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Aula 05

Direitos das Pessoas com Deficiência p/ TRE-CE (Técnico Judiciário -


Área Administrativa) - 2019
Ricardo Torques

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Ricardo Torques
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SUMÁRIO
1 Considerações Iniciais ..................................................................................................................................... 2
2 - Direitos no sistema de transporte coletivo ....................................................................................................... 2
2.1 Lei nº 8.899/94................................................................................................................................................... 2
2.2 Decreto nº 3.691/2000....................................................................................................................................... 2
3 - Símbolo de identificação de pessoas com deficiência auditiva .......................................................................... 3
4 - Normas de apoio às pessoas com deficiência e sua integração social ................................................................ 4
4.1 - Introdução .......................................................................................................................................................... 4
4.2 - Lei nº 7.853/1989 ............................................................................................................................................... 5
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4.3 - Decreto nº 3.298/99 ......................................................................................................................................... 17
5 - Lei nº 11.126/2005 ........................................................................................................................................ 38
6 - Questões ....................................................................................................................................................... 39
6.1 Lista de Questões sem Comentários................................................................................................................. 39
6.2 Gabarito ........................................................................................................................................................... 66
6.3 Lista de Questões com Comentários ................................................................................................................ 66
7 - Legislação Destacada ................................................................................................................................... 119
8 - Resumo ....................................................................................................................................................... 124
9 - Considerações Finais.................................................................................................................................... 128

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LEIS ESPECÍFICAS
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Para este encontro, reservamos o estudo de algumas leis específicas que estão inseridas no universo
dos direitos das pessoas com deficiência. São elas:
 Direitos no sistema de transporte coletivo, que está regrado pela Lei nº 8.899/1994 e regulamentado pelo
Decreto nº 3.691/2000.
 Símbolo de identificação de pessoas com deficiência auditiva, que observa a Lei nº 8.160/1991.
 Apoio às pessoas com deficiência e sua integração social, que observa a Lei nº 7.853/1989 e o Decreto nº
3.298/1999.
 Direito de a pessoa com deficiência permanecer e ingressar em locais de uso coletivo com cão-guia,
conforme a Lei nº 11.126/2005
Bons estudos!

2 - DIREITOS NO SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO

2.1 LEI Nº 8.899/94

A Lei nº 8.899/1994 é um diploma curto, que foi criado para conceder passe livre às pessoas com
deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual. Ou seja, é válida para transporte
realizado entre estados.
Essa norma contém quatro dispositivos, dos quais dois interessam:
Art. 1º É concedido passe livre às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema
de transporte coletivo interestadual.
Art. 2º O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias a contar de sua publicação.
Portanto, ao criar os benefícios aos deficientes hipossuficientes, a legislação federal conferiu ao
Poder Executivo o dever de regulamentar esse direito, que foi posteriormente normatizado pelo
Decreto nº 3.691/2000, que será estudado na sequência.

2.2 DECRETO Nº 3.691/2000

O referido decreto, de forma direita e objetiva (em três artigos), define que as empresas
permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual de passageiros reservarão dois
assentos de cada veículo, destinado a serviço convencional, para ocupação das pessoas com
deficiência, conforme disciplina e fiscalização a ser empreendida pelo Ministério dos Transportes.
Desses pontos, para a prova, é relevante:

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TRANSPORTE COLETIVO São reservados dois assentos por ônibus para o passe
INTERESTADUAL DE DEFICIENTES livre de pessoas com deficiência.

Vejamos os dispositivos:
Art. 1º As empresas permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual de passageiros reservarão
dois assentos de cada veículo, destinado a serviço convencional, para ocupação das pessoas beneficiadas pelo
art. 1o da Lei no 8.899, de 29 de junho de 1994, observado o que dispõem as Leis nos 7.853, de 24 de outubro
de 1989, 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 10.048, de 8 de novembro de 2000, e os Decretos nos 1.744, de 8 de
dezembro de 1995, e 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
Art. 2º O Ministro de Estado dos Transportes disciplinará, no prazo de até trinta dias, o disposto neste Decreto.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
É importante deixar claro que essas normas se aplicam ao transporte interestadual, ou seja, quando
o deslocamento se dá entre estados-membros da federação. Quando envolver transporte municipal,
intermunicipal ou estadual a competência será do município respectivo ou do estado em relação às
duas últimas hipóteses.

3 - SÍMBOLO DE IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA


Na mesma esteira do tópico anterior, a Lei nº 8.160/1991 disciplina a necessidade de adoção de
símbolo para permitir a identificação por pessoas com deficiência auditiva. A finalidade dessa norma
é facilitar a identificação de locais acessíveis para pessoas que possuam surdez.
A aposição desse símbolo, de acordo com o art. 1º, da Lei, é obrigatória em todos os locais que
possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas com deficiência auditiva, e em todos os
serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso, devendo ser fixado em
local acessível ao Poder Público.
Além disso, esse símbolo não poderá ser usado para outra finalidade a não ser a identificação, a
assinalação ou a indicação do local do serviço destinado ao deficiente, sob pena de caracterizar
conduta discriminatória.

Pergunta-se, e qual é esse símbolo?

SÍMBOLO INTERNACIONAL DA SURDEZ

Para a prova...

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SÍMBOLO INTERNACIONAL DA SURDEZ

Deve ser obrigatoriamente fixado em estabelecimentos acessíveis às


pessoas com surdez.

Tem por finalidade permitir a identificação, a assinalação ou a indicação


do local do serviço destinado ao deficiente.

Professor, e a legislação?!

Segue:
Art. 1º É obrigatória a colocação, de forma visível, do "Símbolo Internacional de Surdez" em todos os locais que
possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência auditiva, e em todos os
serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso.
Art. 2º O "Símbolo Internacional de Surdez" deverá ser colocado, obrigatoriamente, em local visível ao público,
não sendo permitida nenhuma modificação ou adição ao desenho reproduzido no anexo a esta lei.
Art. 3º É PROIBIDA a utilização do "Símbolo Internacional de Surdez" para finalidade outra que não seja a de
identificar, assinalar ou indicar local ou serviço habilitado ao uso de pessoas portadoras de deficiência auditiva.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica à reprodução do símbolo em publicações e outros
meios de comunicação relevantes para os interesses do deficiente auditivo, a exemplo de adesivos específicos
para veículos por ele conduzidos.
Art. 4º O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias, a contar de sua vigência.
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.
Sigamos!

4 - NORMAS DE APOIO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E SUA INTEGRAÇÃO


SOCIAL

4.1 - INTRODUÇÃO

O estudo das normas de integração social da pessoa com deficiência passa pela Lei nº 7.853/1989 e
pelo Decreto nº 3.298/1999, de caráter regulamentar.
Notamos que o assunto é frequente em provas, razão pela qual devemos dar a devida atenção aos
dispositivos mais relevantes sobre o assunto.
De todo modo, podemos identificar os assuntos mais relevantes, de forma que a nossa
recomendação é pelo estudo atento da norma e de alguns aspectos do decreto, conforme
destacaremos adiante.

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4.2 - LEI Nº 7.853/1989

4.2.1 - Conceitos Iniciais

A presente lei visa estabelecer políticas e ações voltadas à integração das pessoas com deficiência.
A ideia de inclusão social passa pela criação de mecanismos que visem conferir acessibilidade.
Confira:
Art. 1º Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e sociais
das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva integração social, nos termos desta Lei.
§ 1º Na aplicação e interpretação desta Lei, serão considerados os valores básicos da igualdade de tratamento
e oportunidade, da justiça social, do respeito à dignidade da pessoa humana, do bem-estar, e outros, indicados
na Constituição ou justificados pelos princípios gerais de direito.
==1277cb==

§ 2º As normas desta Lei visam garantir às pessoas portadoras de deficiência as ações governamentais
necessárias ao seu cumprimento e das demais disposições constitucionais e legais que lhes concernem, afastadas
as discriminações e os preconceitos de qualquer espécie, e entendida a matéria como obrigação nacional a
cargo do Poder Público e da sociedade.
Do dispositivo acima, devemos extrair duas informações importantes:
 parâmetros de interpretação de aplicação da norma
igualdade de tratamento e de
oportunidade

justiça social

VALORES CONSIDERADOS PARA


INTERPRETAÇÃO DE APLICAÇÃO DA respeito à dignidade
NORMA

valores constitucionais

princípios gerais de direito

 atuação

FINALIDADE DA NORMA

ações governamentais com obejtivo de afastar a


discriminação e preconceitos

Em relação à atuação temos, por um lado, a vertente promocional, por intermédio do qual o Poder
Público deverá desenvolver políticas públicas e ações afirmativas de apoio e inclusão. Por outro,
atuará repressivamente, combatendo a discriminação e o preconceito contra a pessoa com
deficiência.

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4.2.2 - Ações promocionais

Na proteção dos direitos das pessoas com deficiência, o Poder Público deverá adotar uma série de
medidas de acordo com o direito a ser tutelado, conforme vem estabelecido no art. 2º, que
estudaremos.
Antes de iniciar, entretanto, é importante destacar que essa atuação é prioritária, ou seja, deve ser
adotada com preferência em relação às demais políticas estatais.
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de
seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da administração direta e
indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes MEDIDAS:
A partir desse momento, a lei passa a enumerar, em cada um dos incisos do art. 2º, as ações
governamentais de apoio e inclusão de acordo com o direito social específico. Temos, portanto,
normas promocionais da educação, da saúde, do trabalho, do lazer, da previdência social, do amparo
à infância e maternidade.
Vamos lá?!
Começamos pela educação!
I - na área da EDUCAÇÃO:
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação
precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, com currículos,
etapas e exigências de diplomação próprios;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares
e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de
deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive
material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
Podemos notar que há um esforço no sentido de conferir educação à pessoa com deficiência, seja
por intermédio do sistema regular de ensino (quando possível) ou por intermédio do ensino especial.
Nesse contexto, as ações devem ser providas para a inclusão e inserção da pessoa com deficiência
na rede de ensino, constituindo obrigatoriedade da rede pública proporcionar o ensino gratuito
especial à pessoa com deficiência.
Além disso, temos regras que buscam proporcionar o ensino das pessoas com deficiência que
permanecerem internadas há mais de ano.

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Por fim, garante-se a matrícula obrigatória tanto em instituições públicas como em privadas, quando
a pessoa com deficiência possa ser inserida dentro do sistema regular de ensino.
Para a prova...

NA ÁREA DE EDUCAÇÃO

Inclusão da educação especial (educação precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a


habilitação e reabilitação profissionais)
Inserção da educação especial no ensino público (obrigatório e gratuito) e privado.
Obrigatoriedade da educação especial em nível pré-escolar nas unidades hospitalares (quando
prazo de internação for superior a 1 ano).
Acesso à pessoa com deficiência dos mesmos direitos assegurados aos demais educandos.
Matrícula obrigatória, quando possível a integração no sistema regular de ensino.

Sigamos!
II - na área da SAÚDE:
a) a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento genético,
ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à nutrição da mulher e da criança, à identificação e
ao controle da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças do metabolismo e seu diagnóstico e ao
encaminhamento precoce de outras doenças causadoras de deficiência;
b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidente do trabalho e de trânsito, e de
tratamento adequado a suas vítimas;
c) a criação de uma rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação;
d) a garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos de saúde públicos e privados,
e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados;
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado;
f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para as pessoas portadoras de deficiência, desenvolvidos
com a participação da sociedade e que lhes ensejem a integração social;
Em relação à saúde, temos atuação no sentido preventivo, no fornecimento de serviços
especializados de habilitação e reabilitação e também na garantia de acesso aos serviços públicos e
privados de saúde, inclusive com atendimento domiciliar.
Para a prova...

NA ÁREA DE SAÚDE

Promoção de ações preventivas (como planejamento familiar, aconselhamento genético,


acompanhamento da gravidez, parto e puerpério, imunização e controle e tratamento de
doenças)
Desenvolvimento de políticas especiais para prevenir acidente de trabalho e de trânsito.
Oferta de serviços especializados para habilitação e reabilitação.
Acesso aos serviços públicos e privados de saúde.
Atendimento domiciliar de deficiente grave não internado.

Em frente!

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III - na área da FORMAÇÃO PROFISSIONAL E DO TRABALHO:


a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços concernentes, inclusive
aos cursos regulares voltados à formação profissional;
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, inclusive de tempo parcial,
destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns;
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado, de pessoas portadoras
de deficiência;
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor das pessoas
portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor privado, e que regulamente a
organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação, nelas, das pessoas
portadoras de deficiência;
No que diz respeito à formação profissional e do mercado de trabalho da pessoa com deficiência, a
Lei nº 7.853/1989 reserva ao Poder Público o papel de apoiar e promover ações de inserção no
mercado de trabalho.
Para a prova, base memorizar as informações centrais:
NO QUE DIZ RESPEITO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Incentivo e apoio estatais para criação de empregos e manutenção dos postos de trabalho para a
pessoa com deficiência.
Promoção de políticas e ações afirmativas para surgimento de vagas e para inserção das pessoas
com deficiência no emprego.
Legislação específica com reserva de mercado para as pessoas com deficiência.

Veremos, adiante, previsão específica, destinando percentual de vagas em grandes empresas às


pessoas com deficiência.
Sigamos!
IV - na área de RECURSOS HUMANOS:
a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial, de técnicos de nível médio especializados
na habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação profissional;
b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento, inclusive de nível
superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas portadoras de deficiências;
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do conhecimento relacionadas
com a pessoa portadora de deficiência;
Para a prova...

EM RECURSOS HUMANOS

Formação e qualificação de profissionais que atuem em diversos setores, especialmente na


educação.
Incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico na área.

Vejamos o último inciso do art. 2º:


V - na área das EDIFICAÇÕES:

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a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias públicas, que
evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam o acesso destas a edifícios, a
logradouros e a meios de transporte.
Para a prova...

NAS EDIFICAÇÕES

Adoção de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias públicas

4.2.3 - Ações coletivas

É muito comum, em se tratando de proteção a grupos vulneráveis, que tenhamos ações coletivas
propostas com o objetivo de tutelar o direito de um grupo de pessoas protegidas ao mesmo tempo
ou para a proteção de direitos indisponíveis, mesmo que individualmente considerados. Essas ações
coletivas têm por finalidade a proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e
individuais coletivos. Sem a necessidade de distinguir esses termos para fins do nosso estudo, é
relevante que você saiba quem são os legitimados a ajuizar essas ações coletivas. Veja:
Art. 3o As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e
individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída
há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade
de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de
direitos da pessoa com deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
P à à à à à à à à à à à
intermédio dessas ações coletivas. Sem maior aprofundamento teórico, é importante ter em mente
que falamos em interesses, pois envolvem pretensões que podem, ou não, se consubstanciar em
direitos a serem tutelados coletivamente. Leva-se em consideração a natureza da pretensão para
que possamos aferir se a ação é coletiva. Uma vez sendo admitida a tutela dessa pretensão na forma
judicial, somente com a sentença é que teremos certeza de que aquela pretensão inicial é, de fato,
direito ou não, a depender da procedência da demanda.
Ainda dentro de conceitos iniciais, vamos, de forma objetiva e direta, distinguir as espécies de
interesses mencionados pelo legislador.
Os interesses ou direitos difusos são os interesses ou direitos objetivamente indivisíveis, cujos
titulares são pessoas indeterminadas e indetermináveis, ligadas entre si por circunstâncias de fato.
Pense, por exemplo, em uma ação destinada a garantir acessibilidade em órgãos do Poder Judiciário.
Essa tutela caracteriza-se:

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Indivisibilidade do objeto

CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS


Situação de fato em comum
DIFUSOS

Indeterminabilidade dos titulares

O fato de o objeto da ação ser indivisível irá conferir à decisão judicial o caráter erga omnes, ou seja,
abrangerá todos que possam ser afetados pelo descumprimento do direito tutelado em juízo. Os
efeitos não estão limitados às partes da ação, mas a todas as pessoas com deficiência que possam
necessitar dessas normas de acessibilidade.
Entende-se como interesses ou direitos coletivos stricto sensu os interesses ou direitos
objetivamente indivisíveis, de que seja titular grupo, classe ou categoria de pessoas, ligadas entre
si ou com a parte contrária por um vínculo jurídico base e, por tal razão, determináveis.
Diferentemente da situação acima, aqui temos uma coletividade, mas determinada. Logo, podemos
identificar as seguintes características:

Indivisibilidade do objeto

CARACTERÍSTICAS DOS INTERESSES Relação Jurídica em comum (relação


COLETIVOS STRICTO SENSU jurídica base)

Determinabilidade dos titulares

Por exemplo, grupo de empregados de determinada concessionária de serviço público buscam exigir
que a empregadora fixe norma interna que garanta tratamento isonômico às pessoas com
deficiência no que diz respeito à participação em cursos de formação e progressão profissional.
Podem ser entendidos como sendo direitos subjetivos individuais, objetivamente divisíveis, cuja
defesa judicial é passível de ser feita coletivamente, cujos titulares são determináveis e têm em
comum a origem desses direitos, e cuja defesa judicial convém que seja feita coletivamente.
Esses direitos caracterizam-se:

Divisibilidade do objeto

Origem comum (situação fática ou jurídica


CARACTERÍSTICAS DOS INTERESSES em comum)
INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Determinabilidade dos titulares

Recomendabilidade de tratamento
conjunto

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Por exemplo, grupo de empregados de determinada concessionária de serviço público buscam exigir
o cumprimento de norma interna que garanta tratamento isonômico às pessoas com deficiência no
que diz respeito à participação em cursos de formação e progressão profissional.
No caso acima, a norma existe, mas é descumprida. O empregado poderia, isoladamente, ingressar
em juízo para exigir respeito à norma, logo, o objeto é divisível, contudo, recomenda-se que haja
tratamento coletivo do tema para beneficiar a todos os que estejam na mesma situação de violação
de direitos.
Para a prova...
LEGITIMADOS PARA PROPOR AÇÕES COLETIVAS (interesses coletivos,
difusos, individuais, homogêneos)

Ministério Público
Defensoria Pública
União, estados-membros, Distrito Federal e Municípios.
Autarquia, EP e por fundação ou SEM que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção
dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência.
Associação constituída há mais de 1 ano que inclua, entre suas finalidades, a proteção e a
promoção de direitos das pessoas com deficiência

Estabelece, ainda, o §5º, do art. 3º, que se a ação for proposta por um dos legitimados, os demais
podem se habilitar no processo como legitimados ativos nas ações coletivas, na condição de
litisconsortes.
§ 5º Fica facultado aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações propostas psor
qualquer deles.
O §6º, por sua vez, estabelece que, caso algum dos legitimados acima desistir da ação, os demais
podem assumir a titularidade ativa da ação. Confira:
§ 6º Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode assumir a titularidade
ativa.
Os demais §§, do art. 3º, tratam da requisição de documentos de órgãos e de autoridades. Leia com
atenção:
§ 1º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações
que julgar necessárias.
§ 2º As certidões e informações a que se refere o parágrafo anterior deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze)
dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser utilizadas para a instrução da ação
civil.
§ 3º SOMENTE nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser
NEGADA certidão ou informação.
§ 4º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta desacompanhada das certidões ou
informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e, salvo quando se tratar de
razão de segurança nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de
justiça, que cessará com o trânsito em julgado da sentença.
Esses dispositivos estabelecem duas regras:

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1º - requisição das informações pelo próprio legitimado, com prazo de 15 dias para a entrega da informação.
2º - caso haja negativa de fornecimento administrativo da certidão ou da informação requisitada por razões
de interesse público, a ação deve ser proposta sem os documentos e conter o requerimento para que o juiz
aprecie a requisição de documentos. Com base nisso, decidirá:
a) se envolver documentos de segurança nacional, o juiz negará indeferimento de requisição dos
documentos;
b) caso envolva outra hipótese de interesse público, defere-se o requerimento e, com a juntada dos
documentos, o processo passará a tramitar em segredo de justiça.
Sigamos!
O art. 4º trata dos efeitos da sentença coletiva voltada para a proteção de direitos das pessoas com
deficiência. Em regra, a sentença é erga omnes a não ser que seja julgada improcedente a ação por
deficiência probatória, hipótese em que nova ação poderá ser ajuizada caso haja novas provas.
Art. 4º A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, EXCETO no caso de haver sido a ação
julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra
ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
§ 1º A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo grau de
jurisdição, NÃO produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.
§ 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer
qualquer legitimado ativo, inclusive o Ministério Público.
Em relação aos §§ acima citados, uma informação é relevante. As ações coletivas voltadas para a
proteção de pessoas com deficiência estão sujeitas ao duplo grau de jurisdição obrigatório. Desse
modo, a ação somente produzirá efeitos após reanálise pelo tribunal (órgão ad quem).
Para a prova, lembre-se de que:

AÇÕES COLETIVAS

EFICÁCIA DA SENTENÇA: erga omnes

IMPROCEDÊNCIA POR FALTA DE PROVAS NÃO GERA COISA


JULGADA: logo, admite-se o ajuizamento da ação por outros
legitimados.

IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO: está sujeita a duplo grau de jurisdição.

RECURSO DA SENTENÇA COLETIVA: por qualquer legitimado,


mesmo que não seja parte.

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4.2.4 - Ministério Público e a ação civil pública

Na sequência, vamos analisar os dispositivos relativos à atuação do Ministério Público e,


principalmente, sobre a ação civil pública.
O art. 5º prevê que o Ministério Público deve intervir obrigatoriamente nas ações, públicas, coletivas
ou individuais, que envolvam a tutela de direitos de pessoas com deficiência. Assim, quando não for
parte na demanda, o MP deverá atuar como fiscal da ordem jurídica.
Art. 5º O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se
discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
Os arts. 6º e 7º disciplinam a ação civil pública. A ação civil pública observa a Lei nº 7.347/1985. O
procedimento antecedente à ação civil pública é o inquérito civil. Assim, primeiramente o MP
instaura um inquérito civil que tem por finalidade averiguar administrativamente fatos a fim de
convencer o órgão a ajuizar, ou não, a ação civil pública.
Desse modo, se, ao final do procedimento do inquérito, o órgão do MP concluir que existem
elementos suficientes, ajuizará a ação civil pública, caso contrário, arquivará o procedimento.
Art. 6º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar,
não inferior a 10 (dez) dias úteis.
§ 1º Esgotadas as diligências, caso se convença o órgão do Ministério Público da inexistência de elementos
para a propositura de ação civil, promoverá fundamentadamente o arquivamento do inquérito civil, ou das
peças informativas. Neste caso, deverá remeter a reexame os autos ou as respectivas peças, em 3 (três) dias, ao
Conselho Superior do Ministério Público, que os examinará, deliberando a respeito, conforme dispuser seu
Regimento.
§ 2º Se a promoção do arquivamento for reformada, o Conselho Superior do Ministério Público designará desde
logo outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
Art. 7º Aplicam-se à ação civil pública prevista nesta Lei, no que couber, os dispositivos da Lei nº 7.347, de 24 de
julho de 1985.
Em relação ao inquérito preliminar à ação civil pública, lembre-se de que:

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INQUÉRITO CIVIL:

requisição de certidões, de
informações, de exame ou de a partir das
perícias em prazo não inferior a 10 informações:
dias.

promoção do arquivamento, sujeito a


propositura da ação
homologação pelo Conselho Superior
civil pública (Lei nº
do Ministério Público no prazo de 3
7.347/1985)
dias.

Sigamos para o artigo 8º, que prevê as hipóteses tipificadas penalmente:


Art. 8o Constitui CRIME punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa: (Redação dada pela Lei nº
13.146, de 2015)
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em
estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência; (Redação
dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém a qualquer cargo ou emprego público, em razão
de sua deficiência; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência; (Redação dada pela
Lei nº 13.146, de 2015)
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial
à pessoa com deficiência; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta
Lei; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil pública objeto desta Lei,
quando requisitados. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
§ 1o Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em
1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
§ 2o A pena pela adoção deliberada de critérios subjetivos para indeferimento de inscrição, de aprovação e de
cumprimento de estágio probatório em concursos públicos não exclui a responsabilidade patrimonial pessoal do
administrador público pelos danos causados. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
§ 3o Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta o ingresso de pessoa com deficiência em planos
privados de assistência à saúde, inclusive com cobrança de valores diferenciados. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
2015)
§ 4o Se o crime for praticado em atendimento de urgência e emergência, a pena é agravada em 1/3 (um
terço). (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
As hipóteses são as seguintes:

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CONSTITUI CRIME (reclusão de 2 a 5 anos + multa)

Criar obstáculos à inscrição de pessoa com deficiência na escola.


Criar obstáculos à inscrição em concurso público ou acesso a cargos e empregos públicos em
razão da deficiência.
Negar ou dificultar o acesso ao trabalho de pessoas em razão da deficiência.
Recusar, retardar ou dificultar a internação ou não prestar assistência médico-hospitalar e
ambulatorial.
Deixar de cumprir, retardar ou frustrar a execução de ordem judicial decorrentes de ações que
tenham por fundamento a Lei nº 7.853/1989.
Dificultar ou impedir o curso de procedimento de inquérito civil.
Impedir ou dificultar o acesso de pessoa com deficiência em planos de saúde.

Caso o fato seja praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 anos ou, independentemente
de idade, se praticado em atendimento de urgência ou de emergência, a penalidade será agravada
em 1/3.
Assim:

Praticado contra
menor de 18 anos.
A PENA SERÁ
AGRAVADA EM 1/3
Praticado em
atendimento de
urgência ou de
emergência

A partir do art. 9º, temos regras referentes às políticas públicas praticadas pela Administração
Pública Federal para promover a defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
Art. 9º A Administração Pública Federal conferirá aos assuntos relativos às pessoas portadoras de deficiência
tratamento prioritário e apropriado, para que lhes seja efetivamente ensejado o pleno exercício de seus direitos
individuais e sociais, bem como sua completa integração social.
§ 1º Os assuntos a que alude este artigo serão objeto de ação, coordenada e integrada, dos órgãos da
Administração Pública Federal, e incluir-se-ão em Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, na qual estejam compreendidos planos, programas e projetos sujeitos a prazos e objetivos
determinados.
§ 2º Ter-se-ão como integrantes da Administração Pública Federal, para os fins desta Lei, além dos órgãos
públicos, das autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia mista, as respectivas subsidiárias e
as fundações públicas.
O art. 10 trata da criação do CORDE, órgão voltado para coordenar ações governamentais e medidas
referentes às pessoas com deficiência. No art. 11, temos o rol de competências descritas do CORDE,
cuja leitura é o suficiente para fins da nossa prova.
Art. 10. A coordenação superior dos assuntos, ações governamentais e medidas referentes a pessoas portadoras
de deficiência caberá à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. (Redação dada
pela Lei nº 11.958, de 2009)

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Parágrafo único. Ao órgão a que se refere este artigo caberá formular a Política Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência, seus planos, programas e projetos e cumprir as instruções superiores que lhes
digam respeito, com a cooperação dos demais órgãos públicos. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
Art. 11. (Revogado pela Lei nº 8.028, de 1990)
Art. 12. Compete à Corde:
I - coordenar as ações governamentais e medidas que se refiram às pessoas portadoras de deficiência;
II - elaborar os planos, programas e projetos subsumidos na Política Nacional para a Integração de Pessoa
Portadora de Deficiência, bem como propor as providências necessárias a sua completa implantação e seu
adequado desenvolvimento, inclusive as pertinentes a recursos e as de caráter legislativo;
III - acompanhar e orientar a execução, pela Administração Pública Federal, dos planos, programas e projetos
mencionados no inciso anterior;
IV - manifestar-se sobre a adequação à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
dos projetos federais a ela conexos, antes da liberação dos recursos respectivos;
V - manter, com os Estados, Municípios, Territórios, o Distrito Federal, e o Ministério Público, estreito
relacionamento, objetivando a concorrência de ações destinadas à integração social das pessoas portadoras de
deficiência;
VI - provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto
da ação civil de que esta Lei, e indicando-lhe os elementos de convicção;
VII - emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos da Administração
Pública Federal, no âmbito da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;
VIII - promover e incentivar a divulgação e o debate das questões concernentes à pessoa portadora de deficiência,
visando à conscientização da sociedade.
Parágrafo único. Na elaboração dos planos, programas e projetos a seu cargo, deverá a Corde recolher, sempre
que possível, a opinião das pessoas e entidades interessadas, bem como considerar a necessidade de efetivo
apoio aos entes particulares voltados para a integração social das pessoas portadoras de deficiência.
O art. 15, na sequência, prevê a criação de uma Secretaria específica, que integra o Ministério da
Educação, o Ministério da Saúde e o Ministério da Previdência Social, que atuará como
coordenadora setorial referente à promoção dos direitos das pessoas com deficiência.
Art. 13. (Revogado).
Art. 14. (Vetado).
Art. 15. Para atendimento e fiel cumprimento do que dispõe esta Lei, será reestruturada a Secretaria de Educação
Especial do Ministério da Educação, e serão instituídos, no Ministério do Trabalho, no Ministério da Saúde e no
Ministério da Previdência e Assistência Social, órgão encarregados da coordenação setorial dos assuntos
concernentes às pessoas portadoras de deficiência.
Para encerrar a parte teórica, confira os dispositivos finais da Lei nº 7.853/1989, cuja leitura é
suficiente para fins prova.
Art. 16. O Poder Executivo adotará, nos 60 (sessenta) dias posteriores à vigência desta Lei, as providências
necessárias à reestruturação e ao regular funcionamento da Corde, como aquelas decorrentes do artigo anterior.
Art. 17. Serão incluídas no censo demográfico de 1990, e nos subseqüentes, questões concernentes à
problemática da pessoa portadora de deficiência, objetivando o conhecimento atualizado do número de pessoas
portadoras de deficiência no País.

