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INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO

TRABALHO

Weverton Leandro Lima da Silva


Engenheiro de Segurança do Trabalho
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Conceito de segurança do trabalho


Breve histórico da segurança do trabalho no mundo
A segurança do trabalho no Brasil
Riscos Ambientais
Acidente em serviço
Procedimentos seguros de trabalho
Após uma breve introdução, onde apresentamos o conceito de segurança do
trabalho e apontamos alguns dos principais acontecimentos relacionados ao tema
no Brasil e no mundo, daremos continuidade ao nosso módulo “Introdução a
Segurança do Trabalho”, estudando os riscos ocupacionais elencados pela
legislação e pela literatura.

Nesta segunda parte, abordaremos a classificação, identificação e avaliação dos


diversos riscos existentes nos ambientes laborais, bem como apresentaremos
algumas das principais medidas de controle.
RISCOS AMBIENTAIS
RISCOS AMBIENTAIS

A segurança do trabalho possui a função essencial de estudar os riscos existentes


nos mais diversos ambientes de trabalho, os quais são capazes de afetar a
integridade física, psíquica e social dos trabalhadores.

Para isso, faz uso de uma série de medidas preventivas que visam à redução ou,
sempre que possível, a eliminação desses riscos com vistas a mitigar a ocorrência
de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais, proporcionando um
ambiente de trabalho seguro.

Antes de definirmos e classificarmos os riscos ocupacionais, para um melhor


entendimento, convém enfatizar a diferença entre os termos “risco” e “perigo”,
comumente confundidos por muitos.
RISCOS AMBIENTAIS

Perigo: Do latim “periculum”, é a fonte ou situação com potencial para provocar


danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, ao meio ambiente, ao
local de trabalho ou a combinação destes.

Um produto químico, uma máquina, uma superfície quente, uma área ruidosa,
uma área com temperaturas elevada ou muito baixa, uma área energizada ou até
mesmo um chão escorregadio são exemplos clássicos de perigos no ambiente de
trabalho.

Entretanto, é necessário explicar que os exemplos citados representam situações


com potencial para provocar algum dano ao trabalhador ou ao patrimônio.
RISCOS AMBIENTAIS

Risco: É a combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um


determinado evento perigoso. Em termos práticos, o risco está associado à
exposição ao perigo.

Para exemplificar, suponhamos a existência de uma superfície quente (perigo).


Enquanto não houver aproximação de trabalhadores à referida superfície, não
haverá nenhum risco de acontecer um acidente.

Porém, no momento em que há essa aproximação, aumenta-se a exposição e o


trabalhador fica sob risco.
RISCOS AMBIENTAIS

Da mesma forma, considere uma máquina rotativa operando sem proteção. Assim
como a superfície quente, citada anteriormente, ela é uma fonte de perigo.

No entanto, o risco só se caracteriza quando acontece a aproximação do


trabalhador, uma vez que há a exposição àquele perigo. Sem a aproximação do
trabalhador não haverá risco de qualquer dano sobre ele.

Dessa forma, o risco pode ser mensurado como sendo o produto entre a
frequência com que um evento pode ocorrer e o grau de severidade proveniente
do dano.
RISCOS AMBIENTAIS

Isso posto, vamos agora definir o que são riscos ambientais. Para isso, cabe
apresentar a NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que já
foi citada na primeira aula deste módulo.

Trata-se da NR que estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação,


por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
como empregados, de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais que vise à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
RISCOS AMBIENTAIS

Em seu subitem 9.1.5, define: “consideram-se riscos ambientais os agentes


físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em
função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são
capazes de causar danos à saúde do trabalhador.”

Acrescenta-se a essa definição mais dois tipos de riscos consolidados na literatura


que requerem os mesmos cuidados dispensados ao físicos, químicos e biológicos:
os riscos ergonômicos (a NR 17 trata exclusivamente sobre esse assunto) e os
riscos de acidentes.

Ainda de acordo com a NR 9, consideram-se:


RISCOS AMBIENTAIS

Agentes físicos: as diversas formas de


energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como:

 ruído;
 vibrações;
 pressões anormais;
 temperaturas extremas;
 radiações ionizantes;
 radiações não ionizantes.
RISCOS AMBIENTAIS

Onde encontramos os riscos físicos na


UFRN?

