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Pedro parte para Itália com Maria Monforte com vontade de aí se fixar;
pág. 32
a volubilidade de Maria altera-lhe os planos e fá-lo ir a Paris primeiro e
regressar a Lisboa depois, fixando-se em Arroios, com Maria já grávida;
pág.33
Pedro escreve uma carta ao pai a tentar fazer as pazes;
Afonso parte para Santa Olávia para não se encontrar com o filho; pág.
34
1
Nasce Maria Eduarda Maia;
o casal vive luxuosamente em Arroios e recebe muitos amigos que
admiram e seduzem Maria; págs. 36/37
nasce Carlos da Maia; pág. 38
o casal recebe o italiano Tancredo, ferido na caça por Pedro; pág. 39
Maria adia a reconciliação com Afonso, que entretanto regressara a
Lisboa; pág. 44
Pedro volta para o pai, após ter sido abandonado por Maria que foge
com Tancredo, levando consigo a filha e deixando a Pedro o filho
Carlos Eduardo;
Pedro suicida-se e o velho Afonso recolhe a Santa Olávia, no Douro,
com o seu neto. Pág. 52
Anos mais tarde, o procurador Vilaça, indo a Santa Olávia pela Páscoa,
encontra Afonso rejuvenescido. O neto é o responsável pelo reviver do
ancião, que realiza no neto o modelo de educação que não pudera dar
ao filho; pág. 53
Carlos tem um preceptor inglês que o educa fora dos hábitos
molengões dos portugueses; págs.57/ 63/66/67/68/72/74
a sua educação à inglesa contrasta com a educação tradicional de
Eusébiozinho Silveira, um menino da sua idade mas a quem uma
educação de ricaço provinciano faz embiocado, flácido e doente; págs.
68/69/73/75/76/77/78;
neste encontro, Vilaça dá conta a Afonso da Maia das notícias de Maria
Monforte que, de Paris, lhe trouxera o Alencar; pág.78
Afonso julga poder recuperar a neta mas, com base no relato de
Alencar, acaba por concluir que ela morrera; pág.83
morre o velho Vilaça que deixa ao filho, Manuel Vilaça, a procuradoria
da casa dos Maias; págs. 84/85
passam outros anos sobre estes acontecimentos; pág. 85
Manuel Vilaça está em Coimbra, acompanhando Carlos e o avô,
quando aquele entra na Universidade, após um exame triunfal; pág. 85/86
2
terminado o curso, Carlos faz uma longa viagem de catorze meses pela
Europa; págs. 95/96
chega finalmente a Lisboa e instala-se no Ramalhete – Outono de 1875;
pág. 95 FIM DA ANALEPSE
3
Carlos já se mostra desinteressado pela condessa de Gouvarinho,
depois de apenas a ter conhecido e diz que não consegue amar; pág.
151
Ega apresenta Craft a Carlos; pág. 153
descrição de Craft; pág. 156
Jantar no Hotel Central; Págs. 156 – 176
Carlos vê Maria Eduarda pela primeira vez; págs. 156/157
descrição do Dâmaso; págs. 157/177
descrição do Alencar; pág. 159
Carlos trava conhecimento com Alencar, um amigo íntimo de seu pai;
págs.160/161
descrição do Cohen; pág. 161
discussão sobre Realismo / Naturalismo; págs. 160/162/163164/172-175
discussão sobre finanças; págs. 165/166
discussão sobre política; págs.167-170
admiração de Dâmaso por Carlos; págs. 176
Carlos, já em casa, recorda os acontecimentos da noite; o encontro com
Alencar trouxe-lhe à memória a tragédia da sua ascendência, que o
Ega, involuntariamente, lhe revelara em Coimbra, numa noite de
bebedeira; pág.182
Carlos adormece a pensar em Maria Eduarda. Pág.185
4
8º Capítulo: Págs. 218-251
5
Ega não se conforma, quer a opinião de Craft. Partem ambos para os
Olivais. Craft confirma o parecer de Carlos: a haver duelo, é o Cohen
que deve desafiar Ega e este deverá deixar-se ferir ou morrer; pág.274
Entre os protestos do pobre Ega, Craft convida ambos para cear com
ele. Relutante a princípio, Ega acaba por comer com apetite e por se
embriagar; págs. 276, 277, 278, 279
Dorme em casa do Craft, enquanto Carlos regressa a Lisboa; pág. 279
No dia seguinte, os três amigos esperam na Vila Balzac o desafio
(improvável) do Cohen. Quem chega é a Sr.ª Adélia, a criada confidente
de Raquel Cohen, com a notícia: os Cohen iam partir para Inglaterra
depois de, na véspera, a seguir à festa, o senhor ter dado uma coça na
senhora. À pergunta de Ega sobre quem terá contado ao Cohen, Adélia
responde que foi a própria Raquel, a sonhar alto; págs.283/ 284
Terminado o seu romance, cheio de dívidas, e com Lisboa inteira a
troçar dele, Ega parte para Celorico depois de, com dois contos de reis
emprestados por Carlos, se ter desenvencilhado dos credores; págs. 288/
289
Carlos continua a pensar na misteriosa mulher cuja filha visitara. Mas
sentia repugnância em pedir a Dâmaso que lha apresentasse; pág.292
Começa entretanto a frequentar a casa da condessa Gouvarinho. E,
numa bela tarde, “Carlos achou-se com os lábios nos lábios dela”; págs.