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Art. 18. Os órgãos federais desenvolverão, no prazo de 12 (doze) meses contado da publicação desta Lei, as ações
necessárias à efetiva implantação das medidas indicadas no art. 2º desta Lei.
Art. 19. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 20. Revogam-se as disposições em contrário.

4.3 - DECRETO Nº 3.298/99

O Decreto dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, a
qual representa uma série de normas que objetivam assegurar o exercício dos direitos das pessoas
com deficiência.
O decreto estabelece os princípios, as diretrizes e os objetivos da Política Nacional, que devem ser
seguidos pela União, pelos Estados e pelos Municípios.
Trata-se de um documento extenso e detalhado. Assim, a fim de dinamizar nosso estudo, não
comentaremos todos os dispositivos, mas procuraremos sistematizar e explicar os mais importantes
e citar aqueles que merecem uma rápida leitura.

4.3.1 - Disposições Gerais

O Decreto inicia explicando que a Política Nacional tem por objetivo garantir o pleno exercício dos
direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência.
Observe que a linguagem do Decreto é antiga, pois o documento foi editado em 1999. Assim,
devemos adaptar a leitura terminológica conforme exposto em nossa primeira aula do curso.
Art. 1º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência compreende o conjunto de
orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas
portadoras de deficiência.
O art. 2º menciona a quem compete assegurar os direitos das pessoas com deficiência.
Art. 2º Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de deficiência o pleno
exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao
turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à
cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem
seu bem-estar pessoal, social e econômico.
Vejamos o rol de direitos citados no dispositivo:

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DIREITOS CUJO PLENO EXERCÍCIO É ASSEGURADO À PESSOA COM


DEFICIÊNCIA

educação;
saúde;
trabalho;
desporto;
turismo;
lazer;
previdência social;
assistência social;
transporte;
edificação pública;
habitação;
cultura;
amparo à infância e à maternidade;
outros direitos que propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.

O art. 3º traz alguns conceitos de pessoa com deficiência. Esses conceitos foram atualizados pelo
Estatuto da Pessoa com Deficiência. De toda forma, seguem os dispositivos para uma rápida leitura:
Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - deficiência toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica
que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser
humano;
II - deficiência permanente aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para
não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; e
III - incapacidade uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de
equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa
receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou
atividade a ser exercida.
O art. 4º traz as categorias de pessoas com deficiência:
Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou
ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;
Observe que a deficiência será física quando houver uma alteração em uma parte do corpo que
acarrete o comprometimento da função física. Em sequência a esse conceito geral, o inciso traz
exemplos de deficiência física.
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por
audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;
Note que a deficiência auditiva é verificada quando houver perda de audição, parcial ou total, em
ambos os ouvidos. Além disso, há menção de um montante específico de perda auditiva: 41 decibéis.

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III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a
melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou
menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
A deficiência visual também é aferida por padrões estabelecidos:
Cegueira - acuidade visual é igual ou menor que 0,05;
Baixa visão - acuidade visual entre 0,3 e 0,05;
Casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor
que 60º;
Ocorrência simultânea de quaisquer uma das condições anteriores.
IV - deficiência mental funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes
dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização dos recursos da comunidade;
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;
Observe que o conceito de deficiência mental é vago ao u à à à à à
à à à àá à à à à à à à à à
deverá possuir limitações em duas ou mais áreas citadas nas alíneas.
V - deficiência múltipla associação de duas ou mais deficiências.

4.3.2 - Princípios

Vejamos os princípios que regem a Política Nacional para Integração das pessoas com deficiência:
Art. 5º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em consonância com o
Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes princípios;
I - desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integração
da pessoa portadora de deficiência no contexto sócio-econômico e cultural;
II - estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras
de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o
seu bem-estar pessoal, social e econômico; e
III - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade
por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.
São três os princípios da Política:

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desenvolver ações conjuntas


estabelecer mecanismos e
para a plena integração da respeitar as pessoas com
instrumentos que assegurem o
pessoa com deficiência na deficiência
pleno exercício dos direitos
sociedade

4.3.3 - Diretrizes

Vamos ler as diretrizes da Política Nacional e depois esquematizá-las:


Art. 6º São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
I - estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora de deficiência;
II - adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim com organismos
internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política;
III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas
governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública, à previdência social, à
assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao lazer;
IV - viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de implementação dessa
Política, por intermédio de suas entidades representativas;
V - ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência, proporcionando a ela
qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho; e
VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem o cunho
assistencialista.
Essa parte de diretrizes e princípios não há muito o que comentar. Trata-se de um rol que deve ser
memorizado. Segue um esquema para ajudá-los nessa tarefa:

DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL PARA A INTEGRAÇÃO

estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social;


adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem como com
organismos internacionais e estrangeiros para a implantação da Política;
incluir a pessoa com deficiência em todas as iniciativas governamentais relacionadas aos direitos
fundamentais;
viabilizar a participação da pessoa com deficiência em todas as fases de implementação da
Política, por intermédio de suas entidades representativas;
ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa com deficiência;
garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa com deficiência, sem o cunho
assistencialista.

4.3.4 - Objetivos

Verifique os objetivos da Política Nacional de Integração:


Art. 7º São objetivos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:

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I - o acesso, o ingresso e a permanência da pessoa portadora de deficiência em todos os serviços oferecidos à


comunidade;
II - integração das ações dos órgãos e das entidades públicos e privados nas áreas de saúde, educação,
trabalho, transporte, assistência social, edificação pública, previdência social, habitação, cultura, desporto e
lazer, visando à prevenção das deficiências, à eliminação de suas múltiplas causas e à inclusão social;
III - desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das necessidades especiais da pessoa
portadora de deficiência;
IV - formação de recursos humanos para atendimento da pessoa portadora de deficiência; e
V - garantia da efetividade dos programas de prevenção, de atendimento especializado e de inclusão social.
Note que o principal objetivo da política é favorecer a integração da pessoa com deficiência à
sociedade, por meio do acesso aos serviços públicos, inclusão social em termos gerais, do
desenvolvimento de programas para atendimento da pessoa com deficiência, da formação de
pessoal para atendimento e da garantia de efetividade dos programas criados.

4.3.5 - Instrumentos

A fim de alcançar os objetivos tratados, o Decreto prevê os instrumentos que poderão ser utilizados:
Art. 8º São instrumentos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
I - a articulação entre entidades governamentais e não-governamentais que tenham responsabilidades quanto
ao atendimento da pessoa portadora de deficiência, em nível federal, estadual, do Distrito Federal e municipal;
II - o fomento à formação de recursos humanos para adequado e eficiente atendimento da pessoa portadora
de deficiência;
III - a aplicação da legislação específica que disciplina a reserva de mercado de trabalho, em favor da pessoa
portadora de deficiência, nos órgãos e nas entidades públicos e privados;
IV - o fomento da tecnologia de bioengenharia voltada para a pessoa portadora de deficiência, bem como a
facilitação da importação de equipamentos; e
V - a fiscalização do cumprimento da legislação pertinente à pessoa portadora de deficiência.
Vejamos essas informações em um esquema, para facilitar a memorização:

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a articulação entre entidades


governamentais e não governamentais

fomento à formação de recursos humanos


para adequado e eficiente atendimento

aplicação da legislação específica que


INSTRUMENTOS
disciplina a reserva de mercado de trabalho

fomento da tecnologia de bioengenharia

fiscalização do cumprimento da legislação


pertinente

4.3.6 - Aspectos Institucionais

O art. 9º, do Decreto nº 3.298/99, versa sobre o tratamento prioritário que deve ser concedido às
pessoas com deficiência pelos órgãos e entidades da Administração, com o objetivo de assegurar o
pleno exercício dos direitos fundamentais.
Art. 9º Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta deverão conferir, no âmbito
das respectivas competências e finalidades, tratamento prioritário e adequado aos assuntos relativos à pessoa
portadora de deficiência, visando a assegurar-lhe o pleno exercício de seus direitos básicos e a efetiva inclusão
social.
A Administração, ao implementar o previsto no Decreto, deverá criar planos e programas integrados,
aprovados pelo CONADE.
Art. 10. Na execução deste Decreto, a Administração Pública Federal direta e indireta atuará de modo integrado
e coordenado, seguindo planos e programas, com prazos e objetivos determinados, aprovados pelo Conselho
Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência - CONADE.
O CONADE é um órgão de deliberação colegiada que foi criado com o objetivo de acompanhar e de
avaliar o desenvolvimento da Política de Integração e das políticas setoriais dirigidas às pessoas com
deficiência. O CONADE faz parte da estrutura da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República (SDH/PR).
O art. 11 prescreve as competências do CONADE. Esse dispositivo é importante, por isso, leia com
atenção.
Art. 11. Ao CONADE, criado no âmbito do Ministério da Justiça como órgão superior de deliberação colegiada,
compete:
I - zelar pela efetiva implantação da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;
II - acompanhar o planejamento e avaliar a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho,
assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer, política urbana e outras relativas à pessoa
portadora de deficiência;

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III - acompanhar a elaboração e a execução da proposta orçamentária do Ministério da Justiça, sugerindo as


modificações necessárias à consecução da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;
IV - zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de defesa dos direitos da pessoa portadora
de deficiência;
V - acompanhar e apoiar as políticas e as ações do Conselho dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência no
âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VI - propor a elaboração de estudos e pesquisas que objetivem a melhoria da qualidade de vida da pessoa
portadora de deficiência;
VII - propor e incentivar a realização de campanhas visando à prevenção de deficiências e à promoção dos
direitos da pessoa portadora de deficiência;
VIII - aprovar o plano de ação anual da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência - CORDE;
IX - acompanhar, mediante relatórios de gestão, o desempenho dos programas e projetos da Política Nacional
para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência; e
X - elaborar o seu regimento interno.
Note que as competências do CONADE se relacionam com a implementação e com a fiscalização da
aplicação da Política Nacional de Integração da Pessoa com Deficiência.
O art. 12 trata da constituição do órgão. O CONADE será composto por representantes do governo
e da sociedade civil de forma paritária.
Art. 12. O CONADE será constituído, paritariamente, por representantes de instituições governamentais e da
sociedade civil, sendo a sua composição e o seu funcionamento disciplinados em ato do Ministro de Estado da
Justiça.
Parágrafo único. Na composição do CONADE, o Ministro de Estado da Justiça disporá sobre os critérios de
escolha dos representantes a que se refere este artigo, observando, entre outros, a representatividade e a efetiva
atuação, em nível nacional, relativamente à defesa dos direitos da pessoa portadora de deficiência.
O artigo 13 permite que sejam criados órgãos deliberativos, como o CONADE, por exemplo, nos
Estados, DF e Municípios, como forma de descentralizar o sistema de defesa.
Art. 13. Poderão ser instituídas outras instâncias deliberativas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios, que integrarão sistema descentralizado de defesa dos direitos da pessoa portadora de deficiência.
O art. 14 traz as competências do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos. Leia
com atenção.
Art. 14. Incumbe ao Ministério da Justiça, por intermédio da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, a
coordenação superior, na Administração Pública Federal, dos assuntos, das atividades e das medidas que se
refiram às pessoas portadoras de deficiência.
§ 1º No âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, compete à CORDE:
I - exercer a coordenação superior dos assuntos, das ações governamentais e das medidas referentes à pessoa
portadora de deficiência;
II - elaborar os planos, programas e projetos da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, bem como propor as providências necessárias à sua completa implantação e ao seu adequado
desenvolvimento, inclusive as pertinentes a recursos financeiros e as de caráter legislativo;

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III - acompanhar e orientar a execução pela Administração Pública Federal dos planos, programas e projetos
mencionados no inciso anterior;
IV - manifestar-se sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, dos projetos
federais a ela conexos, antes da liberação dos recursos respectivos;
V - manter com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e o Ministério Público, estreito relacionamento,
objetivando a concorrência de ações destinadas à integração das pessoas portadoras de deficiência;
VI - provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto
da ação civil de que trata a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, e indicando-lhe os elementos de convicção;
VII - emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos da Administração
Pública Federal, no âmbito da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência; e
VIII - promover e incentivar a divulgação e o debate das questões concernentes à pessoa portadora de deficiência,
visando à conscientização da sociedade.
§ 2º Na elaboração dos planos e programas a seu cargo, a CORDE deverá:
I - recolher, sempre que possível, a opinião das pessoas e entidades interessadas; e
II - considerar a necessidade de ser oferecido efetivo apoio às entidades privadas voltadas à integração social da
pessoa portadora de deficiência.

4.3.7 - Equiparação de Oportunidade

Esse capítulo do Decreto trata da equiparação, ou seja, da possibilidade de igualdade de


oportunidades oferecidas às pessoas com deficiência. Como sabemos, na convivência em sociedade
são oferecidas oportunidades que as pessoas com deficiência não têm acesso, assim, é necessário
promover ações positivas que garantam o pleno exercício dos direitos e a equiparação e as
oportunidades para as pessoas com deficiência.
Iniciamos pelo art. 15, que dispõe quais os serviços devem ser prestados pela Administração às
pessoas com deficiência.
Art. 15. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal prestarão direta ou indiretamente à pessoa
portadora de deficiência os seguintes serviços:
I - reabilitação integral, entendida como o desenvolvimento das potencialidades da pessoa portadora de
deficiência, destinada a facilitar sua atividade laboral, educativa e social;
II - formação profissional e qualificação para o trabalho;
III - escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos apoios necessários, ou em
estabelecimentos de ensino especial; e
IV - orientação e promoção individual, familiar e social.
 Saúde:
Art. 16. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela saúde
devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento prioritário e adequado, viabilizando, sem
prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento genético,
ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à nutrição da mulher e da criança, à identificação e
ao controle da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças do metabolismo e seu diagnóstico, ao

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encaminhamento precoce de outras doenças causadoras de deficiência, e à detecção precoce das doenças
crônico-degenerativas e a outras potencialmente incapacitantes;
II - o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidentes domésticos, de trabalho, de trânsito
e outros, bem como o desenvolvimento de programa para tratamento adequado a suas vítimas;
III - a criação de rede de serviços regionalizados, descentralizados e hierarquizados em crescentes níveis de
complexidade, voltada ao atendimento à saúde e reabilitação da pessoa portadora de deficiência, articulada
com os serviços sociais, educacionais e com o trabalho;
IV - a garantia de acesso da pessoa portadora de deficiência aos estabelecimentos de saúde públicos e privados
e de seu adequado tratamento sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados;
V - a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao portador de deficiência grave não internado;
VI - o desenvolvimento de programas de saúde voltados para a pessoa portadora de deficiência, desenvolvidos
com a participação da sociedade e que lhes ensejem a inclusão social; e
VII - o papel estratégico da atuação dos agentes comunitários de saúde e das equipes de saúde da família na
disseminação das práticas e estratégias de reabilitação baseada na comunidade.
Vamos resumir e sistematizar essas medidas:

MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS PELA ADMINISTRAÇÃO PARA TRATAMENTO


PRIORITÁRIO E ADEQUADO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA ÁREA DA SAÚDE

promoção de ações preventivas;


desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidentes;
criação de rede de serviços regionalizados voltada ao atendimento à saúde e à reabilitação da
pessoa com deficiência
garantia de acesso da pessoa com deficiência aos estabelecimentos de saúde;
garantia de atendimento domiciliar de saúde;
desenvolvimento de programas de saúde voltados para a pessoa com deficiência;
papel estratégico da atuação dos agentes comunitários de saúde e das equipes de saúde da
família na disseminação das práticas e estratégias de reabilitação baseadas na comunidade.

Vejamos os §§, do art. 16:


§ 1º Para os efeitos deste Decreto, prevenção compreende as ações e medidas orientadas a evitar as causas das
deficiências que possam ocasionar incapacidade e as destinadas a evitar sua progressão ou derivação em outras
incapacidades.
§ 2º A deficiência ou incapacidade deve ser diagnosticada e caracterizada por equipe multidisciplinar de saúde,
para fins de concessão de benefícios e serviços.
§ 3º As ações de promoção da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência deverão também assegurar
a igualdade de oportunidades no campo da saúde.
O § 1º traz o conceito de prevenção. Em suma, prevenção significa a adoção de ações e de medidas
que tenham por fim evitar situações e doenças que causem deficiência.
O § 2º aborda a necessidade de avaliação de uma equipe multidisciplinar para diagnosticar a
deficiência. Somente a partir dessa avaliação por equipe multidisciplinar de saúde poderão ser
concedidos benefícios e serviços.

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Por fim, destaca-se a igualdade de oportunidades na área da saúde em vista da promoção da


qualidade de vida.
Os sistemas de saúdes também devem estar aptos a fornecer a reabilitação da pessoa com
deficiência. Essa reabilitação terá uma duração limitada, com o objetivo de permitir a melhora do
estado físico, mental ou social funcional da pessoa com deficiência.
Assim, toda pessoa que tiver sua deficiência atestada por equipe multidisciplinar terá direito de
acesso aos processos de reabilitação, quando a deficiência obstaculizar a integração educativa,
laboral e social da pessoa.
Vejamos essas regras previstas no art. 17:
Art. 17. É beneficiária do processo de reabilitação a pessoa que apresenta deficiência, qualquer que seja sua
natureza, agente causal ou grau de severidade.
§ 1º Considera-se reabilitação o processo de duração limitada e com objetivo definido, destinado a permitir que
a pessoa com deficiência alcance o nível físico, mental ou social funcional ótimo, proporcionando-lhe os meios
de modificar sua própria vida, podendo compreender medidas visando a compensar a perda de uma função ou
uma limitação funcional e facilitar ajustes ou reajustes sociais.
§ 2º Para efeito do disposto neste artigo, toda pessoa que apresente redução funcional devida mente
diagnosticada por equipe multiprofissional terá direito a beneficiar-se dos processos de reabilitação
necessários para corrigir ou modificar seu estado físico, mental ou sensorial, quando este constitua obstáculo
para sua integração educativa, laboral e social.
O art. 18 prevê que o fornecimento de próteses de demais materiais auxiliares é considerado como
assistência à saúde e à reabilitação à pessoa com deficiência.
Art. 18. Incluem-se na assistência integral à saúde e reabilitação da pessoa portadora de deficiência a concessão
de órteses, próteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares, dado que tais equipamentos complementam o
atendimento, aumentando as possibilidades de independência e inclusão da pessoa portadora de deficiência.
Oà à à à à à à à à à à à à à à à à à à à
a finalidade de compensar as limitações funcionais e de permitir que as pessoas com deficiência
superem as barreiras de comunicação e de mobilidade.
Art. 19. Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos deste Decreto, os elementos que permitem compensar
uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, com o
objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena
inclusão social.
Parágrafo único. São ajudas técnicas:
I - próteses auditivas, visuais e físicas;
II - órteses que favoreçam a adequação funcional;
III - equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da pessoa portadora de deficiência;
IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente desenhados ou adaptados para uso por
pessoa portadora de deficiência;
V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários para facilitar a autonomia e a segurança da
pessoa portadora de deficiência;
VI - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para pessoa portadora de
deficiência;

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VII - equipamentos e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa portadora
de deficiência;
VIII - adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional e a autonomia pessoal; e
IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia.
Além disso, o art. 20 deixa claro que o fornecimento de medicamentos faz parte do processo de
reabilitação.
Art. 20. É considerado parte integrante do processo de reabilitação o provimento de medicamentos que
favoreçam a estabilidade clínica e funcional e auxiliem na limitação da incapacidade, na reeducação funcional e
no controle das lesões que geram incapacidades.
Da mesma forma, o tratamento psicológico deve ser prestado durante a reabilitação. Esse
tratamento deve ser prestado ao mesmo tempo que os tratamentos funcionais, de forma integrada.
Art. 21. O tratamento e a orientação psicológica serão prestados durante as distintas fases do processo
reabilitador, destinados a contribuir para que a pessoa portadora de deficiência atinja o mais pleno
desenvolvimento de sua personalidade.
Parágrafo único. O tratamento e os apoios psicológicos serão simultâneos aos tratamentos funcionais e, em
todos os casos, serão concedidos desde a comprovação da deficiência ou do início de um processo patológico
que possa originá-la.
Para encerrar os direitos atinentes à saúde, vamos ler os artigos 22 e 23:
Art. 22. Durante a reabilitação, será propiciada, se necessária, assistência em saúde mental com a finalidade
de permitir que a pessoa submetida a esta prestação desenvolva ao máximo suas capacidades.
Art. 23. Será fomentada a realização de estudos epidemiológicos e clínicos, com periodicidade e abrangência
adequadas, de modo a produzir informações sobre a ocorrência de deficiências e incapacidades.
 Acesso à Educação:
Art. 24. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela
educação dispensarão tratamento prioritário e adequado aos assuntos objeto deste Decreto, viabilizando, sem
prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoa portadora
de deficiência capazes de se integrar na rede regular de ensino;
II - a inclusão, no sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação escolar que permeia
transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino;
III - a inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições especializadas públicas e privadas;
IV - a oferta, obrigatória e gratuita, da educação especial em estabelecimentos públicos de ensino;
V - o oferecimento obrigatório dos serviços de educação especial ao educando portador de deficiência em
unidades hospitalares e congêneres nas quais esteja internado por prazo igual ou superior a um ano; e
VI - o acesso de aluno portador de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material
escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.
Vejamos um esquema para ajudar a memorizar esses dispositivos:

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matrícula compulsória em cursos regulares de pessoa com


deficiência capazes de se integrar na rede regular de ensino;
inclusão, no sistema educacional, da educação especial como
modalidade de educação escolar;
MEDIDAS QUE DEVEM SER inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições
TOMADAS PELA ADMINISTRAÇÃO especializadas;
PARA TRATAMENTO PRIORITÁRIO oferta, obrigatória e gratuita, da educação especial;
E ADEQUADO DAS PESSOAS COM oferecimento obrigatório dos serviços de educação especial
DEFICIÊNCIA NA ÁREA DA ao educando com deficiência em unidades hospitalares e
EDUCAÇÃO congêneres nas quais esteja internado por prazo igual ou
superior a um ano;
acesso de aluno com deficiência aos benefícios conferidos aos
demais educandos, inclusive material escolar, transporte,
merenda escolar e bolsas de estudo.

Vejamos os §§, do art. 24:


§ 1º Entende-se por educação especial, para os efeitos deste Decreto, a modalidade de educação escolar
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educando com necessidades educacionais especiais,
entre eles o portador de deficiência.
§ 2º A educação especial caracteriza-se por constituir processo flexível, dinâmico e individualizado, oferecido
principalmente nos níveis de ensino considerados obrigatórios.
§ 3º A educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação infantil, a partir de zero ano.
§ 4º A educação especial contará com equipe multiprofissional, com a adequada especialização, e adotará
orientações pedagógicas individualizadas.
§ 5º Quando da construção e reforma de estabelecimentos de ensino deverá ser observado o atendimento as
normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT relativas à acessibilidade.
A educação especial é conceituada como a educação oferecida na rede regular de ensino à pessoa
com necessidades educacionais especiais. Essa educação especial deve ser um processo flexível,
dinâmico e individualizado.
A educação da pessoa com deficiência inicia-se com a educação infantil e não possui idade mínima.
O § 3º fala em zero anos para o início da educação infantil.
O art. 25, na sequência, trata da educação especial, que deve ser desenvolvida de forma integrada
no sistema regular ou por intermédio de escola especializada.
Art. 25. Os serviços de educação especial serão ofertados nas instituições de ensino público ou privado do
sistema de educação geral, de forma transitória ou permanente, mediante programas de apoio para o aluno que
está integrado no sistema regular de ensino, ou em escolas especializadas exclusivamente quando a educação
das escolas comuns não puder satisfazer as necessidades educativas ou sociais do aluno ou quando necessário
ao bem-estar do educando.
Se, eventualmente, a pessoa com deficiência estiver internada em instituição hospitalar e essa
internação durar mais de um ano, haverá obrigatoriedade de fornecimento de educação especial.

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Art. 26. As instituições hospitalares e congêneres deverão assegurar atendimento pedagógico ao educando
portador de deficiência internado nessas unidades por prazo igual ou superior a um ano, com o propósito de sua
inclusão ou manutenção no processo educacional.
O art. 27 estabelece que, para propiciar o ingresso de pessoas com deficiência no ensino superior,
haverá adaptação do processo seletivo, segundo instruções do Ministério da Educação.
Art. 27. As instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de provas e os apoios necessários,
previamente solicitados pelo aluno portador de deficiência, inclusive tempo adicional para realização das provas,
conforme as características da deficiência.
§ 1º As disposições deste artigo aplicam-se, também, ao sistema geral do processo seletivo para ingresso em
cursos universitários de instituições de ensino superior.
§ 2º O Ministério da Educação, no âmbito da sua competência, expedirá instruções para que os programas de educação
superior incluam nos seus currículos conteúdos, itens ou disciplinas relacionados à pessoa portadora de deficiência.

Quanto ao ensino técnico, o art. 28, na esteira dos demais dispositivos que vimos acima, prevê a
necessidade de concessão de ensino adaptado à realidade das pessoas com deficiência, a fim de que
esse estudo seja ofertado de forma ampla e generalizada.
Veja:
Art. 28. O aluno portador de deficiência matriculado ou egresso do ensino fundamental ou médio, de instituições
públicas ou privadas, terá acesso à educação profissional, a fim de obter habilitação profissional que lhe
proporcione oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.
§ 1º A educação profissional para a pessoa portadora de deficiência será oferecida nos níveis básico, técnico e
tecnológico, em escola regular, em instituições especializadas e nos ambientes de trabalho.
§ 2º As instituições públicas e privadas que ministram educação profissional deverão, obrigatoriamente, oferecer
cursos profissionais de nível básico à pessoa portadora de deficiência, condicionando a matrícula à sua
capacidade de aproveitamento e não a seu nível de escolaridade.
§ 3º Entende-se por habilitação profissional o processo destinado a propiciar à pessoa portadora de deficiência,
em nível formal e sistematizado, aquisição de conhecimentos e habilidades especificamente associados a
determinada profissão ou ocupação.
§ 4º Os diplomas e certificados de cursos de educação profissional expedidos por instituição credenciada pelo
Ministério da Educação ou órgão equivalente terão validade em todo o território nacional.
Por fim, a leitura do art. 29 é o suficiente para a prova.
Art. 29. As escolas e instituições de educação profissional oferecerão, se necessário, serviços de apoio
especializado para atender às peculiaridades da pessoa portadora de deficiência, tais como:
I - adaptação dos recursos instrucionais: material pedagógico, equipamento e currículo;
II - capacitação dos recursos humanos: professores, instrutores e profissionais especializados; e
III - adequação dos recursos físicos: eliminação de barreiras arquitetônicas, ambientais e de comunicação.
 Habilitação e da Reabilitação Profissional
A ideia de habilitação e de reabilitação profissional é simples, consiste em viabilizar o exercício de
atividades profissionais. Nesse contexto, de acordo com o que disciplinam os arts. 30 e 31, devem
ser empreendidas ações para:
➢ Propiciar o acesso ao trabalho por pessoas com deficiência;
➢ Assegurar à pessoa com deficiência condições para manter o emprego; e

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➢ Conferir a possibilidade de progressão funcional.