Em vários setores, dentre eles no


Laboratório de Hialotecnia, do Instituto
de Química, onde há exposição à
radiação não ionizante (ultravioleta) na
atividade de confeccionamento e
recuperação de equipamentos de vidro.
RISCOS AMBIENTAIS

Agentes químicos: as substâncias,


produtos ou compostos que possam
penetrar no organismo pela via
respiratória, por absorção através da
pele ou por ingestão, compreendendo:

 poeiras;
 fumos;
 névoas;
 neblinas;
 gases ou vapores.
RISCOS AMBIENTAIS

Onde encontramos os agentes químicos


na UFRN?

Esse tipo de risco é bastante vasto na


nossa instituição.

A título de exemplo, citamos as


atividades desenvolvidas no Laboratório
de Toxicologia do Departamento de
Análises Clínicas e Toxicológicas, onde
há manuseio de ácidos sulfúrico,
clorídrico e nítrico.
RISCOS AMBIENTAIS

Agentes biológicos: as bactérias, os


fungos, os bacilos, os parasitas, os
protozoários, os vírus, entre outros.

São riscos ocasionados por substâncias


vivas, principalmente em laboratórios e
ambientes de pesquisa científica, ou
que fazem uso de agentes biológicos,
como farmácias, hospitais, entre outros.
RISCOS AMBIENTAIS

Onde encontramos os riscos biológicos


em nossa universidade?

Em vários laboratórios e também nas


unidades hospitalares.

Um exemplo seria as atividades


desenvolvidas no Laboratório de Biologia
da Escola Multicampi de Ciências
Médicas, que envolvem contato
permanente com material infecto-
contagiante.
RISCOS AMBIENTAIS

Com relação aos demais grupos de


riscos, entende-se que:

Riscos ergonômicos: são problemas


ocasionados por má postura do
trabalhador, movimentos errados,
excesso de trabalho ou esforço e ações
repetitivas,que interferem
negativamente no conforto e na saúde.
RISCOS AMBIENTAIS

Riscos de acidentes: São riscos


iminentes de acidentes, como trabalho
com máquinas e equipamentos sem
proteção, contato com corrente elétrica,
trabalho em proximidade a locais que
possuam animais peçonhentos, uso de
ferramentas velhas e defeituosas,
dentre outros fatores capazes de
ocasionarem qualquer tipo de acidente.
RISCOS AMBIENTAIS

Destaca-se que a exposição contínua aos agentes ambientais, aliada a não adoção
de medidas de controle dos riscos, pode desencadear uma série de doenças
ocupacionais no indivíduo exposto. A título de exemplo, podemos citar:

Risco Agente Doença


Físico Ruído Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR)
Químico Ácido Sulfídrico Bronquite
Microorganismos e
Biológico HIV, Hepatites virais
parasitas vivos
Ergonômico Postura inadequada Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)
RISCOS AMBIENTAIS

Com o propósito de padronizar, de modo que um mesmo grupo seja identificável


em qualquer empresa, fábrica ou indústria, atribuiu-se aos riscos ambientais cores
específicas que os representassem.

Baseada nessa metodologia, foi desenvolvida a ferramenta denominada “mapa de


riscos” que constitui uma representação gráfica dos riscos ocupacionais existentes
numa organização, à luz do olhar dos próprios trabalhadores.

Consoante estabelece a NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes


(CIPA), a elaboração do mapa de risco compete à CIPA, que tem a assessoria do
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT).
RISCOS AMBIENTAIS

É importante destacar que o mapa de riscos deve ser o mais simples e objetivo
possível, de forma que todos os trabalhadores sejam capazes de interpretá-lo sem
nenhuma ajuda técnica.

Os objetivos desta ferramenta assentam-se na:

 necessidade de reunir informações que estabeleçam o diagnóstico da


segurança do trabalho na empresa;

 promoção da interação entre os trabalhadores a fim de estimular a participação


nas atividades de prevenção.
RISCOS AMBIENTAIS

No mapa de riscos, a intensidade do


risco é simbolizada por círculos de três
tamanhos distintos: grande (para risco
elevado); médio (para risco médio); e
pequeno (para risco baixo). A percepção
dos trabalhadores é quem vai definir o
risco avaliado naquele ambiente laboral.

