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OS MAIAS – Eça de Queirós

RESUMO POR CAPÍTULOS E POR TÓPICOS

1º Capítulo: págs. 5-31

 Outono de 1875 – Apresentação do Ramalhete, em Lisboa, casa de residência


de Afonso e Carlos. A casa está em restauração para acolher Afonso da Maia
e o seu neto, Carlos da Maia, que acabou de se formar em medicina; págs. 5-11
 Apresentação de Afonso da Maia – retrato físico e psicológico – e do seu gato
Bonifácio; pág. 12-13.
 ANALEPSE (pág. 13 – 95 )

 História da vida de Afonso da Maia, com as suas ideias liberais


contrapostas ao conservadorismo da família; pág. 13
 Caetano, pai de Afonso, expulsa o filho de casa e manda-o para a
quinta de Santa Olávia; pág. 14
 Afonso regressa, faz as pazes com o pai e vai para Inglaterra na
primavera;
 morre Caetano e Afonso regressa a Lisboa; pág.15
 conhece D. Maria Eduarda Runa e casa com ela;
 nasce Pedro da Maia;
 Afonso faz obras em Benfica;
 nos serões entre amigos manifesta-se anti-miguelista e depois de uma
busca da polícia a sua casa parte para Inglaterra, para o exílio; págs.15 e
16
 morre sua mãe e a tia Fanny vai viver com ele para Richmond;
 Afonso interessa-se pela cultura inglesa e pretende viver em Inglaterra
para sempre; pág. 17
 Mas D. Maria Eduarda não é feliz, sente saudades de Lisboa e do sol;
odeia tudo o que é inglês;
 para a educação de Pedro, mandou Afonso vir de Lisboa o Padre
Vasques, por imposição de D. Maria Eduarda; pág. 18
 tristeza de Afonso pela educação de Pedro;
 morre a tia Fanny; pág. 19
 regresso a Benfica;
 caracterização de Pedro; pág. 20
 morte de D. Eduarda Runa; pág. 21
 desgosto de Pedro;
 Pedro apaixona-se por Maria Monforte; pág. 22
 Pedro casa com Maria Monforte contra a vontade de seu pai; págs. 30 e
31

2º Capítulo: Págs. 32- 52

 Pedro parte para Itália com Maria Monforte com vontade de aí se fixar;
pág. 32
 a volubilidade de Maria altera-lhe os planos e fá-lo ir a Paris primeiro e
regressar a Lisboa depois, fixando-se em Arroios, com Maria já grávida;
pág.33
 Pedro escreve uma carta ao pai a tentar fazer as pazes;
 Afonso parte para Santa Olávia para não se encontrar com o filho; pág.
34

1
 Nasce Maria Eduarda Maia;
 o casal vive luxuosamente em Arroios e recebe muitos amigos que
admiram e seduzem Maria; págs. 36/37
 nasce Carlos da Maia; pág. 38
 o casal recebe o italiano Tancredo, ferido na caça por Pedro; pág. 39
 Maria adia a reconciliação com Afonso, que entretanto regressara a
Lisboa; pág. 44
 Pedro volta para o pai, após ter sido abandonado por Maria que foge
com Tancredo, levando consigo a filha e deixando a Pedro o filho
Carlos Eduardo;
 Pedro suicida-se e o velho Afonso recolhe a Santa Olávia, no Douro,
com o seu neto. Pág. 52

3º Capítulo: Págs. 53-86

 Anos mais tarde, o procurador Vilaça, indo a Santa Olávia pela Páscoa,
encontra Afonso rejuvenescido. O neto é o responsável pelo reviver do
ancião, que realiza no neto o modelo de educação que não pudera dar
ao filho; pág. 53
 Carlos tem um preceptor inglês que o educa fora dos hábitos
molengões dos portugueses; págs.57/ 63/66/67/68/72/74
 a sua educação à inglesa contrasta com a educação tradicional de
Eusébiozinho Silveira, um menino da sua idade mas a quem uma
educação de ricaço provinciano faz embiocado, flácido e doente; págs.
68/69/73/75/76/77/78;
 neste encontro, Vilaça dá conta a Afonso da Maia das notícias de Maria
Monforte que, de Paris, lhe trouxera o Alencar; pág.78
 Afonso julga poder recuperar a neta mas, com base no relato de
Alencar, acaba por concluir que ela morrera; pág.83
 morre o velho Vilaça que deixa ao filho, Manuel Vilaça, a procuradoria
da casa dos Maias; págs. 84/85
 passam outros anos sobre estes acontecimentos; pág. 85
 Manuel Vilaça está em Coimbra, acompanhando Carlos e o avô,
quando aquele entra na Universidade, após um exame triunfal; pág. 85/86

4º Capítulo: Págs. 87- 112

 “Carlos ia formar-se em medicina”; pág. 87


 já em pequeno Carlos revelava vocação para médico; págs. 87/88
 em Coimbra, o avô preparara a Carlos uma linda casa em Celas à qual
o seu amigo João da Ega chamou “Paços de Celas”; pág. 89
 Carlos leva em Coimbra uma vida de estudante rico, que o torna
querido dos fidalgos, ao mesmo tempo que alinha com as ideias mais
avançadas de então; págs. 89/90
 o avô ia, às vezes, passar uns dias a Celas e era admirado pelos
colegas de Carlos; págs. 90/91
 referência do destino de personagens presentes na infância de Carlos;
pág. 91;
 descrição de João da Ega, grande amigo de Carlos; pág. 92
 aventuras amorosas de Carlos; págs. 93/94
 formatura de Carlos, grande festa em Celas; pág.95

