.

Figura 57: Programa “MAIN” aberto no editor de ladder.

Para editar o ladder, clique na área de edição do ladder para utilizar os botões de contato
existentes na barra de ferramentas, como será explicado posteriormente.

A saber, há dois modos de operação da área de edição do ladder, que podem ser
selecionados através

71
TFX02 | FX5 Intensivo

[Read Mode]
Permite apenas a
visualização do programa

[Write Mode]
Permite a edição do
programa

Figura 58: Seleção do modo do editor de ladder, [Read Mode] e [Write Mode].

72
TFX02 | FX5 Intensivo

Em [Read Mode], cujo modo é de apenas de leitura do programa, o cursor de edição do


programa aparece “cheio”, conforme a figura abaixo.

Figura 59: Aspecto do cursor de edição do ladder em [Read Mode].

Repare que em [Write Mode], o modo de permissão de modificar o programa, o cursor de


edição aparece “vazado”, conforme a figura abaixo.

Figura 60: Aspecto do cursor de edição do ladder em [Write Mode].

4.6.1 Criação de uma linha de ladder

Para inserir um contato ou outro elemento, podemos utilizar a barra de ferramenta ou


podemos utilizar atalhos no teclado do PC.

Figura 61: Barra de ferramenta para edição do ladder e atalhos do teclado.

73
TFX02 | FX5 Intensivo

Exemplo: Para inserir um contato NA de entrada “X0”, pressione a tecla <F5>. Aparecerá
a seguinte janela:

Insira aqui o dispositivo/label


associado ao contato.

Figura 62: Janela para inserção de uma instrução ladder.

Digite o dispositivo “X0” na região indicada e pressione <Enter> ou clique no botão [OK].

Obs: Não é necessário digitar em letras maiúsculas ou colocar zeros na frente da


numeração, o programa fará as mudanças necessárias automaticamente.

Em qualquer programa, a instrução “END” aparece incondicionalmente na última linha.


Caso o usuário insira um contato ou qualquer outro elemento, o software automaticamente
deslocará a instrução “END” para baixo.

Figura 63: Inserção de um contato NA (NO) em uma lógica ladder.

Em seguida, insira uma bobina “Y1”. Pressione <F7>, digite “Y1” e pressione <Enter>.

Figura 64: Inserção de uma bobina em uma lógica ladder.

Observe que o cursor se movimenta automaticamente para linha de baixo.

74
TFX02 | FX5 Intensivo

A área acinzentada que aparece durante a programação significa que essa parte do
programa foi alterada e, portanto será necessário compilar (converter) o programa. Para compilar

o programa pressione <F4> ou na barra de ferramenta clique no botão .

Ao converter o programa a área de edição deve apresentar o seguinte aspecto:

Figura 65: Linha de ladder convertida/compilada.

Caso o ladder apresente algum erro aparecerá uma janela [Output] na parte inferior com
detalhes sobre a falha de conversão ocorrida.

4.6.2 Inserir nova linha de ladder

Caso queira inserir linha de ladder em qualquer parte do programa, basta posicionar o
cursor na linha abaixo da posição onde deseja inserir uma nova linha e pressione <Shift> +
<Insert>.

Figura 66: Inserção de nova linha (row) de ladder.

Outra opção é utilizar o menu superior [Edit] → [Insert Row].

4.6.3 Desenhar e apagar linhas verticais (derivações) ou horizontais

Em caso de necessidade de inserir um contato ou algum outro elemento em paralelo com


uma linha de ladder existente, será necessário desenhar linhas verticais. Em outras situações será
necessário desenhar linhas horizontais.

Para tanto, posicione o cursor do ladder onde se deseja acrescentar uma linha vertical e
mantenha a tecla <Ctrl> pressionada, juntamente com uma tecla de direção <→>, <↓>, <↑> ou

75
TFX02 | FX5 Intensivo

<←> dependendo do sentido que se necessitar desenhar linhas. A Figura 66 ilustra o


procedimento.

Coloque o cursor a frente do contato que


se deseja inserir linhas e, em seguida,
mantenha a tecla <Ctrl> pressionada

Mantendo a tecla <Ctrl> pressionada,


use a tecla <↑> para desenhar a linha
vertical

Figura 67: Inserção de linhas de ligação de lógicas no ladder.

Outras formas alternativas de inserção de linhas estão disponíveis na barra de ferramentas,


como ilustrado na Figura 68.

Figura 68: Ferramenta alternativas de inserção de linhas de ligação das lógicas ladder.

Caso queira utilizar uma ferramenta específica para desenhar apenas linhas horizontais,
use o atalho <F9>. Aparecerá a seguinte janela:

Figura 69: Janela da ferramenta de inserção de linha <F9>.


Ao pressionar <Enter> ou clicar em [OK] sem ter digitado nenhum número no espaço
indicado, por default, o programa irá desenhar uma única linha onde o cursor estiver.

76
TFX02 | FX5 Intensivo

Para linhas verticais o procedimento será o mesmo. Selecione a ferramenta através do


atalho: <Shift> + <F9>. Note que a linha vertical será desenhada para baixo onde o cursor estiver.

O procedimento para apagar apenas linhas horizontais (<Ctrl> + <F9>) ou apenas linhas
verticais (<Ctrl> + <F10>) será o mesmo.

4.6.4 Inserir instruções especiais

Na programação de CLP da Mitsubishi, contatos e bobinas representam apenas estados


imediatos (não retentivos) de entradas e saídas. No caso de utilizar instruções especiais ou
instruções de manipulação de dados dos registradores será necessário utilizar a seguinte
ferramenta para inserir tais instruções no programa.

Figura 70: Ferramenta para inserção de instruções especiais de ladder.

Aparecerá a janela ilustrada na Figura 71. Caso conheça a instrução, digite-a tecle
<Enter> ou clique [OK].

Figura 71: Janela para inserção de instrução especial.

Caso não saiba a instrução a digitar e os seus argumentos, clique em [Extd Dspl].
Aparecerá a janela ilustrada na Figura 72, onde pode-se fazer uma busca pela instrução desejada
ou abrir detalhes sobre a instrução utilizando-se o botão [Manual].

Use esse combo box para filtrar


o tipo de instrução desejada
(Aritmética, contato etc.)

Selecione aqui a instrução desejada


77
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 72: Janela detalhada [Extd Dspl] para entrada da instrução especial.

78
TFX02 | FX5 Intensivo

4.7 EXERCÍCIOS

4.5.1. Construir no GX Works3, o seguinte programa ladder.


Salve o programa como Exercicio_4_5_1.

79
TFX02 | FX5 Intensivo

5. OPERAÇÕES ONLINE COM GX WORKS3

5.1 Comunicação do GX Works3 com o PLC

5.1.1 Definição da rota de comunicação

Antes de iniciar a comunicação com o PLC para escrever/ler programas ou monitorar o PLC
é necessário definir uma rota de comunicação entre o PC e o PLC. Em outras palavras, é preciso
definir qual interface de comunicação será utilizada (serial, Ethernet etc.) e as configurações
relacionadas a essa interface.

Para realizar essa definição, entre, pelo menu suspenso em [Online] → [Specify Connection
Destination]. Em seguida, a janela ilustrada na Figura 73 aparece para a definição da interface do
lado do PC, do PLC e a ligação entre ambas. Como primeiro passo, selecione [Ethernet Board]
como a interface do PC e [PLC Module] do lado do PLC.