293 – 297
6
seguinte, ver uma pessoa de família que se achava incomodada; pág.
343
7
em conversa com Afonso, Ega queixa-se do país e da imbecilidade
nacional; pág.384
Afonso pede a Ega e a Carlos que façam qualquer coisa pelo país; pág.
385
antes do jantar dos Gouvarinhos, Carlos tivera com a condessa um
encontro pouco agradável, entre beijos frios e recriminações inúteis;
pág.386
Quando vai a caminho do jantar na casa dos Gouvarinhos, Ega
pergunta-lhe que romance é aquele com a brasileira. Ega soubera pelo
Dâmaso que dava uma versão notavelmente distorcida; págs. 386/387
Carlos repõe a “sua” verdade sem, no entanto, se abrir com o amigo
quanto aos sentimentos que o animam. Mas fica inquieto com a
badalação do Dâmaso, tanto mais que no jantar também a Gouvarinho
alude à brasileira; págs. 387/ 389
Carlos consegue despistar as suspeitas da condessa, mas o preço que
isso lhe custa é uma manhã de forçado amor com ela no dia seguinte;
pág.401
No jantar, Ega provoca Sousa Neto que desconhece as teorias de
Proudhon; pág. 398
durante o jantar, evidencia-se a ignorância da classe dirigente aqui
representada por Sousa Neto e pelo conde Gouvarinho;
na tarde seguinte, às cinco horas, Carlos, que se demorara de mais em
casa da titi com a condessa, voou para casa de Mª Eduarda. Ela
acabara de regressar, e dá-lhe a entender que esperava mais cedo a
sua visita, o que provoca em Carlos a certeza de que os sentimentos
que nutre por ela são correspondidos; pág. 403
a conversa com Maria Eduarda é interrompida pelo criado que anuncia
a chegada do Sr. Dâmaso. Mª Eduarda recusa-se simplesmente
recebê-lo; pág. 406
A conversa deriva então para os inconvenientes daquela casa, ali ao
lado do Grémio e tão perto do Chiado, e «demasiadamente acessível
aos importunos». M.ª Eduarda pergunta a Carlos se não sabe de uma
casinha no campo onde ela possa ir passar os meses de verão com
Rosa, sua filha, para esta ter espaço para brincar; pág. 406
Carlos imediatamente concebe a ideia de comprar ao Craft as suas
colecções, e de lhe alugar a casa por um ano, e dá conta a Maria desse
projecto: ela iria passar o verão numa bela quinta dos Olivais; págs.