2
 terminado o curso, Carlos faz uma longa viagem de catorze meses pela
Europa; págs. 95/96
 chega finalmente a Lisboa e instala-se no Ramalhete – Outono de 1875;
pág. 95 FIM DA ANALEPSE

 descrição de Carlos; pág. 96


 Carlos traz grandes ideias de trabalho útil mas tem dificuldade em
decidir o que em concreto irá fazer; págs. 97/98 ( DILETANTISMO)
 acaba por instalar um laboratório para a investigação e por montar um
consultório para o exercício da clínica; págs. 99/100
 mas em breve se apercebe de que é tempo perdido o que passa no
consultório, à espera de doentes que não aparecem; pág.103
 é aí que o vai encontrar João da Ega, regressado da Foz; pág. 104
 descrição de Ega; pág. 105
 referência a Raquel Cohen; pág. 106
 apresentação de outras personagens: Steinbroken (ministro da
Finlândia), Taveira (empregado no Tribunal de Contas), Cruges
(maestro, pianista), o marquês de Souselas, o Craft; págs. 107/108
 Ega critica Portugal; pág. 109
 Ega quer publicar o seu livro Memórias de um átomo; pág. 111

5º Capítulo: Págs. 113-144

 Carlos obtém o seu primeiro êxito clínico curando a mulher do padeiro


do bairro; pág. 113
 fala-se desse feito no círculo de amigos que animam o serão no
Ramalhete a jogar bilhar e Whist; pág.114
 O laboratório de Carlos fica pronto, mas Carlos não tem tempo para se
ocupar dele; pág. 128
 “De resto, ocupava-se sempre dos seus cavalos, do seu luxo, do seu
bricabraque”; pág. 129
 descrição de Raquel Cohen; pág. 130
 a ideia de criar uma revista, que lhe fora sugerida por Ega, é agora
adiada por este, por andar embevecido nas delícias de um adultério
elegante com a mulher do banqueiro Cohen; pág. 131
 Ega propõe a Carlos conhecer os Gouvarinhos, insinuando que a
condessa estaria muito interessada nele; pág. 135
 descrição da condessa de Gouvarinho; págs. 135 / 141
 Carlos, antevendo a aventura, interessa-se por conhecê-la e pergunta a
Ega; «Então quando nos “gouvarinhamos"?; págs.136/ 141
 descrição de Baptista, criado de Carlos; pág. 137
 Carlos acaba por conhecer primeiro o conde e depois a condessa numa
soirée no teatro S. Carlos; págs. 141 /142

6º Capítulo: Págs. 145-185

 Carlos conhece a Vila Balzac, a casa onde Ega se instalara depois de


deixar o hotel Universal; págs. 145/146
 a casa está ligada à aventura amorosa de Ega com Raquel Cohen;

3
 Carlos já se mostra desinteressado pela condessa de Gouvarinho,
depois de apenas a ter conhecido e diz que não consegue amar; pág.
151
 Ega apresenta Craft a Carlos; pág. 153
 descrição de Craft; pág. 156
 Jantar no Hotel Central; Págs. 156 – 176
 Carlos vê Maria Eduarda pela primeira vez; págs. 156/157
 descrição do Dâmaso; págs. 157/177
 descrição do Alencar; pág. 159
 Carlos trava conhecimento com Alencar, um amigo íntimo de seu pai;
págs.160/161
 descrição do Cohen; pág. 161
 discussão sobre Realismo / Naturalismo; págs. 160/162/163164/172-175
 discussão sobre finanças; págs. 165/166
 discussão sobre política; págs.167-170
 admiração de Dâmaso por Carlos; págs. 176
 Carlos, já em casa, recorda os acontecimentos da noite; o encontro com
Alencar trouxe-lhe à memória a tragédia da sua ascendência, que o
Ega, involuntariamente, lhe revelara em Coimbra, numa noite de
bebedeira; pág.182
 Carlos adormece a pensar em Maria Eduarda. Pág.185

7º Capítulo: Págs. 186-217

 A partir do jantar no Hotel Central, Craft e Dâmaso ficam a fazer parte


dos frequentadores do Ramalhete; págs. 186/187
 caracterização exaustiva de Dâmaso: presunçoso, metediço,
subserviente, vazio, mesquinho, em quem se adivinha um mau
carácter; págs. 187-193
 Ega aparece uma manhã para pedir dinheiro emprestado a Carlos; pág.
195
 insiste com Carlos para que frequente a casa dos Gouvarinhos porque
a condessa está interessada nele; pág. 196
 Ega anuncia também o baile de máscaras que vai ter lugar em casa dos
Cohen; págs. 197/198
 Carlos e Craft dão uma lição de esgrima a Dâmaso que ele detesta;
págs. 200/201
 Dâmaso desaparece por uns tempos e Carlos procura saber dele; pág.
201
 Carlos encontra Steinbroken e, ao passear com ele no Aterro, vê Maria
Eduarda pela segunda vez e olham-se; págs. 202/203
 procura-a de novo no dia seguinte e encontra-a ao lado do marido e
novamente os seus olhos se cruzam; pág. 204
 Carlos recebe no consultório a visita da Gouvarinho que ali leva o filho,
a pretexto de sintomas de doença inexistente; págs.205/206
 o diálogo entre os dois deixa perceber o interesse de um pelo outro;
págs.207-210
 Carlos, convencido de que Dâmaso foi para Sintra com os Castro
Gomes, decide ir para Sintra também, convidando Cruges a
acompanhá-lo. pág. 216