Selecione a interface a ser


utilizada do lado do PC aqui

Selecione a interface a ser


utilizada do lado do PLC aqui

Figura 73: Janela de especificação da rota de comunicação [Specify Connection Destination


Connection].

80
TFX02 | FX5 Intensivo

Em seguida, dê um duplo clique sobre o ícone [PLC Module] – na janela ilustrada na Figura
73 – para configurar os detalhes da ligação da interface Ethernet entre o PLC e o PC. Uma janela
como a da parte inferior da Figura 74, aparece. Para o treinamento, configure comunicação direta
(sem passar por hub) como ilustrado na figura e clique em [OK]. Essa configuração dispensa
configuração do endereço IP.

Duplo clique

Figura 74: Janela de configuração da comunicação Ethernet com a seleção de comunicação


direta.

81
TFX02 | FX5 Intensivo

Após clicar [OK] na janela da Figura 74, deverá aparecer novamente a janela anterior de
definição das interfaces do PC e PLC (Figura 73). Nessa janela, pressione o botão [Connection
Test] para verificar se a configuração realizada está OK, como ilustrado na Figura 75.

Figura 75: Janela de configuração da comunicação Ethernet com a seleção de comunicação


direta.

Após testar a comunicação clique [OK] na caixa de diálogo e na janela [Specify Connection
Destination Connection] para confirmar a seleção de rota de comunicação realizada.

O tempo de timeout padrão da comunicação Ethernet é de 30 segundos, dessa forma, se


após apertar o botão [Connection Test] a janela congelar sem exibir uma janela de diálogo como
a exibida na Figura 75, aguarde. Caso apareça uma janela de diálogo informando uma falha de
comunicação, reveja as configurações explicadas nesta seção e verifique se o cabo Ethernet e
suas conexões estão corretas (as configurações possíveis do cabo Ethernet encontram-se nesta
apostila na seção 1.11, página 31).

82
TFX02 | FX5 Intensivo

5.1.2 Escrita de programa para o PLC

Uma vez configurada a rota de comunicação (vide seção 5.1.1), é possível escrever o
programa criado para o PLC com o GX Works3, acessando-se no menu suspenso o caminho
[Online] → [Write to PLC...]. A janela ilustrada na Figura 76 aparece. Clique no botão [Parameter
+ Program] para selecionar os dados de programa e parâmetro para serem transferidos para o
PLC e, em seguida, clique no botão [Execute] para executar a escrita no PLC.

Figura 76: Janela de transferência do programa para o PLC, aba [Write].

83
TFX02 | FX5 Intensivo

5.2 Monitoração do programa

Para monitorar o programa, abra o programa que se deseja monitorar no editor de ladder.
Em seguida, pressione a <F3> ou, no menu suspenso, acesse [Online] → [Monitor] → [Start
Monitoring], como ilustrado na Figura 77.

Figura 77: Acesso à monitoração do programa aberto no editor pelo menu suspenso.

A tela do editor de ladder deverá ter um aspecto semelhante à ilustrada na Figura 78


(abaixo).

Contato ligado
Bobina ligada

Contato desligado
Valor atual da
variável D0

Figura 78: Acesso à monitoração do programa aberto no editor pelo menu suspenso.

84
TFX02 | FX5 Intensivo

5.3 Monitoração de valores de dispositivos/labels

Dentro do GX Works3, existem ferramentas de monitoramento para monitorar os valores


armazenados nas variáveis do PLC (dispositivos e labels). Para tal, há duas ferramentas: Watch
e Device Batch (Device/Buffer Memory Batch Monitor).

Device batch destina-se a monitoração de uma área contínua de memória (faixa de


dispositivos). Para usar essa função, selecione [Online] → [Monitor] → [Device/Buffer Memory
Batch Monitor], conforme Figura 79. Essa função será detalhada na seção 5.3.1 (página 86).

Figura 79: Acesso à monitoração de dispositivos [Device/Buffer Memory Batch Monitor].

“Watch” destina-se a monitoração de dispositivos variados de forma individual. Para usar


essa função selecione [Online] → [Watch] → [Register to Watch Window] → [Watch Window 1].
Essa função será detalhada na seção 5.3.2 (página 87).

Figura 80: Acesso à monitoração de dispositivos [Device/Buffer Memory Batch Monitor].

85
TFX02 | FX5 Intensivo

5.3.1 Device/Buffer Memory Batch Monitor

Através da ferramenta de monitoração Device Batch (Device/Buffer Memory Batch


Monitor), é possível monitorar uma batelada de dispositivos sequencialmente.

A Figura 81 ilustra um exemplo de monitoração de dispositivos a partir do SM400 usando


a ferramenta Device Batch.

Digite aqui o primeiro dispositivo


da lista de dispositivos a monitorar

Clique aqui para iniciar/parar a


monitoração

Primeiro dispositivo (SM400, nesse exemplo)

Nono dispositivo (SM409, nesse exemplo)

Figura 81: Janela [Device/Buffer Memory Batch Monitor].

O usuário deve digitar o dispositivo de cabeçalho da batelada no local indicado na Figura


81 (acima). Em seguida, o usuário deve pressionar <Enter> ou clicar em [Start Monitoring] (mesmo
botão que [Stop Monitoring] na Figura 81 para iniciar a monitoração.

86
TFX02 | FX5 Intensivo

5.3.2 Watch

Através dessa ferramenta de monitoração, é possível monitorar diversos tipos de


dispositivos diferentes em tipo e endereço na mesma tela. Para exibir a janela [Watch], é
necessário estar na tela de edição do ladder e acessar o caminho [Online] → [Watch] → [Register
to Watch Window] → [Watch Window 1] (ou, [Watch Window 2], [Watch Window 3], [Watch Window
4] – são 4 janelas diferentes que podem ser simultaneamente exibidas). O aspecto da exibição da
tela de ladder combinado com a janela [Watch] é exibido na.

Janela [Watch]

Figura 82: Janela [Watch] combinada com a exibição do editor de ladder.

Para registrar os dispositivos, dê um duplo clique sobre uma das linhas (primeira coluna)
da janela [Watch]. O cursor para entrada de dados aparece. Digite o dispositivo necessário de ser
monitorado e pressione <Enter> no teclado. Repita o processo nas próximas linhas dessa janela,
dependendo da quantidade de dispositivos a serem monitorados. O aspecto da janela deve ser
semelhante ao exibido na Figura 84. A janela [Watch] pode ser ocultada ou mantida aberta, para
modificar essa condição utilize o botão de tachinha, como ilustrado na Figura 84.

87
TFX02 | FX5 Intensivo

Use o botão de
tachinha para fixar ou
ocultar a exibição da
janela [Watch]
Após dar um duplo clique neste campo, digite o
dispositivo ou label a ser monitorado

Figura 83: Registro, na janela [Watch], de um dispositivo/label existente no ladder.

Outra forma de registrar um dispositivo na janela [Watch] é, na área de edição do ladder,


clicar com o botão direito do mouse sobre um dispositivo/label que se deseja incluir na janela
[Watch] e selecionar [Register to Watch Window] → [Watch 1] (ou [Watch 2] a [Watch 4]
dependendo da janela que se deseja incluir o dispositivo), como ilustrado no exemplo da Figura
84.

Figura 84: Registro, na janela [Watch], de um dispositivo/label existente no ladder.

Uma vez registrados os dispositivos, clique com o botão direito do mouse sobre as linhas
dos dispositivos da janela [Watch] e, no menu que aparece, selecione a opção [Start Watch]. A
monitoração dos dispositivos deve iniciar-se.