Veja:
Art. 30. A pessoa portadora de deficiência, beneficiária ou não do Regime Geral de Previdência Social, tem direito
às prestações de habilitação e reabilitação profissional para capacitar-se a obter trabalho, conservá-lo e
progredir profissionalmente.
Art. 31. Entende-se por habilitação e reabilitação profissional o processo orientado a possibilitar que a pessoa
portadora de deficiência, a partir da identificação de suas potencialidades laborativas, adquira o nível suficiente
de desenvolvimento profissional para ingresso e reingresso no mercado de trabalho e participar da vida
comunitária.
Em relação ao art. 32, a leitura é o suficiente para a prova:
Art. 32. Os serviços de habilitação e reabilitação profissional deverão estar dotados dos recursos necessários
para atender toda pessoa portadora de deficiência, independentemente da origem de sua deficiência, desde que
possa ser preparada para trabalho que lhe seja adequado e tenha perspectivas de obter, conservar e nele
progredir.
Para encerrar a parte relativa à habilitação e à reabilitação, confira o art. 33, que trata da orientação
profissional da pessoa com deficiência. Essa orientação deve ser elaborada com fundamento nas
potencialidades da pessoa com deficiência e será realizada por uma equipe multidisciplinar, com
vistas a aferir as melhores condições para o exercício de atividades profissionais por pessoas com
deficiência. Veja o art. 33 e preste atenção nas hipóteses relacionadas nos incisos, que constituem
os parâmetros que devem pautar a elaboração do relatório da equipe multiprofissional.
Art. 33. A orientação profissional será prestada pelos correspondentes serviços de habilitação e reabilitação
profissional, tendo em conta as potencialidades da pessoa portadora de deficiência, identificadas com base em
relatório de equipe multiprofissional, que deverá considerar:
I - educação escolar efetivamente recebida e por receber;
II - expectativas de promoção social;
III - possibilidades de emprego existentes em cada caso;
IV - motivações, atitudes e preferências profissionais; e
V - necessidades do mercado de trabalho.
 Acesso ao Trabalho
A regra geral da garantia ao acesso ao trabalho é, como se depreende do art.
34, a criação de regime específico de trabalho à pessoa com deficiência:
Art. 34. É finalidade primordial da política de emprego a inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado
de trabalho ou sua incorporação ao sistema produtivo mediante regime especial de trabalho protegido.
Parágrafo único. Nos casos de deficiência grave ou severa, o cumprimento do disposto no caput deste artigo
poderá ser efetivado mediante a contratação das cooperativas sociais de que trata a Lei no 9.867, de 10 de
novembro de 1999.
O art. 35 traz modalidades de inserção no mercado laboral. São elas:

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MODALIDADES DE
INSERÇÃO LABORAL

promoção do trabalho
colocação competitiva colocação seletiva
por conta própria

fomento do
contratação regular contratação regular
empresariado e de
sem apoio específico com apoios específicos
atividades liberais

Confira:
Art. 35. São modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência:
I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária,
que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade
de utilização de apoios especiais;
II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária,
que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização; e
III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante
trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e
pessoal.
Em relação aos §§, do art. 35 (abaixo citado), entendemos que possuem menor relevância para os
fins do nosso estudo. Contudo, como segurança, sugere-se uma leitura.
§ 1º As entidades beneficentes de assistência social, na forma da lei, poderão intermediar a modalidade de
inserção laboral de que tratam os incisos II e III, nos seguintes casos:
I - na contratação para prestação de serviços, por entidade pública ou privada, da pessoa portadora de
deficiência física, mental ou sensorial: e
II - na comercialização de bens e serviços decorrentes de programas de habilitação profissional de adolescente e
adulto portador de deficiência em oficina protegida de produção ou terapêutica.
§ 2º Consideram-se procedimentos especiais os meios utilizados para a contratação de pessoa que, devido ao
seu grau de deficiência, transitória ou permanente, exija condições especiais, tais como jornada variável, horário
flexível, proporcionalidade de salário, ambiente de trabalho adequado às suas especificidades, entre outros.
§ 3º Consideram-se apoios especiais a orientação, a supervisão e as ajudas técnicas entre outros elementos que
auxiliem ou permitam compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa
portadora de deficiência, de modo a superar as barreiras da mobilidade e da comunicação, possibilitando a plena
utilização de suas capacidades em condições de normalidade.
§ 4º Considera-se oficina protegida de produção a unidade que funciona em relação de dependência com
entidade pública ou beneficente de assistência social, que tem por objetivo desenvolver programa de habilitação
profissional para adolescente e adulto portador de deficiência, provendo-o com trabalho remunerado, com vista
à emancipação econômica e pessoal relativa.
§ 5º Considera-se oficina protegida terapêutica a unidade que funciona em relação de dependência com
entidade pública ou beneficente de assistência social, que tem por objetivo a integração social por meio de

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atividades de adaptação e capacitação para o trabalho de adolescente e adulto que devido ao seu grau de
deficiência, transitória ou permanente, não possa desempenhar atividade laboral no mercado competitivo de
trabalho ou em oficina protegida de produção.
§ 6º O período de adaptação e capacitação para o trabalho de adolescente e adulto portador de deficiência em
oficina protegida terapêutica não caracteriza vínculo empregatício e está condicionado a processo de avaliação
individual que considere o desenvolvimento biopsicossocial da pessoa.
§ 7º A prestação de serviços será feita mediante celebração de convênio ou contrato formal, entre a entidade
beneficente de assistência social e o tomador de serviços, no qual constará a relação nominal dos trabalhadores
portadores de deficiência colocados à disposição do tomador.
§ 8º A entidade que se utilizar do processo de colocação seletiva deverá promover, em parceria com o tomador
de serviços, programas de prevenção de doenças profissionais e de redução da capacidade laboral, bem assim
programas de reabilitação caso ocorram patologias ou se manifestem outras incapacidades.
O art. 36, por sua vez, prevê que um número mínimo de vagas seja preenchida nas entidades
privadas por pessoas com deficiência.
Art. 36. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus
cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência habilitada,
na seguinte proporção:
I - até duzentos empregados, dois por cento;
II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;
III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou
IV - mais de mil empregados, cinco por cento.
§ 1º A dispensa de empregado na condição estabelecida neste artigo, quando se tratar de contrato por prazo
determinado, superior a noventa dias, e a dispensa imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente
poderá ocorrer após a contratação de substituto em condições semelhantes.
§ 2º Considera-se pessoa portadora de deficiência habilitada aquela que concluiu curso de educação profissional
de nível básico, técnico ou tecnológico, ou curso superior, com certificação ou diplomação expedida por
instituição pública ou privada, legalmente credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente, ou
aquela com certificado de conclusão de processo de habilitação ou reabilitação profissional fornecido pelo
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
§ 3º Considera-se, também, pessoa portadora de deficiência habilitada aquela que, não tendo se submetido a
processo de habilitação ou reabilitação, esteja capacitada para o exercício da função.
§ 4º A pessoa portadora de deficiência habilitada nos termos dos §§ 2o e 3o deste artigo poderá recorrer à
intermediação de órgão integrante do sistema público de emprego, para fins de inclusão laboral na forma deste
artigo.
§ 5º Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer sistemática de fiscalização, avaliação e controle
das empresas, bem como instituir procedimentos e formulários que propiciem estatísticas sobre o número de
empregados portadores de deficiência e de vagas preenchidas, para fins de acompanhamento do disposto no
caput deste artigo.
São fixados dois percentuais, um mínimo de 2% e um máximo de 5%, que irá variar de acordo com
o número geral de empregados.
Assim:
Até 200 empregados 2%

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De 200 até 500 empregados 3%

De 500 até 1.000 empregados 4%

Mais de 1.000 empregados 5%

Em relação a essas vagas, está previsto que a dispensa de pessoa com deficiência gera a
obrigatoriedade de contratação de outra pessoa com deficiência para o seu lugar.
O art. 37, na sequência, possui maior relevância para fins do nosso estudo. O dispositivo prevê a
obrigatoriedade de que haja, primeiramente, igualdade de condições entre as pessoas com
deficiência e os demais candidatos. De todo modo, prevê o dispositivo, de forma ampla, que devem
ser assegurados ao menos 5% das vagas. Esse percentual não impede a fixação de percentuais
maiores, tal como temos na Lei nº 8.112/1990.
Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em
igualdade de condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que é portador.
§ 1º O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as
vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida.
§ 2º Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número fracionado, este deverá
ser elevado até o primeiro número inteiro subseqüente.
O art. 38, por sua vez, traz duas ressalvas.
As regras acima não se aplicam para o preenchimento de cargos em comissão ou para as funções de
confiança e para cargos ou empregos públicos para os quais não haja a possibilidade de regular
exercício pelas pessoas com deficiência.
Art. 38. Não se aplica o disposto no artigo anterior nos casos de provimento de:
I - cargo em comissão ou função de confiança, de livre nomeação e exoneração; e
II - cargo ou emprego público integrante de carreira que exija aptidão plena do candidato.
Para a prova...

Igualdade de condições, com reserva de, pelo


RESERVA DE VAGAS
menos, 5% das vagas (arredonda para cima).

PESSOA COM
DEFICIÊNCIA NO
SERVIÇO PÚBLICO Cargos em comissão e função comissionada

NÃO HAVERÁ
RESERVA DE VAGAS
Cargos ou empregos públicos que, pela
natureza, não possibilitem o exercício por
pessoas com deficiência

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O art. 39 estabelece algumas exigências a serem observadas em editais de concursos públicos, para
disciplinar a questão relativa
Art. 39. Os editais de concursos públicos deverão conter:
I - o número de vagas existentes, bem como o total correspondente à reserva destinada à pessoa portadora de
deficiência;
II - as atribuições e tarefas essenciais dos cargos;
III - previsão de adaptação das provas, do curso de formação e do estágio probatório, conforme a deficiência do
candidato; e
IV - exigência de apresentação, pelo candidato portador de deficiência, no ato da inscrição, de laudo médico
atestando a espécie e o grau ou nível da deficiência, com expressa referência ao código correspondente da
Classificação Internacional de Doença - CID, bem como a provável causa da deficiência.
Além de especificar as vagas reservadas, os editais devem descrever as funções que serão
desempenhadas, a acessibilidade das provas e eventuais análises clínicas necessárias.
O art. 40 traz uma vedação. Não podem as entidades que realizam concurso público obstar o acesso
a cargos públicos por pessoas com deficiência.
Art. 40. É VEDADO à autoridade competente obstar a inscrição de pessoa portadora de deficiência em concurso
público para ingresso em carreira da Administração Pública Federal direta e indireta.
§ 1º No ato da inscrição, o candidato portador de deficiência que necessite de tratamento diferenciado nos dias
do concurso deverá requerê-lo, no prazo determinado em edital, indicando as condições diferenciadas de que
necessita para a realização das provas.
§ 2º O candidato portador de deficiência que necessitar de tempo adicional para realização das provas deverá
requerê-lo, com justificativa acompanhada de parecer emitido por especialista da área de sua deficiência, no
prazo estabelecido no edital do concurso.
O art. 41 trata da igualdade entre os candidatos em relação ao conteúdo da prova, aos critérios de
aprovação, ao horário e local de aplicação e à nota mínima exigida. Esses critérios são relevantes
para esclarecer a igualdade e não impedem a previsão de vagas específicas (vagas reservadas), desde
que observadas as igualdades abaixo listadas.
Art. 41. A pessoa portadora de deficiência, resguardadas as condições especiais previstas neste Decreto,
participará de concurso em igualdade de condições com os demais candidatos no que concerne:
I - ao conteúdo das provas;
II - à avaliação e aos critérios de aprovação;
III - ao horário e ao local de aplicação das provas; e
IV - à nota mínima exigida para todos os demais candidatos.
O art. 42 trata da lista de publicação do resultado final do concurso, que conterá em uma delas a
pontuação de todos os candidatos do certame, que incluirá as pessoas com deficiência e outra lista
adicional, apenas com os candidatos com deficiência.
Art. 42. A publicação do resultado final do concurso será feita em duas listas, contendo, a primeira, a pontuação
de todos os candidatos, inclusive a dos portadores de deficiência, e a segunda, somente a pontuação destes
últimos.

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O art. 43 trata da necessidade de que o procedimento de seleção de servidores ou empregados


públicos com deficiência seja acompanhada por equipe multidisciplinar. Essa equipe atuará na
descrição das atividades, na avalição das pessoas com deficiência, à luz das informações prestadas,
e na viabilidade do exercício da função.
Art. 43. O órgão responsável pela realização do concurso terá a assistência de equipe multiprofissional
composta de três profissionais capacitados e atuantes nas áreas das deficiências em questão, sendo um deles
médico, e três profissionais integrantes da carreira almejada pelo candidato.
§ 1º A equipe multiprofissional emitirá parecer observando:
I - as informações prestadas pelo candidato no ato da inscrição;
II - a natureza das atribuições e tarefas essenciais do cargo ou da função a desempenhar;
III - a viabilidade das condições de acessibilidade e as adequações do ambiente de trabalho na execução das
tarefas;
IV - a possibilidade de uso, pelo candidato, de equipamentos ou outros meios que habitualmente utilize; e
V - a CID e outros padrões reconhecidos nacional e internacionalmente.
§ 2º A equipe multiprofissional avaliará a compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência do
candidato durante o estágio probatório.
A leitura dos arts. 44 e 45 é o suficiente para fins de prova:
Art. 44. A análise dos aspectos relativos ao potencial de trabalho do candidato portador de deficiência obedecerá
ao disposto no art. 20 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
Art. 45. Serão implementados programas de formação e qualificação profissional voltados para a pessoa
portadora de deficiência no âmbito do Plano Nacional de Formação Profissional - PLANFOR.
Parágrafo único. Os programas de formação e qualificação profissional para pessoa portadora de deficiência
terão como objetivos:
I - criar condições que garantam a toda pessoa portadora de deficiência o direito a receber uma formação
profissional adequada;
II - organizar os meios de formação necessários para qualificar a pessoa portadora de deficiência para a inserção
competitiva no mercado laboral; e
III - ampliar a formação e qualificação profissional sob a base de educação geral para fomentar o
desenvolvimento harmônico da pessoa portadora de deficiência, assim como para satisfazer as exigências
derivadas do progresso técnico, dos novos métodos de produção e da evolução social e econômica.

4.3.8 - Cultura, do Desporto, do Turismo e do Lazer

Nota-se, no art. 46, grande preocupação em inserir a pessoa com deficiência na prática de esportes,
seja como forma recreativa ou profissional. De todo modo, leia com atenção o dispositivo que trata
de uma série de medidas que devem ser adotadas com a finalidade de promover a aproximação dos
deficientes desses direitos sociais.
Art. 46. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela cultura,
pelo desporto, pelo turismo e pelo lazer dispensarão tratamento prioritário e adequado aos assuntos objeto
deste Decreto, com vista a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - promover o acesso da pessoa portadora de deficiência aos meios de comunicação social;
II - criar incentivos para o exercício de atividades criativas, mediante:

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a) participação da pessoa portadora de deficiência em concursos de prêmios no campo das artes e das letras; e
b) exposições, publicações e representações artísticas de pessoa portadora de deficiência;
III - incentivar a prática desportiva formal e não-formal como direito de cada um e o lazer como forma de
promoção social;
IV - estimular meios que facilitem o exercício de atividades desportivas entre a pessoa portadora de deficiência
e suas entidades representativas;
V - assegurar a acessibilidade às instalações desportivas dos estabelecimentos de ensino, desde o nível pré-
escolar até à universidade;
VI - promover a inclusão de atividades desportivas para pessoa portadora de deficiência na prática da educação
física ministrada nas instituições de ensino públicas e privadas;
VII - apoiar e promover a publicação e o uso de guias de turismo com informação adequada à pessoa portadora
de deficiência; e
VIII - estimular a ampliação do turismo à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante
a oferta de instalações hoteleiras acessíveis e de serviços adaptados de transporte.

CULTURA, DESPORTO, TURISMO E LAZER

Acesso aos meios de comunicação.


Incentivo para a prática de atividades criativas.
Incentivo, promoção, acessibilidade e inclusão nos esportes (recreativos ou profissional).
Ampliação do turismo acessível.

Quanto aos arts. 47 e 48, a leitura é o suficiente:


Art. 47. Os recursos do Programa Nacional de Apoio à Cultura financiarão, entre outras ações, a produção e a
difusão artístico-cultural de pessoa portadora de deficiência.
Parágrafo único. Os projetos culturais financiados com recursos federais, inclusive oriundos de programas
especiais de incentivo à cultura, deverão facilitar o livre acesso da pessoa portadora de deficiência, de modo a
possibilitar-lhe o pleno exercício dos seus direitos culturais.
Art. 48. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta, promotores ou
financiadores de atividades desportivas e de lazer, devem concorrer técnica e financeiramente para obtenção
dos objetivos deste Decreto.
Parágrafo único. Serão prioritariamente apoiadas a manifestação desportiva de rendimento e a educacional,
compreendendo as atividades de:
I - desenvolvimento de recursos humanos especializados;
II - promoção de competições desportivas internacionais, nacionais, estaduais e locais;
III - pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, documentação e informação; e
IV - construção, ampliação, recuperação e adaptação de instalações desportivas e de lazer.

4.3.9 - Política de Capacitação de Profissionais Especializados

O art. 49, por sua vez, trata da formação de servidores que atuam no setor de recursos humanos, a
fim de atender às exigências constantes do decreto.

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Art. 49. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta, responsáveis pela formação
de recursos humanos, devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento prioritário e adequado,
viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - formação e qualificação de professores de nível médio e superior para a educação especial, de técnicos de
nível médio e superior especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores e professores para a
formação profissional;
II - formação e qualificação profissional, nas diversas áreas de conhecimento e de recursos humanos que
atendam às demandas da pessoa portadora de deficiência; e
III - incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do conhecimento relacionadas com
a pessoa portadora de deficiência.
Observação: os arts. 50 a 54 estão revogados.

4.3.10 - Sistema Integrado de Informações

O art. 55 trata da instituição de um sistema integrado de informações a fim de promover e fomentar


a defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
Art. 55. Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça, o
Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência, sob a responsabilidade da CORDE, com a finalidade de criar
e manter bases de dados, reunir e difundir informação sobre a situação das pessoas portadoras de deficiência e
fomentar a pesquisa e o estudo de todos os aspectos que afetem a vida dessas pessoas.
Parágrafo único. Serão produzidas, periodicamente, estatísticas e informações, podendo esta atividade realizar-
se conjuntamente com os censos nacionais, pesquisas nacionais, regionais e locais, em estreita colaboração com
universidades, institutos de pesquisa e organizações para pessoas portadoras de deficiência.

4.3.11 - Disposições Finais e Transitórias

Em relação às disposições finais e transitórias, do mesmo modo, a simples leitura é o suficiente para
fins de prova.
Art. 56. A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, com base nas diretrizes e metas do Plano Plurianual de
Investimentos, por intermédio da CORDE, elaborará, em articulação com outros órgãos e entidades da
Administração Pública Federal, o Plano Nacional de Ações Integradas na Área das Deficiências.
Art. 57. Fica criada, no âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, comissão especial, com a
finalidade de apresentar, no prazo de cento e oitenta dias, a contar de sua constituição, propostas destinadas a:
I - implementar programa de formação profissional mediante a concessão de bolsas de qualificação para a
pessoa portadora de deficiência, com vistas a estimular a aplicação do disposto no art. 36; e
II - propor medidas adicionais de estímulo à adoção de trabalho em tempo parcial ou em regime especial para a
pessoa portadora de deficiência.
Parágrafo único. A comissão especial de que trata o caput deste artigo será composta por um representante de
cada órgão e entidade a seguir indicados:
I - CORDE;
II - CONADE;
III - Ministério do Trabalho e Emprego;
IV - Secretaria de Estado de Assistência Social do Ministério da Previdência e Assistência Social;

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V - Ministério da Educação;
VI - Ministério dos Transportes;
VII - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; e
VIII - INSS.
Art. 58. A CORDE desenvolverá, em articulação com órgãos e entidades da Administração Pública Federal,
programas de facilitação da acessibilidade em sítios de interesse histórico, turístico, cultural e desportivo,
mediante a remoção de barreiras físicas ou arquitetônicas que impeçam ou dificultem a locomoção de pessoa
portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 59. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação,
Art. 60. Ficam revogados os Decretos nos 93.481, de 29 de outubro de 1986, 914, de 6 de setembro de 1993,
1.680, de 18 de outubro de 1995, 3.030, de 20 de abril de 1999, o § 2o do art. 141 do Regulamento da Previdência
Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, e o Decreto no 3.076, de 1o de junho de 1999.

5 - LEI Nº 11.126/2005
Para encerrar a aula de hoje, vamos analisar a Lei nº 11.126/2005, que trata de um tema bastante
específico: do direito da pessoa com deficiência visual ingressar e permanecer em ambientes de uso
coletivo com cão-guia.
O impedimento para que pessoas ingressem em determinados locais de acesso coletivo sempre se
fez presente. Por exemplo, é comum observar nos shoppings a advertência de que é proibido
ingressar com cães. Isso, contudo, não se aplica ao deficiente visual, que necessita do cão-guia para
a locomoção.
Nesse contexto, a fim de evitar tal barreira na sociedade, dispõe o art. 1º:
Art. 1º É assegurado pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de
permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao público, de uso
público e privados de uso coletivo, desde que observadas as condições impostas por esta Lei.
Assim:

A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL PODE INGRESSAR


COM CÃO-GUIA EM

estabelecimento aberto estabelecimento e uso estabelecimento privado


meio de transporte
ao público público de uso coletivo

A lei aplica-se conforme descreve o §1º - àquele que for cego à à à baixa visão
§ 1º A deficiência visual referida no caput deste artigo restringe-se à cegueira e à baixa visão.
Lembre, nesse aspecto, do que disciplina o art. 4º, III, do Decreto 3.298/1998, que disciplina o
à à à à à à à cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05
no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3

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e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do
campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; ou a ocorrência simultânea de
quaisquer das condições anteriores
Por fim, no que diz respeito ao transporte coletivo, o §2º, do art. 1º, da Lei nº 11.123/2005, declina
que todas as modalidades de transporte estão abrangidas. Assim, poderá ingressar com cão-guia em
transportes municipais, intermunicipais, estaduais, interestaduais e internacionais que tenham
origem em território nacional.
§ 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as modalidades e jurisdições do serviço de transporte
coletivo de passageiros, inclusive em esfera internacional com origem no território brasileiro.
Sigamos com os demais artigos!
Art. 2º (VETADO)
Art. 3º Constitui ato de discriminação, a ser apenado com interdição e multa, qualquer tentativa voltada a
impedir ou dificultar o gozo do direito previsto no art. 1o desta Lei.
No caso de descumprimento do direito de ingresso e permanência com cães-guias em locais
públicos, o art. 3º prevê que o agente poderá sofrer pena administrativa de interdição do
estabelecimento e multa.
Por fim, confira:
Art. 4º Serão objeto de regulamento os requisitos mínimos para identificação do cão-guia, a forma de
comprovação de treinamento do usuário, o valor da multa e o tempo de interdição impostos à empresa de
transporte ou ao estabelecimento público ou privado responsável pela discriminação. (Regulamento)
Art. 5º (VETADO)
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
O que o art. 4º acima estabelece é que decreto do Poder Executivo irá regulamentar a aplicação da
Lei nº 11.126/2005.
Com isso, finalizamos o conteúdo teórico.

6 - QUESTÕES

6.1 LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

FCC

1. FCC/TRT-15ªR/2018
Considere:
I. A inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que
abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1o e 2o graus, a supletiva, a habilitação e
reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios.
II. A oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino.

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III. O oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial em unidades hospitalares


e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 2 anos, educandos
portadores de deficiência.
IV. A matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
De acordo com a Lei no 7.853/1989, ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas
portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à
educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à
maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar
pessoal, social e econômico.
Para esse fim, os órgãos e entidades da Administração direta e indireta devem dispensar, no
âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos da referida Lei, tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as medidas, na área da
educação, indicadas APENAS em
(A) I, III e IV.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) II, III e IV.
(E) II e IV.

2. FCC/TRT-15ªR/2018
Com relação às medidas judicias destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos,
individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência, considere:
I. Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos colegitimados pode assumir a
titularidade ativa.
II. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido
a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
III. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação não fica sujeita ao
duplo grau de jurisdição, produzindo, portanto, efeitos imediatos.
IV. Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá
recorrer qualquer legitimado ativo, inclusive o Ministério Público.
De acordo com a Lei no 7.853/1989, está correto o que consta em
(A) I, II e III, apenas.
(B) I, II e IV, apenas.
(C) I, II, III e IV.
(D) III e IV, apenas.

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(E) I e II, apenas.

3. FCC/TRT-15ªR/2018
Com relação à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
considere:
I. adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim com
organismos internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política.
II. viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de
implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades representativas.
III. incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as
iniciativas governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública,
à previdência social, à assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao
lazer.
IV. garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, com
o cunho assistencialista.
De acordo com o Decreto no 3.298/1999, são diretrizes da Política Nacional para a Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência, entre outras, as indicadas em
(A) II e III, apenas.
(B) I, II, III e IV.
(C) I, III e IV, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E) I e IV, apenas.

4. FCC/TRT-15ªR/2018
M à à à à X à à à à à à àC à
com 12 anos de idade, no referido estabelecimento de ensino privado em razão da sua
deficiência visual. Nesse caso, de acordo com a Lei no 7.853/1989, a conduta de Magnólia
(A) constitui crime punível com reclusão e multa não havendo situação de agravamento de
pena.
(B) constitui crime punível com detenção e multa, sendo que a pena será agravada em 1/3 em
razão do labor em instituição privada e a condição de deficiência visual.
(C) não constitui crime, por absoluta ausência de tipificação legal.
(D) constitui crime punível com reclusão e multa, sendo que a pena será agravada em 1/3 em
razão da idade de Camila.
(E) constitui crime punível com detenção e multa, sendo que a pena será agravada em 2/3 em
razão do labor em instituição privada e a condição de deficiência visual.

5. FCC/TRT-15ªR/2018

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De acordo com a Lei no 11.126/2005, desde que observadas as condições legais, é assegurado
à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de
permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao
público, de uso
(A) privado em geral, apenas, mas sem qualquer restrição relativa a deficiência visual.
(B) público, apenas, e restringindo-se à cegueira e à baixa visão.
(C) público, e estabelecimentos privados de uso coletivo, restringindo-se à cegueira e à baixa
visão.
(D) público, e estabelecimentos privados de uso coletivo sem qualquer restrição relativa a
deficiência visual.
(E) privado em geral, apenas, restringindo-se à cegueira.

6. FCC/TRT-2ªR/2018
Pelas regras previstas na Lei no 11.126/2005,
a) a pessoa com deficiência visual tem o direito de ingressar e de permanecer com o cão-guia
em todas as modalidades de transporte e jurisdições de transporte coletivo de passageiros,
com exceção do transporte aéreo, submetido às regras internacionais de segurança.
b) a pessoa com deficiência visual, restrita à cegueira e à baixa visão, tem o direito de ingressar
e de permanecer com o cão-guia em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e
privados de uso coletivo.
c) é tipificada como crime, apenado com detenção e multa, a conduta consistente em impedir
ou dificultar o gozo do direito de uso de cão-guia pela pessoa com deficiência.
d) é facultado ao estabelecimento público ou privado onde ingressar e permanecer o cão-guia
exigir o uso de focinheiras no animal.
e) o uso do cão-guia, como recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, deve
ser estimulado pelo poder público, inclusive por meio de incentivos fiscais.

7. FCC/TRT-2ªR/2018
A disciplina do disposto no Decreto no 3.691/2000, que regulamenta o transporte de pessoas
com deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual, cabe ao
a) Secretário de Direitos Humanos da Presidência da República.
b) Ministro de Estado dos Transportes.
c) Secretário do Transporte de cada Estado envolvido.
d) Ministro do Desenvolvimento Social.
e) Ministro do Trabalho e da Previdência Social.

8. FCC/TST/2017

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Determinado Município pretende ingressar com medida judicial destinada à proteção de


interesses coletivos de pessoas com deficiência. Para instruir a inicial, o Município requereu às
autoridades competentes as certidões e informações que julgou necessárias. Nos termos da
Lei n° 7.853/1989, as certidões e informações mencionadas deverão ser fornecidas dentro de
a) 30 dias contados das datas dos respectivos requerimentos e só poderão ser utilizadas para
a instrução da ação civil.
b) 15 dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos e só poderão ser utilizadas
para a instrução da ação civil.
c) 45 dias contados das datas dos respectivos requerimentos podendo ser utilizadas não apenas
para a instrução da ação civil, como também para outras finalidades em que se discuta o
mesmo tema.
d) 30 dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos podendo ser utilizadas não
apenas para a instrução da ação civil, como também para outras finalidades em que se discuta
o mesmo tema.
e) 20 dias contados das datas dos respectivos requerimentos e só poderão ser utilizadas para
a instrução da ação civil.

9. FCC/TRT-21ªR/2017
Nos termos da Lei n° 7.853/1989, que dispõe sobre normas de apoio à pessoa portadora de
deficiência e sua integração social, o Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência,
inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular,
certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar,
a) obrigatoriamente superior a 20 dias úteis.
b) que será, no máximo, de 5 dias úteis.
c) que será, no máximo, de 3 dias úteis.
d) obrigatoriamente superior a 15 dias úteis.
e) não inferior a 10 dias úteis.

10. FCC/TRT-21ªR/2017
Nos termos da Lei n° 8.899/1994, o passe livre
a) não se destina às pessoas portadoras de deficiência.
b) destina-se a todas as pessoas portadoras de deficiência, independentemente de qualquer
outro requisito legal.
c) é concedido às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema
de transporte coletivo interestadual.
d) é concedido às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes,
exclusivamente no sistema de transporte coletivo intermunicipal.
e) é concedido somente às pessoas portadoras de deficiência maiores de sessenta anos.

