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JUS CE LINO J

KUBITSCHEK D OLIVEIRA
Compromisso com a Democracia Brasileira
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Embora afeito à generosidade dos meus patrícios, sem-
pre inclinados a superarem a si mesmos nas suas finezas para
comigo, reconheço que estou vivendo neste instante uma das
maiores emoções de minha vida, graças à confluência de cir-
cunstâncias que vos inspirou esta homenagem.
De mim para mim, sem sair da humildade do meu feitio,
sempre considerei a data do meu aniversário como um nôvo
compromisso diante de Deus. Se 11:le, na sua infinita bonda-
de, me abre um nôvo caminho, dando-me ao mesmo tempo
a disposição e o alento para percorrê-lo, só me cabe empreen-
der mais essa jornada ouvindo a vocação que está na essên-
cia do meu ser.
E outra vocação não tenho senão esta: a de servir ao
meu país e ao meu povo com tôdas as energias de minhas
convicções democráticas.
Ao longo de minha vida de homem público, nas três eta-
pas sucessivas que harmoniosamente a compõem - a muni-
cipal, a estadual e a nacional - a democracia nunca deixou
de ser o que de fato é: o melhor caminho para assegurar
ao povo as condições ideais de vida, de trabalho, sem pre-
juízo de sua liberdade. Tudo quanto estava ao meu alcance
para corresponder a êsse pensamento, sobretudo quando al-
cancei a presidência da República numa hora extremamente
polêmica da vida brasileira, não deixou de ser corretamente
pôsto em prática, não raro superando agravos e dissenções
de ordem política, e com .isto assegurei a ordem, a confiança
e a paz entre os meus concidadãos.
Reivindico, por isso, para mim, com os irrecusáveis exem-
plos de todo o meu passado, na hora em que iniciamos uma
nova campanha inspirada por idênticos princípios, o título de
democrata praticante, que conquistei não com as palavras,
mas com atos, não com as promessas, mas com as realizações,
e diante de tôda a Nação.

1 Elogio de
Brasília

Não poderíeis ter escolhido, para a cordialidade dêste


encontro, outro cenário mais grato aos meus olhos e de mais
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trouxesse· em si mesma · um programa de intensas lutas e


profundas ressonâncias no meu espírito. Brasília, em todo o constantes sacrifícios.
lilundo contemporâneo, é o mais belo testemunho de que um O que se reclama de mim, nesta hora extremamente di-
povo pode dar o máximo de si mesmo para se realizar em fícil da vida nacional, não é somente a glória de atingir mais
plenitude, num clima autênticamente democrático. E coube uma vez o cume sôbre o qual plantei a minha bandeira, na
a mim, por mercê de Deus e da confiança de meus patrícios, jornada cívica de 1955. A repetição do feito de ontem, a que
. erguer êsse testemunho ao sol dêste Planalto. sou neste momento convocado _por meus amigos e correligio-
Parecia impossível que, no curso de um govêrno, com a nários implica em tão alta soma de responsabilidades que,
harmoniosa concordância dos três Podêres, se plantasse aqui se nã~ houvesse em mim, como traço mais forte de minha
uma cidade, cérebro político, judiciário e administrativo do personalidade, o acendrado amor à minha Pátria, eu decli-
país, deslocando, da orla marítima para o interior das ter- naria dêste chamado, recolhendo-me ao tranqüilo crepúsculo
ras, o centro da civilização, e isto foi realizado com aquela de quem já cumpriu o seu dever.
mesma audácia que conduziu os desbravadores do litoral Longe de atenuar a carga de responsabilidade que se co-
para o sertão e de que resultou a geografia continental do loca sôbre os meus ombros, quero acrescê-la de mais uma,
Brasil. obrigando-me a acelerar o ritmo do desenvolvimento brasi-
Depois- de ter erguido Brasília, esta Nação não se pode leiro, para que as crises não se sucedam de modo ainda mais
mais intimidar em face de seus grandes problemas. Porque grave, comprometendo o futuro dêste povo e a sobrevivência
aqui experimentamos o nosso arrôjo e a nossa capacidade, o desta Nação como unidade democrática.
nosso espírito de luta e a nossa vocação construtiva. Esta é
uma cidade de homens livres, erguida por homens livres, num
clima de paz e de mútua compreensão da família brasileira.
Sou duplamente reconhecido aos promotores desta ho-
menagem - tanto pelo que ela significa como identificação
de amigos e companheiros, no plano dos sentimentos afetivos,
1 Jornada
Heróica

Sei o que me aguarda e é por isso que dou um passo à


quanto pelo que representa, nesta hora e neste lugar, como frente para corresponder sem hesitação ao vosso apêlo, sa-
compromisso partidário, no plano da comunhão política. bendo que não sou convocado a uma honraria, destinada a
atender à vaidade humana, e, sim, a uma jornada heróica, a
que hei de responder - Presente! - com as energias viris de
1,
I!