88
TFX02 | FX5 Intensivo

5.4 Alteração de valores de dispositivos/labels

Uma variável (dispositivo/label) pode ter o seu valor alterado desde que o programa não
imponha um estado (por escrita cíclica na execução do programa) ou valor para essa
variável. Caso não haja uma instrução escrevendo ciclicamente o valor em uma variável, o valor
dessa pode ser alterado através da janela [Watch]. Para alterar, clique sobre o valor atual da
variável, exibido na janela [Watch], e digite o novo valor a ser escrito na variável, como ilustrado
na

Clique sobre esse campo, na linha da


variável que se deseja alterar o valor
e digite o novo valor

Figura 85: Alteração de valores de variáveis pela janela [Watch].

No caso de variáveis do tipo bit, há a alternativa de colocar o cursor da área de edição do


ladder sobre o contato associado ao bit que se deseja alterar o valor e pressionar simultaneamente
<Shift> + <Enter> para inverter seu estado. Com isso, o estado do bit é invertido sempre que essa
ação é repetida.

Coloque o cursor sobre o contato que


tem o bit que se deseja inverter o
valor (ex. M0) e pressione <Shift> +
<Enter>

Figura 86: Alteração de valores de bit pelo ladder (inversão de estado).

89
TFX02 | FX5 Intensivo

5.5 Alteração de ladder online

É possível realizar alterações no ladder exibido no GX Works3 e, sem a necessidade de


escrever todo o programa no PLC, apenas alterá-lo de acordo com as modificações realizadas no
editor. Para realizar tal operação, faça a modificação necessária no editor do programa ladder e,
antes de converter/compilar o programa, aperte <Shift> + <F4> ou, pelo menu suspenso, acesse
[Convert] → [Online Program Change], como ilustrado na f

Figura 87: Menu para alteração de programa online.

5.6 EXERCÍCIOS

5.6.1. Transfira o programa do exercício 4.5.1 e:

a) Monitore o ladder;
b) Inclua as variáveis X0, X1, X2, X3 e Y0 na janela [Watch];
c) Abra o Device Batch e monitore a partir do Y0;
d) Modifique online o contato de X0 na primeira linha para normalmente fechado.

90
TFX02 | FX5 Intensivo

6. INSTRUÇÕES SET/RESET E PULSO

6.1 Instruções SET e RST (Reset)

A instrução SET é uma saída ativa com retenção, ela é ativada com um conjunto verdadeiro
de condições. A instrução RST é uma saída especial vinculada (desativa), ela é ativada como um
resultado de um conjunto verdadeiro de condições. Aparece sempre como último contato na linha
de programação. Um exemplo é exibido na Figura 88.

Figura 88: Exemplo instrução SET e RST.

6.2 Instruções de contato de pulso e detecção de borda

Por vezes em uma lógica, há necessidade de detectar quando um bit altera o seu estado de
ligado para desligado ou vice-versa (detecção de borda ou flanco de subida e descida). Para esses
casos, há duas instruções que podem ser utilizadas. A primeira delas é o contato de pulso de
subida ou de descida, quando é necessário detectar a borda de um único bit ou, a segunda opção,
que é o uso das instruções MEP (detecção de borda de subida de uma lógica) e MEF (detecção
de borda de descida de uma lógica).

91
TFX02 | FX5 Intensivo

6.2.1 Contato de pulso de subida e descida

Os contatos de pulso de subida e descida, quando associados a um bit, detectam a


ocorrência de uma borda desse bit associado. Quando houver essa detecção, o contato retorna
para a lógica um pulso que tem duração de uma varredura do programa (um ciclo de execução do
programa). O contato de pulso de subida pode ser inserido pelo teclado usando <Shift> + <F7> ou

pela barra de ferramentas pelo ícone . No caso do contato para borda de descida, utiliza-se

<Shift> + <F8> ou .

Figura 89: Exemplo das instruções de contato de pulso.

92
TFX02 | FX5 Intensivo

6.2.2 Instruções MEP e MEF

As instruções MEP e MEF são úteis quando se deseja detectar a borda de subida ou de
descida de uma lógica, caso em que não se pode usar os contatos de pulso. As instruções MEP e
MEF apresentam-se no ladder com a representação de uma flecha para cima (MEP) ou uma flecha
para baixo (MEF), cruzada com a linha de ladder, como ilustra a figura. Para inserir uma MEP, use

<Alt> + <F5> ou . No caso da MEF, use <Ctrl> + <Alt> + <F5> ou .

Instrução MEP

X0

X1

M0

uma varredura do programa

Instrução MEF

X0

X1

M0

uma varredura do programa

Figura 90: Exemplo instruções MEP e MEF.

93
TFX02 | FX5 Intensivo

6.3 EXERCÍCIOS

6.3.1. Usando as instruções SET/RST, faça com que uma saída Y30 ligue com um pulso (borda
de subida) em X20 e desligue com um pulso em X21. Utilize instruções de borda para não
permitir que a persistência de X20 ou X21 influencie a operação do SET/RST.

6.3.2. Dados os trechos de programa abaixo, esboce o comportamento dos bits.

A) Ladder 1

Indique o comportamento de L0 de acordo com M0:

M0:

L0:

Queda de energia!
M0:

L0:

94
TFX02 | FX5 Intensivo

B) Ladder 2

Indique o comportamento de L0 de acordo com M0:

M0:

L0:

Queda de energia!
M0:

L0:

C) Ladder 3

Indique o comportamento de L0 de acordo com M0:

M0:

M20:

Queda de energia!
M0:

M20:

95
TFX02 | FX5 Intensivo

7. TEMPORIZADORES E CONTADORES

7.1 Temporizadores

Temporizadores são instruções destinadas a registro de tempo no PLC. No FX5/GX


Works3 há uma variedade de temporizadores que podem ser utilizados. Neste treinamento serão
explicados alguns dos principais temporizadores, conforme tabela a seguir.

Instrução Detalhes
OUT T Temporizador on-delay low speed Mitsubishi
OUTH T Temporizador on-delay Mitsubishi
OUTHS T Temporizador on-delay high speed Mitsubishi
OUT ST Temporizador retentivo on-delay low speed Mitsubishi
OUTH ST Temporizador retentivo on-delay Mitsubishi
OUTHS ST Temporizador on-delay high speed Mitsubishi

7.1.1 Temporizadores OUT T, OUTH T, OUTHS T

Os temporizadores OUT T, OUTHT e OUTHS T são temporizadores on-delay em que a


diferença entre eles é a base de tempo. Esses temporizadores têm o set point como um valor
inteiro ( Word [Signed] ) e, esse valor inteiro é multiplicado pela base de tempo do temporizador
para determinar o tempo a ser atingido. As bases de tempo dos temporizadores com OUT são
dadas na tabela abaixo. Esses temporizadores necessitam de um endereço tipo “Timer”, que pode
ser um dispositivo T ou um label do tipo “Timer”.

Instrução Base de tempo / limite de set point em segundos


OUT T 100 ms / 0,1 a 3276,7 s
OUTH T 10 ms / 0,01 a 327,67 s
OUTHS T 1 ms / 0,001 a 32,767 s

96
TFX02 | FX5 Intensivo

No GX Works3, os temporizadores são adicionados utilizando o atalho de instrução


especial <F8> (ou bobina <F7>) e digitando-se OUTH, OUTHS ou OUT, espaço o endereço de
dispositivo temporizador (T) e o set point que pode ser constante (valor numérico) ou variável
(nesse caso precisa ser declarado um registrador ou label tipo “Word [Signed]”). São ilustrados
exemplos na Figura 91 utilizando dispositivo T e, na Figura 92, utilizando label.