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8º Capítulo: Págs. 218-251

 Carlos parte para Sintra com Cruges como planeara, no intuito de


procurar Maria Eduarda; pág. 218
 Carlos vai hospedar-se no hotel Nunes, onde encontra Eusebiozinho a
almoçar com o seu amigo Palma que Carlos não conhece, e duas
espanholas; pág. 225
 Carlos e Cruges passeiam em Sintra, e Cruges deleita-se com a
paisagem; págs. 232/233
 Carlos pára em frente ao hotel da Lawrence, pensando que está lá
Maria Eduarda; pág. 232
 Encontram Alencar que os acompanha a Seteais, explicando-lhes o
sítio que para ele não tem segredos; pág. 234/235
 Alencar dá-lhes informações sobre Palma, um homem dos jornais com
quem ele já se desentendera; pág. 238
 os planos de passeio de Carlos vão-se ajustando às suposições que ele
faz sobre a localização de Maria Eduarda; pág. 241
 na Lawrence, sabe pelo criado que o casal Castro Gomes partira para
Mafra e iria dali para Lisboa; pág. 243
 agora que sabia que não estava ali a mulher dos seus sonhos, Sintra
perdeu todo o interesse para ele; pág. 243
 Carlos e Cruges jantam na Lawrence com Alencar; págs. 248/249
 regressam a Lisboa. A meio do caminho, Cruges constata que se
esqueceu das queijadas que a mãe lhe tinha pedido; pág.251

9º Capítulo: Págs. 252-299

 Ega aparece no Ramalhete para pedir a Carlos uma espada


emprestada para o baile de máscaras que vai ter lugar à noite, em casa
dos Cohen; pág.255
 Dâmaso aparece também a chamar Carlos para assistir a filha dos
Castro Gomes, que adoecera enquanto os pais partiam para Queluz;
pág.257
 Carlos toma contacto com a intimidade da mulher que ama, ainda na
sua ausência; conhece Rosa, uma linda criança, filha dos Castro
Gomes, e entre eles houve uma simpatia mútua e imediata; págs.
262/263/264
 Dâmaso, entretanto, confia-lhe os seus planos de aventura com a
Castro Gomes logo que o marido se ausentasse para o Brasil. Carlos, a
custo, domina a cólera que o invade contra Dâmaso; pág. 266
 Chega, entretanto, o dia do baile de máscaras dos Cohen para o qual
Ega tanto se preparara. Mas Ega chega subitamente ao Ramalhete
ainda mascarado de demónio e fora de si porque ao chegar ao baile, o
Cohen, que já sabia do romance de sua mulher com Ega, insulta-o,
põe-no fora de casa e ameaça corrê-lo a pontapés; pág.269
 Ega clama por vingança e quer desafiar Cohen para um duelo. Carlos
tenta em vão chamá-lo à razão: o ofendido era o outro; afinal era ele,
Ega, que andava a traí-lo com a mulher; págs. 270/271

5
 Ega não se conforma, quer a opinião de Craft. Partem ambos para os
Olivais. Craft confirma o parecer de Carlos: a haver duelo, é o Cohen
que deve desafiar Ega e este deverá deixar-se ferir ou morrer; pág.274
 Entre os protestos do pobre Ega, Craft convida ambos para cear com
ele. Relutante a princípio, Ega acaba por comer com apetite e por se
embriagar; págs. 276, 277, 278, 279
 Dorme em casa do Craft, enquanto Carlos regressa a Lisboa; pág. 279
 No dia seguinte, os três amigos esperam na Vila Balzac o desafio
(improvável) do Cohen. Quem chega é a Sr.ª Adélia, a criada confidente
de Raquel Cohen, com a notícia: os Cohen iam partir para Inglaterra
depois de, na véspera, a seguir à festa, o senhor ter dado uma coça na
senhora. À pergunta de Ega sobre quem terá contado ao Cohen, Adélia
responde que foi a própria Raquel, a sonhar alto; págs.283/ 284
 Terminado o seu romance, cheio de dívidas, e com Lisboa inteira a
troçar dele, Ega parte para Celorico depois de, com dois contos de reis
emprestados por Carlos, se ter desenvencilhado dos credores; págs. 288/
289
 Carlos continua a pensar na misteriosa mulher cuja filha visitara. Mas
sentia repugnância em pedir a Dâmaso que lha apresentasse; pág.292
 Começa entretanto a frequentar a casa da condessa Gouvarinho. E,
numa bela tarde, “Carlos achou-se com os lábios nos lábios dela”; págs.
293 – 297

