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Curso
1
Dicas importantes
• Nunca se esqueça de que o objetivo central é aprender o conteúdo, e não apenas
terminar o curso. Qualquer um termina, só os determinados aprendem!
• Leia cada trecho do conteúdo com atenção redobrada, não se deixando dominar
pela pressa.
Todos têm acesso aos mesmos cursos, mas o aproveitamento que cada aluno
faz do seu momento de aprendizagem diferencia os “alunos certificados” dos
“alunos capacitados”.
• Busque complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o curso,
buscando novas informações e leituras extras, e quando necessário procurando
executar atividades práticas que não são possíveis de serem feitas durante o curso.
2
Conteúdo
Introdução 5
Comportamento Humano 6
Comportamento no ambiente de trabalho 8
Ambiente de trabalho e as relações interpessoais 10
Introdução
Motivação ou Não, Causada pelo Ambiente de Trabalho
2.2 Influência do Ambiente
2.3 Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho
2.4 Fatores Intrapessoais e a Qualidade de vida no Trabalho
2.5. Responsabilidade Pela Qualidade de Vida no Ambiente de
Trabalho
2.6. Arranjo Físico e Ambiente de Trabalho
2.7. Princípios dos 5S
Principais Atitudes e Comportamentos dos Bons Profissionais 14
Preparado para mudanças
Espírito empreendedor
Equilíbrio emocional
Marketing Pessoal
ESTÁGIO PROFISSIONAL
TRABALHADOR COOPERADO
TRABALHADOR AUTÔNOMO
TRABALHO VOLUNTÁRIO
EMPREGADO DOMÉSTICO
Qualidade 20
Definição
Mensuração da Qualidade
Indicadores estratégicos
Qualidade total
Programas de Qualidade 24
Programa 5S
Programa de gerência da rotina diária
Programa de gerência pelas diretrizes
Programa de melhoria contínua
Ferramentas
Métodos
Método de análise e solução de problemas (MASP)
Qualidade de Vida no Trabalho 28
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO QVT
CONCEITO
3
Qualidade De Vida No Trabalho - Competência das Empresas do Novo
Milênio 31
Programas de Qualidade de Vida no Trabalho 33
OBJETIVO NAS ORGANIZAÇÕES
IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS QVT NAS ORGANIZAÇÕES
Doenças do trabalho: Síndrome de burnout 36
Descrição
Estágios
Sintomas
Diagnóstico
Tratamento
Sobre os Sintomas
A Síndrome de "Burnout" em Professores
O "Burnout" em Enfermeiros
Doenças do Trabalho: Estresse 43
Terminologia
Teorias do estresse
Reação ao estresse em homens e mulheres
Bibliografia/Links Recomendados 47
4
Introdução
5
Comportamento Humano
6
considera a existência de diferentes concepções do termo
comportamento, dividido em:
7
Comportamento no ambiente de trabalho
8
E-mails: não use o e-mail da empresa para assuntos pessoais,
principalmente quando se tratarem de emails de sacanagem, piadas e
pornografia. Em maio desse ano, a General Motors do Brasil demitiu 11
funcionários por justa causa, devido a troca de emails envolvendo
conteúdo pornográfico.
9
Ambiente de trabalho e as relações interpessoais
1.1. Introdução
É sabido que o ser humano é fruto do meio em que vive e que é gerido
por necessidades básicas que os podem motivar ou não, são elas:
necessidades fisiológicas como: alimentação, sono, atividades física,
satisfação sexual etc; necessidades psicológicas: como segurança íntima,
10
participação, autoconfiança e afeição; necessidades de auto-realização:
como impulso para realizar o próprio potencial, estar em contínuo
autodesenvolvimento. Estas necessidades não satisfeitas também são
motivadoras de comportamento, podendo levar a: desorganização de
comportamento; agressividade; reações emocionais; alienação e apatia.
Segundo Chiavenato (2000) A motivação se refere ao comportamento
que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em
direção aos objetivos que possam satisfazer essas necessidades.(p.161)
Também segundo Chiavenato (2000)O homem é considerado um animal
dotado de necessidades que se alternam ou se sucedem conjunta ou
isoladamente. Satisfeita uma necessidade surge outra em seu lugar e,
assim por diante, contínua e infinitamente. As necessidades motivam o
comportamento humano dando-lhe direção e conteúdo.(p.128).