Temporizador low speed OUT

Temporizador OUTH

Temporizador high speed OUTHS

Figura 91: Exemplos de entrada de temporizadores OUT T no ladder com variável dispositivo.

97
TFX02 | FX5 Intensivo

Temporizador OUT, OUTH ou OUTHS com label (declaração da variável label)

Declaração da variável

É possível usar OUT, OUTH ou OUTHS com label

Figura 92: Exemplos de entrada de temporizadores OUT T no ladder com variável label.

Operação do temporizador OUT T

100 x 100 ms (base de tempo OUT T) = 10,0 segundos

2s 10 s

X0

Timer_1
(contato)

Timer_1
(valor
acumulado)

Figura 93: Operação do temporizador OUT T.

98
TFX02 | FX5 Intensivo

Operação do temporizador OUTH T

100 x 10 ms (base de tempo OUTH T) = 1,00 segundos

0,2 s 1s

X0

Timer_1
(contato)

Timer_1
(valor
acumulado)

Figura 94: Operação do temporizador OUTH T.

Operação do temporizador OUTHS T

100 x 1 ms (base de tempo OUTHS T) = 0,100 segundos

0,020 s 0,100 s

X0

Timer_1
(contato)

Timer_1
(valor
acumulado)

Figura 95: Operação do temporizador OUTH T.

99
TFX02 | FX5 Intensivo

7.1.2 Temporizadores retentivos OUT ST, OUTH ST, OUTHS ST

Os temporizadores OUT ST, OUTH ST e OUTHS ST são temporizadores on-delay, assim


como os temporizadores OUT T, OUTH T e OUTHS T porém, a diferença é que são retentivos, ou
seja, se uma entrada que aciona o temporizador desligar, o valor acumulado do temporizador não
volta a zero, se mantém no valor atual e, continuará temporizando a partir desse valor quando a
entrada que aciona o temporizador voltar a ligar. Da mesma forma que os temporizadores não
retentivos, têm o set point como um valor inteiro ( Word [Signed] ) e, esse valor inteiro é multiplicado
pela base de tempo do temporizador para determinar o tempo a ser atingido. Esses temporizadores
necessitam de um endereço tipo “Retentive Timer”, que pode ser um dispositivo ST ou um label
do tipo “Retentive Timer”.

Instrução Base de tempo / limite de set point em segundos


OUT ST 100 ms / 0,1 a 3276,7 s
OUTH ST 10 ms / 0,01 a 327,67 s
OUTHS ST 1 ms / 0,001 a 32,767 s

A seguir, será dado um exemplo dos temporizadores retentivos usando a instrução OUTHS
ST. Esse exemplo aplica-se às instruções OUTH ST e OUTHS ST, alterando-se as bases de
tempo.

Temporizador retentivo high speed OUT com dispositivo ST

Temporizador retentivo high speed OUT com label

Declaração da variável

Figura 96: Exemplos de entrada de temporizadores OUT ST no ladder.

Para reiniciar os temporizadores retentivos, deve-se utilizar uma instrução reset (RST).

100
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7.2 Contadores

Os contadores são instruções tipo bobina destinadas a acumulação de valor em função de


pulsos gerados por uma variável tipo bit. Os contadores na CPU FX5 estão disponíveis em dois
tipos: “Counter” (16 bits, de 0 a 32767) e “Long Counter” (32 bits sem sinal, de 0 a 4294967295).
O que determina se o contador é do tipo “Counter” ou “Long Counter” é o tipo de variável associada
a instrução OUT.

Contador de 16 bits (Counter)


Com dispositivo

Com label

Declaração da variável

Figura 97: Exemplos de entrada de contadores OUT C no ladder.

101
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Contador de 32 bits sem sinal (Long Counter)


Com dispositivo

Com label

Declaração da variável

Figura 98: Exemplos de entrada de contadores OUT LC no ladder.

Operação do contador

X0

Conta_1
(contato)

X2

Figura 99: Exemplos de operação do contador.

102
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7.3 EXERCÍCIOS

7.3.1. Fazer um programa onde uma entrada ativa uma lâmpada por 3 segundos. Após este tempo,
a lâmpada desliga-se automaticamente ficando assim por 1 segundo. Então a lâmpada deve ligar-
se novamente para repetir o ciclo inicial. O ciclo da lâmpada deve se repetir, a menos que a entrada
seja desligada ou a lâmpada já tenha se desligado por 7 vezes. Quando a lâmpada se desligar por
7 vezes, deverá haver uma entrada para reiniciar o ciclo (Use X0, X1, Lamp (Y2), Tempo_OFF,
Tempo_ON, Conta_Lamp).

103
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8. INSTRUÇÕES DE DADOS NUMÉRICOS

Neste capítulo serão detalhadas as principais instruções de manipulação de dados


numéricos do FX5.

8.1 Introdução

Os dados numéricos, em qualquer máquina digital – como os PLCs – são armazenados e


processados como um número em formato binário, ou seja, uma notação numérica composta de
dígitos de 1 e 0. Cada dígito do número binário é um bit da memória e, portanto, o range de valores
que pode ser armazenado em uma área de memória depende de quantos bits essa área é
composta.

Outro fato importante a se notar é que, os dados numéricos utilizados pelo homem se
apresentam em diversos formatos, sendo que os mais utilizados são diferentes do formato binário
(geralmente decimal, variando entre inteiro positivo, inteiro negativo, real etc). Sendo o formato
binário a única forma de armazenamento e processamento possível no PLC, é necessária uma
conversão dos valores utilizados pelo homem em notação binária. Para cada formato de dado há
uma conversão para o formato binário diferente e, em alguns casos, há mais de uma forma
possível de conversão para o binário.

Com isso, concluímos que o valor binário armazenado em uma determinada área de
memória de dados apenas pode ser interpretado ou convertido se for conhecida a formatação dos
dados representados em binário nessa área e que, não se pode processar dados com informações
de áreas formatadas diferentemente, sem antes converter ao menos uma delas para que fiquem
com o mesmo formato.

Nos PLCs Mitsubishi, a interpretação do formato de dados armazenado em uma área de


memória é dependente da instrução de processamento utilizada. Para formatos de dados que
tenham possibilidade de realizar o mesmo tipo de processamento, como por exemplo uma soma,
há uma instrução de soma especifica para cada formato (há uma soma para inteiros representados
em 16 bits, inteiros representados em 32 bits, reais etc).

104
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Em particular, o PLC da série iQ-F FX5, pode manipular através de instruções, dados dos
tipos (algumas instruções não preveem todos os formatos):

a) Números inteiros codificados em formato binário de 16 bits com sinal;


b) Números inteiros codificados em formato binário de 16 bits sem sinal;
c) Números inteiros codificados em formato binário de 32 bits com sinal;
d) Números inteiros codificados em formato binário de 32 bits sem sinal;
e) Números inteiros em codificação BCD (Decimal Codificado em Binário);
f) Números reais representados em notação de ponto flutuante de simples precisão IEEE-
754 (32 bits);
g) Cadeias de caracteres codificadas em formato ASCII (American Standard Code for
Information Interchange);
h) Notação de tempo IEC, expressa como T#12d4h3m2s1ms (dias, horas, minutos, segundos
e milissegundos).