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11. FCC/DPE-AM/2018
A Lei Federal n° 7.853/1989, que dispôs sobre o apoio às pessoas com deficiência, sua
integração social, dentre outros aspectos, previu como crime:
a) Cobrar valores adicionais para inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer
curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência.
b) Negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência,
exceto se a natureza do cargo assim justificar.
c) Deixar de cumprir ordem judicial ou administrativa expedida na ação civil prevista pela Lei
n° 7.853/1989.
d) Cometer ato discriminatório contra pessoa com deficiência que seja menor de 18 anos e
maior de 65 anos de idade.
e) Deixar de socorrer pessoa com deficiência que não consiga, por meios próprios, solicitar
socorro médico ou paramédico.

12. FCC/TRT-6ªR/2018
A Lei n° 8.160/1991 dispõe sobre a utilização de Símbolo Internacional padrão para a
identificação ou indicação de local ou serviço habilitado ao uso de pessoas com deficiência
a) mental.
b) visual.
c) motora.
d) auditiva.
e) múltipla.

13. FCC/TRT-24ªR/2017
Gilberto tem mobilidade reduzida em razão de um acidente automobilístico que o vitimou, e
pretende realizar uma viagem em transporte coletivo interestadual. Neste caso, Gilberto,
segundo a Lei n° 8.899/1994 e o Decreto n° 3.691/2000:
a) não tem direito ao passe livre, uma vez que esse direito não se estende para o transporte
coletivo interestadual, mas somente em meios de transporte local.
b) não tem direito ao passe livre, uma vez que a existência de mobilidade reduzida não
caracteriza deficiência, razão pela qual ele não se enquadra nas hipóteses legais.
c) pode ter direito ao passe livre, independente de prova de que seja carente, mas as empresas
de transporte somente têm o dever de reservar dois assentos a cada veículo destinado a
serviço convencional.
d) pode ter direito ao passe livre, independente de prova de que seja carente ou do número
de assentos reservados pela empresa de transporte em veículo destinado a serviço
convencional.

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e) pode ter direito ao passe livre, desde que comprove ser carente, mas as empresas de
transporte somente têm o dever de reservar dois assentos a cada veículo destinado a serviço
convencional.

14. FCC/TRT-11ªR/2017
A proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis
da pessoa com deficiência encontra guarida no Poder Judiciário, conforme regula a Lei no
7.853/1989, e estabelece que
(A) as ações judiciais para esse fim podem ser propostas por associação constituída há mais de
seis meses, nos termos da lei civil.
(B) todas as ações judiciais para esse fim correm em segredo de justiça.
(C) uma vez proposta a ação judicial para esse fim, o interesse público impede a desistência ou
abandono da ação.
(D) autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre
suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa
com deficiência podem propor as medidas judiciais destinadas a esse fim.
(E) a sentença proferida em ação judicial para esse fim terá, em todos os casos, eficácia de coisa
julgada oponível erga omnes.

15. FCC/TRT-11ªR/2017
Alunos de um curso de Direito participaram de um evento organizado pelo Governo do Estado
do Amazonas sobre os direitos das pessoas com deficiência. A primeira discussão tratou dos
seguintes temas relacionados à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência:
I. O desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a
plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto socioeconômico e cultural.
II. A adoção de estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem
assim com organismos internacionais e estrangeiros para a implantação da Política Nacional
para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.
III. O desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das necessidades
especiais da pessoa portadora de deficiência.
IV. O fomento da tecnologia de bioengenharia voltada para a pessoa portadora de deficiência,
bem como a facilitação da importação de equipamentos.
V. A fiscalização do cumprimento da legislação pertinente à pessoa portadora de deficiência.
Para a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e nos termos do
Decreto no 3.298/1999, esses temas são conceituados, respectivamente, como:
(A) instrumento, princípio, diretriz, objetivo e instrumento.
(B) princípio, diretriz, objetivo, instrumento e instrumento.

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(C) princípio, princípio, diretriz, instrumento e objetivo.


(D) diretriz, princípio, instrumento, princípio e objetivo.
(E) objetivo, princípio, princípio, diretriz e diretriz.

16. FCC/TRT-11ªR/2017
Um simpósio sobre os direitos das pessoas com deficiência tratou da Lei no 7.853/1989, a qual
dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social, além de
estabelecer que os órgãos e entidades da Administração direta e indireta devem dispensar, no
âmbito de sua competência e finalidade, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar ações em várias áreas, como a educação.
O palestrante comentou as seguintes ações:
I. Inclusão da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce,
a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, a qual
é obrigatória no sistema educacional público e facultativa no privado.
II. Matrícula compulsória de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no
sistema regular de ensino em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares.
III. Oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados educandos portadores de
deficiência por prazo igual ou superior a seis meses.
A forma como essas ações foram abordadas contrariou a mencionada legislação APENAS
(A) no caso I, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público como no privado.
(B) nos casos I e II, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público como no privado e
a matrícula não é compulsória, respectivamente.
(C) no caso III, pois é obrigatório para educandos internados há um ano ou mais.
(D) nos casos I e III, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público como no privado e
é obrigatório para educandos internados há um ano ou mais, respectivamente.
(E) nos casos II e III, pois a matrícula não é compulsória e é obrigatória para educandos
internados há um ano ou mais, respectivamente.

17. FCC/TRT 11ªR/2017


O Decreto no 3.298/1999, que regulamenta normas relativas à Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, no que se refere ao acesso ao trabalho,
estabelece que
(A) a inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho ou sua incorporação
ao sistema produtivo através de regime especial de trabalho protegido não pode ser feita
através da contratação das cooperativas sociais.
(B) as entidades beneficentes de assistência social, na forma da lei, poderão intermediar a
colocação competitiva.

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(C) a oficina protegida de produção é caracterizada pela relação de dependência com entidade
pública ou beneficente de assistência social.
(D) a inserção laboral da pessoa portadora de deficiência por meio do processo de contratação
regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de
procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de
utilização de apoios especiais, é denominada colocação seletiva.
(E) a inserção laboral da pessoa portadora de deficiência não pode ser feita por meio de
promoção do trabalho por conta própria.

18. FCC/TRT-20ªR/2016
áà L à à à àD à à à à à à à à à à
integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência à CORDE à à à à à à à à à à à
pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências),
prevê como medidas que os órgãos e entidades da Administração direta e indireta devem
dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei,
tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, na área da formação profissional e do
trabalho, SALVO:
a) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, inclusive
de tempo parcial, destinados às pessoas com deficiência que não tenham acesso aos empregos
comuns.
b) a criação de incentivos tributários para as empresas que contratarem pessoas com
deficiência em número superior ao mínimo exigido por lei.
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privados, de
pessoas com deficiência.
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor
das pessoas com deficiência, nas entidades da Administração pública e do setor privado, e que
regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a
situação, nelas, das pessoas com deficiência.
e) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços
concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à formação profissional.

19. FCC/TRT-20ªR/2017
Considere:
I. Atendimento domiciliar.
II. Órteses e próteses.
III. Tratamento e orientação psicológica no processo reabilitador.
IV. Esterilização compulsória.

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De acordo com o Decreto no 3.298/1999, o direito à saúde da pessoa com deficiência consta
APENAS nos itens
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) III e IV.

20. FCC/DPE-RR/2015
O Decreto nº 3.298/1999 aponta que a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência, inclusive a deficiência mental, compreende o conjunto de orientações
normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das
pessoas portadoras de deficiência, que devem receber
a) igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são
assegurados.
b) atenção particularizada, mediada por instituição de assistência social de orientação
paternalista, assegurando-lhes benefícios.
c) medidas pseudoeducativas privilegiadas que gerem adaptação social e inserção adequada
na sociedade.
d) contribuições financeiras quando confirmada inclusão social do grupo primário de
pertencimento vulnerável.
e) cuidados médicos e psicológicos com distinção de classe social, garantindo-lhes emprego
futuro.

21. FCC/TRT-3ªR/2015
O Decreto-Lei nº 3.298/1999, regulamenta a Lei nº 7.853/1989, que dispõe sobre a Política
Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. O Capítulo VII Da Equiparação
de Oportunidades, determina que a proporção para contratação de pessoa portadora de
deficiência reabilitada pela Previdência Social, em empresas,
a) com até trezentos empregados, deve ser de um por cento.
b) que possuem entre setecentos e mil empregados, deve ser de cinco por cento.
c) que possuem entre cem e quinhentos empregados, deve ser de três por cento.
d) com até duzentos empregados, deve ser de dois por cento.
e) com até duzentos empregados, deve ser de três por cento.

22. FCC/TRT-3ªR/2015/adaptada

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Manoel, 22 anos de idade, é deficiente e teve sua inscrição de um estabelecimento de ensino


privado cancelada, sem justa causa, por motivos derivados da sua deficiência. Conforme as
prerrogativas, definidas na Lei no 7.853/1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas com
deficiência, a medida prevista para a situação apresentada é
a) a realização de fiscalização pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência
para que aplique a pena cabível.
b) a aplicação de pena alternativa ao Diretor/Proprietário, com a prestação de serviços à
comunidade, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa, pois constitui-se como crime.
c) a reclusão do Diretor/Proprietário de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa, pois se constitui como
crime.
d) a obrigação de concessão de cesta básica à instituição de caridade de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos, pois se constitui como descumprimento de normativa legal.
e) o financiamento de programa específico para pessoa com deficiência na área da educação
em âmbito municipal.

23. FCC/TRT-3ªR/2009
A Lei nº 7.853/89, regulamentada pelo Decreto nº 3.238/99, dispõe sobre a Política Nacional
para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e dá
outras providências. Ela estabelece que as instituições de ensino superior deverão oferecer
adaptações de provas e os apoios necessários previamente solicitados pelo aluno portador de
deficiência. Quando da realização de provas, o aluno poderá solicitar, conforme característica
da deficiência,
a) tempo adicional para realização das provas.
b) tempo limitado e cronometrado devido à deficiência.
c) prazo mais extenso, garantindo a habilitação profissional.
d) prazo superior ao regular para sua manutenção no processo educacional.
e) tempo ilimitado para a realização das provas, devido à deficiência.

24. FCC/MPE-SE/2009
A Lei nº 7.853/89 disciplinou dentre outras, a atuação do Ministério Público no sentido de
a) recusar, retardar ou dificultar a internação em abrigo especializado de pessoa com
deficiência para salvaguardar o seu direito à convivência familiar e comunitária.
b) punir com reclusão de quatro anos a pessoa que obstar o acesso de alguém a qualquer cargo
público, por motivos derivados da sua deficiência.
c) intervir obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se discutam
interesses relacionados à deficiência das pessoas.
d) fiscalizar o cumprimento da Lei de Cotas, orientando e instaurando inquéritos.

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e) emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos, no
âmbito da Política Nacional para a integração da pessoa com deficiência.

25. FCC/MPE-RS/2008
De acordo com o Decreto no 3.298/99, é INCORRETO afirmar que é considerada pessoa
portadora de deficiência física aquela que apresenta
a) paralisia cerebral.
b) hemiplegia.
c) ostomia.
d) deformidade estética.
e) nanismo.

26. FCC/DPE-RS/2014/adaptada
Julgue:
Na hipótese de cometimento de crime de lesão corporal contra pessoas portadoras de
deficiência, incidirá tipo penal específico previsto na Lei nº 7.853/89 (Lei de Proteção ao
Portador de Deficiência).

27. FCC/TST/2017
O Ministério Público de determinado Estado ingressou com medida judicial destinada à
proteção de interesses difusos das pessoas com deficiência. Nos termos da Lei nº 7.853/1989,
a) o Estado é o único legitimado ativo que poderá habilitar-se como litisconsorte na referida
ação.
b) apenas o Ministério Público Estadual deverá figurar no polo ativo da referida ação, não
cabendo litisconsórcio na hipótese.
c) faculta-se aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes na referida ação.
d) é dever dos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes na referida ação.
e) o Estado e a União Federal são os únicos legitimados ativos que poderão habilitar-se como
litisconsortes na referida ação.

28. FCC/TST/2017
Carla trabalha em determinado hospital particular há dez anos, sendo responsável pelo setor
de internação de pacientes que chegam ao hospital. No mês de maio de 2017, Carla,
propositadamente, dificultou a internação hospitalar de José, pessoa com deficiência e, na
época, com 40 anos de idade. Cumpre salientar que o estado de José não exigia atendimento
de urgência ou emergência, sendo a internação destinada à realização de exames médicos
específicos. Nos termos da Lei no 7.853/1989, o ato de Carla

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a) não constitui crime, no entanto, estará sujeita a respectiva punição em outras searas do
direito.
b) não constitui crime, tampouco representa qualquer ilegalidade.
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa.
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese.
e) constitui crime punível com pena de reclusão e multa.

29. FCC/TST/2017
A Defensoria Pública da União propôs ação civil pública para a defesa de direitos difusos de
pessoas com deficiência. A ação foi julgada improcedente por deficiência de prova, tendo a
sentença sido confirmada em segundo grau de jurisdição e transitado em julgado. Nesse caso,
conforme preceitua a Lei no 7.853/1989,
a) qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
independentemente da existência ou não de nova prova.
b) a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes.
c) apenas a Defensoria Pública da União poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
desde que haja nova prova.
d) qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, desde que haja
nova prova.
e) apenas o Ministério Público poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, desde
que haja nova prova.

30. FCC/TST/2017
Claudia, 35 anos, pessoa com deficiência, ao procurar por determinado plano de saúde, foi
atendida por Manoel, pessoa responsável. O ingresso ao plano de saúde, em razão de sua
deficiência, foi dificultado por Manoel, cobrando, inclusive, valores exorbitantes para a
obtenção do plano. Nos termos da Lei no 7.853/1989, a conduta de Manoel
a) constitui crime punível com pena de reclusão e multa.
b) não constitui crime.
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa.
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese.
e) constitui crime punível com pena de detenção, com agravante específico em razão da
circunstância em que praticado.

31. FCC/TST/2017
Determinado Estado requereu à autoridade competente certidão necessária à instrução de
medida judicial destinada à proteção dos interesses difusos da pessoa com deficiência. A
certidão foi negada, em decisão devidamente justificada, por se tratar de hipótese em que o

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interesse público impõe sigilo. Nos termos da Lei no 7.853/1989, a medida judicial pretendida
pelo Estado
a) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, não cabendo ao juiz, em
qualquer hipótese, requisitar a certidão, tendo em vista o exaurimento do tema na seara
administrativa.
b) não poderá ser proposta, haja vista a ausência da certidão.
c) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao juiz, após apreciar os
motivos do indeferimento, e, salvo quando se tratar de razão de segurança nacional, requisitá-
la, hipótese em que o processo correrá em segredo de justiça até o trânsito em julgado da
sentença.
d) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao juiz, após apreciar
os motivos do indeferimento e, salvo quando se tratar de razão de segurança nacional,
requisitá-la, hipótese em que o processo correrá em segredo de justiça até a fase recursal.
e) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao juiz, após apreciar
os motivos do indeferimento, inclusive quando se tratar de razão de segurança nacional,
requisitá-la, hipótese em que o processo correrá em segredo de justiça até o trânsito em
julgado da sentença.

32. FCC/TRT-20ªR/2016
De acordo com o Decreto nº 3.298/1999, que regulamenta a Lei nº 7.853/1989, que dispõe
sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as
normas de proteção, e dá outras providências, é correto afirmar que
a) a participação de pessoa com deficiência em concurso lhe assegura condições diferenciadas
dos demais candidatos no que se refere à avaliação e aos critérios de aprovação.
b) o período de adaptação e capacitação para o trabalho de adolescente e adulto com
deficiência em oficina protegida terapêutica caracteriza vínculo empregatício para todos os
fins.
c) a dispensa por justa causa de empregado com deficiência habilitada, contratado por prazo
indeterminado, somente poderá ocorrer após a contratação de substituto em condições
semelhantes.
d) caso um concurso público preveja 102 vagas para provimento, serão reservadas a candidatos
com deficiência, 5 vagas.
e) a empresa com mais de mil empregados está obrigada a preencher 5% de seus cargos com
beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa com deficiência habilitada.

CESPE

33. CESPE/SEDF/2017
A respeito da educação infantil oferecida a alunos com e sem deficiência, julgue o item
subsequente.

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Segundo o Decreto n.º 3.298/1999, para que uma criança seja reconhecida como deficiente
mental atualmente, deficiente intelectual , é necessário que ela apresente funcionamento
intelectual inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos de idade, e limitação em
pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades adaptativas: comunicação, cuidado
pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e segurança,
habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.

34. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.º 7.853/1989, julgue os próximos itens, acerca do apoio às
pessoas com deficiência.
É garantido a todas as pessoas portadoras de deficiência o atendimento domiciliar de saúde,
independentemente do grau de deficiência.

35. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.º 7.853/1989, julgue os próximos itens, acerca do apoio às
pessoas com deficiência.
Às pessoas com deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns o poder público
deve estimular a criação e a manutenção de empregos, inclusive de tempo parcial.

36. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.º 7.853/1989, julgue os próximos itens, acerca do apoio às
pessoas com deficiência.
As ações públicas, coletivas ou individuais, relativas aos interesses das pessoas com deficiência
são passíveis de intervenção do Ministério Público, o qual, para resguardar o interesse dessas
pessoas, poderá requisitar de qualquer pessoa física ou jurídica informações, exame ou perícia,
em prazo não inferior a dez dias úteis.

37. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.º 7.853/1989, julgue os próximos itens, acerca do apoio às
pessoas com deficiência.
Diferentemente das entidades da administração pública, cometerá crime punível unicamente
por meio de pagamento de multa a empresa privada que negar, sem justa causa, emprego ou
trabalho a alguém em razão de sua deficiência.

38. CESPE/MPE-RO/2013
Em relação ao direito das pessoas com deficiência, assinale a opção correta.
a) A sentença proferida em ação prevista na Lei n.º 7.853/1989 sempre terá eficácia de coisa
julgada oponível erga omnes, dada a natureza da referida ação.
b) Nos termos da Lei n.º 7.853/1989, o MP, ao instaurar inquérito civil sob sua presidência,
poderá requisitar informações de qualquer pessoa física.

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c) Nos termos do Decreto n.º 3.298/1999, considera-se pessoa deficiente o indivíduo portador
de qualquer espécie de deformidade congênita ou adquirida.
d) Consoante o disposto na Lei n.º 10.098/2000, para a viabilização da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência, deve-se adaptar, no mínimo, tanto quanto tecnicamente
possível, a terça parte dos brinquedos dispostos em parques de diversões públicos.
e) De acordo com o disposto na Lei n.º 7.853/1989, não pratica crime aquele que omite dados
técnicos indispensáveis à propositura de ACP, quando requisitado pelo MP.

39. CESPE/TJ-RO/2012
A Lei n.º 7.853/1989 regulamenta e assegura os direitos de pessoas portadoras de
necessidades especiais. Esse dispositivo legal
a) determina o pagamento de multa correspondente a dez salários mínimos a quem negar
emprego ou trabalho a alguém, sem justa causa, por motivos derivados de sua deficiência.
b) restringe o atendimento domiciliar de saúde às pessoas com idade acima de 65 anos com
deficiência grave.
c) assegura o oferecimento de programas de educação especial, por período máximo de seis
meses, em unidades hospitalares, quando o aluno com deficiência estiver internado.
d) restringe o acesso aos cursos regulares voltados à formação profissional às pessoas com
deficiência e que têm até 16 anos de idade.
e) recomenda que os assuntos relativos às pessoas com deficiência sejam incluídos na Política
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, por meio de planos, programas
e projetos sujeitos a prazos e objetivos determinados.

40. CESPE/TRF1ªR/2017
A respeito dos direitos da pessoa portadora de deficiência, julgue os itens a seguir,
considerando a legislação pertinente.
Ainda que tenha como objeto instruir ação civil para a defesa de direitos difusos de pessoa
portadora de deficiência, o poder público poderá se recusar a fornecer certidão requerida pelo
interessado.

41. CESPE/TRF1ªR/2017
A respeito do direito das pessoas com deficiência, julgue os itens a seguir, considerando a
legislação pertinente.
Sendo previsto tratamento especial nos casos de deficiência grave ou severa, constitui
finalidade da política de emprego a incorporação da pessoa com deficiência ao sistema
produtivo, mediante regime especial de trabalho protegido.

VUNESP

42. VUNESP/Câmara de Marília SP/2016

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A Lei n° 7.853/89 dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração
social, dentre outras providências. Dentro do que prevê essa legislação, é correto afirmar que
a) as medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais
homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo
Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo
Distrito Federal, por associação constituída há mais de 180 dias, nos termos da lei civil, por
autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia mista que inclua,
entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da
pessoa com deficiência.
b) para instruir a inicial, o interessado deverá anexar todas as certidões e informações que
julgar necessárias, sendo que estas só serão entregues se deferidas pelo juiz, uma vez que os
órgãos competentes não são obrigados a entregar nenhuma informação a pessoa comum,
senão por meio de ordem judicial.
c) as certidões e informações deferidas pelo juiz deverão ser fornecidas dentro de 45 (quarenta
e cinco dias) da data da entrega do ofício, e só poderão ser utilizadas para a instrução da ação
civil.
d) não cabe formação de litisconsórcio nas ações propostas para defesa dos interesses
protegidos por essa lei.
e) a sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo
grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.

43. VUNESP/IPSMI/2016
No que concerne às ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou
difusos das pessoas portadoras de deficiência, nos termos da Lei Federal no 7.853/89, é correto
asseverar que
a) poderão ser propostas por autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia
mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas portadoras de
deficiência.
b) para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as
certidões e informações que julgar necessárias, que deverão ser fornecidas dentro de 30
(trinta) dias.
c) poderá ser negada certidão ou informação acerca de seu andamento, com a finalidade de
preservar o interesse da pessoa portadora de deficiência ou de empresa envolvida na
demanda.
d) sendo ajuizada por um dos colegitimados, os demais devem habilitar-se como litisconsortes.
e) em caso de desistência ou abandono da ação por um dos legitimados concorrentes, apenas
o Ministério Público pode assumir a titularidade ativa.

44. VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba SP/2015

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A Lei de Proteção aos Portadores de Deficiência (Lei no 7.853/89) estabelece que


a) as ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou difusos das pessoas
portadoras de deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela União, Estados,
Municípios e Distrito Federal; por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da
lei civil, autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua,
entre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas portadoras de deficiência.
b) é defeso aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações
propostas por qualquer dos legitimados que propuserem a ação.
c) a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível ultra partes, exceto no caso de haver sido
a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
d) a sentença que concluir pela carência ou pela procedência da ação fica sujeita ao duplo grau
de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.
e) o Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de
qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou
perícias, no prazo que assinalar, não inferior a 20 (vinte) dias úteis.

45. VUNESP/Prefeitura de Caieiras SP/2015


Nos termos da Lei n o 7.853, de 1989, cabe ao Poder Público e seus órgãos assegurar às pessoas
portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, conferindo tratamento
prioritário e adequado, através de várias medidas, dentre elas, na área da educação,
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que
abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1 o e 2 o graus, a supletiva, a habilitação e a
reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios.
b) a oferta, facultativa e preferencialmente gratuita, da Educação Especial em estabelecimento
público de ensino
c) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior
a 6 (seis) meses, educandos portadores de deficiência.
e) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento privado de ensino.

CONSULPLAN

46. CONSULPLAN/TRF-2ªR/2017
Conforme o Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, constituem modalidades de
inserção laboral da pessoa portadora de deficiência, EXCETO:

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a) Colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e


previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoio especiais para a sua
concretização.
b) Promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais
pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado, ou em regime de economia familiar,
com vista à emancipação econômica e pessoal
c) Colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação
trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua
concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais.
d) Colocação em igualdade de condições: assegura à pessoa portadora de deficiência o direito
de se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos,
para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é
portador.

47. CONSULPLAN/TRF-2ªR/2017
Segundo a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, nos termos
do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, assinale a alternativa correta.
a) A empresa com mais de mil empregados está obrigada a preencher 2% de seus cargos com
beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência
habilitada.
b) Compete ao Ministério da Saúde estabelecer sistemática de fiscalização, avaliação e controle
das empresas, bem como instituir procedimentos e formulários que propiciem estatísticas
sobre o número de empregados portadores de deficiência e de vagas preenchidas.
c) O CONADE Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência será
constituído, paritariamente, por representantes de instituições governamentais e da sociedade
civil, sendo a sua composição e o seu funcionamento disciplinados em ato do Ministro de
Estado da Justiça.
d) Os editais de concursos públicos deverão conter o número de vagas existentes, bem como
o total correspondente à reserva destinada à pessoa portadora de deficiência; caso a aplicação
do percentual resulte em número fracionado, este deverá ser arredondado para o número
inteiro inferior correspondente.

Outras Bancas

48. AOCP/TRT-1ªR/2018
Segundo disciplina o Decreto n° 3.298/1999, os órgãos e as entidades da Administração Pública
Federal direta e indireta responsáveis pela educação dispensarão tratamento prioritário e
adequado aos assuntos relacionados à pessoa com deficiência. Nesse sentido, de acordo com
o citado diploma legal, a educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação
infantil a partir de

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a) cinco anos.
b) zero ano.
c) um ano.
d) três anos.
e) dois anos.

49. AOCP/TRT-1ªR/2018
Segundo dispõe o art. 36 do Decreto no 3.298/1999, a empresa com cem ou mais empregados
está obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com beneficiários da
Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência habilitada. Nesse
sentido, assinale a alternativa que corresponda à proporção correta desses cargos a serem
reservados.
a) Até duzentos empregados, um por cento.
b) De duzentos e um a quinhentos empregados, um por cento.
c) De duzentos e um a quinhentos empregados, dois por cento.
d) De quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento.
e) De quinhentos e um a mil empregados, três por cento.

50. AOCP/TRT1ªR/2018
O Decreto nº 3.298 regulamenta a Política Nacional de Integração da Pessoa portadora de
Deficiência, trazendo diretrizes a serem seguidas na consecução desse objetivo. Nesse sentido,
assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma dessas diretrizes.
a) Estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora
de deficiência.
b) Garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência,
sempre com o cunho assistencialista.
c) Adotar estratégia de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem como com
organismo internacionais e estrangeiros, para implantação da Política para a integração da
Pessoa Portara de Deficiência.
d) Ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência,
proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho.
e) Viabilizar, por intermédio de suas entidades representativas, a participação da pessoa
portadora de deficiência em todas as fases de implementação da Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

51. FCM/IF-RJ/2017
A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência estabelece que os
órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela

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educação devem dispensar tratamento prioritário e adequado a esse público. Sobre esse
assunto, considere as afirmativas a seguir:
I- Uma das medidas a serem viabilizadas por órgãos e entidades da Administração Pública
Federal direta e indireta para o atendimento de pessoas com deficiência é a inclusão, no
sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação escolar que permeia
transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino.
II- Os serviços de educação especial devem ser oferecidos ao educando portador de deficiência
em unidades hospitalares e congêneres nas quais esteja internado por um prazo máximo de
um ano. Passado esse tempo, após perícia médica, se o educando portador de deficiência
permanecer internado, deve ser desligado do serviço e sua rematrícula garantida quando tiver
alta.
III- A educação especial é modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino para educando com necessidades educacionais especiais, entre eles o
portador de deficiência. Conta com equipe multiprofissional, com a adequada especialização,
e adotará orientações pedagógicas coletivizadas, evitando individualizar tais orientações para,
assim, não reforçar preconceitos contra o educando com necessidades educacionais especiais.
IV- Alunos portadores de deficiência, matriculados ou egressos do ensino fundamental ou
médio de instituições públicas ou privadas, terão acesso à educação profissional, oferecida nos
níveis básico, técnico e tecnológico, em escola regular, em instituições especializadas e nos
ambientes de trabalho.
V- Os diplomas e certificados de cursos de educação profissional para a pessoa portadora de
deficiência, expedidos por instituição credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão
equivalente, terão validade restrita à unidade da federação em que está situada a instituição
que emitiu o certificado. Garante-se, desse modo, maiores chances de acesso delas ao mercado
de trabalho de seus estados.
VI- As instituições públicas e privadas que ministram educação profissional para a pessoa
portadora de deficiência deverão, obrigatoriamente, oferecer cursos profissionais de nível
avançado à pessoa portadora de deficiência, condicionando a matrícula dela ao seu nível de
escolaridade.
corretas apenas as afirmativas
a) I e IV.
b) I, III e IV.
c) II, V e VI.
d) I, II, III e IV.
e) II, III, V e VI.