11
2.3 Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho
Cada pessoa tem uma história de vida, uma maneira de pensar a vida e
assim também o trabalho é visto de sua forma especial. Há pessoas mais
dispostas a ouvir, outras nem tanto, há pessoas que se interessam em
aprender constantemente, outras não, enfim as pessoas tem objetivos
diferenciados e nesta situação muitas vezes priorizam o que melhor lhes
convém e às vezes estará em conflito com a própria empresa. Como
observado por Bom Sucesso (1997) O autoconhecimento e o
conhecimento do outro são componentes essenciais na compreensão de
como a pessoa atua no trabalho, dificultando ou facilitando as relações.
Dentre as dificuldades mais observadas, destacam-se: falta de objetivos
pessoais, dificuldade em priorizar, dificuldade em ouvir. (p.38)
12
Normalmente procura-se passar a responsabilidade para a outra parte,
porém é importante lembrar que somos produto do meio, mas também
influímos no meio. Como diz Bom Sucesso (1997) Além de constituir
responsabilidade da empresa, qualidade de vida é uma conquista
pessoal. O autoconhecimento e a descoberta do papel de cada um nas
organizações, da postura facilitadora, empreendedora, passiva ou ativa,
transformadora ou conformista é responsabilidade de todos.(p.47)
13
autodisciplina se alcança maior conforto e um melhor relacionamento no
trabalho e conseqüentemente melhores resultados para a empresa.
14
empregabilidade não é uma tarefa fácil, para aqueles que estão
ingressando no mercado de trabalho atual, as dificuldades serão ainda
maiores. Portanto, a seguir vou discorrer sobre algumas das
características dos bons profissionais:
Espírito empreendedor
Equilíbrio emocional
Marketing Pessoal
16
Destaca-se alguns dos defeitos que além de prejudicar a ambientalização
dentro da empresa, caracterizam tais pessoas como maus profissionais:
Aquele que fala demais. Já viu aqueles profissionais que são os primeiros
a propagar as notícias ou as “fofocas” dentro da empresa? Costumo
chamar tais profissionais de locutores da “rádio peão”. Recebem uma
informação, sequer sabem se são confiáveis, mas passam adiante e o
que é pior, incluindo informações que sequer existiam inicialmente,
alterando totalmente a informação recebida. Cuidado para não ser um
destes.
Aquele que fala mal dos outros são aqueles profissionais, se é que existe
algum profissionalismo nisso, que insistem em falar sobre seus colegas
de trabalho, longe destes é claro, aquilo que com certeza não seriam
capazes de falar na frente deles. Por isso, a regra é: Se você não tem
coragem de falar algo na frente do seu colega, nunca fale pelas suas
costas.
Aquele que vive mal-humorado Esses são, sem dúvida, uns dos mais
evitados pelos outros colaboradores. Existe algo pior do que conviver
com quem vive reclamando da vida ou que vive de mau humor? Pessoas
de “mal com a vida”, repelem as outras pessoas de perto delas. Ninguém
tem a obrigação de estar sorrindo todos os dias, mas isso não significa
que temos o direito de estar sempre de mau humor. A propósito, como
está seu humor hoje?
Aquele que não tem higiene pessoal .Somente o próprio profissional é
capaz de conseguir conviver com ele mesmo. Isso porque o corpo dele
está condicionado a suportar isso. Conheço pessoas, que tem um odor
tão acentuado (falando de forma educada), que não consigo permanecer
mais do que cinco minutos conversando com elas. Um bom banho faria
bem não só a ele, mas como todos a sua volta.
Aquele que não respeita os demais. O respeito aos outros é fundamental
para o convívio em grupo. Já presenciei casos extremos de falta de
respeito, pois existem profissionais que não sabem respeitar seus
colegas. Infelizmente, parte dessas pessoas estão em cargos de direção.
