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CARTA EDUCATIVA
 

DE ANGRA DO HEROÍSMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
2015 


 
 
 
O Decreto Legislativo Regional n.º 27/2005/A, de 10 de novembro, que regulamenta as
competências de planeamento, projeto, construção e manutenção de infraestruturas
escolares na Região Autónoma dos Açores, bem como as normas de segurança e de
proteção ambiental a que devem obedecer, enquadrou a elaboração da Carta Educativa.
A elaboração doa proposta é competência da Câmara Municipal, cabendo a aprovação à
Assembleia Municipal, após discussão e parecer do Conselho Local de Educação. O mesmo
diploma estabelece na alínea a) do seu artigo 3.º que a Carta Educativa é «o instrumento
de planeamento e ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos de
responsabilidade municipal, organizada de acordo com as ofertas de educação e formação
que seja necessário satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos
educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de cada
Município».

Objetivos da Carta Educativa:

Os objetivos, estrutura e forma de elaboração e aprovação da Carta Educativa encontram-


se fixados nos artigos 14.º a 19.º do Decreto Legislativo Regional n.º 27/2005/A, de 10
de novembro. Aquele diploma estabelece os seguintes objetivos para a Carta Escolar:

• Assegurar a adequação da rede de estabelecimentos de educação pré-escolar e


de ensino básico e secundário, para que, em cada momento as ofertas
educativas disponíveis a nível municipal respondam à procura efetiva do
Município;

• Assegurar a racionalização e complementaridade de ofertas de educação e


formação e o desenvolvimento qualitativo das mesmas, num contexto de
descentralização administrativa, de reforço dos modelos de gestão dos
estabelecimentos de educação e de ensino públicos e os respetivos
agrupamentos e de valorização do papel das comunidades educativas e dos
projetos educativos das escolas;

• Promover o desenvolvimento do processo de agrupamento de escolas com vista


à criação das condições mais favoráveis ao desenvolvimento de centros de
excelência e de competências educativas, bem como as condições para a gestão
eficiente e eficaz dos recursos educativos disponíveis;

• Garantir a coerência da rede educativa com a política urbana do Município.

Ficha Técnica:
Título: Carta Educativa de Angra do Heroísmo
Ano: 2015
Editor: Câmara Municipal de Angra do Heroísmo
Morada: Praça Velha
9701-857 Angra do Heroísmo
Contactos:
Telefone - +351 295 401 700
e-mail - angra@cmah.pt


 
 
Índice 
 

1 ‐ Introdução .................................................................................................................................................................. 13 
2 – Enquadramento do território .................................................................................................................................... 18 
2.1 ‐ Caraterização geográfica ..................................................................................................................................... 18 
2.2 ‐ Caracterização Administrativa ............................................................................................................................ 20 
2.3 ‐ Caracterização Urbana ........................................................................................................................................ 22 
2.4 ‐ Análise socioeconómica ...................................................................................................................................... 23 
2.5 ‐ Património Natural ............................................................................................................................................. 24 
2.6 ‐ Património Cultural ............................................................................................................................................. 26 
3 – Caracterização demográfica ...................................................................................................................................... 30 
3.1 ‐ Evolução e distribuição da população ................................................................................................................ 31 
3.2 ‐ Densidade Populacional ...................................................................................................................................... 36 
3.3 ‐ Crescimento natural............................................................................................................................................ 37 
3.4 ‐ Taxa de fecundidade ........................................................................................................................................... 39 
3.5 ‐ Estrutura etária, envelhecimento e dependência .............................................................................................. 41 
3.6 ‐ Índice de envelhecimento e de dependência de idosos ..................................................................................... 50 
3.7 ‐ Índice de Dependência de Jovens e de Dependência Total ................................................................................ 51 
3.8 ‐ Dimensão das Famílias ........................................................................................................................................ 52 
3.9 ‐ Nível de escolaridade da população residente ................................................................................................... 53 
4 – Caracterização sócio‐económica ............................................................................................................................... 59 
4.1 ‐ População Ativa e Empregada ............................................................................................................................ 59 
4.2 ‐ Setores de atividade e profissões ....................................................................................................................... 65 
4.3 ‐ Rendimento Social de Inserção ........................................................................................................................... 69 
4.4 ‐ Acessibilidades .................................................................................................................................................... 72 
5 – Caracterização do sistema educativo ........................................................................................................................ 74 
5.1 ‐ Lei de Bases do Sistema Educativo ..................................................................................................................... 74 
5.2 ‐ Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores .......................................................................................... 75 
5.3 ‐ Rede Educativa do Concelho de Angra do Heroísmo ......................................................................................... 77 
5.4 ‐ Evolução do número de alunos .......................................................................................................................... 81 
5.4.1 ‐ Rede Pública e Privada ................................................................................................................................. 81 
5.4.2 ‐ Rede Pública ................................................................................................................................................. 83 
5.4.3 ‐ Rede Privada ‐ Ensino Particular e Cooperativo .......................................................................................... 96 
5.5 ‐ Indicadores ........................................................................................................................................................ 105 
5.5.1 ‐ Taxa de transição e retenção ..................................................................................................................... 105 
5.5.2 ‐ Escolarização .............................................................................................................................................. 117 
5.5.3 ‐ Abandono Escolar ...................................................................................................................................... 119 
5.5.4 ‐ Atraso Escolar ............................................................................................................................................ 122 


 
 
5.6 ‐ Oferta Formativa no PROFIJ, Reativar e cursos profissionais ........................................................................... 123 
5.7 ‐ Alunos do Regime Educativo Especial ............................................................................................................... 127 
5.8 ‐ Reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) ............................................................... 134 
5.9 ‐ Ação Social Escolar ............................................................................................................................................ 135 
5.10 ‐ Transportes Escolares ..................................................................................................................................... 136 
5.11 ‐ Recursos Humanos .......................................................................................................................................... 138 
6 – Ensino Superior ....................................................................................................................................................... 143 
7 ‐ Infraestruturas escolares públicas ........................................................................................................................... 149 
7.1 ‐ Caraterização dos Estabelecimentos de Ensino ................................................................................................ 149 
7.2 ‐ Capacidade Instalada dos Estabelecimentos de Ensino ................................................................................... 156 
7.3 ‐ Intervenção na Educação Pré‐Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico .............................................................. 159 
8 ‐ Infraestruturas desportivas ...................................................................................................................................... 161 
9 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens ................................................................................................ 162 
9.1 ‐ Creches .............................................................................................................................................................. 163 
9.2 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) ................................................................................................ 164 
9.3 ‐ Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens .................................................................................................... 165 
9.4 ‐ Centro de Acolhimento Temporário ................................................................................................................. 165 
9.5 ‐ Lar de Infância e Juventude .............................................................................................................................. 165 
9.6 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais ‐ CAO ........................................................................................................ 167 
10 ‐ Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Angra do Heroísmo ......................................................... 168 
11 ‐ Diagnóstico estratégico ......................................................................................................................................... 170 
12 ‐ Princípios, objetivos e ação .................................................................................................................................... 173 
13 ‐ Monitorização ........................................................................................................................................................ 182 
Glossário........................................................................................................................................................................ 184 
Bibliografia .................................................................................................................................................................... 190 
 

 
   


 
 
Índice de Figuras 
 
Figura 1 ‐ Carta administrativa do concelho de Angra do Heroísmo .......................................................................... 21 
Figura 2 ‐ Densidade populacional por freguesia (2011) ............................................................................................ 37 
Figura 3 ‐ Organograma do Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores ..................................................... 76 
 

   


 
 
Índice de Quadros 
 
Quadro 1 ‐ População Residente e taxa de evolução (1981‐2013) ............................................................................. 30 
Quadro 2 ‐ Comparação intercensitária por freguesia do concelho de Angra do Heroísmo ..................................... 32 
Quadro 3 ‐ Densidade populacional por freguesia (1981‐2011) ................................................................................ 36 
Quadro 4 ‐ Nados vivos e óbitos no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) ................................................... 37 
Quadro 5 ‐ Evolução dos grupos etários, em percentagem do total da População (2001‐2011) ............................... 42 
Quadro 6 ‐ População residente, por grupo etário, na Terceira e no concelho de Angra do Heroísmo (2011) ......... 46 
Quadro 7 ‐ Dimensão das famílias (2001‐2011) ......................................................................................................... 53 
Quadro 8 ‐ População residente (%) segundo o nível de escolaridade (2011) ........................................................... 54 
Quadro 9 ‐ Indicadores síntese de dinâmica populacional e emprego, em 2001 e 2011 ........................................... 59 
Quadro 10 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011) ................................ 66 
Quadro 11 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011) ................................ 66 
Quadro  12  ‐  População  residente  empregada  segundo  grupos  de  profissão  no  concelho  de  Angra  do  Heroísmo 
(2001‐2011) ................................................................................................................................................................. 68 
Quadro 13 ‐ População residente, com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) ........................... 69 
Quadro 14 ‐ População residente (%) com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) ...................... 69 
Quadro 15 ‐ Estabelecimentos de ensino no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) .................................... 79 
Quadro 16 ‐ Estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e particular no concelho de Angra do Heroísmo 
(2014/2015) ................................................................................................................................................................ 79 
Quadro  17  ‐  Capacidade  e  frequência  dos  estabelecimentos  de  educação  pré‐escolar,  solidário  e  particular 
(2014/2015) ................................................................................................................................................................ 79 
Quadro  18  ‐  Estrutura  da  rede  pública  e  privada  do  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  por  freguesias  e  nível  de 
escolaridade (2014/2015) ........................................................................................................................................... 80 
Quadro 19 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de 
Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................. 82 
Quadro  20  ‐  Alunos  matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  no  concelho  de  Angra  do 
Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................. 83 
Quadro  21  ‐  Alunos  matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  no  concelho  de  Angra  do 
Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................. 83 
Quadro  22  –  Evolução  do  número  de  alunos  matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  no 
concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) ............................................................... 86 
Quadro 23 – Evolução do número de alunos mMatriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no 
concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) .............................................................. 86 
Quadro  24  ‐  Evolução  do  número  de  alunos  matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  no 
concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) .............................................................. 86 
Quadro  25  ‐    Evolução  dos  alunos  matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  EBI  Francisco 
Ferreira Drummond (2011/2012 a 2014/2015) .......................................................................................................... 88 
Quadro  26  ‐  Evolução  dos  alunos  matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  EBI  Francisco 
Ferreira Drummond – (2011/2012 a 2014/2015) ....................................................................................................... 88 
Quadro 27 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na EBI de Angra do 
Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 90 

 
 
Quadro 28 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensin, na EBI de Angra do 
Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 90 
Quadro  29 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás 
de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 92 
Quadro 30 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás 
de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 92 
Quadro 31 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo 
Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 95 
Quadro 32 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo 
Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 95 
Quadro 33 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo 
Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 95 
Quadro 34 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI dos Altares 
e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................................... 96 
Quadro 35 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na rede privada 
(2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................................ 97 
Quadro  36  ‐  Evolução  dos  alunos  matriculados    (%)  na  educação  pré‐escolar  na  rede  privada  (2006/2007  ‐ 
2014/2015) .................................................................................................................................................................. 99 
Quadro 37 ‐ Alunos matriculados (%) no colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................... 99 
Quadro 38 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) ............................................................................................ 101 
Quadro 39 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 ........................................................................ 101 
Quadro 40 ‐ Oferta Formativa 2014/2015 ................................................................................................................ 101 
Quadro 41 ‐ População escolar por curso (2014/2015) ............................................................................................ 102 
Quadro 42 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) ........................................................................ 102 
Quadro 43 ‐ Oferta Formativa (2014/2015).............................................................................................................. 102 
Quadro 44 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) ............................................................................................ 103 
Quadro 45 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 ........................................................................ 104 
Quadro 46 ‐ Oferta Formativa (2014/2015).............................................................................................................. 104 
Quadro 47 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) ........................................................................ 105 
Quadro 48 ‐ Oferta Formativa (2014/2015).............................................................................................................. 105 
Quadro 49 ‐ Taxa bruta de pré‐escolarização e de escolarização (2012/2013) ....................................................... 119 
Quadro  50  ‐  Percentagem  de  alunos  matriculados  em  idade  ideal  de  frequência  de  acordo  com  o  nível  de 
escolaridade (2011) ................................................................................................................................................... 119 
Quadro 51 ‐ Oferta formativa (2014/15) .................................................................................................................. 125 
Quadro 52 ‐ Oferta Formativa (2015/16) .................................................................................................................. 126 
Quadro 53 ‐ Evolução do número de processos de RVCC no concelho de Angra do Heroísmo (2012‐2015) .......... 135 
Quadro 54 ‐ Processos de certificação de competências escolares por nível de escolaridade ................................ 135 
Quadro 55 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no 2º e 3º Ciclos ..... 137 
Quadro 56 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no Ensino Secundário e 
outras modalidades .................................................................................................................................................. 138 


 
 
Quadro 57 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções, na Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico, 
no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ..................................................................................................... 139 
Quadro  58  ‐  Pessoal  docente,  em  exercício  efetivo  de  funções,  nos  2º  e  3º  Ciclos  do  Ensino  Básico  e  Ensino 
Secundário, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................................................................. 139 
Quadro  59  ‐  Pessoal  docente,  em  exercício  efetivo  de  funções,  na  Educação  Especial,  no  concelho  de  Angra  do 
Heroísmo (2014/2015) .............................................................................................................................................. 139 
Quadro 60 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no Ensino Artístico no concelho de Angra do Heroísmo 
(2014/2015) .............................................................................................................................................................. 139 
Quadro 61 ‐ Pessoal não docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
 .................................................................................................................................................................................. 142 
Quadro 62 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) ........................................... 145 
Quadro 63 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) (continuação) .................... 146 
Quadro  64  ‐  Alunos  inscritos  no  1º  ano  pela  1ª  vez  em  estabelecimentos  de  ensino  superior  com  residência 
permanente na Região Autónoma dos Açores* ....................................................................................................... 147 
Quadro  65  ‐  Alunos  inscritos  no  1º  ano  pela  1ª  vez  em  estabelecimentos  de  ensino  superior  com  residência 
permanente no concelho de Angra do Heroísmo* ................................................................................................... 147 
Quadro 66 ‐ População Escolar do Polo de Angra do Heroísmo (2014‐2015) .......................................................... 148 
Quadro 67 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond ......................................... 149 
Quadro 68 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo ..................................................... 151 
Quadro 69 ‐ Infraestruturas da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba .......................................................... 152 
Quadro 70 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada dos Biscoitos – EB1/JI dos Altares e EB1/JI do Raminho .. 154 
Quadro 71 – Infraestruturas da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade ................................................ 155 
Quadro 72 ‐ Taxa de ocupação ‐ Educação Pré‐Escolar no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ............. 157 
Quadro 73 ‐ Taxa de Ocupação ‐ 1º Ciclo no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................... 157 
Quadro 74 ‐ Alunos por turma e educador no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................ 158 
Quadro 75 ‐ Alunos por turma e professor no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................ 158 
Quadro 76 ‐ Turmas por unidade orgânica no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................ 159 
Quadro 77 ‐ Obras de requalificação e manutenção no concelho de Angra do Heroísmo (2012 a 2017) ............... 159 
Quadro 78 ‐ Infraestruturas desportivas por freguesia e por equipamento ............................................................ 161 
Quadro 79 ‐ Creches no concelho de Angra do Heroísmo ........................................................................................ 163 
Quadro 80 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) .................................................................................... 164 
Quadro 81 ‐ Equipa de rua de apoio a crianças e jovens .......................................................................................... 165 
Quadro 82 ‐ Centro de Acolhimento Temporário ..................................................................................................... 165 
Quadro 83 ‐ Lares de infância e juventude ............................................................................................................... 166 
Quadro 84 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais ...................................................................................................... 167 
Quadro 85 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens ‐ capacidade instalada e oferta disponível ......... 167 
 
 


 
 
Índice de Gráficos 
 
Gráfico 1 ‐ Distribuição da superfície total do arquipélago dos Açores por Ilhas (%) ................................................ 18 
Gráfico 2 ‐ Distribuição da superfície do concelho de Angra do Heroísmo, por freguesia (%)................................... 22 
Gráfico 3 ‐ Evolução da população residente (1981‐2013) ......................................................................................... 30 
Gráfico 4 ‐ População Residente (1981‐2013) ............................................................................................................ 31 
Gráfico 5 ‐ Taxa de distribuição da população residente pelas freguesias do concelho de Angra do Heroísmo  (2011)
 .................................................................................................................................................................................... 32 
Gráfico 6 ‐ Evolução da população residente, por freguesia (1981‐2011) ................................................................. 33 
Gráfico 7 ‐ Evolução do número de nados vivos e óbitos (1981‐2013) ...................................................................... 38 
Gráfico 8 ‐ Taxa bruta de natalidade (1991‐2013) ...................................................................................................... 38 
Gráfico 9 ‐ Taxa bruta de mortalidade (1991‐2013) ................................................................................................... 38 
Gráfico 10 ‐ Evolução das taxas de natalidade e mortalidade (1981‐2013) ............................................................... 39 
Gráfico 11 ‐ Saldo natural no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) ............................................................. 39 
Gráfico 12 ‐ Taxa de fecundidade das mulheres nos Açores, Terceira e concelho de Angra do Heroísmo (2001‐2013)
 .................................................................................................................................................................................... 40 
Gráfico 13 ‐ Índice sintético de fecundidade .............................................................................................................. 41 
Gráfico 14 ‐ Evolução percentual da população jovem (0‐14 anos) (1991‐2013) ...................................................... 42 
Gráfico 15 ‐ Evolução percentual da população idosa (>65 anos) (1991‐2013) ......................................................... 43 
Gráfico 16 ‐ Pirâmides etárias (2001‐2011) ................................................................................................................ 44 
Gráfico 17 ‐ População jovem e idosa residente (%) (2011) ....................................................................................... 47 
Gráfico 18 ‐ Pirâmides etárias das freguesias (2011) .................................................................................................. 47 
Gráfico 19 ‐ Índice de envelhecimento (%), em Portugal, Açores e Angra do Heroísmo (1991‐2013) ...................... 50 
Gráfico 20 ‐ Índice de Dependência de Idosos (%) (1991‐2013) ................................................................................. 50 
Gráfico 21 ‐ Índice de dependência de jovens (%) (1991‐2013) ................................................................................. 51 
Gráfico 22 ‐ Índice de dependência total (%) (1991‐2013) ......................................................................................... 52 
Gráfico 23 ‐ População residente, por nível de escolaridade (%) (2011) .................................................................... 54 
Gráfico 24 ‐ População residente (%) por  nível de escolaridade (2011) .................................................................... 55 
Gráfico  25  ‐  População  residente  (%),  de  15  e  mais  anos,  sem  nível  de  escolaridade,  no  concelho  de  Angra  do 
Heroísmo (1960‐2011) ................................................................................................................................................ 57 
Gráfico 26 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino secundário, no concelho de Angra do Heroísmo 
(1960‐2011) ................................................................................................................................................................. 58 
Gráfico  27  ‐  População  residente  (%),  de  15  e  mais  anos,  com  ensino  superior,  no  concelho  de  Angra  do 
Heroísmo(1960‐2011) ................................................................................................................................................. 58 
Gráfico 28 ‐ Taxas de atividade e de desemprego (2001‐2011) ................................................................................. 60 
Gráfico 29 – População ativa, no concelho de Angra do Heroísmo (1960‐2011) ....................................................... 60 
Gráfico 30 ‐ Evolução do número de desempregados (2010‐2014) ........................................................................... 62 
Gráfico 31 ‐ Evolução do número de desempregados por grupos etários (2010‐2014) ............................................ 62 
Gráfico 32 ‐ Evolução do número de desempregados por tempo de inscrição na AQEAH (2010‐2014) ................... 63 


 
 
Gráfico 33 ‐ Evolução do número de desempregados por habilitações literárias (2010‐2014) ................................. 63 
Gráfico 34 ‐ Número de beneficiários do subsídio de desemprego (2011‐2014) ....................................................... 64 
Gráfico 35 ‐ Taxa de emprego (%) (2001‐2011) .......................................................................................................... 64 
Gráfico 36 ‐ Trabalhadores por conta de outrem (%) (2001‐2011) ............................................................................ 65 
Gráfico 37 ‐ Trabalhadores por conta própria isolados (%) (2001‐2011) ................................................................... 65 
Gráfico 38 ‐ População empregada (%) por setor de atividade económica (2011) .................................................... 66 
Gráfico 39 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do Heroísmo (2011)
 .................................................................................................................................................................................... 68 
Gráfico 40 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) (% da população residente) 
(2009‐2013) ................................................................................................................................................................. 71 
Gráfico 41 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) no concelho de Angra do 
Heroísmo (2009‐2013) ................................................................................................................................................ 71 
Gráfico 42 ‐ Agregados familiares benificiário do RSI no concelho de Angra do Heroísmo (2009‐2013) .................. 72 
Gráfico 43 ‐ Agregados familiares benificiários do RSI vs. agregados familiares residentes no concelho de Angra do 
Heroísmo (%) (2009‐2013) .......................................................................................................................................... 72 
Gráfico 44 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 
(redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) ..................................................................................................... 82 
Gráfico 45 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 
(redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) – continuação ............................................................................. 82 
Gráfico  46  ‐  Alunos  matriculados  (%),  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  no  concelho  de  Angra  do 
Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) – continuação .......................................................... 83 
Gráfico 47 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 
(redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2014/2015) ..................................................................................................... 85 
Gráfico 48 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 
(rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................................................... 85 
Gráfico 49 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo 
(rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................................................... 86 
Gráfico  50  ‐  Evolução  do  número  de  alunos  matriculados,  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  na  EBI 
Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) .......................................................................................... 87 
Gráfico  51  ‐  Evolução  do  número  de  alunos  matriculados,  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  na  EBI 
Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) .......................................................................................... 88 
Gráfico 52 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de 
Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................... 89 
Gráfico 53 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de 
Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................... 90 
Gráfico 54 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás 
de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 91 
Gráfico 55 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás 
de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 92 
Gráfico  56  ‐  Evolução  do  número  de  alunos  matriculados,  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  na  ES 
Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................... 94 
Gráfico 57 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo 
Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 94 
10 
 
 
Gráfico 58 ‐ Evolução do número de alunos matriculados , por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI 
dos Altares e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) ...................................................................................................... 96 
Gráfico 59 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do 
Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 98 
Gráfico 60 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do 
Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 98 
Gráfico 61 ‐ Alunos matriculados no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) ................................................. 99 
Gráfico 62 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de 
Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 100 
Gráfico 63 ‐  Evolução do  número  de alunos matriculados no INETESE, Polo  de Angra do  Heroísmo (2006/2007 ‐ 
2014/2015) ................................................................................................................................................................ 102 
Gráfico  64  ‐    Alunos  matriculados  no  Polo  de  Angra  do  Heroísmo  da  Escola  Profissional  da  Praia  da  Vitória 
(2006/2007 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 103 
Gráfico 65 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Cáritas da Ilha Terceira – Angra do Heroísmo (2010/2011 
‐ 2014/2015) ............................................................................................................................................................. 104 
Gráfico 66 ‐ Taxa de retenção/desistência no Ensino Básico em Portugal Continental, Madeira, Açores,  Terceira e 
Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ................................................................ 107 
Gráfico 67 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, 
Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................... 108 
Gráfico 68 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 2º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, 
Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................... 108 
Gráfico 69 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 3º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, 
Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................... 109 
Gráfico 70 ‐ Evolução da taxa de transição/conclusão no Ensino Secundário em Portugal, Madeira. Açores, Terceira 
e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................................. 109 
Gráfico 71 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, nos Açores (redes 
pública e privada ‐ 2006/2007 ‐ 2013/2014) ............................................................................................................ 110 
Gráfico 72 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, no concelho de 
Angra do Heroísmo (rede pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) .................................................................... 110 
Gráfico 73 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI Francisco Ferreira 
Drummond (2011/2012 – 2013/2014) ..................................................................................................................... 111 
Gráfico 74 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de Angra do Heroísmo 
(2010/2011 – 2013/2014) ......................................................................................................................................... 111 
Gráfico  75  ‐  Taxa  de  transição/conclusão,  por  ciclo  de  estudo  e  modalidade  de  ensino,  na  EBS  Tomás  de  Borba 
(2010/2011 – 2013/2014) ......................................................................................................................................... 112 
Gráfico 76 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo Emiliano de 
Andrade (2010/2011 – 2013/2014) .......................................................................................................................... 112 
Gráfico 77 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo, no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2013/2014) 113 
Gráfico 78 ‐ Taxa de transição/conclusão, na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 
(2009/2010 ‐ 2013/2014) .......................................................................................................................................... 113 
Gráfico 79 ‐ Taxa de transição/conclusão, no INETESE, no Polo de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 114 
Gráfico 80 ‐ Taxa de transição/conclusão, no Polo de Angra do Heroísmo, da Escola Profissional da Praia da Vitória 
(2006/2007 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 114 

11 
 
 
Gráfico 81 ‐ Taxa de transição/conclusão ‐ Cáritas da Ilha Terceira  (2010/2011 ‐ 2014/2015) .............................. 115 
Gráfico 82 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do concelho de Angra do 
Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) ....................................................................... 115 
Gráfico 83 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do conselho de Angra do 
Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) ....................................................................... 116 
Gráfico 84 ‐ Evolução da taxa de abandono escolar em Portugal, Açores e concelho de Angra do Heroísmo ........ 120 
Gráfico 85 ‐ Evolução da taxa de abandono precoce em Portugal, Portugal Continental, Açores e Madeira ......... 121 
Gráfico 86 ‐ Taxa de atraso concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012) ............................................................. 123 
Gráfico  87  ‐  Evolução  do  número  de  alunos  do  regime  educativo  especial  no  concelho  de  Angra  do  Heroísmo 
(2011/2012 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 129 
Gráfico 88 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do Heroísmo 
(2011/2012 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 129 
Gráfico 89 ‐ Relação entre o número de alunos do regime educativo especial e o número de alunos matriculados no 
concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) ..................................................................................... 130 
Gráfico  90  ‐  Evolução  do  número  de  alunos  do  regime  educativo  especial,  na  EBI  Francisco  Ferreira  Drummond 
(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 130 
Gráfico 91 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBI Francisco Ferreira Drummond 
(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 131 
Gráfico 92 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/2013 ‐ 
2014/2015) ................................................................................................................................................................ 131 
Gráfico 93 ‐ Regime de Frequência dos alunos do Regime Educativo Especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/13 ‐ 
2014/15) .................................................................................................................................................................... 132 
Gráfico 94  ‐  Evolução do  número  de alunos do regime educativo especial na EBS  Tomás  de Borba  (2012/2013 ‐ 
2014/2015) ................................................................................................................................................................ 132 
Gráfico 95 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba (2012/2013 ‐ 
2014/2015) ................................................................................................................................................................ 133 
Gráfico  96  ‐  Evolução  do  número  de  alunos  do  regime  educativo  especial  na  ES  Jerónimo  Emiliano  de  Andrade 
(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 133 
Gráfico 97 ‐ Regime de Frequência dos alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de Andrade 
(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 134 
Gráfico  98  ‐  Evolução  do  número  de  alunos  subsidiados  (%),  por  unidade  orgânica,  no  concelho  de  Angra  do 
Heroísmo (2008/2009 – 2014/2015) ........................................................................................................................ 136 
Gráfico  99  ‐  Pessoal  docente  em  exercício  efetivo  de  funções  no  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  por  unidade 
orgânica (2014/2015) ................................................................................................................................................ 140 
Gráfico  100  ‐  Pessoal  docente  em  exercício  efetivo  de  funções  no  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  por  nível  de 
ensino (2014/2015) ................................................................................................................................................... 140 
Gráfico  101  ‐  Pessoal  docente  em  exercício  efetivo  de  funções  no  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  por  unidade 
orgânica (2014/2015) ................................................................................................................................................ 141 
Gráfico 102 ‐ Evolução de inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com residência 
permanente Angra do Heroísmo (%) ........................................................................................................................ 147 
Gráfico 103 ‐ Evolução do volume processual global ............................................................................................... 168 
Gráfico 104 ‐ Número de processos por escalão etário ............................................................................................ 169 
 
12 
 
 
1 ‐ Introdução 
A história da intervenção dos Municípios em matéria de educação está diretamente ligada à história do poder 
local  em  Portugal.  Durante  os  anos  do  Estado  Novo  estes  órgãos  não  tinham  autonomia,  sendo 
representantes locais do aparelho central do Estado. As suas atribuições em matéria de educação limitavam‐
se à construção, conservação e manutenção das escolas primárias, o que, mesmo sendo escasso, era difícil 
de cumprir, tendo‐se verificado alguma degradação do parque escolar. 

A partir do 25 de abril de 1974 este panorama alterou‐se. A primeira Lei das Finanças Locais, a Lei n.º 1/79, 
de 2 de janeiro, veio impor a transferência de uma percentagem do Orçamento do Estado para os Municípios, 
criando um Fundo de Equilíbrio Financeiro que fornecia às autarquias capacidade de intervenção em diversos 
âmbitos, entre os quais o educativo. Verifica a existência graves carências ao nível das infraestruturas básicas 
(água, saneamento e vias de comunicação), a educação não foi considerada, na maior parte dos casos, uma 
das intervenções prioritárias. Era consoante as possibilidades orçamentais dos Municípios que se procedia a 
intervenções na infraestrutura escolar, nomeadamente na construção e recuperação e, pontualmente, na 
expansão do parque escolar do ensino primário e da educação pré‐escolar (esta última a partir de 1979, com 
a criação do sistema público). 

A primeira legislação a regulamentar as atribuições dos Municípios em matéria de educação surgiu em 1984, 
com a publicação de um pacote legislativo autárquico que incluiu o Decreto‐Lei n.º 77/84, de 8 de março, 
que estabeleceu o regime da delimitação e da coordenação das atuações da administração central e local 
em matéria de investimentos públicos, e o Decreto‐Lei n.º 100/84, de 29 de março, que operou a revisão da 
Lei n.º 79/77, de 25 de outubro, no sentido da atualização e reforço das atribuições das autarquias locais e 
da  competência  dos  respetivos  órgãos.  Estes  diplomas  não  transferem  propriamente  competências  da 
administração central para a local, mas antes responsabilidades financeiras. O Decreto‐Lei n.º 77/84, de 8 de 
março, transferiu para os Municípios a responsabilidade pelos investimentos nos domínios da construção e 
equipamento de estabelecimentos de educação pré‐escolar e de ensino básico, de algumas componentes da 
ação social escolar e dos transportes escolares, da criação de equipamentos para a educação de adultos e da 
organização de atividades de ocupação dos tempos livres. O Decreto‐Lei n.º 100/84, de 29 de março, por sua 
vez, atribuiu aos Municípios competências em matéria de «interesses próprios, comuns e específicos das 
populações locais», o que inclui a educação e o ensino. 

A  amplitude  e  indefinição  destes  diplomas  alargou  a  possibilidade  de  intervenções  educacionais  dos 
Municípios,  que  continuaram  a  intervir  ao  nível  do  parque  escolar,  da  educação  infantil,  das  bibliotecas 
municipais, da educação de adultos, das atividades extra‐escolares, da ação social e do desporto. Por forma 
a dar resposta a todas estas atribuições, os Municípios foram criando departamentos ou serviços educativos. 

13 
 
 
Pouco tempo após a publicação deste conjunto de diplomas foi publicada a primeira Lei de Bases do Sistema 
Educativo, a Lei n.º 46/86, de 14 de outubro, que, apesar de definir o sistema educativo como descentralizado 
e desconcentrado e de referir estruturas administrativas de âmbito local, acaba por deixar para o futuro a 
definição das competências municipais na educação, e por citar os Municípios no conjunto dos parceiros 
sociais que colaboram, participam ou prestam serviços educativos. Na legislação educativa que foi sendo 
produzida as autarquias aparecem como parceiros ou órgão consultivos, mas nada altera substancialmente 
as suas competências. Apenas com a Lei n.º 159/99, de 14 de setembro, foi transferida da administração 
central para os Municípios a responsabilidade de elaborar a Carta Educativa. Mais tarde, pelo Decreto‐Lei n.º  
7/2003,  de  15  de  janeiro,  a  carta  educativa  foi  definida  como  um  instrumento  de  planeamento, 
complementar  ao  Plano  Diretor  Municipal.  Na  Região  Autónoma  dos  Açores  a  matéria  foi  regulada  pelo 
Decreto  Legislativo  Regional  n.º  27/2005/A,  de  10  de  novembro,  que  regulamenta  as  competências  de 
planeamento,  projeto,  construção  e  manutenção  de  infraestruturas  escolares  na  Região  Autónoma  dos 
Açores, bem como as normas de segurança e de proteção ambiental a que devem obedecer. É esse o diploma, 
que  alterado  pelos  Decreto  Legislativo  n.º  23/2010/A,  de  30  de  junho,  e  Decreto  Legislativo  Regional  n.º 
6/2015/A, de 5 de março, enquadra nos Açores a elaboração das Cartas Educativas. 

Gradualmente os Municípios têm reforçado a sua intervenção na administração da educação local, quer por 
via das competências legalmente atribuídas, quer pela interpretação que fazem dos seus poderes e deveres 
enquanto  estruturas  autónomas,  como  órgãos  eleitos  e  representativos  das  populações  que  servem. 
Sustentando‐se neste facto, assumem‐se no direito de participar em todas matérias de interesse público, em 
particular em sectores estruturantes para o desenvolvimento local e preponderantes na melhoria de vida 
das populações como é o sector da educação. 

Nos últimos anos tem recrudescido a discussão sobre a necessidade de haver uma profunda alteração do 
papel  do  Estado  nos  processos  de  decisão  política  e  de  administração  da  educação,  defendendo‐se  a 
transferência de mais competências e funções do nível central e regional para o nível local. Alguns autores 
como Barreto (1995) advogam que «(…) a centralização contemporânea, além de razoavelmente inútil, se 
vem transformando num obstáculo ao desenvolvimento educativo e num prejuízo social». Carneiro (2003) 
considera  urgente  inverter  a  tradição  de  gestão  centralizada  do  sistema  educativo,  transferindo  para  as 
autarquias o poder de decisão. 

Dentro  desta  perspetiva,  Fernandes  (1996)  sublinha  «que  os  Municípios  serão  sempre  um  parceiro 
insubstituível de qualquer processo de descentralização». Diz ainda este autor que é importante atribuir ao 
Município um maior papel dentro do sistema público de ensino, sobretudo nos domínios onde já tem uma 
experiência acumulada. 

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De facto, as autarquias têm vindo a assumir um papel de crescente importância no domínio da administração 
educativa. Se numa primeira fase as competências e atribuições que lhes eram transferidas assumiam formas 
de participação ao nível das tarefas, a partir da década de 1990 é‐lhes outorgada uma maior intervenção nas 
questões  educativas,  passando  a  participar  na  direção  e  administração  das  escolas,  assumindo  a 
responsabilidade da elaboração da carta educativa e da constituição dos conselhos locais da educação. 

O envolvimento crescente do Município na educação tem suscitado alguns receios e reservas, como salienta 
Fernandes (1996) ao referir que esta intervenção depara‐se ainda com resistências de vária ordem, fundadas 
em interpretações distorcidas que levaram à construção de estereótipos municipais que não correspondem 
à realidade vivida e que tornam as relações entre a escola, Município e governo, um campo ainda rodeado 
de incompreensões. 

A presença dos Municípios na educação é hoje uma realidade incontornável, quer no estrito cumprimento 
das suas atribuições e competências, quer extrapolando‐as em margens de autonomia mais ou menos latas 
e mais ou menos intervenientes, os Municípios são órgãos importantes e insubstituíveis da administração 
educativa. 

Quando  se  pensa  no  desenvolvimento  de  uma  comunidade,  no  seu  bem‐estar  e  na  construção  de  uma 
melhor  qualidade  de  vida,  exigem‐se  decisões  que  não  tendo  todas  resultados  no  imediato,  constituem 
apostas de cuja qualidade dependerão fortemente os seus efeitos no futuro. 

A educação e a formação dos membros da comunidade encontram‐se na primeira linha destas apostas. A 
tomada de consciência deste facto tem como resultado, na prática, que uma das principais preocupações 
dos Municípios, como órgãos representativos das comunidades locais, deva ser a educação, concebendo a 
sua atuação nesta área com uma visão estratégica que ultrapasse o imediatismo que a comodidade pontual 
aconselharia. Importa disponibilizar as melhores condições possíveis às comunidades educativas para que a 
sua atuação se transforme em êxito e consequentemente dela se retire o máximo de eficácia. 

Do  ponto  de  vista  formal,  a  Carta  Educativa  é  definida  como  o  instrumento,  a  nível  municipal,  de 
planeamento e ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no concelho, de 
acordo  com  as  ofertas  de  educação  e  formação  que  seja  necessário  satisfazer,  tendo  em  vista  a  melhor 
utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de cada 
Município.  Contudo,  este  documento,  pode  e  deve  ultrapassar  o  simples  patamar  do  planeamento  e 
ordenamento  prospetivo  de  edifícios  e  equipamentos  educativos,  e  conter  as  linhas  fundamentais  do 
desenvolvimento estratégico da educação, no seu todo, no concelho. Se o desenvolvimento de cada cidadão 
leva a uma melhoria das condições de vida individual e do agregado em que se insere, a educação conjunta 
da comunidade eleva sobremaneira a capacidade de todos tirarem melhor partido dos meios que, em cada 
momento,  estão  disponíveis.  A  educação  não  pode  ser  um  conjunto  de  atos  isolados,  incidindo  sobre 
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indivíduos  isolados.  A  educação  tem  de  ser  um  ato  social  em  que  os  “atores”  e  os  “espectadores”  se 
confundem. 

A presente Carta Educativa pretende constituir‐se como um documento estratégico para a política educativa 
municipal,  que  para  além  de  procurar  retratar  o  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  nos  seus  aspetos  mais 
importantes do ponto de vista geográfico, demográfico, económico e social, contém um balanço da situação 
educacional.  Na  sequência  do  diagnóstico  e  análise  síntese  da  situação  atual,  propõe‐se  um  conjunto  de 
propostas  de  ação  e  apresenta‐se  uma  metodologia  de  monitorização  e  de  avaliação  das  ações  a 
implementar.  Deseja‐se  que  a  Carta  Educativa  constitua  um  documento  vivo,  isto  é,  um  documento  que 
possa responder às necessidades da comunidade e como tal seja atualizável e atualizado sempre que tal se 
verifique necessário. 

A  Carta  Educativa  do  concelho  de  Angra  do  Heroísmo,  em  vigor,  foi  aprovada  em  reunião  de  Assembleia 
Municipal em fevereiro de 2014. No entanto, a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo considerou proceder 
à respetiva revisão, por forma a permitir à Autarquia implementar uma estratégia no sentido de: 

• Orientar a gestão do sistema educativo em função do desenvolvimento socioeconómico e cultural; 

• Tomar decisões relativas à reconversão e adaptação do parque escolar existente e prever o respetivo 
redimensionamento, definindo prioridades para as eventuais intervenções; 

• Otimizar recursos; 

• Evitar ruturas e inadequações da rede educativa em relação à dinâmica social e ao desenvolvimento 
urbanístico; 

• Atualizar os dados de base, inserindo a informação disponibilizada pelos Censos de 2011, garantindo 
uma maior adequação à realidade. 

As alterações demográficas que ocorreram nas últimas décadas têm implicações na sociedade angrense nas 
mais  diversas  áreas.  Assistiu‐se  a  uma  diminuição,  sem  precedentes,  na  natalidade  e  a  um  aumento  da 
população idosa. Este fenómeno está atualmente a provocar grandes alterações na procura de determinados 
equipamentos.  Se  o  aumento  da  população  idosa  provoca  um  aumento  da  procura  de  equipamentos  de 
apoio  a  este  grupo  etário,  a  redução  do  número  de  crianças  implica  uma  diminuição  da  procura  de 
equipamentos utilizados por esta faixa etária, principalmente as escolas. Com a quebra da natalidade é cada 
vez mais urgente estruturar uma política integrada para a infância. 

Tendo por base o exposto, e de forma a ir ao encontro desta nova realidade, os critérios que serviam de base 
ao planeamento da rede escolar, foram alterados. Para que a rede escolar se adeque a esta nova realidade é 
imprescindível proceder à reorganização da rede escolar existente. Esta reorganização deve ser o resultado 

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de um completo e rigoroso diagnóstico da realidade e da observância das regras definidas pelos critérios de 
planeamento. É esse o desafio a que a presente Carta Escolar pretende responder. 

“Em tempos de crise, educação e ciência são garantia de futuro pelo que é fundamental que a educação e 
formação  sejam  encaradas  como  garante  do  desenvolvimento  das  pessoas  e  dos  países  e,  como  tal,  não 
devem deixar de ocupar o centro das políticas e constituir uma prioridade do investimento público” (CNE in 
“Parecer nº 2 de 2012, de 7 de março de 2012”). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   

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2 – Enquadramento do território 
2.1 ‐ Caraterização geográfica  
Os Açores encontram‐se presentemente, divididos em 19 Municípios e 156 freguesias, que se repartem pelas 
nove ilhas que compõem o arquipélago. As ilhas revelam dimensões muito desiguais (Gráfico 1): São Miguel 
(744,58  km2),  Pico  (444,80  km2)  e  Terceira  (400,27  km2),  representam  68%  da  superfície  total;  São  Jorge 
(243,65 km2), Faial (173,06 km2) e Flores (140,96 km2) têm uma dimensão intermédia; Santa Maria (97,1 
km2), Graciosa (61,2 km2) e Corvo (17,11 km2) são as mais pequenas no cômputo regional. Atendendo aos 
critérios da UNESCO, que define «pequenas ilhas» como superfícies insulares com área inferior a 1000 km2, 
todas as parcelas açorianas se incluem nesta classificação. 

Gráfico 1 ‐ Distribuição da superfície total do arquipélago dos Açores por Ilhas (%) 
Flores Corvo Santa Maria
Faial 6% 1% 4%
7%
São Miguel
Pico 32%
19%

São Jorge
11%
Graciosa Terceira
3% 17%
 
Fonte: SREA 

Os  concelhos  de  Ponta  Delgada,  Ribeira  Grande,  Lagoa,  Angra  do  Heroísmo,  Vila  Praia  da  Vitória  e  Horta 
constituem‐se como polos centralizadores da atividade económica e social e apresentam cariz mais urbano, 
sendo as suas sedes de concelho as únicas cidades dos Açores. 

A ilha Terceira, localizada no setor nordeste do Grupo Central do Arquipélago dos Açores, apresenta uma 
forma elíptica; uma superfície de 400,27 km2, com o comprimento máximo este‐oeste de 29 km e norte‐sul 
de 18 km; e altitude máxima de 1021 metros. Esta ilha, à semelhança do arquipélago dos Açores, apresenta 
características  geológicas,  geomorfológicas  e  hidrogeológicas  determinadas  pela  sua  natureza  vulcânica 
recente. 

O estudo da morfologia assume‐se como fundamental no âmbito da Carta Educativa, assim como a análise 
do  clima  que  apresenta‐se  como  uma  variável  natural  ao  ordenamento  e  ao  planeamento  do  território, 
condicionando os usos do solo (urbano, agrícola, florestal e turístico‐recreativo), pelo seu papel ao nível do 

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balanço hídrico do solo, da erosividade e do conforto bioclimático. A sua importância reflete‐se a diferentes 
níveis,  nomeadamente  na  análise  da  distribuição  e  alteração  dos  elementos  climáticos,  como  recurso, 
capacidade dispersante da atmosfera e sua direção dominante, fatores que assumem um papel relevante no 
contexto de uma Carta Educativa. 

A paisagem é caracterizada, em traços gerais, por uma orografia onde a elevada altitude está associada ao 
acidentado do relevo e as áreas planas são pouco desenvolvidas. São de salientar algumas formas de relevo, 
nomeadamente o ilhéu das Cabras, a Ponta do Queimado, a Ponta de Santo António, a Ponta das Cinco, o 
Monte Brasil, a Lagoa Negra, o Pico do Carneiro, a Caldeira do Guilherme Moniz e a Terra Brava. Os aparelhos 
vulcânicos  da  Ilha  Terceira  podem  ser  agrupados  em  quatro  complexos  principais,  de  oeste  para  este 
(Zbyszewski  et  al.,  1971):  Serra  de  Santa  Bárbara;  Serra  do  Morião;  Maciço  do  Pico  Alto  e  complexo 
desmantelado  da  Serra  do  Cume  e  da  Serra  da  Ribeirinha,  separado  pela  Caldeira  dos  Cinco  Picos.  Cota 
Rodrigues (1993; 2002) considera a ilha Terceira alicerçada sobre três maciços estruturais: Maciço dos Cinco 
Picos; Maciço de Guilherme Moniz – Pico Alto e o Maciço de Santa Bárbara. 

O clima do Arquipélago dos Açores é essencialmente ditado pela localização geográfica das ilhas no contexto 
da circulação global atmosférica e oceânica e pela influência da massa aquática da qual emergem. 

A  ilha  Terceira  encontra‐se  enquadrada  nas  características  gerais  que  definem  o  clima  de  todo  o  Grupo 
Central  e,  em  geral,  do  Arquipélago.  Com  base  nos  valores  normais  do  clima  dos  Açores  retiram‐se  as 
seguintes apreciações genéricas: 

• Temperatura: junto ao litoral a temperatura média anual, em todo o arquipélago, ronda os 17,5  oC. 
Nas mesmas circunstâncias de localização, os valores médios mensais são sempre superiores a 10 oC. 
A temperatura varia regularmente ao longo do ano, sendo, em média, máxima em agosto e próxima 
dos  22,0  oC.  As  temperaturas  médias  mensais  mais  baixas  ocorrem  em  fevereiro,  situando‐se 
próximas  dos  14,5  oC.  Em  altitude,  a  temperatura  decresce  de  forma  regular,  até  ser  atingida  a 
temperatura do ponto de orvalho a uma altitude que se situa, em média, próxima dos 400 metros. 
Por sua vez, a amplitude média anual da variação diurna é baixa, próxima dos 5 oC, tendo tendência 
a ser superior na costa norte das ilhas; 

• Precipitação: a precipitação média anual, ao nível do mar, varia entre os 700 e os 900 mm. Os meses 
de  setembro  a  março  concentram  75%  do  total  da  precipitação  anual.  A  este  período  do  ano 
correspondem dois terços dos dias em que se observa precipitação. Sendo por norma abundante, a 
precipitação no arquipélago dos Açores caracteriza‐se por alguma irregularidade interanual, podendo 
a amplitude atingir valores significativos. Em altitude a precipitação aumenta de forma considerável. 
Os valores mais elevados de precipitação são registados no Inverno (dezembro, janeiro e fevereiro), 
sendo os meses verão os menos húmidos do ano (junho, julho e agosto); 

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• Humidade:  a  humidade  relativa  do  ar  caracteriza‐se  por  ser  elevada  ao  longo  de  todo  o  ano, 
apresentando  valores  médios  mensais  próximos  dos  80%.  São  raros  os  dias  em  que  se  observam 
valores abaixo dos 50% e são mais de 60, os dias do ano em que a humidade relativa atinge, no litoral, 
valores superiores a 90%; 

• Vento: ao longo ano o vento sopra de forma regular, moderado nos meses de verão, e de forma mais 
intensa  nos  meses  de  inverno.  Durante  todo  o  ano  predominam  ventos  do  quadrante  oeste,  no 
entanto, verifica‐se que os ventos dos quadrantes sul e sudoeste são dominantes no Grupo Central. 
O regime médio dos ventos junto ao litoral é, em larga medida, condicionado pela topografia. A sua 
velocidade  média  anual  é  da  ordem  dos  17  km/h.  Nos  meses  de  inverno  a  velocidade  média 
aproxima‐se dos 20 km/h, enquanto que nos meses de verão o seu valor decresce para cerca dos 10 
km/h. Soprando em rajadas, é raro o ano em que estas não atinjam velocidades próximas dos 100 
km/h. 