10º Capítulo: Págs. 300-344

 Há três semanas que Carlos se encontra com a condessa de


Gouvarinho e começa e enjoar desta relação; págs. 300-302
 até porque não lhe sai do pensamento a mulher que tinha ido em vão
procurar a Sintra e que, ao longo daquelas três semanas, tinha visto
duas vezes; pág. 304
 durante um jantar no Ramalhete, em que o tema da conversa eram as
corridas de cavalos que se preparavam, concebe, para a encontrar, um
plano em que o Dâmaso convidaria o casal a visitar a quinta do Craft
nos Olivais. Dâmaso concorda mas chega o dia das corridas sem que
ele tenha trazido a resposta dos Castro Gomes; pág. 310
 De mau humor, Carlos vai às corridas no Hipódromo de Belém; pág.
312 - 343
 Visão caricatural do espaço físico e social;
 contradição flagrante entre o ser e o parecer da sociedade;
 a condessa de Gouvarinho aparece nas corridas e faz uma proposta a
Carlos de passar uma noite com ela. Entediado a princípio, acaba por
aceitar; pág. 329/330/340
 Carlos, por divertimento, aposta num cavalo e, contra todas as
expectativas, acaba por ganhar uma pequena fortuna; pág. 336
 sabe finalmente pelo Dâmaso que o Castro Gomes partira para o Brasil,
deixando a mulher em Lisboa, e que esta vive num andar arrendado da
casa do Cruges; pág. 338
 Informado disto, Carlos resolve passar por casa do Cruges no regresso,
para, ao menos, subir as escadas que a mulher dos seus sonhos
também pisava; pág. 342
 Ao chegar ao Ramalhete, é agradavelmente surpreendido com um
bilhete em que a Madame Castro Gomes lhe pede que vá, na manhã

6
seguinte, ver uma pessoa de família que se achava incomodada; pág.
343

11º Capítulo: Págs. 345-380

 Carlos realiza, finalmente, o sonho de se encontrar com a Sr.ª Castro


Gomes que, afinal, se chama Maria Eduarda, conforme ele vem a
saber. A casa desta denuncia o bom gosto de quem a habita; págs. 345-
348
 a doente é a governanta inglesa, Miss Sara, que Carlos observa e em
quem diagnostica uma bronquite ligeira; págs. 350/351
 o passar da receita é um pretexto para Carlos e Maria Eduarda terem
uma primeira conversa em que aquele fica a conhecer alguns
pormenores da vida desta, sem, no entanto, entrarem em intimidades;
págs. 352-356
 a despedida dela é “até amanhã” – e assim se inicia entre ambos a
relação que constitui o cerne do romance. pág. 357
 Carlos, ao ir, contrariado, ao encontro da Gouvarinho, conforme estava
acertado entre ambos, encontra Dâmaso na estação e este julga que
Carlos se foi lá despedir dele por ele estar de partida para Penafiel para
ir ao funeral de um tio; pág. 361
 entretanto, chega a condessa Gouvarinho à estação, acompanhada do
marido que resolveu ir com ela ao Porto. Carlos vê-se, assim, livre de a
acompanhar; pág.363
 Carlos recebe cartas da condessa nas quais ela lhe diz que o seu pai
teve uma apoplexia e que está retida no Porto a cuidar dele; pág. 365
 assim, os encontros entre Carlos e Maria Eduarda sucedem-se
diariamente, e ele tem oportunidade de a conhecer melhor; págs. 365-370
 o seu carácter piedoso faz lembrar a Carlos o avô; pág.368
 no entanto, entre ambos fica tacitamente estabelecido que aquela
relação não devia ultrapassar a pura estima; pág. 370
 falam de Dâmaso e Carlos constata que, afinal, ao contrário do que
aquele lhe contava, Mª Eduarda não o suporta; pág. 368
 num desses encontros, o criado anuncia a chegada de Dâmaso, que Mª
Eduarda prontamente manda entrar; pág. 373
 Carlos apercebe-se da frieza com que Dâmaso é tratado por Mª
Eduarda; págs. 373-375
 Dâmaso manifesta depois, no Ramalhete, o seu despeito por aquilo que
considera uma intromissão em propriedade própria; págs. 377-378
 mas o ambiente do Ramalhete vai apaziguando Dâmaso, e o capítulo
fecha com a previsão do escândalo que se adivinha com o regresso de
Ega a Lisboa onde também já se encontram os Cohen; págs. 379/380

12º Capítulo: Págs. 381-419

 Ega regressa a Lisboa e fica instalado no Ramalhete. Tendo viajado


com os Gouvarinhos, quis saber do adivinhado romance de Carlos com
a condessa, e transmitir-lhe o convite do casal para jantarem na
segunda-feira; págs. 381/382
 Carlos pergunta a Ega pela sua comédia “Lodaçal” e este responde-lhe
que desistiu dela por ser feroz demais e por o fazer «remexer na
podridão lisboeta, mergulhar outra vez na sarjeta humana...»; pág. 383