Utilizando o software GX Works2 para programação em ladder, a interpretação dos dados


de acordo com os tipos citados anteriormente, depende da instrução empregada. Na tabela abaixo
é exemplificada essa metodologia com a instrução de soma para diversos formatos binários

Instrução
Formato numérico
de soma
B+ Soma de valores numéricos formatados em BCD 4 dígitos
DB+ Soma de valores numéricos formatados em BCD 8 dígitos
+ Soma de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits com sinal
+_U Soma de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits sem sinal
D+ Soma de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits com sinal
D+_U Soma de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits sem sinal
Soma de valores numéricos formatados em ponto flutuante de simples
E+
precisão (32 bits)

No caso de utilização de variáveis (áreas de memória para armazenamento de dados) do


tipo dispositivo (device), é importante lembrar que para os dados que ocupam 32 bits, não existe
um dispositivo de 32 bits, são utilizados dois registradores em endereços contíguos (por exemplo,
D0 e D1) para o armazenamento desse tipo de dado numérico.

105
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Dessa forma, instruções como a D+ e E+ ocupam dois registradores contínuos para o


processamento e armazenamento do resultado, como no exemplo a seguir, da Figura 100.

Figura 100: Exemplo de processamento de instrução de 32 bits com dispositivos.

No exemplo da Figura 100, é importante notar que para a soma serão processados os
dados de dois registradores contíguos de cada uma das parcelas, ou seja, o dado armazenado em
D0-D1 combinados e D102-D103 combinados e o resultado será armazenado em D256-D257
combinados formando 32 bits. Assim é importante que o registrador D257 não seja utilizado
com outra função que não seja o armazenamento da parte mais significativa dos 32 bits do
dado formado em D256-D257 combinados.

Nas seções a seguir, serão detalhadas as principais instruções que manipulam dados
numéricos.

8.2 Representação de constantes numéricas

No FX5 é possível trabalhar com representações de constantes numéricas em diversos


formatos. Esses formatos são determinados por um prefixo adicionado ao número. Na tabela
abaixo, as representações de constantes numéricas e seus significados.
Sufixo Descrição Exemplo
K ou (vazio) Constante decimal K-30000 ou -30000

H ou 16# Constante hexadecimal H4FD ou 16#4FD


8# Constante octal 8#17
2# Constante binária 2#101101
Constante real em ponto flutuante. O sinal
E ou (vazio, com
de “+” ou “-“ após o valor numérico indica E10 ou 10.0
valor numérico
o valor do expoente de 10 em notação E1.6+4 ou 1.6+4
utilizando ponto)
científica (ex.: E1.6+4 = 1.6 x 104)
‘ ‘ (entre aspas
Cadeia de caracteres (string) ‘ABC’, ‘!34@’
simples)
T#30s (= 30 seg)
T# d h m s ms Constante de tempo
T#4h2m (= 4 hrs e 2 min)

É possível usar “_” na constante numérica para facilitar a visualização, por exemplo “12_3”
é processado como “123” no PLC.

106
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8.3 Instrução MOV

É utilizada para mover dados entre variáveis ou escrever. A Figura 100 ilustra um exemplo.

O valor armazenado em Var1 é copiado em Var2 (Word[Signed])

O valor binário 1101 é armazenado nos bits menos significativos de D0

O valor armazenado em D40 é copiado em D50

Figura 101: Instrução MOV, exemplo no formato 16 bits com sinal.

Instrução MOV para outros formatos numéricos:


Instrução
Formato numérico
de soma
MOVB Copia dados de 1 bit
DMOV Copia dados de 32 bits
EMOV Copia dados em formato de ponto flutuante

107
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8.4 Instruções de comparação de magnitude

A operação de comparação realiza comparação numérica de magnitude entre dois valores.


Essas comparações são feitas em forma de contato que é ativado quando a condição imposta se
torna verdadeira. A aplicação das instruções de comparação é a mesma dos contatos comuns.

As instruções de comparação são:

>(maior) >=(maior ou igual)


<(menor) <= (menor ou igual)
=(igual) <>(diferente)

A Figura 102 ilustra um exemplo desse tipo de instrução.

Figura 102: Exemplo de instrução de comparação.

No exemplo acima enquanto o valor armazenado em Var1 for menor ou igual que 4, a
instrução de comparação acima atuará como um contato e a bobina Y10 ficará ativada.

Essas instruções de comparação podem ser colocadas não só como um único contato,
mas também introduzido em lógicas.

Figura 103: Exemplo de instruções de comparação combinadas em uma lógica.

108
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8.5 Instrução de soma

A instrução “ + ” é utilizada para somar o valor de duas variáveis.

Figura 104: Exemplo da instrução de soma.

Neste caso, o valor de Var1 é adicionado a Var2 e o resultado é armazenado em Var3


(variáveis tipo Word[Signed] – inteiro de 16 bits). Para outros formatos numéricos, veja tabela
abaixo.

Instrução Formato numérico


B+ Soma de valores numéricos formatados em BCD 4 dígitos
DB+ Soma de valores numéricos formatados em BCD 8 dígitos
+ Soma de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits com sinal
+_U Soma de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits sem sinal
D+ Soma de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits com sinal
D+_U Soma de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits sem sinal
Soma de valores numéricos formatados em ponto flutuante de simples
E+
precisão (32 bits)

8.6 Instrução de subtração

A instrução “ - ” é utilizada para subtrair o valor de duas variáveis.

Figura 105: Exemplo da instrução de subtração.

No exemplo da Figura 105, o valor de Var1 é subtraído de Var2 e o resultado é armazenado


em Var3 (variáveis tipo Word[Signed] – inteiro de 16 bits). Para outros formatos numéricos, veja
tabela a seguir.

109
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Instrução Formato numérico


B- Subtração de valores numéricos formatados em BCD 4 dígitos
DB- Subtração de valores numéricos formatados em BCD 8 dígitos
- Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits com sinal
-_U Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits sem sinal
D- Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits com sinal
D-_U Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits sem sinal
Subtração de valores numéricos formatados em ponto flutuante de
E-
simples precisão (32 bits)

8.7 Instrução de multiplicação

A instrução “ * ” é utilizada para multiplicar o valor de duas variáveis.

Figura 106: Exemplo da instrução de multiplicação.

No exemplo da Figura 105, o valor de Var1 é multiplicado por Var2 (variáveis tipo
Word[Signed] – inteiro de 16 bits) e o resultado é armazenado em Var3_32 (variável tipo Double
Word[Signed] – inteiro de 32 bits). Repare que a instrução de multiplicação em 16 bits resulta
em um valor de 32 bits. Isso ocorre por questão de processamento da instrução de
multiplicação de valores inteiros. Para outros formatos numéricos, veja tabela abaixo.

Instrução Formato numérico


B* Subtração de valores numéricos formatados em BCD 4 dígitos
DB* Subtração de valores numéricos formatados em BCD 8 dígitos
* Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits com sinal
*_U Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits sem sinal
D* Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits com sinal
D*_U Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits sem sinal
Subtração de valores numéricos formatados em ponto flutuante de
E*
simples precisão (32 bits)

110
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8.8 Instrução de divisão

A instrução “ / ” é utilizada para dividir o valor de uma variável por outra.

Figura 107: Exemplo da instrução de divisão.