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1 Candidatura
à Presidência

O lançamento de minha candidatura à presidência da


minha natureza.
Em cinco anos de govêrno, sem um dia de descanso, sem
uma hora feriada, pude levar a Nação à perspectiva de um
destino radiante, dando-lhe a crença em si mesma e favo-
11 República, pelo PSD de Brasília, é gesto que me emociona e recendo o clima construtivo da confiança entre o povo e a
cujo alcance estou em condições de sentir e avaliar. autoridade constituída, e isto foi possível graças à fiel exe-
cução da diretriz republicana, que é o lema de nossa bandeira.
· A esta altura de meu destino, ser-me-ia lícito usufruir Mantida a ordem, com a vigência do princípio da auto-
a posição tranqüila e cômoda dos homens que se sentem per- ridade, sem ferir direitos nem alimentar ódios e ressentimen-
feitamente realizados, se a convocação que recebo agora não
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tos, antes procurando desfazê-los ou atenuá-los, pude acele- terminação de enfrentá-la, vencendo argumentos, dúvidas e
rar o progresso do país, alcançando, com o programa de me- obstáculos, e confiando na minha tenacidade e no amparo
tas de minha ação administrativa, o mais alto índice de de- de meus amigos e correligionários para não esmorecer em
senvolvimento de tôda a nossa História. meio da batalha. E quando senti, com os primeiros resultados
Por um confronto internacional do desenvolvimento do positivos, que a paz voltara ao meus país e que essa paz de-
Brasil, no período do meu govêrno, à luz de trabalho recente corria das soluções brasileiras para os problemas brasileiros,
redobrei em mim a confiança neste país e no seu porvir,
do Conselho Nacional de Economia, verifica-se que, tomando
o número 100 como índice básico em 1955, nosso país elevou certo de que, não obstante o negativismo de uns e o desa-
êsse índice para 197 em 1960, enquanto o Japão alcançava lento de muitos, marchamos para a posição das grandes na-
ções, com as energias de nosso povo e a potencialidade eco-
179, a Rússia 149, o México 134, a França 133 e a Alemanha
Ocidental 126, o que significa ter o Brasil alcancado o mais nômica de nosso território.
alto índice de desenvolvimento do mundo em r;lação à sua Embora reconhecendo a tradicional importância de nossa
realidade econômica, no período do meu govêrno. condição secular de país agrícola, concentrei minha atenção,
durante o meu mandato presidencial, na implantação e no
A concomitância da paz política, mais acentuada à me-
desenvolvimento da indústria brasileira, porque, sem essas
dida que êsse desenvolvimento se fazia sentir, deu-me a con-
providências no campo industrial, não poderiam ser tomadas
vicção de que, só por êsse caminho, se desarmariam os es-
as grandes providências em favor da agricultura em nossa
píritos, na indispensável concórdia da familia brasileira. O
abrandamento no ritmo de nossa marcha evolutiva, com a terra.
perda sensível do impulso em que a deixei no têrmo de meu
mandato presidencial, permitiu-me uma fácil profecia, que
infelizmente se realizou: a da eclosão de profundas crises de
ordem Í!lterna no plano econômico, no plano social e no plano
político. Para conjurá-las, só há uma providência: prosseguir-
mos no impulso do desenvolvimento, já agora com um pro-
1 Qüinqüênio
da Agricultura

