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BARTH, KARL. Ver também Ética Dialética.

O nome de Barth (1886-1968) está tão integralmente ligado a questões teológicas que sua
importante contribuição ética pode ser facilmente esquecida. Num sentido verdadeiro, contudo, Barth foi impelido a repensar a sua teologia por
causa da falha ética do protestantismo liberal. Criado em um evangelho social otimista com associações socialistas, Barth foi abalado
severamente pela Primeira Guerra Mundial e pela fraqueza que seus professores alemães demonstraram ao apoiar a política guerreira do Kai ser.
Altamente cônscio, também, da inadequação querigmática,Barth concluiu que o fracasso ético fosse devido ao fracasso da teologia. Afim de
descobrir o que deveria ser feito, ele primeiro teria de perguntar em que deveria crer. Contudo, se a questão teológica se tornava agora a primeira
e a mais urgente, a questão ética ainda seria recolocada e respondida novamente dentro dela e com ela.
Uma vez entendido isso, o princípio básico da ética de Barth fica imediatamente visível. A ética é uma ética teológica. Uma teologia liberal
produzirá uma ética correspondente, quer consciente quer inconscientemente. Semelhantemente, uma teologia que funcione dentro de
dois critérios, natural e sobrenatural, ou filosofico e teológico, produzirá uma ética do mesmo tipo. A tarefa do teólogo evangélico é, portanto,
derivar sua ética de uma teologia bíblica e evangélica. Para isso ele não terá de ser, necessariamente, um dogmático nem incorporar
sua ética na dogmática, mas poderá construir seu trabalho sobre a obra de outros. O próprio Barth, porém, tomou o caminho de combinar a
dogmática à ética, no qual este último cresceria naturalmente do primeiro.
Isso explica a estrutura da Dogmática da Igreja e o lugar da ética em seu contexto. No estilo das epístolas do Novo Testamento, cada
volume contém um capítulo ético. A Prolegomena (I, 1 e 2) inclui um capítulo sobre o mandamento divino juntamente com a eleição divina. O
volume sobre a criação (III 1-4) tem um capítulo concludente (I1I,4) sobre a ética da criação. Se completos, os volumes sobre reconciliação (IV)
e redenção (V) teriam terminado com capítulos semelhantes sobre a ética desses temas. Barth não viveu para completar o projeto. Sendo assim,
não é possível se ter uma visão completa de sua ética. Mas o que há é suficiente para nos dar um quadro geral de seus princípios e de suas
conclusões.
Na prolegômena ética (§ 18: "A Vida dos Filhos de Deus"), Barth coloca diversos pontos preliminares. Ele demonstra que a questão da conduta
(ou seja, da obediência) surge em razão do fato da revelação. A essência da vida cristã é o amor. O amor autêntico, porém, é uma resposta ao
amor de Deus. O amor é uma ordem, contudo, Barth enfatiza que essa ordem (farás ... não farás) é também um futuro, uma promessa. O amor
de Deus é primordial, mas o amor ao próximo também deve ser vivido cristologicamente à luz da própria humanidade de Cristo. As obras feitas
em amor são feitas para Cristo representado no próximo.
Quando Barth enfrenta com maior rigor os fundamentos da ética na doutrina de Deus (11,2), seu tema principal é o da aliança, cuja essência é
Jesus Cristo. A aliança tem dois lados. Consiste numa promessa: "Serei vosso Deus" e no mandamento correspondente: "Vós sereis meu povo".