Em síntese, o clima é do tipo temperado com características oceânicas. Em comparação com outras regiões, 
situadas  à  mesma  latitude,  a  temperatura  é  mais  amena,  com  amplitude  térmica  atenuada,  grande 
pluviosidade e elevado teor de humidade, vento persistente e reduzida insolação. 

2.2 ‐ Caracterização Administrativa  
Os  Açores  constituem  uma  Região  Autónoma  da  República  Portuguesa,  nos  termos  estabelecidos  na 
Constituição da República de 1976, que se rege por um Estatuto Político‐Administrativo próprio. São órgãos 
de governo próprio, a Assembleia Legislativa Regional e o Governo Regional. 

No contexto da União Europeia, os Açores são na, aceção do n.º 1 do artigo 355.º e do artigo 349.º do Tratado 
sobre o Funcionamento da União Europeia, uma região ultraperiférica, conjuntamente com outros territórios 
insulares (Madeira, Canárias, Guadalupe, Martinica e Reunião) e dos enclaves das Guianas. As condicionantes 
físicas  destas  regiões  prendem‐se  com  o  isolamento  geográfico,  distância  ao  continente  europeu, 
fragmentação territorial e escassez de recursos. O princípio da ultraperificidade, enquanto contingência do 
desenvolvimento económico e social, encontra‐se consagrado e definido no artigo 349.º daquele Tratado. 

O concelho de Angra do Heroísmo ocupa cerca de 60% da área total da ilha Terceira, sendo constituído por 
19 freguesias (Figura 1), cinco das quais ‐ Sé, Nossa Senhora da Conceição, São Pedro, São Bento e Santa Luzia 
‐  compõem  a  sede  do  concelho,  sendo  as  restantes  catorze  ‐  São  Mateus,  Posto  Santo,  Terra‐Chã,  São 
Bartolomeu,  Cinco  Ribeiras,  Santa  Bárbara,  Doze  Ribeiras,  Serreta,  Raminho,  Altares,  Ribeirinha,  Feteira, 
Porto Judeu e São Sebastião ‐ freguesias rurais. 

20 
 
 
Figura 1 ‐ Carta administrativa do concelho de Angra do Heroísmo 

 
Fonte: CMAH 

As freguesias urbanas apresentam menor percentagem de distribuição da superfície total do concelho, sendo 
as  freguesias  do  Porto  Judeu,  Altares,  São  Sebastião  e  São  Bartolomeu,  as  que  apresentam  maior  área, 
atingindo no seu cômputo 44% da distribuição da superfície total do concelho (Gráfico 2). 

A estrutura do território do concelho é predominante rural, afetando 92,5% da sua área a freguesias rurais 
e, apenas 7,5% a freguesias pertencentes à sede do concelho. 

21 
 
 
Gráfico 2 ‐ Distribuição da superfície do concelho de Angra do Heroísmo, por freguesia (%) 
14,0%
12,2%
12,0% 11,0% 11,1%
10,3%
10,0% 9,4%

8,0% 6,9%
6,1%
6,0%
4,7% 4,8%
4,4% 4,4%
3,6% 3,3%
4,0%
2,6%
1,6% 1,3%
2,0% 1,0%
0,5% 0,8%
0,0%

 
Fonte: SREA 

2.3 ‐ Caracterização Urbana  
Em relação ao desenvolvimento urbano, em contraste com o interior mais acidentado e diversificado ao nível 
morfológico, é ao longo do litoral, mais plano e com melhor clima, que se encontram localizados os principais 
aglomerados  populacionais,  assim  como  as  sedes  de  freguesia,  as  atividades,  serviços,  rede  de 
infraestruturas, acessibilidades e a rede geral de equipamentos.  Os centros populacionais do concelho não 
ultrapassam os 300/400 metros de altitude. 

O  fator  determinante  para  o  povoamento  da  ilha  Terceira  foi,  sem  dúvida,  o  relevo  que,  atuando  quer 
diretamente, pelo declive das vertentes, quer indiretamente, pelas relações com o clima, circunscreveu a 
área de ocupação humana à faixa periférica menos elevada que circunda a ilha. Para o interior o clima é 
agreste, pela intensidade do vento e da precipitação e pela baixa temperatura durante os meses de inverno, 
dificultando a continuidade de práticas agrícolas e a fixação de habitações. 

As áreas mais altas, que são também as que apresentam maior declive, acima dos 700 metros de altitude, 
estão envoltas por frequentes nevoeiros e recebem intensas precipitações. Nessas zonas, a humidade satura 
a atmosfera durante quase todo o ano, criando condições ambientais difíceis, tanto para o Homem, como 
para os animais. Assim sendo, verifica‐se que os centros populacionais das freguesias se localizam em zonas 
próximas do litoral, unindo‐se pela estrada regional, existente em torno da ilha. 

22 
 
 
As freguesias mais populosas concentram‐se no setor sul do concelho e as menos povoadas localizam‐se no 
setor oeste.  A cidade de Angra do Heroísmo, sede de concelho, e a sua periferia imediata concentram em 
grande parte as atividades económicas, serviços, equipamentos e infraestruturas da ilha. 

2.4 ‐ Análise socioeconómica 
Uma  análise  detalhada  à  estrutura  de  atividade  económica  do  concelho  evidencia  uma  progressiva 
diminuição do peso relativo do setor primário. Em contrapartida, o setor que regista maior peso na economia 
regional e do concelho tendo aumentado, inclusive, a sua capacidade de geração de riqueza, é o setor que 
engloba as atividades públicas e a oferta de bens públicos. 
A evolução recente do setor da produção agroflorestal, de acordo nomeadamente com o Recenseamento 
Agrícola (1989,1999 e 2009), apresenta os seguintes traços de caraterização global: 
• Progressiva  diminuição da importância do setor primário em termos do valor acrescentado bruto 
(VAB); 
• Superfície agrícola, por exploração, muito reduzida e dispersa por um grande número de blocos com 
dimensão média normalmente limitada e, em alguns casos, de difícil acesso; 
• Diminuição do número de explorações agrícolas (de 1989 a 2009 passou de 2982 para 1708); 
• Mão‐de‐obra agrícola em decréscimo, com elevada dependência da mão‐de‐obra familiar (cerca de 
80%), representando a população agrícola familiar 16,5% da população residente no concelho; 
• Diminuição do volume de trabalho da mão‐de‐obra agrícola (2698 para 1493 de 1989 a 2009); 
•  Decréscimo de agregados domésticos dependentes exclusivamente da atividade da exploração (500 
para 173 de 1989 a 2009); 
• Produtores agrícolas com baixo nível de formação; 
• Persistência da pequena dimensão das propriedades florestais com funções económicas. 

Apesar das limitações ao nível da produção e comercialização, têm vindo a ganhar importância na estrutura 
produtiva  da  ilha  e  do  concelho  a  aposta  na  diversificação  agrícola.  Esta  diversificação  é  fruto  do 
reconhecimento da necessidade de uma maior suficiência alimentar e da existência de potencialidades e 
condições  competitivas  para  o  desenvolvimento  de  produções  alternativas  à  produção  pecuária.  Porém, 
algumas das limitações das estruturas de produção agrícola no concelho são agravadas pela insularidade do 
território e pelo acesso, particularmente, no que respeita ao abastecimento de fatores de produção e ao 
respetivo escoamento. 

Em relação à pesca, esta constitui, historicamente, um dos pilares da economia açoriana e continua a exercer 
uma significativa influência em algumas das freguesias no concelho, nomeadamente nas de São Mateus da 
Calheta  e  Porto  Judeu.  De  entre  os  principais  problemas  que  afetam  os  setor  piscatórios  destacam‐se: 
23 
 
 
circuitos de comercialização enviesados, desde a venda em lota até ao consumidor final; fraca rentabilidade 
das empresas de pesca e baixo nível de formação profissional do setor, sobretudo a nível de conhecimentos 
e competências profissionais adaptados às exigências de gestão. 

Por  outro  lado,  a  reduzida  dimensão  demográfica  contribui  para  que  as  indústrias  transformadoras 
apresentem um peso reduzido na economia da Região Autónoma dos Açores (RAA) e naturalmente na do 
concelho de Angra do Heroísmo. Sendo a agropecuária uma das principais fontes de rendimento do concelho, 
o  leite  fresco  é  a  principal  matéria‐prima  usada  pela  indústria  de  transformação,  que  tem  no  queijo,  na 
manteiga e no leite pasteurizado, os principais produtos de exportação daí derivados. A carne de bovino tem‐
se assumido também como uma mais‐valia no contexto da economia local, sendo exportada carne de elevada 
qualidade. 

O turismo é uma atividade importante no concelho. A classificação da cidade de Angra do Heroísmo como 
Património Mundial pela UNESCO em 1983 contribui para o desenvolvimento desta atividade económica. 

Refira‐se que a distância relativamente ao continente, por um lado, aliada à distância e dispersão entre as 
ilhas  em  si,  gera  a  chamada  «dupla  insularidade»,  que  se  traduz  em  maiores  encargos  para  a  economia. 
Assim,  pela  natureza  arquipelágica  do  território  e  pelo  seu  isolamento  no  Atlântico  Norte,  deverá  ser 
potenciada  uma  coordenação  eficaz  entre  transportes  terrestres,  aéreos  e  marítimos,  nos  segmentos  do 
movimento de pessoas e cargas. 

2.5 ‐ Património Natural 
Ao nível do património natural, o Parque Natural da ilha Terceira é uma estrutura de conservação da natureza 
que agrega as áreas protegidas situadas na ilha e no mar territorial a ela contíguo. Foi criado pelo Decreto 
Legislativo Regional n.º 11/2011/A, de 20 de abril, sendo um dos nove parques naturais de ilha que integram 
a Rede de Áreas Protegidas dos Açores, dispositivo territorial de proteção da natureza e da biodiversidade 
do arquipélago dos Açores. O Parque Natural da Terceira ocupa uma área total de 95,778 km2, dos quais 
88,351 km2 de área terrestre, ou seja 22,07% da superfície emersa da ilha, e 7,427 km2 de área marinha, 
incluindo no seu interior algumas das zonas melhor conservadas da vegetação autóctone açoriana. 

O Parque Natural da Terceira é constituído por 20 áreas protegidas, distribuídas pelo território da ilha e pelo 
mar territorial adjacente, das quais 3 têm a categoria de «reserva natural» e 2 de «monumento natural»: 
• Reservas naturais 
◦ Reserva Natural da Serra de Santa Bárbara e dos Mistérios Negros, incluindo no seu interior a 
Reserva Integral da Caldeira de Santa Bárbara; 
◦ Reserva Natural do Biscoito da Ferraria e Pico Alto; 

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◦ Reserva Natural da Terra Brava e Criação das Lagoas. 
◦ Monumentos naturais 
◦ Monumento Natural do Algar do Carvão; 
◦ Monumento Natural das Furnas do Enxofre. 
• Áreas protegidas para gestão de habitats ou espécies 
◦ Área Protegida da Ponta das Contendas; 
◦ Área Protegida dos Ilhéus das Cabras; 
◦ Área Protegida da Matela; 
◦ Área Protegida do Biscoito da Fontinha; 
◦ Área Protegida da Costa das Quatro Ribeiras; 
◦ Área Protegida do Planalto Central e Costa Noroeste; 
◦ Área Protegida do Pico do Boi. 
• Áreas de paisagem protegida 
◦ Paisagem Protegida das Vinhas dos Biscoitos. 
• Áreas protegidas para gestão de recursos 
◦ Área Protegida da Caldeira Guilherme Moniz. 
• Áreas marinhas protegidas para gestão de recursos 
◦ Área Marinha Protegida das Quatro Ribeiras; 
◦ Área Marinha Protegida da Costa das Contendas; 
◦ Área Marinha Protegida dos Ilhéus das Cabras; 
◦ Área Marinha Protegida das Cinco Ribeiras; 
◦ Área Marinha Protegida da Baixa de Vila Nova; 
◦ Área Marinha Protegida do Monte Brasil. 

Os  Açores  situam‐se  no  percurso  migratório  de  muitas  aves,  ganham  importância  como  porto  seguro  de 
descanso, nidificação e reprodução. O mar dos Açores alberga diversas espécies de cetáceos, sendo os mais 
frequentes  os  cachalotes,  baleias‐de‐bico  e  golfinhos.  Estão  registadas  algumas  espécies  de  tubarões, 
variando  desde  o  pequeno  tubarão‐anão  até  ao  tubarão‐baleia.  Podem  encontrar‐se,  também,  o  peixe‐
espada, o atum, o bonito, moreia e o chicharro. 

A floresta laurissilva, relíquia do que resta de uma vegetação que remonta ao Terciário que desapareceu em 
quase todo o continente europeu devido às glaciações, encontra‐se em manchas isoladas em todas as ilhas, 
sendo a mais significativa a existente na Serra de Santa Bárbara. 

25 
 
 
 

2.6 ‐ Património Cultural 
Devido ao seu crescente estatuto político e económico, Angra do Heroísmo tornou‐se oficialmente cidade 
em  1534,  sendo  nesse  mesmo  ano  elevada  a  sede  do  Bispado  dos  Açores  pelo  Papa  Paulo  III.  Este  facto 
contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da centralidade de Angra e explica o carácter monumental 
do seu centro urbano e a quantidade e a qualidade da sua arquitetura religiosa. 

Primeira cidade dos Açores, sede do corregedor das ilhas e alfândega principal, assumiu‐se progressivamente 
como verdadeira capital político‐administrativa do arquipélago. O engrandecimento de Angra permitiu, pela 
qualidade dos seus moradores e pelo afluxo de muitas e variadas gentes, costumes e culturas, que nela desde 
cedo se promovessem as principais atividades de cariz cultural dos Açores. 

Notáveis foram as festas, com danças, cortejos, prémios aos poetas que «com poesias latinas, portuguesas e 
castelhanas, melhor louvassem aos Santos, ou com mais erudição descrevessem alguns dos passos principais 
da sua vida», como se lê na Relação Geral das Festas que fez a Religião da Companhia de Jesus na Província 
de  Portugal,  na  canonização  dos  gloriosos  Santos  Inácio  de  Loiola,  seu  fundador,  e  S.  Francisco  Xavier, 
Apóstolo da Índia Oriental, no ano de 1622, atribuída ao padre Jorge Cabral. 

Nessa época foi possível realizar durante vários dias uma variedade de acontecimentos festivos e culturais, 
protagonizados por estudantes, militares e uma multidão de figurantes em «chacotas, danças e folias» com 
a cidade iluminada com tochas e velas nas suas janelas, foguetes, rodas, e «uma grande árvore de fogo, com 
bombas e foguetes voadores». E, atestando a antiguidade da tradição, também touros no terreiro da praça e 
de corda pela cidade, «vários em número». 

E nos  séculos seguintes, sendo Angra centro importante de governação político‐administrativa e sede do 
bispado, não só em épocas marcantes mas também ao longo dos anos se realizaram eventos de cariz cultural 
em salões, particulares das suas casas nobres, e públicos. 

A 17 de Abril de 1830, em plena Guerra Civil Portuguesa, saiu o primeiro jornal publicado em Angra, a Crónica 
da  Terceira.  E  nos  anos  seguintes  podem  ler‐se  nos  jornais  sucessivamente  publicados  nesta  cidade  ‐  A 
Crónica, Crónica dos Açores, O Liberal, o Observador, o Angrense, O Íris da Terceira, O Insulano e tantos outros 
(quase duzentos títulos). 

As primeiras associações constituídas no concelho datam do século XIX e foram, na sua maioria, sociedades 
recreativas e filarmónicas, a mais antiga das quais, ainda em plena atividade, foi a Sociedade Filarmónica 
Recreio  Serretense,  fundada  a  4  de  dezembro  de  1873.  Mas  fundaram‐se  algumas  outras  que 
desempenharam  um  papel  cultural  importante  na  cidade,  tais  como:  a  Sociedade  22  de  Junho  de  1828, 
fundada  em  1835,  vocacionada  para  o  teatro;  um  gabinete  de  leitura,  no  mesmo  ano,  que  antecedeu  a 
26 
 
 
criação  das  bibliotecas  municipais;  em  1865,  a  Sociedade  Promotora  das  Letras  e  das  Artes  e  o  Grémio 
Literário,  no  ano  seguinte;  em  1868,  o  Club  Popular  Angrense  proporcionou  aulas  noturnas  e  abriu  uma 
biblioteca  uns  anos  depois;  em  1874,  foi  inaugurada  a  biblioteca  do  Município  e,  em  1879,  um  museu 
terceirense. A cidade de Angra foi a primeira do arquipélago a assistir à projeção de cinema, em Agosto de 
1898, no Teatro Angrense, atividade que se tornou regular a partir da Primeira Guerra Mundial. 

Nas  décadas  de  1920  e  1930  constituíram‐se  as  principais  associações  atualmente  em  atividade, 
predominantemente  desportivas.  Mas  a  atividade  musical  e  teatral,  nas  freguesias  rurais,  também  se 
incrementou em torno da Ação Católica, nas décadas de 1930 e 1940. Também a partir destas décadas foram 
promovidas com regularidade, no liceu, conferências e festas de finalistas com atividade teatral. 

As décadas de 1940 e 1950 ficaram marcadas pelo aparecimento de agremiações viradas para uma exclusiva 
atividade cultural: o Instituto Histórico da Ilha Terceira, fundado em 1942, promotor de conferências públicas 
e  colóquios  científicos,  editor  de  Boletim  anual  e  de  grande  número  de  obras  com  interesse  histórico  e 
etnográfico e impulsionador do processo de classificação de Angra (sua zona central) na lista do Património 
Mundial da UNESCO e o Instituto Açoriano de Cultura (fundado em maio de 1955, no Seminário Diocesano 
de  Angra)  que,  tendo  na  sua  génese  um  grupo  de  jovens  professores  do  meio  eclesiástico,  quase  todos 
formados em universidades estrangeiras, teve como objetivos «fomentar a cultura geral das classes mais 
responsáveis da sociedade açoriana», como escreveu Cunha de Oliveira. 

O  IAC  publica  a  revista  Atlântida  e  organizou  dezenas  de  Semanas  de  Estudo,  conferências,  colóquios, 
exposições, inventários do acervo artístico e arquitetónico dos Açores. A Academia Musical da Ilha Terceira 
(AMIT), com o seu quinteto de cordas e o Coro Padre Tomaz de Borba, vocacionada para a divulgação da 
música, foi, nos seus primeiros anos, praticamente a única escola de iniciação musical de Angra, verdadeira 
precursora do Conservatório de Angra do Heroísmo. À AMIT, como promotora de concertos, se devem alguns 
dos maiores momentos musicais vividos na Terceira. 

No Seminário Diocesano de Angra, surgiu também a Academia São Tomás de Aquino, constituída por alunos 
do referido seminário, com grande atividade no meio local: colóquios, teatro, grupo coral e tuna. 

Nos finais da década de 1950 e na de 1960, a cidade de Angra, com o Rádio Clube de Angra, fundado nos 
anos  de  1940,  os  dois  jornais  diários,  A  União  e  o  Diário  Insular,  e  um  quinzenário  ergoterápico,  O 
Irresponsável é, seguramente, a cidade do arquipélago com vida cultural mais intensa e, até, mais rica. 

É a época das páginas literárias «das Artes e das Letras», do poeta e jornalista João Afonso no Diário Insular, 
e  do  chamado  movimento  Gávea‐Glacial  com  a  revista  Gávea  (Emanuel  Félix  e  Rogério  Silva)  e  a  página 
Glacial em A União com Carlos Faria, Emanuel Félix e outros. São também dessa época as primeiras Semanas 

27 
 
 
de Estudo dos Açores, promovidas pelo IAC, e que constituíram fator de enorme relevância na transformação 
da mentalidade conservadora dominante na época. 

Nos finais da década de 1960, inícios da de1970, surgem em Angra o Círculo de Iniciação Teatral da Fanfarra 
Operária (com José Orlando Bretão, Emanuel Félix, Leopoldino Tavares, Zeca Berbereia, Rui Neves, Manuel 
Ilídio e tantos outros). Tratou‐se da primeira abordagem moderna nos Açores de «estudar teatro fazendo‐o 
e de fazer teatro estudando‐o». 

Da mesma época é a Cooperativa Sextante (livreira e divulgação cultural) que, após ser encerrada pela polícia 
política (por atividades «subversivas»), se transformou na Galeria Degrau, com os mesmos sócios e objetivos: 
agir culturalmente sobre o meio terceirense e açoriano numa perspetiva de transformação da sociedade. 

Notável, ainda, pelo seu pioneirismo a nível regional e, até, nacional, a ação desenvolvida no domínio da 
intervenção, pela cultura, em São Mateus da Calheta, onde um grupo de professores e militantes cívicos fez 
operar, com assinaláveis êxitos, o método Paulo Freire no ensino de pescadores daquela localidade e na sua 
formação humanista e cultural. Desta época são, ainda, os primeiros grupos etnográficos e de folclore criados 
no concelho. 

Após 25 de Abril de 1974 e com o apoio do FAOJ (Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis) foram criados em 
quase todas as freguesias rurais da ilha Terceira «Grupos de Ação Cultural» predominantemente constituídos 
por  jovens  de  ambos  os  sexos  dando  início  a  uma  intensa  atividade  (grupos  de  teatro,  salas  de  leitura  e 
conjuntos musicais) nos meios não urbanos. Posteriormente criaram‐se vários grupos corais, filarmónicos e 
de teatro. 

Em 1994, um grupo de artistas plásticos (José Nuno da Câmara Pereira, Renato Costa e Silva, José Guilherme 
Rocha  e  Silva,  João  Miguel  Borba,  José  Orlando  Bretão  e  António  Azevedo)  fundou  a  Associação  Cultural 
Oficina  de  Angra,  que  desde  a  sua  constituição  agregou  um  número  crescente  de  artistas  e  desenvolveu 
grande  atividade  com  a  promoção  de  workshops,  cursos,  exposições,  colóquios  e,  sobretudo,  com  a 
recuperação da «Casa do Sal», onde hoje tem instalada a sua sede, atelier e galeria que é, sem qualquer 
dúvida, um dos espaços mais bonitos e adequados para esse fim na cidade de Angra. 

Em termos de instituições culturais e produtores culturais Angra do Heroísmo, atualmente, tem nove grupos 
de folclore em atividade, quinze filarmónicas e aproximadamente, doze associações culturais com uma ação 
cultural continua, em diferentes áreas artísticas, como o Instituto Açoriano de Cultura, o Instituto Histórico 
da Ilha Terceira, o Alpendre, a Associação Angra Jazz, a Associação Cultural Burra de Milho, o COFIT. 

Não se poderia falar em tradições culturais sem se referir as festas do Espírito Santo, de cariz religioso, com 
todo o simbolismo e significado que contêm, e que, a par das manifestações de fé têm todo um programa 
cultural, preenchido, principalmente, pela atuação de grupos musicais locais, em que não faltam os criativos 
28 
 
 
e típicos improvisadores que cantam ao desafio, e que cada freguesia se empenha para que sejam ricas quer 
no aspeto religioso, quer no aspeto cultural. 

Falar em manifestações culturais em Angra do Heroísmo é, também, falar nas Sanjoaninas, que têm lugar, 
anualmente, no mês de junho com um extenso programa de atividades culturais e desportivas, assim como 
do Carnaval. Todos os anos (na ilha Terceira e consequentemente no concelho de Angra) tem lugar, pelos 3 
dias de Carnaval, um acontecimento hoje unanimemente reconhecido como o maior festival ou encontro de 
teatro popular que se faz no mundo da língua portuguesa: as Danças de Entrudo, que mobilizam milhares de 
participantes  (atores,  mestres,  músicos)  e  que,  cada  ano,  se  apresentam  através  de  dezenas  de  grupos 
percorrendo toda a ilha e dando, em cada freguesia, espetáculos de teatro (dança ou bailinho) com «vidas 
de santos», casos da história, factos do dia‐a‐dia, para rir ou para chorar ou, até, para dissecar a vida política. 

De realçar ainda a tradição tauromáquica, manifestada pela paixão quer pelas touradas de praça, quer pelas 
típicas  touradas  à  corda  terceirenses,  quer  ainda  pelas  tradicionais  esperas  de  gado.  Angra  do  Heroísmo 
possui a única praça de touros com dimensões regulamentares dos Açores, onde anualmente tem lugar uma 
feira taurina de projeção internacional. 

Em 2014 celebraram‐se os 480 anos da fundação da cidade de Angra e 30 anos da sua inscrição na Lista do 
Património Mundial, comemorando‐se o reconhecimento internacional de que centro histórico da cidade 
exibe  e  preserva  um  património  arquitetónico  e  urbanístico  de  extraordinário  valor  universal.  Do  seu 
património arquitetónico salienta‐se o Palácio dos Capitães Generais e a  Igreja e Colégio dos Jesuítas de 
Angra, bem como, o Convento de São Francisco, com a sua Igreja Nossa Senhora da Guia, que hoje alberga o 
Museu de Angra do Heroísmo, que no final do corrente ano contará com um polo de história militar localizado 
no  antigo  Hospital  Militar  da  Boa  Nova  junto  a  Fortaleza  de  São  João  Baptista  do  Monte  Brasil  (a  mais 
importante fortificação do arquipélago), a Igreja da Misericórdia, a Sé Catedral do Santíssimo Salvador e o 
Convento de São Gonçalo. 

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, com mais de meio milhão de diferentes títulos 
e cerca de dois milhões de manuscritos e o depósito legal dos Açores (onde é conservado um exemplar de 
qualquer publicação editada em Portugal), situa‐se no Palácio Bettencourt, uma antiga edificação solarenga 
de fins do século XVII e inícios do XVIII, no centro histórico da cidade. 

Angra do Heroísmo caracteriza‐se por uma diversificada e intensa atividade cultural e recreativa. O Teatro 
Angrense é um dos expoentes máximos da cultura açoriana, que além de acolher os grupos locais de teatro 
amador é frequentemente palco de grandes espetáculos nacionais e internacionais, de vertentes artísticas 
distintas como a música, dança e teatro. Para além deste espaço cultural temos também o Centro Cultural e 
de  Congressos  de  Angra  do  Heroísmo,  espaço  multifuncional,  onde  ocorrem  variadas  manifestações 
culturais, desde exposições a grandes concertos, o cinema, o teatro, festivais, feiras, congressos e outros. 
29 
 
 
3 – Caracterização demográfica  
O  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  assume‐se  do  ponto  de  vista  demográfico  como  um  dos  com  maior 
vitalidade  dos  Açores,  apesar  de  apresentar  um  ligeiro  decréscimo  populacional  (diminuição  de  392 
habitantes entre 2001 e 2011). 

O  concelho  regista  desde  2001  uma  taxa  de  crescimento  populacional  negativa,  em contraste  com  a  ilha 
Terceira e a Região Autónoma dos Açores (Quadro 1, Gráficos 3 e 4), tendo contudo registado uma taxa de 
crescimento de 7,5% entre 1981 e 1991, período coincidente com o pós‐sismo de 1980 e com o consequente 
processo de reconstrução. Entre o último período intercensitário e o ano de 2013, observa‐se um decréscimo 
populacional de 373 habitantes, a que corresponde uma quebra de 1,05 pontos percentuais. 

Quadro 1 ‐ População Residente e taxa de evolução (1981‐2013) 
Evolução Evolução  Evolução  Evolução  Evolução 
   1981  1991  2001  2011  2012  2013  1981‐ 1991‐ 2001‐ 2011‐ 2012‐
1991  2001  2011  2012  2013 
Portugal 
9384290  9375926  9869343  10030968  9976649  9918548  ‐0,09%  5,26%  1,64%  ‐0,54%  ‐0,58% 
Continental 
RA Açores  243410  237795  241763  246772  247549  247440  ‐2,31%  1,67%  2,07%  0,31%  ‐0,04% 

Ilha Terceira  53570  55706  55833  56437  56640  56641  3,99%  0,23%  1,08%  0,36%  0,00% 
Angra do 
32808  35270  35581  35402  35189  35029  7,50%  0,88%  ‐0,50%  ‐0,60%  ‐0,45% 
Heroísmo 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 
 
 

Gráfico 3 ‐ Evolução da população residente (1981‐2013) 
8,00%

6,00%

4,00%

2,00%
%

0,00%
 1981‐1991  1991‐2001 2001‐2011  2011‐2012  2012‐2013

‐2,00%

‐4,00%

Portugal Continental RA Açores Ilha Terceira Angra do Heroísmo


 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 
 
   

30 
 
 
Gráfico 4 ‐ População Residente (1981‐2013) 
 
10200000 250000
10000000   248000
246000
9800000   244000
242000
9600000   240000
9400000 238000
 
236000
9200000
  234000
9000000 232000
1981 1991 2001 2011 2012 2013   1981 1991 2001 2011 2012 2013

  Portugal Continental RA Açores

 
36000
57000
  35500
56500 35000
56000   34500
55500 34000
55000   33500
54500 33000
54000   32500
53500 32000
53000
  31500
31000
52500   1981 1991 2001 2011 2012 2013
52000
1981 1991 2001 2011 2012 2013  
Ilha Terceira Angra do Heroísmo
Fonte: Instituto Nacional de Estatística 
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 
 

3.1 ‐ Evolução e distribuição da população 
O concelho de Angra do Heroísmo, com 35402 habitantes (dados de 2011), apresenta‐se como o segundo 
concelho  mais  populoso  dos  Açores.  A  distribuição  dos  valores  de  população  residente  nas  dezanove 
freguesias que integram o concelho de Angra do Heroísmo permite verificar que as freguesias mais populosas 
concentram‐se no setor sul do concelho, nas freguesias da cidade de Angra do Heroísmo, com exceção da 
Sé,  e  limítrofes:  São  Mateus,  Terra  Chã,  Ribeirinha  e  Porto  Judeu  (Quadro  2).  A  zona  menos  povoada  do 
concelho localiza‐se no setor oeste, abrangendo as freguesias do Raminho, Altares, Serreta e Doze Ribeiras. 

As freguesias de Nossa Senhora da Conceição, Sé e  Serreta são as que registam maior perda de população 
(superior a 10%) e as freguesias de São Bartolomeu de Regatos (26,4%), Feteira (18,7%) e São Mateus da 
Calheta (12,4%) as que apresentam maior taxa de crescimento populacional (Gráficos 5 e 6). 

A  análise  por  freguesia  regista  uma  tendência  de  decréscimo  de  população  residente  na  maioria  das 
freguesias, sendo que não existem diferenças a assinalar entre as freguesias mais populosas e as restantes. 
Cerca  de  39%  da  população  concentra‐se  nas  freguesias  de  São  Mateus  da  Calheta,  Nossa  Senhora  da 
Conceição, São Pedro e Terra Chã. 
31 
 
 
Quadro 2 ‐ Comparação intercensitária por freguesia do concelho de Angra do Heroísmo 
  Taxa de Crescimento Populacional 
1981  1991  2001  2011 
(2001‐2011) 
Altares  899  891  884  901  1,9% 
Angra (Nossa Senhora da Conceição)  4142  4754  4509  3717  ‐17,6% 
Angra (Santa Luzia)  2252  3182  3001  2755  ‐8,2% 
Angra (São Pedro)  4161  4034  3638  3460  ‐4,9% 
Angra (Sé)  1198  1276  1200  955  ‐20,4% 
Cinco Ribeiras  657  650  684  704  2,9% 
Doze Ribeiras  636  610  559  513  ‐8,2% 
Feteira  763  909  1044  1239  18,7% 
Porto Judeu  2310  2307  2425  2501  3,1% 
Posto Santo  841  884  967  1048  8,4% 
Raminho  663  601  550  565  2,7% 
Ribeirinha  2600  2596  2733  2684  ‐1,8% 
Santa Bárbara  1317  1333  1366  1274  ‐6,7% 
São Bartolomeu de Regatos  1476  1504  1569  1983  26,4% 
São Bento  1989  1866  1968  2000  1,6% 
São Mateus da Calheta  2929  2936  3343  3757  12,4% 
Serreta  452  421  374  335  ‐10,4% 
Terra Chã  1329  2512  2783  2915  4,7% 
Vila de São Sebastião  2194  2004  1984  2096  5,6% 
TOTAL   32808  35270  35581  35402  ‐0,5% 
Fonte: INE 
 
Gráfico 5 ‐ Taxa de distribuição da população residente pelas freguesias do concelho de Angra do 
Heroísmo  (2011) 

12,0%
10,5% 10,6%
9,8%
10,0%
8,2%
7,8% 7,6%
8,0% 7,1%

5,6% 5,6% 5,9%


6,0%

3,5% 3,6%
4,0% 3,0%
2,5% 2,7%
2,0%
1,4% 1,6%
2,0% 0,9%

0,0%

 
Fonte: INE 

32 
 
 
Gráfico 6 ‐ Evolução da população residente, por freguesia (1981‐2011) 

 
 
 

33 
 
 

 
 
 
 
34 
 
 

35 
 
 

 
Fonte: INE 

3.2 ‐ Densidade Populacional 
O concelho de Angra do Heroísmo, com um território de 237,52 km2  e 35.402 habitantes, apresenta uma 
densidade  populacional  de  149  hab./km2,  superior  à  da  média  dos  Açores  que  é  de  106,4  hab./km2.  As 
freguesias com maior densidade populacional correspondem às freguesias da cidade de Angra do Heroísmo, 
com exceção da freguesia da Sé (Quadro 3 e Figura 2), sendo as localizadas na zona oeste, as freguesias que 
apresentam menor densidade populacional (Raminho, Altares, Serreta e Doze Ribeiras). 
Quadro 3 ‐ Densidade populacional por freguesia (1981‐2011) 
  1981 1991 2001  2011
Área  Pop.  Dens.  Pop.  Dens.  Pop.  Dens.  Pop.  Dens. 
 
(km2)  Residente  Pop.  Residente  Pop.  Residente  Pop.  Residente  Pop. 
Altares  26,04  899  34,5  891  34,2  884  33,9  901  34,6 
Angra (Conceição)  2,47  4142  1676,9  4754  1924,7  4509  1825,5  3717  1504,9 
Angra (Santa Luzia)  1,2  2252  1876,7  3182  2651,7  3001  2500,8  2755  2295,8 
Angra (São Pedro)  3,85  4161  1080,8  4034  1047,8  3638  944,9  3460  898,7 
Angra (Sé)  1,84  1198  651,1  1276  693,5  1200  652,2  955  519,0 
Cinco Ribeiras  11,38  657  57,7  650  57,1  684  60,1  704  61,9 
Doze Ribeiras  10,37  636  61,3  610  58,8  559  53,9  513  49,5 
Feteira  3,08  763  247,7  909  295,1  1044  339,0  1239  402,3 
Porto Judeu  28,9  2310  79,9  2307  79,8  2425  83,9  2501  86,5 
Posto Santo  22,21  841  37,9  884  39,8  967  43,5  1048  47,2 
Raminho  11,25  663  58,9  601  53,4  550  48,9  565  50,2 
Ribeirinha  7,9  2600  329,1  2596  328,6  2733  345,9  2684  339,7 
Santa Bárbara  16,43  1317  80,2  1333  81,1  1366  83,1  1274  77,5 
São Bartolomeu de Regatos  26,44  1476  55,8  1504  56,9  1569  59,3  1983  75,0 
São Bento  8,66  1989  229,7  1866  215,5  1968  227,3  2000  230,9 
São Mateus da Calheta  6,29  2929  465,7  2936  466,8  3343  531,5  3757  597,3 
Serreta  14,37  452  31,5  421  29,3  374  26,0  335  23,3 
Terra Chã  10,48  1329  126,8  2512  239,7  2783  265,6  2915  278,1 
Vila de São Sebastião  24,36  2194  90,1  2004  82,3  1984  81,4  2096  86,0 
TOTAL  237,52  32808  138,1  35270  148,5  35581  149,8  35402  149,0 
Fonte: INE 
36 
 
 
Figura 2 ‐ Densidade populacional por freguesia (2011) 

 
Fonte: INE 

3.3 ‐ Crescimento natural  
A  evolução  dos  valores  da  natalidade  entre  1981  e  2013  para  o  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  revela 
constantes  decréscimos,  traduzindo‐se  numa  diminuição  de  251  nados  vivos  entre  aqueles  anos,  a  que 
corresponde uma redução de 43,65% (Quadro 4). 

Entre  o  ano  de  2011  e  2013,  observa‐se  um  decréscimo  de  41  nados  vivos,  a  que  corresponde  uma 
diminuição de 11,23 pp na natalidade. Por outro lado, o número de óbitos regista uma certa estabilização, 
com valores que variam entre 365 em 1981 e 380 em 2013. 

O  facto  de  a  natalidade  apresentar,  nos  últimos  anos,  valores  inferiores  aos  registados  pela  mortalidade, 
traduz‐se  num  crescimento  natural  negativo,  a  partir  do  ano  de  2012  (Gráficos  7  a  11).  Descontando  o 
eventual  efeito  da  migração,  a  perda  populacional  com  maior  significado  ocorre  no  ano  2013,  com  um 
crescimento natural negativo de 56 indivíduos. 

Estas  duas  variáveis  do  movimento  demográfico,  a  manter  a  tendência  revelada  não  asseguram  a 
substituição de gerações no concelho de Angra do Heroísmo. 

Quadro 4 ‐ Nados vivos e óbitos no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) 
   1981  1991  2001  2011  2012  2013 
Nados Vivos  575  492  426  365  331 324 
Óbitos  365  467  406  359  356 380 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

37 
 
 
Gráfico 7 ‐ Evolução do número de nados vivos e óbitos (1981‐2013) 

800
700
600
500
400
300
200
100
0
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Nados Vivos Óbitos
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

Gráfico 8 ‐ Taxa bruta de natalidade (1991‐2013) 

18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 11,7 10,9 9,2 8,5 7,9
Açores 16,2 13,2 11,1 10,1 9,5
Angra do Heroísmo 13,9 12,2 10,3 9,4 9,2
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

Gráfico 9 ‐ Taxa bruta de mortalidade (1991‐2013) 

12,0

10,0

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 10,4 10,1 9,7 10,2 10,2
Açores 10,9 10,8 9,6 8,9 9,9
Angra do Heroísmo 11,9 11,4 10,2 10,1 10,8
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

38 
 
 
Gráfico 10 ‐ Evolução das taxas de natalidade e mortalidade (1981‐2013) 
15,00

14,00

13,00

Permilagem ‰
12,00
11,00

10,00

9,00

8,00
1981 1991 2001 2011 2012 2013
Taxa de Natalidade 10,82 13,95 11,97 10,31 9,41 9,25
Taxa de Mortalidade 11,13 13,24 11,41 10,14 10,12 10,85
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 
 

Gráfico 11 ‐ Saldo natural no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) 

20
 20
6

2001 2011 2012 2013


‐ 20
‐ 25
‐ 40

‐ 60
‐ 56
 
Fonte: Pordata 

3.4 ‐ Taxa de fecundidade 
Num estudo que visava propor estratégias para aumentar a natalidade em Portugal, intitulado Por um Portugal 
amigo das crianças, das famílias e da natalidade (2015‐2035), consta um conjunto de medidas que vão desde 
a modelação fiscal de alguns impostos até medidas nos campos da educação, saúde e responsabilidade social 
das  empresas.  O  relatório,  elaborado  tendo  como  base  os  dados  do  Inquérito  à  Fecundidade  de  2013, 
divulgado pelo INE, revelou que se não existissem constrangimentos, os casais portugueses desejariam ter, 
em média, 2,31 filhos. 
Na realidade, este desejo traduz‐se numa descida do Índice Sintético de Fecundidade em 2013 para um novo 
mínimo: 1,21 filhos por cada mulher em idade fértil.  A queda da taxa de fecundidade é consequência de 
vários  fatores,  tais  como  projetos  de  educação  sexual,  planeamento  familiar,  utilização  de  métodos 
contracetivos, maior participação da mulher no mercado de trabalho, custos financeiros, entre outros. 

39 
 
 
Para garantir a substituição de gerações, e a sustentabilidade do sistema da Segurança Social, seria necessário 
que cada mulher tivesse, em média, 2,1 filhos. Diz o relatório que, a manterem‐se estes números, em 2060 
apenas  existirão  6,3  milhões  de  portugueses  (contra  os  atuais  10  milhões).  “Esta  situação  impede  a 
renovação das gerações e conduz a perdas drásticas da população, num horizonte de poucas décadas”, lê‐se 
no documento. As consequências são drásticas: nessa altura, o país passaria a ter apenas 110 ativos por cada 
100 idosos, quando atualmente tem 340. 
O estudo, elaborado por uma comissão independente e coordenado pelo Professor Joaquim Azevedo, da 
Universidade Católica, defende que é mais importante remover os obstáculos que se colocam a quem quer 
ter filhos, do que premiar os nascimentos. Para travar este cenário conclui que “tem que haver uma política 
mais articulada e transversal para ajudar as pessoas a agirem de forma diferente em relação à natalidade”. 
Não  faz  sentido,  exemplificou,  “haver  investimento  em  escolas,  quando  não  há  alunos.  São  necessárias 
medidas que visem incentivar o rejuvenescimento da população”. 
A  taxa  de  fecundidade  do  concelho  de  Angra  do  Heroísmo,  à  semelhança  dos  Açores  e  da  ilha  Terceira, 
diminuiu entre 2001 e 2013 de 47,4‰ para 37,6‰ (Gráfico 12). A diminuição verificada na taxa de natalidade 
e na taxa de fecundidade contribuem, inequivocamente, para o aumento do índice de envelhecimento do 
concelho. 
Por outro lado, verifica‐se que o índice sintético de fecundidade nos Açores também registou uma quebra 
superior  à  de  Portugal  (Gráfico  13).  Não  existem  dados  relativos  ao  índice  sintético  de  fecundidade  do 
concelho de Angra do Heroísmo. 

Gráfico 12 ‐ Taxa de fecundidade das mulheres nos Açores, Terceira e concelho de Angra do Heroísmo 
(2001‐2013) 

60
50
Permilagem ‰

40
30
20
10
0
2001 2009 2010 2011 2012 2013
RAA 50,4 43,3 42,4 43,0 39,0 36,8
Ilha Terceira 47,4 38,4 37,5 41,6 35,4 35,9
Angra do Heroísmo 47,4 39,5 36,6 41,4 37,9 37,6
 
Fonte: Pordata 

40 
 
 
Gráfico 13 ‐ Índice sintético de fecundidade 
1,6 1,5
1,4
1,4 1,34
1,29 1,27
1,21
1,2

1

0,8

0,6

0,4

0,2

0
2011 2012 2013

Continente RAA
 
Fonte: INE 

3.5 ‐ Estrutura etária, envelhecimento e dependência 
A estrutura demográfica de um país é intrínseca às características económicas e sociais do mesmo, refletindo, 
no  caso  dos  Açores,  a  denominada  «transição  demográfica».  Regra  geral,  um  país  em  desenvolvimento 
apresenta uma população predominantemente jovem, por outro lado, um país desenvolvido apresenta uma 
população  mais  madura.  Os  Açores,  como  região  considerada  desenvolvida,  não  é  exceção  a  esta  regra. 
Atualmente, a pirâmide etária açoriana apresenta uma estrutura mais envelhecida do que há 10 anos, sendo 
que  a  tendência  de  envelhecimento  populacional  resulta,  entre  outros  fatores,  de  uma  baixa  taxa  de 
natalidade  e  do  aumento  da  esperança  média  de  vida.  Estes  fenómenos  são  frequentes  em  países 
desenvolvidos. 

A  tendência  de  diminuição  da  taxa  de  natalidade  em  Portugal  é  preocupante,  uma  vez  que,  segundo  o 
relatório “Estatísticas Demográficas” do INE, já se prolonga desde meados da década de 60 do século XX, 
mais concretamente desde 1962, ano em que se registaram cerca de 220,2 mil nascimentos. A partir desse 
ano iniciou‐se o declínio daquele número: em contraste com aquele número, no ano de 2012 registaram‐se 
apenas cerca de 89,8 mil nascimentos,  o  valor  mais baixo desde 1900. Descontando  os eventuais efeitos 
migratórios, perante a manutenção de níveis tão baixos de natalidade é expectável uma redução significativa 
da população em idade ativa no futuro imediato, o que terá efeitos negativos na economia e nas receitas 
fiscais que permitam financiar o Estado e os regimes de pensões. 

As pirâmides etárias traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma 
leitura  da  perspetiva  histórica  dos  acontecimentos  que  marcam  a  população  representada  ao  longo  de 
décadas  de  vida  das  gerações  mais  antigas.  Considera‐se,  para  efeitos  de  análise,  as  pirâmides  etárias 

41 
 
 
relativas a 2001 e 2011 para Portugal Continental, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo, centrando a atenção 
nos respetivos perfis populacionais. 

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário é a crescente diminuição 
das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha, de modo bastante 
claro, a crescente tendência para o envelhecimento da população. 

No período de 2001 a 2011 (Quadro 5), no concelho de Angra do Heroísmo a população adulta (25‐64 anos) 
e  a  idosa  (mais  de  65  anos)  registam  um  aumento  de  5,5%  e  0,4  %,  respetivamente.  Por  outro  lado,  a 
população  jovem  (0‐14  anos)  e  a  população  jovem‐adulta  (15‐24  anos)  revelam  respetivamente,  um 
decréscimo de 3,4% e 2,5%. 

O peso da população idosa mantém um perfil ascendente, em consequência das tendências de diminuição 
da  fecundidade  e  de  aumento  da  longevidade.  Este  facto  traduz  a  tendência  de  envelhecimento  que 
caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos. 

