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Memória de curto prazo pode indicar mal de Alzheimer

Lembrar de coisas que aconteceram num passado distante, mas esquecer de


pequenos detalhes do dia-a-dia, como o que comeu na hora do almoço. A maior parte
das pessoas já passou pelo menos uma vez por essa situação. Os lapsos ou pequenos
esquecimentos são comuns, mas podem indicar também o início do mal de Alzheimer,
uma doença lenta e progressiva que atinge 1 em cada 10 idosos com mais de 70 anos.
Para entender o problema, os especialistas pesquisam cada vez mais o
funcionamento da nossa memória. E já chegaram à conclusão de que prestar atenção
nas pequenas dificuldades de memorização diárias é a forma mais eficaz de
diagnosticar precocemente a doença. Não pára por aí. Com os testes de memória, os
neurologistas já tornaram possível também detectar se um paciente corre mais riscos
de desenvolver Alzheimer no futuro.
Até agora, os especialistas identificaram que a parte do cérebro mais atingida
no início da doença é justamente a responsável pela chamada memória de curto prazo.
Também chamada de memória operacional ou de trabalho, é nela em que arquivamos
pequenas informações do cotidiano. Algumas, como anotar um recado, são deletadas
logo após serem utilizadas. Outras, como lembrar o que comemos no dia anterior ou
onde guardamos a chave, por exemplo, permanecem em nossa memória por algum
tempo.
É justamente nesses casos que o paciente com Alzheimer começa a
apresentar deficiências. "São situações como a dona-de-casa esquecer o gás ligado ou
qualquer outro objeto e simplesmente não se lembra mais", explica o neurologista
Renato Anghinah, médico da divisão de Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas e
coordenador da equipe de neurologia do Hospital Samaritano.
Recentemente, um estudo realizado pela psicóloga Cláudia Correia Leite Fuhs,
da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, comprovou a ligação
entre a memória de curto prazo, também chamada work memory, e a doença. Segundo
ela, entender como apreendemos essas informações no cérebro é uma forma de evitar
que o paciente com Alzheimer fique sem passado recente. Por esse motivo, segundo
Cláudia, os portadores são incentivados também a escrever detalhes do seu dia para
evitar que sejam esquecidos ou até forçar a memorização das informações.

Déficit de atenção pode confundir - Muitas vezes, as pessoas confundem o


déficit de atenção com esquecimento ou lapso de memória. Segundo o neurologista
Renato Anghinah, do Hospital das Clínicas, pessoas com menos de 60 anos que se
queixam de perda de memória, na maioria das vezes, sofrem com o déficit de atenção.
"Nessa fase, geralmente vamos procurar outros problemas para determinar a perda de
memória", explica. "O diagnóstico de Alzheimer, que é mais raro, mas também pode
acontecer em pessoas jovens, é realizado por exclusão", completa.
O déficit de atenção nada mais é do que desviar rapidamente o foco de algum
assunto para outro. Trata-se do famoso "viajar", que as pessoas costumam brincar com
o colega de turma ou de escritório. Normalmente, a pessoa pode estar lendo uma
revista ou ouvindo uma palestra e se desligar completamente do assunto porque está
pensando em outra coisa. "Nesse caso, não falamos em perda de memória. Afinal,
essa pessoa não estava prestando atenção no que fazia", diz Anghinah. "Por isso, a
investigação é tão importante."
Problemas como depressão, estresse, anemia e até doenças da tireóide
podem acarretar o déficit de atenção em adultos e adolescentes. Os distúrbios do sono
também são um forte componente para a doença. Nesse caso, encaixa-se
principalmente a insônia. Pessoas que dormem mal costumam apresentar o problema
com mais freqüência. "Sempre realizamos uma avaliação neuropsicológica para
determinar o que está acontecendo com a pessoa", explica o especialista. "Nesse teste
podemos descobrir se realmente a memória do paciente é afetada", completa
Anghinah.
Prevenção inclui vitamina - A vitamina E tem uma ação neuroprotetora e
pode ser usada como forma de prevenção do Mal de Alzheimer. Pesquisas recentes
revelaram também que pessoas com maior escolaridade tendem a retardar o
aparecimento da doença. Isso acontece porque elas estabelecem maior número de
conexões cerebrais, uma espécie de reserva de neurônios. A reposição hormonal
também funciona como forma de prevenção do mal de Alzheimer. Estudo publicado no
Journal of the American Medical Association, diz que, quando usada por 10 anos ou
mais, a TRH pode prevenir o mal.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca

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