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BIBLIOTECA DA EDUCAGAO. Série I —Fscoua Volume 16 Dados Interacionats dé Catalogagiio na Publicagao (CIP) (CAmara Brasileira do Livro, SF, Brasil) Chizzow, Amorio Pesquisa om cigncias humans sociais/ Antonio Chizzott, 4.ed. ~ So Paulo = Cortez, 2000, ~ (Biblioteca da educago, Série 1 Brcala; v.16) Bibliografia ISBN 85-240-0444-5 1. Citneias huomanas — Pesquisa, 2. Citacas socials — Pesquisa, 23. Pesquisa—Metodologia, Titulo. It. Scie. cop.001.3072 00141 90-1807 200.72 Indices para catélogo sistemstico: Citncias huumanas : Peequisa 001.3072 itnciassocia's Pesquisa 300.72 Pesquisa: Ciéncias humarss 001.2072 Pesquisa: Ciencias sociais 300,72 . Pesquisa Metodologin 001,42 Antonio Chizzotti PESQUISA EMCIENCIA HUMANAS ESOCIAIS Hedicio Seige Prolegémenos a pesquisa 1. Paradigmas de pesquisa A pesquisa investiga 0 mundo em que o homem vive e 0 proprio homem. Para esta atividade, o investigador recorre & observagio e & reflexdo que faz sobre os problemas que enfrenta, & experiéncia passada ¢ atual dos homens na solugSo destes problemes, a fim de munitse dos instrumentos mais adequados a sua ago ¢ intervir no sea mundo para construf-lo adequado & sua vida. Nessa tarefa, confronia-se com todas as forgas da natureza e de si proprio, arregimenta todas as energias da sua capacidade ctiadora, organiza todas as possibilidades da sua agdo e seleciona as melhores téonicas ¢ insirumentos para descobrir objetos que transformem os horizontes da sua vida, Transformar o mundo, criar objetos ¢ concepgdes, encontrar explicacdes e avangar pre- ‘yisdes, trabalhar a natureze e elaborar as suas agGes ¢ idéias, sio fins subjacentes a todo esforgo de pesquisa, Essa atividade tem una histria multissecular, que se orga- niza com a filosofia, tenéo um desenvolvimento particular no wulo XIX ¢ XX. Um ba‘ango histérico das estratégias e méto- cr dos empregados ease exforgo € resumido, segundo Kuhn', em duas tradigdes: a aristotdlica, com um objetivo teleolégico, ween tt galileana, que procure o nexo causal € meca- Esse autor considera que, a0 lon, ter iBnci: esintura wx conjunto de press, nonder¢procetce suc ee terizam 08 procedimentos dominentes em uma comunidade. cien« Ufica nacional ou internacional, em am aspecto particular de ciéncia durante um periodo de tempo, que é revolucionado quan- do rt ou vérios pesquisadores demonstram as snomalias de urea cignela normal e péem em crise o universo de ceetezas, obrigaado a comunidede toda a repensar 0s fatos e icorius explicativas, como se pode atestar na astronomia, com Ptolomeu, Corérnico, Galileu ou, na fisica, com Arist6teles, Newton, Einstein. © paradigma da pesquisa dominante envolve uma concepgao ¢ esta estabelece of critérios de definiggo ¢ de formulagio de um problema » ser pes- cuisado, implicando uma abordegem én a pied es lagem © os provessos de selegito © conceito paradigma, apesar da ambigi tem sido usado para farattaeiae 0 estado da eae vias tendéncias conflitantes em pesquisa, reste sézulo: um paradigma que se carecteriza pele adogio de uma estratégia de pesquisa modelada ‘nus ciéncias naturais ¢ baseeda em observagSes empi- vicas para explicar fatos © fazer previsées, e outro, que advoga uma légica prépria para o estudo dos fendmenos humanos ¢ sociais, procurando as signifieacdes dos fatos no contexto con. ereto em que ocorrem. © primeito paredigma se fundamenta no positiv Comte (1786-1857) para o estudo dos fatos ociais © no ea mo de J. Stuart Mill (1806-1875) para a investigacéo dos fend- menos psicotégicos. O sucesso deste parudigma se radica no mé. todo de Francis Bacon (1561-1626) na matematizagao da conhe- cimento de R. Descartes (1596-1650) e Galileu (1564-1642), no Le KCHN, T. S. Estrutura das Revolugdes Ciemificws. S80 fs Kun bea Ciomtificas. $80 Paulo, Perspectiva, 2 on naman, valor da experéncia de P. Pascal (1623-1662), na fisica de 1, Nowton (1642-1727) € nos materialistas do século XVIII, gue valorizam a observagic e 0 interesse pela natureza, a rele- vitncia da probsbilidade ¢ da dedugSo, a matematizagio da natu- reza, a nogio de experiéncia, causalidade ¢ previsibilidade. Mas 6 triunfo do método experimental no século XIX consolidou-se com a utilizagio de uma légica hipotético-dedutiva ¢ uma meto- dologia de experimentagdo de hipéteses, validada por processos dedutivos matematicos. A edogo desta concepgo pelos pesqui- sadores anglo-sexGnicos ¢ sua difusto nos meios cientificos foi to ampla que perdurou ccmo o tnico paradigma aceitével nos meios académicos. Esse paradigma ganhou um novo dinamismo com 0 atomismo Iogico na Ingleterra, com Russell (1871-1970) ¢ Wittgenstein (1889-1951) @ com os neopositivistas do Cfrculo de Viena, reu- nidos em toro ds revista Erkenntis, fundada em 1940, Estes fildsofos assumiram uma concepgao mecanicista, amparada na fisica matemética, elaborarem uma Iégica empfrica com as quais pretenderam unificar a cigicia e criar uma ciéncia da ciéncia, baseade em um método analitico © uma linguagem fisicalista, (uma Tinguagem dos objetos corpéreos extralingiifsticos, indepen- dentes do sujeito que os percebe) ¢ reduzindo o conhecimento & expresso bem-formalizada 4o mundo, Esse paradigma experimental foi também estendido & ané- lise da sociedade. Pareto (848-1925) e Durkheim (1858-1917) procuraram um métédo para a explicagdo dos fatos sociais que, 2 semelhanca das cigncias na natureza, pudessem ser reduzidos a coisas. As intexpretag6es Je Parsons (1902-1979) sobre Pareto, Durkheim e Weber, a resprito dos fatos sociais, desdobraram-se em uma conceogo estrutural, funcionalista da sociedade. Essa concepsao se difundiu nos meios académicos norte-americanos & constituin-se em um método de anélise ¢ de explicagao dos fend- menos sociais. Em suma, esse paradigma tem como postulado a existéncia de objetos fora da consciércia e independente dela. O resumo | desses objetos constitui a natureza ou o mundo exterior que existe | 8

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