O concelho de Angra Heroísmo apresenta uma taxa de população jovem (0 ‐ 14 anos) e jovem‐adulta (15‐24 
anos) inferior à Região Autónoma dos Açores. Em contrapartida, a população adulta (25 ‐ 64 anos) e idosa 
(mais de 65 anos) é superior à verificada na Região Autónoma (Gráficos 14 e 15). 
Quadro 5 ‐ Evolução dos grupos etários, em percentagem do total da População (2001‐2011) 
Grupos  Portugal Continental  Açores Ilha Terceira Angra do Heroísmo
Etários  2001  2011  2001 2011 2001 2011 2001  2011
0‐14  15,8  14,8  21,4  17,9  19,7  16,2  19,8  16,4 
15‐24  14,2  10,7  17,0  14,1  16,0  13,5  15,8  13,3 
25‐64  53,5  55,2  48,6  54,9  50,5  55,9  50,2  55,7 
65 ou +  16,5  19,3  13,0  13,1  13,8  14,3  14,3  14,7 
Fonte: INE 

 
Gráfico 14 ‐ Evolução percentual da população jovem (0‐14 anos) (1991‐2013) 
30,0

25,0

20,0
%

15,0

10,0

5,0

0,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal Continental 19,7 15,8 14,8 14,7 14,5
RA Açores 26,4 21,4 17,9 17,6 17,2
Angra do Heroísmo 24,0 19,8 16,4 16,2 16,0
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

42 
 
 
Gráfico 15 ‐ Evolução percentual da população idosa (>65 anos) (1991‐2013)  

25,0

20,0

15,0

% 10,0

5,0

0,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 13,7 16,5 19,3 19,7 20,2
RA Açores 12,5 13,0 13,1 13,0 13,0
Angra do Heroísmo 13,4 14,3 14,7 14,8 15,0
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 
 

Como expectável, os resultados da estrutura etária para o concelho de Angra do Heroísmo revelam, para o 
último período intercensitário, uma evolução demográfica no sentido do envelhecimento da população. Esta 
evolução representa, entre 2001 e 2011, por um lado, uma perda de 3,4% de população jovem, e, por outro, 
um acréscimo de 0,4% da população com 65 e mais anos. Em relação à população ativa, o grupo etário mais 
jovem (15 a 24 anos) sofreu um decréscimo de 2,5% e o restante (25 a 64 anos) registou um aumento de 
5,5%. 

A pirâmide etária do concelho de Angra do Heroísmo para o ano de 2011 reflete, comparativamente ao ano 
de 2001, um envelhecimento da população, que se traduz por um estreitamento da base e alargamento do 
topo da pirâmide (Gráfico 16). 

Ao  decréscimo  da  população  pertencente  às  classes  etárias  jovens  e  jovens‐adultas  (até  aos  24  anos) 
corresponde, naturalmente, um aumento da população adulta (dos 25 aos 64 anos) e idosa (com 65 e mais 
anos). O número de indivíduos total e por sexo nestes escalões etários é inferior em 2011, em relação a 2001, 
não havendo diferenças significativas por sexo. 

Os grupos etários correspondentes à população em idade escolar apresentam uma tendência de diminuição 
acentuada. Esta dinâmica de evolução demográfica repercute‐se inevitavelmente no sector da educação e 
ensino do concelho, com um decrescimento da procura educativa do concelho, isto é, uma redução gradual 
do número de alunos. 

De referir o facto da pirâmide etária relativa ao ano de 2001 apresentar um perfil populacional caracterizada 
por uma estrutura não tão envelhecida, mas já não jovem. Um último aspeto a sublinhar é o facto do número 
de idosos ser superior no sexo feminino. 
 

43 
 
 
Gráfico 16 ‐ Pirâmides etárias (2001‐2011) 
 

Portugal Continental 
85 e +
80‐84
75‐79
70‐74
65‐69
60‐64
55‐59
50‐54
45‐49
40‐44
35‐39
30‐34
25‐29
20‐24
15‐19
10‐14
5‐9
0‐4
‐500000 ‐400000 ‐300000 ‐200000 ‐100000 0 100000 200000 300000 400000 500000

Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011


 
Fonte: INE 

Açores 
85 e +
80‐84
75‐79
70‐74
65‐69
60‐64
55‐59
50‐54
45‐49
40‐44
35‐39
30‐34
25‐29
20‐24
15‐19
10‐14
5‐9
0‐4

‐15 000 ‐10 000 ‐5 000 0 5 000 10 000 15 000

Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011


 
Fonte: INE 

44 
 
 
Terceira 
85 e +
80‐84
75‐79
70‐74
65‐69
60‐64
55‐59
50‐54
45‐49
40‐44
35‐39
30‐34
25‐29
20‐24
15‐19
10‐14
5‐9
0‐4

‐3 000 ‐2 500 ‐2 000 ‐1 500 ‐1 000 ‐500 0 500 1 000 1 500 2 000 2 500

Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011


 
Fonte: INE 

Concelho de Angra do Heroísmo 

85 e +
80‐84
75‐79
70‐74
65‐69
60‐64
55‐59
50‐54
45‐49
40‐44
35‐39
30‐34
25‐29
20‐24
15‐19
10‐14
5‐9
0‐4

‐2 000 ‐1 500 ‐1 000 ‐500 0 500 1 000 1 500 2 000

Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011


 
Fonte: INE 

45 
 
 
Os valores referentes à população por escalão etário nas freguesias do concelho Angra do Heroísmo revelam, 
como seria de esperar, uma crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das 
classes mais idosas, o que espelha, de modo claro, a tendência para o envelhecimento da população. 

Procedendo‐se à análise pormenorizada dos grupos etários (Quadro 6 e Gráfico 17), constata‐se que em oito 
freguesias (Conceição, Santa Luzia, São Pedro, Sé, Doze Ribeiras, Raminho, Santa Bárbara e Serreta), que no 
seu cômputo representam 38,34% da população residente do concelho, a população jovem (0‐14 anos) é 
inferior à população idosa (mais de 65 anos). A freguesia da Sé é a que apresenta maior diferença percentual 
entre a população jovem (9,5%) e a população idosa (26,4%). 

A observação das pirâmides etárias das freguesias do concelho de Angra do Heroísmo para o ano de 2011, 
não permite estabelecer uma estrutura que diferencie as freguesias urbanas das rurais (Gráfico 18). 
 
Quadro 6 ‐ População residente, por grupo etário, na Terceira e no concelho de Angra do Heroísmo 
(2011) 
Grupos Etários 
Jovens  Idosos 
Zona Geográfica  25‐64  15‐64  65 ou mais  Total 
0‐14 Anos  15‐24 Anos (%)  (%) 
Anos  Anos  anos  
Ilha Terceira   9 167  7603  31575  39178  8 092  56 437  16,2  14,3 
Angra do Heroísmo  5 793  4693  19705  24398  5 211  35 402  16,4  14,7 
Altares  153  130  496  626  122  901  17,0  13,5 
Angra (Conceição)  450  484  2047  2531  736  3 717  12,1  19,8 
Angra (Santa Luzia)  310  334  1525  1859  586  2 755  11,3  21,3 
Angra (São Pedro)  498  442  1911  2353  609  3 460  14,4  17,6 
Angra (Sé)  91  109  503  612  252  955  9,5  26,4 
Cinco Ribeiras  119  110  377  487  98  704  16,9  13,9 
Doze Ribeiras  74  49  289  338  101  513  14,4  19,7 
Feteira  224  152  727  879  136  1 239  18,1  11,0 
Porto Judeu  441  353  1405  1758  302  2 501  17,6  12,1 
Posto Santo  195  162  578  740  113  1 048  18,6  10,8 
Raminho  92  60  291  351  122  565  16,3  21,6 
Ribeirinha  464  327  1543  1870  350  2 684  17,3  13,0 
Santa Bárbara  205  157  679  836  233  1 274  16,1  18,3 
São Bartolomeu de Regatos  386  269  1118  1387  210  1 983  19,5  10,6 
São Bento  277  294  1162  1456  267  2 000  13,9  13,4 
São Mateus da Calheta  785  538  2085  2623  349  3 757  20,9  9,3 
Serreta  54  34  182  216  65  335  16,1  19,4 
Terra Chã  595  453  1625  2078  242  2 915  20,4  8,3 
Vila de São Sebastião  380  236  1162  1398  318  2 096  18,1  15,2 
Fonte: INE 

46 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: INE 
10%
15%
20%
25%
30%

0%
5%
Altares

Angra (Conceição)

Angra (Santa Luzia)

Angra (São Pedro)

Angra (Sé)

Cinco Ribeiras

Doze Ribeiras

Feteira

Porto Judeu

Posto Santo

Raminho

 
Ribeirinha

47 
Santa Bárbara

São Bartolomeu de Regatos

São Bento

São Mateus da Calheta

Serreta

Terra Chã

Vila de São Sebastião
Gráfico 18 ‐ Pirâmides etárias das freguesias (2011) 
Gráfico 17 ‐ População jovem e idosa residente (%) (2011) 

Idosos %
Jovens %

AH Média Idosos
AH Média Jovens

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

    Fonte: INE 

49 
 
 
3.6 ‐ Índice de envelhecimento e de dependência de idosos 
O índice de envelhecimento do concelho de Angra do Heroísmo, no período de 1991 a 2013, registou um 
acréscimo de 36,2% (Gráfico 19), o que significa que para cada 100 jovens existiam, em 1991, 57 idosos e em 
2013 esse valor passou para 93 idosos. O referido índice para a população dos Açores registou um acréscimo 
27,2% no período referenciado. 

Gráfico 19 ‐ Índice de envelhecimento (%), em Portugal, Açores e Angra do Heroísmo (1991‐2013) 

140,0
120,0
100,0
80,0
%

60,0
40,0
20,0
0,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 72,1 102,2 127,8 131,1 136,0
Açores 48,8 60,5 72,3 74,1 76,0
Angra do Heroísmo 57,0 73,3 90,0 91,2 93,2
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 
 
De igual modo, se verifica um aumento, ainda que ligeiro, no índice de dependência de idosos que teve um 
acréscimo de 0,2%, passando de 21,4%, em 1991 para 21,6% em 2013. Também neste indicador o concelho 
de  Angra  do  Heroísmo  apresenta  um  índice  superior  ao  registado  na  Região  Autónoma  dos  Açores,  que 
assinalou uma descida de 1,7% (Gráfico 20). 

Gráfico 20 ‐ Índice de Dependência de Idosos (%) (1991‐2013) 

35
30
25
20
%

15
10
5
0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 20,9 24,6 28,8 29,4 30,3
Açores 20,4 19,7 18,7 18,7 18,7
Anga do Heroísmo 21,4 21,8 21,2 21,4 21,6
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 
 

50 
 
 
3.7 ‐ Índice de Dependência de Jovens e de Dependência Total 
O Índice de Dependência de Jovens do concelho de Angra do Heroísmo passou de 37,6% em 1991 para 23,2% 
em 2013 (Gráfico 21). Isto significa que para cada 100 jovens menores de 15 anos existiam 37 e 23 idosos em 
1991 e 2013, respetivamente. Está‐se perante um valor inferior a 100, o significa que há menos jovens do 
que pessoas em idade ativa e que esta diferença está a crescer. 

Este índice (23,2%) é inferior ao da Região Autónoma dos Açores (24,6%) e superior ao de Portugal (22,3%). 
O concelho de Angra do Heroísmo apresenta uma taxa variação inferior à da Região Autónoma dos Açores. 

Gráfico 21 ‐ Índice de dependência de jovens (%) (1991‐2013) 

45
40
35
30
25
%

20
15
10
5
0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 29 24 22,6 22,5 22,3
Açores 41,9 32,5 25,9 25,2 24,6
Anga do Heroísmo 37,6 29,8 23,9 23,5 23,2
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 
 
Os resultados do Índice de Dependência Total ajudam a refletir sobre a necessidade de definir políticas ativas 
no que diz respeito à população. Para o concelho de Angra do Heroísmo ocorreu um decréscimo, entre 1991 
e 2013, de 59% para 44,9%, o que significa que se verificou uma diminuição da importância dos não ativos 
para os ativos (Gráfico 22). Quer isto dizer que, para cada 100 indivíduos potencialmente ativos existiam 59 
não ativos em 2001 e  45 em 2013.  Este facto, associado à circunstância  da não substituição de gerações 
condicionará as políticas sociais no futuro próximo. 

O esforço total da população ativa concelhia, no suposto auxílio que esta presta a pessoas jovens e idosas, é 
medido através do Índice de Dependência Total tendo, entre 1991 e 2013, passado de 59% para 45%. Esta 
redução deve‐se à diminuição da dependência de jovens. 

Em  síntese,  a  população  do  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  tem  envelhecido,  acompanhando  aliás  a 
tendência  de  quase  todos  os  concelhos  dos  Açores.  Este  facto,  resultado  do  fenómeno  da  transição 
demográfica,  parece  estar  relacionado  não  só  com  a  mudança  de  mentalidades,  o  que  se  reflete  na 
diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por 
parte da população ativa jovem e em idade de procriar. 

51 
 
 
Gráfico 22 ‐ Índice de dependência total (%) (1991‐2013) 

70,0

60,0

50,0

% 40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 50,0 48,6 51,4 51,9 52,5
Açores 62,3 52,2 44,6 43,9 43,3
Angra do Heroísmo 59,0 51,1 45,1 45,0 44,9
 
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente 

3.8 ‐ Dimensão das Famílias  
A  tendência  demográfica  registada  nas  últimas  décadas  (aumento  da  esperança  de  vida,  queda  da 
fecundidade, adiamento da parentalidade, aumento das uniões de facto e do divórcio) implica um processo 
de  mudança  progressivo  e  persistente  em  direção  a  novas  formas  de  viver  em  casal  e  em  família.  Como 
principais linhas de transformação é possível identificar: 

• Um padrão de vida doméstica assente, generalizadamente, em famílias de menor dimensão, devido 
ao menor número de filhos, que raramente ultrapassa os dois; 

• O decréscimo das famílias alargadas; 

• O aumento das famílias unipessoais; 

• O reforço da privacidade da vida conjugal, vivendo os casais (com ou sem filhos) cada vez menos em 
co‐residência com outros familiares; 

• Um crescimento da autonomia residencial dos indivíduos, com mais pessoas vivendo sós, em todas 
as idades e em diferentes fases da vida (solteiros, separados, divorciados e viúvos); 

• Uma diversidade mais acentuada das formas de viver em família, quer em relação à conjugalidade 
(casamento “de direito” e “de facto”, casamento religioso ou civil), quer em relação à parentalidade 
(aumento das famílias monoparentais e recompostas). 
 
 
 
52 
 
 
Quadro 7 ‐ Dimensão das famílias (2001‐2011) 
Famílias clássicas segundo a dimensão 
Nº de famílias clássicas  (2011) 
  residentes 
Com 5 ou 
Com 1  Com 2  Com 3  Com 4 
2001  2011 mais 
RAA  71846  81715  14006  20871  19231  16295  11312 

Angra do Heroísmo  10957  12195  2254  3346  2847  2392  1356 


Fonte: SREA 

De acordo com os Censos de 2011, registou‐se, entre 2001 e 2011, um aumento de famílias clássicas no 
concelho de Angra do Heroísmo (11,3%) e nos Açores (13,7%). A família nos Açores, assim como na maioria 
dos países ocidentais, tende a ver reduzida a sua dimensão. Esta situação pode ser confirmada através da 
dimensão média da família, ou seja, da relação entre o número de pessoas nas famílias e o total das famílias 
clássicas existentes, bem como pela sua composição, isto é, através da distribuição pelo número de pessoas 
que a compõe. 

Ao observar a composição das famílias clássicas, segundo o número de pessoas, verifica‐se que no concelho 
de Angra do Heroísmo e nos Açores, as famílias com duas pessoas são as mais representativas, seguidas das 
constituídas por três pessoas. 

Em 2011, do total de famílias clássicas residentes no concelho, 18,5% dizem respeito a famílias com uma 
pessoa, 27,5% a famílias com duas pessoas, 23,3% a famílias com três pessoas, 19,6% a famílias com quatro 
pessoas e 11,1% a famílias com cinco ou mais pessoas. 

3.9 ‐ Nível de escolaridade da população residente 
A população residente do concelho de Angra do Heroísmo apresenta um baixo nível escolaridade (Gráfico 
23). Em 2011, mais de 42,3% da população não vai para além o 1º ciclo do Ensino Básico e 55% da população 
não possui o 3º ciclo do Ensino Básico completo. A taxa de analfabetismo é de 4,32% e apenas 12,8% dos 
residentes apresenta como habilitação académica o ensino superior. 

Da análise dos dados infere‐se que não existe uma correlação entre o nível de escolaridade e o que diferencia 
as freguesias do concelho, com exceção do ensino superior, cuja taxa apresenta valores mais elevados nas 
freguesias urbanas (Quadro 8 e Gráfico 24). 

Realça‐se ainda no período que decorre de 2001 a 2011 uma descida de 6,9%, na população com 15 e mais 
anos, sem nível de escolaridade (Gráfico 25), um acréscimo,  no mesmo grupo populacional, de 2,3% com 
ensino secundário (Gráfico 26) e 5,3% com o ensino superior (Gráfico 27), no período de 2001 a 2011. Estes 
valores  são,  em  boa  medida,  um  resultado  da  evolução  positiva  verificada  na  década  2001‐2011,  onde  a 
53 
 
 
população sem qualquer qualificação diminuiu cerca de 42% e a população qualificada com o ensino superior 
quase duplicou. 
Gráfico 23 ‐ População residente, por nível de escolaridade (%) (2011) 

35,0

30,0

25,0

20,0
%

15,0

10,0

5,0

0,0
Nenhum Ed. Pré‐ 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundári Pós Superior
nível de Escolar o Secundári
escolarida o
de
Angra do Heroísmo 6,2 2,8 33,3 12,7 16,4 14,9 0,9 12,8
 
Fonte: INE 

Quadro 8 ‐ População residente (%) segundo o nível de escolaridade (2011) 
População residente segundo o nível de escolaridade atingido (%) 

Analfabetis
Taxa de 
     Ensino básico   
Zona Geográfica  Nenhum  Educação 
Pós 
nível  Pré‐ 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo  Secundário  Superior 
Secundário 
escolaridade  Escolar 
Angra do Heroísmo  6,2  2,8  33,3  12,7  16,4  14,9  0,9  12,8  4,32
Altares  5,3  3,4  39,1  15,0  17,3  13,0  0,7  6,2  5,46
Angra (Conceição)  5,2  2,3  32,6  10,8  16,5  15,1  1,1  16,3  4,03
Angra (Santa Luzia)  7,8  1,9  30,3  9,5  17,1  15,6  1,1  16,7  6,97
Angra (São Pedro)  4,5  2,8  21,9  8,0  17,1  17,1  1,2  27,6  1,68
Angra (Sé)  4,2  1,6  26,7  7,3  15,0  18,1  1,2  26,0  2,00
Cinco Ribeiras  4,7  2,6  39,1  13,4  16,6  15,5  1,3  7,0  3,67
Doze Ribeiras  2,3  2,3  47,4  16,8  13,8  13,3  0,0  4,1  6,79
Feteira  6,6  3,3  30,5  11,6  16,0  16,8  0,9  14,3  3,01
Porto Judeu  6,0  3,3  36,7  16,8  15,5  14,4  1,3  5,9  3,29
Posto Santo  5,2  3,1  31,9  15,6  15,8  18,3  0,9  9,3  3,43
Raminho  7,1  2,8  44,1  15,6  10,4  13,5  0,0  6,5  4,39
Ribeirinha  7,7  2,8  39,8  13,3  14,9  12,5  0,8  8,3  6,88
Santa Bárbara  6,7  1,6  42,5  16,5  14,8  12,9  0,5  4,5  5,15
São Bartolomeu  6,4  3,5  33,8  12,9  16,7  15,0  1,2  10,4  2,61
São Bento  4,7  2,3  31,1  12,7  16,9  16,8  1,2  14,5  3,56
São Mateus da Calheta  8,5  2,9  32,2  14,5  16,7  13,9  0,7  10,7  5,97
Serreta  7,5  2,4  47,5  12,8  11,6  14,0  0,6  3,6  6,06
 Terra Chã  5,3  3,8  30,9  12,6  19,6  14,7  0,9  12,1  3,58
Vila de São Sebastião  7,4  3,1  39,2  15,5  15,6  12,4  0,6  6,2  4,67
Fonte: INE 

54 
 
 
Gráfico 24 ‐ População residente (%) por  nível de escolaridade (2011) 

55 
 
 

56 
 
 

Fonte: INE 

Gráfico 25 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, sem nível de escolaridade, no concelho de Angra 
do Heroísmo (1960‐2011) 
70
62,7

60

50
38,5
40
%

30

20 16,4
9,5
10

0
1960 1981 2001 2011
 
Fonte: Pordata 

57 
 
 
Gráfico 26 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino secundário, no concelho de Angra 
do Heroísmo (1960‐2011) 
 

14
12,7

12
10,3
10

8
%

4 3,2
2,6

0
1960 1981 2001 2011
 
Fonte: Pordata 

Gráfico 27 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino superior, no concelho de Angra do 
Heroísmo(1960‐2011) 
 

14
11,9
12

10

8
6,6
%

1,5
2
0,4
0
1960 1981 2001 2011
 
Fonte: Pordata 

 
58 
 
 
4 – Caracterização socioeconómica 
A  caracterização  da  população  deve,  entre  outros  fatores,  considerar  a  estrutura  segundo  as  atividades 
económicas e, de uma forma geral, os aspetos que permitam entender os principais elementos da dinâmica 
económica, mesmo tendo em atenção que serão apresentados apenas dados para o concelho de Angra do 
Heroísmo. 

Em relação à população residente, como já foi referido, o concelho de Angra do Heroísmo, desde 2001, tem 
registado uma taxa de crescimento populacional negativa. Entre o último período intercensitário e o ano de 
2013, observa‐se um decréscimo populacional de 373 habitantes, a que corresponde uma quebra de 1,05 
pontos percentuais (pp). Nos Açores, no mesmo período, registou‐se um acréscimo de populacional de 2,07% 
(Quadro 1). 

4.1 ‐ População Ativa e Empregada 
Em termos de taxa de atividade, em 2011 o concelho de Angra do Heroísmo, com 47,7%, apresenta valores 
superiores aos dos Açores (46,6%), embora ambos registem idêntica taxa de crescimento, cerca de 4%, entre 
2001 e 2011. Por outro lado, na última década, o número dos ativos empregados registou um aumento de 
10,6%,  inferior,  contudo  ao  acréscimo  registado  nos  Açores  (13,2%).  A  relação  entre  o  número  de 
empregados e a população residente ativa no concelho de Angra do Heroísmo registou um decréscimo de 
4,3% na última década (Quadro 9). 

Se em relação à taxa de atividade, o comportamento do concelho segue de perto o comportamento dos 
Açores, no que diz respeito à taxa de desemprego, o concelho de Angra do Heroísmo apresenta em 2001 um 
valor inferior (5%) ao registado nos Açores (6,7%), e, em 2011, mantém a mesma tendência, isto é, 9,3% 
contra  11,1%.  Destaca‐se  a  subida  da  taxa  de  desemprego  no  concelho  e  nos  Açores  na  última  década 
(Gráficos 28 e 29). 
 

Quadro 9 ‐ Indicadores síntese de dinâmica populacional e emprego, em 2001 e 2011 
Variação 
População  População Ativa  População  Taxa de  Taxa de  Taxa de 
  Populacional 
Residente  Total  Empregada  Atividade %  desemprego %  emprego % 

  2001  2011  2001‐2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011 2001  2011

RAA  241763  246772  2,07%  101488  114920 94728 102127 42,0  46,6  6,7  11,1  49,9  50,4 

Angra do 
35581  35402  ‐0,50%  15261  16882  14502 15311  42,9  47,7  5  9,3  50,8  51,7 
Heroísmo 
Fonte: SREA 

 
 
 

59 
 
 
Gráfico 28 ‐ Taxas de atividade e de desemprego (2001‐2011) 
60,0

50,0

40,0

30,0
%

20,0

10,0

0,0
2001 2011 2001 2011
Taxa de Atividade Taxa de Desemprego
RA Açores 42,0 46,6 2,3 11,3
Angra do Heroísmo 42,9 47,7 5,0 9,3
 

Fonte: INE 

Gráfico 29 – População ativa, no concelho de Angra do Heroísmo (1960‐2011) 
 

18000

16000

14000

12000

10000

8000

6000

4000

2000

1960 1981 2001 2011


 
Fonte: INE 

Em  relação  ao  concelho  de  Angra  do  Heroísmo,  observa‐se,  com  base  nos  dados  de  desemprego 
disponibilizados  pela  Agência  para  a  Qualificação  e  Emprego  de  Angra  do  Heroísmo  (Gráfico  30),  que  o 
número de desempregados aumentou 142,6%, no período de agosto de 2010 e julho de 2014. O desemprego 
no  concelho  afeta,  maioritariamente,  a  faixa  etária  dos  35  aos  54  anos,  tendo  aumentado  de  forma 
significativa o número de desempregados com idade igual ou superior aos 55 anos (Gráfico 31). 

60 
 
 
De acordo com dos dados de julho de 2014, verifica‐se que os desempregados à procura de novo emprego 
(1537) e de curta duração (1117) superam significativamente os desempregados que procuram o primeiro 
emprego (190) e os de longa duração (610). Os dados revelam ainda que no segundo semestre de 2014 a 
percentagem de desempregados à procura de novo emprego aproximava‐se dos 89% (Gráfico 32). 

No que respeita aos níveis de escolaridade, e considerando a população ativa dos 15 aos 64 anos, regista‐se 
que todos os segmentos evoluíram desfavoravelmente,  tendo o número de desempregados com o ensino 
secundário  e  superior  aumentado  mais  pontos  percentuais  do  que  os  restantes.  Deste  facto  resultou, 
inclusivamente, uma diminuição no peso relativo dos desempregados com o nível de escolaridade inferior 
ao 3º ciclo do ensino básico. 

O número de desempregados com o ensino secundário aumentou 250 pontos percentuais, entre agosto 2010 
e julho de 2014, e os do ensino superior de 353 pontos percentuais. O segmento dos desempregados com 
um nível de escolaridade inferior ao terceiro ciclo do ensino básico, registou um acréscimo de 202,4 pontos 
percentuais e os com nível até ao 3º ciclo do ensino básico um aumento de 245 pontos percentuais. Em 
relação a agosto 2010 foram os desempregados com ensino superior os que apresentaram  maior acréscimo 
na respetiva taxa de desemprego, seguidos dos desempregados com ensino secundário (Gráfico 33). Ou seja, 
uma coisa é o aumento da escolaridade da população empregada, e outra bem diferente, é a ocupação por 
essa população com maior escolaridade de empregos qualificados. 

Apesar  dos  programas  criados  para  o  incremento  de  emprego,  a  taxa  de  desemprego  representa  uma 
realidade  preocupante,  constituindo  assim  um  problema  económico,  político  e  social  para  a  Região 
Autónoma dos Açores de maneira geral e para o concelho de Angra do Heroísmo em particular. 

De  acordo  com  a  informação  disponibilizada  pela  Direção  Regional  de  Solidariedade  Social  (DRSS),  em 
Dezembro  de  2014,  o  número  de  beneficiários  com  processamento  de  prestações  de  desemprego 
correspondia  a  721  pessoas,  o  que  evidencia  um  acréscimo  de  cerca  de  226  beneficiários  face  ao  mês 
homólogo de 2011, traduzindo um crescimento de 45,7 pontos percentuais (Gráfico 34). Refira‐se que o valor 
médio  do  subsídio  de  desemprego  passou  de  e  458,96  para  €  507,39  de  dezembro  de  2010  para  o  mês 
homólogo de 2014. 
 
 
 
 
 
 

61 
 
 
Gráfico 30 ‐ Evolução do número de desempregados (2010‐2014) 

2 000

1 800

1 600

1 400

1 200

1 000

800

600

400

200

0
 Agosto 2010  Setembro 2011  Setembro 2012  Julho 2013  Julho 2014
H 439 582 836 1 117 1 021
M 273 463 611 701 706
HM 712 1 045 1 447 1 818 1 727
 
Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo 

Gráfico 31 ‐ Evolução do número de desempregados por grupos etários (2010‐2014) 
900

800

700

600

500

400

300

200

100

0
 Agosto 2010  Setembro 2011  Setembro 2012  Julho 2013  Julho 2014
< 25 anos 150 191 278 316 282
25 a 34 anos 223 339 416 501 508
35 a 54 anos 270 427 609 808 738
≥ 55 anos 69 88 144 193 199
 
Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo 

62 
 
 
Gráfico 32 ‐ Evolução do número de desempregados por tempo de inscrição na AQEAH (2010‐2014) 
1 800

1 600

1 400

1 200

1 000

800

600

400

200

0
 Agosto 2010  Setembro 2011  Setembro 2012  Julho 2013  Julho 2014
< 1 ano 593 838 1 085 1 248 1 117
≥1 ano 119 207 362 570 610
1º emprego 53 79 99 145 190
Novo emprego 659 966 1 348 1 673 1 537
 
Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo 

Gráfico 33 ‐ Evolução do número de desempregados por habilitações literárias (2010‐2014) 

600

500

400

300

200

100

0
 Agosto 2010  Setembro 2011  Setembro 2012  Julho 2013  Julho 2014
< 1º Ciclo 76 99 72 124 61
1º Ciclo 220 327 457 559 437
2º Ciclo 196 241 349 385 438
3º Ciclo 142 210 366 480 490
Secundário 52 95 118 179 182
Superior 26 71 85 91 118
 
Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo 

63 
 
 
Gráfico 34 ‐ Número de beneficiários do subsídio de desemprego (2011‐2014) 
 800

 750
721

 700

 650

 600

 550
495
 500

 450

 400
 Dez 2011  Dez 2014
 
Fonte: DRSS 

Ao  confrontar  a  evolução  população  empregada  no  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  entre  2001  e  2011, 
constata‐se que, para além da taxa de emprego apresentar uma redução de 0,4 pontos percentuais (Gráfico 
35),  a  maioria  da  população  do  concelho  trabalhava  por  conta  de  outrem  (Gráfico  36).  Verifica‐se  que  a 
percentagem de trabalhadores por conta de outrem e de trabalhadores por conta própria isolados diminuiu 
2,9% e 0,3% entre 2001 e 2011 (Gráficos 36 e 37). 

Gráfico 35 ‐ Taxa de emprego (%) (2001‐2011) 
 50,9
50,8
 50,8

 50,7

 50,6

 50,5
50,4
 50,4

 50,3

 50,2
2001 2011
 

Fonte: Pordata 

64 
 
 
Gráfico 36 ‐ Trabalhadores por conta de outrem (%) (2001‐2011) 
 84,0

 83,5 83,1
 83,0

 82,5

 82,0

 81,5

 81,0

 80,5 80,2
 80,0

 79,5

 79,0
2001 2011
 
Fonte: Pordata 

 
Gráfico 37 ‐ Trabalhadores por conta própria isolados (%) (2001‐2011) 
 8,6
8,5
 8,5

 8,4

 8,3

8,2
 8,2

 8,1

 8,0
2001 2011

 
Fonte: Pordata 

4.2 ‐ Setores de atividade e profissões 
A análise da repartição da população ativa empregada, por setor de atividade económica, na última década 
revela que a população residente empregada no concelho de Angra do Heroísmo e nos Açores se encontra, 
maioritariamente, associada ao sector terciário, representando no concelho de Angra do Heroísmo em 2011, 
cerca de 72,7% da população empregada, traduzindo‐se num crescimento de 4,3% (Quadros 10 e 11). Por 
outro  lado,  verifica‐se  que  na  última  década  a  população  residente  empregada  decresceu  nos  demais 
sectores de atividade (Gráfico 38). 

65 
 
 
Mais  uma  vez,  os  dados  relativos  à  população  empregada  confirmam  uma  crescente  terciarização  da 
economia. 
 
  Quadro 10 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011) 
  População economicamente ativa 
  Empregada
  Terciário 
Total  Relação 
Total  Primário  Secundário  Natureza 
  Total  Atividade 
Social 
Económica 
  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011 
RAA  101488  114920  94728  102127  11155 8636  24232 21050 59341 72441  33209  36355  26132 36086
Angra do 
15261  16882  14502  15311  1418  1234  3164  2945  9920  11132  6051  6117  3869  5015 
Heroísmo 
Fonte: INE 

 
 
Quadro 11 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011) 
  Terciário 
Primário  Secundário  Relação Atividade 
  Total  Natureza Social 
Económica 
  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011  2001  2011 

RAA  11,8  8,5  25,6  20,6  62,6  70,9  35  35,6  27,6  35,3 
Angra do 
9,8  8,1  21,8  19,2  68,4  72,7  41,7  40  26,7  32,7 
Heroísmo 
Fonte: INE 

Gráfico 38 ‐ População empregada (%) por setor de atividade económica (2011) 

80,0

70,0

60,0

50,0

40,0
%

30,0

20,0

10,0

0,0
2001 2011 2001 2011 2001 2011
Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário
RA Açores 11,8 8,5 25,6 20,6 62,6 70,9
Angra do Heroísmo 9,8 8,1 21,8 19,2 68,4 72,7
 
Fonte: INE 

Relativamente  ao  sector  terciário  é  de  referir  que  os  serviços  relacionados  com  a  atividade  económica 
(Quadro 11) representavam 32,7% do emprego em 2011, valor inferior ao dos Açores (35,3%). Por outro lado, 
destaca‐se que os serviços de natureza social apresentam um valor superior ao registado pelos Açores (40% 
contra 35,6% em 2011). 

66 
 
 
A evolução, no que diz respeito ao sector terciário, foi, entre 2001 e 2011, menos expressiva no concelho por 
comparação  ao  arquipélago.  Com  efeito,  verificou‐se  um  acréscimo  de  4,3%  e  8,3%,  respetivamente  em 
Angra do Heroísmo e nos Açores. É necessário ter em atenção a importância que estes serviços apresentam 
no concelho e os valores absolutos registados, bem como as mais‐valias. 

O sector secundário apresenta uma estrutura com um número de ativos ligeiramente inferior ao registado 
nos Açores em 2011 (19,2% contra 20,6%). Constata‐se o facto de o peso na estrutura de atividades ter vindo 
a decrescer tendo o concelho registado uma perda de 2,6%. 

Por último, destaca‐se a evolução ocorrida nas atividades do sector primário, com uma diminuição dos ativos, 
correspondendo os empregados em 2011, a apenas 8,1% dos ativos, valor inferior ao verificado nos Açores 
(8,5%). 

A  leitura  da  evolução  e  da  estrutura  da  população  residente,  empregada  segundo  grupos  de  profissões, 
permite ampliar o conhecimento socioeconómico do concelho (Quadro 12 e Gráfico 39). 

De  entre  a  estrutura  empregada  segundo  grupos  de  profissões,  verifica‐se  que  predomina  o  Grupo  5  – 
Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (18,1% dos ativos empregados 
em 2011) tendo registado desde 2001 um aumento de 662 ativos (3,6%). A perda de importância do setor 
da indústria e da construção expressa‐se na variação registada no Grupo 7 – Trabalhadores qualificados da 
indústria,  construção  e  artífices,  tendo  registado  desde  2001  uma  perda  de  420  ativos  (‐3,6%), 
representando, ainda assim, 13,6%  dos ativos em 2011.  Também o Grupo 8 – Operadores de instalações 
industriais e máquinas fixas, condutores e montadores, registou desde 2001 uma diminuição de 46 ativos, 
embora  continue  a  representar  3,6%  da  estrutura  da  população  residente  empregada.  O  Grupo  9  – 
Trabalhadores  não  qualificados,  não  obstante  ter  na  estrutura  da  população  residente  empregada  uma 
importância  elevada  (16,6%),  registou  desde  2001  uma  quebra  de  377  ativos  (‐3,6%).  O  Grupo  2  – 
Especialistas  das  atividades  intelectuais  e  científicas,  reforçou  a  sua  posição  na  estrutura  da  população 
residente  empregada,  tendo  registado  desde  2001  um  aumento  de  947  ativos  (5,7%).  O  Grupo  1  – 
Representantes  do  poder  legislativo  e  de  órgãos  executivos,  dirigentes,  diretores  e  gestores  executivos 
registou  um  aumento  de  201  empregados  desde  2001  (1%).  Comportamento  semelhante  apresentou  o 
Grupo 3 – Profissões técnicas intermédias, com um reforço de 87 ativos, representando 10,1% da população 
empregada. O Grupo 4 – Empregados administrativos, embora tenha significado em termos da estrutura de 
profissões,  que  representa  10,4%  da  população  empregada  em  2011  registou  um  decréscimo  de  55 
empregados. De referir ainda que no Grupo 6 – Trabalhadores da agricultura e da pesca, cuja importância já 
era reduzida em 2001 (8% dos ativos), verificou‐se uma perda de 222 ativos (‐1,9%). 

67 
 
 
Quadro 12 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do 
Heroísmo (2001‐2011) 
2001  2011 
Variação 
População  População  2001‐2011 
(%)  (%) 
Ativa  Ativa 
G0 ‐ Profissões das Forças Armadas   131  0,9%  165  +1,1%  34 
G1 ‐ Representantes do poder legislativo e de 
órgãos  executivos,  dirigentes,  diretores  e  690  4,8%  891  +5,8%  201 
gestores executivos 
G2 ‐ Especialistas das atividades intelectuais e 
1289  8,9%  2236  +14,6%  947 
científicas 
G3 ‐ Técnicos e profissões de nível intermédio  1463  10,1%  1550  +10,1%  87 
G4 ‐ Pessoal administrativo  1646  11,4%  1589  ‐10,4%  ‐57 
G5 ‐ Trabalhadores dos serviços pessoais, de 
2107  14,5%  2769  +18,1%  662 
proteção e segurança e vendedores 
G6 ‐ Agricultores e trabalhadores qualificados 
1156  8,0%  934  ‐6,1%  ‐222 
da agricultura, da pesca e da floresta 
G7 ‐ Trabalhadores qualificados da indústria, 
2498  17,2%  2078  ‐13,6%  ‐420 
construção e artífices 
G8 ‐ Operadores de instalações e máquinas e 
598  4,1%  552  ‐3,6%  ‐46 
trabalhadores da montagem 
G9 ‐ Trabalhadores não qualificados  2924  20,2%  2547  ‐16,6%  ‐377 
TOTAL  14502  100,0%  15311  100%  809 
Fonte: INE 

Gráfico 39 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do 
Heroísmo (2011) 

 3 000

 2 500

 2 000

 1 500

 1 000

 500

 ‐
Forças Armadas Representantes Especialistas Técnicos e Pessoal Trabalhadores Agricultores e Trabalhadores Operadores de Trabalhadores
do poder das atividades profissões de administrativo dos serviços trabalhadores qualificados na instalações e não
legislativo e de inteletuais e nível pessoais, de qualificados indústria máquinas qualificados
órgãos científicas intermédio proteção e
executivos segurança
Série1 165 891 2 236 1 550 1 589 2 769 934 2 078 552 2 547

 
Fonte: INE 

De  acordo  com  os  dados  constantes  no  Recenseamento  Geral  da  População  de  2011,  observa‐se  que  no 
concelho de Angra do Heroísmo a proporção do rendimento das pessoas por via do trabalho é superior ao 
da Região Autónoma dos Açores e ao de Portugal Continental. 
68 
 
 
A maioria da população residente no concelho com mais de 15 anos (Quadros 13 e 14) tem o trabalho como 
principal  fonte  de  rendimento  (51,2%),  a  que  se  segue  o  produto  de  pensões  (23,4%).  Se  a  este  grupo 
acrescer os beneficiários de prestações sociais, pode‐se verificar que cerca de 28,2% da população, com mais 
de  15  anos,  depende  do  sistema  social  para  sobreviver  e  17,6%  se  encontra,  exclusivamente,  a  cargo  da 
família. 
Quadro 13 ‐ População residente, com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) 
Subsídios de  Rendimento da  A Cargo da 
Total  Trabalho  Pensões  Outro 
Apoio Social*  Propriedade  Família 
Portugal Continental  8 563 501  4 125 949  2 366 476  488 433  39 039  1 300 656  242 948
RA Açores  202 575  101 801  42 677  10 998  849  40 608  5 642 
Angra do Heroísmo  29 609  15 169  6 929  1 418  146  5 212  735 
Fonte: INE 

*O  valor  indicado  inclui  o  somatório  de:  subsídio  de  desemprego;  subsídio  por  acidente  de  trabalho  ou  doença  profissional; 
Rendimento Social de Inserção (RSI); outro subsídio temporário (doença, maternidade, etc.); subsídio de apoio social. 

 
 
Quadro 14 ‐ População residente (%) com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) 
Subsídios de  Rendimento da  A Cargo 
Trabalho  Pensões Outro 
Apoio Social*  Propriedade  da Família 
Portugal Continental  48,2  27,6  5,7  0,5  15,2  2,8 
RA Açores  50,3  21,1  5,4  0,4  20,0  2,8 
Angra do Heroísmo  51,2  23,4  4,8  0,5  17,6  2,5 
Fonte: INE 

*O  valor  indicado  inclui  o  somatório  de:  subsídio  de  desemprego;  subsídio  por  acidente  de  trabalho  ou  doença  profissional; 
Rendimento Social de Inserção (RSI); outro subsídio temporário (doença, maternidade, etc.); subsídio de apoio social. 

4.3 ‐ Rendimento Social de Inserção 
As sociedades modernas fundam‐se nos valores da igualdade, nomeadamente nos princípios da igualdade 
de oportunidades, sendo esta um dos pilares da cidadania. Mas, mesmo nas sociedades desenvolvidas, a 
verdadeira igualdade de oportunidades não foi totalmente alcançada, pois, não apenas continuam a existir 
grupos  extremamente  vulneráveis  à  pobreza  e  à  exclusão  social,  como  essas  situações  tendem,  com 
persistência, a reproduzir‐se no tempo. 

Nos Açores, as políticas públicas parecem não ter sido inteiramente capazes, até ao momento, de combater 
com eficácia a pobreza e a exclusão, nem de prever o seu aparecimento (Rodrigues, 2010). Contudo, um dos 
mecanismos  de  minimização  das  consequências  da  pobreza  extrema  tem  sido  as  políticas  sociais  de 
“rendimento mínimo”, cuja filosofia visa precisamente garantir um padrão de vida condigno àqueles que mais 

69 
 
 
necessitam. No nosso país, o Rendimento Social de Inserção (RSI) veio, em 2003, substituir o seu percursor, 
o Rendimento Mínimo Garantido (RMG). 

O Rendimento Social de Inserção constitui uma prestação pecuniária mensal que é concedida às famílias e 
aos  indivíduos  que  vivam  em  situação  de  grave  carência  económica  e  que  façam  prova  de  que  possuem 
determinadas condições de atribuição. Cabe aos beneficiários o cumprimento de um “Programa de Inserção 
Social” pré‐estabelecido, que tem como objetivo proclamado romper o “ciclo vicioso da pobreza”. Trata‐se 
de uma medida que visa criar as condições mínimas para o acesso às necessidades básicas e, ao mesmo 
tempo, gerar oportunidades de inserção social. 

É claro que estas medidas também têm limitações e alguns efeitos perversos. Entre os problemas que têm 
vindo  a  ser  apontados  às  políticas  de  rendimentos  mínimos  destacam‐se:  a  dependência  que  podem 
provocar nos seus beneficiários; o fraco envolvimento destes nos projetos de inserção; a precariedade dos 
contratos de trabalho que lhes são oferecidos; a falta de motivação para frequentarem as ações de formação 
profissional devido à ausência de expectativas de futuro; a excessiva burocracia destes processos; a que se 
vem aliar o “efeito identitário negativo” e a estigmatização social de certos grupos de beneficiários (Diogo, 
2007; Pacheco, 2009; Rodrigues, 2010). 

Os  Contratos  de  Inserção  preveem  um  conjunto  de  ações  que  obrigam  os  beneficiários,  que  tenham 
capacidades para tal, a procurar trabalho, a completar a escolaridade ou a frequentar ações de formação, 
num processo que tenta criar oportunidades de inserção no mercado laboral. No entanto, no atual contexto 
de crise económica, o aumento do desemprego e as baixas qualificações escolares e profissionais, agravam 
as possibilidades para se obter trabalho. 

O  Rendimento  Social  de  Inserção  (RSI)  é,  nos  dias  de  hoje,  um  apoio  fundamental  para  as  famílias  mais 
carenciadas que não têm outras formas de rendimento, sendo constituído por uma prestação em dinheiro 
para  satisfação  das  necessidades  básicas  e  um  Programa  de  Inserção  para  ajudar  à  integração  social  e 
profissional.  As  pessoas  que  estão  a  receber  o  RSI  assinam  um  acordo  com  a  Segurança  Social  onde  se 
comprometem a cumprir o Programa de Inserção. 

Da análise da informação disponibilizada pela Direção Regional da Solidariedade Social, verifica‐se que, a 
percentagem de beneficiários do RSI em relação à população residente no concelho de Angra do Heroísmo, 
é inferior à registada na Ilha Terceira e na Região Autónoma dos Açores no período de 2009‐2013 (Gráfico 
40). 

Em relação ao número de Beneficiários e Agregados Familiares do RSI, no concelho de Angra do Heroísmo, 
regista‐se respetivamente um aumento no período que decorre de 2009 a 2013, embora com oscilações mais 
ou menos acentuadas, nalguns segmentos do tempo referido (Gráficos 41 a 43). 

70 
 
 
Gráfico 40 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) (% da 
população residente) (2009‐2013) 
 9,00

 8,50

 8,00

 7,50

 7,00

 6,50

 6,00
2009 2010 2011 2012 2013
RA Açores 8,33 7,42 7,83 8,15 8,61
Ilha Terceira 7,29 6,51 6,56 6,80 7,33
Angra do Heroísmo 6,86 6,31 6,52 6,58 7,23
 
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro 
 

Gráfico 41 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) no concelho de 
Angra do Heroísmo (2009‐2013) 
2600

2550 2560

2500

2450
2440
2400

2350
2328
2300 2319
2250
2244
2200

2150

2100

2050
2009 2010 2011 2012 2013
Angra do Heroísmo 2440 2244 2319 2328 2560
 
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro 
 

71 
 
 
Gráfico 42 ‐ Agregados familiares benificiário do RSI no concelho de Angra do Heroísmo (2009‐2013) 
 950

928

 900

 850

814
 800
786

764
 750

721
 700
2009 2010 2011 2012 2013  
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro 
 

Gráfico 43 ‐ Agregados familiares benificiários do RSI vs. agregados familiares residentes no concelho de 
Angra do Heroísmo (%) (2009‐2013) 
 8,00

 7,80

 7,60 7,59
 7,40

 7,20

 7,00
7,00
6,97
 6,80

 6,60
6,58
 6,40

 6,20

 6,00
2010 2011 2012 2013
 
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro 

 
4.4 ‐ Acessibilidades 
As acessibilidades assumem um papel fundamental no contexto regional, seja pela distância que separa o 
arquipélago dos continentes, seja por via das  características orográficas e descontinuidade territorial, que 
obriga à existência de uma rede complexa de serviços de transporte marítimo e aéreo. Em relação à orografia 
é possível verificar um paralelismo entre a densidade de eixos rodoviários principais, as zonas mais planas e 
os principais aglomerados populacionais. 