407/408
a gratidão que ela demonstra é o pretexto para Carlos lhe confessar o
seu amor e saber que é correspondido. Com o entusiasmo, nem deixa
Mª Eduarda contar-lhe qualquer coisa que ela entende dever ele saber;
pág. 409
logo ali, para Carlos, o destino daquele amor seria a fuga, como única
solução digna e séria; pág. 411
no dia seguinte, tudo fica arrumado com o Craft; pág. 412
Carlos, muito entusiasmado, vai ter com Mª Eduarda e com Rosa para
lhes anunciar que lhes arranjara definitivamente uma linda casa no
campo; pág. 413
M.ª Eduarda, embora contente, questiona Carlos acerca das despesas
e da sua instalação na casa e este, a princípio embaraçado, acaba por
a sossegar dizendo-lhe que o que toda a gente sabe é que ele tem uma
casa no campo que vai alugar a uma senhora e afasta, como
descabida, a ideia de ser ela a pagar as despesas; págs. 414/415
o avô aprova o negócio do neto: afinal, são valores com que a casa dos
Maias se enriquece; pág. 415
8
de tudo isto, Ega conhece apenas o que é possível ver do exterior: até
aí, Carlos, que sempre o tivera como confessor para as suas aventuras,
não lhe dissera uma palavra sobre o assunto. Finalmente, naquela
noite, foi a confidência. E Ega apercebe-se de que aquele caso é, em
tudo e por tudo, diferente dos anteriores; págs. 417-419
No mesmo dia em que o avô parte para Santa Olávia, Carlos instala Mª
Eduarda na casa dos Olivais e fica em Lisboa só com o Ega, que
depressa o abandona e se dirige a Sintra, onde os Cohen passam o
verão; págs. 447/448
Carlos fica assim de todo livre para se dedicar a Maria: dormia no
Ramalhete e, após o almoço, seguia para os Olivais, onde fazia longas
sestas com Maria no quiosque japonês, enquanto Miss Sara se
encarregava das lições de Rosa; págs. 454-456
9
o desejo de ficarem juntos mais tempo faz com que Carlos comece a
voltar furtivamente depois do jantar, recolhendo de madrugada a Lisboa,
e acaba por alugar uma pequena casa ali mesmo nos Olivais; págs. 457/40
começaram então a encontrar-se todas as noites; pág. 460
Craft, entretanto, regressa de Santa Olávia e fala a Carlos do grande
desgosto do avô por ele não se ter dignado aparecer; págs. 465/466
com a aprovação de Maria, Carlos resolve dar um pulo a Santa Olávia –
afinal, deixar o avô para seguir Maria já seria um rude golpe; pág. 467
no dia da partida, e a pedido dela, Carlos leva Maria a visitar o Ramalhete
e ali jantam os dois. É durante a visita à casa que Maria, a propósito de
ver o retrato de Pedro da Maia e de não o achar parecido com Carlos, se
lembra de dizer a Carlos que, por vezes, ele lhe faz lembrar a sua mãe;
págs. 470/471
é lá que se dá o primeiro encontro de Maria Eduarda com o Ega, que
entretanto regressara de Sintra; pág.472
Carlos ficou poucos dias em Santa Olávia. Quando regressa, recebe no
Ramalhete a visita de Castro Gomes: recebera este uma carta anónima e
vinha simplesmente dizer a Carlos que Maria não era sua mulher, ele não
era o pai de Rosa, Maria viera de outros braços e, para a ter nos seus,
emprestara-lhe o nome e pagara-a. Na situação presente, limitava-se a
tirar-lhe o nome e a suspender-lhe a paga; págs. 477-482
Carlos fica terrivelmente humilhado: afinal, a mulher por quem se
dispunha a tudo sacrificar não passava de uma vulgar cocotte. Desabafa
com Ega e concebe planos de desforra: um cheque de pagamento e
breves linhas frias como gelo; págs. 484-487
acaba por resolver deslocar-se pessoalmente aos Olivais; pág. 491
no caminho, encontra Mélanie, a criada de Maria, e por ela sabe que
Castro Gomes estivera nos Olivais e que a senhora ficara muito
transtornada. De resto, Mélanie podia garantir que desde que viera para
os Olivais, a senhora não gastara um tostão do que Castro Gomes lhe
mandava – a senhora vivia das suas jóias; págs. 494/495
no encontro com Maria, Carlos recrimina-a cruelmente. As suas lágrimas,
as suas explicações e a dignidade que assume acabam por o convencer
de que ela não é a mulher vulgar que ele estava a imaginar. Além disso,
ela diz-lhe que tentou contar-lhe mas que lhe faltou a coragem; págs. 496-
502
a discussão termina com Carlos a pedir Maria em casamento; pág. 502
10
consegue suspender a tiragem e avisar Carlos, a quem faz chegar um
dos poucos exemplares que saíram; págs. 530/531
Carlos fica furioso e abalado e o seu único pensamento é matar o autor
do artigo; pág. 531
em passeio por Lisboa com Maria e com Ega, viram o tio de Dâmaso, o
Sr. Guimarães, que cumprimentou Maria, parecendo admirado por a ver;
pág.537
em relação ao caso do jornal, Ega acha que a solução é comprar o Palma
(o mesmo que Carlos encontrara em Sintra com Eusébiozinho e as
espanholas) e obrigá-lo a dizer o nome do inspirador daquele artigo; págs.