O qüinqüênio 1966-1970 há de ser o qüinqüênio da agri-


grama de mais alta envergadura.
cultura no Brasil. Assumo êsse compromisso perante a N a-
Há poucos dias, quando a primeira unidade de Furnas ção e não tenho dúvidas de que ela me prestigiará com os
entrou em ação, afastando em definitivo o perigo do racio- seus sufrágios para que se converta em realidade a palavra
namento da energia elétrica no maior parque industrial do do candidato. O problema agrícola do país tem de ser equa-
Brasil, agradeci a Deus, no íntimo de minha consciência, a cionado desde agora, com a firme disposição de lhe darmos
bendita audácia que me fêz levar adiante essa obra gigan- as soluções eficazes.
tesca, sem a qual estaria comprometido o futuro de São Paulo A verdade é que nenhuma das metas de meu programa
e da Guanabara, e, conseqüentemente, do Brasil. administrativo deixou de ter conexão, direta ou indireta,
A extrema complexidade da realidade brasileira, exigin- com o nôvo qüinqüênio que me proponho executar. Quem
do esforços hercúleos para a sua solução, explica a perple- poderia pensar em expandir essa agricultura, sem as novas
xidade em que por vêzes nos debatemos, no receio de ca- estradas abertas no meu govêrno? Sem as barragens que o
minhar ao seu encontro. Só eu sei quanto me custou a de- meu govêrno construiu? Sem os armazéns e silos que exe-
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cutei? Sem a indústria de fertilizantes que implantei e de-
senvolvi? Sem o incremento da produção do ferro e do aço?
Isto é sinal de que estamos democràticamente amadurecidos
Sem o apoio governamental às novas usinas? Sem a criação
para dar-lhe a necessária solução.
da SUDENE para atender ao desenvolvimento do Nordeste?
Sem a epopéia da Belém-Brasília? Sem os caminhões e au- Entretanto, devo reconhecer que ainda temos de escoi-
tomóveis que trafegam hoje em nossas estradas, ligando as mar o problema de sua suspeição subversiva, que não pode
cidades e as zonas rurais? Sem a indústria de tratores? Sem mais prevalecer em nossa compreensão. A verdade é que,
o aumento considerável da produção petrolífera? Aí estão, na devidamente equacionado, êsse problema, longe de atirar um
realidade, as medidas básicas, que nos autorizam a progra-
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Brasil contra outro, tem por escopo apaziguá-lo, no encontro
mar, em têrmos objetivos, uma agricultura que corresponda de uma justa comunhão de interêsses, perfeitamente acomo-
à nossa realidade e que há de permitir, ao homem do campo, dado à essência democrática de nossa genuína vocação política.
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a hora de sua redenção. Disponho-me a ouvir as reivindicações do homem do
Volto-me agora para a realidade rural do país, concen- campo, em busca dessa solução harmoniosa, e animo-me com
trando nessa direção o meu empenho de encontrar-lhe as a certeza de que ela em breve há de surgir, dissipando nu-
soluções adequadas, sem que isto signifique que, recondu- vens de apreensão injustificada.
duzido pelo povo à presidência da República, deixe de olhar
com a devida atenção a ampliação de nosso parque indus-
trial. E que a realidade rural do Brasil está a pedir, não so-
mente a atenção dos governantes mas um aprimoramento de
nossa mentalidade democrática, mercê do qual se possa dar,
a quarenta e cinco milhões de brasileiros, o nível de vida que
1 Diálogo
com o Povo

Mais do que nunca se faz imperativa a necessidade de


já alcançaram os vinte e cinco milhões das áreas urbanas. um diálogo dos políticos com o povo brasileiro. Diálogo que
O desequilíbrio entre as duas áreas, suscitando uma lhe apreenda as tendências e as aflições. Que lhe sinta as
atmosfera de litígios, quase a raiar pelo perigo das insurrei- angústias e o sofrimento. E que lhe revigore a confiança nos
ções populares, nos coloca diante de um problema que obriga seus representantes, dando-lhe ao mesmo tempo a certeza
a Nação a se unir para resolvê-lo, sob pena de agravar um de que a Nação não se desviará dos rumos impostos por sua
desajustamento desumano que fatalmente arruinaria a co- vocação democrática.
munhão nacional. Foi através de um diálogo com o povo, em meio de um
comício em praça pública, que recebi a sugestão para criar
esta cidade. Brasília nasceu de um diálogo e de um diálogo

1 Reforma
Agrária

A reforma agrária, de início considerada a bandeira de


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devem nascer as idéias norteadoras do Brasil democrático.
Há alguns anos, referindo-se a índices contristadores da
realidade brasileira, dizia o saudoso Teixeira de Freitas que
os números choram em nossas estatísticas. Se assim era on-
tem, mais grave ainda é a situação nos nossos dias, quando
uma insurreição, já se acha felizmente incorporada ao nosso verificamos que, para o vultoso de nossa produção de tecidos,
vocabulário político, como reivindicação de todos os partidos. não se chega a um metro de pano para cada brasileiro. E
são ainda os números que nos advertem sôbre a miséria das

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populações rurais. Populações que andam de pé no chão e
ganham salários de fome, porque estão longe de corresponder
à nossa produção de calçados e de ganhar o mínimo para
viver.
O conhecimento dessa realidade trágica é também uma
1 Tomada
de Posição
O Estatuto do Trabalhador Rural, sonho de um jovem e
admirável político, o Deputado Fernando Ferrari, a quem
modalidade de diálogo, que sempre nos entristece e freqüen - rendo neste momento a homenagem de minha saudade, cons-
temente nos revolta. tituiu uma nova tomada de posição. Mas bem sei que êsse
Estatuto, obrigando a uma remuneração compatível com as
necessidades mínimas do homem do campo, ainda tem os seus