A imagem ao lado ilustra a classificação


dos riscos de acordo com o mapa de
riscos:
RISCOS AMBIENTAIS

A construção do mapa de risco dar-se-á por meio da observação das seguintes


diretrizes:

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;


 Identificar os riscos existentes no local analisado;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;
 Identificar os indicadores de saúde;
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
RISCOS AMBIENTAIS

Na UFRN, a CIPA, prevista na NR 5, chama-se Comissão Interna de Saúde e


Segurança do Trabalho (CISST), a qual foi criada e regulamentada em 12 de maio
de 2016, por meio da Resolução nº 016/2016 do Conselho de Administração
(CONSAD).

Em seu Art. 2º, a aludida Resolução prevê, entre outras atribuições da CISST:

V – elaborar o mapa de riscos dos ambientes de trabalho.

No âmbito da nossa instituição, cada edificação possui a sua própria CISST e a


quantidade de membros de cada comissão está diretamente relacionada a
quantidade de servidores localizados em cada unidade.
RISCOS AMBIENTAIS

Na imagem ao lado,
apresentamos o mapa
de riscos do Laboratório
de Tecnologia dos
Alimentos do
Departamento de
Nutrição, desenvolvido
por membros da CISST
do referido
departamento:
AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Uma vez identificados, os riscos existentes no ambiente de trabalho precisam ser


avaliados.

A avaliação consiste no procedimento de dimensionar a exposição dos


trabalhadores aos diversos riscos, com o objetivo de descobrir tudo o que é
suscetível de causar lesões ou danos e de implementar medidas de prevenção ou
proteção para controlar esses riscos.

Essa etapa visa, ainda, determinar a magnitude, a frequência e a duração da


exposição dos trabalhadores a um determinado agente para agir preventivamente
na fonte geradora daquele risco.
AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Basicamente, existem dois tipos de avaliação:

Avaliação qualitativa: trata-se do tipo de avaliação fundamentada no nível de


conhecimento e na sensibilidade do avaliador quanto aos riscos existentes no
ambiente de trabalho. Em outras palavras, é aquela que não exige mensuração
para confirmar a presença do risco.

A avaliação qualitativa assenta-se na observância às características específicas de


cada ambiente laboral, no que diz respeito aos agentes de risco presentes, as
atividades exercidas e as funções desempenhadas.
AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Avaliação quantitativa: é aquela que requer a utilização de equipamentos de


medição específicos com vistas a mensurar a quantidade de um determinado
agente em um ambiente. Compreende uma avaliação mais minuciosa, tendo em
vista a quantificação do(s) agente(s) presente(s) em um local de trabalho.

De acordo com a NR 9, a avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que


necessária para:

a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência de riscos;


b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Dosímetro (ruído), luxímetro (iluminamento), termômetro de globo (calor), dentre


outros, são exemplos de equipamentos de medição utilizados na avaliação
quantitativa de agentes ambientais.
AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Para exemplificarmos e enfatizarmos a diferença entre as avaliações qualitativa e


quantitativa, podemos citar as atividades realizadas com ácido clorídrico e aquelas
que submetem o indíviduo ao ruído.

No primeiro caso, tendo em vista a sua grande capacidade de provocar danos à


saúde humana, a simples identificação da presença do ácido clorídrico em uma
determinada atividade (avaliação qualitativa) já aponta a necessidade de cuidados
maiores, do ponto de vista da implantação de medidas de controle, sendo
desnecessária uma mensuração que determine a quantidade exata desse
componente no ambiente laboral.
AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Por outro lado, a exposição ao ruído precisa ser quantificada, por meio de
equipamento de medição específico (dosímetro), para então ser avaliada quanto à
adoção de medidas de prevenção, tendo em vista que nem todo ruído é
prejudicial à saúde.

Efetivamente falando, a exposição a níveis de ruído abaixo de 80 dB, em jornadas


de trabalho de 8 horas, não requer nenhum tipo de medida de controle
prevencionista, segundo a NR-9, dada a incapacidade desse agente, nessas
condições, de oferecer risco significativo.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS
AMBIENTAIS
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

Tendo em vista que o risco só aparece com a exposição ao perigo, para controlá-lo
faz-se necessário eliminar o perigo ou reduzir a exposição a ele (atenuar o risco).
Assim sendo, a literatura determina uma sequência prioritária no que diz respeito
as medidas a serem adotadas para controlar o risco, a saber:

• Controle na fonte;
• Controle na trajetória (ambiente);
• Controle no receptor (trabalhador).
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

Controle na fonte: Consiste na intervenção direta sobre a fonte de perigo


relacionada à execução de uma certa atividade, por meio da adoção de medidas
técnicas, métodos alternativos e do uso da tecnologia que busquem a proteção
dos ambientes de trabalho.