52. UFPel-CES/UFPEL/2017

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A Lei nº 7.853 de 24 de Outubro de 1989, que trata das Pessoas Portadoras de Deficiência, diz
que os órgãos e entidade da administração direta e indireta devem dispensar tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar na área de recursos humanos a/o:
a) adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor
das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor
privado, e que regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de
trabalho e a situação nelas, das pessoas portadoras de deficiência.
b) formação de professores de nível superior para a Educação Especial, de técnicos de nível
médio especializados na habilitação e reabilitação e de instrutores para a formação
profissional.
c) oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino.
d) formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento,
inclusive de nível superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas portadoras
de deficiência.
e) incentivo à pesquisa em apenas àquelas áreas do conhecimento relacionadas com a pessoa
portadora de deficiência.

53. FUNRIO/IF-PA/2016
I à à à à à V à à à à F à à à à à
alternativa que apresenta a sequência correta. A Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre o apoio às
pessoas com deficiência, define o que é crime, punível com reclusão e multa:
( ) Negar, sem justa causa, à pessoa com deficiência, como decorrência de sua deficiência,
emprego ou trabalho;
( ) Negar, sem justa causa, por motivos derivados da deficiência, vaga em estabelecimento
público ou privado de ensino;
( ) Negar acesso à pessoa com deficiência a cargo público, sem justa causa e por motivos
derivados da deficiência;
( ) Negar ou retardar dados técnicos, solicitados pelo Ministério Público, com a finalidade de
ação civil decorrente de aplicação desta Lei.
a) V, V, F, V.
b) V, F, V, V.
c) F, V, V, F.
d) V, V, V, V.
e) F, V, V, V.

54. FUNRIO/IF-BA/2017
O Decreto-Lei nº 3.298/99 define as Diretrizes Gerais da Política Nacional para Pessoa
Portadora de Deficiência, são elas:

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I. estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora de


deficiência;
II. adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim
com organismos internacionais e estrangeiros, para a implantação desta Política;
III. incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as
iniciativas governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública,
à previdência social, à assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao
lazer;
IV. viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de
implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades representativas;
V. ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência,
proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho;
VI. garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem o
cunho assistencialista.
Pode-se afirmar que
a) Apenas os itens I, II e III fazem parte das Diretrizes.
b) Apenas os itens IV, V e VI fazem parte das Diretrizes.
c) Apenas os itens I e II fazem parte das Diretrizes.
d) Os itens referem-se aos Princípios da Lei, não às Diretrizes.
e) Todos os itens fazem parte das Diretrizes.

55. FCM/IF Sudeste MG/2016


De acordo com o Decreto 3.298 de 1999, que regulamenta a Lei n° 7.853, de 24 de outubro de
1989 e dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
as escolas e as instituições de educação profissional oferecerão, se necessário, serviços de
apoio especializado para atender as peculiaridades da pessoa portadora de deficiência, tais
como
a) auxílio moradia no valor de 1(um) salário mínimo.
b) bolsa de estudos no valor de 1(um) salário mínimo.
c) transporte para o deslocamento das pessoas com dificuldade de locomoção.
d) tutores especializados para a oferta domiciliar de conteúdos e aplicação de provas.
e) adaptação de recursos institucionais: material pedagógico, equipamento e currículo.

56. FUNRIO/IF-PA/2016
As normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas
portadoras de deficiências, e sua efetiva integração social são definidos na lei nº 7.853/89.
Especificamente na área da educação podemos considerar como medida:

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a) Matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de


pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
b) Oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior
a 2 (dois) anos, educandos portadores de deficiência.
c) Acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos,
inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo.
d) Promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao
aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à
nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao controle da gestante e do feto de alto
risco, à imunização, às doenças do metabolismo e seu diagnóstico e ao encaminhamento
precoce de outras doenças causadoras de deficiência.
e) Garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos de saúde
públicos e privados, e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de
conduta apropriados.

57. MPE-SC/MPE-SC/2016
O Ministério Público intervirá, obrigatoriamente, nas ações que discutam interesses
relacionados à deficiência das pessoas, mesmo que se trate de ação individual, conforme
determina a Lei n. 7.853/89 (Proteção às Pessoas com Deficiência).

58. IF-PE/IF-PE/2016
O apoio à pessoa com deficiência é fator decisivo na construção de uma sociedade mais
fraterna igualitária e justa; isto envolve a reflexão sobre preconceitos por parte de todos e o
cumprimento de leis que garantem os diretos e atendimento diferenciado à pessoa com
deficiência. A Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas
portadoras de deficiência e sua integração social, determina medidas de tratamento prioritário
e adequado a ser dado por órgãos e entidades da administração direta e indireta nos termos
da lei. Deste modo, será garantida
a) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
b) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
c) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
d) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
e) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema especializado de
ensino.

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59. IDECAN/Prefeitura de Natal RN/2016


O Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que regulamentou a Lei nº 7.853, de 24 de
outubro de 1989 e a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
estabelece que os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal prestarão serviços
específicos de forma direta ou indiretamente à pessoa portadora de deficiência. Em relação
aos serviços específicos que deverão ser prestados de forma direta ou indiretamente à pessoa
portadora de deficiência, conforme legislação e contexto anterior, analise.
I. Reabilitação parcial, entendida como o desenvolvimento parcial das potencialidades da
pessoa portadora de deficiência, destinada a facilitar sua atividade laboral, educativa e social.
II. Formação profissional e qualificação para o trabalho.
III. Escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos apoios
necessários, ou em estabelecimentos de ensino especial.
IV. Orientação e promoção individual, familiar e social.
Estão corretas apenas as alternativas
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.

60. FUNRIO/IF-BA/2016
O Decreto-Lei nº 3.298/99 e Lei nº 7.853/89 buscam assegurar um tratamento equitativo às
pessoas com deficiências, sejam elas permanentes ou não, e com incapacidade. A equiparação
das oportunidades, para estas pessoas, é assegurada por lei. Entre os serviços incluídos como
necessários à equiparação de oportunidades, encontram-se a formação profissional e
qualificação para o trabalho e a escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a
provisão dos apoios necessários, entre outros. Para viabilização do acesso à educação, é
determinado, pela legislação vigente, que
a) somente nas escolas públicas serão ofertadas as condições para a inclusão no sistema
educacional.
b) a inclusão deve ser prioritariamente em estabelecimentos, públicos ou privados, que
ofereçam exclusivamente a educação especial.
c) os estudantes portadores de deficiência tenham acesso aos benefícios oferecidos aos demais
estudantes: material escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.
d) a educação do estudante com deficiência deve iniciar-se, prioritariamente, no ensino
fundamental.
e) a matrícula de estudantes com necessidades educativas especiais está condicionada à
capacidade do estabelecimento de ensino em atender as suas necessidades específicas.

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61. MPE-RS/MPE-RS/2014
Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as afirmações abaixo, relativas às Ações Civis
Públicas destinadas à proteção dos interesses coletivos ou difusos das pessoas com deficiência,
nos termos do disposto na Lei nº 7.853/89.
( ) O Ministério Público, a União, os Estados, Municípios e Distrito Federal, as associações
constituídas há mais de seis meses, nos termos da lei civil, além das autarquias, empresas
públicas, fundações ou sociedades de economia mista, independente da finalidade
institucional, possuem legitimidade ativa para propositura das ações civis públicas destinadas
à proteção dos interesses coletivos ou difusos das pessoas com deficiência.
( ) Em caso de desistência ou abandono da ação civil pública, qualquer dos co-legitimados pode
assumir a titularidade ativa.
( ) A sentença em ação civil pública ajuizada para a proteção dos interesses coletivos das
pessoas com deficiência terá sempre eficácia de coisa julgada oponível erga omnes.
( ) Instaurado Inquérito Civil, esgotadas as diligências, caso se convença o órgão do Ministério
Público da inexistência de elementos para a propositura de ação civil, promoverá,
fundamentadamente o arquivamento do inquérito civil, com remessa, no prazo de 3 (três) dias,
ao Órgão Especial do Colégio de Procuradores, que o examinará, deliberando a respeito.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V V F V.
b) F V F F.
c) F F V F.
d) V F V V.
e) V V F F.

62. MPE-RS/MPE-RS/2014
O ordenamento jurídico pátrio tem buscado compensar juridicamente a desigualdade de fato
enfrentada por aqueles que possuem deficiência, assegurando-lhes acesso à saúde, à
educação, à habilitação ou reabilitação profissional, ao trabalho, à cultura, ao desporto, ao
turismo e ao lazer. As principais regras sobre a política nacional de integração da pessoa com
deficiência foram estabelecidas pela Lei n.º 7.853/89 e seu regulamento. Nesse contexto, o
Decreto n.º 3.298/99 arrola elementos que permitem compensar determinadas limitações,
visando à assistência integral à saúde e reabilitação da pessoa com deficiência,
complementando o atendimento e aumentando as possibilidades de independência e inclusão
social.
A esse respeito, considere os itens abaixo.
1 - próteses auditivas, visuais e físicas, órteses que favoreçam a adequação funcional e bolsas
coletoras para os portadores de ostomia

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2 - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente desenhados ou


adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência
3 - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para pessoa
portadora de deficiência
De acordo com o Decreto n.º 3.298/99, quais desses itens são considerados ajudas técnicas?
a) Apenas 1.
b) Apenas 2.
c) Apenas 3.
d) Apenas 1 e 2.
e) 1, 2 e 3.

63. CESGRANRIO/CEFET-RJ/2014
Conforme o Decreto no 3.298, de 20/12/1999, que regulamenta a Lei no 7.853, de 24/10/1989
e que dispõe sobre a Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
considere as afirmativas abaixo.
I - As diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
incluem a garantia do efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de
deficiência, sem o cunho assistencialista.
II - Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de
deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde,
ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, dentre outros.
III - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta deverão
conferir, no âmbito das respectivas competências e finalidades, tratamento prioritário e
adequado aos assuntos relativos à pessoa portadora de deficiência, visando a assegurar-lhe o
pleno exercício de seus direitos básicos e a efetiva inclusão social.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas
b) II, apenas
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas
e) I, II e III

64. UEG/TJ-GO/2006
Para assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de
deficiência, e sua efetiva integração social, há o seguinte dispositivo legal que garante os
direitos ao referido segmento social:
a) Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996

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b) Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990


c) Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989
d) Lei n. 8.842, de 4 de janeiro de 1994

65. MPT/MPT/2013/adaptada
Em relação à Ordem Social, considerando-se o texto constitucional e a jurisprudência do STF,
considere as seguintes proposições:
A Lei nº 8.899/1994, ao conceder passe livre às pessoas com deficiência, carece de
constitucionalidade por deixar de indicar a respectiva fonte de custeio.

6.2 GABARITO

1. C 23. A 45. A
2. B 24. C 46. D
3. D 25. D 47. C
4. D 26. INCORRETA 48. B
5. C 27. C 49. D
6. B 28. E 50. B
7. B 29. D 51. A
8. B 30. A 52. D
9. E 31. C 53. D
10. C 32. E 54. E
11. A 33. CORRETA 55. E
12. D 34. INCORRETA 56. C
13. B 35. CORRETA 57. CORRETA
14. D 36. CORRETA 58. A
15. B 37. INCORRETA 59. D
16. D 38. B 60. C
17. C 39. C 61. B
18. B 40. INCORRETA 62. E
19. C 41. CORRETA 63. E
20. A 42. E 64. C
21. D 43. A 65. INCORRETA
22. C 44. A

6.3 LISTA DE QUESTÕES COM COMENTÁRIOS

FCC

1. FCC/TRT-15ªR/2018
Considere:

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I. A inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que


abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1o e 2o graus, a supletiva, a habilitação e
reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios.
II. A oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino.
III. O oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial em unidades hospitalares
e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 2 anos, educandos
portadores de deficiência.
IV. A matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
De acordo com a Lei no 7.853/1989, ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas
portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à
educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à
maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar
pessoal, social e econômico.
Para esse fim, os órgãos e entidades da Administração direta e indireta devem dispensar, no
âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos da referida Lei, tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as medidas, na área da
educação, indicadas APENAS em
(A) I, III e IV.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) II, III e IV.
(E) II e IV.
Comentários
A questão é direta e cobra do candidato o conhecimento do art. 2º, parágrafo único, I, da Lei n.
7.853/1989. Vejamos:
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de
seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da administração direta e
indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - na área da educação:
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação
precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, com currículos,
etapas e exigências de diplomação próprios;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;

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d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares


e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de
deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive
material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
Sendo assim, analisemos assertiva por assertiva:
áà à Ià à à à à à à à à à à à
dispositivo.
áà à II à à à à à à à à à à à à à à
dispositivo.
A assertiva III, por outro lado, está incorreta, uma vez que fala em um prazo de 2 (dois) anos, quando
o dispositivo fala em um prazo de 1 (um) à
E a assertiva IV, do à à à à à à à à à à à à
à à à à à à à à à à à
Com isso, podemos dizer que o gabarito da nossa questão é a alternativa C, assertivas I e II corretas.

2. FCC/TRT-15ªR/2018
Com relação às medidas judicias destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos,
individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência, considere:
I. Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos colegitimados pode assumir a
titularidade ativa.
II. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido
a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
III. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação não fica sujeita ao
duplo grau de jurisdição, produzindo, portanto, efeitos imediatos.
IV. Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá
recorrer qualquer legitimado ativo, inclusive o Ministério Público.
De acordo com a Lei no 7.853/1989, está correto o que consta em
(A) I, II e III, apenas.
(B) I, II e IV, apenas.
(C) I, II, III e IV.
(D) III e IV, apenas.
(E) I e II, apenas.

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Vamos analisar cada um dos itens.


O item I está correto, nos termos do art. 3º, §6º, da Lei nº 7.853/89:
§ 6º Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode assumir a titularidade
ativa.
O item II está correto, com base no art. 4º, caput, da referida Lei:
Art. 4º A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido a ação julgada
improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com
idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.

O item III está incorreto. De acordo com o §1º, do art. 4º, da Lei nº 7.853/89, a sentença que concluir
pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo
efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.
O item IV está correto, conforme prevê o art. 4º, §2º, da referida Lei:
§ 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer
qualquer legitimado ativo, inclusive o Ministério Público.
Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

3. FCC/TRT-15ªR/2018
Com relação à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
considere:
I. adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim com
organismos internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política.
II. viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de
implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades representativas.
III. incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as
iniciativas governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública,
à previdência social, à assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao
lazer.
IV. garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, com
o cunho assistencialista.
De acordo com o Decreto no 3.298/1999, são diretrizes da Política Nacional para a Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência, entre outras, as indicadas em
(A) II e III, apenas.
(B) I, II, III e IV.
(C) I, III e IV, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E) I e IV, apenas.

Comentários

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A questão exige o conhecimento do art. 6º, do Decreto nº 3.298/99. Visto isso, passemos à análise
de cada um dos itens.
O item I está correto, com base no inc. II:
Art. 6o São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
II - adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim com organismos
internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política;
O item II está correto, pois é o que dispõe o inc. IV:
IV - viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de implementação dessa
Política, por intermédio de suas entidades representativas;
O item III está correto, nos termos do inc. III:
III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas
governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública, à previdência social, à
assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao lazer;
O item IV está incorreto. Vejamos o que dispõe o inc. I:
I - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem o cunho
assistencialista.
Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

4. FCC/TRT-15ªR/2018
M à à à à X à à à à à à àC à
com 12 anos de idade, no referido estabelecimento de ensino privado em razão da sua
deficiência visual. Nesse caso, de acordo com a Lei no 7.853/1989, a conduta de Magnólia
(A) constitui crime punível com reclusão e multa não havendo situação de agravamento de
pena.
(B) constitui crime punível com detenção e multa, sendo que a pena será agravada em 1/3 em
razão do labor em instituição privada e a condição de deficiência visual.
(C) não constitui crime, por absoluta ausência de tipificação legal.
(D) constitui crime punível com reclusão e multa, sendo que a pena será agravada em 1/3 em
razão da idade de Camila.
(E) constitui crime punível com detenção e multa, sendo que a pena será agravada em 2/3 em
razão do labor em instituição privada e a condição de deficiência visual.

Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, conforme dispõe o art. 8º, I e §1º, da Lei nº
7.853/89:
Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em
estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência;

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§ 1o Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em
1/3 (um terço).

5. FCC/TRT-15ªR/2018
De acordo com a Lei no 11.126/2005, desde que observadas as condições legais, é assegurado
à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de
permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao
público, de uso
(A) privado em geral, apenas, mas sem qualquer restrição relativa a deficiência visual.
(B) público, apenas, e restringindo-se à cegueira e à baixa visão.
(C) público, e estabelecimentos privados de uso coletivo, restringindo-se à cegueira e à baixa
visão.
(D) público, e estabelecimentos privados de uso coletivo sem qualquer restrição relativa a
deficiência visual.
(E) privado em geral, apenas, restringindo-se à cegueira.

Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, nos termos do art. 1º, caput e §1º, da Lei nº
11.126/05:
Art. 1º É assegurado pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de
permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao público, de uso
público e privados de uso coletivo, desde que observadas as condições impostas por esta Lei.
§ 1o A deficiência visual referida no caput deste artigo restringe-se à cegueira e à baixa visão.

6. FCC/TRT-2ªR/2018
Pelas regras previstas na Lei no 11.126/2005,
a) a pessoa com deficiência visual tem o direito de ingressar e de permanecer com o cão-guia
em todas as modalidades de transporte e jurisdições de transporte coletivo de passageiros,
com exceção do transporte aéreo, submetido às regras internacionais de segurança.
b) a pessoa com deficiência visual, restrita à cegueira e à baixa visão, tem o direito de ingressar
e de permanecer com o cão-guia em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e
privados de uso coletivo.
c) é tipificada como crime, apenado com detenção e multa, a conduta consistente em impedir
ou dificultar o gozo do direito de uso de cão-guia pela pessoa com deficiência.
d) é facultado ao estabelecimento público ou privado onde ingressar e permanecer o cão-guia
exigir o uso de focinheiras no animal.
e) o uso do cão-guia, como recurso de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, deve
ser estimulado pelo poder público, inclusive por meio de incentivos fiscais.

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A alternativa A está incorreta, pois o transporte aéreo não é exceção. Vejamos o que dispõe o art.
1º, §2º, da Lei nº 11.126/05:
§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as modalidades e jurisdições do serviço de transporte
coletivo de passageiros, inclusive em esfera internacional com origem no território brasileiro.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 1º, da referida Lei:
Art. 1o É assegurado pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de
permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao público, de uso
público e privados de uso coletivo, desde que observadas as condições impostas por esta Lei.
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 3º, da Lei nº 11.126/05, a pena é interdição e
multa.
Art. 3o Constitui ato de discriminação, a ser apenado com interdição e multa, qualquer tentativa voltada a
impedir ou dificultar o gozo do direito previsto no art. 1 o desta Lei.
A alternativa D está incorreta. Não há tal previsão.
A alternativa E está incorreta. Não há tal previsão.

7. FCC/TRT-2ªR/2018
A disciplina do disposto no Decreto no 3.691/2000, que regulamenta o transporte de pessoas
com deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual, cabe ao
a) Secretário de Direitos Humanos da Presidência da República.
b) Ministro de Estado dos Transportes.
c) Secretário do Transporte de cada Estado envolvido.
d) Ministro do Desenvolvimento Social.
e) Ministro do Trabalho e da Previdência Social.

Comentários
O art. 2º, do Decreto nº 3.691/00, estabelece que o Ministro de Estado dos Transportes disciplinará,
no prazo de até trinta dias, o disposto no Decreto.
Dessa forma, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

8. FCC/TST/2017
Determinado Município pretende ingressar com medida judicial destinada à proteção de
interesses coletivos de pessoas com deficiência. Para instruir a inicial, o Município requereu às
autoridades competentes as certidões e informações que julgou necessárias. Nos termos da
Lei n° 7.853/1989, as certidões e informações mencionadas deverão ser fornecidas dentro de
a) 30 dias contados das datas dos respectivos requerimentos e só poderão ser utilizadas para
a instrução da ação civil.
b) 15 dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos e só poderão ser utilizadas
para a instrução da ação civil.

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c) 45 dias contados das datas dos respectivos requerimentos podendo ser utilizadas não apenas
para a instrução da ação civil, como também para outras finalidades em que se discuta o
mesmo tema.
d) 30 dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos podendo ser utilizadas não
apenas para a instrução da ação civil, como também para outras finalidades em que se discuta
o mesmo tema.
e) 20 dias contados das datas dos respectivos requerimentos e só poderão ser utilizadas para
a instrução da ação civil.

Comentários
Vejamos o que dispõe os §§ 1º e 2º, do art. 3º, da Lei nº 7.853/89:
§ 1º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações
que julgar necessárias.
§ 2º As certidões e informações a que se refere o parágrafo anterior deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze)
dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão se utilizadas para a instrução da ação
civil.
Logo, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.

9. FCC/TRT-21ªR/2017
Nos termos da Lei n° 7.853/1989, que dispõe sobre normas de apoio à pessoa portadora de
deficiência e sua integração social, o Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência,
inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular,
certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar,
a) obrigatoriamente superior a 20 dias úteis.
b) que será, no máximo, de 5 dias úteis.
c) que será, no máximo, de 3 dias úteis.
d) obrigatoriamente superior a 15 dias úteis.
e) não inferior a 10 dias úteis.

Comentários
A questão requer o conhecimento do art. 6º, da Lei nº 7.853/89. Vejamos:
Art. 6º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar,
não inferior a 10 (dez) dias úteis.
Assim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

10. FCC/TRT-21ªR/2017
Nos termos da Lei n° 8.899/1994, o passe livre
a) não se destina às pessoas portadoras de deficiência.

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b) destina-se a todas as pessoas portadoras de deficiência, independentemente de qualquer


outro requisito legal.
c) é concedido às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema
de transporte coletivo interestadual.
d) é concedido às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes,
exclusivamente no sistema de transporte coletivo intermunicipal.
e) é concedido somente às pessoas portadoras de deficiência maiores de sessenta anos.

Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Não basta ser pessoa com deficiência para
ter direito ao passe livre, tem que provar ser carente. É o que dispõe o art. 1º, da Lei nº 8.899/94:
Art. 1º É concedido passe livre às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de
transporte coletivo interestadual.

11. FCC/DPE-AM/2018
A Lei Federal n° 7.853/1989, que dispôs sobre o apoio às pessoas com deficiência, sua
integração social, dentre outros aspectos, previu como crime:
a) Cobrar valores adicionais para inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer
curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência.
b) Negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência,
exceto se a natureza do cargo assim justificar.
c) Deixar de cumprir ordem judicial ou administrativa expedida na ação civil prevista pela Lei
n° 7.853/1989.
d) Cometer ato discriminatório contra pessoa com deficiência que seja menor de 18 anos e
maior de 65 anos de idade.
e) Deixar de socorrer pessoa com deficiência que não consiga, por meios próprios, solicitar
socorro médico ou paramédico.

Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 8º, da Lei nº 7.853/89. Visto isso, passemos à análise das
alternativas.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 8º, I:
Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em
estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência;
A alternativa B está incorreta, pois o inc. III não prevê nenhum exceção:
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência;
A alternativa C está incorreta, nos termos do inc. V:

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V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta
Lei;
A alternativa D está incorreta, pois não se fala em pessoa maior de 65 anos de idade. Confira o §1º:
§ 1o Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em
1/3 (um terço).
A alternativa E está incorreta. Na lei, não há uma alusão específica a socorro.

12. FCC/TRT-6ªR/2018
A Lei n° 8.160/1991 dispõe sobre a utilização de Símbolo Internacional padrão para a
identificação ou indicação de local ou serviço habilitado ao uso de pessoas com deficiência
a) mental.
b) visual.
c) motora.
d) auditiva.
e) múltipla.

Comentários
Vejamos o que dispõe o art. 1º, da Lei nº 8.160/1991:
Art. 1º É obrigatória a colocação, de forma visível, do "Símbolo Internacional de Surdez" em todos os locais que
possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência AUDITIVA, e em todos os
serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso.
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

13. FCC/TRT-24ªR/2017
Gilberto tem mobilidade reduzida em razão de um acidente automobilístico que o vitimou, e
pretende realizar uma viagem em transporte coletivo interestadual. Neste caso, Gilberto,
segundo a Lei n° 8.899/1994 e o Decreto n° 3.691/2000:
a) não tem direito ao passe livre, uma vez que esse direito não se estende para o transporte
coletivo interestadual, mas somente em meios de transporte local.
b) não tem direito ao passe livre, uma vez que a existência de mobilidade reduzida não
caracteriza deficiência, razão pela qual ele não se enquadra nas hipóteses legais.
c) pode ter direito ao passe livre, independente de prova de que seja carente, mas as empresas
de transporte somente têm o dever de reservar dois assentos a cada veículo destinado a
serviço convencional.
d) pode ter direito ao passe livre, independente de prova de que seja carente ou do número
de assentos reservados pela empresa de transporte em veículo destinado a serviço
convencional.

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e) pode ter direito ao passe livre, desde que comprove ser carente, mas as empresas de
transporte somente têm o dever de reservar dois assentos a cada veículo destinado a serviço
convencional.

Comentários
De acordo com o art. 1º, da Lei nº 8.899/94, Gilberto não tem direito ao passe livre, uma vez que a
existência de mobilidade reduzida não caracteriza deficiência.
Art. 1º É concedido passe livre às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de
transporte coletivo interestadual.
Além disso, o art. 1º, do Decreto nº 3.691/00, estabelece que as empresas permissionárias e
autorizatárias de transporte interestadual de passageiros reservarão dois assentos de cada veículo.
Art. 1o As empresas permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual de passageiros reservarão dois
assentos de cada veículo, destinado a serviço convencional, para ocupação das pessoas beneficiadas pelo art.
1o da Lei no 8.899, de 29 de junho de 1994, observado o que dispõem as Leis nos 7.853, de 24 de outubro de
1989, 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 10.048, de 8 de novembro de 2000, e os Decretos nos 1.744, de 8 de
dezembro de 1995, e 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

14. FCC/TRT-11ªR/2017
A proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis
da pessoa com deficiência encontra guarida no Poder Judiciário, conforme regula a Lei no
7.853/1989, e estabelece que
(A) as ações judiciais para esse fim podem ser propostas por associação constituída há mais de
seis meses, nos termos da lei civil.
(B) todas as ações judiciais para esse fim correm em segredo de justiça.
(C) uma vez proposta a ação judicial para esse fim, o interesse público impede a desistência ou
abandono da ação.
(D) autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre
suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa
com deficiência podem propor as medidas judiciais destinadas a esse fim.
(E) a sentença proferida em ação judicial para esse fim terá, em todos os casos, eficácia de coisa
julgada oponível erga omnes.

Comentários
Vamos analisar cada uma das alternativas:
A alternativa A está incorreta, pois as associações devem estar constituídas há mais de 1 ano para
que possam ajuizar medidas judiciais para proteção das pessoas com deficiência, conforme disciplina
o art. 3º, da Lei nº 7.853/1989.
Lembre-se de que:

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LEGITIMADOS PARA PROPOR AÇÕES COLETIVAS (interesses coletivos,


difusos, individuais homogêneos e intdividuais indisponíveis)

Ministério Público
Defensoria Pública
União, estados-membros, Distrito Federal e Municípios
Entidades da Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, sociedads de economia
mista e empresas públicas), que atuem na proteção dos direitos das pessoas com deficiência.
Associação constituída há mais de 1 ano que inclua, entre suas finalidades, a proteção e a
promoção de direitos das pessoas com deficiência

A alternativa B está incorreta, pois somente tramitará em segredo de justiça a ação pautada na Lei
nº 7.853/1989 quando for caso de segurança nacional, assim decretada pelo Juiz. Confira o que
disciplina o art. 3º, §4º:
§ 4º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta desacompanhada das certidões ou
informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e, salvo quando se tratar de
razão de segurança nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de
justiça, que cessará com o trânsito em julgado da sentença.
O §6º, do art. 3º, da referida lei, estabelece que, caso algum dos legitimados acima desistir da ação,
os demais podem assumir a titularidade ativa da ação. Confira:
§ 6º Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode assumir a titularidade
ativa.
Logo, a alternativa C está incorreta, pois prevê a possibilidade de desistência ou abandono da ação.
A alternativa D é a correta e gabarito da questão, pois está em consonância com o que está disposto
no quadro acima exposto.
A alternativa E está incorreta. O art. 4º trata dos efeitos da sentença coletiva voltada para a proteção
de direitos das pessoas com deficiência. Em regra, a sentença é erga omnes, a não ser que seja
julgada improcedente a ação por deficiência probatória, hipótese em que nova ação poderá ser
ajuizada caso haja novas provas.