7
 em conversa com Afonso, Ega queixa-se do país e da imbecilidade
nacional; pág.384
 Afonso pede a Ega e a Carlos que façam qualquer coisa pelo país; pág.
385
 antes do jantar dos Gouvarinhos, Carlos tivera com a condessa um
encontro pouco agradável, entre beijos frios e recriminações inúteis;
pág.386
 Quando vai a caminho do jantar na casa dos Gouvarinhos, Ega
pergunta-lhe que romance é aquele com a brasileira. Ega soubera pelo
Dâmaso que dava uma versão notavelmente distorcida; págs. 386/387
 Carlos repõe a “sua” verdade sem, no entanto, se abrir com o amigo
quanto aos sentimentos que o animam. Mas fica inquieto com a
badalação do Dâmaso, tanto mais que no jantar também a Gouvarinho
alude à brasileira; págs. 387/ 389
 Carlos consegue despistar as suspeitas da condessa, mas o preço que
isso lhe custa é uma manhã de forçado amor com ela no dia seguinte;
pág.401
 No jantar, Ega provoca Sousa Neto que desconhece as teorias de
Proudhon; pág. 398
 durante o jantar, evidencia-se a ignorância da classe dirigente aqui
representada por Sousa Neto e pelo conde Gouvarinho;
 na tarde seguinte, às cinco horas, Carlos, que se demorara de mais em
casa da titi com a condessa, voou para casa de Mª Eduarda. Ela
acabara de regressar, e dá-lhe a entender que esperava mais cedo a
sua visita, o que provoca em Carlos a certeza de que os sentimentos
que nutre por ela são correspondidos; pág. 403
 a conversa com Maria Eduarda é interrompida pelo criado que anuncia
a chegada do Sr. Dâmaso. Mª Eduarda recusa-se simplesmente
recebê-lo; pág. 406
 A conversa deriva então para os inconvenientes daquela casa, ali ao
lado do Grémio e tão perto do Chiado, e «demasiadamente acessível
aos importunos». M.ª Eduarda pergunta a Carlos se não sabe de uma
casinha no campo onde ela possa ir passar os meses de verão com
Rosa, sua filha, para esta ter espaço para brincar; pág. 406
 Carlos imediatamente concebe a ideia de comprar ao Craft as suas
colecções, e de lhe alugar a casa por um ano, e dá conta a Maria desse
projecto: ela iria passar o verão numa bela quinta dos Olivais; págs.
407/408
 a gratidão que ela demonstra é o pretexto para Carlos lhe confessar o
seu amor e saber que é correspondido. Com o entusiasmo, nem deixa
Mª Eduarda contar-lhe qualquer coisa que ela entende dever ele saber;
pág. 409
 logo ali, para Carlos, o destino daquele amor seria a fuga, como única
solução digna e séria; pág. 411
 no dia seguinte, tudo fica arrumado com o Craft; pág. 412
 Carlos, muito entusiasmado, vai ter com Mª Eduarda e com Rosa para
lhes anunciar que lhes arranjara definitivamente uma linda casa no
campo; pág. 413
 M.ª Eduarda, embora contente, questiona Carlos acerca das despesas
e da sua instalação na casa e este, a princípio embaraçado, acaba por
a sossegar dizendo-lhe que o que toda a gente sabe é que ele tem uma
casa no campo que vai alugar a uma senhora e afasta, como
descabida, a ideia de ser ela a pagar as despesas; págs. 414/415
 o avô aprova o negócio do neto: afinal, são valores com que a casa dos
Maias se enriquece; pág. 415

8
 de tudo isto, Ega conhece apenas o que é possível ver do exterior: até
aí, Carlos, que sempre o tivera como confessor para as suas aventuras,
não lhe dissera uma palavra sobre o assunto. Finalmente, naquela
noite, foi a confidência. E Ega apercebe-se de que aquele caso é, em
tudo e por tudo, diferente dos anteriores; págs. 417-419

13º Capítulo: Págs. 420-446

 Carlos prepara-se para ir aos Olivais, à quinta que Mª Eduarda visitará


no dia seguinte, quando recebe uma carta da Gouvarinho a queixar-se
de que ele já por duas vezes faltara a encontros na casa da titi. Ega
aconselha-o a acabar tudo com ela; págs. 420/421
 Ega dá conta a Carlos da bisbilhotice do Dâmaso acerca da relação
daquele com Mª Eduarda; diz-lhe que Dâmaso anda por toda a Lisboa a
falar mal dele e de Mª Eduarda, insinuando que ela é uma aventureira
que só anda com Carlos por dinheiro; pág. 422
 Carlos visita os Olivais para ver se está tudo preparado para receber Mª
Eduarda; págs. 422/423
 ao regressar da quinta, encontra Alencar, que já não via desde as
corridas, e este confirma-lhe os boatos do Dâmaso; pág. 425
 nem de propósito, do outro lado da rua passa o Dâmaso,
acompanhando o Gouvarinho e o Cohen, diante dos quais Carlos o
ameaça de lhe arrancar as orelhas caso ele persista em continuar o
falatório. Dâmaso tem, naturalmente, a reacção de cobarde que era de
esperar; pág. 426
 No dia seguinte, Carlos e Mª Eduarda encontram-se a sós na quinta
dos Olivais. Visitam demoradamente a casa e ela vai fazendo as suas
críticas e sugestões que Carlos toma como ordens; págs. 429-438
 a visita termina numa longa sesta para os dois: para sossego dela,
Carlos tapa com a coberta um quadro onde se via a cabeça degolada
de S. João Baptista e que muito a impressionara... pág. 438
 o aniversário de Afonso da Maia reuniu no Ramalhete, no dia a seguir
àquele, o habitual grupo de amigos para o jantar. Ao serão, Carlos é
avisado de que à porta, numa carruagem, alguém lhe quer falar. Era a
Gouvarinho que vinha pedir explicações; pág. 441
 Carlos, embaraçado, tenta não a magoar e acobarda-se de lhe anunciar
o rompimento; págs. 442-445
 mas lembrando-se de Maria, acaba por a repelir violentamente e ela,
despeitada, manda-o sair da tipóia; pág. 446

14º Capítulo: Págs. 447-502

 No mesmo dia em que o avô parte para Santa Olávia, Carlos instala Mª
Eduarda na casa dos Olivais e fica em Lisboa só com o Ega, que
depressa o abandona e se dirige a Sintra, onde os Cohen passam o
verão; págs. 447/448
 Carlos fica assim de todo livre para se dedicar a Maria: dormia no
Ramalhete e, após o almoço, seguia para os Olivais, onde fazia longas
sestas com Maria no quiosque japonês, enquanto Miss Sara se
encarregava das lições de Rosa; págs. 454-456