Tive um chefe no meu primeiro emprego que tinha uma campainha para
chamar as pessoas. Quando ele tocava uma vez, secretária atendia,
quando ele tocava duas vezes, era eu, o office-boy. Bem, além de ser
uma falta de respeito usar uma campainha para chamar “seres
humanos” muitas vezes fui chamado lá e ele nem sabia porque tinha me
chamado. A maior lição que tirei disso é que eu não devia nunca mais ter
chefe. Por isso me tornei empreendedor.
17
Aquele que é egoísta. O egoísmo é algo difundido nas empresas até
mesmo porque a competitividade interna é muito grande. Pensar
somente em si mesmo o tempo todo não é a melhor alternativa para o
profissional. Por isso cuidado, pois um dia a vítima pode ser o próprio
egoísta.
Aquele que brinca demais . Brincar é bom, desde que as brincadeiras
sejam saudáveis, num clima de respeito e equilíbrio. Aqueles que
brincam a todo o momento são pessoas extremamente inconvenientes e
irritam quem está a sua volta. Isso tira a credibilidade do profissional e
pode lhe trazer problemas com a ambientalização.
Aqueles que são inflexíveis Já observou aqueles profissionais que são os
únicos que se acham certos? Pois bem, isso é um grande problema para
a convivência em grupo. É importante que todos nós tenhamos em
mente que não estamos certos o tempo todo e nem tampouco
precisamos fazer valer perante os outros as nossas próprias idéias a todo
o momento. As qualificações, comportamentos e atitudes dos bons
profissionais são muitas e estão em constante mudança. Mas com
certeza aqueles que procuram o auto-aprimoramento estarão mais bem
preparados para tornarem-se excelentes profissionais.
ESTÁGIO PROFISSIONAL
18
A Lei 11.788/2008, que revogou a Lei 6.494/77, estabeleceu novas
normas quanto à contratação de estudantes na condição de estagiários.
TRABALHADOR COOPERADO
TRABALHADOR AUTÔNOMO
TRABALHO VOLUNTÁRIO
19
EMPREGADO DOMÉSTICO
Entende-se por empregado doméstico aquele que presta serviços de
natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no
âmbito residencial destas.
Definição
20
necessidades do cliente. Do ponto de vista do cliente, a qualidade está
associada ao valor e à utilidade reconhecidas ao produto, estando em
alguns casos ligada ao preço.
21
marketing, de gestão de pessoal, de faturação, de cobrança ou outros. A
gestão da qualidade envolve a concepção dos processos e dos
produtos/serviços, envolve a melhoria dos processos e o controle de
qualidade. Garantia da qualidade são as ações tomadas para redução de
defeitos. Controle da qualidade são as ações relacionadas com a medição
da qualidade, para diagnosticar se os requisitos estão a ser respeitados e
se os objetivos da empresa estão a ser atingidos.
Mensuração da Qualidade
22
vários estudiosos que formularam teorias e soluções práticas sobre este
assunto.
Segundo Mari (1997), que foi um destes estudiosos, “todas as coisas que
podem ser acessadas por intermédio de nosso conhecimento possuem
um número; pois sem os números não podemos compreender nem
conhecer”. Portanto, assim como os indicadores qualitativos, os
quantitativos são essenciais para o progresso organizacional.
Indicadores estratégicos
Qualidade total
23
Programas de Qualidade
Programa 5S
24
Ferramentas
Macrofluxo
Diagrama de blocos que apresenta de forma resumida todas as etapas do
processo de produção desde o recebimento da matéria-prima até a
obtenção do bem ou prestação do serviço. Permite visualizar o processo
como um todo, sua abrangência e limites.
Fluxograma
Representação gráfica da rotina de um processo de produção através de
símbolos padronizados. Permite o mapeamento individualizado de cada
etapa e, quando necessário, o estudo e racionalização de tempos e
movimentos do processo.
5w 2h
Formulário para execução e controle de tarefas que atribui
responsabilidades e determina as circunstâncias em que o trabalho
deverá ser realizado. Recebeu esse nome devido a primeira letra das
palavras inglesas: what (o
que),who (quem), when (quando), where (onde), why (por que), e das
palavras iniciadas pela letra H, how (como), how much (quanto custa). A
idéia central dessa ferramenta está contida nos versos de I keep six
honest serving-men de Rudyard Kipling, ganhador do Prêmio Nobel de
Literatura em 1907.