1 Integração da
Massa Rural

Temos de lutar pela integração sócio-econômica da massa


opositores, que não vêem como bem executá-lo. E compre-
endo essas resistências, sabendo que elas dimanam, em mui-
tos pontos do território nacional, do subdesenvolvimento em
que ainda se debatem essas regiões. Só assim se compreende,
rural na comunhão brasileira com o mesmo denôdo que leva como há pouco acentuava um dos grandes jornais do Estado
hoje o Presidente Kennedy a lutar pela integração da raça da Guanabara, que no interior do Maranhão o salário mensal
negra na comunhão social americana. de um trabalhador, na região dos babaçuais, tenha o valor
A recomendação do Papa João XXIII, na Mater et Ma- de um par de sapatos. E que, conforme acentuava a mesma
gistra, parece feita de propósito pa~a, o :i3rasil, na sabed~ria fonte de opinião, o Correio da Manhã, as populações ribei-
destas palavras: "Cuide-se das prov1denc1as i:ara que ? mvel rinhas do Tocantins não conhecem sequer o uso da moeda.
de vida do campo se distancie o menos poss1vel do mvel de
vida das cidades, cujas rendas provêm das indústria~ meca - A responsabilidade dêsse estado de coisas não cabe ao
nizadas ou de quaisquer outros serviços. Enfim, ha de se dono da terra. É êle apenas o elemento de um sistema, que
procurar fazer com que os trabalhado~es d?s _campos de ne- se há de alterar igualmente em seu benefício. Enquanto na
nhum modo sofram um complexo de mfenondade em rela- indústria os preços acompanham fielmente a elevação do
ção aos demais; antes, pelo contrário, se _per~ua~am de que custo de vida, na agricultura os preços mínimos estão longe
também os que vivem no campo podem nao so afirmar e d~- de corresponder ao valor real da produção. Não basta assim
senvolver sua personalidade pelo trabalho, mas olhar confi- estabelecer o salário mínimo para o trabalhador rural, atra-
antes para o futuro" - conclui a Encíclica. vés da determinação de um texto de lei. É necessário criar
E é de nós, de nossa geração, da geração dos que atuam condições para que êsse salário mínimo possa ser pago.
politicamente nesta hora da vida brasileira, que depende êsse Conheço regiões onde essa obrigatoriedade representaria
olhar confiante dos nossos irmãos do campo. É preciso que um agravamento da pobreza. E é por isso que, à luz de uma
nos voltemos para êle. Mas não para dividir, no sentido de compreensão democrática do problema, não me inclino a
aprofundar ou criar desentendimento entre o dono da t::'ra_ e examiná-lo apenas por um de seus elementos, antes o situo
0 assalariado, e, sim, para encontrar o ponto de conc1haçao
no contexto de uma questão mais ampla, que só pode ser resol-
entre as duas fôrças da mesma riqueza, de tal modo que
não haja párias na Terra da Promissão. vida através de uma política de desenvolvimento.
É na miséria do povo que está a verdadeira origem das

1 Miséria,
Questão Central

A questão central da realidade brasileira continua sendo


inquietações que neste momento afligem o Brasil. O cres-
cimento vertiginoso de nossa população, trazendo à comuni-
dade, cada ano, cêrca de dois milhões de novos brasileiros,
agrava ainda mais essa situação de penúria, a que o Estado
não pode sequer amparar através do paliativo das providên-
a miséria a que está sujeito o nosso povo. Para que se ajuíze cias assistenciais. Impõe-se, por outro lado, a criação de um
dessa penúria, basta lembrar que, segundo dados da Funda- milhão de oportunidades de empregos, também cada ano,
ção Getúlio Vargas, a parcela do Produto Interno Bruto que para atender aos jovens que necessitam de trabalho para vi-
caberia anualmente a cada brasileiro, na hipótese de uma ver e para acudir a obrigações de família.
repartição igualitária, seria de - Cr$. 49 000,00, eni 1961,
Essa juventude não pode ficar à margem do processo
o que só por si vale como um libelo e um desafio - o libelo
evolutivo desta hora brasileira. Pelo contrário: tem de dar
do povo, contra a estagnação e o marasmo, e o desafio dêsse a essa hora a sua colaboração decisiva. Sem êsse chamado,
mesmo povo, para que acudamos em tempo, com todo o nosso que compete à Nação, criaremos a revolta - a revolta que
esfôrço, no sentido de conjurar uma situação que se conver- por vêzes muda os caminhos do mundo, porque a geração
teu em nossa vergonha. que não tem ao seu lado a mocidade já comprometeu com
antecedência o seu futuro.
Não nos iludamos com a opulência meramente decorativa

1 Vozes
Espantadiças

Ao ' dizer-vos estas palavras, de ânimo sereno e espírito


de certas zonas rurais e sobretudo urbanas. Mesmo aí o con-
traste se evidencia, à luz dos confrontos desalentadores. E
é preciso não ter olhos para deixar de ver a gravidade do
problema, de que somos responsáveis perante a Pátria e pe-
rante Deus.
confiante, prevejo que não poucas vozes espantadiças se le- Consciente dessas responsabilidades, atirei-me à luta, du-
vantarão contra mim, agarrando-se ao próprio mêdo para jus- rante todo o meu qüinqüênio presidencial, empenhado em
tificarem uma posição hostil precipitada. Mas a verdade é corrigir os desequilíbrios sociais do país, mas não com as
que, sem o caminho que estou apontando, o caminho da soli- medidas de emergência, ditadas por velhos e sovados pater-
dariedade humana da família brasileira, dias tensos sobrevi- nalismos administrativos, e, sim, por medidas de longo al-
riam para nossa Pátria, e eu não sei até que ·ponto resguarda- cance, determinadas pela consciência de que, somente pelo
ríamos a unidade nacional, em meio ao clima de lutas e de- desenvolvimento, poderíamos sair da situação de angústia e
sesperos que envolveria êste país. de injustiça social em que nos debatíamos.
Falo-vos esta linguagem e tomo por testemunha a Histó-