Em  termos  de  organização  da  rede  viária  existem  três  grandes  classificações:  a  regional,  a  municipal  e  a 
agrícola  e  florestal.  A  rede  viária  do  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  desempenha  um  papel  fulcral  na 

72 
 
 
mobilidade  local,  principalmente  nos  setores  mais  periféricos,  facilitando  ainda  a  entrada  dos  fatores  de 
produção, a saída dos produtos das explorações, bem como a proteção dos recursos florestais. 

Não obstante o nível de investimento efetuado na rede viária, durante os anteriores Quadros Comunitários 
de Apoio, importa continuar a realizar intervenções na rede viária regional, na rede agrícola e florestal e na 
reabilitação de troços da rede viária concelhia, complementada por sistemas de estacionamento de viaturas. 

De acordo com os Censos de 2011, constata‐se que a maioria da população de Angra do Heroísmo estuda ou 
trabalha no concelho e que nas deslocações inter‐concelhias utiliza o transporte individual. Por outro lado, 
verifica‐se alguma quebra na procura do transporte coletivo de passageiros, embora seja de destacar a sua 
importância, nomeadamente, no transporte diário para os estabelecimentos de ensino e para as freguesias 
mais distantes da residência dos alunos. 

Nas condições de insularidade e de fragmentação do mercado interno regional, a evolução desejável dos 
sistemas produtivos da Região é largamente tributária das opções de política de transportes. Neste sentido, 
e  dado  o  impacto  das  acessibilidades,  nomeadamente  o  transporte  nos  sistemas  produtivos,  devem  ser 
favorecidas todas as possibilidades consideradas fundamentais para assegurar aos sistemas produtivos as 
melhores  condições  possíveis  de  conexão  regional,  nacional  e  internacional  e  de  segurança  no 
abastecimento. Deverá, ainda, ser potenciada uma coordenação eficaz entre transportes terrestres, aéreos 
e marítimos, nos segmentos do movimento das pessoas e das cargas. É crucial a melhoria acentuada das 
condições de transporte aéreo e marítimo entre ilhas, compatível com a distribuição mais equilibrada da 
procura turística por todas as ilhas da Região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

73 
 
 
5 – Caracterização do sistema educativo 
A Constituição da República Portuguesa (revisão de 1997) estabelece os direitos sociais básicos dos cidadãos 
no que respeita à educação. De acordo com esta legislação fundamental, a educação surge como um direito 
universal, cabendo ao Estado a promoção da democratização da educação, bem como das demais condições 
que contribuam para a “igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e 
culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância (...)” (artigo 73º). Nos termos da 
Constituição, compete, ainda, ao Estado, nomeadamente, “Assegurar o ensino básico universal, obrigatório 
e gratuito”; “Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de Educação Pré‐Escolar” e “Garantir a 
educação permanente e eliminar o analfabetismo”. 

A  exclusão  em  relação  ao  sistema  educativo  traduz‐se,  na  prática,  em  baixos  níveis  de  escolaridade  e, 
paralelamente, em insucesso e abandono escolar precoce. Atualmente o nível de instrução influencia, cada 
vez mais, a capacidade económica dos indivíduos e um baixo nível de instrução tem sido identificado como 
um fator causa‐efeito da pobreza. A relação entre baixo níveis de instrução e situações de pobreza foi referida 
por alguns autores ao apontar, a partir dos Inquéritos aos Orçamentos Familiares (INE), que os agregados 
familiares representados por pessoas sem o ensino básico estavam sujeitos a rendimentos muito baixos, a 
uma forte e crescente incidência da pobreza. 

Por outro lado, a seletividade do sucesso do sistema educativo, a não verificação dos princípios da igualdade 
e universalidade da educação estão presentes quando se constata que são os mais carenciados que se ficam, 
geralmente, pelos níveis de instrução mais baixos. 

5.1 ‐ Lei de Bases do Sistema Educativo 
Nos termos da Lei de Bases do Sistema Educativo, o sistema educativo compreende: a Educação Pré‐Escolar, 
a Educação Escolar e a Educação Extraescolar. 

A Educação Pré‐Escolar é “entendida como a primeira etapa da educação básica, sendo complementar da 
ação  educativa  da  família,  com  a  qual  deve  estabelecer  estreita  cooperação,  favorecendo  formação  e  o 
desenvolvimento  equilibrado  da  criança  tendo  em  vista  a  sua  plena  inserção  na  sociedade  como  ser 
autónomo, livre e solidário”1. Este nível de ensino destina‐se a crianças com idades compreendidas entre os 
3 anos e a idade de ingresso no ensino básico, sendo a sua frequência facultativa, competindo, porém, ao 
Estado, contribuir para a sua universalização. O desenvolvimento da Educação Pré‐Escolar deve concretizar‐
se na criação de uma rede nacional de Educação Pré‐Escolar, que integra uma rede pública, promovida pela 
iniciativa  da  administração  regional  e  local,  e  uma  rede  privada,  desenvolvida  a  partir  das  iniciativas  das 

                                                            
1
Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro, que aprova a Lei‐Quadro da Educação Pré‐Escolar. 

74 
 
 
Instituições  Particulares  de  Solidariedade  Social  (IPSS),  dos  estabelecimentos  de  ensino  particular  e 
cooperativo e de outras instituições sem fins lucrativos que prossigam atividades no domínio da educação e 
do ensino2. 

A Educação Escolar compreende o ensino básico, secundário e superior, integrando modalidades especiais e 
atividades de ocupação de tempos livres3. 

A Educação Extraescolar engloba atividades de alfabetização e de educação de adultos, de aperfeiçoamento 
e atualização cultural e científica, e a iniciação, reconversão e aperfeiçoamento profissional. Efetiva‐se no 
quadro de iniciativas múltiplas de natureza formal e não formal, tendo como objetivo permitir ao indivíduo 
aumentar os seus conhecimentos e desenvolver as suas potencialidades em complemento da sua formação 
escolar ou sem suprimento da sua carência4. 

O regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos de ensino da Educação Pré‐Escolar e 
dos ensinos básico e secundário, introduz uma nova organização da administração da educação, estruturada 
a  partir  do  agrupamento  de  escolas  entendido  como  ”uma  unidade  organizacional,  dotado  de  órgãos 
próprios de administração e gestão, constituída por estabelecimentos de Educação Pré‐Escolar e de um ou 
mais níveis e ciclos de ensino, a partir de um projeto pedagógico comum, com vista a (…): 

a) Favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória 
numa dada área geográfica; 

b) Superar situações de isolamento de estabelecimentos e prevenir a exclusão social; 

c) Reforçar a capacidade pedagógica dos estabelecimentos que o integram e o aproveitamento racional 
dos recursos; 

d) Garantir a aplicação de um regime de autonomia, administração e gestão, nos termos do presente 
diploma; 

e) Valorizar e enquadrar experiências em curso.”5 

5.2 ‐ Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores 
O sistema educativo da Região Autónoma dos Açores compreende: a Educação Pré‐Escolar, o Ensino Básico, 
o Ensino Secundário, o Ensino Artístico, o Ensino Profissional, o Programa Formativo de Inserção de Jovens 

                                                            
2
 Decreto Legislativo Regional n.º 11/2013/A, de 22 de agosto. 

3
Lei n.º 46/86 de 14 de outubro. 

4
Lei n.º 46/86 de 14 de Outubro. 

5
Decreto Legislativo Regional n.º 13/2013/A, de 30 de agosto. 

75 
 
 
(PROFIJ),  o  Programa  Oportunidade,  o  Ensino  Especial,  Unidades  Especializadas  com  Currículo  Adaptado 
(UNECA), o Ensino Recorrente e o Programa Reativar (Figura 3). 

Figura 3 ‐ Organograma do Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores6 
Educação de 
   Extraescolar     Ensino Recorrente    Reativar                 
Adultos 
   
                 

Ensino  Cursos Científico‐ Ensino Profissional  PROFIJ (Nível 

Programas Específicos do Regime Educativo Especial
        Ensino Artístico           

 
Secundário  Humanísticos  (Nível IV)  IV) 
   
 

Cursos de Formação Vocacional
PROFIJ (Nível 
   3.º Ciclo     Ensino Regular    Ensino Artístico       
II) 

Regime Educativo Especial

Projeto Curricular Adaptado

Programa Oportunidade
 
               

 
Ensino Básico     2.º Ciclo     Ensino Regular    Ensino Artístico           

   1.º Ciclo     Ensino Regular    Ensino Artístico         

   
   

 
Educação Pré‐Escolar           

 
 
   

 
Creches             

 
   
Fonte: Direção Regional de Educação 

Por  outro  lado  é  de  referir  que  a  designação  dos  estabelecimentos  de  educação  e  ensino  depende  das 
diferentes tipologias que estes podem assumir, em função do nível de ensino que ministram: 

• Creche: estabelecimento de educação destinado a crianças com idades compreendidas entre o termo 
da licença de maternidade ou parental e a idade de ingresso na educação pré ‐escolar; 

• Jardim‐de‐Infância: estabelecimento de educação destinado a ministrar a educação pré ‐escolar; 

• Infantário: estabelecimento de educação onde funcionem conjuntamente as valências de creche e de 
educação pré ‐escolar; 

• Escola Básica: estabelecimento de educação e de ensino onde funcione qualquer dos ciclos do ensino 
básico, com ou sem educação pré ‐escolar; 

• Escola Básica e Secundária: estabelecimento de educação e de ensino onde funcione qualquer dos 
ciclos do ensino básico, com ou sem educação pré ‐escolar, e o ensino secundário; 

                                                            
6
 Embora a resposta social Creche não integre o Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores esta encontra‐se representado no esquema, 
uma vez que o seu funcionamento associa‐se inúmeras vezes aos estabelecimentos de Educação Pré‐escolar da rede particular 
76 
 
 
• Escola  Secundária:  estabelecimento  de  ensino  prioritariamente  vocacionado  para  o  ensino 
secundário, ainda que nele funcionem outros níveis ou modalidades de ensino; 

• Escola  Profissional:  estabelecimento  de  ensino  vocacionado  para  o  ensino  profissionalizante  e 


profissional, de qualquer tipo ou modalidade; 

• Conservatório: estabelecimento de ensino, ou secção de uma unidade orgânica do sistema educativo, 
destinado ao ensino vocacional das artes. 
 
5.3 ‐ Rede Educativa do Concelho de Angra do Heroísmo 
Na Região Autónoma dos Açores existem duas redes de educação e ensino em funcionamento, a rede pública 
e a rede privada. O Ensino Particular, Cooperativo e Solidário é ministrado nos estabelecimentos de educação 
e ensino pertencentes às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPPS) e outras instituições não‐
governamentais com ou sem fins lucrativos, nos colégios particulares e nas escolas profissionais. 

A rede educativa pública do concelho de Angra do Heroísmo integra cinco unidades orgânicas que abrangem, 
em termos de área escolar, todas os estabelecimentos de educação públicos das freguesias do concelho. A 
rede educativa concelhia inclui ainda doze  Instituições Particulares de Solidariedade Social, um jardim‐de‐
infância do ISSA, um colégio particular (Educação Pré‐Escolar, o 1.º e o 2.º CEB), três escolas profissionais e 
uma  unidade  de  formação  não  integrada.  Os  cursos  de  especialização  tecnológica,  assim  como  o  ensino 
superior  são  ministrados  pela  Universidade  dos  Açores  no  seu  campus  de  Angra  do  Heroísmo.  O  ensino 
religioso católico é ministrado no Seminário Diocesano de Angra, também localizado em Angra do Heroísmo. 

Os dados referentes à rede educativa correspondem a níveis de ensino propriamente ditos e não a edifícios, 
dado que é frequente encontrar‐se diferentes níveis de ensino num mesmo edifício. O elevado número de 
equipamentos  de  educação  pré‐escolar  resulta  da  rede  particular  oferecer,  na  sua  maioria,  apenas  esta 
valência. 

No  concelho  encontram‐se  instalados  trinta  e  um  estabelecimentos  de  educação  pré‐escolar,  dos  quais 
dezoito pertencem à rede pública, onze à rede particular sem fins lucrativos e dois à rede particular com fins 
lucrativos  (Quadro  15).  Os  estabelecimentos  de  ensino  da  rede  pública  distribuem‐se  de  uma  forma 
relativamente homogénea pelo concelho (18 EB1/JI’s), enquanto os da rede particular estão instalados na 
sua grande maioria na sede do concelho, com prejuízo notório para as demais freguesias. O centro urbano 
de Angra do Heroísmo concentra oito dos onze estabelecimentos de Educação Pré‐Escolar da rede particular 
sem fins lucrativos, assim como os dois estabelecimentos da rede particular com fins lucrativos. 

A rede educativa da Educação Pré‐Escolar completa‐se com a resposta da rede privada, promovida, como foi 
referido, pela rede solidária desenvolvida pelas IPSS, através de acordos com a Segurança Social. Esta rede é 
77 
 
 
constituída  por  trinta  e  um  jardins‐de‐infância  distribuídos  por  dezassete  freguesias  do  concelho, 
apresentando uma capacidade instalada superior à frequência (Quadros 16 e 17). 

Em  relação  à  localização  territorial  dos  estabelecimentos  educativos  (Quadro  18)  verifica‐se,  ao  nível  da 
Educação Pré‐Escolar da rede pública, que 17 das 19 freguesias do concelho dispõem de pelo menos um 
jardim‐de‐infância. Apenas  as freguesias da Feteira e Serreta não têm qualquer resposta da rede pública e 
da rede privada, pelo que que as crianças destas freguesias são deslocadas respetivamente para EB1,2,3/JI 
de São Sebastião e EB1/JI das Doze Ribeiras. 

Ao nível do ensino básico, a rede escolar, no ano letivo 2014/2015, é constituída por dezoito escolas básicas 
do 1º ciclo (EB1) e por três  escolas básicas do 2º e 3º ciclo (EB23). Este último nível de ensino também é 
lecionado por uma escola básica e secundária (EBS) e uma escola secundária (ES). 

No 1º CEB regista‐se, tal como em relação à educação pré‐escolar, que não existe qualquer estabelecimento 
de ensino nas freguesias da Feteira e Serreta. As restantes freguesias dispõem de pelo menos uma EB1. 

Ao nível do 2º e 3º CEB da rede educativa pública, o ensino é ministrado nas sedes da Escola Básica Integrada 
Francisco  Ferreira  Drummond,  da  Escola  Básica  Integrada  de  Angra  do  Heroísmo  e  da  Escola  Básica  e 
Secundária Tomás de Borba. Estas unidades orgânicas localizam‐se, respetivamente, nas freguesias de São 
Sebastião, São Bento e São Pedro, abrangendo as freguesias consagradas na carta escolar e ou nos diplomas 
que as criaram. Porém tem‐se verificado a alterações reiteradas de caráter pontual e informal no que respeita 
à  distribuição  de  alunos,  face,  ao  que  se  presume,  à  ausência  de  estudos  que  permitam  percecionar  a 
evolução  dos  alunos  das  diferentes  freguesias  do  concelho.  O  3º  CEB  é  ainda  ministrado  pela  Escola 
Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, situada na freguesia da Nossa Senhora da Conceição 

O  ensino  secundário  é  ministrado  pela  Escola  Básica  e  Secundária  Tomás  de  Borba  e  Escola  Secundária 
Jerónimo Emiliano de Andrade, sitas nas freguesias de São Pedro e de Nossa Senhora da Conceição. 

A Obra Social Madre Maria Clara – Colégio Santa Clara, localizada na freguesia de São Pedro, ministra, para 
além da educação pré‐escolar, o 1º e o 2º CEB. 

Relativamente ao ensino superior, constata‐se que o Departamento de Ciências Agrárias (DCA) e a Escola 
Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, localizados na freguesia de São Pedro, estão integrados no 
campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores. Naquele campus são ministradas licenciaturas, 
mestrados,  doutoramentos  e  cursos  pós‐secundários  de  especialização  tecnológica  (CET),  que  conferem 
diploma de especialização tecnológica e certificado de aptidão profissional de nível IV. 
   

78 
 
 
Quadro 15 ‐ Estabelecimentos de ensino no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 
Ed. Pré‐Escolar  1º CEB  2º CEB  3º CEB  Secundário  Ensino Profissional 
Pública  Privada  Pública  Privada  Pública  Privada  Pública  Privada  Pública  Privada  Pública  Privada 
18  13  18  1  3  1  4  ‐  2  ‐  ‐  3 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social / Direção Regional de Educação 

 
Quadro 16 ‐ Estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e particular no concelho de Angra do 
Heroísmo (2014/2015) 
Estabelecimento de Educação Pré‐Escolar 

Freguesia  Instituição  Número

Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha Terceira (O Carrocel)  1 
Nossa Senhora da Conceição 
Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo  1 

Santa Luzia  Caritas da Ilha Terceira (Mãe de Deus)  1 

Irmandade de Nossa Senhora do Livramento (A Joaninha)  1 
São Pedro 

Obra Social Madre Maria Clara (Colégio Santa Clara)  1 

Centro Infantil de Angra do Heroísmo (O Baloiço)  1 

Sé  Jardim Infantil de São Gonçalo  1 

Confederação Operária Terceirense (O Golfinho)  1 

Porto Judeu  Casa do Povo do Porto Judeu (O Ninho)  1 

São Mateus da Calheta  Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta (A Gaivota)  1 

Terra Chã  Casa do Povo da Terra‐Chã (O Girassol)  1 
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social / Direção Regional de Educação 

Quadro 17 ‐ Capacidade e frequência dos estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e 
particular (2014/2015) 
Estabelecimento de Educação Pré‐Escolar 
Capacidade 
Freguesia  Instituição  Frequência
Instalada 
Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha 
66  57 
Nossa Senhora da Conceição  Terceira (O Carrocel) 
Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo  60  63 
Santa Luzia  Caritas da Ilha Terceira (Mãe de Deus)  45  48 
Irmandade de Nossa Senhora do Livramento (A Joaninha)  53  33 
São Pedro 
Obra Social Madre Maria Clara (Colégio Santa Clara)  150  136 
Centro Infantil de Angra do Heroísmo (O Baloiço)  75  71 
Sé  Jardim Infantil de São Gonçalo  75  52 
Confederação Operária Terceirense (O Golfinho)  60  45 
Porto Judeu  Casa do Povo do Porto Judeu (O Ninho)  45  48 
São Mateus da Calheta  Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta (A Gaivota)  25  25 
Terra Chã  Casa do Povo da Terra‐Chã (O Girassol)  25  20 
Total  679  598 
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social / Direção Regional de Educação 
79 
 
 
Quadro 18 ‐ Estrutura da rede pública e privada do concelho de Angra do Heroísmo por freguesias e nível 
de escolaridade (2014/2015) 
Freguesia Nível de Ensino Designação Rede Instituições
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
S. Sebastião EB 1,2,3/JI Francisco Ferreira Drummond Pública
2º CEB
3ª CEB
EB1/JI Porto Judeu Pública
Ed. Pré‐Escolar
Porto Judeu JI "O Ninho" Particular (sem fins lucrativos) Casa do Povo de Porto Judeu

1º CEB EB1/JI Porto Judeu Pública


Feteira
Ed. Pré‐Escolar
Ribeirinha EB1/JI da Ribeirinha Pública
1º CEB
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo Pública
Ed. Pré‐Escolar
Centro Ocupacional "O Sonho" Particular (com fins lucrativos) Centro Ocupacional "O Sonho"
S. Bento
1º CEB
2º CEB EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo Pública
3ª CEB

Associação dos Funcionários da 
Infantário Carrocel Particular  (sem fins lucrativos)
Administração Regional da Ilha Terceira
Ed. Pré‐Escolar
Santa Casa da Misericórdia de Angra do 
N. Srª da  JI da Santa Casa da Misericória de AH Particular (sem fins lucrativos)
Heroísmo
Conceição
3ª CEB
ES Jerónimo Emiliano de Andrade Pública
Secundário

Profissional INTESE Particular (com fins lucrativos) Associação para o Ensino e Formação

EB1/JI de S. João de Deus Pública
Ed. Pré‐Escolar
Santa Luzia JI "Mãe de Deus" Particular (sem fins lucrativos) Cáritas da Ilha Terceira

1º CEB EB1/JI de S. João de Deus Pública


EB1/JI Infante D. Henrique Pública

Creche e JI "O Golfinho" Particular  (sem fins lucrativos) Confederação Operária Terceirense


Ed. Pré‐Escolar
Sé JI "O Baloiço" Particular (sem fins lucrativos) Centro Infantil de Angra do Heroísmo

JI "S. Gonçalo" Particular (sem fins lucrativos) Jardim de Infância de São Gonçalo

1º CEB EB1/JI Infante D. Henrique Pública


EB1/JI Pico da Urze Pública
EBS Tomás de Borba Pública
JI Obra Social Madre Maria Clara ‐ Colégio S. 
Particular (sem fins lucrativos) Obra Social Madre Maria Clara
Clara
Ed. Pré‐Escolar Serviço de Apoio Social do Instituto de 
JI "O Palhaço" Particular (sem fins lucrativos) Segurança Social dos Açores, IPRA ‐ Ilha 
Terceira 
Irmandade de Nossa Senhora do 
JI "A Joaninha" Particular (sem fins lucrativos)
Livramento
EB1/JI Pico da Urze Pública
EBS Tomás de Borba Pública
S. Pedro 1º CEB
Obra Social Madre Maria Clara ‐ Colégio S. 
Particular (com fins lucrativos) Obra Social Madre Maria Clara
Clara
EBS Tomás de Borba Pública
2º CEB Obra Social Madre Maria Clara ‐ Colégio S. 
Particular (com fins lucrativos) Obra Social Madre Maria Clara
Clara
3º CEB EBS Tomás de Borba Pública
Secundário EBS Tomás de Borba Pública
Escola Profissional da Praia da Vitória ‐ Pólo  Fundação de Ensino Profissional da 
Particular (com fins lucrativos)
de Angra do Heroísmo Praia da Vitória
Profissional
Escola Profissional da Santa Casa da 
Particular (com fins lucrativos) Santa Casa da Misericórdia de AH
Misericórdia de AH
Ed. Pré‐Escolar
Posto Santo EB1/JI Posto Santo Pública
1º CEB
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha Pública
Ed. Pré‐Escolar
Terra Chã JI "O Girassol" Particular (sem fins lucrativos) Casa do Povo da Terra‐Chã

1º CEB EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha Pública


EB1/JI Cantinho Pública
EB1/JI S. Mateus Pública
Ed. Pré‐Escolar
Centro Social e Paroquial de São 
S. Mateus JI "Gaivota" Particular  (sem fins lucrativos)
Mateus da Calheta
EB1/JI Cantinho Pública
1º CEB
EB1/JI S. Mateus Pública
S. Bartolomeu  Ed. Pré‐Escolar
EB1/JI de São Bartolomeu dos Regatos Pública
dos Regatos 1º CEB
Ed. Pré‐Escolar
Cinco Ribeiras EB1/JI Cinco Ribeiras Pública
1º CEB
Ed. Pré‐Escolar
Santa Bárbara EB1/JI S. Bárbara Pública
1º CEB
Ed. Pré‐Escolar
Doze Ribeiras EB1/JI Doze Ribeiras Pública
1º CEB
Serreta
Ed. Pré‐Escolar
Raminho EB1/JI Raminho Pública
1º CEB
Ed. Pré‐Escolar
Altares EB1/JI Altares Pública
1º CEB  
Fonte: Direção Regional de Educação (DRE) e Direção Regional da Solidariedade Social (DRSS) 
80 
 
 
5.4 ‐ Evolução do número de alunos 

5.4.1 ‐ Rede Pública e Privada  
O número de matriculados na Educação Pré‐Escolar, no Ensino Básico e Secundário registou uma quebra de 
14,85% entre 2006/2007 e 2014/2015 (Gráfico 44 e Quadro 19). 

A quebra registada no Ensino Secundário é atenuada com o aumento do número de alunos matriculados no 
Ensino Profissional (27,2%) e nos cursos profissionalizantes. Constata‐se um aumento significativo do número 
de alunos matriculados em outras modalidades de ensino nos últimos anos, não obstante com desempenhos 
aquém  do  expectável.  Ao  observar  os  elementos  disponibilizados  (Gráficos  45  e  46)  verifica‐se  que  as 
modalidades de ensino não regular apresentam um padrão de comportamento evolutivo errático, que devia 
ser objeto de análise pela administração educativa. 

Assiste‐se  ainda  a  um  aumento  significativo  de  alunos  nos  Programas  Específicos  do  Regime  Educativo 
Especial (461,3%) e em modalidades de ensino não regular (Quadros 20 e 21), sem tradução na melhoria dos 
indicadores  de  desempenho.  Regista‐se,  ainda,  um  decréscimo  acentuado  no  número  de  alunos 
matriculados no Ensino Recorrente (‐58,9%), vertente da educação de adultos que conduz à obtenção de um 
grau e à atribuição de um diploma ou certificado, equivalentes aos conferidos pelo ensino diurno. 

Os  cursos  do  Programa  Reativar  registam  um  aumento  significativo  de  inscritos  (223%).  Estes  cursos 
destinam‐se a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação, sem a qualificação 
adequada  para  efeitos  de  inserção  ou  progressão  no  mercado  de  trabalho,  podendo  a  título  excecional 
admitir formandos a partir dos 16 anos, inclusive, à data do início da formação. Os cursos de nível secundário, 
ministrados em regime diurno ou a tempo integral, só podem ser frequentados por adultos com idade igual 
ou superior a 23 anos. 

Por outro lado, a Aprendizagem ao Longo da Vida, visando adquirir e/ou melhorar competências, aptidões e 
conhecimentos, deixou de ser apenas uma componente da educação e da formação e tornou‐se um princípio 
orientador da oferta e da participação num contínuo de aprendizagem, independentemente do contexto, 
com o objetivo de promover uma cidadania ativa e fomentar a empregabilidade. 

Refira‐se ainda que no decurso do ano letivo 2014/15 nenhuma unidade orgânica do concelho apresentou, 
como oferta formativa, qualquer dos cursos de formação vocacional criados pelo Despacho Normativo n.º 
12/2014, de 5 de maio de 2014. 
 
   

81 
 
 
Gráfico 44 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do 
Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) 
 
2500

2000
Nº de Alunos

1500

1000

500

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 1210 1250 1128 1111 1139 1028 1053 1051 1059
1º CEB 1968 1888 1853 1784 1817 1777 1732 1630 1588
2º CEB 885 1053 944 965 929 881 787 808 768
3º CEB 1198 1274 1093 1119 1159 1215 1159 1139 1101
Secundário 934 743 854 924 818 863 772 726 759
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 19 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no 
concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 
   2006/07  2014/15  Variação 
EPE  1210  1059  ‐12,48% 
1.º CEB  1968  1588  ‐19,31% 
2.º CEB  885  768  ‐13,22% 
3.º CEB  1198  1101  ‐8,10% 
Ensino Secundário  934  759  ‐18,74% 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 45 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do 
Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) – continuação 
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFIJ 100 232 327 355 304 269 264 289 339
PEREE 31 35 181 83 96 62 119 96 174
Oportunidade 104 84 44 185 136 189 296 256 157
Profissional 342 390 424 424 459 457 451 439 435
 
Fonte: Direção Regional de Educação 
82 
 
 
Gráfico 46 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra 
do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) – continuação 
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Recorrente 160 136 122 95 86 105 92 76
REATIVAR 47 85 155 290 471 331 389 270
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

 
Quadro 20 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra 
do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 
     2006/07  2014/15  Variação 
  Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij  100  339  239,0% 
  Programa Oportunidade  104  157  51,0% 
Ensino Profissional  342  435  27,2% 
  Programas Específicos do Regime Educativo 
31  174  461,3% 
  Especial‐ PEREE 
Fonte: Direção Regional de Educação 
 
 
Quadro 21 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra 
do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 
     2006/07  2007/2008  2014/15  Variação 
  Ensino Recorrente  185     76  ‐58,9% 
  Programa Reativar  0  47  270  223,0% 

Fonte: Direção Regional de Educação 

5.4.2 ‐ Rede Pública 
Da observação dos dados espelhados nos diferentes gráficos e quadros da rede pública do concelho de Angra 
do Heroísmo e das unidades orgânicas (Gráficos 47 a 49 e Quadros 22 a 24) verifica‐se: 

• Comportamento  diferenciado  das  unidades  orgânicas  relativamente  ao  número  de  alunos 
matriculados nos diferentes níveis e modalidades de ensino; 

• Maior  número  de  crianças  inscritas  na  rede  privada  (56,5%  no  privado  e  43,5%  no  público  em 
2014/2015), facto que decorre da oferta pela rede privada de  atividades de animação e apoio às 
famílias  (funcionamento  da  instituição  em  horário  alargado  e  no  período  de  interrupção  de 
atividades letivas; fornecimento de almoço e lanche); 
83 
 
 
• Decréscimo global de 5,8 % de alunos matriculado na rede pública (2006/2007 a 2014/2015); 

• Quebra do número de alunos matriculados no ensino regular na ordem  dos 17%, no período de 
2006/2007 a 2014/2015; 

• Aumento de 146,4% de alunos matriculados em percursos formativos alternativos, com predomínio 
do  Programa  Formativo  de  Inserção  de  Jovens  –  PROFIJ  (539,6%  de  2006/2007  a  2014/2015), 
Programas Específicos do Regime Educativo Especial ‐ PEREE (461,3% de 2006/2007 a 2014/2015) e 
Ensino Profissional (276,2% de 2012/2013 a 2014/2015); 

• Acréscimo de alunos (461,3%) nos Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE nos 
últimos oito anos; 

• Diminuição acentuada de inscritos nos cursos do Programa Reativar (‐84,5%); 

• Quebra de alunos matriculados no ensino recorrente (‐58,9%); 

• Acréscimo  da  percentagem  de  alunos  matriculados  em  percursos  formativos  alternativos 
relativamente ao ensino regular, que no período de 2006/07 a 2014/15 passou de 5,8% para 17,1%. 
Em  2014/2015  a  ES  Jerónimo  Emiliano  de  Andrade  regista  o  maior  valor  percentual  de  alunos 
matriculados  em  percursos  formativos  alternativos  (36%),  seguindo‐se‐lhe  EBI  Francisco  Ferreira 
Drummond (14,3%), a EBI de Angra do Heroísmo (11,3%) e por último a EBS Tomás de Borba (9,8%); 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 
formativos  alternativos,  o  que  traduz  ausência  de  estabilidade  na  oferta  formativa  e  na 
implementação de novas medidas sem a prévia consolidação e avaliação das precedentes. 
   

84 
 
 
Gráfico 47 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do 
Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2014/2015) 
2000
1800
1600
1400
Nº de Alunos

1200
1000
800
600
400
200
0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 596 525 529 511 503 493 446 447 461
1º CEB 1781 1702 1669 1600 1637 1594 1556 1463 1423
2º CEB 831 918 897 913 874 831 739 760 718
3º CEB 1198 1274 1093 1119 1159 1215 1159 1139 1101
Secundário 934 743 854 924 818 863 772 726 759
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 48 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do 
Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 
400

350

300

250
Nº de Alunos

200

150

100

50

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFIJ 53 172 263 280 245 213 236 289 339
PEREE 31 35 181 83 96 62 119 96 174
T. Projeto Curricular Adptado 55
Oportunidade 104 84 44 185 136 189 296 256 157
Profissional 21 38 79
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

85 
 
 
Gráfico 49 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do 
Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 
300

250

Nº de Alunos 200

150

100

50

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Recorrente 185 160 136 122 95 86 105 92 76
REATIVAR 251 160 78 39
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 22 – Evolução do número de alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de 
ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) 
   2006/07  2014/15  Variação 
EPE  596 461 ‐22,7% 
1.º CEB  1781 1423 ‐20,1% 
2.º CEB  831 718 ‐13,6% 
3.º CEB  1198 1101 ‐8,1% 
Ensino Secundário  934  759  ‐18,8% 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 23 – Evolução do número de alunos mMatriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de 
ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) 
   2006/07 2012/13  2014/15  Variação 
Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij  53     339  539,6% 

Programa Oportunidade  104     157  51,0% 


Ensino Profissional     21  79  276,2% 
Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE  31     174  461,3% 

T. Projeto Curricular adaptado       55    
Fonte: Direção Regional de Educação 

 
Quadro 24 ‐ Evolução do número de alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de 
ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) 
   2006/07 2011/2012 2014/15  Variação 
Ensino Recorrente  185     76  ‐58,9% 
Programa Reativar    251  39  ‐84,5% 
Fonte: Direção Regional de Educação 

86 
 
 
5.4.2.1 ‐ Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond 
Da observação dos dados (Gráficos 50 e 51 e Quadros 25 e 26) da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira 
Drummond, que entrou em funcionamento no ano letivo 2011/2012, constata‐se: 

• Aumento global de 16,2% de alunos matriculados, realçando‐se que o ensino regular apresenta um 
acréscimo de 1,6%; 

• Decréscimo do número de alunos matriculados no 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico; 

• Alargamento da oferta formativa de percursos formativos alternativos; 

• Aumento significativo de alunos do Regime Educativo Especial (411% de 2013/2014 para 2014/2015); 

• Inexistência de alunos matriculados no Programa Oportunidade, ao invés de anos anteriores; 

• Acréscimo de 211,5% de alunos matriculados em percursos formativos alternativos, o que implica um 
aumento de cerca de 8% do número de alunos matriculados no ensino não regular no período de um 
ano letivo (2013/14 para 2014/15) 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 
formativos alternativos; 

• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes 
de carácter tecnológico e profissional. 

Gráfico 50 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na 
EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) 
300

250

200

150

100

50

0
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 90 96 102 111
1º CEB 240 245 209 201
2º CEB 123 114 122 101
3º CEB 103 151 185 152
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

87 
 
 
Gráfico 51 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na 
EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) 
40

35

30
Nº de Alunos

25

20

15

10

0
2012/13 2013/14 2014/15
PROFIJ 35
PEREE 9 9 25
T. Projeto Curricular Adptado 21
Oportunidade 16 17
 
Fonte: Direção Regional de Educação 
 

Quadro 25 ‐  Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, 
EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 a 2014/2015) 
   2011/12  2014/15  Variação 
EPE  90  111  23,3% 
1.º CEB  240  201  ‐16,3% 
2.º CEB  123  101  ‐17,9% 
3.º CEB  103  152  47,6% 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 26 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, EBI 
Francisco Ferreira Drummond – (2011/2012 a 2014/2015) 
   2011/12 2014/15 
Programa Formativo de Inserção de 
   35 
Jovens ‐ Profij 
Programa Oportunidade      
Programas Específicos do Regime 
   25 
Educativo Especial‐ PEREE 
T. Projeto Curricular adaptado     21 
Fonte: Direção Regional de Educação 

88 
 
 
5.4.2.2 ‐ Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo  
Da observação dos dados Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo (Gráficos 52 e 53 e Quadros 27 e 
28), regista‐se: 

• Decréscimo global de 33,2% de alunos matriculados, realçando‐se uma quebra de 34,9% no ensino 
regular e de 16,9% em percursos formativos alternativos; 

• Diminuição do número de alunos, decorrente da entrada em funcionamento da EBS Tomás de Borba 
(2007/2008) e EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012). O aumento do número de alunos do 
1ºCiclo no ano letivo 2007/2008 resulta da afetação da EB1/JI Infante D. Henrique à EBI de Angra do 
Heroísmo; 

• Aumento de alunos do Regime Educativo Especial (225,8% de 2006/07 para 2014/15), com acréscimo 
significativo de 90,5% de 2013/14 para 2014/15, em contraciclo com o Programa Oportunidade que 
registou uma quebra de 58,4% no mesmo período; 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 
formativos alternativos; 

• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes 
de carácter tecnológico e profissional. 
 

Gráfico 52 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na 
EBI de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
1200

1000

800
Nº de Alunos

600

400

200

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 234 292 269 263 253 147 125 139 114
1º CEB 819 1106 1024 953 980 689 667 648 630
2º CEB 831 751 502 640 654 469 389 362 344
3º CEB 181 233 286 226 228 139
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

89 
 
 
Gráfico 53 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na 
EBI de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
120

100

80
Nº de Alunos

60

40

20

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFIJ 53 32 24
Oportunidade 104 84 44 28 33 57 82 77 32
PEREE 31 35 42 49 63 51 39 53 80
T. Projeto Curricular Adptado 21
PRE 81
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 27 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na EBI de 
Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
   2011/12  2014/15  Variação 
EPE  234  114  ‐51,3% 
1.º CEB  819  630  ‐23,1% 
2.º CEB  831  344  ‐58,6% 
3.º CEB    139   
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 28 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensin, na EBI de 
Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
   2006/07 2014/15  Variação 
Programa Formativo de Inserção de 
53  24  ‐54,7% 
Jovens ‐ Profij 
Programa Oportunidade  104  32  ‐69,2% 
Programas Específicos do Regime 
31  80  158,1% 
Educativo Especial‐ PEREE 
T. Projeto Curricular adaptado    21    
Fonte: Direção Regional de Educação 

   

90 
 
 
5.4.2.3 ‐ Escola Básica Secundária Tomás de Borba 
De acordo com os dos dados da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba (Gráficos 54 e 55 e Quadros 29 
e 30), que entrou em funcionamento no ano letivo 2007/2008, verifica‐se: 

• Aumento global de 33,9% de alunos matriculados, realçando‐se que o ensino regular apresenta um 
acréscimo de 20,8% no período de 2007/2008 a 2014/15; 

• Acréscimo  de  18,9%  de  alunos  inscritos  na  Educação  Pré‐Escolar  de  2013/14  para  2014/15  e 
estabilidade de alunos matriculados no ensino regular; 

• Aumento  de  alunos  do  Regime  Educativo  Especial,  com  acréscimo  significativo  de  90,5%  de 
2013/2014 para 2014/2015, em contraciclo com o Programa Oportunidade que registou uma quebra 
de 41,2% no mesmo período; 

• Aumento de alunos matriculados no ensino profissional de cerca 181% de 2012/2013 a 2014/2015; 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado,  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 
formativos alternativos; 

• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes 
de carácter tecnológico e profissional. 
Gráfico 54 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na 
EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
1000

900

800

700
Nº de Alunos

600

500

400

300

200

100

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 317 189 218 208 212 221 195 175 208
1º CEB 900 541 588 582 590 592 575 544 538
2º CEB 167 395 273 220 239 236 276 273
3º CEB 322 355 406 425 413 345 306 360
Secundário 193 212 279 328 416 363 337 326
 
Fonte: Direção Regional de Educação 
91 
 
 
Gráfico 55 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na 
EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
120

100

80
Nº de Alunos

60

40

20

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Oportunidade 60 47 81 111 97 57
Profissional 21 38 59
PEREE 61 34 33 11 71 34 69
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro  29 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na 
EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
   2007/08  2014/15  Variação 
EPE  189  208  10,1% 
1.º CEB  541  538  ‐0,6% 
2.º CEB  167  273  63,5% 
3.º CEB  322  360  11,8% 
Ensino 
193  326  68,9% 
Secundário 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 30 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na 
EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
   2007/08 2014/15 
Programa Oportunidade    57 
Ensino Profissional    59 
Programas Específicos do Regime 
  69 
Educativo Especial‐ PEREE 
Fonte: Direção Regional de Educação 

 
 

92 
 
 
5.4.2.4 ‐ Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade  
A análise dos elementos da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade (Gráficos 56 e 57 e Quadros 31 
a 33) permite constatar: 

• Diminuição significativa do número de alunos com a entrada em funcionamento da EBS Tomás de 
Borba e com o alargamento da oferta do 3º Ciclo na EBI de Angra do Heroísmo; 

• Quebra global de 40,5% de alunos matriculados, realçando‐se um decréscimo de 58,6% no ensino 
regular; 

• Aumento de 168,1% de alunos matriculados em percursos formativos alternativos, apesar de uma 
quebra de 58,9% no ensino recorrente; 

• Descida  abrupta  do  número  de  inscritos  no  Programa  Reativar  (251  para  39  entre  2011/2012  e 
2014/2015); 

• Aumento  da  percentagem  de  alunos  matriculados  em  percursos  formativos  alternativos 
relativamente ao ensino regular, no período de 2006/2007 a 2014/2015, passando de 8% para 36% 
relativamente ao número total de alunos matriculados. Os cursos do PROFIJ no ano letivo 2014/2015 
representam 20,3% dos alunos matriculados na unidade orgânica; 

• Inexistência  de  um  sistema  padronizado,  na  evolução  dos  alunos  matriculados  nos  percursos 
formativos alternativos; 

• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes 
de carácter tecnológico e profissional. 

93 
 
 
Gráfico 56 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de 
ensino, na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
1400

1200

1000
Nº de Alunos

800

600

400

200

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
3º CEB 1198 952 738 532 501 413 437 420 450
Secundário 934 550 642 645 490 447 409 389 433
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 57 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino na 
ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
300

250
Nº de Alunos

200

150

100

50

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Recorrente 185 160 136 122 95 86 105 92 76
REATIVAR 251 160 78 39
PROFIJ 172 263 280 245 213 236 257 280
PEREE 78
T. Projeto Curricular Adptado 13
Oportunidade 97 56 51 87 65 68
Profissional 20
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

 
   

94 
 
 
Quadro 31 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES 
Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
   2006/07  2014/15  Variação 
3.º CEB  1198  450  ‐62,4% 
Ensino 
934  433  ‐53,6% 
Secundário 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 32 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES 
Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
   2006/07 2014/15 
Programa Formativo de Inserção de 
  280 
Jovens ‐ Profij 
Programa Oportunidade    68 
Ensino Profissional     20 
T. Projeto Curricular adaptado    13 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 33 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES 
Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
   2006/07 2014/15 
Ensino Recorrente  185  76 
Programa Reativar    39 
Fonte: Direção Regional de Educação 

 
   

95 
 
 
5.4.2.5 ‐ Escola Básica Integrada dos Biscoitos 
O território educativo da EBI dos Biscoitos apenas abrange no concelho de Angra do Heroísmo as freguesias 
dos  Altares e do Raminho. Neste contexto e na sequência da observação dos dados da EB1/JI dos Altares e 

EB1/JI do Raminho (Gráfico 58 e Quadro 34), pode‐se constatar que de 2006/2007 a 2014/2015, se regista 
uma redução de número de alunos na Educação Pré‐Escolar (37,8%) e no 1º Ciclo do Ensino Básico (12,9%). 
Gráfico 58 ‐ Evolução do número de alunos matriculados , por ciclo de estudo e modalidade de ensino 
nas EB1/JI dos Altares e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
80

70

60

50
Nº de Alunos

40

30

20

10

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 45 44 42 40 38 35 30 31 28
1º CEB 62 55 57 65 67 73 69 62 54
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 34 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas 
EB1/JI dos Altares e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
   2006/07  2014/15  Variação 
EPE  45  28  ‐37,8% 
1.º CEB  62  54  ‐12,9% 
Fonte: Direção Regional de Educação 

5.4.3 ‐ Rede Privada ‐ Ensino Particular e Cooperativo  
O  Ensino  Particular,  Cooperativo  e  Solidário  é  ministrado  nos  estabelecimentos  de  educação  e  ensino 
pertencentes  às  Instituições  Particulares  de  Solidariedade  Social  (IPPS),  nos  Colégios  Particulares  e  nas 
Escolas Profissionais. 

96 
 
 
A rede educativa concelhia privada integra doze Instituições Particulares de Solidariedade Social, um Jardim 
de Infância do ISSA, um Colégio Particular (Educação Pré‐Escolar, o 1.º e o 2.º CEB), três Escolas Profissionais 
e uma Unidade de Formação. 

A análise dos dados dos diferentes gráficos e quadros da rede privada do concelho de Angra do Heroísmo 
(Gráficos 59 a 65 e Quadros 35 a 48) permite observar: 

• Aumento  de  10,8%  de  alunos  inscritos  na  rede  privada,  em  contraciclo  com  a  rede  pública  que 
apresenta um decréscimo de 5,8 % (2006/2007 a 2014/2015); 

• Maior  número  de  crianças  inscritas  na  Educação  Pré‐Escolar  na  rede  privada  (56,5%  no  privado  e 
43,5% no público em 2014/2015), facto que decorre da oferta, pela rede privada, de  atividades de 
animação e apoio às famílias; 

• Quebra inferior de número de crianças inscritas na Educação Pré‐Escolar (‐2,6 %) relativamente à rede 
pública (‐22,7%); 

• Menor  diminuição  do  número  de  alunos  matriculados  no  1º  Ciclo  do  Ensino  Básico  (‐11,8%) 
comparativamente à rede pública (‐20,1%); 

• Quebra inferior de número  de alunos matriculados no 2º do Ensino Básico (‐7,4%) relativamente à 
rede pública (‐13,6%); 

• Ausência da oferta de cursos do PROFIJ na rede privada; 

• Certa estabilização, embora com algumas oscilações, do número de alunos inscritos e ou matriculados 
na rede privada; 

• Maior  quota  de  oferta  e  de  alunos  inscritos  e  ou  matriculados  do  Ensino  Profissional  (81,8%)  e 
Programa Reativar (66,8%) relativamente à rede pública. 
 

Quadro 35 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na rede 
privada (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
  
2006/07  2007/08  2014/15  Variação 
 
EPE  614  598  ‐2,6% 
1.º CEB  187  165  ‐11,8% 
2.º CEB  54  50  ‐7,4% 
       
Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐
47  0   
Profij 
Ensino Profissional  342  356  4,1% 
Programa Reativar    47 231  391,5% 
Fonte: Direção Regional de Educação 

97 
 
 
5.4.3.1 ‐ Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s)  
O número de alunos matriculados em estabelecimentos de ensino dependentes de IPSS's manteve‐se estável 
ao  longo  do  período  em  análise,  indiciando  a  maior  atratividade  destes  estabelecimentos  face  à  oferta 
educativa congénere propiciada pela rede pública. Os quadros que se seguem demonstram essa realidade. 
 