A eliminação ou a substituição da fonte perigosa por elementos com potenciais


menos danosos, quando possíveis, bem como a modificação de métodos de
trabalho e a manutenção preventiva de equipamentos caracterizam-se como
exemplos desse tipo de controle.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

A retirada de um produto químico


armazenado indevidamente em um
ambiente de trabalho (eliminação) e a
troca de um equipamento com pouco
isolamento térmico por outro com
melhor isolamento térmico
(substituição) são exemplos práticos de
controle do perigo na fonte.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

Controle na trajetória: Assim como o controle na fonte, o controle na trajetória


também busca a proteção do ambiente de trabalho agindo de forma preventiva,
sem interferir na eficiência do trabalhador.

Compreendem as medidas de controle que agem no meio ambiente de trabalho,


sempre que o controle na fonte, por razões técnicas ou operacionais, não for
possível, para impedir que as condições de risco atinjam o trabalhador.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

A ventilação geral diluidora, que


consiste na insuflação de ar fresco no
ambiente laboral, é um excelente
exemplo de controle na trajetória para
exposição à sobrecarga térmica (calor).
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

Controle no receptor: Compreendem as ações e medidas que envolvem


diretamente o trabalhador, sempre que os controles na fonte e na trajetória forem
insuficientes para garantir a completa proteção.

Para a NR 9, quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade


técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem
suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação,
ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras
medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia:

a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;


b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

A capacitação sobre os riscos existentes no ambiente de trabalho, a rotatividade


de trabalhadores, limitando o tempo de exposição a um determinado risco, a
realização de exames médicos periódicos, o estabelecimento de sinalizações de
alertas e de segurança, bem como a distribuição de EPIs consistem em exemplos
práticos de controle do risco no receptor.

Perceba, caro(a) servidor(a), que enquanto as duas primeiras medidas agem


diretamente no perigo, e por isso são prioritárias em relação as outras, esta última
atua no sentido de minimizar/controlar a exposição do trabalhador ao evento
perigoso (risco).
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

A tabela a seguir, apresenta, resumidamente, algumas medidas de controle, na


fonte, na trajetória e no indivíduo, de alguns riscos ocupacionais:

Medidas de controle
Risco
Fonte Trajetória Indivíduo
Regulação de motores e balancemamento Limitação da exposição e uso
Ruído Isolamento acústico
das partes móveis da máquina de protetor auricular
Instalação de barreiras refletoras ou Aclimatização, treinamento e
Calor Ventilação geral diluidora
absorventes entre a fonte e o trabalhador uso de EPI específico
Exames médicos, uso de
Agente Substituição da substância a ser
Ventilação local exaustora máscara de proteção
químico manuseada
respiratória
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

Agora, suponhamos um experimento qualquer envolvendo substância química em


um determinado laboratório da UFRN.

Nessa situação, o que se espera para que a referida atividade seja realizada de
forma satisfatória e com o menor grau de risco possível?

Objetivando a garantia do sucesso da referida prática, tanto do ponto de vista dos


seus propósitos científicos, quanto da segurança do servidor(es) envolvido(s), faz-
se necessário estabelecer uma séria de medidas técnicas, respeitando a ordem de
prioridade apresentada anteriormente.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

Assim sendo, as seguintes indagações devem ser postas, sequencialmente:

1) O experimento, necessariamente, precisa ser realizado com aquele produto?


2) Dada a impossibilidade da eliminação ou substituição do produto, quais
medidas de controle poderiam ser empregadas no ambiente?
3) O que pode ser feito, administrativamente, para minimizar o risco que a
atividade pode ocasionar?
4) Quais EPIs podem ser recomendados para a atividade?
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

• O experimento, necessariamente, precisa ser realizado com aquele produto?

O motivo dessa questão é saber se a substância manuseada pode ser substituída


por outra menos deletéria à saúde humana.

Hipoteticamente falando, um experimento com uso de tetracloreto de carbono


poderia ser realizado com o diclorometano. Isso porque, além de possuir um
limite de tolerância (limite de exposição) 10 vezes menor que esta substância (5
ppm contra 50 ppm), aquela apresenta a possibilidade de absorção percutânea e é
suspeita de ser cancerígena para humanos.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

• Dada a impossibilidade da eliminação ou substituição do produto, quais


medidas de controle poderiam ser empregadas no ambiente?