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ria, porque sei que as minhas palavras têm o sentido de uma Decolagem
advertência e a substância de um depoimento. Não são as
palavras de um candidato querendo sensibilizar a Nação. Mas, Econômica
sim, o testemunho de um brasileiro que já se honrou com
a glória de ter recebido do povo o seu mais alto mandato O período de 1956 a 1960 corresponde, na linguagem de
e que não pode deixar de ser solidário com êsse povo. um dos mestres da economia moderna, à fase da decolagem
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da economia brasileira, a que deverá suceder, segundo a ter-

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minologia do mesmo autor, a marcha para a maturidade.
A primeira fase corresponde ao período heróico no pro-
cesso do desenvolvimento, obrigando a duras provas a cora-
gem e a visão do administrador, através das críticas e resis-
·' 1 Encontro de
Companheiros
:ítste encontro de amigos e companheiros marca o início
de uma campanha política que só terá o seu desfecho na vi-
tências que tentam impedir-lhe a ação eficaz. · tória do pleito de 1965. No curso dêstes dois anos, não des-
Dois fatos comprovam têrmos vencido, com sucesso, a cansarei um só momento de dialogar com o povo para lhe
fase da decolagem de nossa economia: a obtenção de elevada sentir os problemas e lhe assegurar que a política do desen-
taxa de desenvolvimento, capaz de garantir a eliminação do volvimento, com que lhe acenei na jornada cívica de 1955, é
a bandeira da esperança que volto a empunhar, confiante
atraso econômico do país, e a criação de condições suficientes
nos seus sufrágios. Sou homem do povo e ao povo quero
para manter essa taxa.
servir. Fiel às minhas origens, nunca perdi o sentimento da
Em qualquer outro país subdesenvolvido, o preenchimen- solidariedade, que sempre me faz estar à vontade na casa
to dessas duas condições seria suficiente para caracterizar o do pobre e compreender-lhe os problemas.
pleno êxito de iniciativas heróicas. No Brasil, entretanto, Só se pode governar uma nação com uma vontade firme
existia um problema suplementar, que alterava a situacão de e um espírito justo, tendo ouvidos para ouvir os anseios do
modo grave. Refiro-me à falta de unidade econômic~ que povo.
leva alguns autores a utilizar a expressão "arquipélago bra- Nunca me poderei esquecer dos dias finais de meu man-
sileiro" com referência à nossa economia. dato à frente da presidência da República, quando comecei
Ora, uma decolagem, que deveria significar opções irre- as minhas despedidas do poder com as mãos cheias de reali-
versívei,s, implicava no risco de consolidar uma estrutura zações para a minha Pátria. As promessas do candidato nos
defeituosa. A única maneira de evitar êsse risco era uma ra- comícios de praça pública e nas salas das convenções tinham-
dical mudança no tipo de ocupação espacial que vinha ca- -se ·cumprido fielmente. E cu pude ouvir então, no clamor
racterizando a economia brasileira, até então fundamental- de vozes que se erguiam à minha volta, os primeiros acenos
mente periférica, com a exploração de áreas separadas entre para a campanha que nesta data se inicia.
si, sem rêdes de transportes interligadas e carecendo de re- • Cedo assim a um apêlo do povo, que esta convenção ra-
lações econômicas de maior profundidade. A solução adotada tifica, como parcela dêsse mesmo povo. E sei que outros atos
foi a colocação da Capital no centro geográfico do território como êste nos aguardam ao longo de nossa pregação política,
nacional. Brasília, com sua rêde de estradas de rodagem in- para convertê-la numa caminhada triunfal em defesa dos in-
terligando os mais distantes pontos do país e com suas im- terêsses nacionais.
plicações para o desenvolvimento do Brasil Central lançou

1
as bases definitivas para a transformação do arquipél~go b~a- Somar e
sileiro numa grande unidade econômica.
não Dividir
Também aqui fomos bem sucedidos e a decolagem bra-
sileira começou a processar-se no quadro de uma economia Temos de somar e não dividir. Porque da soma de opi-
integrada. niões e tendências é que se forma, na conciliação das con-