No exemplo da Figura 105, o valor de Var1 é dividido por Var2 (variáveis tipo Word[Signed]
– inteiro de 16 bits) e o resultado é armazenado em um array de 2 variáveis de 16 bits (variável de
arranjo contendo 2 posições de tipo Word[Signed]). Isso ocorre porque a instrução de divisão do
exemplo, é uma instrução para dados inteiros, dessa forma, a divisão poderá ter resto. A variável
tipo array com duas posições servirá para que, na primeira posição seja armazenado o resultado
e, na segunda posição, seja armazenado o resto da divisão.

Para divisão de outros tipos de formatos numéricos, veja a tabela abaixo.

Instrução Formato numérico


B/ Subtração de valores numéricos formatados em BCD 4 dígitos
DB/ Subtração de valores numéricos formatados em BCD 8 dígitos
/ Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits com sinal
/_U Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 16 bits sem sinal
D/ Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits com sinal
D/_U Subtração de valores numéricos formatados inteiros de 32 bits sem sinal
Subtração de valores numéricos formatados em ponto flutuante de
E/
simples precisão (32 bits)

111
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8.9 Inline ST para expressões matemáticas

Há um recurso de programação no GX Works3 que permite que expressões matemáticas


como equações possam ser construídas no programa sem necessitar construir um programa
extenso com operação por operação matemática da expressão individualmente. Esse recurso
denomina-se “Inline ST”.

Para introduzir o Inline ST, pressione <Ctrl> + <B> ou clique em na barra de


ferramentas com o cursor na área de edição do ladder onde se deseja adicionar a expressão
matemática. A Figura 108 ilustra um exemplo de uso do recurso de programação Inline ST. Nesse
exemplo, a expressão 𝑉𝑎𝑟1 = (𝑉𝑎𝑟2 + 300) ⁄ 4 é inserida no Inline ST e é executada quando X20
estiver ligado liga.

Código em ST da
expressão matemática
Condições para
execução do Inline ST

Figura 108: Exemplo de uso do recurso Inline ST.

112
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8.10 EXERCÍCIOS

8.10.1. Deseja-se incluir no sistema uma formula para converter temperatura de Fahrenheit em
Celsius, de acordo com a formula abaixo em números inteiros:

5
𝑇℃ = ∙ (𝑇℉ − 32)
9

a) Construa o programa utilizando instruções individuais de soma, subtração, divisão e


multiplicação com dados numéricos em formato Word[Signed] e Double Word[Signed]. Use os
nomes de labels T_C para temperatura em Celsius, T_F para temperatura em Fahrenheit e,
Temp1, Temp2 etc. para armazenar os valores parciais de cada operação. Faça o cálculo visando
a minimização de erro de arredondamento;

b) Construa outro programa utilizando instruções individuais de soma, subtração, divisão e


multiplicação com dados numéricos em formato FLOAT. Use os nomes de labels fT_C para
temperatura em Celsius, fT_F para temperatura em Fahrenheit e, fTemp1, fTemp2 etc. para
armazenar os valores parciais de cada operação;

c) Construa outro programa utilizando inline ST com dados numéricos em formato FLOAT.
Use os nomes de labels stT_C para temperatura em Celsius, stT_F para temperatura em
Fahrenheit

d) Em qualquer dos programas, atribuir para a entrada de temperatura em Fahrenheit e


monitoração valor convertido em Celsius. Para testar, force valores pelo GX Works3.

e) Implemente uma lógica para que, se a temperatura em Celsius chegar a 98°C (arredondado
para baixo de 210°F) ou mais, a saída Y20 deve ligar.

113
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9. I/Os ANALÓGICOS E EXPANSÕES INTELIGENTES

Nesse capítulo serão abordados detalhes sobre escrita e leitura dos pontos analógicos
embutidos na CPU, nas expansões ADP e expansões inteligentes.

9.1 Pontos analógicos embutidos no PLC

Os pontos analógicos embutidos no PLC são acessados (configurados, escritos e lidos) em


endereços de registradores e relés especiais SM/SD e nos parâmetros da CPU em [FX5UCPU] →
[Module Parameter]. Nas seções a seguir, serão abordados os pontos de entradas analógicas e a
saída analógica embutida no FX5.

9.1.1 Entradas analógicas

As entradas analógicas podem ser acessadas pelo software através dos endereços SD e
SM exibidos abaixo. Algumas dessas configurações possíveis de se realizar pelos registradores
abaixo podem ser feitas mais facilmente pelos parâmetros do PLC.

Registradores especiais SD para as entradas analógicas

114
TFX02 | FX5 Intensivo

Relés especiais SM para as entradas analógicas

Para realizar a leitura das entradas analógicas da forma mais simples e direta, é necessário
seguir alguns passos. Inicialmente, acesse pela árvore do projeto [Parameter] → [FX5UCPU] →
[Module Parameter] → [Analog Input]. Uma janela como a exibida na Figura 109. Configure como
exibido na Figura 109 para ler o valor analógico do canal 1 (CH1).

Habilite o canal de entrada analógica 1,


mudando esse parâmetro para “Enable”

Figura 109: Parâmetros das entradas analógicas embutidas do FX5.

115
TFX02 | FX5 Intensivo

Em seguida, clique no botão [Apply] que fica na parte inferior da janela exibida na Figura
109 e transfira/escreva os parâmetros do GX Works3 no PLC. Após esse passo, monitore o valor
do registrador especial SD6020 (Digital Output Value, CH1), que contém o valor convertido de
analógico para digital com escala de fábrica conforme gráfico ilustrado na Figura 110.

Figura 110: Relação entre valor de analógico e o valor digital convertido para as entradas
analógicas embutidas no FX5.

9.1.2 Saída analógica

A saída analógica embutida no FX5, segue o mesmo conceito das entradas. Abaixo, a
tabela dos registradores e relés especiais relacionados à saída analógica.

Registradores especiais SD para a saída analógica

Relés especiais SM para a saída analógica

116
TFX02 | FX5 Intensivo

Para realizar a usar a saída analógica da forma mais simples e direta, acesse pela árvore
do projeto [Parameter] → [FX5UCPU] → [Module Parameter] → [Analog Output]. Uma janela como
a exibida na Figura 111. Configure como exibido na Figura 111 para ler o valor analógico do canal
1 (CH1).

Habilite a conversão D/A,


mudando esse parâmetro
para “Enable”

Libere o sinal para a saída


analógica, mudando esse
parâmetro para “Enable”

Figura 111: Parâmetros da saída analógica embutida do FX5.

117
TFX02 | FX5 Intensivo

Em seguida, clique no botão [Apply] que fica na parte inferior da janela exibida na Figura
111 e transfira/escreva os parâmetros do GX Works3 no PLC. Após esse passo, modifique o valor
do registrador especial SD6180 (Digital Value), para valores conforme gráfico ilustrado na Figura
112 para modular a saída analógica com a escala de fábrica.

Figura 112: Relação entre valor digital de entrada e o valor analógico na saída embutida no FX5.

9.2 Pontos analógicos via módulos ADP

Os módulos ADP são expansões instaladas do lado esquerdo da CPU, como explicado na
seção 2.5, página 36. Nessa seção será explicado como acessar os dados dos módulos ADP
analógicos.

Semelhante ao acesso aos pontos analógicos embutidos na CPU, os pontos analógicos dos
módulos ADP são acessados/configurados por registradores e relés especiais e parâmetros do
PLC. Dependendo da posição do módulo ADP (“endereço do módulo”) o endereço de cabeçalho
da lista de SM/SD, relacionado ao módulo analógico em questão, é diferente. A Figura 113 ilustra
esses dispositivos de cabeçalho.