Folha de verificação
25
Formulário estruturado para viabilizar e facilitar a coleta e posterior
análise de dados, sobre a frequência com que determinado fato ou
problema ocorre.
Diagrama de Pareto
Gráfico de barras elaborado com base nos dados coletados na Folha de
Verificação, sobre as várias causas de um problema ou vários problemas
inter-relacionados. Permite priorizar problemas separando os muitos
problemas triviais dos poucos vitais. Nos poucos problemas vitais
deverão ser concentrados todo foco e atenção, pois respondem por 80%
dos resultados indesejáveis. Vilfredo Pareto economista e sociólogo
italiano que viveu no século 19 descobriu que 20% da população detem
80% de toda riqueza de um país, premissa universalmente verdadeira,
haja vista que nas empresas - aceitas pequenas variações estatísticas -
20% dos itens estocados respondem por 80% do valor total em estoque,
20% dos clientes respondem por 80% do faturamento total do negócio e
também 20% dos problemas respondem por 80% de todos os resultados
indesejáveis da empresa.
Métodos
Etapas do MASP
Identificação do problema: Definir claramente o problema e reconhecer
sua importância. Observação: Investigar as características específicas do
problema com uma visão ampla e sob vários pontos de vista. Análise:
Descobrir as causas fundamentais. Plano de ação: Conceber um plano
para bloquear as causas fundamentais. Ação: Bloquear as causas
fundamentais. Verificação: Verificar se o bloqueio foi efetivo.
Padronização: Prevenir contra o reaparecimento do problema. Conclusão:
Recapitular todo o processo de solução do problema para trabalho futuro.
28
A nominação QVT surgiu a partir dos estudos de Erick Trist na década de
50 no instituto de Tavistock, quando se aplicou uma nova técnica que
organizava o trabalho a partir da relação: indivíduo, trabalho e
organização, ou seja, com estudos realizados sobre sociotécnicos. Ali foi
verificado após os estudos, que as empresas e os sistemas sociais
tinham relações estreitas que foram representadas pelos indivíduos;
onde os sistemas técnicos eram representados pela estrutura
organizacional de forma sistêmica, representada pela liderança e a
tecnologia que eram conduzidas e introduzidas dentro das empresas de
forma estratégica. Markes de Oliveira (1998, p.18): relatou “O estudo
científico da qualidade de vida no trabalho, veio se dar a partir dos
séculos XVIII e XVIIII, através das escolas de administração científica e
relações humanas”. Com base na realidade de um tema discutido cada
vez mais nas empresas HANDY (1995, p.25) declarou: “O problema
começou quando transformamos o tempo em mercadorias, quando
compramos o tempo das pessoas em nossas empresas em vez de
comprar a produção. Quanto mais tempo você vende, nessas condições,
mais dinheiro fará. Então, há uma troca inevitável entre o tempo e o
dinheiro. As empresas, por sua vez, tornam-se exigentes. Querem
menos tempos das pessoas que eles pagam por hora, porém mais das
pessoas que pagam por ano, porque no último caso, cada hora extra
durante o ano é gratuita.”
CONCEITO
29
O conceito de qualidade de vida é muito amplo, podendo ser analisado
em dois aspectos, do ponto de vista das pessoas e no ambiente
empresarial.
30
acidentes de trabalho, aposentadorias por doença, entre outros. O
pensamento clássico da Medicina Ocupacional entendia a saúde do
trabalhador basicamente relacionada ao ambiente físico, cujo contato
com agentes químicos, físicos e biológicos propiciava acidentes e
enfermidades típicas pela especificidade da profissão; atualmente a visão
é mais ampla, sendo o trabalho sujeito a inúmeros condicionantes,
estando as condições de trabalho e sua patologias estreitamente
relacionadas. O interesse de alguns pesquisadores no estresse,
relaciona-se com situações de esgotamento pessoal que vindo causar
interferência na vida do indivíduo, pode ou não comprometer a relação
homem-trabalho.