538
no jornal, e a troco de cem mil reis, Palma dá o nome de Dâmaso
Salcede e fornece as provas: os papéis que mostra com o rascunho do
artigo têm a letra do Dâmaso, imediatamente reconhecida por Ega; págs.
540-542
Carlos pensa que chegou a altura de esmagar Dâmaso. Manda Ega e
Cruges desafiá-lo para um duelo, com a alternativa de assinar uma carta
a declarar-se um infame; pág. 544
Ega e Cruges vão a casa do Dâmaso e este, assustado, acaba por
assinar uma carta redigida por Ega na qual se confessa um bêbedo
incorrigível, sendo esse um mal de família; págs. 551-561
Carlos sente-se vingado e Ega também dos suspeitados amores do
Dâmaso com a sua Raquel Cohen; págs. 562/563
aliás, a vingança do Ega só fica completa quando consegue a publicação
da carta no jornal A tarde; pág. 571
Ega critica a incompetência do jornalismo que se faz em Portugal;
págs.575/ 576
Maria Eduarda regressa a Lisboa, no fim do Verão, para o primeiro andar
da Rua de S. Francisco, alugado por mais seis meses; pág. 564
a Afonso da Maia, entretanto também regressado de Santa Olávia, Carlos
e Ega contam o episódio do artigo e da carta de Dâmaso, ocultando os
pormenores comprometedores dos amores de Carlos; pág. 581
11
Cruges toca a sonata patética de Beethoven, que o público desconhece;
uma das irmãs Pedroso chama-lhe mesmo sonata pateta, provocando o
riso geral; pág. 596
ouvem também o discurso do Alencar sobre a democracia romântica;
pág. 607
Carlos, apercebendo-se da saída de Eusébiozinho do sarau, foi-lhe no
encalço e cobrou-lhe com uma tareia a intervenção que aquele tivera no
caso da Corneta do Diabo; pág.606
mas, quando se tratou de regressarem a casa, Carlos e Ega
desencontraram-se e Ega, caminhando com Cruges, pela Rua Nova da
Trindade, ouviu o Sr. Guimarães a chamá-lo; pág. 613/614
o Sr. Guimarães sabia da grande amizade entre Ega e Carlos da Maia.
E ele, Sr. Guimarães, a quem, em França, chamavam M. de Guimaran,
fora muito amigo, em Paris, da mãe de Carlos, que lhe confiara, antes
de morrer, um cofre onde estariam, segundo ele, papéis importantes.
Como estava de partida, pedia ao Sr. Ega que entregasse o cofre ou ao
Sr. Carlos ou à irmã. E, perante a estupefacção de Ega, o Sr.
Guimarães revela-lhe inocentemente que Maria Eduarda é irmã de
Carlos da Maia, pensando que Ega sabia; págs.614-616
Ega disfarça e arranca do Sr. Guimarães a história que, em tudo, condiz
com a história que Maria Eduarda contara a Carlos. E, de posse do
cofre, correndo para o Ramalhete, Ega vê, incrédulo e atordoado, a
enormidade da situação: Carlos amante de sua própria irmã! Que
fazer? Indeciso primeiro, toma depois a resolução de não pactuar com
essa situação hedionda e de contar tudo ao Vilaça, o procurador dos
Maias, para que seja este a dar a notícia ao Carlos; págs. 617-625
12
um desmentido. Mas o avô, trémulo e perturbado com a notícia, nada
sabia: sempre pensara que a neta morrera; págs. 643-645
A causa da perturbação de Afonso conhecemo-la logo que ele
confidencia a Ega que sabia que Carlos e aquela mulher eram amantes.
Na verdade, se a notícia fosse unicamente o aparecimento de uma
neta, Afonso não reagiria mal; pág. 646 (diz Ega a Carlos: «Parece-me
que teu avô desconfia…o caso fez-lhe a impressão de uma
catástrofe…E, se não suspeitasse o que há, devia-lhe causar
simplesmente a surpresa de quem descobre uma neta perdida».) pág.
648
punha-se agora o problema de esclarecer a situação com Maria: Ega
entendia que Carlos devia partir para Santa Olávia e, de lá, escrever
uma carta a contar-lhe tudo; págs. 647/648
o jantar foi triste, apesar da presença dos amigos habituais. Falou-se do
sarau e de fado; págs. 649-651
Carlos resolve, entretanto, dirigir-se à Rua de S. Francisco e engendra
um plano de revelação gradual da brutal verdade a Maria Eduarda; págs.