15. FCC/TRT-11ªR/2017
Alunos de um curso de Direito participaram de um evento organizado pelo Governo do Estado
do Amazonas sobre os direitos das pessoas com deficiência. A primeira discussão tratou dos
seguintes temas relacionados à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência:
I. O desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a
plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto socioeconômico e cultural.
II. A adoção de estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem
assim com organismos internacionais e estrangeiros para a implantação da Política Nacional
para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

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III. O desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das necessidades


especiais da pessoa portadora de deficiência.
IV. O fomento da tecnologia de bioengenharia voltada para a pessoa portadora de deficiência,
bem como a facilitação da importação de equipamentos.
V. A fiscalização do cumprimento da legislação pertinente à pessoa portadora de deficiência.
Para a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e nos termos do
Decreto no 3.298/1999, esses temas são conceituados, respectivamente, como:
(A) instrumento, princípio, diretriz, objetivo e instrumento.
(B) princípio, diretriz, objetivo, instrumento e instrumento.
(C) princípio, princípio, diretriz, instrumento e objetivo.
(D) diretriz, princípio, instrumento, princípio e objetivo.
(E) objetivo, princípio, princípio, diretriz e diretriz.

Comentários
Para responder à questão, é necessário ter conhecimento do Decreto nº 3.298/1999. Veja:
 PRINCÍPIO, conforme o art. 5º, I - I. O desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de
modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto socioeconômico e
cultural.
 DIRETRIZ, conforme o art. 6º, II - II. A adoção de estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos
e privados, bem assim com organismos internacionais e estrangeiros para a implantação da Política Nacional
para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.
 OBJETIVO, conforme o art. 7º, III - III. O desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento
das necessidades especiais da pessoa portadora de deficiência.
 INSTRUMENTO, conforme o art. 8º, IV - IV. O fomento da tecnologia de bioengenharia voltada para a pessoa
portadora de deficiência, bem como a facilitação da importação de equipamentos.
 INSTRUMENTO, conforme o art. 8º, V - V. A fiscalização do cumprimento da legislação pertinente à pessoa
portadora de deficiência.
Assim, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.

16. FCC/TRT-11ªR/2017
Um simpósio sobre os direitos das pessoas com deficiência tratou da Lei no 7.853/1989, a qual
dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social, além de
estabelecer que os órgãos e entidades da Administração direta e indireta devem dispensar, no
âmbito de sua competência e finalidade, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar ações em várias áreas, como a educação.
O palestrante comentou as seguintes ações:
I. Inclusão da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce,
a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, a qual
é obrigatória no sistema educacional público e facultativa no privado.

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II. Matrícula compulsória de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no


sistema regular de ensino em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares.
III. Oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados educandos portadores de
deficiência por prazo igual ou superior a seis meses.
A forma como essas ações foram abordadas contrariou a mencionada legislação APENAS
(A) no caso I, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público como no privado.
(B) nos casos I e II, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público como no privado e
a matrícula não é compulsória, respectivamente.
(C) no caso III, pois é obrigatório para educandos internados há um ano ou mais.
(D) nos casos I e III, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público como no privado e
é obrigatório para educandos internados há um ano ou mais, respectivamente.
(E) nos casos II e III, pois a matrícula não é compulsória e é obrigatória para educandos
internados há um ano ou mais, respectivamente.

Comentários
O art. 2º, I, da Lei nº 7.853/1989, estabelece as prioridades em relação à educação de pessoas com
deficiência:
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de
seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da administração direta e
indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes MEDIDAS:
I - na área da EDUCAÇÃO:
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação
precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, com currículos,
etapas e exigências de diplomação próprios;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares
e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de
deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive
material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
Em síntese:

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NA ÁREA DE EDUCAÇÃO

Inclusão no ensino e inserção em escolas especiais públicas e privadas.


A escola especial para o deficiente é obrigatória e deve ser gratuita.
O nível pré-escolar de ensino deve ser obrigatório em unidades hospitalares.
Matrícula compulsória.

Desde modo, as orientações I e III estão corretas, de modo que a alternativa D é a correta e gabarito
da questão.

17. FCC/TRT 11ªR/2017


O Decreto no 3.298/1999, que regulamenta normas relativas à Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, no que se refere ao acesso ao trabalho,
estabelece que
(A) a inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho ou sua incorporação
ao sistema produtivo através de regime especial de trabalho protegido não pode ser feita
através da contratação das cooperativas sociais.
(B) as entidades beneficentes de assistência social, na forma da lei, poderão intermediar a
colocação competitiva.
(C) a oficina protegida de produção é caracterizada pela relação de dependência com entidade
pública ou beneficente de assistência social.
(D) a inserção laboral da pessoa portadora de deficiência por meio do processo de contratação
regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de
procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de
utilização de apoios especiais, é denominada colocação seletiva.
(E) a inserção laboral da pessoa portadora de deficiência não pode ser feita por meio de
promoção do trabalho por conta própria.

Comentários
Vamos analisar cada uma das alternativas:
A alternativa A está incorreta, pois contraria a previsão de contratação por cooperativas sociais
previstas no art. 34, parágrafo único, do Decreto:
Parágrafo único. Nos casos de deficiência grave ou severa, o cumprimento do disposto no caput deste artigo
poderá ser efetivado mediante a contratação das cooperativas sociais de que trata a Lei no 9.867, de 10 de
novembro de 1999.
A alternativa B está incorreta, pois as entidades beneficentes de assistência sociais podem
intermediar a modalidade de inserção laboral na colocação seletiva e na promoção do trabalho por
conta própria em face do que prevê o §1º, do art. 35, do Decreto.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois representa justamente o conceito do
§4º, do art. 35:

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§ 4º Considera-se oficina protegida de produção a unidade que funciona em relação de dependência com
entidade pública ou beneficente de assistência social, que tem por objetivo desenvolver programa de habilitação
profissional para adolescente e adulto portador de deficiência, provendo-o com trabalho remunerado, com vista
à emancipação econômica e pessoal relativa.
As alternativas D e E estão incorretas, pois a modalidade de contratação regular depende de apoio
específico e, além disso, pode ser promovida a inserção no mercado de trabalho da pessoa com
deficiência por intermédio do fomento do empresário e do desenvolvimento de atividades liberais.
Lembre-se de que:
MODALIDADES DE INSERÇÃO LABORAL
 colocação competitiva - contratação regular sem apoio específico
 colocação seletiva - contratação regular com apoios específicos
 promoção do trabalho por conta própria - fomento do empresariado e de atividades liberais
 número mínimos de empregados:

Até 200 empregados 2%

De 200 até 500 empregados 3%

De 500 até 1.000 empregados 4%

Mais de 1.000 empregados 5%

18. FCC/TRT-20ªR/2016
áà L à à à àD à à à à à à à à à à
integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
D à à CORDE à à à à à à es coletivos ou difusos dessas
pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências),
prevê como medidas que os órgãos e entidades da Administração direta e indireta devem
dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei,
tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, na área da formação profissional e do
trabalho, SALVO:
a) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, inclusive
de tempo parcial, destinados às pessoas com deficiência que não tenham acesso aos empregos
comuns.
b) a criação de incentivos tributários para as empresas que contratarem pessoas com
deficiência em número superior ao mínimo exigido por lei.
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privados, de
pessoas com deficiência.
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor
das pessoas com deficiência, nas entidades da Administração pública e do setor privado, e que
regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a
situação, nelas, das pessoas com deficiência.

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e) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços


concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à formação profissional.

Comentários
A questão cobra o art. 2º, parágrafo único, inciso III, da Lei.
Observe que todas as questões trazem o que está disposto em uma das alíneas, exceto a alternativa
B.
Assim, a alternativa B é o gabarito da questão.
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de
seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da administração direta e
indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
III - na área da formação profissional e do trabalho:
a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços concernentes, inclusive
aos cursos regulares voltados à formação profissional;
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, inclusive de tempo parcial,
destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns;
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado, de pessoas portadoras
de deficiência;
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor das pessoas
portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor privado, e que regulamente a
organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação, nelas, das pessoas
portadoras de deficiência;

19. FCC/TRT-20ªR/2017
Considere:
I. Atendimento domiciliar.
II. Órteses e próteses.
III. Tratamento e orientação psicológica no processo reabilitador.
IV. Esterilização compulsória.
De acordo com o Decreto no 3.298/1999, o direito à saúde da pessoa com deficiência consta
APENAS nos itens
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e IV.

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e) III e IV.

Comentários
O item I está correto, pois se refere a um direito à saúde da pessoa com deficiência, conforme prevê
o art. 16, V, do Decreto nº 3.298/99:
Art. 16. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela saúde
devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento prioritário e adequado, viabilizando, sem
prejuízo de outras, as seguintes medidas:
V - a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao portador de deficiência grave não internado;
O item II está correto. Vejamos o art. 18, do referido Decreto:
Art. 18. Incluem-se na assistência integral à saúde e reabilitação da pessoa portadora de deficiência a concessão
de órteses, próteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares, dado que tais equipamentos complementam o
atendimento, aumentando as possibilidades de independência e inclusão da pessoa portadora de deficiência.
O item III também está correto, com base no art. 21, do Decreto nº 3.298/99:
Art. 21. O tratamento e a orientação psicológica serão prestados durante as distintas fases do processo
reabilitador, destinados a contribuir para que a pessoa portadora de deficiência atinja o mais pleno
desenvolvimento de sua personalidade.
Portanto, o direito à saúde da pessoa com deficiência consta apenas nos itens I, II e III. Dessa forma,
a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

20. FCC/DPE-RR/2015
O Decreto nº 3.298/1999 aponta que a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência, inclusive a deficiência mental, compreende o conjunto de orientações
normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das
pessoas portadoras de deficiência, que devem receber
a) igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são
assegurados.
b) atenção particularizada, mediada por instituição de assistência social de orientação
paternalista, assegurando-lhes benefícios.
c) medidas pseudoeducativas privilegiadas que gerem adaptação social e inserção adequada
na sociedade.
d) contribuições financeiras quando confirmada inclusão social do grupo primário de
pertencimento vulnerável.
e) cuidados médicos e psicológicos com distinção de classe social, garantindo-lhes emprego
futuro.

Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 5º, III, do Decreto nº
3.298/99, a Pessoa Portadora de Deficiência deve receber igualdade de oportunidades na sociedade

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por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados. O dispositivo menciona, ainda, que não
haverá privilégios ou paternalismos para a pessoa com deficiência, apenas igualdade.
Art. 5o A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em consonância com o
Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes princípios;
III - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade
por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.
As demais alternativas não estão dispostas no art. 5º, do Decreto.

21. FCC/TRT-3ªR/2015
O Decreto-Lei nº 3.298/1999, regulamenta a Lei nº 7.853/1989, que dispõe sobre a Política
Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. O Capítulo VII Da Equiparação
de Oportunidades, determina que a proporção para contratação de pessoa portadora de
deficiência reabilitada pela Previdência Social, em empresas,
a) com até trezentos empregados, deve ser de um por cento.
b) que possuem entre setecentos e mil empregados, deve ser de cinco por cento.
c) que possuem entre cem e quinhentos empregados, deve ser de três por cento.
d) com até duzentos empregados, deve ser de dois por cento.
e) com até duzentos empregados, deve ser de três por cento.

Comentários
O art. 36, do Decreto nº 3.298/99, prevê que a empresa com cem ou mais empregados é obrigada a
preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com pessoas com deficiência. Vejamos a
proporção para determinadas quantidades de empregados:
Art. 36. A empresa com CEM OU MAIS EMPREGADOS está obrigada a preencher de DOIS A CINCO POR CENTO
de seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência
habilitada, na seguinte proporção:
I - até DUZENTOS empregados, DOIS por cento;
II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;
III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou
IV - mais de mil empregados, cinco por cento.
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

22. FCC/TRT-3ªR/2015/adaptada
Manoel, 22 anos de idade, é deficiente e teve sua inscrição de um estabelecimento de ensino
privado cancelada, sem justa causa, por motivos derivados da sua deficiência. Conforme as
prerrogativas, definidas na Lei no 7.853/1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas com
deficiência, a medida prevista para a situação apresentada é
a) a realização de fiscalização pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência
para que aplique a pena cabível.

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b) a aplicação de pena alternativa ao Diretor/Proprietário, com a prestação de serviços à


comunidade, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa, pois constitui-se como crime.
c) a reclusão do Diretor/Proprietário de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa, pois se constitui como
crime.
d) a obrigação de concessão de cesta básica à instituição de caridade de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos, pois se constitui como descumprimento de normativa legal.
e) o financiamento de programa específico para pessoa com deficiência na área da educação
em âmbito municipal.

Comentários
Conforme o art. 8º, I, da Lei nº 7.853/89, que dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, a
medida prevista para a situação apresentada é a reclusão do Diretor/Proprietário de 2 (dois) a 5
(cinco) anos, e multa, pois tal conduta constitui crime.
Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em
estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência;
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

23. FCC/TRT-3ªR/2009
A Lei nº 7.853/89, regulamentada pelo Decreto nº 3.238/99, dispõe sobre a Política Nacional
para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e dá
outras providências. Ela estabelece que as instituições de ensino superior deverão oferecer
adaptações de provas e os apoios necessários previamente solicitados pelo aluno portador de
deficiência. Quando da realização de provas, o aluno poderá solicitar, conforme característica
da deficiência,
a) tempo adicional para realização das provas.
b) tempo limitado e cronometrado devido à deficiência.
c) prazo mais extenso, garantindo a habilitação profissional.
d) prazo superior ao regular para sua manutenção no processo educacional.
e) tempo ilimitado para a realização das provas, devido à deficiência.

Comentários
De acordo com o art. 27, do Decreto nº 3.238/99, as instituições de ensino superior deverão oferecer
adaptações de provas e os apoios necessários previamente solicitados pelo aluno com deficiência,
inclusive tempo adicional para realização das provas.
Art. 27. As instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de provas e os apoios necessários,
previamente solicitados pelo aluno portador de deficiência, inclusive tempo adicional para realização das
provas, conforme as características da deficiência.
Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

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24. FCC/MPE-SE/2009
A Lei nº 7.853/89 disciplinou dentre outras, a atuação do Ministério Público no sentido de
a) recusar, retardar ou dificultar a internação em abrigo especializado de pessoa com
deficiência para salvaguardar o seu direito à convivência familiar e comunitária.
b) punir com reclusão de quatro anos a pessoa que obstar o acesso de alguém a qualquer cargo
público, por motivos derivados da sua deficiência.
c) intervir obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se discutam
interesses relacionados à deficiência das pessoas.
d) fiscalizar o cumprimento da Lei de Cotas, orientando e instaurando inquéritos.
e) emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos, no
âmbito da Política Nacional para a integração da pessoa com deficiência.

Comentários
A Lei nº 7.853/89 disciplinou, dentre outras regras, a atuação do Ministério Público no sentido de
intervir obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se discutam interesses
relacionados à deficiência das pessoas. Vejamos o art. 5º.
Art. 5º O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se
discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

25. FCC/MPE-RS/2008
De acordo com o Decreto no 3.298/99, é INCORRETO afirmar que é considerada pessoa
portadora de deficiência física aquela que apresenta
a) paralisia cerebral.
b) hemiplegia.
c) ostomia.
d) deformidade estética.
e) nanismo.

Comentários
Com base no art. 4º, I, do Decreto nº 3.298/99, não é considerada pessoa com deficiência física
aquela que apresentar deformidade estética.
Art. 4o É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou
ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

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Ainda de acordo com o art. 4º, paralisia cerebral, hemiplegia, ostomia e nanismo são consideradas
deficiências físicas. Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

26. FCC/DPE-RS/2014/adaptada
Julgue:
Na hipótese de cometimento de crime de lesão corporal contra pessoas portadoras de
deficiência, incidirá tipo penal específico previsto na Lei nº 7.853/89 (Lei de Proteção ao
Portador de Deficiência).

Comentários
Está incorreta a assertiva, pois a lesão corporal contra pessoa com deficiência está prevista no
Código Penal. A Lei nº 7.853/1989 trata apenas do crime de discriminação contra o deficiente no art.
8º.

27. FCC/TST/2017
O Ministério Público de determinado Estado ingressou com medida judicial destinada à
proteção de interesses difusos das pessoas com deficiência. Nos termos da Lei nº 7.853/1989,
a) o Estado é o único legitimado ativo que poderá habilitar-se como litisconsorte na referida
ação.
b) apenas o Ministério Público Estadual deverá figurar no polo ativo da referida ação, não
cabendo litisconsórcio na hipótese.
c) faculta-se aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes na referida ação.
d) é dever dos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes na referida ação.
e) o Estado e a União Federal são os únicos legitimados ativos que poderão habilitar-se como
litisconsortes na referida ação.
Comentários
De acordo com o §5º do art. 3º da Lei 7.853/1989 qualquer dos legitimados podem ser habilitados
como litisconsortes ativos em medidas judiciais que envolvam direitos coletivos de pessoas com
deficiência. No caput do mesmo dispositivo temos o rol dos legitimados:
• Ministério Público;
• Defensoria Pública,
• União, Estados, Municípios e Distrito Federal
• Associação constituída há mais de um ano
• Fundação
• Sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos
interesses e a promoção de direitos das pessoas com deficiência
Desse modo, a alternativa C é a correta e gabarito da questão.

28. FCC/TST/2017

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Carla trabalha em determinado hospital particular há dez anos, sendo responsável pelo setor
de internação de pacientes que chegam ao hospital. No mês de maio de 2017, Carla,
propositadamente, dificultou a internação hospitalar de José, pessoa com deficiência e, na
época, com 40 anos de idade. Cumpre salientar que o estado de José não exigia atendimento
de urgência ou emergência, sendo a internação destinada à realização de exames médicos
específicos. Nos termos da Lei no 7.853/1989, o ato de Carla
a) não constitui crime, no entanto, estará sujeita a respectiva punição em outras searas do
direito.
b) não constitui crime, tampouco representa qualquer ilegalidade.
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa.
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese.
e) constitui crime punível com pena de reclusão e multa.
Comentários
N à à à àC à à à à à àJ àá à à à à à à
procedimento de urgência, não poderia Carla dificultar a internação de uma pessoa com deficiência
que necessite de atendimento médico-hospitalar e ambulatorial. Tal conduta representa, de acordo
com o art. 8º, IV, da Lei 7.853/1989 crime apenável com reclusão de dois a cinco anos e multa.
Note que a prioridade de atendimento também será assegurada na forma do art. 9º da Lei
13.146/2015, contudo, por não se tratar de procedimento urgente, deve respeitar os protocolos
médicos da instituição. De todo modo, isso não justifica a atuação no sentido de dificultar a
internação necessária a atendimento hospitalar.
Assim, a alternativa E é a correta e gabarito.

29. FCC/TST/2017
A Defensoria Pública da União propôs ação civil pública para a defesa de direitos difusos de
pessoas com deficiência. A ação foi julgada improcedente por deficiência de prova, tendo a
sentença sido confirmada em segundo grau de jurisdição e transitado em julgado. Nesse caso,
conforme preceitua a Lei no 7.853/1989,
a) qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
independentemente da existência ou não de nova prova.
b) a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes.
c) apenas a Defensoria Pública da União poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
desde que haja nova prova.
d) qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, desde que haja
nova prova.
e) apenas o Ministério Público poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, desde
que haja nova prova.
Comentários

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Nas ações coletivas a improcedência da ação por falta de provas não implica em formação da coisa
julgada material, dado que não impede que a matéria seja rediscutidas, quando novas provas forem
obtidas.
Essa é a regra expressa no caput do art. 4º da Lei 7.853/1989, que assim dispõe:
Art. 4º A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, EXCETO no caso de haver sido a ação
julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra
ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
Tendo em vista o dispositivo acima, conclui-se que a alternativa D é a correta e gabarito da questão.

30. FCC/TST/2017
Claudia, 35 anos, pessoa com deficiência, ao procurar por determinado plano de saúde, foi
atendida por Manoel, pessoa responsável. O ingresso ao plano de saúde, em razão de sua
deficiência, foi dificultado por Manoel, cobrando, inclusive, valores exorbitantes para a
obtenção do plano. Nos termos da Lei no 7.853/1989, a conduta de Manoel
a) constitui crime punível com pena de reclusão e multa.
b) não constitui crime.
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa.
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese.
e) constitui crime punível com pena de detenção, com agravante específico em razão da
circunstância em que praticado.
Comentários
O art. 8º da Lei 7.853/1989 estabelece crimes específicos contra pessoas com deficiência. Esses
crimes são, todos, apenados com reclusão de dois a cinco anos e multa. Nesse contexto, prevê o §3º
à à à à à à à à à à à à à à à à
à à à à à à à à à à à à à à à
Logo, a alternativa A é a correta e gabarito da questão.

31. FCC/TST/2017
Determinado Estado requereu à autoridade competente certidão necessária à instrução de
medida judicial destinada à proteção dos interesses difusos da pessoa com deficiência. A
certidão foi negada, em decisão devidamente justificada, por se tratar de hipótese em que o
interesse público impõe sigilo. Nos termos da Lei no 7.853/1989, a medida judicial pretendida
pelo Estado
a) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, não cabendo ao juiz, em
qualquer hipótese, requisitar a certidão, tendo em vista o exaurimento do tema na seara
administrativa.
b) não poderá ser proposta, haja vista a ausência da certidão.

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c) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao juiz, após apreciar os
motivos do indeferimento, e, salvo quando se tratar de razão de segurança nacional, requisitá-
la, hipótese em que o processo correrá em segredo de justiça até o trânsito em julgado da
sentença.
d) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao juiz, após apreciar
os motivos do indeferimento e, salvo quando se tratar de razão de segurança nacional,
requisitá-la, hipótese em que o processo correrá em segredo de justiça até a fase recursal.
e) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao juiz, após apreciar
os motivos do indeferimento, inclusive quando se tratar de razão de segurança nacional,
requisitá-la, hipótese em que o processo correrá em segredo de justiça até o trânsito em
julgado da sentença.
Comentários
De acordo com o art. 3º da Lei 7.853/1989, a negativa de certidões requisitadas é admitida quando
envolver interesse público que requeiram sigilo. Nesse caso, o legitimado da ação coletiva, poderá
propor a ação sem a certidão ou documentos. Caberá ao juiz, na análise de admissibilidade da ação,
apreciar os motivos do indeferimento e, exceto se se tratar de caso de segurança nacional, poderá
requisitar os documentos para que sejam juntados aos autos, hipótese em que o processo tramitará
em segredo de justiça.
Desse modo, a alternativa C é a correta e gabarito da questão.
A alternativa A está equivocada, pois cabe ao magistrado apreciar o mérito da negativa.
A alternativa B está incorreta, poios a ação poderá ser proposta sem os documentos. Não há
impedimento.
As alternativas D e E estão incorretas, pois se documento que seja de segurança nacional não será
juntado aos autos.

32. FCC/TRT-20ªR/2016
De acordo com o Decreto nº 3.298/1999, que regulamenta a Lei nº 7.853/1989, que dispõe
sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as
normas de proteção, e dá outras providências, é correto afirmar que
a) a participação de pessoa com deficiência em concurso lhe assegura condições diferenciadas
dos demais candidatos no que se refere à avaliação e aos critérios de aprovação.
b) o período de adaptação e capacitação para o trabalho de adolescente e adulto com
deficiência em oficina protegida terapêutica caracteriza vínculo empregatício para todos os
fins.
c) a dispensa por justa causa de empregado com deficiência habilitada, contratado por prazo
indeterminado, somente poderá ocorrer após a contratação de substituto em condições
semelhantes.
d) caso um concurso público preveja 102 vagas para provimento, serão reservadas a candidatos
com deficiência, 5 vagas.

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e) a empresa com mais de mil empregados está obrigada a preencher 5% de seus cargos com
beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa com deficiência habilitada.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 37, caput, do Decreto nº 3.298/99, é assegurado
à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de
condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis
com a deficiência de que é portador.
A alternativa B está incorreta. Com base no art. 35, §6º, do referido Decreto, o período de adaptação
e capacitação para o trabalho de adolescente e adulto portador de deficiência em oficina protegida
terapêutica não caracteriza vínculo empregatício.
A alternativa C está incorreta. Vejamos o que dispõe o §1º, do art. 36, do Decreto nº 3.298/99:
§ 1o A dispensa de empregado na condição estabelecida neste artigo, quando se tratar de contrato por prazo
determinado, superior a noventa dias, e a dispensa imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente
poderá ocorrer após a contratação de substituto em condições semelhantes.
A alternativa D está incorreta. Nesse caso, serão chamadas 6 pessoas com deficiência, pois o
arredondamento é para cima.
§ 1o O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as
vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida.
§ 2o Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número fracionado, este deverá
ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente.
Por fim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 36, IV, do
Decreto nº 3.298/99:
Art. 36. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus
cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência habilitada,
na seguinte proporção:
IV - mais de mil empregados, cinco por cento.

CESPE

33. CESPE/SEDF/2017
A respeito da educação infantil oferecida a alunos com e sem deficiência, julgue o item
subsequente.
Segundo o Decreto n.º 3.298/1999, para que uma criança seja reconhecida como deficiente
mental atualmente, deficiente intelectual , é necessário que ela apresente funcionamento
intelectual inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos de idade, e limitação em
pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades adaptativas: comunicação, cuidado
pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e segurança,
habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.

Comentários

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A assertiva está correta, pois é o que dispõe o art. 4º, IV, do Decreto nº 3.298/99:
Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:
IV - deficiência mental funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes
dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização da comunidade;
d) utilização dos recursos da comunidade;
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;

34. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.º 7.853/1989, julgue os próximos itens, acerca do apoio às
pessoas com deficiência.
É garantido a todas as pessoas portadoras de deficiência o atendimento domiciliar de saúde,
independentemente do grau de deficiência.

Comentários
A assertiva está incorreta à D à à à à à à II à à àL à à à à à à
atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave que não foi internado.
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de
seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.
II - na área da saúde:
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado;
Assim, o erro da assertiva está em dizer que é garantido o atendimento domiciliar de saúde
independentemente do grau de deficiência. Como vimos, a deficiência deve ser grave.

35. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.º 7.853/1989, julgue os próximos itens, acerca do apoio às
pessoas com deficiência.
Às pessoas com deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns o poder público
deve estimular a criação e a manutenção de empregos, inclusive de tempo parcial.

Comentários

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A assertiva está correta à à à à à àIII à à àL à à


Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de
seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.
III - na área da formação profissional e do trabalho:
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, inclusive de tempo
parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns;

36. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.º 7.853/1989, julgue os próximos itens, acerca do apoio às
pessoas com deficiência.
As ações públicas, coletivas ou individuais, relativas aos interesses das pessoas com deficiência
são passíveis de intervenção do Ministério Público, o qual, para resguardar o interesse dessas
pessoas, poderá requisitar de qualquer pessoa física ou jurídica informações, exame ou perícia,
em prazo não inferior a dez dias úteis.

Comentários
De acordo com os art. 5º e 6º, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas,
coletivas ou individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas. O
Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias, no prazo
que assinalar, não inferior a 10 (dez) dias úteis.
Art. 5º O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se
discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
Art. 6º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar,
não inferior a 10 (dez) dias úteis.
Dessa forma, a assertiva está correta.

37. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.º 7.853/1989, julgue os próximos itens, acerca do apoio às
pessoas com deficiência.
Diferentemente das entidades da administração pública, cometerá crime punível unicamente
por meio de pagamento de multa a empresa privada que negar, sem justa causa, emprego ou
trabalho a alguém em razão de sua deficiência.

Comentários
A assertiva está incorreta. Conforme o art. 8º, III, da Lei nº 7.853/89, negar ou obstar emprego,
trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência, constitui crime punível com reclusão
de 2 a 5 anos e multa.
Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:

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III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência;

38. CESPE/MPE-RO/2013
Em relação ao direito das pessoas com deficiência, assinale a opção correta.
a) A sentença proferida em ação prevista na Lei n.º 7.853/1989 sempre terá eficácia de coisa
julgada oponível erga omnes, dada a natureza da referida ação.
b) Nos termos da Lei n.º 7.853/1989, o MP, ao instaurar inquérito civil sob sua presidência,
poderá requisitar informações de qualquer pessoa física.
c) Nos termos do Decreto n.º 3.298/1999, considera-se pessoa deficiente o indivíduo portador
de qualquer espécie de deformidade congênita ou adquirida.
d) Consoante o disposto na Lei n.º 10.098/2000, para a viabilização da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência, deve-se adaptar, no mínimo, tanto quanto tecnicamente
possível, a terça parte dos brinquedos dispostos em parques de diversões públicos.
e) De acordo com o disposto na Lei n.º 7.853/1989, não pratica crime aquele que omite dados
técnicos indispensáveis à propositura de ACP, quando requisitado pelo MP.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 4º, da Lei nº 7.853/89, a sentença terá eficácia
de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de a ação ter sido julgada improcedente por
deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico
fundamento, valendo-se de nova prova.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 6º, da Lei nº 7.853/89.
Art. 6º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar,
não inferior a 10 (dez) dias úteis.
A alternativa C está incorreta. Com base no art. 4º, I, do Decreto nº 3.298/99, é considerada pessoa
com deficiência aquela que apresenta membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto
as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 4º, da Lei nº 10.098/00, os parques de diversões,
públicos e privados, devem adaptar, no mínimo, 5% (cinco por cento) de cada brinquedo e
equipamento e identificá-lo para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida, tanto quanto tecnicamente possível.
A alternativa E está incorreta. O art. 8º, VI, da Lei nº 7.853/89, prevê que recusar, retardar ou omitir
dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil pública objeto desta Lei, quando
requisitados, constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa.