Qualidade De Vida No Trabalho - Competência das Empresas do
Novo Milênio
-Administradores profissionais;
-Alunos de Administração a partir do 3º. Ano;
-Executivos com formação universitária atuando há mais de 5 anos em
empresas;
-Professores do curso de administração.
32
investem massivamente no tema, principalmente as empresas modelo
“EXAME” – Melhores Empresas para se Trabalhar, que apresenta as que
têm um política organizada de gestão do tema qualidade de vida.
33
3- Encorajar seus funcionários a mudar seus estilos de vida através de
exercícios, boa alimentação e monitoramento da saúde.
Descrição
Estágios
36
São doze os estágios de Burnout:
Necessidade de se afirmar
Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer
tudo sozinho;
Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os
amigos começam a perder o sentido;
Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas
não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes
tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida
da auto-estima é o trabalho;
Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente
desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos,
cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
Recolhimento;
Mudanças evidentes de comportamento;
Despersonalização;
Vazio interior;
Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida
perde o sentido;
E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente
dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é
considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.
Sintomas
37
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento
físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências
no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor,
irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória,
ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.
Diagnóstico
Tratamento
O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade
física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os
sintomas.
Recomendações
* Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios
físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no
estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou tratar a
síndrome de burnout;
* Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para
afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para
resolver o problema;
* Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua
qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Avalie
também a possibilidade de propor nova dinâmica para as atividades
diárias e objetivos profissionais.
Sobre os Sintomas
Burnout é geralmente desenvolvida como resultado de um período de
esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para
recuperação. Pesquisadores parecem discordar sobre a natureza desta
síndrome. Enquanto diversos estudiosos defendem que burnout refere-se
exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e ausência de
38
personalização no trabalho, outros percebem-na como um caso especial
da depressão clínica mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema
(portanto omitindo o componente de despersonalização).
39
trabalhadores que vivem a angústia do cliente e não conseguem ter a
visão de que eles são apenas consumidores.
40
ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo,
satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias, concentração,
autoconfiança e humor.
Um estudo feito entre professores que decidiram não retomar os postos
nas salas de aula no início do ano escolar na Virgínia, Estados Unidos,
revelou que entre as grandes causas de estresse estava a falta de
recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande
de alunos por sala de aula, falta de assistência, falta de apoio e pais
hostis. Em uma outra pesquisa, 244 professores de alunos com
comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a
determinar como o estresse no trabalho afetava as suas vidas. Estas são,
em ordem decrescente, as causas de estresses nesses professores:
Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina;
Atitude e comportamento dos administradores;
Avaliação dos administradores e supervisores;
Atitude e comportamento de outros professores e profissionais;
Carga de trabalho excessiva;
Oportunidades de carreira pouco interessantes;
Baixo status da profissão de professor;
Falta de reconhecimento por uma boa aula ou por estar ensinando bem;
Alunos barulhentos;
Lidar com os pais.
41
Prover os professores com cursos e workshops;
Fazer mais elogios aos professores, reforçar suas práticas e respeitar seu
trabalho;
Dar mais assistência;
Prover os professores com mais oportunidades para saber mais sobre
alunos com comportamentos irregulares e também sobre as opções de
programa para o curso;
Envolver os professores nas tomadas de decisão da escola e melhorar a
comunicação com a escola.
Como se pode ver, o burnout de professores relaciona-se estreitamente
com as condições desmotivadoras no trabalho, o que afeta, na maioria
dos casos, o desempenho do profissional. A ausência de fatores
motivacionais acarreta o estresse profissional, fazendo com que o
profissional largue seu emprego, ou, quando nele se mantém, trabalhe
sem muito apego ou esmero.
O "Burnout" em Enfermeiros
42
Doenças do Trabalho: Estresse
Terminologia
O termo estresse, agaste ou consumição, foi usado por Selye (1976) com
um sentido neutro - nem positivo nem negativo. Ele o definiu como
"reação não-específica do corpo a qualquer tipo de exigência" ou falta de
esportes físicos. A partir dessa definição Selye diferencia dois tipos de
estresse: o eustresse (eustress) ou agaste, que indica a situação em que
o indivíduo possui meios (físicos, psíquicos...) de lidar com a situação, e
o distresse (distress) ou esgotamento, que indica a situação em que a
exigência é maior do que os meios para enfrentá-la. Apesar de ainda ser
usado em inglês, o termo "distresse" caiu quase em desuso, sendo
substituído pelo próprio termo estresse, que passou a ter o sentido
(atual) negativo de desgaste físico e emocional.