9
 o desejo de ficarem juntos mais tempo faz com que Carlos comece a
voltar furtivamente depois do jantar, recolhendo de madrugada a Lisboa,
e acaba por alugar uma pequena casa ali mesmo nos Olivais; págs. 457/40
 começaram então a encontrar-se todas as noites; pág. 460
 Craft, entretanto, regressa de Santa Olávia e fala a Carlos do grande
desgosto do avô por ele não se ter dignado aparecer; págs. 465/466
 com a aprovação de Maria, Carlos resolve dar um pulo a Santa Olávia –
afinal, deixar o avô para seguir Maria já seria um rude golpe; pág. 467
 no dia da partida, e a pedido dela, Carlos leva Maria a visitar o Ramalhete
e ali jantam os dois. É durante a visita à casa que Maria, a propósito de
ver o retrato de Pedro da Maia e de não o achar parecido com Carlos, se
lembra de dizer a Carlos que, por vezes, ele lhe faz lembrar a sua mãe;
págs. 470/471
 é lá que se dá o primeiro encontro de Maria Eduarda com o Ega, que
entretanto regressara de Sintra; pág.472
 Carlos ficou poucos dias em Santa Olávia. Quando regressa, recebe no
Ramalhete a visita de Castro Gomes: recebera este uma carta anónima e
vinha simplesmente dizer a Carlos que Maria não era sua mulher, ele não
era o pai de Rosa, Maria viera de outros braços e, para a ter nos seus,
emprestara-lhe o nome e pagara-a. Na situação presente, limitava-se a
tirar-lhe o nome e a suspender-lhe a paga; págs. 477-482
 Carlos fica terrivelmente humilhado: afinal, a mulher por quem se
dispunha a tudo sacrificar não passava de uma vulgar cocotte. Desabafa
com Ega e concebe planos de desforra: um cheque de pagamento e
breves linhas frias como gelo; págs. 484-487
 acaba por resolver deslocar-se pessoalmente aos Olivais; pág. 491
 no caminho, encontra Mélanie, a criada de Maria, e por ela sabe que
Castro Gomes estivera nos Olivais e que a senhora ficara muito
transtornada. De resto, Mélanie podia garantir que desde que viera para
os Olivais, a senhora não gastara um tostão do que Castro Gomes lhe
mandava – a senhora vivia das suas jóias; págs. 494/495
 no encontro com Maria, Carlos recrimina-a cruelmente. As suas lágrimas,
as suas explicações e a dignidade que assume acabam por o convencer
de que ela não é a mulher vulgar que ele estava a imaginar. Além disso,
ela diz-lhe que tentou contar-lhe mas que lhe faltou a coragem; págs. 496-
502
 a discussão termina com Carlos a pedir Maria em casamento; pág. 502

15º Capítulo: Págs. 503-581

 No dia seguinte, após o almoço, Maria faz questão de contar a Carlos


toda a sua história; págs. 506-512
 Carlos dá, entretanto, conta a Ega de tudo o que se passou, e faz notar
que o que só lhe custa para realizar a sua felicidade é o desgosto que o
avô irá ter; o bom velho não iria perdoar a Maria o seu passado; págs. 515-
517
 Ega sugere então a Carlos que espere pela morte de Afonso para se
casar, de forma a poupar o velho a um desgosto; e enquanto espera, que
vá gozando o romance com Maria; págs.517/518
 Ega é o primeiro dos amigos de Carlos a ser admitido na intimidade da
Toca. Mas outros se seguiram, e aquele fim de Verão foi de verdadeira
felicidade para Carlos; págs. 519-529
 até ao dia em que na Corneta do Diabo, o jornal de Palma Cavalão, um
artigo reles apareceu a insultar Carlos e a sua relação com Maria. Ega

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consegue suspender a tiragem e avisar Carlos, a quem faz chegar um
dos poucos exemplares que saíram; págs. 530/531
 Carlos fica furioso e abalado e o seu único pensamento é matar o autor
do artigo; pág. 531
 em passeio por Lisboa com Maria e com Ega, viram o tio de Dâmaso, o
Sr. Guimarães, que cumprimentou Maria, parecendo admirado por a ver;
pág.537
 em relação ao caso do jornal, Ega acha que a solução é comprar o Palma
(o mesmo que Carlos encontrara em Sintra com Eusébiozinho e as
espanholas) e obrigá-lo a dizer o nome do inspirador daquele artigo; págs.
538
 no jornal, e a troco de cem mil reis, Palma dá o nome de Dâmaso
Salcede e fornece as provas: os papéis que mostra com o rascunho do
artigo têm a letra do Dâmaso, imediatamente reconhecida por Ega; págs.
540-542
 Carlos pensa que chegou a altura de esmagar Dâmaso. Manda Ega e
Cruges desafiá-lo para um duelo, com a alternativa de assinar uma carta
a declarar-se um infame; pág. 544
 Ega e Cruges vão a casa do Dâmaso e este, assustado, acaba por
assinar uma carta redigida por Ega na qual se confessa um bêbedo
incorrigível, sendo esse um mal de família; págs. 551-561
 Carlos sente-se vingado e Ega também dos suspeitados amores do
Dâmaso com a sua Raquel Cohen; págs. 562/563
 aliás, a vingança do Ega só fica completa quando consegue a publicação
da carta no jornal A tarde; pág. 571
 Ega critica a incompetência do jornalismo que se faz em Portugal;
págs.575/ 576
 Maria Eduarda regressa a Lisboa, no fim do Verão, para o primeiro andar
da Rua de S. Francisco, alugado por mais seis meses; pág. 564
 a Afonso da Maia, entretanto também regressado de Santa Olávia, Carlos
e Ega contam o episódio do artigo e da carta de Dâmaso, ocultando os
pormenores comprometedores dos amores de Carlos; pág. 581