Em muitos casos, principalmente quando há manipulação de produtos de alta


toxicidade, a aplicação de ventilação local exaustora, por meio de um sistema
dotado de captor, tubulação e exaustor, é extremamente eficiente uma vez que o
mesmo retira o contaminante antes mesmo que ele se espalhe pelo ambiente
laboral.

É importante destacar que quase sempre haverá ao menos uma medida de


controle de engenharia capaz de atenuar os efeitos provocados por atividades
mais prejudiciais à saúde.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

• O que pode ser feito, administrativamente, para minimizar o risco que a


atividade pode ocasionar?

A capacitação periódica dos trabalhadores envolvidos que verse sobre a segurança


no desenvolvimento de suas atividades e sobre os riscos existentes no seu
ambiente de trabalho, bem como a realização de exames médicos periódicos,
constituem ações importantes na garantia de sua proteção.

A sinalização e o alerta, por meio da rotulagem dos diversos produtos químicos,


bem como a disponibilização, em local visível e acessível, da Ficha de Segurança
dos Produtos Químicos (FISPQ) também caracterizam-se como medidas auxiliares
no controle do risco ocupacional.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

Ademais, é sabido que a armazenagem de produtos químicos deve ser realizada


de forma cuidadosa, respeitando a adequação da substância ao tipo de material
do recipiente.

Por exemplo, um material corrosivo deve ser necessariamente acondicionado em


um recipiente de vidro, cerâmica ou de certos polímeros sintéticos, e jamais em
um de metal.

Por sua vez, produtos químicos reativos não devem ser armazenados no mesmo
local.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

• Quais EPIs podem ser recomendados para a atividade?

Antes de entrarmos no mérito da questão, convém apresentar a definição de EPI,


segundo a NR 6 - Equipamento de proteção individual, em seu item 6.1:

“considera-se EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo


trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança
e a saúde no trabalho.”
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

• Quais EPIs podem ser recomendados para a atividade?

Ainda segundo a NR 6, os EPIs devem ser disponibilizados nas seguintes situações:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção


contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do
trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) em situações emergenciais.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

O item “a” justifica a disponibilização, por exemplo, do oferecimento de EPIs,


como o capacete e o calçado de segurança, bem como de óculos de proteção, aos
trabalhadores da construção civil, tendo em vista a dificuldade de eliminação
completa dos riscos por meio de intervenções no ambiente de trabalho.

Da mesma forma, também permite a distribuição de luvas, máscaras e aventais de


proteção aos trabalhadores expostos aos agentes biológicos, tendo em vista a
iminente possibilidade de contaminação, a despeito da implementação de
medidas de caráter prioritário.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

Similarmente, no experimento com um produto químico, dependendo da


substância a ser manuseada e da atividade propriamente dita, os EPIs, a seguir,
poderiam ser recomendados como forma de proteção adicional:

 Bata, avental ou roupa de proteção;


 Luvas;
 Calçado fechado;
 Protetor facial/ocular;
 Máscara de proteção respiratória.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

É importante frisar, prezado(a) servidor(a), que a distribuição de EPI não pode ser
realizada indiscriminadamente, devendo, então, obedecer critérios fundamentais.
Assim, o EPI deve:

 possuir certificado de aprovação (CA) válido;


 ser adequado ao risco a que o trabalhador encontra-se exposto;
 ser capaz de proporcionar o grau de proteção exigido para a atividade;
 ser resistente aos agentes presentes;
 ser adaptável às características intrínsecas do trabalhador, sobretudo no que
diz respeito ao conforto.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

Mas, o que é o CA?

É a garantia exigida pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho para


assegurar a qualidade e o funcionamento do equipamento para os fins os quais
ele se propõe.

Antes que o EPI seja comercializado, ele deve passar por uma série de testes
específicos (reconhecidos pelo INMETRO) que garantam a sua funcionalidade. Em
caso de aprovação, ele recebe um CA (número) que, na prática, permite a sua
comercialização.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS AMBIENTAIS

De acordo com a NR 6, o CA concedido ao EPI,


geralmente, tem validade de cinco anos.

Por meio do seu site oficial, a Secretaria Especial


de Previdência e Trabalho permite a consulta para
verificação se o CA de um determinado EPI está
válido.

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