Cada módulo ADP tem uma tabela específica com as funções relacionadas ao módulo.
Consulte o módulo do manual para saber as funções.

118
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 113: Dispositivos especiais SM/SD de cabeçalho para cada módulo ADP em função da
posição instalada no FX5.

Os módulos ADP também podem ser configurados por parâmetros, como os pontos
analógicos embutidos no PLC. Os parâmetros relacionados aos módulos ADP estão, na árvore do
projeto, em [Parameter] → [FX5UCPU] → [Module Parameter], como ilustra o exemplo na

Parâmetros dos
módulos ADP

Figura 114: Parâmetros dos módulos ADP na arvore do projeto em [Parameter] → [FX5UCPU] →
[Module Parameter].

119
TFX02 | FX5 Intensivo

9.3 Módulos inteligentes

Módulo que não seja entrada ou saída discreta é considerado um módulo especial. Todo
módulo especial possui uma memória interna e trabalha num outro nível de hardware fora do ciclo
de varredura do PLC. Os dados são atualizados constantemente dentro do módulo.

Caso o módulo inteligente seja do tipo FX5, é possível configurar via parâmetros para que
os dados dessa memória interna do módulo – denominada buffer memory – seja transferido para
uma variável do PLC. Se o módulo inteligente utilizado com o PLC FX5 for do tipo FX3 não há uma
transmissão automática dos dados, ao invés disso, é necessário utilizar instruções MOV para ler
os dados do módulo e atualizar nas variáveis do PLC.

Por hora, não há módulos inteligentes analógicos para CPU FX5, então será abordado
apenas a comunicação com módulos inteligentes FX3 neste treinamento.

9.3.1 Endereço U\G

Na FX5 existe um método de acesso direto para leitura e escrita no buffer memory. O
buffer memory é acessado como uma variável do PLC, com instruções de dados numéricos.

O endereço U\G consiste em 2 partes:


 U : é o número do módulo especial ( 0 ~ 7 )
 G : é o endereço do buffer memory ( 0 ~ 32766 )

Figura 115: Exemplo de uso do dispositivo U\G.

O endereçamento U\G basicamente se refere ao local do buffer memory do módulo


especial. Portanto ao invés de utilizar as instruções TO e FROM pode-se utilizar a instrução MOV
(no caso de 1 ponto a ser transferido) ou a instrução BMOV (no caso de mais de 1 ponto a ser
transferido).

120
TFX02 | FX5 Intensivo

10. ENTRADAS RÁPIDAS

As entradas rápidas são entradas atualizadas separadamente do processador do programa


e tratadas por um processador separado. Existem no FX5 algumas funções embutidas como
contadores rápidos para encoder e interrupções que utilizam o recurso de entradas rápidas em
seu funcionamento. Neste capítulo, será descrito o funcionamento dos contadores rápidos.

10.1 Contadores rápidos

Contadores rápidos são elementos destinados à contagem de pulsos de frequência superior


à atualização das entradas digitais do PLC pela varredura (scan) do programa. Esses contadores
são atualizados de forma independente da varredura do PLC e, para serem utilizados, precisam
ser habilitados e configurados via parâmetros do PLC. Aplicações comuns para esse tipo de
contador são contagem de encoders, geradores de pulso proporcionais à velocidade, além de
sensores para contagem de produtos em máquinas de alta produtividade.

Nesta seção será explicado como habilitar e configurar e, as instruções dedicadas para os
contadores rápidos.

10.1.1 Configuração e habilitação de contadores rápidos

Os contadores rápidos têm o mesmo princípio do contador OUT C, porém a atualização de


seu sinal de entrada não depende da varredura do programa. Há 8 canais de contagem rápida que
podem ser utilizados no PLC FX5. Neste treinamento, será habilitado um contador rápido para
compreensão de seu funcionamento.

Para iniciar, localize, na árvore de projeto, o seguinte caminho para os parâmetros das
entradas rápidas: [Parameter] → [FX5UCPU] → [Module Parameter] → [High Speed I/O]. Uma
janela como a ilustrada na Figura 116 (a seguir).

121
TFX02 | FX5 Intensivo

Clique aqui para configurar o


contador rápido

Figura 116: Janela [High Speed I/O] de configuração das entradas rápidas.

Em seguida, será exibida a janela de configuração dos contadores rápidos. Nesta


configuração, será habilitado o canal 1 como um contador normal de 2 fases múltiplo de 1 (ou seja,
contagem tipo fase A/B, incrementando apenas na borda de subida dos sinais A em X0 e B em X1
combinados). Configure como ilustrado na Figura 117 e clique em [OK].

Figura 117: Configuração dos contadores rápidos.

Em seguida, na janela [High Speed I/O] clique em [Apply] e feche. Acesse o caminho
[Parameter] → [FX5UCPU] → [Module Parameter] → [Input Response Time] na árvore do projeto.
A janela como ilustrado na Figura 118 é exibida. Modifique como ilustrado na Figura 118.

122
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 118: Janela [Input Response Time].

Por fim, clique em [Apply] na janela [Input Response Time] e feche-a. O contador rápido já
está habilitado e configurado, porém a habilitação da operação de contagem é necessária de ser
realizada pela instrução HIOEN/DHIOEN a ser introduzida no programa do PLC.

10.1.2 Habilitação da contagem rápida (instrução (D)HIOEN)

Para habilitar o funcionamento do contador rápido (contagem), é necessário incluir no


ladder a instrução HIOEN, como ilustrada abaixo. Para contagens em 32 bits (valor contado
representado por número inteiro maior que 32767 ou menores que -32768), utilize a instrução
DHIOEN.

“0” significa não


“0” significa habilitar
desabilitar nenhuma
função de contador
função de contador

“1” significa relacionado


apenas ao canal 1

Figura 119: Instrução HIOEN para habilitar o contador rápido no canal 1.

123
TFX02 | FX5 Intensivo

10.1.3 Monitoração e operação do valor de contagem rápida

Os contadores rápidos podem ser monitorados em registradores e relés especiais (SDs e


SMs). Há alguns endereços SD e SM são destinados à operação do contador rápido. As Figuras
120 a 126 (a seguir) ilustram os endereços SD e SM relacionados aos contadores rápidos.

Figura 120: SD relacionados a contadores rápidos (1/2).

124
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 121: SD relacionados a contadores rápidos (2/4).

125
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 122: SD relacionados a contadores rápidos (3/4).

126
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 123: SD relacionados a contadores rápidos (4/4).

127
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 124: SM relacionados a contadores rápidos (1/3).

128
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 125: SM relacionados a contadores rápidos (2/3).

129
TFX02 | FX5 Intensivo

Figura 126: SM relacionados a contadores rápidos (3/3).

Como exemplo, para monitorar o valor de contagem atual do canal 1 de contagem rápida,
basta monitorar o registrador especial SD4500.

10.1.4 Reset do contador rápido por instruções de varredura

Para resetar um contador rápido com instrução de varredura (ou seja, sem a utilização de
entrada dedicada independente da atualização de estados pela execução do programa) utiliza-se
a instrução DHCMOV, como no exemplo ilustrado abaixo para o reset do canal 1. Observe que o
registrador de valor acumulado SD4500 é utilizado.

Figura 127: Instrução DHCMOV para reset de contador rápido.