Gráfico 59 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de 
Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Sta. Casa da Misericórdia AH 37 56 62 63
Mãe de Deus ‐ Cáritas 43 39 25 48
O Carrocel 54 57 59 57
O Baloiço 60 63 75 71
 O Ninho 48 62 57 48
 A Gaivota 19 25 35 25
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 60 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de 
Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 
160

140

120

100

80

60

40

20

0
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
 A Joaninha 27 33 25 33
 S. Gonçalo 47 51 56 52
 O Golfinho 36 39 55 45
 Obra Social Madre Mª Clara 135 141 135 136
 O Girassol 29 41 20 20
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

98 
 
 
Quadro 36 ‐ Evolução dos alunos matriculados  (%) na educação pré‐escolar na rede privada (2006/2007 ‐ 
2014/2015) 
   2006/07  2014/15  Variação 
EPE  614  598  ‐2,6% 
Fonte: Direção Regional de Educação 

5.4.3.2 ‐ Colégio Santa Clara 
Seguindo  um percurso similar aos restantes estabelecimentos da rede privada, o Colégio  de  Santa Clara apresenta 
maior estabilidade no número de alunos do que as escolas da rede pública que ministram os mesmos níveis de ensino, 
embora seja patente um lento declínio no número de alunos matriculados. 
 

Gráfico 61 ‐ Alunos matriculados no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
200

180

160

140

120
Nº Alunos

100

80

60

40

20

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Ed. Pré‐Escolar 142 141 141 140 139 135 141 135 136
1º Ciclo 187 186 184 184 180 183 176 167 165
2º Ciclo 54 54 47 52 55 50 48 48 50
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 37 ‐ Alunos matriculados (%) no colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
   2006/07  2014/15  Variação 

EPE  142  136  ‐4,2% 

1.º CEB  187  165  ‐11,8% 

2.º CEB  54  50  ‐7,4% 


Fonte: Direção Regional de Educação 

   

99 
 
 
5.4.3.3 ‐ Escolas Profissionais e Unidade de Formação 
No concelho de Angra do Heroísmo estão em funcionamento três estabelecimentos de formação profissional 
e uma unidade de formação não integrada: (1) a Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra 
do Heroísmo; (2) a Escola Profissional INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo; (3) a Escola Profissional da Praia 
da Vitória ‐ Polo de Angra do Heroísmo; e (4) a Unidade de Formação ‐ Cáritas da Ilha Terceira. 

O  número  e  a  tipologia  dos  cursos  oferecidos  apresenta  grande  variabilidade  inter‐anual,  resultado  da 
necessidade da adequação da oferta formativa às políticas de formação determinadas pelo Governo Regional 
e à procura registada pelos perfis de saída. Ainda assim, constata‐se uma relativa estabilidade no número de 
alunos, com tendência para um crescimento sustentado da procura. 

5.4.3.3.1 ‐ Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 
A Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo é o maior dos estabelecimentos 
de formação profissional do concelho e aquele que apresenta maior diversidade de oferta formativa. 

 
Gráfico 62 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Escola Profissional da Santa Casa da 
Misericórdia de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
160

140

120

100

80

60

40

20

0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFISSIONAL 101 130 128 136 139 128 125 118 118
REATIVAR 100 24 44 46
 
Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

   

100 
 
 
Quadro 38 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) 
Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 
Nível II       
‐  ‐  ‐ 
Nível IV       
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Animal‐1.º ano  23  1 
Técnico de Turismo Ambiental e Rural‐1.º ano  23  1 
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Vegetal‐2.º ano  12  1 
Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores‐2.º ano  23  1 
Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos‐3.º ano  18  1 
Técnico de Sistemas de Informação Geográfica‐3.º ano  19  1 
Total  118  6 
Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

Quadro 39 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 
Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 
B1  ‐  ‐ 
B2  ‐  ‐ 
B3  23  1 
Secundário  23  1 
Total  46  2 
Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

Quadro 40 ‐ Oferta Formativa 2014/2015 
Nº  Nº 
Cursos  Data de início  Data do termo  Nível 
Alunos Turmas
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Animal‐1.º ano  16/09/2014  31/07/2017  IV  23  1 
Técnico de Turismo Ambiental e Rural‐1.º ano  16/09/2014  31/07/2017  IV  23  1 
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Vegetal‐2.º ano  16/09/2013  31/07/2016  IV  12  1 
Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores‐2.º ano  16/09/2013  31/07/2016  IV  23  1 
Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos‐3.º ano  17/09/2012  31/07/2015  IV  18  1 
Técnico de Sistemas de Informação Geográfica‐3.º ano  17/09/2012  31/07/2015  IV  19  1 
Técnico/a de Informação e Animação Turística (Reativar)  27/10/2014  31/07/2016  S3‐Tipo A  23  1 
Curso de Formação Base do Programa Reativar  27/10/2014  31/07/2015  B3  23  1 
Total           164  8 
Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

   

101 
 
 
5.4.3.3.2 ‐ Escola Profissional INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 
O Polo de Angra do Heroísmo do INETESE – Instituto para o Ensino e Formação mantém um número reduzido de 
alunos e de cursos, tendo vindo contudo a diversificar a sua oferta formativa, que inicialmente estava centrada na 
área da banca e seguros para áreas conexas. O número de alunos tem vindo a decrescer. 
 

Gráfico 63 ‐ Evolução do número de alunos matriculados no INETESE, Polo de Angra do Heroísmo 
(2006/2007 ‐ 2014/2015) 
120
100
Nº de alunos

80
60
40
20
0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFISSIONAL 63 52 74 77 105 79 61 53 52
REATIVAR 25 16 11 48 23
 
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 

Quadro 41 ‐ População escolar por curso (2014/2015) 
Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 
Nível IV     
Técnico de Transportes ‐ 1.º ano  23  1 
Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação ‐ 2.º ano  17  1 
Técnico de Comunicação ‐ Marketing, Rel. Públicas e Publicidade ‐ 3.º ano  12  1 
Total  52  3 
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 

Quadro 42 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) 
Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 
B1   ‐  ‐  
B2   ‐  ‐  
B3   ‐  ‐  
Secundário  23  1 
Total  23  1 
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroís 

Quadro 43 ‐ Oferta Formativa (2014/2015) 
Data de 
Cursos  Data do termo  Nível  Nº Alunos Nº Turmas 
início 
Técnico de Transportes ‐ 1.º ano  29/09/2014 31/07/2017  IV  23  1 
Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação ‐ 2.º ano  30/09/2013 31/07/2016  IV  17  1 
Técnico de Comunicação ‐ Marketing, Rel. Públicas e Publicidade ‐ 3.º ano 01/10/2012 31/07/2015  IV  12  1 
Técnico de Vendas (Programa Reativar)  29/10/2014 31/07/2016  IV  23  1 
Total        75  4 
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 

102 
 
 
5.4.3.3.3 ‐ Escola Profissional da Praia da Vitória 
A Escola Profissional da Praia da Vitória mantém em funcionamento um polo letivo no concelho de Angra do 
Heroísmo utilizando para tal instalações cedida pela Cáritas. A população escolar e a oferta formativo são 
elevados e fazem deste polo a maior estrutura de formação profissional do concelho. 

O número de alunos tem‐se mantido relativamente constante, embora nos últimos anos letivos se registe 
algum decréscimo, particularmente devido ao desaparecimento da oferta de cursos do Programa Formativo 
de Inserção de Jovens ‐ PROFIJ. 
 
Gráfico 64 ‐  Alunos matriculados no Polo de Angra do Heroísmo da Escola Profissional da Praia da 
Vitória (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
300

250

200
Nº Alunos

150

100

50

0
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFISSIONAL 178 208 222 211 215 250 244 230 186
PROFIJ 47 60 64 75 59 56 28
REATIVAR 47 85 155 132 157 108 186 131
 
Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

Quadro 44 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) 
Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 
Nível IV     
Téc. Instalações Elétricas  20  1 
Téc. Restauração (variante Cozinha ‐ Pastelaria)  41  2 
Téc. Restauração (variante Restaurante ‐ Bar)  37  2 
Téc. Gestão e Programação de Sistemas Informáticos  22  1 
Téc. Eletrónica, Automação e Comando  21  1 
Téc. Produção Agrária  22  1 
Téc. Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar  23  1 
Total  186  9 
Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

   

103 
 
 
Quadro 45 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 
Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 
B1   ‐   ‐ 
B2  ‐    ‐ 
B3  43  2 
Secundário  88  4 
Total  131  6 
Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

Quadro 46 ‐ Oferta Formativa (2014/2015) 
Cursos  Data de início  Data do termo Nível  Nº Alunos  Nº Turmas
Téc. Restauração (variante Cozinha ‐ Pastelaria)  15/09/2014  31/07/2017  IV  24  1 
Téc. Produção Agrária  15/09/2014  31/07/2017  IV  22  1 
Téc. Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar  15/09/2014  31/07/2017  IV  23  1 
Téc. Multimédia (Reativar)  22/10/2014  30/09/2016  IV  23  1 
Téc. Cozinha /Pastelaria (Reativar)  22/10/2014  30/09/2016  IV  22  1 
Téc. Produção Agropecuária (Reativar)  22/10/2014  30/09/2016  IV  21  1 
Téc. Refrigeração e Climatização (Reativar)  22/10/2014  30/09/2016  IV  22  1 
Formação de Base (Percurso B3)  27/10/2014  31/07/2015     43  2 
Total           200  9 
Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

 
5.4.3.3.4 ‐ Unidade de Formação ‐ Cáritas da Ilha Terceira 
A Cáritas da Ilha Terceira mantém uma unidade de formação não integrada em qualquer escola profissional 
que  oferece  exclusivamente  cursos  integrados  no  Programa  Reativar.  Os  cursos  estão  exclusivamente 
voltados para as necessidades formativas de jovens em situação social desfavorável. 
Gráfico 65 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Cáritas da Ilha Terceira – Angra do Heroísmo 
(2010/2011 ‐ 2014/2015) 
50

45

40

35

30
Nº Alunos

25

20

15

10

0
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
REATIVAR 33 47 28 33 31
 
Fonte: Cáritas da Ilha Terceira 
104 
 
 
Quadro 47 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) 
Cursos  Nº Alunos  Nº Turmas 
B1   ‐   ‐ 
B2  3   ‐ 
B3  28  2 
Secundário  ‐  ‐ 
Total  31  2 
Fonte: Cáritas da Ilha Terceira 

 
Quadro 48 ‐ Oferta Formativa (2014/2015) 
Cursos  Data de início  Data do termo Nível  Nº Alunos  Nº Turmas
Reativar Jovem      B2+B3  31  2 
Total           31  2 
Fonte: Cáritas da Ilha Terceira 

 
5.5 ‐ Indicadores 

5.5.1 ‐ Taxa de transição e retenção 
É  frequente  constatar‐se  que  o  problema  do  sucesso  e  insucesso  escolar  começa  no  próprio  conceito.  A 
procura de uma definição de sucesso escolar esbarra, inevitavelmente, numa multiplicidade de conceitos. 
Na realidade a capacidade de integração, a diminuição do abandono  escolar, a progressão, a  melhoria, a 
segurança, a identificação com um modelo de valores, nem sempre se traduzem em avaliações quantitativas 
positivas  nas  diversas  disciplinas,  mas  não  deixam  de  ser  indicadores  de  sucesso  pessoal  e  institucional. 
Convém  pois,  não  confundir  sucesso  escolar  com  sucesso  na  avaliação,  porque  este  é  apenas  uma  parte 
daquele que embora importante, não esgota o conceito na sua totalidade. 

O conceito de sucesso escolar é complexo e abrangente. Explorá‐lo em pormenor sai fora do contexto deste 
documento e assim sendo, inclui‐se apenas dois sentidos que elucidam a dualidade de critérios que pode 
estar na base da sua definição. Para alguns autores a expressão sucesso escolar refere‐se ao sucesso dos 
alunos na avaliação que se traduz na aprovação ou na transição para o nível seguinte de estudos. Para outros 
o conceito de sucesso escolar está mais ligado à própria instituição escolar e mede‐se pelo cumprimento dos 
objetivos previamente definidos de acordo com a missão a que a escola se propôs. 

Podem‐se assim considerar de dois tipos de sucesso escolar: um, em que há uma redução do conceito à 
quantificação de um dado fenómeno observável e de alguma forma determinado pela escola; outro, mais 
complexo e de difícil quantificação, que se prende com o atingir das metas individuais e sociais, de acordo 
com as aspirações dos alunos e as necessidades dos sistemas sociais envolventes. Este segundo é o mais 
difícil de gerir, visto que a sua não quantificação impossibilita a avaliação das reais proporções que atinge, 
embora só possa ser equacionado por referência ao sucesso escolar quantificável. 
105 
 
 
Insucesso escolar e exclusão escolar são conceitos que representam dois olhares sobre as mesmas situações, 
visto  que  incluem  quer  os  que  não  têm  acesso  à  escola,  quer  “aqueles  que,  ainda  dentro  do  sistema  de 
ensino, [são] objeto de exclusão no próprio processo de ensino através da reprovação e repetência e estão 
sendo assim preparados para posterior exclusão do processo” (Ferraro, 2004). Neste contexto, o autor refere 
a existência de uma dupla forma de exclusão escolar – a exclusão da escola e a exclusão na escola. Enquanto 
a primeira se reporta à não frequência da escola, a segunda, a exclusão na escola, apresenta dimensões mais 
graves, pois resulta da ação dos mecanismos de reprovação e repetência. 

Ao observar a apreciação de vários autores, compreende‐se que o insucesso escolar é massivo, constante, 
precoce, seletivo e cumulativo. O insucesso escolar aparece precocemente no percurso escolar, sendo que a 
prevenção deve ocorrer no início da escolaridade, pois se a intervenção retardar, o insucesso escolar tem 
fortes probabilidades de se assumir como tendência permanente. O conceito de insucesso escolar é amplo 
e não excetua qualquer tipo de causa, integrando fatores exógenos e endógenos. 

Quando se analisa o fenómeno do sucesso e insucesso escolar conclui‐se que é importante ter em conta três 
realidades:  o  aluno;  o  meio  social  e  familiar;  e  a  instituição  escolar.  É  a  partir  destas  realidades  que  se 
evidenciam os fatores de insucesso e se facilita a compreensão das suas causas. 

A  perspetiva  atual  demonstra  que  não  é  possível  estabelecer  uma  relação  de  causalidade  linear,  pois  o 
insucesso escolar congrega uma constelação de variáveis de vários níveis (psicológicas, sociais, ambientais e 
culturais) que se correlacionam num sistema complexo. Face à complexidade e diversidade de causas que 
estão na base do sucesso e insucesso escolar, esta problemática multidimensional requer uma abordagem 
multivariada com recurso a vários tipos de estratégias e intervenções de níveis diferenciados, congregando 
esforços  de  toda  a  comunidade  educativa  e  de  todos  os  agentes  com  responsabilidades  em  matéria  de 
educação. 

Tendo em conta a temática em análise, o conceito de sucesso escolar foi restringido neste documento à sua 
vertente de sucesso na avaliação. 

Após a observação dos dados disponibilizados (Gráficos 66 a 83) verifica‐se: 

• Aumento das taxas de retenção e desistência consoante o aluno progride no nível de escolaridade; 

• Aumento significativo da taxa de retenção e desistência do 1º Ciclo do Ensino Básico público e privado 
(10,5%)  ultrapassando  a  taxa  de  retenção  e  desistência  de  Portugal  Continental  (4,6%)  e  Região 
Autónoma da Madeira (7,4%) em 2012/2013, contrariamente ao que se verificava em 2006/2007; 

• Aumento da taxa de retenção e desistência do 2º Ciclo do Ensino Básico  público e privado (2,5%), 
ampliando  o  diferencial  da  taxa  de  retenção/desistência  relativamente  a  Portugal  continental  e  à 
Região Autónoma da Madeira; 

106 
 
 
• Diminuição  da  taxa  de  retenção  e  desistência  do  3º  Ciclo  do  Ensino  Básico  (5,2%)  reduzindo  o 
diferencial  da  taxa  de  retenção/desistência  relativamente  a  Portugal  Continental  e  à  Região 
Autónoma da Madeira, que continuam a apresentar taxa de retenção inferior; 

• Aumento da taxa de transição e conclusão no Ensino Secundário (11,1%) reduzindo significativamente 
o diferencial da taxa de taxa de transição e conclusão relativamente a Portugal Continental e à Região 
Autónoma da Madeira, que continuam a apresentar taxas superiores; 

• Taxa de transição e conclusão muito baixa nos programas de recuperação de escolaridade (Programa 
Oportunidade); 

• Reduzida taxa de transição e conclusão do Ensino Recorrente e Programa Reativar; 

• Ausência de um modelo padrão nos gráficos de evolução da taxa de retenção. 
 
Gráfico 66 ‐ Taxa de retenção/desistência no Ensino Básico em Portugal Continental, Madeira, Açores,  
Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 
30,0

25,0

20,0

15,0
%

10,0

5,0

0,0
1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB 1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB
2006/07 2012/13
Portugal Continental 3,9 10,3 18,4 4,6 12,4 15,7
RAM 8,3 16,7 21,3 7,4 12,7 16,9
RAA 3,4 10,9 15,6 11,1 17,0 24,9
Terceira 2,1 12,4 20,0 9,1 15,9 19,9
Angra do Heroísmo 3,0 15,5 25,2 10,5 18,0 20,0
 
Fonte: INE 
 
 
 
 

107 
 
 
Gráfico 67 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, 
Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 
16,0

14,0

12,0

10,0

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Portugal Continental 3,9 3,6 3,4 3,5 3,2 4,5 4,6
RAM 8,3 6,3 6,1 5,8 5,1 6,6 7,4
RAA 3,4 5,7 6,4 7,3 6,7 12,4 11,1
Terceira 2,1 5,4 5,9 10,3 5,6 12,1 9,1
Angra do Heroísmo 3,0 7,3 6,9 15,1 6,8 13,4 10,5
 
Fonte: INE 
 
Gráfico 68 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 2º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, 
Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 
20,0

18,0

16,0

14,0

12,0

10,0

8,0

6,0

4,0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Portugal Continental 10,3 7,8 7,5 7,5 7,1 11,0 12,4
RAM 16,7 13,5 11,7 12,8 11,9 13,6 12,7
RAA 10,9 8,6 9,0 10,1 11,0 14,2 17,0
Terceira 12,4 7,0 9,2 13,9 12,4 16,8 15,9
Angra do Heroísmo 15,5 6,3 9,0 16,0 14,6 18,6 18,0
 
Fonte: INE 
 

108 
 
 
Gráfico 69 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 3º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, 
Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 
30,0

25,0

20,0

15,0

10,0

5,0

0,0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Portugal Continental 18,4 13,7 13,8 13,5 12,9 15,2 15,7
RAM 21,3 20,3 18,8 19,4 19,1 20,7 16,9
RAA 15,6 15,3 16,4 18,2 18,8 23,4 24,9
Terceira 20,0 19,8 17,6 14,7 15,4 20,0 19,9
Angra do Heroísmo 25,2 25,4 21,6 15,9 17,2 21,7 20,0
 
Fonte: INE 
Gráfico 70 ‐ Evolução da taxa de transição/conclusão no Ensino Secundário em Portugal, Madeira. 
Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) 
85,0

80,0

75,0

70,0
%

65,0

60,0

55,0

50,0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Portugal Continental 75,4 79,4 81,3 81,1 79,5 80,3 81,2
RAM 70,7 73,4 73,3 75,6 75,3 75,8 80,2
RAA 72,3 72,4 75,2 74,5 74,1 71,1 74,7
Terceira 68,5 76,1 72,8 79,0 73,6 72,5 79,4
Angra do Heroísmo 67,2 75,8 68,7 80,7 71,4 69,3 78,3
 
Fonte: INE 

109 
 
 
Gráfico 71 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, nos 
Açores (redes pública e privada ‐ 2006/2007 ‐ 2013/2014) 
100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
RAA RAA RAA RAA RAA RAA RAA RAA
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
Ensino Recorrente 27,7 17,1 20,9 22,4 23,1 31,7 14,3 11,1
PROFIJ 77,8 82,0 74,9 78,1 71,0 70,0 70,6 71,3
Programa Oportunidade 43,9 60,5 40,7 29,3 14,0 14,6 20,1 37,8
Ensino Profissional 88,3 85,5 84,3 83,6 85,0 83,3 80,9 78,9
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 72 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, no 
concelho de Angra do Heroísmo (rede pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) 
100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0
%

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
Ensino Recorrente 8,7 21,6 2,9 6,3 9,1 6,5 9,4 9,9
PROFIJ 66,5 80,0 76,0 79,6 80,6 78,1 76,9 79,7
Programa Oportunidade 22,7 67,9 56,1 46,5 12,9 14,1 22,9 38
Ensino Profissional 82,8 84,2 87,5 78,2 77,2 81,2 78,5 72,5
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

110 
 
 
Gráfico 73 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI Francisco 
Ferreira Drummond (2011/2012 – 2013/2014) 
100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0
%

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
2011/12 2012/13 2013/14
1º CEB 79,8 86,9 91,9
2º CEB 82,9 92,9 89,1
3º CEB 91,2 72,6 76,2
Oportunidade 56,3 28,6
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 74 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de Angra 
do Heroísmo (2010/2011 – 2013/2014) 
100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0
%

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
1º CEB 91,6 85,8 88,3 91,0
2º CEB 84,4 79,0 77,1 77,6
3º CEB 84,1 71,5 82,3 82,3
PROFIJ 72,7
Oportunidade 10,0 15,5 22,0 29,3
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

111 
 
 
Gráfico 75 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás de 
Borba (2010/2011 – 2013/2014) 
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
1º CEB 93,5 86,2 82,8 86,6
2º CEB 84,8 81,6 81,0 78,2
3º CEB 87,5 78,8 86,5 80,1
Secundário 75,7 69,3 85,1 75,1
Oportunidade 22,2 3,7 15,7 51,1
Profissional 86,1
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 76 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo 
Emiliano de Andrade (2010/2011 – 2013/2014) 
90,0

80,0

70,0

60,0

50,0
%

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
3º CEB 78,5 79,4 76,0 84,4
Secundário 65,8 63,9 72,1 69,4
Recorrente 9,1 6,5 9,4 9,9
PROFIJ 80,6 78,1 76,9 80,6
Oportunidade 5,4 33,3 27,3 31,8
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

112 
 
 
Gráfico 77 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo, no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 
2013/2014) 
100,0

99,0
%

98,0

97,0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
1.º Ciclo 100,0 99,5 99,5 99,5 100,0 100,0 99,4 99,4
2.º Ciclo 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 98,0
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

 
Gráfico 78 ‐ Taxa de transição/conclusão, na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra 
do Heroísmo (2009/2010 ‐ 2013/2014) 
100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
PROFISSIONAL 60,0% 60,0% 80,0% 70,0% 60,0%
REATIVAR 40,0% 70,0% 70,0%
 
Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 

113 
 
 
Gráfico 79 ‐ Taxa de transição/conclusão, no INETESE, no Polo de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 
2014/2015) 
100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
PROFISSIONAL 79% 88% 83% 79% 78% 70% 64% 64%
REATIVAR 64% 69% 91% 50%
 
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo 

 
Gráfico 80 ‐ Taxa de transição/conclusão, no Polo de Angra do Heroísmo, da Escola Profissional da Praia 
da Vitória (2006/2007 ‐ 2014/2015) 
100,0%

90,0%

80,0%

70,0%

60,0%

50,0%
%

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0,0%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
PROFISSIONAL 95,5% 91,8% 91,9% 91,9% 87,9% 88,0% 91,8% 96,1%
PROFIJ 80,9% 71,7% 84,4% 74,7% 81,4% 73,2% 96,4%
REATIVAR 38,3% 43,5% 41,3% 59,1% 61,8% 46,3% 66,1%
 
Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória 

114 
 
 
Gráfico 81 ‐ Taxa de transição/conclusão ‐ Cáritas da Ilha Terceira (2010/2011 ‐ 2014/2015) 
70,0%

60,0%

50,0%

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0,0%
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
REATIVAR 36,3% 46,8% 60,7% 45,4%
 
Fonte: Cáritas da Ilha Terceira 

Gráfico 82 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do concelho de 
Angra do Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) 
100

90

80

70

60

50
%

40

30

20

10

0
Ensino Ensino Programa
1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB PROFIJ
Secundário Recorrente Oportunidade
EBI FFD 91,9 89,1 76,2 28,6
EBI AH 91 77,6 82,3 72,7 29,3
EBS TB 86,6 78,2 80,1 75,1 51,1
ES JEA 84,4 69,4 9,9 80,6 31,8
Colégio Santa Clara 99,4 98
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

115 
 
 
Gráfico 83 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do conselho de 
Angra do Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) 
100

90

80

70

60

50
%

40

30

20

10

0
Ensino Profissional Programa Reativar
EBS TB 86,1
ES JEA
EP SCMAH 60 70
INETESE 64 50
EP PV 96,1 66,1
UF ‐Cáritas 45,4
 

O elevado número de retenções no sistema de ensino açoriano tem uma dimensão educativa e social bem 
mais vasta que a descrita pelas estatísticas da educação. Para além de constituir um indicador da ineficiência 
educativa, a elevada percentagem de alunos com retenções acumuladas sugere a existência de uma cultura 
de retenção que legitima socialmente essa ineficiência. Não se trata de uma responsabilidade exclusiva de 
quem reprova, mas da forma como resignadamente se aceita na sociedade a “inevitabilidade” de uma parte 
significativa dos alunos ter de passar pela experiência de pelo menos um ano de retenção. 

O problema, sendo antigo, continua ainda a ter um efeito nefasto sobre os trajetos escolares e sobre a missão 
fundamental da escola. Esta questão poderá ainda ser considerada mais grave quando se sabe que os trajetos 
de insucesso se iniciam muito cedo, logo a partir do 1º ciclo, e que na sua maioria se saldam em mais do que 
uma retenção ao longo do percurso escolar. Vale a pena lembrar a conclusão final do relatório da EURIDYCE 
de 2011: 

“A  existência  de  uma  cultura  de  retenção  leva  a  uma  aplicação  mais  frequente  desta  prática  em 
determinados países, nos quais predomina ainda a ideia de que repetir um ano é benéfico para a 
aprendizagem dos alunos. Este ponto de vista é corroborado pela profissão docente, pela comunidade 
escolar e pelos próprios pais. Na Europa, esta convicção persiste e tem efeitos práticos sobretudo na 
Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal. Não basta a alteração da legislação 
em matéria de retenção para mudar esta convicção, que deve ser suplantada por uma abordagem 

116 
 
 
alternativa  para  responder  às  dificuldades  de  aprendizagem  dos  alunos.  Assim,  o  desafio  consiste 
mais em questionar determinados pressupostos e convicções do que em alterar a legislação.” 

É  necessário  promover  culturas  de  sucesso  e  mobilizar  a  sociedade,  as  famílias  e  as  escolas  para  que 
contribuam não só para gerações mais escolarizadas, mas melhor escolarizadas. 

5.5.2 ‐ Escolarização 
Em  matéria  de  educação  foram  definidas  regras  que  consagram  o  objetivo  de  proporcionar  a  todas  as 
crianças e jovens o maior número possível de anos de escolaridade, nas melhores condições possíveis. As 
questões  críticas  que  se  colocam  aos  diferentes  sistemas  educativos  é  saber  como  se  pode  garantir  que, 
frequentando  a  escola,  todos  os  jovens  aprendem  e  como  garantir  que  todos  os  alunos  têm  percursos 
escolares longos e de qualidade. A resposta positiva a essas questões exige a verificação de que as as escolas, 
os professores, os técnicos e os dirigentes da administração educativa tenham as condições e os recursos 
necessários  para  o  fazer.  Na  realidade,  e  em  qualquer  sistema  educativo,  as  escolas  enfrentam  efetivas 
dificuldades para concretizar a missão e os objetivos que lhes estão atribuídos, no sentido de garantir que 
todos os alunos aprendem e atingem níveis de qualidade nas suas aprendizagens. 

Os objetivos da educação mudaram profundamente e com isso mudaram também os desafios que a escola 
enfrenta.  Esta  mudança  requereu  alterações  profundas  na  configuração  dos  sistemas  de  ensino,  nos 
princípios de organização das escolas, no estatuto e no papel dos professores, no trabalho pedagógico, nos 
recursos e nos instrumentos de ensino, nas exigências e responsabilidades que são colocadas aos agentes do 
sistema de educação. 

Quando todos os jovens estão na escola a sociedade inteira, com todos os problemas de desigualdade, passa 
a  estar  no  interior  da  escola.  A  escola  do  passado  era  frequentada  apenas  por  uma  parte minoritária  de 
jovens  de  grupos  sociais  homogéneos,  hoje  é  frequentada  por  todos.  É  nesta  diversidade  que  reside  a 
principal dificuldade de garantir que todos aprendem, mesmo os que não querem, os que não tem motivação 
e os que revelam dificuldades diferentes. 

A diversidade dos problemas requer a diversidade das soluções. A desigualdade na escola requer medidas e 
ações que permitam mitigar os efeitos dessa desigualdade: requer diversidade de instrumentos, de meios, 
de estratégias e de agentes, requer políticas que permitam às escolas e aos professores diversificar os meios 
de  ação  para,  com  mais  autonomia  profissional,  acionarem  as  competências  técnicas  e  profissionais  e 
tomarem as decisões que se revelam necessárias à resolução dos problemas. 

Exige‐se à escola a garantia de que todos aprendem. Mas as escolas e os professores não podem enfrentar 
este  desafio  sozinhos,  porque,  na  realidade  a  questão  não  é  apenas  a  de  ensinar.  Requerem‐se  políticas 
117 
 
 
educativas  inovadoras  e  adequadas  ao  desafio  que  as  escolas  e  os  professores  enfrentam,  com  o 
envolvimento dos governos, das escolas que formam professores, dos centros de investigação, das famílias 
e das autoridades locais. Todos os agentes e atores sociais devem ser convocados a participar e a assumir 
uma parte das responsabilidades que este desafio envolve. 

Embora a escola por si só não possa fazer face a todos os fatores geradores de desigualdade, nomeadamente 
os  decorrentes  do  meio  social  e  familiar,  deverá  dispor  de  programas  e  meios  que  contrariem  quer  a 
reprodução, quer a acentuação das disparidades sociais existentes. Explorar medidas e ações que permitam 
mitigar a desigualdade na escola e os efeitos dessa desigualdade, constituem matérias que deveem ser alvo 
da atuação da administração educativa. 

Pelo exposto, e considerado o contexto do item em análise, o conceito de escolarização será entendido neste 
documento, na sua aceção mais simples: o da frequência da instituição escolar. Sabe‐se que não é o facto de 
se ter frequentado a escola que permite concluir que o indivíduo ficou escolarizado, ou seja, que adquiriu 
um conjunto de conhecimentos e de competências suscetíveis de o capacitar para satisfazer os requisitos 
elementares do saber escolar. Também se sabe que existem indivíduos alfabetizados, isto é, que satisfazem 
esses requisitos, sem nunca terem frequentado a escola. Porém, a necessidade de dispor de um indicador 
que  assentasse  na  informação  proporcionada  pelos  Censos,  levou  a  adotar  o  conceito  minimalista  de 
escolarização, associado à relação percentual entre o número total de alunos matriculados num determinado 
ciclo de estudos (independentemente da idade) e a população residente em idade normal de frequência 
desse ciclo de estudo (taxa bruta de escolarização). A utilização deste indicador, para além de possibilitar 
avaliar a cobertura e a frequência escolar, permite fornecer alguns indicadores relativamente ao abandono 
escolar. 

Da  observação  dos  elementos  disponibilizados  verifica‐se  que  o  sistema  educativo  não  assegura  na 
totalidade  as  condições  para  a  concretização  das  aprendizagens  fundamentais  por  parte  dos  jovens,  no 
tempo previsto para a conclusão dos diferentes ciclos de ensino. Existe um desfasamento entre a idade real 
dos alunos e a idade ideal de frequência em todos os ciclos e níveis de ensino. A situação agrava‐se à medida 
que se progride na escolaridade, sendo que os alunos em que se verifica este desfasamento apresentam 
piores  desempenhos  nas  avaliações  internacionais.  Esta  discrepância  tende  a  ser  superior  no  Ensino 
Secundário e pode comprometer o sucesso do alargamento da escolaridade para 12 anos. 

A análise dos dados disponíveis (Quadros 49 e 50) revela um desfasamento etário em todos os ciclos e níveis 
de escolaridade, revelador de insucesso escolar e repetências múltiplas. Veja‐se, por exemplo, que no Ensino 
Secundário a percentagem de alunos a frequentar o 10º, 11º e 12º anos, nas idades consideradas ideais é de 
apenas 53,2%. Neste contexto importa referir que, de acordo com os Censos de 2011, 3,4% dos indivíduos 

118 
 
 
com 15 ou mais anos não possui qualquer nível de escolaridade, 35,2% possui o 3º Ciclo do Ensino Básico e 
23,8% o Ensino Secundário. 

Quadro 49 ‐ Taxa bruta de pré‐escolarização e de escolarização (2012/2013) 
Taxa Bruta de Pré‐ Taxa Bruta de Escolarização 
  escolarização  Ensino Básico  Ensino Secundário
Portugal Continental  90,4  112,6  122,0 
RAM  94,0  112,5  114,5 
RAA  92,0  112,5  96,0 
Terceira  94,5  108,6  99,7 
Angra do Heroísmo  99,7  106,7  91,3 
Fonte: INE 

Quadro 50 ‐ Percentagem de alunos matriculados em idade ideal de frequência de acordo com o nível de 
escolaridade (2011) 
 
EPE (3 ‐ 5 anos)  1ºCEB (6 ‐ 9 anos)   2ºCEB (10 ‐11 anos) 3ºCEB (12 ‐14 anos) Secundário (15‐17 anos)
 
90,3%  94,6%  77,4%  74,6%  53,2% 
Fonte: INE/DRE 

5.5.3 ‐ Abandono Escolar 
Numa  perspetiva  formal,  o  conceito  de  abandono  escolar  pode  ser  definido  como  a  interrupção  da 
frequência do sistema de ensino antes da idade legalmente estabelecida para a escolaridade obrigatória. A 
definição  é  decalcada  da  definição  legal  da  escolaridade  obrigatória  e,  ainda  que  esteja  associada  a  um 
determinado nível de ensino, a referência essencial é sempre o número de anos da escolaridade obrigatória. 
Neste contexto, em sede de inquérito ou recenseamento, a identificação do abandono escolar é sempre a 
frequência escolar interrompida antes de atingida a idade obrigatória legal. 

No caso do abandono escolar o presente documento utiliza dois indicadores, correspondentes a dois grupos 
etários específicos: (1) o «abandono escolar»; e (2) o «abandono precoce». 

O que é designado por «abandono escolar» – tradicionalmente identificado nos países de tradição anglo‐
saxónica por dropout – é expresso pela respetiva taxa calculada pela razão entre população residente com 
idades compreendidas entre os 10 e 15 anos que abandonou a escola sem concluir o 9º ano, e a população 
residente com idades compreendidas entre os 10 e 15 anos, multiplicado pela base 100. Este é o indicador 
tradicional utilizado para aferir do grau de concretização da escolaridade obrigatória de 9 anos. 

O  segundo  indicador  deveria  designar‐se  por  «saída  escolar  precoce»,  como  tradução  literal  do  conceito 
consagrado internacionalmente de “early school leaving”. Porém, na terminologia estatística portuguesa esta 
medida  passou  a  ser  designada  por  «abandono  precoce».  Este  indicador  foi  adotado  em  1999  pelo 
119 
 
 
Employment Committee da UE, com o objetivo de monitorizar e reduzir o abandono escolar precoce entre 
os Estados Membros. Trata‐se de uma taxa calculada a partir da razão entre o número de indivíduos entre os 
18 e 24 anos que não concluíram o ensino secundário e não se encontram a frequentar o sistema educativo 
ou um curso de formação profissional durante o mês anterior ao inquérito ou ao recenseamento, e o total 
da população residente entre 18 e 24 anos. Esta é a definição adotada pelo EUROSTAT e que constitui um 
dos indicadores de referência para monitorização do desempenho dos sistemas de ensino nacionais. 

O abandono escolar (10‐15 anos) era o indicador privilegiado para aferir a concretização da escolaridade 
obrigatória de 9 anos. Recentemente, os valores revelados pelo Censos 2011 tornam este fenómeno como 
residual. É de assinalar o progresso registado nas duas últimas décadas. No concelho de Angra do Heroísmo, 
de cerca de 13,14% no final da década de 1980, a taxa de abandono registou uma queda significativa durante 
a década de 1990. À entrada deste século cifrava‐se em 5,21% e dez anos mais tarde em 2,19% (Gráfico 84). 

Gráfico 84 ‐ Evolução da taxa de abandono escolar em Portugal, Açores e concelho de Angra do 
Heroísmo  
20

18

16

14

12

10
%

0
1991 2001 2011
Portugal Continental 12,51 2,17 1,54
Região Autónoma dos Açores 17,15 4,79 2,36
Angra do Heroísmo 13,14 5,21 2,19

Portugal Continental Região Autónoma dos Açores Angra do Heroísmo


 

Fonte: INE 

A redução do abandono escolar precoce é um dos cinco objetivos fundamentais da “Estratégia Europa 2020” 
para promover o crescimento e o emprego, e tem como meta reduzir a atual média de abandono escolar 
precoce da UE para 10% até ao final da década. Em 2014 (Gráfico 85) a Região Autónoma dos Açores (32,8%) 
120 
 
 
continua a apresentar uma taxa de abandono precoce superior à Região Autónoma da Madeira (27,7%) e ao 
território continental (16,7%). 

A manter‐se o ritmo de decréscimo atual, os Açores chegarão a 2020 com uma taxa de abandono precoce 
superior  à  recomendada  pela  União  Europeia,  que  tem  priorizado  politicamente  esta  questão  pelas 
implicações que as fracas qualificações escolares têm na coesão social e na qualidade do emprego. Embora 
não existam dados desagregados por ilha e concelho, não parece plausível, face aos demais indicadores, que 
o concelho de Angra do Heroísmo se constitua como exceção ao exposto. 

Gráfico 85 ‐ Evolução da taxa de abandono precoce em Portugal, Portugal Continental, Açores e 
Madeira 
50
45
40
35
30
25
%

20
15
10
5
0
2011 2012 2013 2014
Portugal 23 20,5 18,9 17,4
Continente 22 19,8 18,1 16,7
RAA 43,8 34,1 35,8 32,8
RAM 30,6 27,2 26,2 27,7

Portugal Continente RAA RAM


 
Fonte: Pordata 

A comparação dos valores médios de abandono precoce na UE 28 (11,1%) e nos Açores (32,8%) em 2014, 
mostra quão elevada é a taxa de saída escolar precoce nos Açores. Os dados apresentados aconselham a que 
se proceda ao balanço dos resultados das estratégias desenvolvidas e a uma revisitação das recomendações 
europeias nesta matéria (Conselho da União Europeia, 2011 e 2014). 

As recomendações europeias apontam a adoção de ações para a redução dos números do abandono escolar 
precoce  devem  desenrolar‐se  em  diferentes  frentes,  no  sentido  de  prevenir  o  risco  de  abandono 
(assegurando uma educação de qualidade desde os primeiros anos de vida), de o evitar (reagindo aos sinais 
de alerta e dando o devido apoio) e de compensar os que já abandonaram (possibilitando o reingresso no 
sistema, reconhecendo as aprendizagens já realizadas e qualificando). 

121 
 
 
5.5.4 ‐ Atraso Escolar 
Entre  os  potenciais  fatores  potenciadores  do  abandono  escolar  encontram‐se  a  escolarização  dos  pais,  o 
mercado de trabalho (desemprego) e o insucesso (atraso escolar). O insucesso escolar, entendido como a 
repetência ou retenção durante um ou mais anos ao longo do percurso escolar dos alunos, é apontado por 
vários estudos como fator preditivo do abandono escolar. Essa relação não é, contudo, estritamente unívoca. 

Sendo  compreensível  que  trajetos  de  repetências  acumuladas  tendem  a  aumentar  o  risco  de  abandono, 
também é admissível que o insucesso seja uma antecipação de quem já optou, a prazo, pelo abandono. Ou 
seja, o abandono tanto pode ser o resultado do insucesso, como este poderá ser o resultado de uma decisão 
antecipada  de  um  abandono  futuro.  Perante  essa  perspetiva  de  um  abandono  a  prazo  alguns  alunos 
desinvestem no esforço para o sucesso. 

Importa não descurar as condições sociais dos que abandonam, especialmente o papel que o capital familiar 
tende a desempenhar num menor investimento na escolarização. Ora a indução social do abandono tanto 
pode  ser  feita  pelas  condições  familiares  como  pelos  contextos  sociais  envolventes,  nomeadamente  dos 
próximos (grupos de amigos, colegas de escola e pares). A acrescer ao referenciado não se pode ignorar que 
o tipo de aprendizagens potencia trajetos de sucesso ou de insucesso. Quando os alunos constroem trajetos 
a  partir  de  histórias  de  retenção,  logo  no  primeiro  ciclo,  a  probabilidade  de  insucesso  reiterado  e  de 
abandono  é  maior,  considerando  que  os  conhecimentos  e  competências  básicas  indispensáveis  às 
aprendizagens nos ciclos seguintes não estão consolidados. 

Assim  sendo,  torna‐se  importante  conhecer  a  dimensão  deste  fenómeno,  recorrendo  a  uma  variável  de 
aproximação ao problema ‐ atraso escolar‐ a partir dos dados do último Censo. As taxas de atraso escolar por 
ciclo  medem  a  proporção  entre  os  indivíduos  a  frequentar  um  determinado  ciclo  de  ensino  com  idade 
superior  à  idade  ajustada,  no  total  de  indivíduos  com  idade  ajustada  a  esse  ciclo.  O  indicador  não  dá  a 
dimensão da repetência, tão só o número de indivíduos com, pelo menos, um ano de atraso em relação à 
idade ajustada à frequência do ciclo. 

O conceito de atraso deverá ser entendido como uma mera aproximação ao problema da repetência e do 
insucesso,  com  todas  as  limitações  metodológicas  que  esta  opção  representa.  Ao  analisar  o  atraso  em 
2011/2012 (Gráfico 86), verifica‐se que cerca de 38% dos alunos que frequentavam o 2º e 3º Ciclos do Ensino 
Básico e 71% do Ensino Secundário tinham, pelo menos, um ano de atraso. Dado que o atraso é cumulativo, 
a redução destes valores só será possível se se reduzir o atraso registado nos ciclos iniciais. 

Para  ultrapassar  este  problema  é  necessário  encontrar  estratégias  credíveis  que  permitam  fazer  face  às 
dificuldades dos alunos, das escolas e dos professores. A prevenção do abandono precoce deverá passar pela 
promoção  das  aprendizagens  e  do  sucesso  escolar,  ainda  no  pré‐escolar  e  nos  primeiros  anos  do  Ensino 
Básico, através de estratégias que envolvam a escola, os professores e o contexto social e familiar dos alunos. 
122 
 
 
Gráfico 86 ‐ Taxa de atraso concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012) 
80,0%
71,3%
70,0%

60,0%

50,0%

38,1% 38,4%
40,0%

30,0%

20,0%

10,0% 8,3%

0,0%
1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Ens. Secundário
 
Fontes: INE/DRE 

5.6 ‐ Oferta Formativa no PROFIJ, Reativar e cursos profissionais  
De acordo com a legislação em vigor, a direção regional competente em matéria de emprego e qualificação 
profissional apresenta à direção regional competente em matéria de educação, até 15 de dezembro de cada 
ano,  a  lista  de  prioridades  dos  cursos  de  dupla  certificação  a  oferecer  pelas  unidades  orgânicas, 
estabelecimentos de ensino particular e escolas profissionais que integram o sistema educativo regional, no 
ano letivo seguinte. 

Por sua vez, as unidades orgânicas, estabelecimentos de ensino particular e escolas profissionais têm que 
remeter à direção regional competente em matéria de educação, até 15 de fevereiro, a relação de todos os 
cursos  que  pretendem  oferecer  para  o  ano,  biénio  e  triénio  seguintes,  consoante  a  tipologia  dos  cursos, 
incluindo  os  que  pretendam  reiniciar.  Ou  seja,  anualmente,  antes  do  termo  segundo  período  letivo,  os 
estabelecimentos de ensino devem  planear e definir a respetiva oferta educativa e formativa para o ano 
letivo seguinte. 

Ponderados os interesses das escolas e das comunidades que servem, considera‐se que o planeamento da 
oferta  formativa  deve  ter  em  conta  as  necessidades  dos  meios  socioeconómicos  em  que  as  escolas  se 
inserem.  Importa  não  negligenciar  o  contributo  dos  cursos  para  o  incremento  da  oferta  educativa  do 
concelho e, consequentemente, para o respetivo aumento dos níveis de escolarização e  desenvolvimento 
local. 

123 
 
 
A  realização  de  estágios  enquadrados  nas  diversas  instituições  do  concelho  deve  constituir‐se  numa 
oportunidade  de  conjugar  o  trabalho  com  a  comunidade  com  os  recursos  locais  para  contribuir  para  o 
sucesso das iniciativas de formação e para o próprio desenvolvimento local. 

Refira‐se,  que  qualquer  proposta  de  oferta  formativa,  remete  para  a  necessidade  de  uma  concertação 
cuidadosa e sustentada das necessidades do tecido empresarial com a realidade social do concelho, fundada 
em  estudos  de  mercado  ou  de  diagnóstico  efetuados  pelas  entidades  competentes.  A  título  ilustrativo, 
parece  importante  referir  mormente  os  cursos  relativos  à  pesca,  dado  que  constitui  área  de  aposta 
consensual, não apenas no Município, mas até mesmo nos Açores. 

Lembra‐se que a formação profissional tem uma tradição significativa no concelho e que o seu êxito depende 
da  capacidade  de  impulsionar  trajetórias  profissionais  e  de  vida  bem‐sucedidas,  que  correspondam  às 
expetativas criadas.  Há,  ainda,  um caminho  a percorrer  no  sentido  de  desmistificar  a  opção  pelos  cursos 
profissionais como uma via de último recurso. A educação e a formação profissional não são dois sistemas 
alternativos e disjuntos mas sim uma panóplia de caminhos possíveis, com vias de acesso entre si, em que 
as trajetórias e os saberes se podem e devem entrecruzar, permitindo a cada jovem ir construindo o seu 
próprio caminho (Conselho Nacional de Educação, 2012). 
   