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temores, os rcss niimcntos e as desconfianças, implantando-se
tradições inspiradas no amor à Pátria, o patrimônio nacional uma concórdia definitiva que consolidará esta parte do mun-
da originalidade brasileira, em virtude do qual somos o que • do como o Continente da Liberdade.
somos, com a nossa altivez e a nossa independência, o nosso Não obstante tôdas as crises por que temos passado, tenho
orgulho e a nossa cordialidade, a nossa tenacidade e a nossa certeza de que a potencialidade econômica do país superará
bravura, prontos a perdoar e a compreender, com o senti- as dificuldades que lhe entravam o caminho, radiando ante
mento da concórdia acima das iras que não constroem. · o seu futuro a Nação livre, desenvolvida e rica com que so-
Sempre busquei inspirar-me, em tôda a minha vida de nhamos. A miséria é incompatível com a nossa grandeza,
homem público, nessa maneira de ser de nossa gente, e estou como a escravidão não se concilia com o nosso temperamento.
certo de que nunca deixei de interpretá-la quando excluí de
meu espírito o rancor e a represália, buscando construir em
vez de destruir. A alegria de querer e de criar, que inspira tôdas
as minhas horas, jamais permitiu que o ódio me acompa-
nhasse nas minhas vigílias, ou fôsse comigo à minha mesa
de trabalho. É com êsse espírito que inauguro estas novas
jornadas.
1 Perspectivas
Para 1966/70

As perspectivas que se abrem para o qüinqüênio 1966-


1970 são bem mais promissoras que as do período 1956-1960.
É indispensável que a paixão não comprometa a lucidez, A função do administrador, nessa nova etapa, não será mais
nem que nos desvie de nossos roteiros. Esta Nacão é demo- a de mobilizar fôrças para a difícil arrancada cujo objetivo
crática na sua essência e no seu comportamento -como é de- era dar ao país condições para um rápido desenvolvimento.
mocrático êste povo na sua vocação e no seu espírito. Sua tarefa se orientará em três direções: corrigir desequi-
Não temos o direito de interpretar as suas aflições como líbrios, minorar as tensões da fase anterior e proceder às re-
sintomas de abdicação do seu patriotismo. A verdade é que formas estruturais, tornadas necessárias pela fase da marcha
estamos diante de um povo que se debate na angústia de para a maturidade em que ingressou a economia brasileira.
bens materiais sem dispor das condições mínimas para viver As fôrças que se contrapõem ao desenvolvimento pro-
com dignidade humana. É preciso educar êsse povo. Acudir curam criar, neste período d transição, uma atmosfera de
à saúde dêsse povo. Dar a êsse povo a habitação e o trabalho. receio, que visa a incompntibilizar a idéia das reformas
Proporcionar a todos iguais oportunidades para que cada um junto à opinião públirn.
prospere segundo seu esfôrço e o seu merecimento. É preciso As diretrizes do Plano de Govêrno, na fase da marcha
que o homem do campo não estenda para o homem da cicfade para a maturidade, devem conC'<'ntrm·-se nos seguintes pon-
o olhar descontente de quem se julga mal contemplado pela tos : 1 - Objetivos básicos; 2 - Grandes objetivos; 3 - Re-
sorte. E dar aos que lutam na zona rural, empregados e em'- formas estruturais.
pregadores, a assistência indispensável para que se corrijam Os Objetivos Básicos se orientarão nestas quatro dire-
os desajustamentos incompatíveis com êsse tempo e a cons- ções: aceleração do desenvolvimento econômico, distribuição
ciência democrática desta Nação. É preciso resguardar a in- justa da riqueza nacional, participação ampla do povo na vida
dependência dêste país, no quadro da harmonia continental, política e consolidação da nossa soberania.
revitalizando a política que preconizamos na Operação Pan- Os Grandes Objetivos, distribuídos em duas ordens - os
-Americana e que ainda se acha válida nos seus princípios, Objetivos Gerais e os Objetivos Especiais - visam a atender
na sua formulação e no seu conteúdo. Só assim se varrerão os
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aos seguintes pontos: desenvolviment o da agricultura e da cional. O eR:-ll'11t'i11l {, qtH• :w sniba que tiv mos sempre o cui-
pecuária, consolidação da indústria de bens de produção e dado c]p n•:;gunrdnr, C'JU cada problema e em sua formulação,
modernização e reequipamento da indústria tradicional, con- a css/\nc in J mocrática da vocação nacional.
clusão da integração nacional, correção dos desequilíbrios re-
gionais, dinamização do comércio externo, contrôle da infla-
ção, elevação dos níveis de vida, na ordem dos Objetivos Ge-
rais, e consolidação da emprêsa nacional, expansão científica
e tecnológica e ação internacional desenvolviment ista, com a
integração econômica da América Latina, na ordem dos Ob-
jetivos Especiais.
1 Equilíbrio
da Nação