130
TFX02 | FX5 Intensivo

10.1.5 Comparação de alta velocidade com set e reset

Há duas instruções destinadas à comparação de igualdade para contadores rápidos, com


ação de setar ou resetar um bit, que inclui saídas digitais. A instrução DHSCS é a instrução para
setar um bit quando uma comparação de igualdade é verdadeira. Essa instrução está ilustrada
abaixo na Figura 128.

Valor a Número do
comparar com Bit a ser
canal de setado
a contagem contagem
rápida

Figura 128: Instrução DHSCS para comparação de contador rápido.

A instrução DHSCR é a instrução para resetar um bit quando uma comparação de


igualdade é verdadeira. Essa instrução está ilustrada abaixo na Figura 129.

Valor a Número do
comparar com Bit a ser
canal de
a contagem resetado
contagem
rápida

Figura 129: Instrução DHSCR para comparação de contador rápido.

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11. FUNÇÕES DE POSICIONAMENTO

11.1 Conceito

Neste capitulo, será apresentado algumas instruções de posicionamento incluídas


na CPU do FX5.
O módulo de CPU do FX5 possui quatro saídas a transistor ( Transistor Outputs)
que por sinais de pulso podem executar o controle de posicionamento de servos
motores.

Máximo 4 eixos

Eixo 1 Eixo 2 Eixo 3 Eixo 4

MR-JE
MR-J4_A
MR-J3_A
MR-JN_A
Saídas a Transistor
Y0~Y3

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11.2 Hardware e cálculos iniciais

Nesta seção será apresentada a ligação básica entre o CLP FX5 e o servo-
amplificador MR-JE e os cálculos iniciais para a definição do deslocamento em unidades
mecânicas.

11.2.1 Exemplo de Ligação entre o FX5 e o MR-JE

Ligação Source (PNP)

Ligação Sink (NPN)

133
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11.2.2 Esquema / Informações básicas do MR-JE

11.2.3 Sinais de controle

a) Emergência tem que estar ligada (sinal normalmente fechado, NF):

b) Servo ON tem que estar ligado (o servo passa a ser energizado e, se não houver alarme,
o sinal de saída do servo pronto (RD)):

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c) Ao usar o FX para posicionamento, os fins de curso devem ser conectados ao CLP. Os fins
de curso do servo devem ser anulados (NF):

Exemplo da
ligação dos fins
de curso no CLP

A ligação dos fins de curso deve ser feita ao CLP, como no exemplo acima,
para garantir que o CLP interrompa o envio de pulsos ao servo e, consequentemente, o
servo pare. Quando os fins de curso são ligados diretamente ao servo, o movimento do
servo é interrompido, porém o envio de trem de pulsos do CLP não é interrompido e a
posição atual registrada no FX passa a ser inválida.

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11.3 Parâmetros essenciais do MR-JE para posicionamento

Esta subseção tem por objetivo listar os parâmetros essenciais para realizar
posicionamento com o FX, usando as instruções internas.

11.3.1 Procedimento para alterar parâmetros no MR-JE

A figura abaixo ilustra o layout das teclas do MR-JE:

A tecla MODE tem por função mudar o menu mostrado no display do MR-JE.
Abaixo, segue a sequência de menus:

136
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Abaixo, a sequência para alterar os parâmetros do MR-JE:

11.4 Parâmetros essenciais para posicionamento com MR-JE e FX

11.4.1 PA.13:

Define a lógica dos pulsos de comando. Deve estar com valor 0011 ou 0001
(Pulso + Direção)

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11.4.2 PA. 06 (CMX) e PA. 07 (CDV) (Eletronic Gear):

Fator de multiplicação dos pulsos de entrada. Pode ser visto também como um
fator que divide a quantidade de pulsos por volta do servo motor.

Exemplo:

Se PA. 06 = 2 e Pa.07 = 1, no MR-JE:

𝑁𝑢𝑚. 𝑃𝑢𝑙𝑠𝑜𝑠 𝐸𝑛𝑐𝑜𝑑𝑒𝑟 131072


𝑁𝑢𝑚. 𝑃𝑢𝑙𝑠𝑜𝑠 𝑃𝑜𝑟 𝑉𝑜𝑙𝑡𝑎 = = = 65536
𝑃𝐴. 06 2
𝑃𝐴. 07 1

Ou seja, com o eletronic gear 2/1, com 65.536 pulsos aplicados em PP, o servo dá
uma volta.
O valor do eletronic gear precisa ser ajustado (modificado de 1/1 para outro valor),
principalmente nos seguintes casos:
A caixa de redução tem relação que não é do tipo 2𝑛 (pois o número de pulsos por
volta do encoder sempre do tipo 2𝑛 ) ou relação inexata (por exemplo, 1:8,2). Relações
desse tipo fazem com que o número de pulsos para deslocamento de medidas
mecânicas exatas, resultem em quantidade de pulsos com casas decimais (por exemplo,
32768,5);

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12. INSTRUÇÕES DE POSICIONAMENTO

Nesta seção serão apresentados os detalhes para programação de


posicionamento com instruções dedicadas do FX5.

12.1 Dispositivos Especiais do FX5 Associados ao Posicionamento

As tabelas abaixo listam os bits / registradores especiais dedicados no FX5 para


controle e intertravamento da programação de posicionamento.

12.1.1 Relés Especiais

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12.1.2 Registradores Especiais

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12.2 Instrução de Referenciamento

O primeiro passo num posicionamento geralmente é o processo de


referenciamento. Através das saídas rápidas do CLP FX5 podemos realizar o
referenciamento utilizando instruções ou zerando o registrador de posição atual. A
seguir, são apresentadas as instruções de referenciamento.

12.2.1 Instrução DSZR

Quando a alimentação da CPU é desligada, o valor armazenado no endereço de


posicionamento é apagado. Por isso, utilizamos a instrução DSZR para ajustar o valor da
posição da CPU para a posição mecânica definida.

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Relés Especiais

Registradores Especiais

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12.3 Instrução de Movimentação

12.3.1 Instrução DRVI (Posicionamento Incremental)

Esta instrução é empregada quando é necessário realizar posicionamento em


coordenadas incrementais, ou seja, movimentos que não levam em consideração o
referenciamento (posição zero absoluta), apenas a posição atual. É necessário sustentar o
sinal de comando da instrução até o término do posicionamento.

Exemplo:
Flag

Endereço de Velocidade de
Eixo Controlado
Posicionamento Movimento

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B (+200)
A (+800)

0 800 1000

Relés Especiais

Registradores Especiais

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12.3.2 Instrução DRVA (Posicionamento Absoluto)

Esta instrução é empregada quando é necessário realizar posicionamento em


coordenadas absolutas, ou seja, movimentos que levam em consideração o referenciamento
(posição zero absoluta) como valor de deslocamento. É necessário sustentar o sinal de comando
da instrução até o término do posicionamento.

Flag

B
C

Endereço de Velocidade de
Eixo Controlado
Posicionamento Movimento

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A
B

0 150 300 400

Relés Especiais

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Registradores Especiais

12.3.3 Instrução DVIT (Movimentação com Interrupção)

Essa instrução é empregada quando é necessário realizar-se um movimento em


velocidade constante, sem posição de parada definida até que um sinal digital seja
disparado. A partir do disparo desse sinal, o servo continua a movimentar-se com a
mesma velocidade, mas até uma posição definida (VP = Velocidade  Posição). É
necessário sustentar o sinal de comando da instrução até o término do posicionamento.

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Aplicação

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Relés Especiais

Registradores Especiais

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