124 
 
 
Quadro 51 ‐ Oferta formativa (2014/15) 
   PROFIJ  Nível 
Operador/a de Informática 
EBI dos Biscoitos  Empregado/a Comercial 
Operador/a Agrícola 
EBI Francisco  Operado Agrícola 
Ferreira Drummond  Operador de Informática  Nível II  

EBI de Angra do  Operador(a) de Jardim 
Heroísmo  Operador(a) de Informática 
Operador Agrícola ‐ Tipo 2 
Empregado Comercial ‐ Tipo 3 
Técnico Comercial 
Técnico Animador Sociocultural 
Técnico de Secretariado  
Técnico de Análise de Laboratório 
ES Jerónimo  Técnico de Auxiliar de Saúde 
Emiliano de Andrade 
Técnico de Produção Agrícola  Nível IV 
Técnico de Logística 
Técnico Administrativo 
Técnico de Ação Educativa 
Programador de Informática‐1 
Programador de Informática‐2 
   Cursos Profissionais   
ES Jerónimo 
Técnico de Auxiliar de Saúde ‐ Profissional 
Emiliano de Andrade 
Técnico de Apoio à Infância 
EBS Tomás de Borba 
Técnico de Apoio à Gestão Desportiva 
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Animal‐1.º ano 
Técnico de Turismo Ambiental e Rural‐1.º ano 
Santa Casa da  Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Vegetal‐2.º ano 
Misericórdia de  Nível IV 
Angra do Heroísmo  Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores‐2.º ano 
Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos‐3.º ano 
Técnico de Sistemas de Informação Geográfica‐3.º ano 
Técnico de Transportes 
Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação 
INTESE 
Técnico de Comunicação ‐ Marketing, Rel. Públicas e Publicidade 
Técnico de Vendas (Programa Reativar) 
Fonte: Direção Regional de Educação 

 
 

   

125 
 
 
Quadro 52 ‐ Oferta Formativa (2015/16) 
   PROFIJ  Nível 
Operador/a de Informática ‐ Tipo 2 
Empregado/a Comercial ‐ Tipo 2 
Empregado/a de Andares ‐ Tipo 2 
Pasteleiro/a ‐ Padeiro/a ‐ Tipo 2 
Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade ‐ Tipo 2 
EBI dos Biscoitos 
Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade ‐ Tipo 3 
Pasteleiro/a ‐ Padeiro/a‐ Tipo 3 
Empregado/a de Andares‐ Tipo 3 
Operador/a de Informática ‐ Tipo 3  Nível II  
Empregado/a Comercial ‐ Tipo 3 
EBI Francisco Ferreira Drummond    
Operador/a de Jardinagem ‐ Tipo 2 
EBI de Angra do Heroísmo  Acompanhamento de Crianças ‐ Tipo 2 
Operador(a) de Informática ‐ Tipo 2 
Restaurante/Bar‐Tipo 2 
Cozinheiro/a‐ Tipo 2 
Empregado/a Comercial ‐ Tipo 3 
ES Jerónimo Emiliano de Andrade  Técnico/a de Produção Agropecuária 
Técnico/a de Contabilidade 
Nível IV 
Técnico/a de Informática ‐ Instalação e Gestão de Redes 
Técnico/a de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade 
   Cursos Profissionais   
ES Jerónimo Emiliano de Andrade    
EBS Tomás de Borba  Técnico de Apoio à Gestão Desportiva 
Santa Casa da Misericórdia de Angra  Técnico de Mecatrónica 
do Heroísmo  Técnico de Apoio Psicossocial 
INTESE  Técnico de Gestão (Angra do Heroísmo)  Nível IV 
Técnico de Restauração ‐ Cozinha/Pastelaria 
Técnico de Restauração ‐ Restaurante/Bar 
Escola Profissional da Praia da Vitória 
Técnico de Gás 
Técnico de Instalações Elétricas 
  REATIVAR   
B1 
B2 
ES Jerónimo Emiliano de Andrade   
B3 
S3 
Santa Casa da Misericórdia de Angra  Calceteiro(a) B3  Nível III 
do Heroísmo  S3 (Tipo A)  Nível IV 
INTESE  Operador de Logística (II)   
Pasteleiro/Padeiro (II) 
Empregado(a) de Andares (II)  Nível II 
Operador Informático (II) 
Escola Profissional da Praia da Vitória 
Técnico de Vendas (IV) 
Técnico de Gás (IV)  Nível IV 
Técnico de Ação Educativa (IV) 
Fonte: Direção Regional de Educação 

126 
 
 
5.7 ‐ Alunos do Regime Educativo Especial 
Um  dos  maiores  desafios  do  sistema  de  ensino  é  a  necessidade  de  construir  uma  escola  inclusiva,  que 
respeite a diversidade dos alunos e procure garantir o seu sucesso educativo através de traçados curriculares 
diferenciados e adequados. 

O conceito de educação inclusiva invoca um paradigma em termos educativos, ou seja, uma  conceção de 
escola  onde  todas  as  crianças  e  jovens,  sem  exceção,  têm  a  mesma  igualdade  de  oportunidades, 
independentemente dos valores culturais ou das limitações físicas e intelectuais. Alguns autores defendem 
a  educação  inclusiva  como  sendo  um  sistema  de  educação  onde  os  alunos  com  necessidades  educativas 
especiais frequentam ambientes de sala de aula regular, apropriados para a idade, com colegas que não têm 
deficiência ou especiais dificuldades e onde lhes são oferecidos os apoios necessários às suas necessidades 
individuais, de modo a atingirem os mesmos objetivos que os seus pares mas por caminhos diferentes. 

É grande o desafio que se coloca à escola inclusiva porque, mais do que aceitar a presença de alunos com 
necessidades educativas especiais na escola de ensino regular, há que construir e promover a existência de 
um único sistema educativo em desfavor da dualidade de sistemas (regular e especial) tantos anos praticado 
na educação. 

No sentido de otimizar os princípios onde se alicerça a inclusão, a escola deve reconhecer as necessidades 
dos discentes que a frequentam, adaptando‐se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, garantindo um 
bom nível de educação para todos,  através de currículos adaptados, de uma boa  organização escolar, de 
estratégias  pedagógicas  diferenciadas  e  diversificadas,  de  utilização  de  recursos  e  de  cooperação  com  a 
comunidade.  A  escola  inclusiva  não  pretende  eliminar  barreiras  à  aprendizagem,  mas  sim  acompanhar  o 
discente e ajudá‐lo a ultrapassar os obstáculos com que se depara na sua vida de estudante de modo a obter 
sucesso escolar. 

Nos Açores, a assunção da noção de escola inclusiva, onde todos os alunos possam encontrar as respostas 
educativas  que  lhes  permitam  realizar  um  percurso  escolar  em  comum,  surge  plasmada  no  Decreto 
Legislativo Regional n.º 15/2006/A, de 7 de abril, alterado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 17/2015/A, 
de 22 de junho. 

A  publicação  do  Decreto  Legislativo  Regional  n.º  15/2006/A,  de  7  de  abril,  constitui  um  momento 
fundamental da afirmação da educação especial no contexto do Sistema Educativo  Regional. Definindo a 
«educação  especial»  como  o  conjunto  dos  apoios  especializados  a  prestar  às  crianças  e  alunos  com 
necessidades  educativas  especiais  de  caráter  permanente,  aquele  diploma  operou  uma  mudança  de 
paradigma ao proceder à separação entre, por um lado, o que corresponde a apoio especializado a prestar a 

127 
 
 
alunos  com  deficiência  e,  por  outro,  o  conjunto  dos  apoios  a  prestar  a  alunos  com  dificuldades  de 
aprendizagem. 

Enquanto «modalidade especial de educação escolar» (artigo 19.º e seguintes da Lei de Bases do Sistema 
Educativo), a «educação especial» dirige‐se às crianças e alunos que revelam dificuldades provenientes de 
alterações em estruturas e funções do corpo com caráter permanente, tipicamente problemáticas de alta 
intensidade e baixa frequência de ocorrência. Neste contexto, cabe à escola proceder à aplicação rigorosa de 
critérios  de  elegibilidade  através  de  uma  avaliação  por  referência  à  Classificação  Internacional  de 
Funcionalidade,  Deficiência  e  Saúde  –  Versão  para  Crianças  e  Jovens  (CIF‐CJ)  da  Organização  Mundial  de 
Saúde.  Tal  avaliação  depende,  além  do  mais,  de  procedimentos  céleres  e  igualmente  rigorosos  de 
referenciação. 

A  entrada  em  vigor  do  Decreto  Legislativo  Regional  n.º  15/2006/A,  de  7  de  abril,  permitiu  que  a  Região 
Autónoma dos Açores alinhasse as suas políticas educativas, não apenas com aquilo que se constitui, hoje, 
como matéria largamente consensual no seio da comunidade científica sobre esta matéria, mas também com 
os princípios e recomendações contidos nos diversos tratados e declarações de direito internacional a que o 
Estado Português está vinculado em matéria de necessidades educativas especiais e de não discriminação 
em razão de deficiência e saúde (Declaração de Salamanca sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das 
Necessidades  Educativas  Especiais,  1994,  da  UNESCO;  Convenção  sobre  os  Direitos  das  Pessoas  com 
Deficiência, 2007 e seu Protocolo Opcional de 2009, das Nações Unidas). 

A organização atual dos apoios especializados a alunos com necessidades educativas especiais permanentes 
encontra‐se  localizada  na  rede  de  estabelecimentos  públicos  de  educação  pré‐escolar  e  ensinos  básico  e 
secundário, aos quais cabe promover as respostas educativas que melhor se adequem ao processo de ensino 
e  de  aprendizagem  dos  alunos  a  ser  enquadrados  pela  educação  especial.  As  respostas  diferenciadas 
existentes podem concentrar alunos com determinado tipo de problemas em escolas de referência. 

A  observação  dos  elementos  disponibilizados  (Gráficos  87  e  88)  permite  verificar  que  de  2011/2012  a 
2014/2015,  registou‐se  um  aumento  de  81,8%  de  alunos  com  necessidades  educativas  especiais  e  uma 
quebra de 18% de alunos com necessidades educativas especiais integrados em turmas do ensino regular. 

Em relação ao ano letivo 2014/2015, observa‐se que 14,4% das crianças e alunos matriculados no ensino 
público do concelho de Angra do Heroísmo estão abrangidas pelo Regime Educativo Especial (Gráfico 89). A 
Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond (Gráficos 90 e 91) é a unidade orgânica que apresenta 
maior  percentagem  de  alunos  com  necessidades  educativas  especiais  (23,9%)  seguindo‐se‐lhe  com  19% 
Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo (Gráficos 92 e 93). A Escola Secundária Jerónimo Emiliano de 
Andrade (Gráficos 96 e 97) é a que apresenta o valor mais baixo, em termos absolutos (75) e percentuais 
(5,9%). 
128 
 
 
Para dar resposta aos alunos com deficiência comprovada e dificuldades de aprendizagem, a rede escolar do 
concelho de Angra do Heroísmo dispôs no ano letivo 2014/2015 de 17 docentes de ensino especial e de 
apoios educativos, a que corresponde um rácio de 44 alunos por docente. 

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, no âmbito dos projetos de construção, ampliação e remodelação 
de estabelecimentos educativos, tem procurado intervir de forma a criar condições adequadas, garantindo 
o cumprimento dos pressupostos inerentes ao princípio da «escola Inclusiva». 
Gráfico 87 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do 
Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 

800

700

600

500
Nº de Alunos

400

300

200

100

0
2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 390 413 503 573
Integrados em UNECAS* 21 49 93 174
TOTAL 411 462 596 747
 
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

Gráfico 88 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do 
Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 

100

90

80

70

60

50
%

40

30

20

10

0
2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular (%) 95 89 84 77
Integrados em UNECAS (%)* 5 11 16 23
 
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

129 
 
 
Gráfico 89 ‐ Relação entre o número de alunos do regime educativo especial e o número de alunos 
matriculados no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) 

23,9%
25,0%

19,0%

20,0%
14,4% EBI FFD
13,6%
EBI AH
15,0%
EBS Tomás de Borba
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
10,0% Total
5,9%

5,0%

0,0%
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 90 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial, na EBI Francisco Ferreira 
Drummond (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

160

140

120

100
Nº de Alunos

80

60

40

20

0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 83 89 127
Integrados em UNECAS* 9 11 25
TOTAL 92 100 152
 
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

130 
 
 
Gráfico 91 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBI Francisco Ferreira 
Drummond (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0
%

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 90,2 89,0 83,6
Integrados em UNECAS* 9,8 11,0 16,4
 
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

Gráfico 92 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBI Angra do Heroísmo 
(2012/2013 ‐ 2014/2015) 

300

250

200
Nº de Alunos

150

100

50

0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 146 153 183
Integrados em UNECAS* 40 51 80
TOTAL 186 204 263
 
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

131 
 
 
Gráfico 93 ‐ Regime de Frequência dos alunos do Regime Educativo Especial na EBI Angra do Heroísmo 
(2012/13 ‐ 2014/15) 

80,0

70,0

60,0

50,0

40,0
%

30,0

20,0

10,0

0,0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 78,5 75,0 69,6
Integrados em UNECAS* 21,5 25,0 30,4
 
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

Gráfico 94 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba 
(2012/2013 ‐ 2014/2015) 

300

250

200
Nº de Alunos

150

100

50

0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 164 190 188
Integrados em UNECAS* 0 31 69
TOTAL 164 221 257
 
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

132 
 
 
Gráfico 95 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba 
(2012/2013 ‐ 2014/2015) 

100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0
%

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 100,0 86,0 73,2
Integrados em UNECAS* 0,0 14,0 26,8
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

* Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

Gráfico 96 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de 
Andrade (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

80

70

60

50
Nº de Alunos

40

30

20

10

0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 20 71 75
Integrados em UNECAS* 0 0 0
TOTAL 20 71 75
 
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

133 
 
 
Gráfico 97 ‐ Regime de Frequência dos alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de 
Andrade (2012/2013 ‐ 2014/2015) 

100,0

90,0

80,0

70,0

60,0

50,0
%

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 100,0 100,0 100,0
Integrados em UNECAS* 0,0 0,0 0,0
 
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular 

5.8 ‐ Reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) 
Os serviços de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) são assegurados nos Açores 
pela Rede Valorizar. Inserido no quadro da política de educação e formação de adultos, o RVCC constitui um 
serviço através do qual se reconhecem, validam e certificam as competências escolares e profissionais (até 
ao nível do ensino secundário) adquiridas ao longo da vida, em contextos formais, não formais e informais, 
por parte de candidatos que desejem vê‐las reconhecidas, que cumulativamente sejam maiores de 18 anos 
e possuam (no caso de uma certificação de nível secundário) pelo menos 3 anos de experiência profissional. 

O processo de RVCC permite ao adulto a possibilidade de certificar os conhecimentos e as competências 
resultantes da experiência que adquiriu em diferentes contextos ao longo da sua vida. Parte‐se, assim, das 
experiências de vida para iniciar um processo que reconhece os saberes e as competências, atribuindo ao 
adulto uma certificação. 

De acordo com a informação disponibilizada pela Rede Valorizar, no concelho de Angra do Heroísmo, de 2012 
a 9 de abril de 2015 apenas foram validadas e certificadas competências escolares (Quadros 53 e 54). Verifica‐
se  que  para  além  do  maior  número  de  certificações  se  ter  registado  no  ano  de  2014,  foram  os 
«desempregados  à  procura  de  novo  emprego»  os  que  mais  solicitaram  o  reconhecimento,  a  validação  e 

134 
 
 
certificação  das  competências  escolares.  Constata‐se  ainda  que  a  maior  parte  das  certificações  de 
competências são relativas ao 2º Ciclo do Ensino Básico. 

Quadro 53 ‐ Evolução do número de processos de RVCC no concelho de Angra do Heroísmo (2012‐2015) 
 Desempregados à   Desempregados à procura  Empregados por conta de  Empregados por conta 
Inativos‐Outros 
procura do 1º emprego  de novo emprego  outrem  própria 

   1ºCEB 2ªCEB  3ºCEB  Sec.  1ºCEB  2ºCEB  3ºCEB  Sec. 1ºCEB  2ºCEB  3ºCEB  Sec. 1ºCEB  2ºCEB 3ºCEB  Sec. 1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB  Sec.

2012          25  1  18  2    4  18  13    1    3      4  2 

2013          76  48  12  9    2  11  12      1           

2014    2      17  204  86  6  1  1  5  6          7  1     

2015      1      3  4  2  1    13  6      1           

Fonte: Rede Valorizar ‐ Divisão de Validação e Certificação de Ativos (abril 2015) 

Quadro 54 ‐ Processos de certificação de competências escolares por nível de escolaridade 
Ciclo/Nível de Ensino 
1ºCEB  2ºCEB  3ºCEB  Secundário 
2012  25  6  40  20 
2013  76  50  24  21 
2014  25  208  91  12 
2015  1  3  19  8 
Fonte: Rede Valorizar ‐ Divisão de Validação e Certificação de Ativos (abril 2015) 

5.9 ‐ Ação Social Escolar 
De acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo, os apoios e complementos educativos têm como objetivo 
“(…) contribuir para a igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar”. Constituem modalidades de 
apoio no âmbito da ação social escolar, designadamente: (1) o apoio alimentar; (2) os transportes escolares; 
(3) o alojamento; (4) os auxílios económicos; e (5) a prevenção de acidentes e seguro escolar. 

A ação social escolar, enquanto modalidade dos apoios e complementos educativos, destina‐se a crianças e 
jovens oriundos de famílias em situação socioeconómica desfavorecida. Os montantes a atribuir nas diversas 
modalidades  de  apoio  são  fixados  pelo  Governo  Regional,  sendo  o  escalão  de  apoio  em  que  o  agregado 
familiar se integra determinado tendo em conta o rendimento familiar, a composição da família, a existência 
na família de encargos especiais devidos a doença, deficiência ou outro qualquer motivo atendível. 

No  ano  letivo  2014/2015  (Gráfico  98)  o  número  total  de  alunos  abrangidos  pela  ação  social  escolar 
representa 58,4% dos alunos matriculados na rede pública do concelho de Angra do Heroísmo. Mais de 50% 
da população escolar da EBI Francisco Ferreira Drummond (71,7%), EBS Tomás de Borba (65,3%) e EBI de 
Angra do Heroísmo (59,3%), beneficiaram de apoios no âmbito dos escalões da ação social escolar. 

135 
 
 
Perante  a  crise  social  e  as  dificuldades  que  as  famílias  enfrentam  é  crucial  que  o  sistema  de  ação  social 
escolar, enquanto mecanismo promotor do reequilíbrio dos rendimentos e dos encargos com a educação 
suportados pelas famílias, promova a equidade do sistema educativo, reforce e alargue a política de apoio às 
famílias no âmbito socioeducativo, por forma a assegurar que nenhuma criança ou jovem, potencialmente 
mais  fragilizado  do  ponto  de  vista  económico,  fique  fora  do  sistema  escolar  ou  impedido  de  prosseguir 
estudos. 

A garantia da igualdade de oportunidades no acesso à educação constitui um mecanismo fundamental para 
gerar justiça social e desenvolvimento. Tratando‐se de uma questão de defesa do Estado Social, é o campo 
privilegiado  das  parcerias,  das  alianças  e  das  responsabilidades  partilhadas.  Por  conseguinte,  a  Câmara 
Municipal de Angra do Heroísmo, como instituição próxima dos munícipes e da sua realidade, enfrenta novos 
desafios no que toca ao contorno da crise económica com os escassos recursos que possui. Porque, tal como 
referiu  Sir  Arthur  Lewis,  economista  britânico,  galardoado  com  o  Prémio  de  Ciências  Económicas  em 
Memória de Alfred Nobel em 1979, “A Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno 
garantido”. 
Gráfico 98 ‐ Evolução do número de alunos subsidiados (%), por unidade orgânica, no concelho de Angra 
do Heroísmo (2008/2009 – 2014/2015) 
80,0%

70,0%

60,0%

50,0%
%

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0,0%
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015
EBI de Angra do Heroísmo 37,7% 49,9% 51,9% 52,0% 50,0% 54,8% 59,3%
EBI F.F.Drummond 59,2% 56,4% 62,3% 71,7%
EBS Tomás de Borba 51,9% 52,6% 53,3% 59,5% 58,2% 60,1% 65,3%
ES Jerónimo Emiliano de Andrade 40,4% 39,8% 36,2% 30,4% 29,5% 35,6% 39,6%
Total 43,3% 47,9% 48,6% 51,0% 49,0% 53,4% 58,4%
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

5.10 ‐ Transportes Escolares 
A rede de transportes escolares é constituída por carreiras públicas, por circuitos com veículos privativos das 
Juntas de Freguesia e IPSS e por circuitos de aluguer. No decurso do ano letivo 2014/2015  os  trajetos do 
serviço público de transportes foram assegurados pela Empresa de Viação Terceirense, em horário e número 
de veículos em circulação diferenciado, durante o período escolar. 
136 
 
 
O acesso a esta modalidade de transporte efetua‐se através da atribuição de passe, comparticipado a 100% 
aos alunos sujeitos a escolaridade obrigatória que residam a mais de 3 km do estabelecimento de ensino que 
devam frequentar, sendo reduzido para 2 km para as crianças da Educação Pré‐Escolar e para os alunos do 
1º  Ciclo  do  Ensino  Básico.  No  caso  de  encerramento  de  estabelecimentos  de  educação  e  ensino  ou  em 
situações excecionais de perigosidade, penosidade ou inclinação da via a percorrer que a isso obriguem, o 
limite é reduzido para 1 km. 

De acordo com o Decreto Legislativo Regional n.º 23/2006/A, de 12 de junho, o transporte escolar deve ser 
feito utilizando a rede de transporte público coletivo de passageiros que sirva a localidade onde se situa a 
escola (Quadros 55 e 56), podendo nas situações em que não exista uma rede de transporte público que 
sirva a escola, ou em que esta não tenha características adequadas ao transporte dos alunos, funcionar em 
regime  de  serviço  regular  especializado.  No  decurso  do  ano  letivo  2014/2015,  o  transporte  coletivo  de 
crianças da Educação Pré‐Escolar e os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico dos estabelecimentos de educação 
e ensino do concelho de Angra do Heroísmo efetuou‐se através de circuitos em regime de serviço regular 
especializado. 
Quadro 55 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no 2º e 3º 
Ciclos 
EBI Francisco  EBI Angra do  ES Jerónimo 
  EBS Tomás de Borba 
Ferreira Drummond  Heroísmo  Emiliano de Andrade
Nº  Tempo  Nº  Tempo  Nº  Tempo  Nº  Tempo 
 
Alunos  Deslocação*   Alunos Deslocação* Alunos Deslocação*  Alunos Deslocação*
Altares              1  65  1  70 
Cinco Ribeiras        11  25  19  15  15  20 
Doze Ribeiras        2  40  17  30  2  35 
Feteira  63  5              2  15 
Nossa Senhora da Conceição               5  15       
Porto Judeu  110  12  2  25  1  35  4  25 
Posto Santo        14  25  22  20  25  25 
Raminho        1  65        1  60 
Ribeirinha        84  10  3  20  39  10 
Santa Bárbara        24  30  31  20  21  25 
Santa Luzia         1  30  2  20       
São Bartolomeu de Regatos        3  25  105  15  33  20 
São Bento              4  15  4  25 
São Mateus da Calheta        28  25  133  10  35  20 
São Pedro         3  10  3  5  2  5 
Sé              1  10       
Serreta              4  35  2  40 
Terra Chã        8  25  106  15  21  20 
Vila de São Sebastião  13  5  1  35        4  35 
Outras  5     1     7     5    
TOTAL  191     183     464     216    
Fonte: Empresa de Viação Terceirense. * Tempo de deslocação contabilizado em minutos. 
 

137 
 
 
Quadro 56 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no Ensino 
Secundário e outras modalidades  
ES Jerónimo 
EBS Tomás de 
  Emiliano de 
Borba 
Andrade 
Nº  Tempo  Nº  Tempo 
 
Alunos Deslocação Alunos Deslocação 
Altares  5  65  16  70 
Cinco Ribeiras  1  15  5  20 
Doze Ribeiras  1  30  6  35 
Feteira  1  25  14  15 
Nossa Senhora da Conceição   6  15       
Porto Judeu  4  35  36  25 
Posto Santo  6  20  4  25 
Raminho  1  55  7  60 
Ribeirinha  1  20  32  10 
Santa Bárbara  3  20  11  25 
Santa Luzia   2  20       
São Bartolomeu de Regatos  6  15  27  20 
São Bento  5  10  5  25 
São Mateus da Calheta  5  5  28  10 
São Pedro   1  5  3  5 
Sé  1  10       
Serreta  2  35  3  40 
Terra Chã  5  15  15  20 
Vila de São Sebastião        20  35 
Outras  3     15    
TOTAL  59     247    
Fonte: Empresa de Viação Terceirense 

5.11 ‐ Recursos Humanos 
A criação de mecanismos, que possibilitem uma maior estabilidade do corpo docente nos estabelecimentos 
de educação e de ensino em prol da melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos e das crianças que 
constituem  o  cerne  do  Sistema  Educativo  Regional  deve  ser  um  dos  objetivos  prioritários  da  política 
educativa.  O  recrutamento  de  docentes,  deve  procurar  conciliar,  de  forma  equilibrada  e  razoável,  a 
prossecução do interesse público com a satisfação de expectativas profissionais dos docentes, quer através 
da colocação eficiente e racional dos recursos humanos necessários, quer da possibilidade de continuidade 
pedagógica,  com  claras  vantagens  para  o  sistema,  no  que  toca  ao  reforço  da  qualidade  dos  serviços  de 
educação prestados. 

A rede pública do concelho de Angra do Heroísmo dispõe de um corpo docente estável (Quadros 57 a 60). 
No  atual  contexto  de  redução  do  número  de  alunos,  aumento  da  idade  de  reforma  dos  docentes  e  de 
distribuição  desigual  de  alunos  e  docentes  pelas  unidades  orgânicas,  o  Município,  enquanto  parceiro  e 

138 
 
 
corresponsável  pela  política  educativa  local,  considera‐se  participante  disponível  no  processo  de 
reajustamento da rede escolar do concelho (Gráficos 99 a 101). 
 
Quadro 57 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções, na Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do 
Ensino Básico, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 
Ed. Pré‐Escolar  1º Ciclo 
TOTAL  TOTAL 
  Quadro Contratados  Quadro  Contratados 
ES Jerónimo Emiliano de Andrade  0  0  0  0  0  0 
EBI de Angra do Heroísmo  17  0  17  47  0  47 
EBI Francisco Ferreira Drummond  9  0  9  16  1  17 
EBS de Tomás de Borba  21  0  21  42  2  44 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 58 ‐ Pessoal docente, em exercício efetivo de funções, nos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e 
Ensino Secundário, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 
2º Ciclo  3º Ciclo / Secundário 
TOTAL  TOTAL 
  Quadro  Contratados  Quadro  Contratados 
ES Jerónimo Emiliano de Andrade  0  1  1  110  39  149 
EBI de Angra do Heroísmo  57  6  63  6  17  23 
EBI Francisco Ferreira Drummond  13  3  16  18  6  24 
EBS de Tomás de Borba  23  16  39  60  17  77 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Quadro 59 ‐ Pessoal docente, em exercício efetivo de funções, na Educação Especial, no concelho de 
Angra do Heroísmo (2014/2015) 
Ed. Especial (120)  Ed. Especial (700) 
TOTAL  TOTAL 
  Quadro  Contratados  Quadro  Contratados 
ES Jerónimo Emiliano de Andrade  0  0  0  0  2  2 
EBI de Angra do Heroísmo  9  0  9  0  0  0 
EBI Francisco Ferreira Drummond  3  3  6  1  0  1 
EBS de Tomás de Borba  11  4  15  2  0  2 
Fonte: Direção Regional de Educação 

 
Quadro 60 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no Ensino Artístico no concelho de Angra 
do Heroísmo (2014/2015) 
Ensino Artístico 
TOTAL 
  Quadro  Contratados 
ES Jerónimo Emiliano de Andrade  ‐  ‐  ‐ 
EBI de Angra do Heroísmo  ‐  ‐  ‐ 
EBI Francisco Ferreira Drummond  ‐  ‐  ‐ 
EBS de Tomás de Borba  23  4  27 
Fonte: Direção Regional de Educação 

139 
 
 
Gráfico 99 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por 
unidade orgânica (2014/2015) 

ES Jerónimo 
EBS de Tomás de  Emiliano de 
Borba; 225 Andrade; 152

EBI Francisco  EBI de Angra do 
Ferreira  Heroísmo; 159
Drummond; 73

 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Gráfico 100 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por 
nível de ensino (2014/2015) 

160

140

120

100

80

60

40

20

0
Ed. Pré‐ 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo / Ed. Ensido
Escolar Secundári Especial Artítico
o
ES Jerónimo Emiliano de Andrade 0 0 1 149 2 0
EBI de Angra do Heroísmo 17 47 63 23 9 0
EBI Francisco Ferreira Drummond 9 17 16 24 7 0
EBS de Tomás de Borba 21 44 39 77 17 27
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

140 
 
 
Gráfico 101 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por 
unidade orgânica (2014/2015) 

160

140

120

100

80

60

40

20

0
ES Jerónimo EBI de Angra do EBI Francisco EBS de Tomás de
Emiliano de Andrade Heroísmo Ferreira Drummond Borba
Ed. Pré‐Escolar 0 17 9 21
1º Ciclo 0 47 17 44
2º Ciclo 1 63 16 39
3º Ciclo / Secundário 149 23 24 77
Ed. Especial 2 9 7 17
Ensido Artítico 0 0 0 27
 
Fonte: Direção Regional de Educação 

Além de docentes, a escola integra um conjunto diversificado e relevante de outros profissionais cuja ação é 
essencial no processo de construção de uma escola de qualidade.  O sistema educativo não pode deixar de 
ter  em  conta  as  especiais  características  do  papel  dos  recursos  humanos,  que,  embora  não  diretamente 
implicados no processo de ensino em si, constituem um fator indispensável ao sucesso deste, na vertente da 
organização e funcionamento dos estabelecimentos de educação ou de ensino e do apoio à função educativa. 

A rede pública do concelho de Angra do Heroísmo dispõe de um corpo não docente constituído por 290 
profissionais não docentes, desde assistentes operacionais (195), assistentes técnicos (45) e outras categorias 
não especificadas (50), distribuídos pelas quatro unidades orgânicas (Quadro 62). A categoria profissional 
mais representada é a dos assistentes operacionais. 
 
 
 
 
 
 
   

141 
 
 
Quadro 61 ‐ Pessoal não docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo 
(2014/2015) 
EBI de Angra do  EBI Francisco  EBS Tomás de  ES Jerónimo 
Heroísmo  Ferreira  Borba  Emiliano Andrade 
  Drummond  TOTAL 

PSICÓLOGO  2  1  2  2  7 

TÉCNICO SUPERIOR 
OUTRAS 
1     1  3  5 
LICENCIATURAS 

TERAPEUTA DA 
1           1 
FALA 
TÉCNICO DE DIAGNÓSTICO E 
TERAPÊUTICA 
TERAPEUTA 
            0 
OCUPACIONAL 

INTÉRPRETE DE LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA              0 

TÉCNICO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E 
      1     1 
REABILITAÇÃO 

TÉCNICO DE REABILITAÇÃO E 
      1     1 
PSICOMOTROCIDADE 

TÉCNICO DE SERVIÇO SOCIAL  2           2 

TÉCNICO DE INFORMÁTICA  1        1  2 

MONITOR DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL              0 

COORDENADOR TÉCNICO              0 

ASSISTENTE TÉCNICO  16  5  14  10  45 

CHEFE DE SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO 
      1     1 
ESCOLAR 

ASSISTENTE OPERACIONAL  67  17  71  40  195 

TOTAL  90  23  91  86  290 


Fonte: Direção Regional de Educação 

 
 
 
 

   

142 
 
 
6 – Ensino Superior 
Na  atualidade,  o  papel  do  ensino  superior  é  encarado  não  só  na  visão  tradicional  da  criação,  gestão  e 
transmissão do saber, mas também como um elemento decisivo de inclusão social, habilitando os cidadãos 
com melhores oportunidades e possibilitando uma integração com êxito na sociedade do conhecimento. Em 
consequência  destas  expectativas  acrescidas  por  parte  da  sociedade,  a  esfera  de  responsabilidades  das 
instituições de ensino superior passa a abarcar novos elementos, como sejam a relevância da educação e 
formação,  a  empregabilidade,  a  investigação  orientada,  a  consultoria  e  o  apoio  científico  e  técnico 
especializado. 

O ensino superior deve sustentar uma cultura que requeira pensamento disciplinado, encoraje a curiosidade, 
desafie  as  ideias  existentes  e  produza  novas  ideias,  contribuindo  para  a  preparação  de  cidadãos  que  se 
querem  sabedores,  críticos  e  livres.  A  assunção  plena  destes  objetivos,  por  parte  do  poder  político  e  da 
sociedade, proporcionará às instituições de ensino superior um campo privilegiado para participarem em 
políticas de mudança, promovendo a sua reestruturação e desenvolvimento de forma a melhor delinearem 
programas estratégicos orientados para a sua prossecução, assumindo as responsabilidades de centros de 
ciência, cultura e de vanguarda do pensamento. 

A  Universidade  dos  Açores,  em  particular  o  seu  campus  de  Angra  do  Heroísmo,  tem  assumido  um  papel 
preponderante em áreas fundamentais ao desenvolvimento, designadamente, nos domínios da inovação, do 
empreendedorismo, da criação e difusão de conhecimento e transferência de tecnologia. Porém, atuando 
num ambiente cada vez mais globalizado, marcado por uma concorrência crescente na captação de alunos, 
é fundamental que Universidade dos Açores garanta recursos suficientes e sustentáveis por forma a reter os 
melhores talentos e a reforçar a excelência da sua atividades de investigação e de ensino. 

O que se mede, hoje em dia, à entrada do mercado de trabalho, são mais aptidões e menos informações, é 
o  domínio  dos  instrumentos  intelectuais,  é  a  capacidade  de  integrar  interdisciplinarmente  esses 
instrumentos, é o domínio da nova linguagem da era da informação e da computação, é, principalmente, a 
capacidade  e  a  disponibilidade  para  continuar  a  aprender.  O  ensino  superior  tem  a  obrigação  de  formar 
pessoas,  prepará‐las  para  a  vida  ativa  em  sociedade,  para  o  exercício  da  sua  cidadania,  treiná‐las  como 
futuros  agentes  privilegiados  de  progresso  social.  Este  é  um  dos  maiores  desafios  que  se  coloca  à 
Universidade dos Açores, mormente ao campus de Angra do Heroísmo. 

A Universidade dos Açores tem a sua sede em Ponta Delgada e compreende os polos de Ponta Delgada, Angra 
do Heroísmo e Horta. O campus de Angra do Heroísmo integra o Departamento de Ciências Agrárias e a 
Escola  Superior  de  Enfermagem  de  Angra  do  Heroísmo.  O  Departamento  de  Ciências  Agrárias  está 
vocacionado  para  a  formação,  investigação,  divulgação  cultural  e  prestação  de  serviços  nos  domínios  da 
Agricultura,  da  Saúde  e  Produção  Animal,  da  Engenharia  do  Ambiente,  da  Biotecnologia  e  da  Tecnologia 
143 
 
 
Alimentar e a Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo tem por missão formar enfermeiros e 
outros técnicos de saúde especializados nas áreas da prestação de cuidados, gestão, investigação, ensino e 
formação. 

No campus de Angra do Heroísmo é ainda ministrado o curso técnico superior profissional de Agropecuária 
que tem por objetivo formar técnicos superiores profissionais. Os cursos técnicos superiores profissionais 
(CTeSP) têm uma duração de dois anos (quatro semestres), correspondendo o último semestre a um estágio 
realizado em contexto de trabalho numa das empresas ou entidades com as quais a Universidade dos Açores 
já estabeleceu o necessário protocolo. Os CTeSP conferem diploma de técnico superior profissional. 

Ao observar os elementos disponibilizados (Quadros 62 e 63) verifica‐se que a taxa de preenchimento de 
vagas  de  acesso  é  significativamente  baixa  (74,8%)  atingindo  o  valor  de  57,5%  no  campus  de  Angra  do 
Heroísmo. Constata‐se a existência de vários cursos com uma taxa de procura inferior a 50% e uma reduzida 
taxa de matrículas na maioria dos mestrados, com especial incidência no campus de Angra do Heroísmo, que 
não registou nenhum doutoramento no ano letivo 2014/2015. 

Da análise dos dados (Quadros 64 e 65) constata‐se que o número de alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez 
na Universidade dos Açores, com residência permanente na Região Autónoma dos Açores, se fixou em 51,7% 
no ano letivo 2013/2014. Por outro lado, verifica‐se que os alunos com residência permanente no concelho 
de Angra do Heroísmo, 53% (34% em 2011/2012) optaram por estabelecimentos de ensino superior fora da 
Região Autónoma dos Açores, 14% (25% em 2011/2012) pelo campus de São Miguel e apenas 33% (41% em 
2011/2012) pelo campus de Angra do Heroísmo. Este valor tem vindo a decrescer (Gráfico 102). Compete à 
Universidade  dos  Açores  contextualizar  e  refletir  sobre  os  dados  patenteados,  nomeadamente  no  quer 
concerne  às  opções  manifestada  pelos  alunos  residentes  na  Região  Autónoma  dos  Açores.  No  ano  letivo 
2014/2015 frequentaram o campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores 436 alunos (Quadro 
66). 
 
 

 
144 
 
 
Quadro 62 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) 

1º Ano Polos
Vagas  Matriculados 
Vagas
Cursos Preenchidas (Total) São Miguel Terceira Horta
CET
Agropecuária 25 25 24 24
Desenvolvimento de Produtos Multimédia 20 20 20 20
Total 45 45 44 20 24

Licenciaturas
Arquitetura (Preparatórios) 25 12 15 15
Biologia 37 22 25 25
Ciclo Básico de Medicina 39 39 44 44
Curso de Engenharia‐ Eng. Civil, Eng. 
43 14 30 30
Mecânica, Eng. Electronica e Computadores 
Ciências Agrárias 46 32 29 29
Ciências da Nutrição (Preparatórios) 16 2 3 3
Ciências Farmacêuticas (Preparatórios) 16 10 9 9
Comunicação Social e Cultura 33 33 34 34
Economia 30 22 28 28
Educação Básica 27 27 29 29
Energias Renováveis 32 22 20 20
Enfermagem 63 44 41 41
Enfermagem 55 47 48 48
Estudos Europeus e Politica Internacional 29 21 17 17
Estudos Portugueses e Ingleses 26 9 9 9
Gestão 85 90 95 95
Guias da Natureza 33 21 21 21
História 26 22 24 24
Informática‐ Redes e Multimédia 56 41 47 47
Medicina Veterinária (Preparatórios) 17 18 15 15
Proteção Civil e Gestão de Riscos 35 37 42 42
Psicologia 48 45 44 44
Relações Públicas e Comunicação 36 37 35 35
Serviço Social 40 41 47 47
Sociologia 34 35 33 33
Turismo 45 47 50 50
Total 972 790 834 696 138 0  
Fonte: Universidade dos Açores 

 
 
 
 

145 
 
 
Quadro 63 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) (continuação) 

1º Ano Polos
Vagas  Matriculados 
Vagas
Cursos Preenchidas (Total) São Miguel Terceira Horta
Mestrados
Ambiente, Saúde e Segurança 30 29 14 14
Ciências da Comunicação 20 5 4 4
Ciências Económicas e Empresariais 60 62 50 50
Ciências Sociais 18 11 9 9
Educação Pré‐Escolar e Ensino do 1º CEB 35 40 35 35
Engenharia Agronómica 20 8 6 6
Engenharia e Gestão de sistemas de Água 20 7 3 3
Engenharia Zootécnica 20 9 6 6
Filosofia Contemporânea:Valores e 
Sociedade 15 8 6 6
Geologia do Ambiente e Sociedade 20 4 3 3
Gestão do Turismo Internacional 20 16 14 14
Gestão e Conservação da Natureza 30 30 23 23
Ordenamento do espaço Marítimo 
(Erasmus Mundus) 17 17
Relações Internacionais 15 10 8 8
Tecnonologia e Segurança Alimentar 20 7 6 6
Tradução e Assessoria Linguística 20 6 5 5
Total 363 252 209 165 44 0

Doutoramentos
Ciências Económicas e Empresariais 5 1 1
Geologia S/Limite 1 1
História Insular e Atlântica (sécs. XV‐XX) 10 6 4 4
Total 15 6 6 6
TOTAL 1395 1093 1093 887 206 0  
Fonte: Universidade dos Açores 
   

146 
 
 
Quadro 64 ‐ Alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com 
residência permanente na Região Autónoma dos Açores* 
RAA 

   Alunos Inscritos 
Total  Campus de Angra do Heroísmo   Outros 
  Alunos  Universidade 
Escola  Estabelecimentos 
Açores (a) 
U. Açores   Total 
  Enfermagem  Ensino 
2011/2012  2142  1042  236 116 352  1100
2012/2013  1944  1024  225 50 275  920
2013/2014  1985  1027  220 28 248  958
Fonte: DGEES‐MEC. * Inclui CET’s. Inclui alunos inscritos no Campus de Angra do Heroísmo 
 

Quadro 65 ‐ Alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com 
residência permanente no concelho de Angra do Heroísmo* 
  Concelho de Angra do Heroísmo 
   Alunos Inscritos 
  Outros Estabelecimentos 
Total Alunos  Campus de Angra do Heroísmo  
Ensino 
  Universidade  Universidade 
Escola Enfermagem  Total  Outros 
Açores   Açores (a) 
2011/2012  432  143  36 179 106  147
2012/2013  391  131  23 154 81  156
2013/2014  419  123  16 139 60  220
Fonte: DGEES‐MEC. * Inclui CET’s. a) Inclui alunos inscritos no Campus de Ponta Delgada 
 

Gráfico 102 ‐ Evolução de inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com 
residência permanente Angra do Heroísmo (%) 
60

50

40

30
%

20

10

0
2011/2012 2012/2013 2013/2014
Campus Ponta Delgada 25 21 14
Campus Angra do Heroísmo 41 39 33
Outros Estabelecimentos Ensino 34 40 53
   
Fonte: DGEES‐MEC 

 
 

147 
 
 
Quadro 66 ‐ População Escolar do Polo de Angra do Heroísmo (2014‐2015) 
Cursos 1º Ano 2º Ano 3ºAno 4ºAno
CET
Agropecuária 24
Total 24

Licenciaturas
Ciências Agrárias 29 22 18
Ciências da Nutrição (Preparatórios) 3 9
Ciências Farmacêuticas (Preparatórios) 9 7
Energias Renováveis 20 23 25
Enfermagem 41 28 29 52
Engenharia e Gestão do Ambiente 5 7
Guias da Natureza 21 15 13
Medicina Veterinária (Preparatórios) 15 14
Total 138 123 92 52

Mestrados
Engenharia Agronómica 6 1
Engenharia e Gestão de Sistemas de Água 3 10
Engenharia Zootécnica 6 6
Gestão e Conservação da Natureza 23 6
Tecnonologia e Segurança Alimentar 6 8
Total 44 31

Doutoramentos
Gestão Interdisciplinar da Paisagem 7
Total 7
TOTAL 162 123 99 52  
Fonte: Universidade dos Açores 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

148 
 
 
7 ‐ Infraestruturas escolares públicas 
7.1 ‐ Caraterização dos Estabelecimentos de Ensino 
Ao longo dos últimos anos o parque escolar do concelho tem sido objeto de intervenções de manutenção e 
requalificação  relativamente  profundas,  numa  perspetiva  de  criar  condições  para  a  prática  de  um  ensino 
moderno,  adaptado  aos  conteúdos  programáticos,  às  didáticas  e  às  novas  tecnologias  de  informação  e 
comunicação. Da análise da informação concedida pelas unidades orgânicas (Quadros 67 a 71) constata‐se 
que embora exista uma diferenciação positiva relativamente aos estabelecimentos de ensino construídos 
recentemente, os demais apresentam uma eficácia física e funcional adequada. 