39. CESPE/TJ-RO/2012
A Lei n.º 7.853/1989 regulamenta e assegura os direitos de pessoas portadoras de
necessidades especiais. Esse dispositivo legal

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a) determina o pagamento de multa correspondente a dez salários mínimos a quem negar


emprego ou trabalho a alguém, sem justa causa, por motivos derivados de sua deficiência.
b) restringe o atendimento domiciliar de saúde às pessoas com idade acima de 65 anos com
deficiência grave.
c) assegura o oferecimento de programas de educação especial, por período máximo de seis
meses, em unidades hospitalares, quando o aluno com deficiência estiver internado.
d) restringe o acesso aos cursos regulares voltados à formação profissional às pessoas com
deficiência e que têm até 16 anos de idade.
e) recomenda que os assuntos relativos às pessoas com deficiência sejam incluídos na Política
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, por meio de planos, programas
e projetos sujeitos a prazos e objetivos determinados.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Conforme art. 8º, III, da Lei nº 7.853/89, constitui crime punível com
reclusão e multa a conduta de negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão
de sua deficiência.
Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência;
A alternativa B à àD à à à à à à II à à à à à à à
domiciliar ao deficiente grave não internado.
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado;
A alternativa C está incorreta. O art. 2º, I, à à à à à à à à à
unidades hospitalares a quem estiver internado por um ano ou mais. A lei não prevê um prazo
máximo para o oferecimento dos programas de educação.
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares
e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de
deficiência;
A alternativa D está incorreta, pois não há tal restrição na lei.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois está previsto no art. 9º, §1º.
Art. 9º A Administração Pública Federal conferirá aos assuntos relativos às pessoas portadoras de deficiência
tratamento prioritário e apropriado, para que lhes seja efetivamente ensejado o pleno exercício de seus direitos
individuais e sociais, bem como sua completa integração social.
§ 1º Os assuntos a que alude este artigo serão objeto de ação, coordenada e integrada, dos órgãos da
Administração Pública Federal, e incluir-se-ão em Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, na qual estejam compreendidos planos, programas e projetos sujeitos a prazos e objetivos
determinados.

40. CESPE/TRF1ªR/2017
A respeito dos direitos da pessoa portadora de deficiência, julgue os itens a seguir,
considerando a legislação pertinente.

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Ainda que tenha como objeto instruir ação civil para a defesa de direitos difusos de pessoa
portadora de deficiência, o poder público poderá se recusar a fornecer certidão requerida pelo
interessado.

Comentários
A assertiva está correta. Ainda que tenha como objeto instruir ação civil para a defesa de direitos
difusos de pessoa portadora de deficiência, o poder público pode recusar-se a fornecer certidões. É
o caso, por exemplo, das hipóteses de sigilo e de segurança nacional (art. 3º, §§ 3º e 4º, da Lei n.
7.853).

41. CESPE/TRF1ªR/2017
A respeito do direito das pessoas com deficiência, julgue os itens a seguir, considerando a
legislação pertinente.
Sendo previsto tratamento especial nos casos de deficiência grave ou severa, constitui
finalidade da política de emprego a incorporação da pessoa com deficiência ao sistema
produtivo, mediante regime especial de trabalho protegido.
Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista o que prescreve o art. 34, parágrafo único, do Decreto nº
3.298/99.
Art. 34. É finalidade primordial da política de emprego a inserção da pessoa portadora de deficiência no
mercado de trabalho ou sua incorporação ao sistema produtivo mediante regime especial de trabalho protegido.
Parágrafo único. Nos casos de deficiência grave ou severa, o cumprimento do disposto no caput deste artigo
poderá ser efetivado mediante a contratação das cooperativas sociais de que trata a Lei no 9.867, de 10 de
novembro de 1999.

VUNESP

42. VUNESP/Câmara de Marília SP/2016


A Lei n° 7.853/89 dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração
social, dentre outras providências. Dentro do que prevê essa legislação, é correto afirmar que
a) as medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais
homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo
Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo
Distrito Federal, por associação constituída há mais de 180 dias, nos termos da lei civil, por
autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia mista que inclua,
entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da
pessoa com deficiência.
b) para instruir a inicial, o interessado deverá anexar todas as certidões e informações que
julgar necessárias, sendo que estas só serão entregues se deferidas pelo juiz, uma vez que os
órgãos competentes não são obrigados a entregar nenhuma informação a pessoa comum,
senão por meio de ordem judicial.

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c) as certidões e informações deferidas pelo juiz deverão ser fornecidas dentro de 45 (quarenta
e cinco dias) da data da entrega do ofício, e só poderão ser utilizadas para a instrução da ação
civil.
d) não cabe formação de litisconsórcio nas ações propostas para defesa dos interesses
protegidos por essa lei.
e) a sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo
grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 3º, da Lei, as medidas judiciais destinadas à
proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da
pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela
União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há mais de
1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade
de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a
promoção de direitos da pessoa com deficiência.
A alternativa B está incorreta. Ainda com base no art. 3º, §1º e §3º, preveem que, para instruir a
inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e as informações
que julgar necessárias, sendo que somente nos casos em que o interesse público, devidamente
justificado, impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação.
A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 3º, §2º, as certidões e informações deferidas pelo juiz
deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze) dias da data da entrega do ofício, e só poderão ser
utilizadas para a instrução da ação civil.
A alternativa D está incorreta. Conforme o art. 3º, §5º, fica facultado aos demais legitimados ativos
habilitarem-se como litisconsortes nas ações propostas por qualquer deles.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois está previsto no art. 4º, §1º.
Art. 4º A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido a ação julgada
improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com
idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
§ 1º A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo grau de
jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.

43. VUNESP/IPSMI/2016
No que concerne às ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou
difusos das pessoas portadoras de deficiência, nos termos da Lei Federal no 7.853/89, é correto
asseverar que
a) poderão ser propostas por autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia
mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas portadoras de
deficiência.

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b) para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as


certidões e informações que julgar necessárias, que deverão ser fornecidas dentro de 30
(trinta) dias.
c) poderá ser negada certidão ou informação acerca de seu andamento, com a finalidade de
preservar o interesse da pessoa portadora de deficiência ou de empresa envolvida na
demanda.
d) sendo ajuizada por um dos colegitimados, os demais devem habilitar-se como litisconsortes.
e) em caso de desistência ou abandono da ação por um dos legitimados concorrentes, apenas
o Ministério Público pode assumir a titularidade ativa.

Comentários
Essa questão exige o conhecimento do art. 3º, da Lei nº 7.853/89. Vamos analisar cada uma das
alternativas:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 3º.
Art. 3o As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e
individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída
há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade
de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção
de direitos da pessoa com deficiência.
A alternativa B está incorreta. Com base no §2º, para instruir a inicial, o interessado poderá requerer
às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que deverão ser
fornecidas dentro de 15 (quinze) dias.
§ 2º As certidões e informações a que se refere o parágrafo anterior deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze)
dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão se utilizadas para a instrução da ação
civil.
A alternativa C está incorreta. Segundo o §3º, poderá ser negada certidão ou informação somente
nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo.
§ 3º Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negada
certidão ou informação.
A alternativa D está incorreta. O §5º prevê que fica facultado aos demais legitimados ativos
habilitarem-se como litisconsortes nas ações propostas por qualquer um deles.
§ 5º Fica facultado aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações propostas por
qualquer deles.
A alternativa E está incorreta. De acordo com o §6º, em caso de desistência ou de abandono da
ação, qualquer dos colegitimados pode assumir a titularidade ativa.
§ 6º Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode assumir a titularidade
ativa.

44. VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba SP/2015


A Lei de Proteção aos Portadores de Deficiência (Lei no 7.853/89) estabelece que

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a) as ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou difusos das pessoas
portadoras de deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela União, Estados,
Municípios e Distrito Federal; por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da
lei civil, autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que inclua,
entre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas portadoras de deficiência.
b) é defeso aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações
propostas por qualquer dos legitimados que propuserem a ação.
c) a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível ultra partes, exceto no caso de haver sido
a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
d) a sentença que concluir pela carência ou pela procedência da ação fica sujeita ao duplo grau
de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.
e) o Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de
qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou
perícias, no prazo que assinalar, não inferior a 20 (vinte) dias úteis.

Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois está previsto no art. 3º, da Lei nº
7.853/89.
Art. 3o As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e
individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída
há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade
de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de
direitos da pessoa com deficiência.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 3º, §5º, fica facultado aos demais legitimados
ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações propostas por qualquer deles.
A alternativa C está incorreta. Conforme o art. 4º, a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível
erga omnes, exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
valendo-se de nova prova.
A alternativa D está incorreta. O §1º, do art. 4º, prevê que a sentença que concluir pela carência ou
pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão
depois de confirmada pelo tribunal. O erro da questão está em mencionar a procedência da ação.
A alternativa E está incorreta. Com base no art. 6º, o Ministério Público poderá instaurar, sob sua
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular,
certidões, informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar, não inferior a 10 (dez) dias úteis.
A alternativa aponta apenas o prazo incorreto.

45. VUNESP/Prefeitura de Caieiras SP/2015

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Nos termos da Lei n o 7.853, de 1989, cabe ao Poder Público e seus órgãos assegurar às pessoas
portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, conferindo tratamento
prioritário e adequado, através de várias medidas, dentre elas, na área da educação,
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que
abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1 o e 2 o graus, a supletiva, a habilitação e a
reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios.
b) a oferta, facultativa e preferencialmente gratuita, da Educação Especial em estabelecimento
público de ensino
c) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior
a 6 (seis) meses, educandos portadores de deficiência.
e) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento privado de ensino.

Comentários
A questão requer o conhecimento do art. 2º, I, da Lei nº 7.853/89.
A alternativa A à à à à à à à à à à à à
I - na área da educação:
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação
precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, com currículos,
etapas e exigências de diplomação próprios;
A alternativa B está incorreta. De acordo com a à à à à à à à à à
Educação Especial em estabelecimento público de ensino. O erro da questão está em dizer que a
oferta é facultativa.
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;
A alternativa C está incorreta. A Lei prevê a matrícula compulsória, e não facultativa. Vejamos a
à
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
A alternativa D à àáà à à à à à à à à à
Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam
internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos com deficiência. A alternativa
menciona o prazo errado de internamento.
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares
e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de
deficiência;
A alternativa E está incorreta. Como já mencionado, a oferta da Educação Especial é obrigatória e
gratuita em estabelecimento público de ensino.

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CONSULPLAN

46. CONSULPLAN/TRF-2ªR/2017
Conforme o Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, constituem modalidades de
inserção laboral da pessoa portadora de deficiência, EXCETO:
a) Colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e
previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoio especiais para a sua
concretização.
b) Promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais
pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado, ou em regime de economia familiar,
com vista à emancipação econômica e pessoal
c) Colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação
trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua
concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais.
d) Colocação em igualdade de condições: assegura à pessoa portadora de deficiência o direito
de se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos,
para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é
portador.

Comentários
O art. 35, do Decreto nº 3.298/99, prevê quais hipóteses constituem modalidades de inserção laboral
da pessoa com deficiência. Vejamos:
Art. 35. São modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência:
I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária,
que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade
de utilização de apoios especiais;
II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária,
que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização; e
III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante
trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação
O art. 37, do referido Decreto, estabelece que fica assegurado à pessoa com deficiência o direito de
se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos, para
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência que possui.
Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

47. CONSULPLAN/TRF-2ªR/2017
Segundo a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, nos termos
do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, assinale a alternativa correta.

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a) A empresa com mais de mil empregados está obrigada a preencher 2% de seus cargos com
beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência
habilitada.
b) Compete ao Ministério da Saúde estabelecer sistemática de fiscalização, avaliação e controle
das empresas, bem como instituir procedimentos e formulários que propiciem estatísticas
sobre o número de empregados portadores de deficiência e de vagas preenchidas.
c) O CONADE Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência será
constituído, paritariamente, por representantes de instituições governamentais e da sociedade
civil, sendo a sua composição e o seu funcionamento disciplinados em ato do Ministro de
Estado da Justiça.
d) Os editais de concursos públicos deverão conter o número de vagas existentes, bem como
o total correspondente à reserva destinada à pessoa portadora de deficiência; caso a aplicação
do percentual resulte em número fracionado, este deverá ser arredondado para o número
inteiro inferior correspondente.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 36, IV, do Decreto nº 3.298/99, a empresa com
mais de mil empregados está obrigada a preencher 5%, e não 2%, de seus cargos com beneficiários
da Previdência Social reabilitados ou com pessoa com deficiência habilitada.
Art. 36. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus
cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência habilitada,
na seguinte proporção:
IV - mais de mil empregados, CINCO POR CENTO.
A alternativa B está incorreta. Com base no §5º, do art. 36, do referido Decreto, o descrito na
alternativa é de competência do Ministério do Trabalho e Emprego, e não do Ministério da Saúde.
§ 5o Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer sistemática de fiscalização, avaliação e controle
das empresas, bem como instituir procedimentos e formulários que propiciem estatísticas sobre o número de
empregados portadores de deficiência e de vagas preenchidas, para fins de acompanhamento do disposto
no caput deste artigo.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 12, do Decreto nº
3.298/99:
Art. 12. O CONADE será constituído, paritariamente, por representantes de instituições governamentais e da
sociedade civil, sendo a sua composição e o seu funcionamento disciplinados em ato do Ministro de Estado da
Justiça.
A alternativa D está incorreta. O §2º, do art. 37, do referido Decreto, estabelece que, caso a
aplicação do percentual resulte número fracionado, este deverá ser arredondado para o número
inteiro superior correspondente.
Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em
igualdade de condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que é portador.

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§ 1o O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as


vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida.
§ 2o Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número fracionado, este deverá
ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente.

Outras Bancas

48. AOCP/TRT-1ªR/2018
Segundo disciplina o Decreto n° 3.298/1999, os órgãos e as entidades da Administração Pública
Federal direta e indireta responsáveis pela educação dispensarão tratamento prioritário e
adequado aos assuntos relacionados à pessoa com deficiência. Nesse sentido, de acordo com
o citado diploma legal, a educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação
infantil a partir de
a) cinco anos.
b) zero ano.
c) um ano.
d) três anos.
e) dois anos.
Comentários:
A questão cobra especificamente o art. 24, § 3º, do Decreto n. 3.298/1999. Vejamos:
§ 3o A educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação infantil, a partir de zero ano.
Diante disso, nosso gabarito só pode ser a alternativa B.

49. AOCP/TRT-1ªR/2018
Segundo dispõe o art. 36 do Decreto no 3.298/1999, a empresa com cem ou mais empregados
está obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com beneficiários da
Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência habilitada. Nesse
sentido, assinale a alternativa que corresponda à proporção correta desses cargos a serem
reservados.
a) Até duzentos empregados, um por cento.
b) De duzentos e um a quinhentos empregados, um por cento.
c) De duzentos e um a quinhentos empregados, dois por cento.
d) De quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento.
e) De quinhentos e um a mil empregados, três por cento.

Comentários
Esse art. 36, do Decreto n. 3.298/99, também é muito cobrado em provas. Vamos transcrevê-lo:

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Art. 36. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus
cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência habilitada,
na seguinte proporção:
I - até duzentos empregados, dois por cento;
II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;
III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou
IV - mais de mil empregados, cinco por cento.
De acordo com o artigo, então, podemos montar a seguinte tabela, que correlaciona o número de
empregados com a porcentagem da obrigação:

Número de
Percentagem
empregados

Até 99 0%

De 100 a 200 2%

De 201 a 500 3%

De 501 a 1.000 4%

Mais de 1.000 5%

E de acordo com essa tabela, podemos chegar à conclusão de que o gabarito da nossa questão é a
alternativa D à à à à à à à à à à à à

50. AOCP/TRT1ªR/2018
O Decreto nº 3.298 regulamenta a Política Nacional de Integração da Pessoa portadora de
Deficiência, trazendo diretrizes a serem seguidas na consecução desse objetivo. Nesse sentido,
assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma dessas diretrizes.
a) Estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora
de deficiência.
b) Garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência,
sempre com o cunho assistencialista.
c) Adotar estratégia de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem como com
organismo internacionais e estrangeiros, para implantação da Política para a integração da
Pessoa Portara de Deficiência.
d) Ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência,
proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho.
e) Viabilizar, por intermédio de suas entidades representativas, a participação da pessoa
portadora de deficiência em todas as fases de implementação da Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

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Comentários
Na questão, temos a cobrança do art. 6º do Decreto 3.298/1999, que assim dispõe:
Art. 6º São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
I estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora de deficiência;
II adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim com organismos
internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política;
III incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas
governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública, à previdência social, à
assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao lazer;
IV viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de implementação dessa
Política, por intermédio de suas entidades representativas;
V ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência, proporcionando a ela
qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho; e
VI garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem o cunho
assistencialista.
Assim:
A alternativa A é correta, em face do que prevê o art. 6º, I, do Decreto 3.298/1999.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão, pois o art. 6º, VI, entre as diretrizes da
Política Nacional da Integração da Pessoa com Deficiência, a garantia do efetivo atendimento das
necessidades, contudo sem o caráter assistencialista.
A alternativa C está correta, em face do que prevê o art. 6º, II, do Decreto 3.298/1999.
A alternativa D também está correta, pois retrata o inc. V do artigo citado.
Por fim, a alternativa E, também correta, retrata o inc. IV.

51. FCM/IF-RJ/2017
A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência estabelece que os
órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela
educação devem dispensar tratamento prioritário e adequado a esse público. Sobre esse
assunto, considere as afirmativas a seguir:
I- Uma das medidas a serem viabilizadas por órgãos e entidades da Administração Pública
Federal direta e indireta para o atendimento de pessoas com deficiência é a inclusão, no
sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação escolar que permeia
transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino.
II- Os serviços de educação especial devem ser oferecidos ao educando portador de deficiência
em unidades hospitalares e congêneres nas quais esteja internado por um prazo máximo de
um ano. Passado esse tempo, após perícia médica, se o educando portador de deficiência
permanecer internado, deve ser desligado do serviço e sua rematrícula garantida quando tiver
alta.

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III- A educação especial é modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na


rede regular de ensino para educando com necessidades educacionais especiais, entre eles o
portador de deficiência. Conta com equipe multiprofissional, com a adequada especialização,
e adotará orientações pedagógicas coletivizadas, evitando individualizar tais orientações para,
assim, não reforçar preconceitos contra o educando com necessidades educacionais especiais.
IV- Alunos portadores de deficiência, matriculados ou egressos do ensino fundamental ou
médio de instituições públicas ou privadas, terão acesso à educação profissional, oferecida nos
níveis básico, técnico e tecnológico, em escola regular, em instituições especializadas e nos
ambientes de trabalho.
V- Os diplomas e certificados de cursos de educação profissional para a pessoa portadora de
deficiência, expedidos por instituição credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão
equivalente, terão validade restrita à unidade da federação em que está situada a instituição
que emitiu o certificado. Garante-se, desse modo, maiores chances de acesso delas ao mercado
de trabalho de seus estados.
VI- As instituições públicas e privadas que ministram educação profissional para a pessoa
portadora de deficiência deverão, obrigatoriamente, oferecer cursos profissionais de nível
avançado à pessoa portadora de deficiência, condicionando a matrícula dela ao seu nível de
escolaridade.
corretas apenas as afirmativas
a) I e IV.
b) I, III e IV.
c) II, V e VI.
d) I, II, III e IV.
e) II, III, V e VI.

Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está correto, com base no art. 24, II, do Decreto nº 3.298/99:
Art. 24. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta responsáveis pela educação
dispensarão tratamento prioritário e adequado aos assuntos objeto deste Decreto, viabilizando, sem prejuízo de
outras, as seguintes medidas:
II - a inclusão, no sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação escolar que permeia
transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino;
O item II está incorreto. De acordo com o art. 24, V, do referido Decreto, os serviços de educação
especial devem ser oferecidos ao educando com deficiência em unidades hospitalares e congêneres
nas quais esteja internado por prazo igual ou superior a um ano.
O item III está incorreto. De fato, se entende por educação especial, para os efeitos deste Decreto,
a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para

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educando com necessidades educacionais especiais, entre eles a pessoa com deficiência, conforme
prevê o §1º, do art. 24, do Decreto nº 3.298/99.
Porém, o §4º estabelece que a educação especial contará com equipe multiprofissional, com a
adequada especialização, e adotará orientações pedagógicas individualizadas.
O item IV está correto, pois é o que dispõe o caput, do art. 28, e §1º, do Decreto nº 3.298/99:
Art. 28. O aluno portador de deficiência matriculado ou egresso do ensino fundamental ou médio, de instituições
públicas ou privadas, terá acesso à educação profissional, a fim de obter habilitação profissional que lhe
proporcione oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.
§ 1o A educação profissional para a pessoa portadora de deficiência será oferecida nos níveis básico, técnico e
tecnológico, em escola regular, em instituições especializadas e nos ambientes de trabalho.
O item V está incorreto. Segundo o art. 28, §4º, do referido Decreto, os diplomas e certificados de
cursos de educação profissional expedidos por instituição credenciada pelo Ministério da Educação
ou órgão equivalente terão validade em todo o território nacional.
Por fim, o item VI também está incorreto. De acordo com o §2º, do art. 28, do Decreto nº 3.298/99,
as instituições públicas e privadas que ministram educação profissional deverão, obrigatoriamente,
oferecer cursos profissionais de nível básico à pessoa com deficiência, condicionando a matrícula à
sua capacidade de aproveitamento e não a seu nível de escolaridade.
Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

52. UFPel-CES/UFPEL/2017
A Lei nº 7.853 de 24 de Outubro de 1989, que trata das Pessoas Portadoras de Deficiência, diz
que os órgãos e entidade da administração direta e indireta devem dispensar tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar na área de recursos humanos a/o:
a) adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor
das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor
privado, e que regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de
trabalho e a situação nelas, das pessoas portadoras de deficiência.
b) formação de professores de nível superior para a Educação Especial, de técnicos de nível
médio especializados na habilitação e reabilitação e de instrutores para a formação
profissional.
c) oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino.
d) formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento,
inclusive de nível superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas portadoras
de deficiência.
e) incentivo à pesquisa em apenas àquelas áreas do conhecimento relacionadas com a pessoa
portadora de deficiência.

Comentários
P à à à à à à à à àIV à à àL à à

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Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de
seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da administração direta e
indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
IV - na área de recursos humanos:
a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial, de técnicos de nível médio especializados
na habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação profissional;
b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento, inclusive de nível
superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas portadoras de deficiências;
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do conhecimento relacionadas
com a pessoa portadora de deficiência;
Observe que todas as alternativas trazem uma previsão do dispositivo, exceto a alternativa D. Assim,
a alternativa D é o gabarito da questão.

53. FUNRIO/IF-PA/2016
I à à à à à V à à à à F à à à à à
alternativa que apresenta a sequência correta. A Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre o apoio às
pessoas com deficiência, define o que é crime, punível com reclusão e multa:
( ) Negar, sem justa causa, à pessoa com deficiência, como decorrência de sua deficiência,
emprego ou trabalho;
( ) Negar, sem justa causa, por motivos derivados da deficiência, vaga em estabelecimento
público ou privado de ensino;
( ) Negar acesso à pessoa com deficiência a cargo público, sem justa causa e por motivos
derivados da deficiência;
( ) Negar ou retardar dados técnicos, solicitados pelo Ministério Público, com a finalidade de
ação civil decorrente de aplicação desta Lei.
a) V, V, F, V.
b) V, F, V, V.
c) F, V, V, F.
d) V, V, V, V.
e) F, V, V, V.

Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Todas as afirmativas descrevem crimes,
puníveis com reclusão e multa. Vejamos o art. 8º, da Lei nº 7.853/89:
Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:

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I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em
estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência;
II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém a qualquer cargo ou emprego público, em razão
de sua deficiência;
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência;
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial
à pessoa com deficiência;
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta
Lei;
VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil pública objeto desta
Lei, quando requisitados.

54. FUNRIO/IF-BA/2017
O Decreto-Lei nº 3.298/99 define as Diretrizes Gerais da Política Nacional para Pessoa
Portadora de Deficiência, são elas:
I. estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora de
deficiência;
II. adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim
com organismos internacionais e estrangeiros, para a implantação desta Política;
III. incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as
iniciativas governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública,
à previdência social, à assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao
lazer;
IV. viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de
implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades representativas;
V. ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência,
proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho;
VI. garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem o
cunho assistencialista.
Pode-se afirmar que
a) Apenas os itens I, II e III fazem parte das Diretrizes.
b) Apenas os itens IV, V e VI fazem parte das Diretrizes.
c) Apenas os itens I e II fazem parte das Diretrizes.
d) Os itens referem-se aos Princípios da Lei, não às Diretrizes.
e) Todos os itens fazem parte das Diretrizes.

Comentários

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As Diretrizes Gerais da Política Nacional para Pessoa Portadora de Deficiência estão previstas no art.
6º, do Decreto nº 3.298/99. Vejamos:
Art. 6o São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
I - estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora de deficiência;
II - adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim com organismos
internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política;
III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas
governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública, à previdência social, à
assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao lazer;
IV - viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de implementação dessa
Política, por intermédio de suas entidades representativas;
V - ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência, proporcionando a ela
qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho; e
VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem o cunho
assistencialista.
Todos os itens fazem parte das Diretrizes Gerais da Política Nacional para Pessoa Portadora de
Deficiência. Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

55. FCM/IF Sudeste MG/2016


De acordo com o Decreto 3.298 de 1999, que regulamenta a Lei n° 7.853, de 24 de outubro de
1989 e dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
as escolas e as instituições de educação profissional oferecerão, se necessário, serviços de
apoio especializado para atender as peculiaridades da pessoa portadora de deficiência, tais
como
a) auxílio moradia no valor de 1(um) salário mínimo.
b) bolsa de estudos no valor de 1(um) salário mínimo.
c) transporte para o deslocamento das pessoas com dificuldade de locomoção.
d) tutores especializados para a oferta domiciliar de conteúdos e aplicação de provas.
e) adaptação de recursos institucionais: material pedagógico, equipamento e currículo.

Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art. 29, I, do Decreto nº
3.298/99.
Art. 29. As escolas e instituições de educação profissional oferecerão, se necessário, serviços de apoio
especializado para atender às peculiaridades da pessoa portadora de deficiência, tais como:
I - adaptação dos recursos instrucionais: material pedagógico, equipamento e currículo;
As outras alternativas não estão previstas no decreto.

56. FUNRIO/IF-PA/2016

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As normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas
portadoras de deficiências, e sua efetiva integração social são definidos na lei nº 7.853/89.
Especificamente na área da educação podemos considerar como medida:
a) Matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
b) Oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior
a 2 (dois) anos, educandos portadores de deficiência.
c) Acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos,
inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo.
d) Promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao
aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à
nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao controle da gestante e do feto de alto
risco, à imunização, às doenças do metabolismo e seu diagnóstico e ao encaminhamento
precoce de outras doenças causadoras de deficiência.
e) Garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos de saúde
públicos e privados, e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de
conduta apropriados.

Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 2º, da Lei nº 7.853/89:
A alternativa A à àD à à à à àI à à à à à à à à
medida a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares
de pessoas com deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
A alternativa B à àC à à àI à à à à à à à à à
obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares e
congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos com
deficiência.
A alternativa C à à à à à à à à à à à àI à à
I - na área da educação:
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive
material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
A alternativa D está incorreta, pois diz respeito a uma medida na área de saúde, prevista no inciso
II à à ànão na área de educação.
A alternativa E à àC à à à à II à à a garantia de acesso das pessoas com
deficiência aos estabelecimentos de saúde públicos e privados, e de seu adequado tratamento neles,
sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados, é mais uma medida da área de saúde.

57. MPE-SC/MPE-SC/2016

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O Ministério Público intervirá, obrigatoriamente, nas ações que discutam interesses


relacionados à deficiência das pessoas, mesmo que se trate de ação individual, conforme
determina a Lei n. 7.853/89 (Proteção às Pessoas com Deficiência).

Comentários
O art. 5º, da Lei nº 7.853/89, prevê que o Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações
públicas, coletivas ou individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiência das
pessoas.
Art. 5º O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se
discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
Portanto, a assertiva está correta.