652/653
uma vez, porém, em casa desta, a paixão domina-o e deita-se com ela,
pela primeira vez já consciente do parentesco; pág.658
de resto, a viagem para Santa Olávia, sugerida pelo Ega, ia sendo
adiada, e Carlos continuou a passar as noites a dormir com a irmã; pág.
662
Afonso apercebe-se de que o seu neto continua a encontrar-se com a
irmã, e di-lo a Ega, mostrando-se revoltado e angustiado; pág. 663
perante este comportamento, Ega resolve ser ele a partir para Celorico:
não podia assistir impávido à incestuosa relação de Carlos com a irmã;
págs. 662/664
mas Carlos, que por momentos sentira a tentação de deitar a perder
todas as convenções e de fugir com a mulher que sabia ser sua irmã,
começa agora a sentir por ela, no amor, uma certa repugnância física;
pág. 666
uma noite, ao regressar ao Ramalhete, vindo dos braços de Maria,
Carlos cruzou-se com o avô que o varou com os olhos, sem nada dizer;
págs. 667/668
Carlos, nessa noite, sente remorsos pelo incesto consciente e tem
ideias de suicídio; pág. 667
no dia seguinte, de manhã, Afonso é encontrado morto no jardim; págs.
668/669
Carlos, destroçado, toma a morte do avô como um castigo; pág.671
prepara-lhe o funeral e pede a Ega que avise Maria do acontecido; págs.
673/674
parte depois para Santa Olávia e deixa a Ega o encargo de revelar a
Maria a terrível verdade, e de lhe pedir que parta para Paris, dando-lhe,
desde logo, mais que suficiente para ela poder viver; págs. 677/678
Carlos diz ainda a Ega que, depois de vir de Santa Olávia, tenciona
viajar para se “distrair” e convida Ega a acompanhá-lo; pág.678
Ega procura Maria Eduarda que se admira mansamente do facto de
Carlos ter partido sem uma palavra para ela; pág. 682
Ega revela-lhe parte da verdade, pede-lhe que parta para Paris,
entrega-lhe o dinheiro e a carta onde se revelava o terrível segredo,
pedindo-lhe, no entanto, que o dispense de assistir a essa leitura; págs.
682-684
Maria parte para Paris num vagão-salão que Vilaça reservara para ela.
Ega espera-a em Santa Apolónia e pode testemunhar a dignidade com
que assume a tragédia que a atingiu; págs. 685/686
13
Ega segue no mesmo comboio para o norte. Despedem-se no
Entroncamento, onde Ega a vê pela última vez; pág. 687
Carlos parte com Ega para uma longa viagem através do mundo; pág.
688
Ega regressa a Lisboa ao fim de um ano e meio, esplêndido e forte; pág.
689
Carlos fica em Paris, a viver a vida de um príncipe da Renascença; pág.
689
ao fim de dez anos de ausência, nos fins de 1886, Carlos vem a Lisboa
por duas semanas. É o seu reencontro com todos os velhos conhecidos
e a verificação dos caminhos que cada um fora percorrendo; págs. 690-
696
no Loreto, com Ega, olha para a «estátua triste de Camões» e constata
que Portugal está na mesma, ao fim de tantos anos de ausência e
refere-se ao choque que recebe quem vem de fora: «Isto é horrível,
quando se vem de fora! Não é a cidade, é a gente. Uma gente
feiíssima, encardida, molenga, reles, amarelada, acabrunhada!...»; pág.
697
a visita ao Ramalhete é lúgubre e é aqui que Carlos conta a Ega que
Maria Eduarda vai casar com um fidalgo francês, um vizinho, membro
talvez da nobreza rural; págs. 710/711
esse casamento representava para Carlos o enterro definitivo daquela
atribulada fase da sua vida; pág.712
ambos concordam então que falharam na vida e que nunca foram mais
do que seres românticos, «isto é, indivíduos inferiores que se governam
na vida pelo sentimento e não pela razão…» ;págs. 713/714
Carlos dá a sua teoria de vida, uma «teoria definitiva que ele deduzira
da experiência e que agora o governava. Era o fatalismo muçulmano.
Nada desejar e nada recear…Sobretudo, não ter apetites. E, mais que
tudo, não ter contrariedades.»; pág.715
ambos dizem, assim, que nada os fará apressar o passo; pág. 715
iam já na rua quando Carlos se apercebe de que estão atrasados para o
jantar, e desatam a correr para apanhar o americano que, entretanto,
viram ao longe. Pág. 716
14