Relativamente aos estabelecimentos de ensino, sejam da responsabilidade do Governo Regional dos Açores 
ou sejam de responsabilidade municipal, importa ter presente que a modernização do parque escolar não 
passa  apenas  pela  construção  de  novos  edifícios  escolares,  sendo  necessário  manter  um  modelo  de 
requalificação constante e consistente, ao nível da conservação e manutenção dos edifícios existentes e na 
sua constante adaptação funcional em função das alterações entretanto ocorridas em termos dos curricula 
e  das  práticas  educativas  e  formativas.  A  reutilização  das  infraestruturas  e  dos  equipamentos  escolares 
existentes,  em  detrimento  de  novas  construções,  permite  melhorar  a  resposta  da  rede  pública  de  forma 
eficaz e equitativa. 
Quadro 67 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond 
Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico 
Edifício(s) 
Nº de Salas (c)  Serviço 
Estabelecimento de Ensino   Estado 
Conservação  Segurança (a)  Almoço (b) 
Educação Pré‐
Geral (a)  1º Ciclo 
Escolar 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião   B  4  5  B  S 
EB1/JI de Porto Judeu  B  2  7  B  S 
 
Espaços de Apoio (b) 
Estabelecimento de Ensino   Sala  CR /  Campo 
Refeitório  Ginásio  Balneários  Recreio 
Polivalente Biblioteca  Jogos 
EB1/2/3/JI de S. Sebastião   S  S  S  S  S  S  S 
EB1/JI de Porto Judeu  S  N  S  S  S  N  S 
 
Prolongamento Horário (b) 
Estabelecimento de Ensino   Educação  Educação  ATL ( b) 
1º Ciclo   Inglês  Expressões  Outra(s) 
Pré‐ Escolar  Física 
EB1/2/3/JI de S. Sebastião   N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI de Porto Judeu  N  N  N  N  N  N  N 
               
 
149 
 
 
 
Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 
Estabelecimento de Ensino   Rede  PC(s) nas 
Existência   < 50%  ≥ 50% 
Informática salas 
EB1/2/3/JI de S. Sebastião   S  S  S  ‐  S 
EB1/JI de Porto Judeu  S  S  S  ‐  S 
Nota: 
(a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente 
(b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação 
(c) Número total de salas 

2º/3º Ciclo do Ensino Básico 
Nº Total de Salas de Aula (a) 
Nº Sala de 
Estabelecimento de Ensino  
NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ  AT/AT1/Oficinas   Outros   Informática

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  24  2  3  ‐  1 

 
Espaços de Apoio (b) 
Estabelecimento de Ensino  
Sala Convívio  Sala Polivalente  CR/Biblioteca  Refeitório Recreio 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  S  S  S  S  S 

 
Instalações Gimnodesportivas (b) 
Estabelecimento de Ensino  
Sala Desporto  Pavilhão  Campo Jogos  Outros  Balneários 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  S  S  S  ‐  S 

 
Edifício(s) 
Estabelecimento de Ensino  
Segurança  Estado Conservação Geral (c) 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  B  B 

 
Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 
Estabelecimento de Ensino   Rede  PC(s) nas 
Existência  < 50%  ≥ 50% 
Informática salas 

EB1/2/3/JI de S. Sebastião  S  S  S  ‐  S 

Nota: 
(a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; 
LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 
‐ Sala de Trabalhos Oficinais 
(b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação 
(c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I ‐ Inexistente 

150 
 
 
Quadro 68 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo 
Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico 
Edifício(s) 
Estado  Nº de Salas (c)  Serviço 
Estabelecimento de Ensino   Segurança 
Conservação  Educação  Almoço (b) 
1º Ciclo  (a) 
Geral (a)  Pré‐Escolar
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ Carreirinha   B  3  10  B  S 
EB1/JI S. João de Deus  R  2  6  B  S  
EB1/JI da Ribeirinha   B  3  5  B  S  
EB1/JI Infante D. Henrique  D  2  18  R  S 
 
Espaços de Apoio (b) 
Estabelecimento de Ensino   Sala  CR /  Campo 
Refeitório  Ginásio  Balneários  Recreio
Polivalente Biblioteca  Jogos 
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ 
S  S  S  S  S  S  S 
Carreirinha  
EB1/JI S. João de Deus  S  S  S  S  S  S  S 
EB1/JI da Ribeirinha   S  S  S  S  S  S  S 
EB1/JI Infante D. Henrique  S  S  S  S  S  S  S 
 
Prolongamento Horário (b) 
Estabelecimento de Ensino   Educação  Educação  ATL ( b) 
1º Ciclo   Inglês  Expressões  Outra(s) 
Pré‐ Escolar  Física 
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ 
‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 
Carreirinha  
EB1/JI S. João de Deus  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 
EB1/JI da Ribeirinha   ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐  ‐ 
EB1/JI Infante D. Henrique  S  S  ‐  ‐  S  S  S 
 
Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 
Estabelecimento de Ensino   Rede  PC(s) nas 
Existência   < 50%  ≥ 50% 
Informática  salas 
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ 
S  S  S    S 
Carreirinha  
EB1/JI S. João de Deus  S  S  S    S 
EB1/JI da Ribeirinha   S  S  S    S 
EB1/JI Infante D. Henrique  S  S  S    S 
Nota: 
(a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente 
(b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação 
(c) Número total de salas 

2º/3º Ciclo do Ensino Básico 
Nº Total de Salas de Aula (a) 
Nº Sala de 
Estabelecimento de Ensino  
NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ  AT/AT1/Oficinas   Outros   Informática 

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  59  2  6    4 

  
151 
 
 
Espaços de Apoio (b) 
Estabelecimento de Ensino  
Sala Convívio  Sala Polivalente  CR/Biblioteca  Refeitório  Recreio 

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  S  S  S  S  S 

 
Instalações Gimnodesportivas (b) 
Estabelecimento de Ensino  
Sala Desporto  Pavilhão  Campo Jogos  Outros  Balneários 

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  S  S  S     S 

 
Edifício(s) 
Estabelecimento de Ensino  
Segurança  Estado Conservação Geral (c) 

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  S  B 

  
Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 
Estabelecimento de Ensino   Rede  PC(s) nas 
Existência  < 50%  ≥ 50% 
Informática  salas 

EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo  S  S  S     S 

Nota: 
(a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; 
LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 
‐ Sala de Trabalhos Oficinais 
(b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação 
(c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I – Inexistente 
 
Quadro 69 ‐ Infraestruturas da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba 
Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico 
Edifício(s) 
Estado  Nº de Salas (c) 
Estabelecimento de Ensino   Segurança  Serviço Almoço (b) 
Conservação  Educação 
1º Ciclo  (a) 
Geral (a)  Pré‐Escolar
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  B  2  7  B  S 
EB1/JI do Pico da Urze  R  1  3  B  S 
EB1/JI das Cinco Ribeiras  D  1  2  R  S 
EB1/JI das Doze Ribeiras  R  1  2  R  S 
EB1/JI do Posto Santo  R  1  2  R  S 
EB1/JI de Santa Bárbara  D  1  2  R  S 
EB1/JI de S. Bartolomeu  R  2  3  R  S 
EB1/JI de S. Mateus da Calheta  B  2  6  B  S 
EB1/JI do Cantinho  R  1  2  R  S 
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  D  2  5  R  S 
 

152 
 
 
Espaços de Apoio (b) 
Estabelecimento de Ensino   Sala  CR /  Campo 
Refeitório  Ginásio  Balneários  Recreio 
Polivalente Biblioteca  Jogos 
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  S  S  S  S 
EB1/JI do Pico da Urze  S  S  N  S  S  N  S 
EB1/JI das Cinco Ribeiras  N  S  N  N  S  N  S 
EB1/JI das Doze Ribeiras  N  S  N  S  S  N  S 
EB1/JI do Posto Santo  S  S  N  S  S  N  S 
EB1/JI de Santa Bárbara  N  S  N  N  S  N  S 
EB1/JI de S. Bartolomeu  N  S  N  N  S  N  S 
EB1/JI de S. Mateus da Calheta  S  S  S  S  S  N  S 
EB1/JI do Cantinho  N  S  N  N  S  N  S 
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  S  S  S  S  S  N  S 
 
Prolongamento Horário (b) 
Estabelecimento de Ensino   Educação  Educação  ATL ( b) 
1º Ciclo   Inglês  Expressões  Outra(s) 
Pré‐ Escolar  Física 
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI do Pico da Urze  N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI das Cinco Ribeiras  N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI das Doze Ribeiras  N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI do Posto Santo  N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI de Santa Bárbara  N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI de S. Bartolomeu  N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI de S. Mateus da Calheta  N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI do Cantinho  N  N  N  N  N  N  N 
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  N  N  N  N  N  N  N 
 
 
Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 
Estabelecimento de Ensino   Rede  PC(s) nas 
Existência   < 50%  ≥ 50% 
Informática  salas 
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  N  S 
EB1/JI do Pico da Urze  S  S  S  N  S 
EB1/JI das Cinco Ribeiras  S  S  S  N  S 
EB1/JI das Doze Ribeiras  S  S  S  N  S 
EB1/JI do Posto Santo  S  S  S  N  S 
EB1/JI de Santa Bárbara  S  S  S  N  S 
EB1/JI de S. Bartolomeu  S  S  S  N  S 
EB1/JI de S. Mateus da Calheta  S  S  S  N  S 
EB1/JI do Cantinho  S  S  S  N  S 
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  S  S  S  N  S 
Nota: 
(a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente 
(b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação 
(c ) Número total de salas 
 
153 
 
 
2º/3º Ciclo do Ensino Básico / Secundário 
Nº Total de Salas de Aula (a) 
Nº Sala de 
Estabelecimento de Ensino  
NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ  AT/AT1/Oficinas   Outros   Informática 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  40 / 33 / 0 / 0 / 3   2 / 2  0 / 0 / 2  0  3 

 
Espaços de Apoio (b) 
Estabelecimento de Ensino  
Sala Convívio  Sala Polivalente  CR/Biblioteca  Refeitório  Recreio 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  S  S 

 
Instalações Gimnodesportivas (b) 
Estabelecimento de Ensino  
Sala Desporto  Pavilhão  Campo Jogos  Outros  Balneários 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  S  S 

 
Edifício(s) 
Estabelecimento de Ensino  
Segurança  Estado Conservação Geral (c) 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  B  B 

 
Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 
Estabelecimento de Ensino   Rede  PC(s) nas 
Existência  < 50%  ≥ 50% 
Informática  salas 

EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba  S  S  S  N  S 

Nota: 
(a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; 
LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 
‐ Sala de Trabalhos Oficinais 
(b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação 
(c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I – Inexistente 
 

Quadro 70 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada dos Biscoitos – EB1/JI dos Altares e EB1/JI do 
Raminho 
Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico 
Edifício(s) 
Estado  Nº de Salas (c) 
Estabelecimento de Ensino   Segurança  Serviço Almoço (b) 
Conservação  Educação 
1º Ciclo  (a) 
Geral (a)  Pré‐Escolar
EB1/JI dos Altares  B  1  3  R  S 
EB1/JI do Raminho  B  1  2  R  S 

154 
 
 
 
Espaços de Apoio (b) 
Estabelecimento de Ensino   Sala  CR /  Campo 
Refeitório  Ginásio  Balneários  Recreio
Polivalente Biblioteca  Jogos 
EB1/JI dos Altares  S  S  S  S  S  S  S 
EB1/JI do Raminho  S  S  S  S  S  N  S 
 
Prolongamento Horário (b) 
Estabelecimento de Ensino   Educação  Educação  ATL ( b)
1º Ciclo   Inglês  Expressões  Outra(s) 
Pré‐ Escolar  Física 

EB1/JI dos Altares  S  S  Ver observação* 

EB1/JI do Raminho  N  N  N  N  N  N  N 

*A  EB1/JI  dos  Altares,  para  além  da  carga  letiva  de  oferta  obrigatória  (que  inclui  Educação  Física,  Inglês,  Expressões,  EMR...), 
oferece atividades de enriquecimento curricular até às 16h50, com diversas temáticas, para alunos da Educação Pré‐Escolar e do 
1º Ciclo. Esta oferta foi cancelada na EB1/JI do Raminho dado o diminuto número de interessados e mantém‐se na EB1/JI dos 
Altares  com  Clube  de  Artes  Plásticas,  Desporto,  Futsal,  Jogos  Ambientais,  Kickboxing,  Línguas  Estrangeiras,  Música  e  Teatro, 
Oficina de Jogos, Oficina de Leitura e Tecnologias de Informação e Comunicação. 
 
Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 
Estabelecimento de Ensino   Rede  PC(s) nas 
Existência   < 50%  ≥ 50% 
Informática  salas 
EB1/JI dos Altares  S  S  S    S 
EB1/JI do Raminho  S  S  S    S 
Nota: 
(a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente 
(b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação 
(c ) Número total de salas 
 
 
Quadro 71 – Infraestruturas da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade 
2º/3º Ciclo do Ensino Básico / Secundário 
Nº Total de Salas de Aula (a) 
Nº Sala de 
Estabelecimento de Ensino  
NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ  AT/AT1/Oficinas   Outros   Informática 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  49  4      2 
 
Espaços de Apoio (b) 
Estabelecimento de Ensino  
Sala Convívio  Sala Polivalente  CR/Biblioteca  Refeitório  Recreio 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  S  N  S  S  S 

 
Instalações Gimnodesportivas (b) 
Estabelecimento de Ensino  
Sala Desporto  Pavilhão  Campo Jogos  Outros  Balneários 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  S  S  S    S 

155 
 
 
 
Edifício(s) 
Estabelecimento de Ensino  
Segurança  Estado Conservação Geral (c) 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade  S  B 
 
Informática (b)  Quadros Interativos nas salas (b) 
Estabelecimento de Ensino   Rede  PC(s) nas 
Existência  < 50%  ≥ 50% 
Informática  salas 

ES Jerónimo Emiliano de Andrade S  S  S    S 
Nota: 
(a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; 
LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 
‐ Sala de Trabalhos Oficinais 
(b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação 
(c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I – Inexistente 
 

7.2 ‐ Capacidade Instalada dos Estabelecimentos de Ensino 
Tanto  a  taxa  de  ocupação  como  o  número  de  salas  de  aula,  esta  última  diretamente  relacionada  com  a 
capacidade instalada, são fatores determinantes, a par da população em idade escolar e das infraestruturas 
e espaços de apoio, para o reordenamento e definição de um parque escolar que se pretende bem equipado 
e de qualidade. 

De acordo com a informação disponibilizada (Quadros 72 e 73) verifica‐se que a capacidade instalada (oferta) 
na  rede  pública,  ao  nível  concelhio,  dos  diferentes  níveis  e  modalidades  de  ensino  é  significativamente 
superior à procura. 

A construção, a ampliação e a requalificação de infraestruturas escolares no concelho, associada à diminuição 
da taxa de natalidade, desencadeou um processo de sublotação em estabelecimentos de educação e ensino 
que urge resolver. Tendo por base esta situação é imprescindível proceder à reorganização da rede escolar 
existente. A carta escolar da Região Autónoma dos Açores em vigor data de 2006 (Resolução do Conselho do 
Governo n.º 70/2006, de 29 de junho). 

Relativamente  ao  ano  letivo  de  2014/2015  (Quadros  74  e  75)  assinala‐se  que  o  número  de  alunos  por 
docente varia de 9,4 na Educação Pré‐Escolar e 12,9 alunos no 1.º Ciclo de Ensino Básico, sendo de 9,1 alunos 
por docente, se considerar todos os níveis e modalidades de ensino. 

Por outro lado, o número médio de alunos por turma é 16,5 na Educação Pré‐Escolar e 16,9 alunos no 1.º 
Ciclo de Ensino Básico. Por outro lado, o maior número de turmas verifica‐se no 1º CEB (28,8% do número 
total), sendo 40,4% referente ao 1º e 2º ciclos do Ensino Básico (Quadro 76). De salientar a percentagem 
significativa de turmas de percursos formativos não regulares. 
156 
 
 
Quadro 72 ‐ Taxa de ocupação ‐ Educação Pré‐Escolar no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 
EPE
Nª  Capacidade  Taxa de 
Nº Alunos Nº Turmas 
Salas Máxima  Ocupação

Concelho de Angra do Heroísmo 461 28 32 640 72%


EBI de Angra do Heroísmo 114 6 10 200 57%
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo 44 2 3 60 73%
EB1/JI de S. João de Deus 18 1 2 40 45%
EB1/JI da Ribeirinha 35 2 3 60 58%
EB1/JI Infante D.Henrique 17 1 2 40 43%
EBI Francisco Ferreira Drummond 111 6 6 120 93%
EB1,2,3/JI de São Sebastião 71 4 4 80 89%
EB1/JI de Porto Judeu 40 2 2 40 100%
EBS Tomás de Borba 208 14 14 280 74%
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba 27 2 2 40 68%
EB1/JI do Pico da Urze 10 1 1 20 50%
EB1/JI das Cinco Ribeiras 16 1 1 20 80%
EB1/JI das Doze Ribeiras 15 1 1 20 75%
EB1/JI do Posto Santo 14 1 1 20 70%
EB1/JI de Santa Bárbara 19 1 1 20 95%
EB1/JI de S.Bartolomeu 29 2 2 40 73%
EB1/JI de S. Mateus da Calheta 37 2 2 40 93%
EB1/JI do Cantinho 16 1 1 20 80%
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha 25 2 2 40 63%
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
EBI dos Biscoitos* 28 2 2 40 70%
EB1/JI dos Altares 17 1 1 20 85%
EB1/JI do Raminho 11 1 1 20 55%  
Fonte: DRE. * Só foram considerados os estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo 
 

Quadro 73 ‐ Taxa de Ocupação ‐ 1º Ciclo no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 
1ª Cico do Ensino Básico
Nª  Capacidade  Taxa de 
Nº Alunos Nº Turmas 
Salas Máxima  Ocupação

Concelho de Angra do Heroísmo 1423 84 91 2093 68%


EBI de Angra do Heroísmo 630 34 39 897 70%
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo 183 10 10 230 80%
EB1/JI de S. João de Deus 69 4 6 138 50%
EB1/JI da Ribeirinha 84 5 5 115 73%
EB1/JI Infante D.Henrique 294 15 18 414 71%
EBI Francisco Ferreira Drummond 201 11 12 276 73%
EB1,2,3/JI de São Sebastião 94 5 5 115 82%
EB1/JI de Porto Judeu 107 6 7 161 66%
EBS Tomás de Borba 538 34 35 805 67%
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba 126 7 7 161 78%
EB1/JI do Pico da Urze 51 3 3 69 74%
EB1/JI das Cinco Ribeiras 23 2 2 46 50%
EB1/JI das Doze Ribeiras 19 2 2 46 41%
EB1/JI do Posto Santo 36 2 2 46 78%
EB1/JI de Santa Bárbara 35 2 3 69 51%
EB1/JI de S.Bartolomeu 42 3 3 69 61%
EB1/JI de S. Mateus da Calheta 104 6 6 138 75%
EB1/JI do Cantinho 29 2 2 46 63%
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha 73 5 5 115 63%
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
EBI dos Biscoitos* 54 5 5 115 47%
EB1/JI dos Altares 39 3 3 69 57%
EB1/JI do Raminho 15 2 2 46 33%  
Fonte: DRE. * Estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo 

157 
 
 
Quadro 74 ‐ Alunos por turma e educador no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 
EPE
Média  Rácio 
Nº Alunos Nº Turmas  NºEducadores 
Alunos/Turma  Alunos/Educador 

Concelho de Angra do Heroísmo 461 28 49 16,5 9,4


EBI de Angra do Heroísmo 114 6 17 19,0 6,7
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo 44 2
EB1/JI de S. João de Deus 18 1
EB1/JI da Ribeirinha 35 2
EB1/JI Infante D.Henrique 17 1
EBI Francisco Ferreira Drummond 111 6 9 18,5 12,3
EB1,2,3/JI de São Sebastião 71 4
EB1/JI de Porto Judeu 40 2
EBS Tomás de Borba 208 14 21 9,9 9,9
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba 27 2
EB1/JI do Pico da Urze 10 1
EB1/JI das Cinco Ribeiras 16 1
EB1/JI das Doze Ribeiras 15 1
EB1/JI do Posto Santo 14 1
EB1/JI de Santa Bárbara 19 1
EB1/JI de S.Bartolomeu 29 2
EB1/JI de S. Mateus da Calheta 37 2
EB1/JI do Cantinho 16 1
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha 25 2
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
EBI dos Biscoitos* 28 2 2 14,0 14,0
EB1/JI dos Altares 17 1
EB1/JI do Raminho 11 1  
Fonte: DRE. * Estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo 
 

Quadro 75 ‐ Alunos por turma e professor no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 
1ª Cico do Ensino Básico
Nº  Média 
Nº Alunos Nº Turmas  Rácio Alunos/Professor 
Professores  Alunos/Turma 

Concelho de Angra do Heroísmo 1423 84 110 16,9 12,9


EBI de Angra do Heroísmo 630 34 44 18,5 14,3
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo 183 10
EB1/JI de S. João de Deus 69 4
EB1/JI da Ribeirinha 84 5
EB1/JI Infante D.Henrique 294 15
EBI Francisco Ferreira Drummond 201 11 17 18,3 11,8
EB1,2,3/JI de São Sebastião 94 5
EB1/JI de Porto Judeu 107 6
EBS Tomás de Borba 538 34 44 15,8 12,2
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba 126 7
EB1/JI do Pico da Urze 51 3
EB1/JI das Cinco Ribeiras 23 2
EB1/JI das Doze Ribeiras 19 2
EB1/JI do Posto Santo 36 2
EB1/JI de Santa Bárbara 35 2
EB1/JI de S.Bartolomeu 42 3
EB1/JI de S. Mateus da Calheta 104 6
EB1/JI do Cantinho 29 2
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha 73 5
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
EBI dos Biscoitos* 54 5 5 10,8 10,8
EB1/JI dos Altares 39 3 3
EB1/JI do Raminho 15 2 2  
Fonte: DRE. * Estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo 

158 
 
 
Quadro 76 ‐ Turmas por unidade orgânica no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) 
T. Proj. Curr. 
EPE 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Profij Oportunidade PEREE Profissional TOTAL
Adaptado
EBI de Angra do Heroísmo 6 34 17 8 2 3 6 2 78
EBI Francisco Ferreira Drummond 6 11 5 8 2 3 2 37
EBS Tomás de Borba 14 34 12 15 16 5 9 3 108
ES Jerónimo Emiliano de Andrade* 22 18 15 5 1 1 62
EBI Biscoitos** 2 5 7
Total 28 84 34 53 34 19 13 18 5 4 292  
Fonte: DRE. Nota: *Não inclui o Ensino Recorrente e o Programa Reativar. **EB1/JI dos Altares e EB1/JI do Raminho 

7.3 ‐ Intervenção na Educação Pré‐Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico 
A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, no âmbito das suas competências, tem vindo a desenvolver ações 
de modernização, requalificação e melhoramento das condições do parque escolar do concelho. Para além 
das  obras  já  realizadas  e  das  que  estão  a  decorrer,  de  carácter  mais  estrutural,  há  que  realçar  o  esforço 
despendido  com  a  manutenção  de  todo  o  parque  escolar,  procurando,  em  conjunto  com  as  juntas  de 
freguesia, dar uma resposta rápida e eficiente às pequenas obras que diariamente são solicitadas e que se 
revelam de extrema importância para a estabilidade das atividades letivas, bem como para o conforto e bem‐
estar da comunidade educativa. Neste âmbito verifica‐se que a Câmara Municipal prevê despender € 389 
400 no período de 2015 a 2017 (Quadro 77) em obras de requalificação e manutenção. 

Quadro 77 ‐ Obras de requalificação e manutenção no concelho de Angra do Heroísmo (2012 a 2017) 
  2012  2013  2014  2015  2016  2017 
EBI de Angra do Heroísmo  90739,66 94828,43 67758,97 48300,00  51200,00 58700,00
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo (Carreirinha)  29000,89 34092,10 29080,66 5000,00  8600,00 8600,00
EB1/JI de S. João de Deus  14445,38 15786,32 15671,01 5000,00  5900,00 13400,00
EB1/JI da Ribeirinha  7852,83 6055,89 0,00 18500,00  18700,00 18700,00
EB1/JI Santo Amaro  6410,89 6863,49 0,00 0,00  0,00 0,00
EB1/JI Beato João Baptista Machado  6934,87 6277,74 0,00 0,00  0,00 0,00
EB1/JI Infante D.Henrique  26094,80 25752,89 23007,30 19800,00  18000,00 18000,00
EBI Francisco Ferreira Drummond  21156,73 21135,70 19751,64 3800,00  6200,00 13700,00
EB1/JI de Porto Judeu  21156,73 21135,70 19751,64 3800,00  6200,00 13700,00
EBS Tomás de Borba  146537,70 118635,67 111064,05 46300,00  73300,00 63400,00
EB1/JI do Pico da Urze  23533,30 23278,18 23957,27 4900,00  14100,00 6600,00
EB1/JI das Cinco Ribeiras  21119,46 2771,90 3623,30 1600,00  900,00 0,00
EB1/JI das Doze Ribeiras  6496,84 7351,00 7366,19 5500,00  1500,00 0,00
EB1/JI do Posto Santo  20341,98 23607,03 21031,55 9700,00  5500,00 5500,00
EB1/JI de Santa Bárbara  6148,71 6896,11 5131,22 3000,00  16200,00 16200,00
EB1/JI de S.Bartolomeu  8432,97 9223,61 8670,02 10100,00  12500,00 5000,00
EB1/JI de S. Mateus da Calheta  24176,33 24258,15 24048,39 5000,00  9600,00 12100,00
EB1/JI do Cantinho  18400,12 4209,32 4617,13 2000,00  4100,00 4100,00
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha  17887,99 17040,37 12618,98 4500,00  8900,00 13900,00
EBI dos Biscoitos*  15163,73 13133,27 24474,59 5500,00  9500,00 9500,00
EB1/JI dos Altares  10742,36 7873,67 7314,69 3000,00  5100,00 5100,00
EB1/JI do Raminho  4421,37 5259,60 17159,90 2500,00  4400,00 4400,00
TOTAL  273597,82 247733,07 223049,25 103900,00  140200,00 145300,00
Fonte: CMAH 

159 
 
 
Para além do exposto há que considerar o investimento efetuado na construção de novas infraestruturas 
escolares nas freguesias da Ribeirinha (EB1/JI da Ribeirinha) e de Santa Bárbara (EB1/JI de Santa Bárbara), 
cujo modelo concetual assenta na articulação dos vários setores funcionais, na garantia de condições para o 
seu funcionamento integrado e na possibilidade de abertura de alguns setores à utilização pela comunidade 
exterior em períodos pós‐letivos. 

Os vários setores funcionais dos estabelecimentos de educação e ensino estão articulados através de um 
percurso  tridimensional  que  constitui  uma  sucessão  de  espaços  interiores  e  exteriores  de  valência 
diversificada, relacionados com diferentes situações de aprendizagem formal e informal. 

Com a entrada em funcionamento da EB1/JI de Santa Bárbara proceder‐se‐á ao encerramento da EB1/JI das 
Doze Ribeiras e da EB1/JI das Cinco Ribeiras, para além da transferência para o novo edifício da EB1/JI de 
Santa Bárbara, libertando o edifício escolar situado Às Oito. 
   

160 
 
 
8 ‐ Infraestruturas desportivas 
As infraestruturas desportivas são um fator decisivo para a concretização de qualquer política desportiva, 
que deverá ser fundamentada no conceito social e cultural de serviço público, com o objetivo de procurar 
assegurar  o  acesso  progressivo  da  população  a  uma  prática  desportiva  adequada  às  capacidades  e 
preferências de cada um. Salienta‐se que as autarquias desempenham um papel importante na dinamização 
e investimento no desenvolvimento desportivo local. A diversidade de equipamentos destinados à prática 
desportiva apresenta diversas possibilidades para que os munícipes possam praticar desporto e manter um 
estilo de vida ativo. 

Apesar do número, tipo, distribuição espacial e qualidade das infraestruturas desportivas do concelho de 
Angra  do  Heroísmo  (Quadro  78)  ser  satisfatório,  é  necessário  continuar  a  proceder  a  reajustamentos  de 
equipamentos  e  materiais  desportivos  em  algumas  das  freguesias  do  concelho.  Nesse  sentido  refira‐se  a 
construção de mais duas infraestruturas desportivas, uma da responsabilidade da autarquia na freguesia do 
Posto Santo e a outra do Governo Regional na freguesia de Santa Bárbara. 

Quadro 78 ‐ Infraestruturas desportivas por freguesia e por equipamento  
TIPO DE INSTALAÇÕES 
Freguesia  Pequenos  Grandes  Piscina  Piscina  Pavilhão  Pista de  Salas de  Outras  TOTAL
Campos  Campos  Descoberta  Coberta  Desportivo  Atletismo  Desporto  Instalações 
Altares     1                    1 
Angra (Conceição)  7        2  2     7  1  19 
Angra (Santa Luzia)  4           1           5 
Angra (São Pedro)  10  1  4  5  4  1  11  4  40 
Angra (Sé)  4                 2  2  8 
Cinco Ribeiras  1                       1 
Doze Ribeiras     1                    1 
Feteira  1                    1  2 
Porto Judeu     2        1        2  5 
Posto Santo  1                    3  4 
Raminho     1                    1 
Ribeirinha     1        1        1  3 
Santa Bárbara  1                       1 
São Bartolomeu de 
1  1                    2 
Regatos 
São Bento  8  2        2  2  5  8  27 
S. Mateus da 
10  1  1           2  2  16 
Calheta 
Serreta              1           1 
Terra Chã  2  1     1  1     1  1  7 
Vila de São 
1           1  1  1     4 
Sebastião 
TOTAL  51  12  5  8  14  4  29  25  148 
Fonte:  Direção  Regional  do  Desporto.  Nota:  Pequenos  Campos  (Campo  de  Futebol/Voleibol/Basquetebol/  Ténis/Polidesportivo,  etc.); 
Grandes  Campos  (Campo  de  Futebol);  Salas  de  Desporto  (Ginásio,  Sala  de  Musculação/Squash/Judo/Cardio/Ténis  de  Mesa,  etc.);  Outras 
Instalações (Carreira de Tiro, Pista de Salto/Patinagem/Lançamento de Peso e Dardo, Corta Mato, Aeromodelismo, Picadeiro, Minigolfe, Circuito 
de Manutenção, Bowling, etc.) 

161 
 
 
9 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens 
Em  tempo  de  profundas  transformações  sociais  onde,  apesar  das  grandes  evoluções  tecnológicas  e  do 
crescimento económico alcançado, as exclusões teimam em emergir e persistir, importa uma intervenção 
social cada vez mais integrada – do ponto de vista dos atores e das dimensões abrangidas, bem como das 
estratégias para fazer face à multidimensionalidade dos fenómenos. 

Embora  de  uma  maneira  geral  a  rede  de  serviços  e  equipamentos  sociais  (RSES)  se  destine  a  apoiar  as 
necessidades sociais da população em geral, existem contudo serviços e equipamentos específicos dirigidos 
a grupos alvo como as crianças e os jovens, os idosos, a população com deficiências ou incapacidade, bem 
como  as  pessoas  afetadas  por  outras  problemáticas,  contribuindo  muitas  destas  valências,  direta  ou 
indiretamente, para a mitigação da pobreza ou da exclusão social. 

As respostas sociais destinadas à infância e juventude podem subdividir‐se em três grandes grupos: (1) as 
dirigidas às crianças e jovens em geral; (2) às crianças com deficiências ou incapacidade; e (3) as destinadas 
às crianças e jovens em perigo. 

Qualquer intervenção deve ser sustentada por um conhecimento sempre atualizado e rigoroso da realidade. 
Só conhecendo melhor se poderá intervir melhor, no sentido de uma maior eficácia e eficiência da ação: “um 
bom diagnóstico é garante da adequabilidade das respostas às necessidades locais e é fundamental para 
garantir a eficácia de qualquer projeto de intervenção” (Guerra, 2000). Neste contexto, a generalidade das 
respostas  sociais  da  rede  de  serviços  e  equipamentos  sociais  dirigidas  à  infância  e  juventude  tendem  a 
contribuir para a atenuação das situações de exclusão social e pobreza infantil, procurando mitigar possíveis 
carências em algumas áreas de bem‐estar da criança. A titulo de exemplo, as creches, por serem inclusivas, 
os centros de atividades de tempos livres, por constituírem um apoio à escolaridade e ao sucesso escolar, a 
intervenção precoce, por promover ações de natureza preventiva e habilitativa nos domínios da saúde e da 
ação social, os centros de apoio familiar e aconselhamento parental e equipa de rua para crianças e jovens, 
por combaterem diretamente a exclusão através da prevenção do risco social e apoio a crianças e jovens em 
perigo  –  sendo  os  centro  de  acolhimento  temporário  para  acolhimento  urgente  e  temporário  e  o  lar  de 
infância e juventude para acolhimento por um período mais longo. 

Ainda no âmbito do apoio, a rede de serviços e equipamentos sociais engloba um conjunto vasto de respostas 
sociais dirigidas à população com deficiência. Neste âmbito, e principalmente no que diz respeito às pessoas 
com níveis de incapacidade severa, tem vindo a promover a autonomia, a participação e a inclusão social, 
através, por exemplo, do desenvolvimento e disseminação territorial de respostas sociais como os centros 
de atividades ocupacionais, que visa capacitar, incluir e tornar socialmente úteis pessoas com incapacidades 
graves,  que  não  se  enquadrem  no  mercado  normal  de  trabalho,  nem  mesmo  em  regime  de  emprego 
protegido. 
162 
 
 
De acordo com a informação disponível (Quadros 79 a 85) observa‐se que no ano letivo de 2014/2015 a 
capacidade  instalada  (oferta)  foi  superior  à  procura  em  todas  as  respostas  sociais  a  crianças  e  jovens  do 
concelho de Angra do Heroísmo. 

9.1 ‐ Creches 
A creche é uma resposta social vocacionada para o apoio à criança e à família, desenvolvida em equipamento 
de  natureza  socioeducativa,  para  acolher  crianças  até  aos  três  anos  de  idade,  durante  o  período  diário 
correspondente ao impedimento dos pais ou da pessoa que tenha a sua guarda de facto. 

Neste contexto, as creches assumem um papel determinante para a efetiva conciliação entre a vida familiar 
e  profissional  das  famílias,  proporcionando  à  criança  um  espaço  de  socialização  e  de  desenvolvimento 
integral, com base num projeto pedagógico adequado à sua idade e potenciador do seu desenvolvimento, 
no respeito pela sua singularidade. 
Quadro 79 ‐ Creches no concelho de Angra do Heroísmo 
Nº de  Capacidade 
Freguesia  Instituição Particular  Frequência
Creches  Instalada 

Nossa Senhora da  Associação dos Funcionários da Administração 
1  52  51 
Conceição  Regional da Ilha Terceira 

Nossa Senhora da 
Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo  1  36  36 
Conceição 

Santa Luzia  Cáritas da Ilha Terceira  1  42  29 

Sé  Confederação Operária Terceirense  1  35  28 

Sé  Centro Infantil de Angra do Heroísmo  1  65  57 

São Pedro  Obra Maria Madre Maria Clara  1  42  41 

São Pedro  Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo  1  26  26 

São Pedro  Irmandade Nossa Senhora do Livramento  1  56  39 

Porto Judeu  Casa do Povo do Porto Judeu  1  47  44 

São Mateus da Calheta  Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta  1  55  29 

Terra Chã  Casa do Povo da Terra ‐ Chã  1  50  31 

Total  11  506  411 


Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 
163 
 
 
A concentração quase total destes equipamentos na sede do concelho deixa sem resposta a grande maioria 
das  freguesias  rurais  do  concelho.  Este  facto  tem  implicações  para  as  famílias  em  que  ambos  os  pais 
trabalham, levando a que muitos deles tenham que recorrer a amas (muitas delas também sem formação e 
sem  condições  adequadas  para  desenvolver  este  trabalho)  ou  a  familiares,  especialmente  os  avós.  No 
entanto,  este  último  recurso  também  é  por  vezes  dificultado  pelo  facto  de  muitos  avós  ainda  estarem  a 
trabalhar. 

9.2 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) 
Com a evolução da sociedade e com as mudanças surgidas na estrutura familiar, os pais são  obrigados a 
procurar estes espaços de tempos livres institucionalizados, para que os seus filhos se mantenham ocupados 
durante o tempo extraescolar. 

A rápida evolução das estruturas familiares, com a entrada massiva das mulheres no mundo do trabalho, 
com os próprios avós, muitas vezes também ainda a trabalhar, este tipo de estruturas de apoio tornou‐se de 
facto  um  imperativo,  pois  os  pais  têm  muita  dificuldade  em  acompanhar  os  filhos  logo  após  o  termo  do 
horário  escolar.  Para  além  disso,  este  tipo  de  estruturas  tem  ajudado  também  a  ultrapassar  o  frequente 
desajustamento entre os horários escolares e as necessidades das famílias. 

Os centros de atividades de tempos livres constituem uma resposta social desenvolvida em equipamento ou 
serviço, que proporciona atividades de lazer a crianças e jovens a partir dos 6 anos, nos períodos disponíveis 
das  responsabilidades  escolares  e  de  trabalho,  desenvolvendo‐se  através  de  diferentes  modelos  de 
intervenção,  nomeadamente  acompanhamento  ou  inserção  social,  prática  de  atividades  específicas  e 
multiactividades. 
Quadro 80 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) 
Nº de  Capacidade 
Freguesia  Instituição Particular  Frequência
CATL  Instalada 
Nossa Senhora da  Associação dos Funcionários da Administração Regional 
1  60  56 
Conceição  da Ilha Terceira 
Sé  Confederação Operária Terceirense  1  66  48 
Sé  Jardim Infantil de São Gonçalo  1  81  71 
Sé  Centro Infantil de Angra do Heroísmo  1  70  64 
Centro Cultural, Social e Recreativo de Nossa Senhora 
São Pedro  1  20  20 
da Piedade 
São Bento  Centro Social de São Bento  1  30  22 
Posto Santo  Centro Comunitário do Posto Santo  1  27  7 
Ribeirinha  Centro Social e Paroquial da Ribeirinha  1  40  11 
Porto Judeu  Casa do Povo do Porto Judeu  1  50  45 
Terra ‐ Chã  Centro Comunitário da Terra ‐ Chã  1  100  49 
Santa Bárbara  Casa do Povo de Santa Bárbara  1  28  28 
Vila de São Sebastião  Centro Comunitário de São Sebastião  1  40  20 
São Mateus da Calheta  Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta  1  50  20 
Total  13  662  461 
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 
164 
 
 
9.3 ‐ Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens 
A  Equipa  de  Rua  de  Apoio  a  Crianças  e  Jovens  constitui  uma  resposta  social  desenvolvida  através  de  um 
serviço, destinada ao apoio a crianças e jovens em situação de perigo, desinseridas a nível sócio‐familiar e 
que subsistem pela via de comportamentos desviantes. 

Quadro 81 ‐ Equipa de rua de apoio a crianças e jovens 
Nº de Equipas de Rua 
Capacidade 
Freguesia  Instituição Particular  de Apoio a Crianças e  Frequência 
Instalada 
Jovens 
Santa Luzia  Cáritas da Ilha Terceira  1  80  80 
Centro Comunitário da Terra 
Terra ‐ Chã  1  100  87 
‐ Chã 
Total  2  180  167 
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

9.4 ‐ Centro de Acolhimento Temporário 
Os centros de acolhimento temporário correspondem a uma resposta social desenvolvida em equipamento, 
destinada ao acolhimento urgente e temporário de crianças e jovens em perigo, de duração inferior a seis 
meses, com base na aplicação de medida de promoção e proteção. 

O acolhimento institucional de crianças e jovens em perigo visa afastá‐las do perigo em que se encontram, 
colocando‐as ao cuidado de uma entidade que disponha de instalações e de equipa técnica adequadas à 
satisfação  das  necessidades  das  crianças  e  jovens  em  acolhimento,  proporcionando‐lhes  condições  que 
permitam a sua educação, bem‐estar e desenvolvimento integral. 

A  dinâmica  de  funcionamento  deste  tipo  de  resposta  deve  contar  com  a  intervenção  de  equipas 
multidisciplinares bem preparadas e quantitativamente suficientes, bem como com a participação efetiva 
das crianças e suas famílias em todo o processo. 

Quadro 82 ‐ Centro de Acolhimento Temporário 
Nº de Centro de 
Capacidade 
Freguesia  Instituição Particular  Acolhimento  Frequência 
Instalada 
Temporário 
Irmandade de Nossa Senhora 
São Bento  1  20  12 
do Livramento 
Total  1  20  12 
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

9.5 ‐ Lar de Infância e Juventude 
Os lares de infância e juventude são uma resposta social de acolhimento, desenvolvida em equipamento 
específico, para crianças e jovens em perigo dos 0 aos 18 anos, de ambos os sexos, de duração superior a 6 

165 
 
 
meses.  Os  objetivos  desta  resposta  social  são  assegurar  alojamento,  satisfazer  as  necessidades  básicas, 
fornecendo condições aproximadas, o quanto possível, a uma estrutura familiar, mas também fornecer meios 
que contribuam para o seu desenvolvimento e valorização pessoal, profissional e social em cooperação com 
a comunidade, escola e família. 

Os  lares  de  infância  e  juventude,  em  articulação  com  as  entidades  competentes no  âmbito  da  infância e 
juventude e CPCJ, deverão ter como finalidades a reintegração da criança ou do jovem na sua família ou na 
comunidade de origem, no mais breve curto prazo de tempo, ou quando isto não for possível incrementar o 
acolhimento familiar ou a gradual autonomização do jovem. Desta forma, para evitar a rutura com os laços 
familiares e a comunidade de origem, as crianças e os jovens deverão ser acolhidos em lares que se localizem 
próximo  do  seu  local  de  residência:  a  admissão  neste  tipo  de  resposta  deve  ser  objeto  de  cuidadosa 
ponderação, procurando‐se sempre que o encaminhamento seja o mais consentâneo com a origem, natureza 
e aspirações da criança. 

Quadro 83 ‐ Lares de infância e juventude 
Nº de Lares de 
Capacidade 
Freguesia  Instituição Particular  Infância e  Frequência 
Instalada 
Juventude 
Irmandade Nossa Senhora do 
Nossa Senhora da Conceição  1  12  3 
Livramento 
Irmandade Nossa Senhora do 
Santa Luzia  1  10  6 
Livramento 
Irmandade Nossa Senhora do 
São Pedro  1  20  2 
Livramento 
Centro Social e Paroquial de 
São Pedro  1  12  8 
São Pedro 
Irmandade Nossa Senhora do 
São Bento  1  50  23 
Livramento 
Irmandade Nossa Senhora do 
São Bento  1  10  6 
Livramento 
Irmandade Nossa Senhora do 
Terra ‐ Chã  1  12  2 
Livramento 
Irmandade Nossa Senhora do 
Terra ‐ Chã  1  11  8 
Livramento 
Santa Casa da Misericórdia da 
Terra ‐ Chã  1  6  5 
Praia da Vitória 
Santa Casa da Misericórdia da 
Terra ‐ Chã  1  11  7 
Praia da Vitória 

Total  10  154  70 

Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

166 
 
 
9.6 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais ‐ CAO 
Para as pessoas com deficiências e incapacidades com significativas limitações da atividade e restrições na 
participação, decorrentes de alterações nas estruturas e funções (pessoas com incapacidades graves), cuja 
integração  socioprofissional  no  mercado  regular  de  emprego  ou  em  centro  de  emprego  protegido  se 
encontra condicionada, mas que evidenciam potencial para uma integração social ativa, está prevista uma 
resposta social adequada à diversidade e especificidade das suas necessidades e do seu desenvolvimento – 
o programa de atividades ocupacionais. 

Os  centros  de  atividades  ocupacionais  (CAO)  para  pessoas  com  incapacidades  constituem‐se  como  uma 
resposta social tendo como principal objetivo promover e disponibilizar condições que contribuam para uma 
vida  com  qualidade  através  do  desempenho  de  atividades  socialmente  úteis,  sempre  que  possível  na 
comunidade, com vista ao desenvolvimento das suas capacidades, como seres ativos, criativos e criadores. 
Estas  atividades  não  implicam  uma  vinculação  às  exigências  de  rendimento  profissional  ou  de 
enquadramento normativo de natureza jurídico‐laboral. 

Quadro 84 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais 
Nº de Centro de 
Capacidade 
Freguesia  Instituição Particular  Atividades  Frequência 
Instalada 
Ocupacionais 
Associação Cristã da 
Terra ‐ Chã  1  50  47 
Mocidade ‐ ACM 
Total  1  50  47 
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014) 

 
Quadro 85 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens ‐ capacidade instalada e oferta disponível  

Nº de  Capacidade  Oferta 


Frequência  Disponível 
Instituições  Instalada 
(%) 
Creches  11  506  411  18,8% 
Centro de Atividades de Tempos Livres  13  662  461  30,4% 
Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens  2  180  167  7,2% 
Lares de Infância e Juventude  10  154  70  54,5% 
Centro de Acolhimento Temporário  1  20  12  40,0% 
Centro de Atividades Ocupacionais  1  50  47  6,0% 
 
 

167 
 
 
10 ‐ Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Angra do Heroísmo  
A intervenção tutelar de promoção e proteção, expressa na Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo 
(LPCJP), desenvolve‐se relativamente a casos em que se verifique a ameaça dos direitos essenciais (cívicos, 
sociais, económicos e culturais) da criança ou jovem até aos 18 anos de idade que, por tal, se vê em situação 
de  perigo  para  a  sua  segurança,  saúde,  formação,  educação  ou  desenvolvimento,  requerendo‐se,  deste 
modo, a atuação do Estado. 

O sistema social e o sistema judiciário desencadeiam ações que visam proporcionar as condições adequadas 
à promoção dos direitos e proteção das vítimas, de qualquer forma de exploração ou abuso, abandono ou 
tratamento negligente, ou quando se vejam privados de um ambiente familiar que garanta o seu bem‐estar 
e desenvolvimento integral. 

No  ano  de  2014,  a  Comissão  de  Proteção  de  Crianças  e  Jovens  de  Angra  do  Heroísmo  (Gráfico  103) 
acompanhou  399  processos  e  arquivou  197.  Negligência,  abandono,  maus  tratos,  abusos,  exposição  a 
modelos de conduta desviante estão presentes, a vários níveis, nas trajetórias de vida de muitas crianças e 
jovens,  realidade  que  também  está  presente  no  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  (Quadro  86).  O  escalão 
etário  15  aos  18  anos  representa  47,2%  do  total  de  crianças  e  jovens  acompanhados  pela  Comissão  de 
Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo (Gráfico 103). 

As CPCJ(s) devem ser agentes ativos na promoção de um modelo de governação integrada, em que cada 
elemento é tão importante quanto o outro, sendo que o resultado final é a soma de todas as partes. 

Gráfico 103 ‐ Evolução do volume processual global 
500

400

300

200

100

0
2012 2013 2014
N.º Processos acompanhados 366 419 399
N.º Processos arquivados 131 160 197
 
Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo 

 
168 
 
 
Quadro 86 ‐ Distribuição dos processos em função da intervenção e escalão etário 
Motivos de Intervenção  Escalão Etário  2012  2013  2014 
 0‐5  6  2  1 
 6‐10  2  3  2 
Absentismo Escolar 
 11‐14  51  26  15 
 > 15  61  61  45 
 0‐5          
 6‐10          
Abandono Escolar 
 11‐14     1  2 
 > 15  2  3  10 
 0‐5  7  3  5 
Exposição a modelos de comportamento   6‐10  7  4  4 
desviante   11‐14  7  2  5 
 > 15  3  1  3 
 0‐5     1  2 
 6‐10  1  3  4 
Maus tratos físicos 
 11‐14  4  1  2 
 > 15  3     1 
 0‐5        2 
 6‐10  1     1 
Maus tratos psicológicos/abuso emocional 
 11‐14  2  1    
 > 15          
 0‐5  23  22  13 
 6‐10  11  18  7 
Negligência 
 11‐14  7  7  2 
 > 15  2  3  1 
 0‐5          
 6‐10  1       
Prática de facto qualificado de crime 
 11‐14          
 > 15          
 0‐5  1       
 6‐10          
Uso de estupefacientes 
 11‐14  1       
 > 15     1    
Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo 

Gráfico 104 ‐ Número de processos por escalão etário 
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2012 2013 2014
 0‐5 37 28 23
 6‐10 22 28 18
 11‐14 72 38 26
 > 15 71 69 60
 
Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo 
169 
 
 
11 ‐ Diagnóstico estratégico 
A  análise  das  Strengths  (Forças),  Weaknesses  (Fraquezas),  Opportunities  (Oportunidades)  e  Threats 
(Ameaças),  masi  conhecida  por  análise  SWOT,  criada  por  dois  professores  da  Harvard  Business  School 
(Kenneth  Andrews  e  Roland  Christensen),  serve  de  base  para  delinear  as  estratégias  a  seguir,  ou  seja,  as 
grandes linhas de orientação estratégica devem ser extraídas das suas conclusões. 

As  forças  e  fraquezas  são  determinadas  pela  posição  atual  e  relacionam‐se,  quase  sempre,  com  fatores 
internos. As oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas com fatores externos. 
Para  a  análise  SWOT  contribuem  os  dados  quantitativos  anteriormente  apresentados  e  as  aferições  e 
perceções manifestadas pelos diversos envolvidos. 
 
Forças (pontos fortes) 

• Corpo docente experiente, qualificado e estável; 

• Qualidade das infraestruturas educativas; 

•  Melhoria nos níveis de ensino obrigatório; 

• Rede de escolas públicas; 

• Generalização da oferta da Educação Pré‐Escolar, desde os três anos de idade; 

• Taxa de ocupação dos espaços escolares; 

• Boa integração urbana da maioria das escolas e facilidades de acesso; 

• Rentabilização das infraestruturas existentes nas freguesias; 

• Oferta ao nível do ensino superior; 

• Envolvimento da autarquia nas questões educativas e sociais. 
 