16º Capítulo: Págs. 582-625

 Com Maria já instalada na Rua de S. Francisco, no fim do jantar, Ega


insistia com Carlos para irem ao Sarau de beneficência que se
realizava no Trindade em favor das vítimas das cheias; pág. 582
 Maria tocava piano e Ega apreciava-a e pensava na felicidade ditosa de
Carlos; pág.583
 Carlos, a princípio, não queria ir ao sarau mas, lembrando-se da
actuação do amigo Cruges, acompanha Ega; pág.585
 já no teatro, ouvem o discurso inflamado de Rufino, um deputado
bacharel transmontano, que revela falta de originalidade utilizando uma
retórica oca e balofa, sendo, no entanto, muito aplaudido pelo público;
págs. 587-590
 Ega, pela mão de Alencar, conhece o Sr. Guimarães, o tio de Dâmaso,
que, sentindo-se atingido com a célebre carta redigida por Ega, lhe
pede satisfações; o sobrinho alegara que a assinara sob coacção. Mas,
sabendo-o mentiroso, o Sr. Guimarães apenas desejava que o Sr. Ega
declarasse que não o considerava bêbado – coisa que o Ega fez sem
dificuldade, pois, além do mais, simpatizava com aquele patriarca
anarquista e republicano; págs. 592-594

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 Cruges toca a sonata patética de Beethoven, que o público desconhece;
uma das irmãs Pedroso chama-lhe mesmo sonata pateta, provocando o
riso geral; pág. 596
 ouvem também o discurso do Alencar sobre a democracia romântica;
pág. 607
 Carlos, apercebendo-se da saída de Eusébiozinho do sarau, foi-lhe no
encalço e cobrou-lhe com uma tareia a intervenção que aquele tivera no
caso da Corneta do Diabo; pág.606
 mas, quando se tratou de regressarem a casa, Carlos e Ega
desencontraram-se e Ega, caminhando com Cruges, pela Rua Nova da
Trindade, ouviu o Sr. Guimarães a chamá-lo; pág. 613/614
 o Sr. Guimarães sabia da grande amizade entre Ega e Carlos da Maia.
E ele, Sr. Guimarães, a quem, em França, chamavam M. de Guimaran,
fora muito amigo, em Paris, da mãe de Carlos, que lhe confiara, antes
de morrer, um cofre onde estariam, segundo ele, papéis importantes.
Como estava de partida, pedia ao Sr. Ega que entregasse o cofre ou ao
Sr. Carlos ou à irmã. E, perante a estupefacção de Ega, o Sr.
Guimarães revela-lhe inocentemente que Maria Eduarda é irmã de
Carlos da Maia, pensando que Ega sabia; págs.614-616
 Ega disfarça e arranca do Sr. Guimarães a história que, em tudo, condiz
com a história que Maria Eduarda contara a Carlos. E, de posse do
cofre, correndo para o Ramalhete, Ega vê, incrédulo e atordoado, a
enormidade da situação: Carlos amante de sua própria irmã! Que
fazer? Indeciso primeiro, toma depois a resolução de não pactuar com
essa situação hedionda e de contar tudo ao Vilaça, o procurador dos
Maias, para que seja este a dar a notícia ao Carlos; págs. 617-625

17º Capítulo: Págs. 626-687

 Ega acordou cedo. Mas, passada a noite, o caso pareceu-lhe não


revestir a urgência com que se lhe apresentara na véspera, hesitando
mesmo contar tudo ao Vilaça; pág. 626
 Carlos entrou no quarto de Ega e mostrou-se admirado por este se
levantar tão cedo. Ega ainda pensou em contar-lhe tudo caso Carlos
reparasse no cofre da Monforte mas Carlos não reparou em nada;
pág.627
 Ega foi então a casa do Vilaça mas este não estava, o que lhe deu mais
um pretexto para ele adiar a notícia; pág.629
 só depois do almoço conseguiu enfim conversar com o procurador a
quem contou tudo, entregando-lhe a caixa; págs. 631/632
 o procurador via as coisas mais pelo lado prático do dinheiro e farejava
golpe para se apoderarem da avultada herança dos Maias; págs. 632/633
 Vilaça rendeu-se, finalmente, às evidências: a caixa continha, entre
outras coisas, uma declaração solene em que Maria Monforte da Maia
(assim assinava) declarava que Maria Eduarda era filha de Pedro da
Maia; pág.636
 só no dia seguinte é que Vilaça, atrapalhadamente, falou com Carlos;
este, sem perceber nada, ou sem querer perceber, pede uma
explicação a Ega que lhe confirma a história; págs. 640/641
 Carlos fica muito transtornado e vendo o avô entrar no quarto, põe-no
ao corrente do que se passa, tentando encontrar no velho o alívio de