O mandamento é o tema do capítulo VIII e Barth o desenvolve em algumas seções: primeiro, em relação ao problema da ética; depois, como a
reivindicação, a declaração e o juízo de Deus. Na primeira seção, Barth explica e estabelece mais completamente a inter-relação da teologia com
a ética, ou seja, promessa e mandamento, lei e evangelho. O que Deus requer do homem só pode ser conhecido quando Deus é conhecido. O
conhecimento de Deus leva consigo o conhecimento do propósito divino e do destino humano. Mas a graça que concede este
destino (evangelho) é também a graça que a comanda (lei). O homem tem de cumpri-la tanto no sentido de se ter boa vontade quanto no
sentido de se ter obrigação. A própria graça coloca o homem debaixo do mandamento. A lei assim é implícita no evangelho e por ele
estabelecida. O elo entre promessa e mandamento, enfim, é cristológico, pois Jesus Cristo, elegendo a Deus e ao homem eleito, é também o
Deus santo e homem glorificado. Assim, Jesus Cristo é a base final e norma para a ética. O decreto de Deus repousa sobre o dom da graça
em Jesus Cristo, assim como seu conteúdo está em conformidade com ele e o seu cumprimento é possibilitado por ele. Semelhantemente, a
soberania, a qualidade de definição e a bondade do mandamento de Deus como decisivas quanto ao que devemos fazer também estão arraigadas
em Jesus Cristo. Finalmente, o mandamento, como juízo que condena e justifica, excluindo, assim, toda a ética legalista da autojustiça e
orientando a ética para um cumprimento escatológico, repousa sobre o juízo que Jesus sofreu vicariamente por nós.
Uma vez estabelecido esse fundamento, Barth coloca aspectos e questões específicos sob três cabeçalhos do mandamento de Deus, como
Criador, como Reconciliador, como Redentor. Assim, em III, 4, ele lida com questões que surgem da criação. Dois assuntos adicionais são aí
entretecidos. O primeiro relaciona a ética da criação aos Dez Mandamentos. O segundo é um agrupamento de questões conforme a estrutura do
relacionamento quádruplo que Barth comentou acerca da vida humana, ou seja, relacionamento com Deus, com os outros homens, consigo
mesmo e com os limites naturais da vida. Esses relacionamentos envolvem questões como as obrigações para com Deus, com o casamento,
problemas de força (guerra, pena de morte, aborto, suicídio), o uso de tempo e talentos, e vocação. O tratamento varia, mas encontramos muitos
fatores em comum. Barth evita o casuísmo e pede particularidade. Isso não significa ética situacional, pois os atos corretos têm fundamento
teológico duradouro; a norma bíblica precisa ser consultada e os critérios de ações corretas podem ser discernidos e declarados. Na maioria
dos casos, Barth, anteriormente radical, tende a atingir conclusões surpreendentemente conservadoras, embora não por meio da mera repetição
de argumentos conhecidos. No desenvolvimento de sua metodologia, Barth não teve sucesso uniforme. Talvez seu maior sucesso tenha sido na
área de sexo e casamento. Aqui, a própria Bíblia apresenta um fundamento teológico claro e o material bíblico pode ser exposto com força
correspondente. Em outras áreas, a relação ético-teológica ainda é forte e perspicaz, mas de vez em quando certa artificialidade parece ameaçá-
la, como se uma fonte teológica individual tivesse de ser encontrada a todo custo. Talvez o argumento (em outro ensaio) de que a publicação
aberta do evangelho exija diplomacia aberta seja o pior exemplo disso.
Em um sentido, a ética de Barth fica de pé ou cai com sua teologia. Daí as perguntas poderem ser levantadas ao nível mais radical: a base
aliancista em Deus; a referência cristológica exclusiva; a inter-relação de lei e evangelho; o problema da ética pagã; a aplicação de
percepções ou princípios teológicos. Os julgamentos detalhados de questões específicas, naturalmente, darão lugar a perguntas e
críticas próprias, embora seja óbvio que se possa esperar aqui uma mistura particular de concordância e não concordância
independentes das premissas.
Talvez o maior serviço de Barth seja o de confrontar a ética cristã com a realidade final que, além de concordar e discordar sobre
questões específicas, tem certas opções éticas fundamentais que precisam ser entendidas e apreendidas, se é que uma ética pura,
uma vida e um testemunho cristãos poderosos devam ser atingidos. Barth também oferece uma demonstração convincente do
caminho no qual uma compreensão teológica específica pode e tem importantes implicações éticas e no qual estas oferecerão uma
ética de imperativo autêntico. Uma crítica do método de trabalho do próprio Barth não deve ser desculpa para fugir da tarefa de
enfrentar problemas práticos estabelecendo primeiramente as premissas teológicas de ação. GEOFFREY W. BROMILEY

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