Fraquezas (pontos fracos) 

• Baixa escolaridade da população; 

• Iliteracia e analfabetismo funcional; 

• Escolarização insuficiente no ensino obrigatório; 

• Insucesso escolar e abandono escolar precoce elevados; 

• Inadequação dos horários de funcionamento normal das escolas com os horários de trabalho dos 
pais; 

170 
 
 
•  Insuficiências das ofertas de ocupação de tempos livres e atividades extracurriculares; 

• Pouca divulgação da oferta formativa junto da população geral; 

• Escolas da zona rural caracterizadas por uma frequência escolar reduzida; 

• Pouco envolvimento das famílias no acompanhamento escolar dos alunos; 

• Falta de apoio ao nível da orientação vocacional, escolar e profissional; 

• Número de crianças com necessidades educativas especiais; 

• Débil articulação do tecido económico e produtivo e a vida ativa com as escolas; 

• Aumento significativo dos níveis de desemprego; 

• Fracos níveis de qualificação da mão‐de‐obra; 

• Escassez na criação de emprego e nas saídas profissionais; 

• Baixos níveis culturais e de rendimentos das famílias; 

• Pobreza elevada mesmo com políticas de apoio social; 

• Pouca eficácia em certas políticas de proteção social. 
 
Oportunidades 

• Reduzida dimensão da população; 

• Facilidade de acesso a fontes de informação; 

• Facilidade no acesso interpessoal; 

• Promoção de parcerias educativas; 

• Diversificação das respostas sociais desenvolvidas pelas IPSS’s; 

• Oferta da componente de apoio à família; 

• Desenvolvimento de atividades extracurriculares de enriquecimento curricular; 

• Promoção da inclusão social de jovens em risco através da articulação com a CPCJ; 

• Inserção profissional dos jovens através de uma potencial intervenção articulada entre a Agência 
para a Qualificação e Emprego e o Gabinete de Inserção Profissional (GIP); 

• Possibilidade de desenvolver respostas educativas adequadas à população adulta; 

• Oferta  de  formação  para  os  desempregados  e  população  em  geral,  no  sentido  da  sua 
requalificação e criação de competências noutras áreas; 
171 
 
 
• Existência de políticas sociais regionais; 

• Melhoria nas políticas de proteção social aos mais desfavorecidos. 
 
Ameaças 

• Crise económica, mercado global e dependência externa; 

• Reduzida dimensão geográfica e populacional; 

• Envelhecimento global da população; 

• Desvalorização social do papel da escola; 

• Insuficiência  de  recursos  humanos  que  viabilizem  o  acompanhamento  regular  dos  alunos  com 
percursos escolares problemáticos (orientação vocacional, escolar e profissional); 

• Insuficiência de respostas adequadas no âmbito da educação especial; 

• Fraco prestígio social do ensino profissional; 

• Desproporcionalidade entre a oferta formativa e o mercado de trabalho; 

• Fraca diversificação das atividades económicas; 

• Sazonalidade do mercado de trabalho; 

• Lacunas na informação estatística nacional e regional; 

• Tempo de disponibilização dos dados estatísticos; 

• Falta de informação estatística de âmbito administrativo organizada, sistematizada e interligada. 
 
   

172 
 
 
12 ‐ Princípios, objetivos e ação 
Os sistemas educativos têm sido confrontados com alterações significativas resultantes da universalização 
da escolaridade e do alargamento das missões que a sociedade atribui à escola, bem como das reivindicações 
de participação e descentralização emergentes nos estados democráticos. É sobretudo na segunda metade 
da  década  de  1980  que,  nos  Açores,  se  põe  em  causa  a  conceção  de  escola  como  estabelecimento 
dependente  diretamente  do  Estado  e  enclausurado  sobre  si  mesmo,  se  afirma  a  escola  como  projeto 
societário,  mas  com  forte  dimensão  comunitária,  se  promove  o  envolvimento  das  famílias  e  de  diversos 
agentes educativos locais e se procura uma política educativa local. 

A  procura  de  uma  política  educativa,  estruturada  a  partir  do  local,  converge  com  o  princípio  de 
descentralização  administrativa  presente  na  Constituição  da  República  Portuguesa  e  o  importante  papel 
atribuído aos Municípios no domínio da educação. 

O mundo contemporâneo apresenta múltiplos e complexos desafios a nível educativo. Múltiplos porque são 
diversas e multidimensionais as missões e objetivos futuros dos sistemas educativos; complexos porque a 
educação, a formação e a qualificação das pessoas estão no centro das profundas alterações das economias 
e  sociedades  emergentes,  inicialmente  chamadas  “sociedades  da  informação”,  e  hoje  cada  vez  mais 
conhecidas como “sociedades do conhecimento e da aprendizagem”. A formação de cidadãos competentes 
no rigor da aplicação prática dos conhecimentos, bem como a capacidade de perceção do mundo global que 
os  rodeia,  sem  nunca  perderem  de  vista  a  dimensão  local,  deve  ser  um  dos  desafios  que  se  colocam  ao 
sistema educativo. 

A educação deve ser encarada, nas ditas “sociedades do conhecimento” simultaneamente causa e efeito do 
que de mais profundo ocorre ao nível dos diferentes processos de transição em curso e na emergência de 
um novo paradigma societário. Os desafios transfiguram‐se em oportunidades para a educação, assumindo‐
se  as  sociedades  como  “aprendentes”  ao  longo  da  vida,  nas  diferentes  dimensões,  lugares  ou  formas.  A 
educação deve ser vista como o sustentáculo do desenvolvimento humano, sendo simultaneamente causa e 
efeito de uma sociedade do conhecimento e da aprendizagem, de acordo com uma perspetiva abrangente, 
que procura valorizar as diferentes vertentes da dimensão humana a nível social, económico e cultural, rumo 
a uma sociedade sustentável, evoluída e com responsabilidade. 

A centralidade dos processos de educação e da aprendizagem exige estudos sobre o presente e prospetivas 
sobre o futuro, onde a escola e os sistemas educativos sejam pensados mediante uma atitude que se baseie 
num plano de respostas ao impacto das mutações tecnológicas, tendências demográficas ou dinâmicas de 
globalização. Assumir uma atitude proactiva sobre a educação é uma necessidade, cuja construção exige 
uma visão e intencionalidade na escolha entre os múltiplos cenários de futuras possibilidades antecipáveis. 

173 
 
 
Uma  atitude  de  reflexão  e  avaliação  prospetiva  amplamente  participada,  desejavelmente  estimulante  no 
plano intelectual e mobilizadora para a ação, deve ser uma opção incontornável. A relação entre a escola e a 
comunidade envolvente, bem como a monitorização cuidadosa do processo educativo é determinante para 
o desenvolvimento e melhoria do próprio sistema. As dificuldades dos sistemas educativos centralizados em 
dar satisfação aos problemas surgidos na sociedade moderna conduziram ao reforço das ligações entre os 
atores locais nomeadamente, escolas, Municípios e outras instituições e organizações locais. Isto tende a 
reforçar as ligações locais através de parcerias, projetos conjuntos, redes de colaboração de forma a envolver 
uma grande diversidade de atores e movimentos numa intervenção educativa alargada e envolvente. 

Perspetivando um instrumento de gestão territorial que fornecesse as condições necessárias para responder 
aos novos desafios, criou‐se a figura da «carta educativa», um documento dinâmico, fundamental para o 
planeamento  estratégico  de  cada  região.  A  sua  existência  pressupõe  o  entendimento  de  que  o 
desenvolvimento social de uma população só é possível através da melhoria da educação, ensino, formação 
e cultura. 

A  elaboração  deste  instrumento  de  planeamento  permite  à  autarquia  implementar  uma  estratégia  no 
sentido de orientar a gestão do sistema educativo em função do desenvolvimento socioeconómico e cultural, 
tomar decisões relativas à reconversão e adaptação do parque escolar existente, restantes equipamentos de 
apoio  e  prever  a  respetiva  expansão  ou  redução,  definir  prioridades,  otimizar  recursos  e  evitar  ruturas  e 
inadequações da rede educativa à dinâmica social e desenvolvimento urbanístico. 

 As políticas de educação e de formação de âmbito regional e municipal estão no cerne não só da criação e 

da  transmissão  de  conhecimentos,  mas  também  do  estímulo  à  criatividade,  determinando  de  forma 
essencial o potencial de inovação e desenvolvimento da sociedade. 

No decurso do trabalho de preparação da Carta Educativa do Concelho de Angra do Heroísmo, constatou‐se 
a existência de problemas estruturais que atingem o concelho e que constituem um considerável obstáculo 
ao desenvolvimento, ao crescimento económico e à coesão social no Município, e que importa ultrapassar. 
Neste  contexto  a  Carta  Educativa  assume  um  papel  preponderante,  ao  definir  um  quadro  de  ações  cujo 
intuito é o desenvolvimento sustentado dos sistemas de educação e de formação do concelho de Angra do 
Heroísmo, na base de uma estreita complementaridade com os departamentos competentes em matéria de 
educação  e  formação  profissional  e  de  empregabilidade  e  emprego  do  Governo  Regional,  com  outros 
departamentos governamentais, instituições e demais atores sociais. 

Os Municípios desde há muito que foram convocados para o grande objetivo de uma educação que pudesse 
garantir,  a  todos  os  cidadãos,  os  saberes  necessários  para  uma  participação  plena  na  vida  comum  e  no 
desenvolvimento económico. Para além das responsabilidades já assumidas no âmbito da gestão da rede e 
da afetação dos públicos escolares, materializadas nas cartas educativas, aos Municípios coloca‐se hoje a 
174 
 
 
missão de associar a educação e o desenvolvimento integrado em projetos articulados concretizados através 
de objetivos simultaneamente realistas e desafiantes 

A  Carta  Educativa  do  concelho  de  Angra  do  Heroísmo  tem  como  missão  contribuir  para  um  concelho 
educador,  inovador,  criativo  e  de  excelência  e  visa  o  articular  de  estratégias  entre  todos  os  atores  da 
comunidade  educativa.  No  que  respeita  às  linhas  orientadoras  da  estratégia  de  desenvolvimento  dos 
sistemas de educação, a Carta Educativa assume como referência os princípios e objetivos que se expõem e 
que consubstanciam as medidas propostas: 
Princípios 

1. Reconhecimento  de  que  a  educação  e  a  formação  são  fundamentais  para  o  desenvolvimento  da 
comunidade, para o seu progresso, para a obtenção de uma melhor qualidade de vida e, como tal, o 
seu desenvolvimento interessa a todos os cidadãos; 

2. Reconhecimento  de  que  as  comunidades  têm  o  direito  de  ter  facilitado  o  acesso  à  educação  e  à 
formação e de que estas devem permitir responder às suas necessidades; 

3. Reconhecimento de que só é possível desenvolver com eficácia o processo educativo e formativo se 
existirem condições físicas de qualidade que permitam a criação de um ambiente seguro e agradável 
de aprendizagem e socialização; 

4. Reconhecimento  de  que  só  com  o  empenhamento  e  a  qualidade  de  atuação  de  todos  os 
intervenientes no ato educativo é possível conseguir bons resultados e tirar o máximo proveito dos 
meios disponíveis; 

5. Reconhecimento  de  que  a  aposta  na  qualidade  dos  processos  é  fundamental  para  conseguir 
melhores desempenhos educacionais; 

6. Reconhecimento da necessidade fundamental de estabelecer pontes entre todos os interessados nos 
atos educativos, de modo a construir redes que potenciem as capacidades de atuação de todos os 
intervenientes no ato educativo e formativo. 
Objetivos 

1. Criar uma oferta de Educação Pré‐Escolar que contribua para efetivar a sua universalização e que 
responda às necessidades de todas as famílias; 

2. Concentrar, sempre que possível e desejável, as escolas de 1º Ciclo do Ensino Básico, aumentando 
desta forma as condições de qualidade do parque escolar, de modo a que o processo educativo se 
possa desenvolver de forma harmoniosa; 

175 
 
 
3. Contribuir  para  a  diminuição  do  insucesso  escolar  criando  as  condições  necessárias  ao 
estabelecimento de redes de cooperação entre diferentes entidades que sobre ele possam atuar; 

4. Contribuir  para  a  melhoria  do  desempenho  do  sistema  educativo  e  colaborar  na  formação,  em 
diferentes níveis, dos seus “atores”; 

5. Incentivar um melhor desempenho das diferentes unidades educativas e colaborar para a visibilidade 
da ação educativa das escolas junto da comunidade; 

6. Apoiar  o  desenvolvimento  de  ações  que  contribuam  para  uma  elevação  do  nível  educacional  da 
comunidade e dos seus membros; 

7. Contribuir para melhorar a oferta educativa e formativa disponível no concelho de modo a que ela 
possa dar resposta às necessidades da comunidade. 

Estes  princípios  e  objetivos  convergem  naquilo  que  a  sociedade  espera  de  um  sistema  de  educação  e 
formação: (1) o desenvolvimento integral do indivíduo, para que possa realizar as suas potencialidades; o 
desenvolvimento da sociedade, fomentando a democracia; (2) a redução das disparidades e das injustiças; e 
(3) o desenvolvimento sustentado da economia, garantindo‐se que as competências dos recursos humanos 
acompanham a evolução económica e tecnológica. 

Em conformidade com este conjunto de convicções, apresentam‐se as medidas de atuação que se enunciam. 
Optou‐se, por não detalhar de imediato todas as linhas de atuação, optando‐se por apresentar um rumo 
consensual para a política concelhia no campo da educação. Em cada momento, e em função das opções 
políticas e gestionárias dos autarcas, as medidas devem ser desenvolvidas e adequadas, ganhando assim a 
Carta Escolar a flexibilidade e a estabilidade que um documento orientador desta natureza deve merecer. 
Medidas 

A – Medidas de carácter geral 

1. Promover a defesa do sistema educativo público, universal e de qualidade, em colaboração com a 
comunidade educativa, agindo por forma a assegurar a frequência e o sucesso escolar; 

2. Dinamizar a participação da comunidade educativa na vida local através do apoio a projetos e ações 
das escolas, unidades orgânicas ou outras instituições; 

3. Assegurar uma taxa de pré‐escolarização de 100%, ao nível concelhio e a criação de condições que 
garantam  a universalidade  do  acesso  às  componentes  de  desenvolvimento  educativo  e  social  e  à 
componente de apoio social; 

4. Apoiar  projetos  sócio‐educativos  alicerçados  nos  valores  da  solidariedade,  sustentabilidade  e 


ecoeficiência,  que  valorizem  as  boas  práticas  dinamizadas  pelos  estabelecimentos  de  ensino  do 
176 
 
 
concelho  e  que  potenciem  uma  melhoria  da  qualidade  das  aprendizagens  dos  alunos  em  prol  da 
promoção do sucesso educativo; 

5. Apoiar  projetos  direcionados  para  a  promoção  da  inclusão  e  transição  para  a  vida  ativa, 
proporcionando aos jovens com necessidades educativas especiais o desempenho de uma profissão 
que lhes garanta uma maior qualidade de vida; 

6. Promover  a  adesão  do  Município  de  Angra  do  Heroísmo  à  Rede  de  Cidades  Educadoras,  cujos 
princípios  orientadores  assentam  numa  política  de  educação  para  a  cidadania,  na  qual  a  cidade 
assume,  "para  além  das  suas  funções  tradicionais  (económica,  social,  política  e  de  prestação  de 
serviços), uma função educadora, caracterizada por uma intencionalidade e uma responsabilidade, 
cujo objetivo é a formação, promoção e desenvolvimento de todos os seus cidadãos, a começar pelas 
crianças e jovens"; 

7. Promover a adesão do Município de Angra do Heroísmo aos Compromissos de Aalborg (Agenda 21 
Local)  e  fazer  do  concelho  um  exemplo  a  nível  ambiental,  social  e  económico,  construindo  um 
Município  mais  justo,  com  uma  melhor  qualidade  de  vida  para  todos  e  que  assume  as  suas 
responsabilidades pelo ambiente global; 

8. Dar continuidade à representação do Município nas Assembleias das unidades orgânicas conforme a 
legislação  em  vigor  e  dinamizar  o  funcionamento  do  Conselho  Local  de  Educação  de  Angra  do 
Heroísmo; 

9. Instalar sistemas de informáticos que promovam a modernização, agilizando os procedimentos de 
gestão das escolas e dos respetivos serviços municipais, através da criação e disponibilização de uma 
base de dados; 

10. Assegurar a monitorização e avaliação permanente da Carta Educativa. 
B. Organização da rede escolar 

1. Redefinir as áreas de influência das unidades orgânicas, visando a compatibilização da capacidade 
dos equipamentos com a(s) realidade(s) da distribuição demográfica no concelho; 

2. Acompanhar e propor a implementação das ofertas formativas em função das novas necessidades 
de desenvolvimento local em articulação com as instituições de ensino e as estruturas de concertação 
de âmbito concelhio; 

3. Em coordenação com o departamento competente do Governo Regional colaborar na redefinição da 
oferta formativa numa perspetiva de racionalização e aproveitamento dos recursos, tendo em conta 

177 
 
 
o exposto no presente documento, as especificidades das unidades e modalidades de ensino, assim 
como, os princípios que as consubstanciam. 

4. Proceder ao encerramento da EB1/JI das Doze Ribeiras e da EB1/JI das Cinco Ribeiras com a entrada 
em funcionamento da nova infraestrutura escolar na freguesia de Santa Bárbara; 

5. Colaborar com o Governo Regional na racionalização da oferta do 3º Ciclo Ensino Básico aceitando 

que ela seja restrita a estabelecimentos de ensino que ministram o ensino secundário; 

6. Pugnar  para  que  os  cursos  do  Programa  Formativo  de  Inserção  de  Jovens  e  outros  programas 
profissionalizantes  similares  sejam  progressivamente  circunscritos  às  Escolas  Profissionais, 
propondo‐se que, para evitar constrangimentos e ruturas no sistema de ensino, numa primeira fase 
se  estabeleçam  protocolos  entre  as  unidades  orgânicas  e  as  escolas  profissionais  por  forma  a 
rentabilizar recursos nomeadamente nas componentes de formação tecnológica e técnica; 

7. Pugnar para que os cursos do Programa Reativar e similares sejam lecionados apenas nas Escolas 
Profissionais ou em instituições formativas extra‐escolares certificadas para o efeito, propondo‐se 
que,  para  evitar  constrangimentos  ou  ruturas  no  sistema  de  ensino,  numa  primeira  fase  se 
estabeleçam  protocolos  entre  as  unidades  orgânicas  e  as  escolas  profissionais  por  forma  a 
rentabilizar recursos nomeadamente nas componentes de formação tecnológica. 
C. – Manutenção das infraestruturas escolares municipais 

1. Estabelecer  e  executar um  plano  de  conservação  e  manutenção  do  parque  escolar  do  Município, 
prosseguindo a recuperação, beneficiação e modernização gradual dos edifícios escolares do 1º Ciclo 
do  Ensino  Básico  e  da  Educação  Pré‐Escolar,  com  vista  à  elevação  da  qualidade  do  ambiente 
educativo; 

2. Estabelecer  acordos  de  cooperação  com  as  unidades  orgânicas  visando  para  transferir  para  os 

respetivos fundos escolares as verbas necessárias à manutenção dos edifícios escolares da Educação 
Pré‐Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico. 
D. – Ação social escolar 
1. Incrementar  um  Programa  Municipal  de  Ação  Social  Escolar,  dirigido  a  crianças  e  famílias 
carenciadas,  da  Educação  Pré‐Escolar  e  do  1º  Ciclo  do  Ensino  Básico,  acompanhando  e  apoiando 
medidas que minimizem o impacto da perda das condições socioeconómicas das famílias; 

2. Apoiar, em regime de complementaridade, as famílias e os alunos carenciados no transporte escolar, 
material escolar e das refeições, garantindo de que nenhuma criança ou jovem potencialmente mais 
fragilizado do ponto de vista económico fique fora do sistema escolar ou impedido de prosseguir 
estudos; 
178 
 
 
3. Em  colaboração  com  o  Governo  Regional  e  as  instituições  da  freguesias  abrangidas,  visar  o  transporte  e 
refeição  escolar  gratuita  para  as  crianças  e  alunos  deslocados  e  a  deslocar  das  freguesias,  cujos 
estabelecimentos de ensino foram ou sejam encerrados; 

4. Promover o alargamento das redes de transporte escolar por forma a fornecer transporte escolar gratuito 
para as crianças da Educação Pré‐Escolar e para os alunos sujeitos a escolaridade obrigatória que residam a 
mais de 1 km do estabelecimento de ensino que frequentam; 

5. Fornecimento de refeição gratuita às crianças e alunos a quem for atribuído o Escalão I (um) de rendimento 
da  ação  social  escolar  (alunos  institucionalizados,  alunos  beneficiários  do  rendimento  social  de  inserção  e 
alunos cujos membros do agregado familiar se encontrem em situação de desemprego); 

6. Em articulação com o Governo Regional dos Açores, apoiar a instituição de programas de apoio à 
família e de oferta atividades de enriquecimento curricular pós‐letivo; 

7. Reforçar o desenvolvimento de programas municipais de apoio nos períodos de interrupção letiva; 

8. Apoiar projetos promotores de comportamentos e hábitos alimentares saudáveis. 
E. – Oferta educativa para adultos 

1. Apoiar projetos desenvolvidos no quadro de um processo de Educação ao Longo da Vida – cursos de 
educação e formação, educação de adultos, outros programas de formação de 2ª oportunidade, e 
outros,  orientados  para  as  necessidades  comunitárias,  trabalhando  em  parceria  com  instituições 
públicas, associativas e privadas; 

2. Apoiar a criação de uma Universidade Sénior/Academia nos domínios logísticos e a nível de parcerias 
no sentido de possibilitar a manutenção e aprofundamento das ofertas para a população sénior. 
F. – Ensino superior 

1. Reforçar  a  relação  com  a  Universidade  dos  Açores,  através  de  convénio  adequado  e  do 
desenvolvimento de projetos de parceria e de cooperação; 

2. Alargar e reforçar o programa de bolsas de estudo e de empréstimos a estudantes com dificuldades 
económicas  residentes  no  concelho,  visando  garantir  que  nenhum  jovem  potencialmente  mais 
fragilizado do ponto de vista económico fique fora do sistema escolar ou impedido de prosseguir 
estudos. 
G. – Formação profissional e fomento da empregabilidade 

1. Criar  um  Gabinete  de  Inserção  Profissional  (GIP)  em  parceria  com  o  Governo  Regional  e  as 
instituições  representativas  dos  empregadores  locais  e  dos  trabalhadores,  com  o  objetivo  de 
proporcionar  aos  jovens  e  adultos  desempregados  do  concelho,  um  apoio  na  definição  ou 
desenvolvimento do seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho; 
179 
 
 
2. Promover  e  apoiar  a  realização  de  iniciativas  de  fomento  ao  emprego  jovem,  qualificado  e  com 
direitos, privilegiando as parcerias com as instituições de ensino locais, a Câmara de Comércio e a 
articulação com a Direção Regional do Emprego e Qualificação Profissional; 

3. Contribuir  para  a  formação  profissional  dos  jovens,  em  particular  de  estudantes  e  residentes  no 
concelho  de  Angra  do  Heroísmo,  através  do  acolhimento  de  estágios  em  diferentes  serviços  da 
Câmara Municipal de Angra do Heroísmo; 

4. Incentivar e apoiar a criação, o desenvolvimento e o crescimento sustentado de novas empresas, 
através  da  promoção  de  ações  de  capacitação,  da  disponibilização  de  espaços,  equipamentos, 
serviços e de uma rede de parceiros orientados para a criação de valor, em parceria com o Governo 
Regional dos Açores, a Universidade dos Açores e a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo. 
H. – Outras medidas de política educativa 

1. Promover a atribuição prémios escolares, destinados a enaltecer o mérito, a excelência, a dedicação, 
o  esforço  no  trabalho  e  desempenho  proporcionando,  também,  o  reconhecimento  público  dos 
alunos; 

2. Assinalar datas e efemérides através da dinamização de projetos junto da comunidade educativa; 

3. Fomentar  a  divulgação  do  concelho  e  das  práticas  educativas  mais  relevantes  em  programas, 
projetos e redes nacionais e internacionais; 

4. Promover um Programa de Ocupação de Jovens para apoiar os estudantes do ensino secundário que, 
pretendendo ingressar no ensino superior, não o tenham conseguido; 

5. Promover  e  apoiar  projetos  e  ações  de  estímulo  à  participação  ativa  dos  jovens  na  sociedade, 
incentivando o papel mobilizador do movimento associativo local e a iniciativa social, impulsionando 
atividades juvenis de natureza comunitária, o trabalho cívico e a participação dos jovens na vida local; 

6. Desenvolver  programas  e  iniciativas  municipais  que  estimulem  nos  jovens  diferentes  expressões 
artísticas e culturais, no sentido do reforço e valorização da criatividade juvenil; 

7. Desenvolver  e  apoiar  as  iniciativas  artísticas  e  manifestações  de  arte  urbana  protagonizadas  por 
jovens, em prol da valorização e qualificação do espaço público; 

8. Dinamizar  e  promover  a  rede  de  equipamentos  municipais  para  a  juventude  como  espaços  de 
formação,  de  convívio  e  de  recursos  para  a  criação,  produção  e  desenvolvimento  de  projetos, 
privilegiando as ações concebidas por e para jovens; 

9. Avaliar  as  condições  para  a  criação  de  locais  de  estudo  disponíveis  em  horário  alargado  em 
equipamentos municipais destinados aos jovens; 
180 
 
 
10. Desenvolver os programas com vista à construção de novos equipamentos desportivos municipais 
destinados à prática de modalidades com adesão juvenil; 

11. Desenvolver linhas de apoio, técnico e financeiro, dirigidas ao movimento associativo juvenil, através 
de isenções de taxas, da cedência de espaços e meios disponíveis, para o desenvolvimento das suas 
atividades regulares e pontuais relevantes; 

12. Apoiar o desenvolvimento de projetos/ações de ocupação dos tempos livres dos jovens, em parceria 
com a comunidade juvenil e o movimento associativo juvenil. 
 
   

181 
 
 
13 ‐ Monitorização  
Entendendo‐se a Carta Educativa como um documento aberto que se encontra em permanente atualização, 
o Município deve proceder anualmente a uma atualização do grau de execução das políticas associadas a 
este documento, bem como, a um  acompanhamento, avaliação e ponderação das medidas propostas no 
mesmo. A monitorização deve visar atualizar a informação e a análise contida na Carta Educativa de modo a 
que esta reflita a atualidade da realidade educativa e formativa do concelho, podendo, se necessário, serem 
introduzidas as alterações que o ajustem à realidade. 

Outro  dos  objetivos  da  monitorização  é  averiguar  se  as  medidas  propostas  neste documento  estão  a  ser 
cumpridas,  se  a  sua  implementação  está  a  ser  desenvolvida  como  o  previsto  e  se  os  resultados  da 
concretização  dessas  medidas  estão  a  ser  os  esperados,  de  modo  a  (re)ajustarem‐se  diretrizes  ou,  se 
necessário, definirem‐se novas trajetórias. Deste modo, a monitorização e avaliação é estruturada segundo 
três eixos de ação: (1) recolha de Informação; (2) tratamento de dados; e (3) avaliação dos resultados obtidos. 

A recolha de informação será realizada periodicamente, de preferência no final de cada ano letivo, através 
de um inquérito por questionário, que se enviará às escolas e às instituições de formação. 

A informação que se pretende recolher incidirá sobre o número de alunos que frequentaram as instituições 
(educativas  e  formativas)  por  ano,  ciclo  e  estabelecimentos  de  ensino;  taxa  de  abandono  escolar  e  de 
sucesso/insucesso; recursos físicos e humanos; taxa de ocupação dos estabelecimentos de ensino, bem como 
sobre os serviços fornecidos por cada estabelecimento de ensino e formação. 

No  levantamento  procurar‐se‐á  ainda,  recolher  informação  relativa  às  modificações  ocorridas  no  sistema 
educativo do concelho, relacionadas com a intervenção em estruturas e equipamentos, de modo a avaliar os 
resultados e as ações previstos. 

O  tratamento  da  informação  recolhida  de  modo  a  permitir a  atualização  da  informação  contida  na  Carta 
Educativa,  permitindo  a  observação  da  evolução  dos  indicadores  educacionais:  (1)  população  em  idade 
escolar (por ano, ciclo e estabelecimento de ensino); (2) taxa de escolarização e de pré‐escolarização; (3) taxa 
de  sucesso/insucesso  escolar;  (4)  taxa  de  abandono  escolar;  (5)  estado  de  ocupação  e  conservação  dos 
estabelecimentos de ensino. 

A análise e tratamento da informação recolhida será utilizada para elaborar um relatório que apontará as 
modificações e os (re)ajustamentos a integrar na Carta Educativa. Este relatório será entregue no mês de 
Dezembro  de  cada  ano  civil  e  estará  sujeito  a  parecer  do  Conselho  Local  de  Educação,  assim  como  a 
apreciação  dos  competentes  órgãos  autárquicos.  O  relatório  deve  dar  conta  da  atualização  dos  dados 
referentes ao ano letivo anterior, apresentar as ações concretizadas, assim como custos reais e previstos. 

182 
 
 
A monitorização e avaliação da Carta Educativa ficará a cargo dos serviços da Câmara Municipal, cabendo 
àquele  órgão  proceder  à  devida  reflexão  e  avaliação  do  processo  de  implementação  da  Carta  Educativa, 
tendo  em  última  análise,  como  objetivo  a  qualidade  e  a  adequação  da  intervenção  da  mesma  às 
necessidades do sistema educativo e formativo do concelho. A monitorização procurará envolver todos os 
atores  educativos  da  comunidade  no  sentido  de  acompanhar  a  execução  do  projeto  com  rigor  e 
transparência. 

Para a reavaliação, monitorização e revisões da Carta Educativa é necessário criar uma base de dados que 
permita uma constante atualização dos dados educativos estatísticos, que funcionará como instrumento de 
constante manutenção e atualização. A constituição da base de dados deve ter como suporte a informação 
constante da Carta Educativa, sendo a sua disponibilização uma ação a desenvolver no futuro próximo. A 
elaboração  desta  base  tem  como  finalidade  não  só  a  monitorização  e  revisão  da  Carta  Educativa,  mas 
também  permitir  à  autarquia  gerir  melhor  os  recursos  disponíveis,  bem  como  obter  uma  melhor  e  mais 
equitativa distribuição dos mesmos pelos estabelecimentos de ensino da sua responsabilidade. Outra das 
suas funções é complementar e promover uma interação entre todos os estabelecimentos de ensino, fazendo 
com que todos os intervenientes se sintam parte integrante no processo educativo. 

A  circulação  de  informação  descentralizada  e  articulada  entre  os  diversos  participantes  permite  dar  a 
conhecer a parte e o todo, proporcionando que cada escola se sinta como fazendo parte desse todo e assim 
mais motivada a colaborar com as restantes estruturas envolventes. 

Face à necessidade de permanente monitorização e atualização, a Carta Educativa deve ser encarada pelo 
Município  como  um  projeto  inacabado,  que  apresenta  um  conjunto  de  propostas  que  deve  ser 
permanentemente reavaliado e atualizado. 
 
   

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Glossário 
• Densidade  Populacional  ‐  intensidade  do  povoamento  expressa  pela  relação  entre  o  número  de 
habitantes  de  uma  área  territorial  determinada  e  a  superfície  desse  território  (habitualmente 
expressa em número de habitantes por quilómetro quadrado). 

• Família Clássica ‐ conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de 
parentesco (de direito ou de facto) entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte do alojamento. 
Considera‐se também como família clássica qualquer pessoa independente que ocupe uma parte ou 
a totalidade de uma unidade de alojamento. 

• Grupo  Etário  ‐  intervalo  de  idade,  em  anos,  no  qual  o  indivíduo  se  enquadra,  de  acordo  com  o 
momento de referência. 

• Índice de Dependência de idosos ‐ relação entre a população idosa e a população em idade ativa, 
definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o 
número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente 
por 100 (10^2) pessoas com 15‐64 anos). Um valor inferior a 100 significa que há menos idosos do 
que pessoas em idade ativa. 

• Índice de Dependência de Jovens ‐ relação entre a população jovem e a população em idade ativa, 
definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas 
entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos 
(expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas com 15‐64 anos. Um valor inferior a 100 significa 
que há menos jovens do que pessoas em idade ativa. 

• Índice de Dependência Total ‐ relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa, 
definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas 
entre os 0 e os 14 anos conjuntamente com as pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas 
com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas 
com 15‐64 anos). Um valor inferior a 100 significa que há menos jovens e idosos do que pessoas em 
idade ativa. 

• Índice  de  Envelhecimento  ‐  relação  entre  a  população  idosa  e  a  população  jovem,  definida 
habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de 
pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) 
pessoas dos 0 aos 14 anos). Um valor inferior a 100 significa que há menos idosos do que jovens. 

• Índice Sintético de Fecundidade ‐ número médio de crianças vivas nascidas por mulher em idade 
fértil (dos 15 aos 49 anos de idade), admitindo que as mulheres estariam submetidas às taxas de 
184 
 
 
fecundidade observadas no momento. Valor resultante da soma das taxas de fecundidade por idades, 
ano a ano ou grupos quinquenais, entre os 15 e os 49 anos, observadas num determinado período 
(habitualmente um ano civil). O número de 2,1 crianças por mulher é considerado o nível mínimo de 
substituição de gerações nos países mais desenvolvidos. 

• Nado‐Vivo  –  é  a  expulsão  ou  extração  completa,  relativamente  ao  corpo  materno  e 


independentemente da duração da gravidez, do produto da fecundação que, após esta separação, 
respire ou manifeste quaisquer outros sinais de vida, tais como pulsações do coração ou do cordão 
umbilical  ou  contração  efetiva  de  qualquer  músculo  sujeito  à  ação  da  vontade,  quer  o  cordão 
umbilical tenha sido cortado, quer não, e quer a placenta esteja ou não retida. Os nascimentos totais 
incluem o total de nados‐vivos e de fetos‐mortos. 

• Óbito ‐ cessação irreversível das funções do tronco cerebral. 

• População  Ativa  ‐  conjunto  de  indivíduos  com  idade  mínima  de  15  anos  que,  no  período  de 
referência, constituíam a mão‐de obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no 
circuito económico (empregados e desempregados). 

• População  em  Risco  de  Pobreza  ou  de  Exclusão  Social  ‐  indivíduos  cujo  rendimento  monetário 
equivalente  se  situa  abaixo  do  limiar  de  risco  de  pobreza,  ou  que  vivem  em  situação  de  privação 
material severa ou em agregados familiares com intensidade laboral muito reduzida. Estes indivíduos 
apenas são contados uma vez, mesmo que estejam presentes em diversos sub‐ indicadores. O limiar 
de  risco  de  pobreza  corresponde  a  60%  da  média  do  rendimento  nacional  disponível  (após 
transferências sociais). A privação material abrange indicadores relativos à pressão económica e a 
bens duráveis. As pessoas que vivem em situação de privação material severa têm condições de vida 
muito limitadas pela falta de recursos, e são sujeitos a pelo menos 4 das 9 seguintes dificuldades: i) 
pagar renda de casa e serviços de utilidade pública, ii) manter a casa adequadamente aquecida, iii) 
enfrentar despesas inesperadas, iv) comer carne, peixe ou um equivalente de proteína dia‐sim dia‐
não, v) gozar uma semana de férias fora de casa, vi) ter automóvel, vii) ter máquina de lavar roupa, 
viii ) ter TV a cores, ou ix) ter telefone. As pessoas que vivem em agregados familiares com intensidade 
laboral muito reduzida têm idades de 0‐59 anos e vivem em agregados familiares onde os adultos 
(com idades entre os 18 e os 59 anos) trabalharam menos de 20% do seu potencial total de trabalho 
durante o ano passado. A população em risco de pobreza ou de exclusão social inclui as pessoas cujo 
rendimento não atinge o limiar de risco de pobreza, ou que enfrentam privação material severa ou 
que têm intensidade laboral muito reduzida. 

• População Inativa ‐ população que, independentemente da sua idade, no período de referência não 
podia ser considerada economicamente ativa, isto é, não estava empregada, nem desempregada. 
185 
 
 
• População Residente ‐ pessoas que, independentemente de no momento de observação – zero horas 
do dia de referência – estarem presentes ou ausentes numa determinada unidade de alojamento, aí 
habitam a maior parte do ano com a família ou detêm a totalidade ou a maior parte dos seus haveres. 

• Prestações  Sociais  ‐  as  prestações  sociais  são  transferências  para  as  famílias,  em  dinheiro  ou  em 
espécie, destinadas a cobrir os encargos financeiros resultantes de um certo número de riscos ou 
necessidades, e efetuadas através de regimes organizados de forma coletiva ou, fora desses regimes, 
por unidades das administrações públicas ou instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias. 
Incluem os pagamentos feitos pelas administrações públicas aos produtores que beneficiem famílias 
individualmente  e  efetuados  no  âmbito  de  riscos  ou  necessidades  sociais.  A  lista  de  riscos  ou 
necessidades  que  podem  dar  lugar  a  prestações  sociais  é,  por  convenção,  estabelecida  da  forma 
seguinte: a) Doença; b) Invalidez, incapacidade; c) Acidente de trabalho ou doença profissional; d) 
Velhice; e) Sobrevivência; f) Maternidade; g) Família; h) Promoção do emprego; i) Desemprego; j) 
Habitação;  k)  Educação;  l)  Outras  necessidades  básicas.  As  prestações  sociais  dividem‐se  em  dois 
tipos:  (1)  As  transferências  sociais  em  espécie,  que  incluem  a  produção  não  mercantil  das 
administrações públicas e ISFLSF e a produção mercantil adquirida pelas administrações públicas e 
ISFLSF; (2) As prestações sociais exceto transferências sociais em espécie, que incluem as prestações 
da segurança social em dinheiro, outras prestações de seguro social e as prestações de assistência 
social  em  dinheiro.  As  prestações  sociais  incluem  as  pensões  de  velhice,  de  invalidez  e  de 
sobrevivência, os apoios à doença e aos cuidados de saúde, os subsídios de desemprego e outras 
transferências em dinheiro, em bens ou em serviços que apoiam as famílias e combatem a exclusão 
social. 

• Saldo Natural ‐ diferença entre o número de nados‐vivos e o número de óbitos num dado período de 
tempo. 

• Taxa Bruta de Escolarização ‐ relação percentual entre o número total de alunos matriculados num 
determinado  ciclo  de  estudos  (independentemente  da  idade)  e  a  população  residente  em  idade 
normal de frequência desse ciclo de estudo. Educação Pré‐Escolar 3‐5 anos; Ensino Básico – 1.º Ciclo 
6‐9 anos; Ensino Básico – 2.º Ciclo 10‐11 anos; Ensino Básico – 3.º Ciclo 12‐14 anos; Ensino Secundário 
15‐17 anos; Ensino Superior 18‐22 anos. 

• Taxa  Bruta  de  Mortalidade  ‐  número  de  óbitos  observado  durante  um  determinado  período  de 
tempo,  normalmente  um  ano  civil,  referido  à  população  média  desse  período  (habitualmente 
expressa em número de óbitos por 1000 (10^3) habitantes). 

186 
 
 
• Taxa Bruta de Natalidade ‐ número de nados‐vivos ocorrido durante um determinado período de 
tempo,  normalmente  um  ano  civil,  referido  à  população  média  desse  período  (habitualmente 
expressa em número de nados‐vivos por 1000 (10^3) habitantes). 

• Taxa Bruta de Nupcialidade ‐ número de casamentos observado durante um determinado período 
de  tempo,  normalmente  um  ano  civil,  referido  à  população  média  desse  período  (habitualmente 
expressa em número de casamentos por 1000 (10^3) habitantes). 

• Taxa Bruta de Pré‐ Escolarização – relação percentual entre o número total de crianças inscritas na 
Educação Pré‐Escolar (independentemente da idade), e a população residente em idade normal de 
frequência desse ciclo de estudo (3‐5 anos). 

• Taxa de Abandono Precoce de Educação e Formação ‐ taxa que permite definir o peso da população 
residente com idade entre 18 e 24 anos, com nível de escolaridade completo até ao 3º ciclo do ensino 
básico  que  não  recebeu  nenhum  tipo  de  educação  no  período  de  referência  sobre  o  total  da 
população residente do mesmo grupo etário. A taxa de abandono precoce de educação e formação 
é a percentagem de pessoas entre os 18 e os 24 anos que deixou de estudar sem ter completado o 
secundário. 

• Taxa de Atividade ‐ taxa que permite definir o peso da população ativa sobre o total da população 
com 15 e mais anos. A taxa de atividade representa o número de ativos por cada 100 pessoas com 15 
e mais anos. Os ativos são a mão‐de‐obra disponível para trabalhar, incluindo‐se na população ativa 
os trabalhadores que estão empregados e desempregados. 

• Taxa de Atraso Escolar ‐ razão entre os indivíduos que frequentam um determinado ciclo de ensino 
com idade superior à idade ajustada e o total de indivíduos com idade ajustada a esse ciclo. Este 
indicador não nos dá a dimensão da repetência mas apenas o número de indivíduos com, pelo menos, 
um ano de atraso em relação à idade ajustada à frequência do ciclo. 

• Taxa de Desemprego ‐ taxa que permite definir o peso da população desempregada sobre o total da 
população ativa. A taxa de desemprego representa o número de desempregados por cada 100 ativos. 
Os  ativos  são  a  mão‐de‐obra  disponível  para  trabalhar,  incluindo‐se  na  população  ativa  os 
trabalhadores que estão empregados e desempregados. 

• Taxa de Desemprego de Longa Duração ‐ peso da população desempregada há 12 ou mais meses 
sobre o total da população ativa. A taxa de desemprego de longa duração representa o número de 
desempregados há mais de um ano por cada 100 ativos. Os ativos são a mão‐de‐obra disponível para 
trabalhar, incluindo os trabalhadores que estão empregados e desempregados 

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• Taxa de Emprego ‐ taxa que permite definir a relação entre a população empregada e a população 
com 15 e mais anos de idade. A taxa de emprego representa o número de empregados por cada 100 
pessoas com 15 e mais anos. 

• Taxa de Fecundidade –  número de nados‐vivos  de mulheres de um determinado grupo de idade, 


observado durante um certo período de tempo, normalmente um ano civil, referido ao efetivo médio 
de mulheres desse grupo de idade nesse período (habitualmente expressa em número de nados‐
vivos por 1000 (10^3) mulheres). A taxa de fecundidade é o número de nascimentos por cada 1000 
mulheres em idade fértil, ou seja, entre os 15 e os 49 anos de idade. A taxa de fecundidade pode ser 
calculada para diversas idades. 

• Taxa  de  Retenção  e  Desistência  –  relação  percentual  entre  o  número  de  alunos  que  não  podem 
transitar para o ano de escolaridade seguinte e o número de alunos matriculados, nesse ano letivo. 

• Taxa  de  Transição  ‐  relação  percentual  entre  o  número  de  alunos  que,  no  final  de  um  ano  letivo, 
obtêm  aproveitamento  (podendo  transitar  para  o  ano  de  escolaridade  seguinte)  e  o  número  de 
alunos matriculados, nesse ano letivo. 

• Taxa Real de Pré‐Escolarização – relação percentual entre o número de crianças inscritas na Educação 
Pré‐Escolar e a população residente para cada uma das idades dos 3 aos 5 anos. Relação percentual 
entre o número de crianças inscritas na Educação Pré‐Escolar, em idade normal de frequência desse 
ciclo de estudo (3‐5 anos), e a população residente dos mesmos níveis etários. A relação percentual 
entre  população  escolar  (segundo  o  recenseamento  anual  de  alunos  matriculados)  e  população 
residente (segundo os Censos e as estimativas intercensitárias do Instituto Nacional de Estatística), 
para cada idade, não deveria ser superior a 100%. Na prática, uma vez que estamos a trabalhar com 
dados provenientes de fontes diferentes (ME/GEPE e INE), o cálculo conduz‐nos, para algumas idades, 
a valores superiores. Nestes casos apresentaremos o valor máximo, teoricamente admissível 100%. 

• Taxa  Real  de  Escolarização  ‐  relação  percentual  entre  o  número  de  alunos  matriculados  num 
determinado ciclo de estudos, em idade normal de frequência desse ciclo, e a população residente 
dos mesmos níveis etários. Educação Pré‐Escolar 3‐5 anos; Ensino Básico – 1.º Ciclo 6‐9 anos; Ensino 
Básico – 2.º Ciclo 10‐11 anos; Ensino Básico – 3.º Ciclo 12‐14 anos; Ensino Secundário 15‐17 anos; 
Ensino Superior 18‐22 anos. 

• Trabalhador por Conta de Outrem ‐ indivíduo que exerce uma atividade sob a autoridade e direção 
de outrem, nos termos de um contrato de trabalho, sujeito ou não a forma escrita, e que lhe confere 
o direito a uma remuneração, a qual não depende dos resultados da unidade económica para a qual 
trabalha. 

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• Trabalhador  por  Conta  Própria  ‐  um  trabalhador  por  conta  própria  pode  ser  classificado  como 
trabalhador  por  conta  própria  como  isolado  ou  como  empregador.  Indivíduo  que  exerce  uma 
atividade independente, com associados ou não, obtendo uma remuneração que está diretamente 
dependente dos lucros (realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos. Os 
associados  podem  ser,  ou  não,  membros  do  agregado  familiar.  Um  trabalhador  por  conta  própria 
pode ser classificado como trabalhador por conta própria como isolado ou como empregador. 

• Trabalhador  por  Conta  Própria  como  Empregador‐  indivíduo  que  exerce  uma  atividade 
independente, com associados ou não, obtendo uma remuneração que está diretamente dependente 
dos lucros (realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos e que, a esse título, 
emprega habitualmente um ou vários trabalhadores por conta de outrem para trabalharem na sua 
empresa. 

• Trabalhador por Conta Própria como Isolado ‐ indivíduo que exerce uma atividade independente, 
com  associados  ou  não,  obtendo  uma  remuneração  que  está  diretamente  dependente  dos  lucros 
(realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos e que, habitualmente não 
contrata trabalhador (es) por conta de outrem para com ele trabalhar(em). Os associados podem ser 
ou não membros do agregado familiar. 

• Valor Acrescentado Bruto ‐ valor bruto da produção deduzido do custo das matérias‐primas e de 
outros consumos no processo produtivo. Os valores são brutos quando não deduzem o consumo de 
capital fixo. 
   

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