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um desmentido. Mas o avô, trémulo e perturbado com a notícia, nada
sabia: sempre pensara que a neta morrera; págs. 643-645
 A causa da perturbação de Afonso conhecemo-la logo que ele
confidencia a Ega que sabia que Carlos e aquela mulher eram amantes.
Na verdade, se a notícia fosse unicamente o aparecimento de uma
neta, Afonso não reagiria mal; pág. 646 (diz Ega a Carlos: «Parece-me
que teu avô desconfia…o caso fez-lhe a impressão de uma
catástrofe…E, se não suspeitasse o que há, devia-lhe causar
simplesmente a surpresa de quem descobre uma neta perdida».) pág.
648
 punha-se agora o problema de esclarecer a situação com Maria: Ega
entendia que Carlos devia partir para Santa Olávia e, de lá, escrever
uma carta a contar-lhe tudo; págs. 647/648
 o jantar foi triste, apesar da presença dos amigos habituais. Falou-se do
sarau e de fado; págs. 649-651
 Carlos resolve, entretanto, dirigir-se à Rua de S. Francisco e engendra
um plano de revelação gradual da brutal verdade a Maria Eduarda; págs.
652/653
 uma vez, porém, em casa desta, a paixão domina-o e deita-se com ela,
pela primeira vez já consciente do parentesco; pág.658
 de resto, a viagem para Santa Olávia, sugerida pelo Ega, ia sendo
adiada, e Carlos continuou a passar as noites a dormir com a irmã; pág.
662
 Afonso apercebe-se de que o seu neto continua a encontrar-se com a
irmã, e di-lo a Ega, mostrando-se revoltado e angustiado; pág. 663
 perante este comportamento, Ega resolve ser ele a partir para Celorico:
não podia assistir impávido à incestuosa relação de Carlos com a irmã;
págs. 662/664
 mas Carlos, que por momentos sentira a tentação de deitar a perder
todas as convenções e de fugir com a mulher que sabia ser sua irmã,
começa agora a sentir por ela, no amor, uma certa repugnância física;
pág. 666
 uma noite, ao regressar ao Ramalhete, vindo dos braços de Maria,
Carlos cruzou-se com o avô que o varou com os olhos, sem nada dizer;
págs. 667/668
 Carlos, nessa noite, sente remorsos pelo incesto consciente e tem
ideias de suicídio; pág. 667
 no dia seguinte, de manhã, Afonso é encontrado morto no jardim; págs.
668/669
 Carlos, destroçado, toma a morte do avô como um castigo; pág.671
 prepara-lhe o funeral e pede a Ega que avise Maria do acontecido; págs.
673/674
 parte depois para Santa Olávia e deixa a Ega o encargo de revelar a
Maria a terrível verdade, e de lhe pedir que parta para Paris, dando-lhe,
desde logo, mais que suficiente para ela poder viver; págs. 677/678
 Carlos diz ainda a Ega que, depois de vir de Santa Olávia, tenciona
viajar para se “distrair” e convida Ega a acompanhá-lo; pág.678
 Ega procura Maria Eduarda que se admira mansamente do facto de
Carlos ter partido sem uma palavra para ela; pág. 682
 Ega revela-lhe parte da verdade, pede-lhe que parta para Paris,
entrega-lhe o dinheiro e a carta onde se revelava o terrível segredo,
pedindo-lhe, no entanto, que o dispense de assistir a essa leitura; págs.
682-684
 Maria parte para Paris num vagão-salão que Vilaça reservara para ela.
Ega espera-a em Santa Apolónia e pode testemunhar a dignidade com
que assume a tragédia que a atingiu; págs. 685/686

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 Ega segue no mesmo comboio para o norte. Despedem-se no
Entroncamento, onde Ega a vê pela última vez; pág. 687

18º Capítulo: Págs. 688-716

 Carlos parte com Ega para uma longa viagem através do mundo; pág.
688
 Ega regressa a Lisboa ao fim de um ano e meio, esplêndido e forte; pág.
689
 Carlos fica em Paris, a viver a vida de um príncipe da Renascença; pág.
689
 ao fim de dez anos de ausência, nos fins de 1886, Carlos vem a Lisboa
por duas semanas. É o seu reencontro com todos os velhos conhecidos
e a verificação dos caminhos que cada um fora percorrendo; págs. 690-
696
 no Loreto, com Ega, olha para a «estátua triste de Camões» e constata
que Portugal está na mesma, ao fim de tantos anos de ausência e
refere-se ao choque que recebe quem vem de fora: «Isto é horrível,
quando se vem de fora! Não é a cidade, é a gente. Uma gente
feiíssima, encardida, molenga, reles, amarelada, acabrunhada!...»; pág.
697
 a visita ao Ramalhete é lúgubre e é aqui que Carlos conta a Ega que
Maria Eduarda vai casar com um fidalgo francês, um vizinho, membro
talvez da nobreza rural; págs. 710/711
 esse casamento representava para Carlos o enterro definitivo daquela
atribulada fase da sua vida; pág.712
 ambos concordam então que falharam na vida e que nunca foram mais
do que seres românticos, «isto é, indivíduos inferiores que se governam
na vida pelo sentimento e não pela razão…» ;págs. 713/714
 Carlos dá a sua teoria de vida, uma «teoria definitiva que ele deduzira
da experiência e que agora o governava. Era o fatalismo muçulmano.
Nada desejar e nada recear…Sobretudo, não ter apetites. E, mais que
tudo, não ter contrariedades.»; pág.715
 ambos dizem, assim, que nada os fará apressar o passo; pág. 715
 iam já na rua quando Carlos se apercebe de que estão atrasados para o
jantar, e desatam a correr para apanhar o americano que, entretanto,
viram ao longe. Pág. 716

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