Aos homens de emprêsa, cuja contribuição ao progresso


nacional nunca será demais ressaltar e louvar, asseguro que
longe de inquietações e receios, se rasga uma perspectiva d~

1 Refo.rmas
Estruturais

As Reformas Estruturais, em número de seis, serão estas:


tranqüilidade e ordem para o país. O que se busca encon-
trar agora é o equilíbrio da Nação na conjugação de fôrças
que lhe dão a vitalidade e a grandeza. O essencial é que não
pensemos exclusivamente nos problemas dos grupos, das clas-
ses ou das corporações, mas que os vinculemos aos proble-
reforma agrária, reforma tributária, reforma bancária, refor- ma~ de outros grupos, de outras classes e de outras corpo-
ma universitária, reforma administrativa e reforma política. raçoes para que nao haja benefícios de uns em prejuízo de
outros, e sim harmonia do conjunto.
Qualquer dêsses pontos do Plano de Govêrno demanda
uma exposição minudente que será objeto de meu diálogo Aos que, nestes últimos meses, me têm consultado sôbrc
com o povo, através das associações especializadas ou nos nú- a minha compreensão dos problemas municipalistas, quero
cleos de trabalho interessados, no correr dêstes dois ·anos de recordar que foi à frente de um município - - o Município
campanha, em que não se perca o indispensável conteúdo de Belo Horizonte - que com< C( i minha rn1T(•ira política.
democrático. A Nação está politicamente amadurecida para Que isto baste para c•xprintir n 11ii11li I id<•11lifiC';1r;no çom as
escolher os seus rumos. É indispensável ouvi-la nos debates suas justas reivinclit·at·Õ<· ..
que se ligam diretamente aos seus destinos, ao mesmo tempo Eu nao nw rli,·ijn 11p<'1111 gntlon. do eampo e
que nos cumpre esclarecê-la sôbre as diretrizes que lhe que- da cidade', no11 líd1•n•:; dl' 1111, 11!'1 <'ln ... !', pr 1d11lorw1 1 aos cn-
remos imprimir, levados pelo superior propósito de ajustá-la pitãcs do coméreio <' dn indú I ri ; dirijo 111,•, 1'1 H11 a nwsma
à linha evolutiva que lhe traçamos. linguagem ele otimismo 1• c•c,rifi.111,·,1, a lodo: o: Pl<'mPntos
Posso assegurar-vos que não me afastei, em qualquer das constitutivos do povo bt·nsilc-irn < qtll fonn11111 ;is lill'l'l c•ncr-
metas do nôvo Plano de Govêrno, do propósito patriótico que gias tonificadoras, do mais humilclP 01wnírin mnn1111l no mais
me inspirou o programa administrativo no período de 1956- . categorizado representante da class • m<'•din, nos q11r <'On.<;-
1960. Infelizmente, a exigüidade do tempo não me permite troem o Brasil nas forjas e nas oficinas, cm Vol Ia H< donda,
alongar-me nesta solenidade sôbre cada um dos objetivos que na Usiminas, aos que o modelam na Pctrohrús, cm l< ut·nas <'
tracei para o meu país. Isto ocorrerá, entretanto, do modo Três Marias, no amanho da terra e através dos mnn's <' dos
mais amplo possível e em todos os pontos do território na- rios, aos que constituem a sua nervura nas rcpartiçõ s pú-
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blicas, a todos os brasileiros, no Norte, no Nordeste, no Cen- A (",sw; 1111w 1ça • opu s s •renamente o 1neu programa de
tro no Sul e no Oeste que só desejam o progresso e a so- trab,dh o. M Hov •rn •i •sta Nação com tal rigor democrático,
ber'.ania do Brasil. Aos brasileiros que estão construindo os q ut• nin gu{•m, durante os cinco anos do meu mandato, bateu
nossos automóveis e os nossos navios; aos que unem o Brasil às portas da Justiça para reclam ar um direito que eu hou-
com seus caminhões e que me comovem com a espontanei- vesse contrariado. Orgulho-me de afirmar que nenhum dos
dade de seu apoio; às crianças que me enchem a alma co~ m eus patrícios se viu privado da liberdade por dizer o seu
0 seu sorriso e acenam para mim; à juventude que me da pensamento, mesmo quando êsse pensamento correspondia
0 exemplo de sua energia; à mulher brasileira, sempre he- a uma distorção política. E por isso, ao sair do govêrno, re-
róica, sempre exemplar no seu devotamento cívico; aos es- cebi na Associação Brasileira de Imprensa a mais consagra-
trangeiros, vindos de qualquer parte do mundo, que, ado- dora homenagem dos jornalistas do m eu país, ao ou vir de
tando o Brasil como segunda pátria, para aqui trouxeram a meu venerando amigo Herbert Moses, líder incontestável de
sua experiência, a sua cultura, a sua capacidade de trabalho; sua classe, o reconhecimento de que eu legava um exemplo
enfim, a quantos erguem a Pátria no presente, para sua gran- de chefe de Estado, com o meu invariável respeito aos ho-
deza no futuro, a minha palavra de fé nos destinos do Brasil. mens de jornal. A nenhum dêles eu ferira no seu direito de
se pronunciarem contra mim e contra o meu govêrno e a
Quero ver o Brasil unido, e não dividido. E unido pelo todos estendi a mão, proclamando que apenas cumprira o meu
trabalho e pela consciência de que, somente pela união, sem dever de democr ata, ao respeitar-lhes o direito de opinar.
distinção de côr, de religião, de origem, de classes, daremos É assim que entendo a dem ocracia. E assim sempre a
o grande impulso que emancipará para sempre êste país. entendi em tôda a minha vida pública, como pre feito de Belo
Horizonte, como governador de Minas, como p1·psidPntC' da
República, como deputado e como senador. Niio h á 11m só