43
Os estressores, dependendo do grau de sua nocividade e do tempo
necessário para o processo de adaptação, dividem-se em:
Exemplos de estressores:
desprezo amoroso;
dor e mágoa;
luz forte;
níveis altos de som;
eventos: nascimentos, morte, guerras, reuniões, casamentos, divórcios,
mudanças, doenças crónicas, desemprego e amnésia;
responsabilidades: dívidas não pagas e falta de dinheiro;
trabalho/estudo: intimidação ("bullying"), provas, tráfego lento e prazos
pequenos para projetos;
relacionamento pessoal: conflito e decepção;
estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumo, alcoolismo e insônia;
44
exposição de estresse permanente na infância (abuso sexual infantil).
Teorias do estresse
Reação de emergência
Uma das primeiras teorias do estresse, apresentada pelo fisiologista
Walter Cannon em 1914, ainda antes de a palavra ser utilizada com o
sentido atual, foi a chamada "teoria da luta ou fuga" (fight-or-flight).
Segundo essa teoria em situações de emergência o organismo se
prepara para "o que der e vier", ou seja, para lutar ou fugir, segundo o
caso. Esse tipo de reação foi observado em animais e em humanos.
Estudos empíricos puderam observar um outro tipo de reação, chamado
"busca de apoio" (tend-and-befriend), observado pela primeira vez em
mulheres. Essa outra reação ao estresse caracteriza-se pela busca de
apoio, proteção e amizade em grupos.
45
choque corporal. Outra consequência da inibição da síntese de proteínas
é a inibição do sistema imunológico.
Estágio de resistência: caracterizado pela secreção de somatotrofina e de
corticóides. Gera, com o tempo, um aumento das reações infecciosas.
Estágio de esgotamento: não cessando a fonte de estresse, as glândulas
supra-renais se deformam. Doenças de adaptação podem aparecer.
O modelo de Henry
46
Teoria da manutenção de recursos de Hobfoll
A teoria do grupo de pesquisa de Hobfoll apresenta uma compreensão
mais ampla e mais ligada ao contexto social do estresse. Ela parte do
princípio que o ser humano têm por objetivo manter os recursos pessoais
(ing. resources) que têm e buscam gerar novos. Estresse define-se aqui
como uma reação ao meio ambiente em que ou (1) há uma ameaça de
perda de meios, ou (2) há uma real perda de meios, ou ainda (3) o
aumento de meios esperado fracassa depois de um investimento com o
objetivo de aumentá-los.
O modelo estresse-vulnerabilidade
De acordo com o modelo estresse-vulnerabilidade o irromper de um
transtorno mental ou de uma doença física está ligado, de um lado, à
presença de uma predisposição genética ou adquirida no decorrer da vida
(vulnerabilidade) e, de outro, à exposição a estressores. Quanto maior a
predisposição, menor precisa ser o nível de estresse para que um
distúrbio qualquer irrompa. A relação entre vulnerabilidade e estresse,
no entanto, é mediada pela resiliência, ou seja, a capacidade do
indivíduo de resistir ao estresse. Importante para este tema é o conceito
de salutogênese.
Bibliografia/Links Recomendados
47
BARROSO, João Rodrigues: Qualidade Total: movimentos sinistros para o
domínio do inconsciente. XVII ENAPAD, 1998.
48
MOREIRA, Daniel Augusto.Administração da produção e operações. 5.ed.
São Paulo: Pioneira, 2000.
Taylor, S.E., Klein, L.C., Lewis, B.P., Gruenewald, T.L., Gurung, R.A.R., &
Updegraff, J.A. (2000). "Biobehavioral responses to stress in females:
Tend-and-befriend, not fight-or-flight". Psychological Review, 107, 411-
429.
49