58. IF-PE/IF-PE/2016
O apoio à pessoa com deficiência é fator decisivo na construção de uma sociedade mais
fraterna igualitária e justa; isto envolve a reflexão sobre preconceitos por parte de todos e o
cumprimento de leis que garantem os diretos e atendimento diferenciado à pessoa com
deficiência. A Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas
portadoras de deficiência e sua integração social, determina medidas de tratamento prioritário
e adequado a ser dado por órgãos e entidades da administração direta e indireta nos termos
da lei. Deste modo, será garantida
a) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
b) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
c) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
d) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
e) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de
pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema especializado de
ensino.

Comentários
D à à à à à àI à à àL à à à à à das na área da educação é a
matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas
com deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino.
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de
seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.

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Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da administração direta e
indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento
prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - na área da educação:
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

59. IDECAN/Prefeitura de Natal RN/2016


O Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que regulamentou a Lei nº 7.853, de 24 de
outubro de 1989 e a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
estabelece que os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal prestarão serviços
específicos de forma direta ou indiretamente à pessoa portadora de deficiência. Em relação
aos serviços específicos que deverão ser prestados de forma direta ou indiretamente à pessoa
portadora de deficiência, conforme legislação e contexto anterior, analise.
I. Reabilitação parcial, entendida como o desenvolvimento parcial das potencialidades da
pessoa portadora de deficiência, destinada a facilitar sua atividade laboral, educativa e social.
II. Formação profissional e qualificação para o trabalho.
III. Escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos apoios
necessários, ou em estabelecimentos de ensino especial.
IV. Orientação e promoção individual, familiar e social.
Estão corretas apenas as alternativas
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.

Comentários
O art. 15, do Decreto nº 3.298/99, prevê quais os serviços que os órgãos e as entidades da
Administração Pública Federal prestarão, direta ou indiretamente, à pessoa com deficiência.
Art. 15. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal prestarão direta ou indiretamente à pessoa
portadora de deficiência os seguintes serviços:
I - reabilitação integral, entendida como o desenvolvimento das potencialidades da pessoa portadora de
deficiência, destinada a facilitar sua atividade laboral, educativa e social;
II - formação profissional e qualificação para o trabalho;
III - escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos apoios necessários, ou em
estabelecimentos de ensino especial; e
IV - orientação e promoção individual, familiar e social.
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

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60. FUNRIO/IF-BA/2016
O Decreto-Lei nº 3.298/99 e Lei nº 7.853/89 buscam assegurar um tratamento equitativo às
pessoas com deficiências, sejam elas permanentes ou não, e com incapacidade. A equiparação
das oportunidades, para estas pessoas, é assegurada por lei. Entre os serviços incluídos como
necessários à equiparação de oportunidades, encontram-se a formação profissional e
qualificação para o trabalho e a escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a
provisão dos apoios necessários, entre outros. Para viabilização do acesso à educação, é
determinado, pela legislação vigente, que
a) somente nas escolas públicas serão ofertadas as condições para a inclusão no sistema
educacional.
b) a inclusão deve ser prioritariamente em estabelecimentos, públicos ou privados, que
ofereçam exclusivamente a educação especial.
c) os estudantes portadores de deficiência tenham acesso aos benefícios oferecidos aos demais
estudantes: material escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.
d) a educação do estudante com deficiência deve iniciar-se, prioritariamente, no ensino
fundamental.
e) a matrícula de estudantes com necessidades educativas especiais está condicionada à
capacidade do estabelecimento de ensino em atender as suas necessidades específicas.

Comentários
Essa questão exige o conhecimento do art. 24, do Decreto nº 3.298/99.
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 24, III, nas escolas públicas e privadas serão
ofertadas as condições para a inclusão no sistema educacional.
III - a inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições especializadas públicas e privadas;
A alternativa B está incorreta. A inclusão do educando deve ser prioritariamente em cursos
regulares, para aqueles capazes de se integrar na rede regular de ensino.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao inciso VI.
VI - o acesso de aluno portador de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material
escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.
A alternativa D está incorreta. Conforme o §3º, a educação do estudante com deficiência deve
iniciar-se na educação infantil, a partir de zero ano.
§ 3o A educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação infantil, a partir de zero ano.
A alternativa E está incorreta. A matrícula é compulsória no caso de a pessoa com deficiência ser
capaz de se integrar à rede regular de ensino. Vejamos o inciso I, do art. 24:
I - a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoa portadora
de deficiência capazes de se integrar na rede regular de ensino;

61. MPE-RS/MPE-RS/2014

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Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as afirmações abaixo, relativas às Ações Civis
Públicas destinadas à proteção dos interesses coletivos ou difusos das pessoas com deficiência,
nos termos do disposto na Lei nº 7.853/89.
( ) O Ministério Público, a União, os Estados, Municípios e Distrito Federal, as associações
constituídas há mais de seis meses, nos termos da lei civil, além das autarquias, empresas
públicas, fundações ou sociedades de economia mista, independente da finalidade
institucional, possuem legitimidade ativa para propositura das ações civis públicas destinadas
à proteção dos interesses coletivos ou difusos das pessoas com deficiência.
( ) Em caso de desistência ou abandono da ação civil pública, qualquer dos co-legitimados pode
assumir a titularidade ativa.
( ) A sentença em ação civil pública ajuizada para a proteção dos interesses coletivos das
pessoas com deficiência terá sempre eficácia de coisa julgada oponível erga omnes.
( ) Instaurado Inquérito Civil, esgotadas as diligências, caso se convença o órgão do Ministério
Público da inexistência de elementos para a propositura de ação civil, promoverá,
fundamentadamente o arquivamento do inquérito civil, com remessa, no prazo de 3 (três) dias,
ao Órgão Especial do Colégio de Procuradores, que o examinará, deliberando a respeito.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V V F V.
b) F V F F.
c) F F V F.
d) V F V V.
e) V V F F.

Comentários
Vamos analisar cada uma das afirmativas:
A primeira afirmativa é falsa. Conforme o art. 3º, da Lei nº 7.853/89, as medidas judiciais para a
proteção dos interesses da pessoa com deficiência podem ser propostas por associação constituída
há mais de 1 ano e não 6 meses, como diz a assertiva.
Art. 3o As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e
individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída
há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade
de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de
direitos da pessoa com deficiência.
A segunda afirmativa é verdadeira, pois reproduz o §6º, do art. 3º.
§ 6º Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode assumir a titularidade
ativa.

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A terceira afirmativa é falsa. De acordo com o art. 4º, a sentença terá eficácia de coisa julgada
oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de
àOà à à à à à à
Art. 4º A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido a ação
julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra
ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
A quarta afirmativa é falsa. Com base no art. 6º, §1º, instaurado Inquérito Civil e esgotadas as
diligências, caso o órgão do Ministério Público se convença da inexistência de elementos para a
propositura de ação civil, promoverá, fundamentadamente, o arquivamento do inquérito civil, com
remessa, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público, que o examinará,
deliberando a respeito. A assertiva menciona o órgão incorreto.
§ 1º Esgotadas as diligências, caso se convença o órgão do Ministério Público da inexistência de elementos para
a propositura de ação civil, promoverá fundamentadamente o arquivamento do inquérito civil, ou das peças
informativas. Neste caso, deverá remeter a reexame os autos ou as respectivas peças, em 3 (três) dias, ao
Conselho Superior do Ministério Público, que os examinará, deliberando a respeito, conforme dispuser seu
Regimento.
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

62. MPE-RS/MPE-RS/2014
O ordenamento jurídico pátrio tem buscado compensar juridicamente a desigualdade de fato
enfrentada por aqueles que possuem deficiência, assegurando-lhes acesso à saúde, à
educação, à habilitação ou reabilitação profissional, ao trabalho, à cultura, ao desporto, ao
turismo e ao lazer. As principais regras sobre a política nacional de integração da pessoa com
deficiência foram estabelecidas pela Lei n.º 7.853/89 e seu regulamento. Nesse contexto, o
Decreto n.º 3.298/99 arrola elementos que permitem compensar determinadas limitações,
visando à assistência integral à saúde e reabilitação da pessoa com deficiência,
complementando o atendimento e aumentando as possibilidades de independência e inclusão
social.
A esse respeito, considere os itens abaixo.
1 - próteses auditivas, visuais e físicas, órteses que favoreçam a adequação funcional e bolsas
coletoras para os portadores de ostomia
2 - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente desenhados ou
adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência
3 - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para pessoa
portadora de deficiência
De acordo com o Decreto n.º 3.298/99, quais desses itens são considerados ajudas técnicas?
a) Apenas 1.
b) Apenas 2.
c) Apenas 3.
d) Apenas 1 e 2.

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e) 1, 2 e 3.

Comentários
Ajudas técnicas são elementos que permitem compensar as limitações funcionais motoras,
sensoriais ou mentais da pessoa com deficiência, com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras
da comunicação e da mobilidade e de possibilitar a plena inclusão social.
O art. 19, do Decreto nº 3.298/99, elenca quais são as ajudas técnicas.
Art. 19. Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos deste Decreto, os elementos que permitem compensar
uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, com o
objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão
social.
Parágrafo único. São ajudas técnicas:
I - próteses auditivas, visuais e físicas;
II - órteses que favoreçam a adequação funcional;
III - equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da pessoa portadora de deficiência;
IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente desenhados ou adaptados para uso
por pessoa portadora de deficiência;
V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários para facilitar a autonomia e a segurança da
pessoa portadora de deficiência;
VI - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para pessoa portadora de
deficiência;
VII - equipamentos e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa portadora
de deficiência;
VIII - adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional e a autonomia pessoal; e
IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia.
Os três itens mencionados na questão são considerados ajudas técnicas. Desse modo, a alternativa
E está correta e é o gabarito da questão.

63. CESGRANRIO/CEFET-RJ/2014
Conforme o Decreto no 3.298, de 20/12/1999, que regulamenta a Lei no 7.853, de 24/10/1989
e que dispõe sobre a Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
considere as afirmativas abaixo.
I - As diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
incluem a garantia do efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de
deficiência, sem o cunho assistencialista.
II - Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de
deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde,
ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, dentre outros.
III - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta deverão
conferir, no âmbito das respectivas competências e finalidades, tratamento prioritário e

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adequado aos assuntos relativos à pessoa portadora de deficiência, visando a assegurar-lhe o


pleno exercício de seus direitos básicos e a efetiva inclusão social.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas
b) II, apenas
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas
e) I, II e III

Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está correto, pois está previsto no art. 6º, VI, do Decreto nº 3.298/99.
Art. 6o São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem o cunho
assistencialista.
O item II está correto, com base no art. 2º.
Art. 2o Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de deficiência o pleno
exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao
turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à
cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem
seu bem-estar pessoal, social e econômico.
O item III está correto, conforme prevê o art. 9º.
Art. 9o Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta deverão conferir, no âmbito
das respectivas competências e finalidades, tratamento prioritário e adequado aos assuntos relativos à pessoa
portadora de deficiência, visando a assegurar-lhe o pleno exercício de seus direitos básicos e a efetiva inclusão
social.
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

64. UEG/TJ-GO/2006
Para assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de
deficiência, e sua efetiva integração social, há o seguinte dispositivo legal que garante os
direitos ao referido segmento social:
a) Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996
b) Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990
c) Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989
d) Lei n. 8.842, de 4 de janeiro de 1994

Comentários

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A Lei nº 9.394/96 estabelece as diretrizes e bases da educação.


A Lei nº 8.069/90 dispõe sobre o ECA.
A Lei nº 7.853/89 serve para assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas
com deficiência, e sua efetiva integração social.
A Lei nº 8.842/94 dispõe sobre a política nacional do idoso.
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

65. MPT/MPT/2013/adaptada
Em relação à Ordem Social, considerando-se o texto constitucional e a jurisprudência do STF,
considere as seguintes proposições:
A Lei nº 8.899/1994, ao conceder passe livre às pessoas com deficiência, carece de
constitucionalidade por deixar de indicar a respectiva fonte de custeio.

Comentários
Acerca dessa questão, ela é importante mais para aprofundar conhecimentos do que como algo que
possa ser cobrado, objetiva e diretamente, em provas.
A assertiva está incorreta. A matéria foi levada à discussão perante o STF, mas a ADI foi julgada
improcedente. Veja a ementa do julgado1:
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE
TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS - ABRATI.
CONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 8.899, DE 29 DE JUNHO DE 1994, QUE CONCEDE PASSE LIVRE ÀS PESSOAS
PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA, DA
ISONOMIA, DA LIVRE INICIATIVA E DO DIREITO DE PROPRIEDADE, ALÉM DE AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE FONTE
DE CUSTEIO (ARTS. 1º, INC. IV, 5º, INC. XXII, E 170 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA): IMPROCEDÊNCIA. 1. ...3.
Em 30.3.2007, o Brasil assinou, na sede das Organizações das Nações Unidas, a Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência, bem como seu Protocolo Facultativo, comprometendo-se a implementar medidas para
dar efetividade ao que foi ajustado. 4. A Lei n. 8.899/94 é parte das políticas públicas para inserir os portadores
de necessidades especiais na sociedade e objetiva a igualdade de oportunidades e a humanização das relações
sociais, em cumprimento aos fundamentos da República de cidadania e dignidade da pessoa humana, o que se
concretiza pela definição de meios para que eles sejam alcançados. 5. Ação Direta de Inconstitucionalidade
julgada improcedente.
Em síntese, entendeu o STF que a criação da obrigação independe de definição de fonte de custeio
por se tratar de política pública promotora da dignidade de pessoas com deficiência.

7 - LEGISLAÇÃO DESTACADA
 art. 1º, da Lei nº 8.899/1994: passe livre interestadual para pessoa com deficiência.

1
ADI 2649, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJ 16-10-2008.

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Art. 1º É concedido passe livre às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema
de transporte coletivo interestadual.
 art. 1º, do Decreto nº 3.691/2000: reserva de dois assentos para o transporte interestadual.
Art. 1º As empresas permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual de passageiros reservarão
dois assentos de cada veículo, destinado a serviço convencional, para ocupação das pessoas beneficiadas pelo
art. 1o da Lei no 8.899, de 29 de junho de 1994, observado o que dispõem as Leis nos 7.853, de 24 de outubro
de 1989, 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 10.048, de 8 de novembro de 2000, e os Decretos nos 1.744, de 8 de
dezembro de 1995, e 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
 art. 2º, I, da Lei nº 7.853/1989: normas de inclusão na educação
I - na área da EDUCAÇÃO:
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação
precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, com currículos,
etapas e exigências de diplomação próprios;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares
e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de
deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive
material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
 art. 2º, II, da Lei nº 7.853/1989: normas de inclusão na saúde
II - na área da SAÚDE:
a) a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento genético,
ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à nutrição da mulher e da criança, à identificação e
ao controle da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças do metabolismo e seu diagnóstico e ao
encaminhamento precoce de outras doenças causadoras de deficiência;
b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidente do trabalho e de trânsito, e de
tratamento adequado a suas vítimas;
c) a criação de uma rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação;
d) a garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos de saúde públicos e privados,
e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados;
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado;
f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para as pessoas portadoras de deficiência, desenvolvidos
com a participação da sociedade e que lhes ensejem a integração social;
 art. 2º, III, da Lei nº 7.853/1989: normas de inclusão na formação profissional e no trabalho
III - na área da FORMAÇÃO PROFISSIONAL E DO TRABALHO:
a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços concernentes, inclusive
aos cursos regulares voltados à formação profissional;

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b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos, inclusive de tempo parcial,
destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns;
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado, de pessoas portadoras
de deficiência;
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor das pessoas
portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor privado, e que regulamente a
organização de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação, nelas, das pessoas
portadoras de deficiência;
 art. 2º, IV, da Lei nº 7.853/1989: normas de inclusão em recursos humanos
IV - na área de RECURSOS HUMANOS:
a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial, de técnicos de nível médio especializados
na habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação profissional;
b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento, inclusive de nível
superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas portadoras de deficiências;
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do conhecimento relacionadas
com a pessoa portadora de deficiência;
 art. 2º, V, da Lei nº 7.853/1989: normas de inclusão nas edificações
V - na área das EDIFICAÇÕES:
a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias públicas, que
evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam o acesso destas a edifícios, a
logradouros e a meios de transporte.
 art. 3º, da Lei nº 7.853/1989: legitimados para ações coletivas
Art. 3o As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e
individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída
há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade
de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de
direitos da pessoa com deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
 art. 4º, da Lei nº 7.853/1989: eficácia da sentença em ações coletivas para inclusão
Art. 4º A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, EXCETO no caso de haver sido a ação
julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra
ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
§ 1º A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo grau de
jurisdição, NÃO produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal.
§ 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer
qualquer legitimado ativo, inclusive o Ministério Público.
 art. 5º, da Lei nº 7.853/1989: obrigatoriedade de intervenção do Ministério Público nas ações
coletivas
Art. 5º O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se
discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
 arts. 6º e 7º, da Lei nº 7.347/1985: ação civil pública para inclusão social

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Art. 6º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer
pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar,
não inferior a 10 (dez) dias úteis.
§ 1º Esgotadas as diligências, caso se convença o órgão do Ministério Público da inexistência de elementos
para a propositura de ação civil, promoverá fundamentadamente o arquivamento do inquérito civil, ou das
peças informativas. Neste caso, deverá remeter a reexame os autos ou as respectivas peças, em 3 (três) dias, ao
Conselho Superior do Ministério Público, que os examinará, deliberando a respeito, conforme dispuser seu
Regimento.
§ 2º Se a promoção do arquivamento for reformada, o Conselho Superior do Ministério Público designará desde
logo outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
Art. 7º Aplicam-se à ação civil pública prevista nesta Lei, no que couber, os dispositivos da Lei nº 7.347, de 24 de
julho de 1985.
 art. 3º, do Decreto nº 3.298/1999: conceitos
Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - deficiência toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica
que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser
humano;
II - deficiência permanente aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para
não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; e
III - incapacidade uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de
equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa
receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou
atividade a ser exercida.
 art. 4º, do Decreto nº 3.298/1999: classificação das deficiências
Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou
ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por
audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;
III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a
melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou
menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
IV - deficiência mental funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes
dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização dos recursos da comunidade;
e) saúde e segurança;

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f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;
V - deficiência múltipla associação de duas ou mais deficiências.
 art. 5º, do Decreto nº 3.298/1999: princípios que regem a Política Nacional para Integração das
pessoas com deficiência.
Art. 5º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em consonância com o
Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes princípios;
I - desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integração
da pessoa portadora de deficiência no contexto sócio-econômico e cultural;
II - estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras
de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o
seu bem-estar pessoal, social e econômico; e
III - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade
por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.
 art. 6º, do Decreto nº 3.298/1999: diretrizes da Política são bastante simples.
Art. 6º São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
I - estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora de deficiência;
II - adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem assim com organismos
internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política;
III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas
governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública, à previdência social, à
assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao lazer;
IV - viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de implementação dessa
Política, por intermédio de suas entidades representativas;
V - ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência, proporcionando a ela
qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho; e
VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem o cunho
assistencialista.
 art. 7º, do Decreto nº 3.298/1999: objetivos da Política Nacional de Integração:
Art. 7º São objetivos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
I - o acesso, o ingresso e a permanência da pessoa portadora de deficiência em todos os serviços oferecidos à
comunidade;
II - integração das ações dos órgãos e das entidades públicos e privados nas áreas de saúde, educação,
trabalho, transporte, assistência social, edificação pública, previdência social, habitação, cultura, desporto e
lazer, visando à prevenção das deficiências, à eliminação de suas múltiplas causas e à inclusão social;
III - desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das necessidades especiais da pessoa
portadora de deficiência;
IV - formação de recursos humanos para atendimento da pessoa portadora de deficiência; e
V - garantia da efetividade dos programas de prevenção, de atendimento especializado e de inclusão social.

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 arts 30 e 31: habilitação e reabilitação


Art. 30. A pessoa portadora de deficiência, beneficiária ou não do Regime Geral de Previdência Social, tem direito
às prestações de habilitação e reabilitação profissional para capacitar-se a obter trabalho, conservá-lo e
progredir profissionalmente.
Art. 31. Entende-se por habilitação e reabilitação profissional o processo orientado a possibilitar que a pessoa
portadora de deficiência, a partir da identificação de suas potencialidades laborativas, adquira o nível suficiente
de desenvolvimento profissional para ingresso e reingresso no mercado de trabalho e participar da vida
comunitária.
 Art. 1º, da Lei nº 11.126/2005: direito de ingresso e permanência com cão-guia.
Art. 1º É assegurado pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de
permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao público, de uso
público e privados de uso coletivo, desde que observadas as condições impostas por esta Lei.
§ 1º A deficiência visual referida no caput deste artigo restringe-se à cegueira e à baixa visão.
§ 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as modalidades e jurisdições do serviço de transporte
coletivo de passageiros, inclusive em esfera internacional com origem no território brasileiro.

8 - RESUMO
DIREITOS NO SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO

TRANSPORTE COLETIVO São reservados dois assentos por ônibus para o passe
INTERESTADUAL DE DEFICIENTES livre de pessoas com deficiência.

SÍMBOLO DE IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

à“ÍMBOLOàINTERNáCIONáLàDáà“URDE)
 Necessidade de adoção de símbolo para permitir a identificação por pessoas com deficiência auditiva.
 Deve ser obrigatoriamente fixado em estabelecimentos acessíveis às pessoas com surdez.
 Tem por finalidade permitir a identificação, a assinalação ou a indicação do local do serviço destinado ao deficiente.

NORMAS DE APOIO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E SUA INTEGRAÇÃO SOCIAL

Lei nº 7.853/1989

àFINáLIDáDE à à ànormas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e sociais
das pessoas com deficiência, e sua efetiva integração social.
àNA ÁREA DE EDUCAÇÃO
 Inclusão no ensino e inserção em escolas especiais públicas e privadas.
 A escola especial para o deficiente é obrigatória e deve ser gratuita.
 O nível pré-escolar de ensino deve ser obrigatório em unidades hospitalares.

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 Matrícula compulsória.
NA ÁREA DE SAÚDE
 Promoção de ações preventivas (como planejamento familiar, aconselhamento genético, acompanhamento da
gravidez, parto e puerpério, imunização e controle e tratamento de doenças)
 Desenvolvimento de políticas especiais para prevenir acidente de trabalho e de trânsito.
 Oferta de serviços especializados para habilitação e reabilitação.
 Atendimento domiciliar de deficiente grave não internado.
NO QUE DIZ RESPEITO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL
 Incentivo e apoio estatais para criação de empregos e manutenção dos postos de trabalho.
 Promoção de políticas e ações afirmativas.
 Legislação específica com reserva de mercado para as pessoas com deficiência.
NO QUE DIZ RESPEITO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL
 Incentivo e apoio estatais para criação de empregos e manutenção dos postos de trabalho.
 Promoção de políticas e ações afirmativas.
 Legislação específica com reserva de mercado para as pessoas com deficiência.
EM RECURSOS HUMANOS
 Formação e qualificação de profissionais que atuem nos mais diversos setores, especialmente na educação.
 Incentivo à pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área.
NAS EDIFICAÇÕES
 Adoção de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias públicas.
LEGITIMADOS PARA PROPOR AÇÕES COLETIVAS (interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais
indisponíveis)
 Ministério Público
 Defensoria Pública
 União, estados-membros, Distrito Federal e Município
 Autarquia, EP e por fundação ou SEM que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos
interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência
 Associação constituída há mais de 1 ano que inclua, entre suas finalidades, a proteção e a promoção de
direitos das pessoas com deficiência.
àCONSTITUI CRIME (2 a 5 anos)
 Criar obstáculos à inscrição de pessoa com deficiência na escola.
 Criar obstáculos à inscrição em concurso público ou acesso a cargos e empregos públicos em razão da deficiência.
 Negar ou dificultar o acesso ao trabalho de pessoas em razão de deficiência.
 Recusar, retardar ou dificultar a internação ou prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial.
 Deixar de cumprir, retardar ou frustrar a execução de ordem judicial decorrentes de ações que tenham por
fundamento a Lei nº 7.853/1989.
 Dificultar ou impedir o curso de procedimento de inquérito civil.

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 Impedir ou dificultar o acesso de pessoa com deficiência em planos de saúde.


➢ A PENA SERÁ AGRAVADA EM 1/3, SE
o Praticado contra menores de 18 anos.
o Praticado em atendimento de urgência ou de emergência

Decreto nº 3.298/99

DIREITOS CUJO PLENO EXERCÍCIO É ASSEGURADO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA


 educação;  transporte;
 saúde;  edificação pública;
 trabalho;  habitação;
 desporto;  cultura;
 turismo;  amparo à infância e à maternidade;
 lazer;  outros direitos que propiciem seu bem-estar
pessoal, social e econômico.
 previdência social;
 assistência social;
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL PARA A INTEGRAÇÃO
 estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social;
 adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem como com organismos
internacionais e estrangeiros para a implantação da Política;
 incluir a pessoa com deficiência em todas as iniciativas governamentais relacionadas aos direitos fundamentais;
 viabilizar a participação da pessoa com deficiência em todas as fases de implementação da Política, por intermédio
de suas entidades representativas;
 ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa com deficiência;
 garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa com deficiência, sem o cunho assistencialista.
OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL PARA A INTEGRAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
 o acesso, o ingresso e a permanência da pessoa com deficiência em todos os serviços oferecidos à comunidade;
 integração das ações dos órgãos e das entidades públicos e privados nas áreas de saúde, educação, trabalho,
transporte, assistência social, edificação pública, previdência social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à
prevenção das deficiências, à eliminação de suas múltiplas causas e à inclusão social;
 desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das necessidades especiais da pessoa com
deficiência;
 formação de recursos humanos para atendimento da pessoa com deficiência; e
 garantia da efetividade dos programas de prevenção, de atendimento especializado e de inclusão social.
INSTRUMENTOS
 a articulação entre entidades governamentais e não governamentais
 fomento à formação de recursos humanos para adequado e eficiente atendimento
 aplicação da legislação específica que disciplina a reserva de mercado de trabalho
 fomento da tecnologia de bioengenharia

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 fiscalização do cumprimento da legislação pertinente


MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS PELA ADMINISTRAÇÃO PARA TRATAMENTO PRIORITÁRIO E ADEQUADO DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA ÁREA DA SAÚDE
 promoção de ações preventivas;
 desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidentes;
 criação de rede de serviços regionalizados voltada ao atendimento à saúde e reabilitação da pessoa com deficiência;
 garantia de acesso da pessoa com deficiência aos estabelecimentos de saúde;
 garantia de atendimento domiciliar de saúde;
 desenvolvimento de programas de saúde voltados para a pessoa com deficiência;
 papel estratégico da atuação dos agentes comunitários de saúde e das equipes de saúde da família na disseminação
das práticas e estratégias de reabilitação baseada na comunidade.
MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS PELA ADMINISTRAÇÃO PARA TRATAMENTO PRIORITÁRIO E ADEQUADO DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA ÁREA DA EDUCAÇÃO
 matrícula compulsória em cursos regulares de pessoa com deficiência capaz de se integrar na rede regular de ensino;
 inclusão, no sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação escolar;
 inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições especializadas;
 oferta, obrigatória e gratuita, da educação especial;
 oferecimento obrigatório dos serviços de educação especial ao educando com deficiência em unidades hospitalares
e congêneres nas quais esteja internado por prazo igual ou superior a um ano;
 acesso de aluno com deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar,
transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.
MODALIDADES DE INSERÇÃO LABORAL
 colocação competitiva - contratação regular sem apoio específico
 colocação seletiva - contratação regular com apoios específicos
 promoção do trabalho por conta própria - fomento do empresariado e de atividades liberais
 número mínimos de empregados:

Até 200 empregados 2%

De 200 até 500 empregados 3%

De 500 até 1.000 empregados 4%

Mais de 1.000 empregados 5%

 PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO


➢ Regra - Igualdade de condições, com reserva de, pelo menos, 5% das vagas.
➢ Não se aplica a:
o Cargos em comissão e função comissionada
o Emprego público
o Cargos ou empregos públicos que, pela natureza, não possibilitem o exercício por pessoas com
deficiência

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CULTURA, DESPORTO, TURISMO E LAZER


 Acesso aos meios de comunicação.
 Incentivo para a prática de atividades criativas.
 Incentivo, promoção, acessibilidade e inclusão nos esportes (recreativos ou profissional).
 Ampliação do turismo acessível.

LEI Nº 11.126/2005

 FIXA: direito de a pessoa com deficiência ingressar e permanecer com cão-guia em local público.
 A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL PODE INGRESSAR COM CÃO-GUIA EM
meio de transporte
estabelecimento aberto ao público
estabelecimento de uso público
estabelecimento privado de uso coletivo
 Quem DESCUMPRIR:
 pena de interdição do estabelecimento; E
 multa.

9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final de mais uma aula. Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato
conosco. Estou disponível no fórum no Curso, por e-mail e, inclusive, pelo Facebook.
Ricardo Torques

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