1 Democracia
e Liberdade

A democracia não é um rótulo com que se engana o


ato do meu passado que possa invillidar ou c<rn1prnm«'tcr o
espírito democrático que sem1)n• 11 orl1•ou minha C'cm cluta.
Não tenho dúvida de q11,• 1111w,111•m 110, nrrcbnlnrá esta
bandeira. Bandeira d C'o1np r1•,•11.·1m <' de Poncórdin, q ue há
de revigorar a con íin11~·11 do llt· . íl I m :;i mPsmo e há de
povo, mas um sistema de govêrno a serviço do povo. Seu emancipar esta N nç110 1•0 111 o , .. ,f,,r ·o <' o trnbnlho de seus
mais alto patrimônio é a liberdade. Sem o direito de ter opi- filhos.
nião e de externá-la, ainda quando essa opinião divirja da
V:íl'i as v0zc•s, 1111 , ;H11 1. lt1t 11~1 d .. 1·Ji pfp ri<' F•:stado, o Pre-
opinião dominante, não há democracia efetiva, e, sim, um dis-
sident J oão Go t1h1rt n11 lt•111 r.. itn :-11•1tlir ns suas apreensões
positivo de fôrça que só admite a opinião entronizada no
e os seus pr oblem as, o ba:-it:1111 .. p :1rn 1wlp r conhecermos o
poder.
companheiro de antigas jornmln:-;. R<' tt d i:-icurso mais recente,
Senti a ameaca dessa falsa democracia quando se preten- proferido na data magna da nac íonalí dacl ', reaviva essa har-
deu contrariar a ~ontade do povo brasileiro buscando impedir monia de vistas, na compreensão clc que é pela corcórdia e
a minha posse na presidência da República. E tornei a sen- pelo desenvolvimento da Nação que temos de alcançar os
ti-la no início de meu govêrno, com as duas tentativas frus- novos marcos de sua evolução.
tradas da perturbação da ordem, ainda a serviço da mesma As nossas Fôrça:, Armadas, fiéis ao princípio que faz com
falsificação política. que as C'Spadas de nossos soldados se coloquem invariàvel-
mente à sombra da lei, constituem uma garantia de ordem,
de soberania e de vigilância democrática, provada e compro-
vada em horas difíceis de nossa vida política.

1 Campanha
Política

Prestigiado pelo povo, que nunca me recusou o seu am-


paro, marcho confiante no bom êxito de nossa camDanha, sa-
bendo que o processo democrático do país se aprimora em
cada luta e que a nós nos cabe dar o exemplo da confiança,
da coragem em defesa de seus direitos fundamentais.
Esta hora de · comunhão é também de agredecimento.
Quero agradecer-vos o amparo que me destes n o passado e
sem o qual eu não teria alcançado os triunfos que justificam
esta nova convocação. E aqui vos declaro, solenemente, com
o espírito voltado para a grandeza de nossa Pátria, que a
minha meta capital, nesta nova arrancada cívica, é a paz da
família brasileira. Paz pelo desenvolvimento econômico. Paz
pelo equilíbrio regional da riqueza. Paz pelo aprimoramento
político. Paz pela educação. Paz pelo respeito da liberdade.
Paz com tôdas as nações do mundo.
Sôbre essa paz se erguerá um Brasil máis forte e mais
perfeito, afinal ajustado à grandeza internacional a que tem
direito pela importância de seu território, .pelo valor de seus
filhos e pelas lições de liberdade que advêm de seu passado
e de seu presente, primeira grande expressão de civilização
nos trópicos e orgulho da comunhão americana.
Discurso proferido na Convenção do
Partido Social Democriltico (Seção de
Brasília), em onze de setembro ele
mil novecentos e sessenta e três, por
ocasião elo lançamento d~ candidatura
..
do Senador Juscelino Kubitschek ele
Oliveira à Presidência da República.

-1cos BLOCH s. A.• RIO .. SÃO PAULO• BRASÍLIA

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